Av. do Contorno, 6437 - Sala 301 - Savassi - CEP: 30110-039 - Belo Horizonte (MG) - Ano XXXI - Nº 113 - Abr a Set/2019
SUGIRO às entidades representativas do funcionalismo BB e aos participantes e assistidos do PB1 da Previ, o acompanhamento da Cisão Parcial da LITEL e a Incorporação da Parte Cindida pela LITELA, por se tratar de nosso maior investimento indireto em renda variável (ações da Vale S.A.).
ANO DE 1997...
A partir de 1997 (ano das privatizações, governo FHC), os fundos de pensão PREVI, FUNCEF, PETROS E FUNCESP, criaram nada menos que 5 fundos de investimentos em ações (FIA) e mais 4 sociedades anônimas de grande porte (LITEL, LITELA, LITEL B e VALEPAR), uma verdadeira fábrica de Despesas Administrativas e Tributos Federais, que jamais deveriam existir.
Em outubro de 2014, apresentei trabalho de minha autoria sobre os tais gastos desnecessários com os chamados investimentos-meio, criados pela Previ e demais fundos de pensão citados.
(Veja em: http://faabb.com.br/ fundos-de-pensao-tem-industria- de-despesas-administrivas-e-tributos-federais/)
A PARTIR DE 2019....
De agora em diante a LITEL fi cará muito menor e a LITELA muito maior.
Contudo, poucos Colegas sabem que tais empresas (holdings) têm custos altíssimos e absolutamente desnecessários. E quem paga a conta somos nós, participantes e assistidos do PB1 da Previ.
Aos interessados (e será que tem alguém do PB1 da Previ que não se interessa pelos recursos garantidores de sua aposentadoria ou pensão?) sugiro acessar o site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e tomar conhecimento do que atualmente se passa com a LITEL e a LITELA.
Então, visite o site, clique, escolha um dos documentos e boa leitura: h t t p : / / s i t e e m p r e s a s . b o v e s p a . c o m . b r / c o n s b o v / ExibeTodosDocumentosCVM. a s p ? C C V M = 1 5 0 9 1 & C N P J = 0 0 . 7 4 3 . 0 6 5 / 0 0 0 1 -27&TipoDoc=C
Genésio Francisco Guimarães - Uberlândia/MG – é aposentado do BB e colaborador da UNAMIBB.
Uma sugestão
para não fi carmos alienados
A UNAMIBB sempre se
postou em defesa do BB
como banco público.
Página 7
O Editorial mostra que,
ao longo de seus 211
anos de existência, o BB
sempre foi e será útil à
sociedade.
Página 2
ELEIÇÕES ANABB
Isa Musa
é candidata
ao Conselho
Deliberativo.
Página 3
Opinião: a
desvalorização do
funcionalismo do BB ao
longo dos tempos.
Páginas 4 e 5
Saiba o que pode mudar
com as novas regras da
aposentadoria.
Diretoria Presidente Isa Musa de Noronha
Vice-presidente Altair de Castro Pereira
Diretor Secretário José Sana Diretor Administrativo
Antonio Carlos Dias Diretor Financeiro Raimundo Vítor Santos
Jornal Notícias do BBrasil Jornalista Responsável: Luzia Lobato - MG-04651JP
Edição, Editoração e Projeto Gráfico: Luzia Lobato
Impressão:
Editora O Lutador (31) 3439-8000 Os conceitos emitidos nos artigos assinados não representam necessa-riamente a opinião do jornal, e são de responsabilidade dos articulistas.
É uma publicação da União Nacional dos Acionistas Minoritários do Banco do Brasil -
UNAMIBB Registro nº 916 Livro B - Cartório
Jero Oliva - Belo Horizonte - MG Fundador: Cyro Verçosa
Endereço: Av. do Contorno, 6437 - Sala 301
Savassi - Belo Horizonte - MG CEP: 30110-039 Fone: (31) 3194 5900 Fax: (31) 3194 5903 www.unamibb.com.br unamibb@unamibb.com.br Fundado em 12 de outubro de 1808, o Banco do Brasil S.A. foi a primeira instituição bancária a ope-rar no país e, em mais de 200 anos de existência, acumulou experiên-cias e colecionou inovações, parti-cipando vivamente da história e da cultura nacionais.
A marca “Banco do Brasil” é uma das mais conhecidas e valorizadas pelos brasileiros, que reconhecem na Instituição atributos como soli-dez, confiança, credibilidade, segu-rança e modernidade. Por meio de atuação bastante competitiva nos mercados em que atua, o Banco do Brasil é uma companhia lucrativa alinhada a valores sociais.
A vocação do BB para políticas públicas tem foco no desenvolvi-mento sustentável do país e no interesse comunitário, sendo um importante diferencial da Empresa. Diferencial que pode ser conferido na Estratégia de Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS. Por meio da adoção de práticas econo-micamente viáveis, ambientalmen-te corretas e socialmenambientalmen-te justas, a estratégia negocial DRS busca aperfeiçoar economias locais, ge-rar trabalho e garantir renda de
forma sustentável, inclusiva e par-ticipativa.
Em 2010, ano em que comemo-rou 202 anos, o Banco do Brasil permaneceu como a maior insti-tuição financeira da América Lati-na, somando R$ 811,2 bilhões em ativos. Além disso, manteve sua liderança em diversos segmentos de mercado e fortaleceu seu apoio ao desenvolvimento do país, além de consolidar seu alto padrão em Governança Corporativa.
Para assegurar suas posições de liderança em um país continen-tal, o Banco do Brasil atua em todos os setores do mercado financeiro – desde o bancário, passando por cartões, administração de recursos de terceiros, seguros, previdência e capitalização, até o de mercado de capitais, com um amplo portfólio de produtos e serviços, procurando alinhá-los cada vez mais aos pre-ceitos de responsabilidade socio-ambiental.
Com abrangência nacional e presente em 3.550 municípios bra-sileiros por meio de sua rede pró-pria de atendimento, o BB possui a maior rede de agências do Brasil e
pretende instalar uma agência em cada uma das cidades brasileiras até 2015. Além disso, mais uma vez o BB encerrou o ano com o maior parque de terminais de au-toatendimento da América Latina, somando 45 mil terminais próprios.
Sediado em Brasília (DF), o Ban-co do Brasil possui presença física em 23 países e, por meio de uma rede de 1.039 bancos correspon-dentes, alcança 140 países, sendo o banco brasileiro que conta com a maior rede própria de atendimento no exterior. A atuação do Banco no exterior está apoiada em três veto-res: a existência de comunidades de brasileiros; a internacionaliza-ção de companhias nacionais; e a expansão das relações comerciais do Brasil com o mundo.
O BB adota tecnologias e pro-cessos que o mantém na vanguar-da do mercado financeiro. Para tanto, investe permanentemente na capacitação de seus funcionários, auxiliando-os a desenvolver uma vida profissional baseada na satis-fação e no crescimento, preparan-do-os para oferecer um atendimen-to ágil e de qualidade aos mais de 54,4 milhões de clientes BB.
O Banco do Brasil somente continuará público
enquanto for útil à sociedade
ELEIÇÕES ANABB 2019
ISA MUSA DE NORONHA
AMIGOS, sou candidata ao Conselho Deliberativo da ANABB e PEÇO SEU VOTO.
A CGE enviará para cada eleitor um exemplar do material impresso no endereço cadastrado na ANABB. Então é importante estar com o ca-dastro atualizado.
Você receberá em casa um envelope com a cédula de votação, onde escolherá, marcando SOMENTE 21 nomes de sua escolha para o Deliberativo e três nomes para o Fiscal, além do Diretor Regional.
Se você navega na internet, poderá votar no site. PARA VOTAR PELA WEB você precisa ter LOGIN E SENHA. Acesse o Espaço do Asso-ciado, com login e senha e verifique os seus dados cadastrais, atualize-os se necessário.
ESCOLHA SOMENTE 21 e entre eles MARQUE O MEU NOME
Se não tiver senha, pode obtê-la no Espaço do Associado, na lateral direita do site, digite sua matrícula e clique em “Esqueci senha”. Em seguida, abrirá a aba “Esqueci minha senha”. Digite a matrícula novamente e clique no botão enviar. A senha será encaminhada automaticamente para o seu e-mail cadastrado na ANABB.
A votação poderá ser feita pelos correios ou pela internet. Se você pretende votar pela internet, precisa estar com a senha de acesso ao Espaço do Associado ativa.
Ninguém luta só, para que o Deliberativo seja coeso, uníssono, precisamos pessoas que partilhem dos mesmos ideais, assim, selecionei esses nomes abaixo para que somando, possamos fazer a ANABB mais pró-xima dos anseios de seus sócios. Peço seu voto para esses nomes:
QUANDO: de 01/10/2019 a 04/11/2019
ONDE: No site da ANABB ou pelos Correios
Candidatos ao Conselho Deliberativo
100 - ADELMO VIANNA GOMES 108 - ANTONIO CLADIR TREMARIN
111 - APARECIDA GOMES DE MEDEIROS (CIDA MEDEIROS)
116 - CARLOS ALBERTO GUIMARÃES DE SOUSA (CARLINHOS GUIMARÃES) 119 - CARLOS FERNANDO DOS SANTOS OLIVEIRA (CAFÉ)
124 - CÉLIA MARIA XAVIER LARICHIA 126 - CLÁUDIO NUNES LAHORGUE 132 - DOUGLAS CARVALHO PEREIRA 133 - EDUARDO ARAÚJO DE SOUZA 139 - FÁBIO SANTANA SANTOS LEDO 143 - FERNANDO AMARAL BAPTISTA FILHO 152 - HAROLDO DO ROSÁRIO VIEIRA
158 - ISA MUSA DE NORONHA
171 - LUIZ OSWALDO SANT’IAGO M. DE SOUZA 180 - MARIA GORETTI FASSINA BARONE FALQUETO 186 - PAULA REGINA GOTO
192 - REINALDO FUJIMOTO (FUJI) 193 – RENE NUNES DOS SANTOS 194 - RICARDO AKIYOSHI MAEDA
201 - SYBELLE NATALLE BRAGA CHAGAS 208 - WAGNER FONSECA DE LACERDA Candidatos ao Conselho Fiscal
311 - JONAS SACRAMENTO COUTO 319 - VALMIR CANABARRO
Governos: relacionamento com o Banco do Brasil e seus funcionários
No passado, o Banco do Brasil (BB) simbolizava, juntamente com as forças armadas, tudo aquilo de positivo que os brasi-leiros poderiam realizar e servia, também, como paradigma de austeridade. Ser funcionário do BB era objetivo profissional al-mejado por expressiva parcela da população. Como exemplo, tomo a turma de 1962 do Co-légio Militar do Rio de Janeiro, composta por aproximadamente 600 alunos, da qual praticamen-te a metade ingressou no BB. Infelizmente, o conceito desfru-tado pela instituição Banco do Brasil, o fato de estar presente em quase todos os municípios e a digna remuneração auferida, no passado, pelo seu funciona-lismo tornaram o BB alvo prefe-rido de ataques, pois prejudicar os “marajás” alegrava a muitos. O fato é que o BB, ilha de ex-celência, fornecedor histórico de funcionários para grupos mi-nisteriais e órgãos do governo, começou a ser esvaziado com a criação do Banco Central (BA-CEN) em 31/12/1964, que levou, logo no primeiro momento, duas importantes Carteiras do BB, a CARED (Carteira de Redescon-tos)e a CAMOB (Carteira de Mo-bilização Bancária). Posterior-mente, para não alongar muito o texto, lembro que a CACEX (Carteira de Comércio Exterior) e CAMIO (Carteira de Câmbio) perderam sua importância. Ti-vemos, posteriormente, o fim da Conta Movimento e o BB deixou
de ser a base da alavancagem do desenvolvimento brasileiro. No passado, o funcionalismo do BB recebia, em janeiro e julho, o equivalente a 1,5 salário, perfa-zendo, no ano, 3 salários extras. Depois, as gratificações foram diluídas no salário mensal, e a perda do valor real do salário fez com que as mesmas fossem, na prática, encaradas como salário. A assistência médica era obriga-ção do Banco, que possuía qua-dro de médicos, dentistas e en-fermeiros; agora, a assistência médica é prestada pela CASSI, entidade com CNPJ próprio, com seu próprio quadro funcio-nal.
Paralelamente, o BB passou a cometer equívocos salariais. Em 1982, foi publicado no jornal do SEEB-RJ e, posteriormente, no número 1 da revista Unidade da Federação dos Bancários do RJ--ES, artigo de minha autoria (na época, devido a fatores vários, a matéria foi publicada sem o nome do autor), no qual era dito que o BB não cumpria o Prejul-gado 52 do TST (Súmula 113) e, portanto, não pagava as 2 horas adicionais de prorrogação de expediente aos sábados, do-mingos, feriados e dias de meio expediente. O Banco aos fun-cionários comissionados paga-va o denominado ADI (Abono de Dedicação Integral), equivalen-te a 28% do VP acrescidos dos quinquênios. Em lugar de 28%, deveriam ser pagos 49,5%, pois 2 horas correspondiam a 33%
da carga horária (06 horas/dia), acrescidos de 50% (remunera-ção determinada, então, para as horas extras – HE). Logo, desde 1967, a remuneração das HE para comissionados ou não estava ilegal. Registre-se que a lei era clara quanto ao fato de que HE não deveriam se cons-tituir em rotina. Desta forma, o BB devia aos comissionados (a situação dos não comissionados era pior), de 02/01/1967 (quan-do comissiona(quan-dos passaram a ser obrigados à jornada de 8 horas) a 31/12/1981, 41,93 sa-lários. Pois:
a) - Carga horário mensal, para todos os efeitos legais = 180 ho-ras, logo 6 horas x 30 dias; b) - BB vinha pagando, men-salmente, a título de ADI, 28%, logo 50,40 horas;
c) - deveria pagar 49,5% logo 89,10 horas;
d) - diferença mensal não paga = 38,70 horas;
e) - em 15 anos: 38,70 x 13 (com 13º) x 15 = 7.546,50 horas; f) - Dívida em salários = 7.546,50 / 180 = 41,93 salários
Observação: no estudo publi-cado pelo SEEB-RJ, por equí-voco na abordagem (não levei em conta os 50% na HE e nem o 13º), a dívida anotada foi bem menor.
g) - estarrecedor é que, em 29/06/1982, o BB expediu a
Governos: relacionamento com o Banco do Brasil e seus funcionários
JC LAGO NETO*
Portaria 2.367, que determina-va que “será mantida a prorro-gação de expediente apenas do pessoal que esteja neste regime ininterruptamente há mais de 2 anos”;
h) - posteriormente, quando, de-vido a Acordo Coletivo, as HE passaram a ter acréscimo de 100% (não mais de 50%) em re-lação à normal, o Banco colocou os PE (POSTO EFETIVO) em HABITUALIDADE (trabalhavam 6 horas e ganhavam 2 adicio-nais, com 50% de acréscimo); i) - na década de 80, houve, a exemplo do Acordo BB-PREVI, votação entre os funcionários (na campanha, algumas Dire-torias de Sindicatos uniram-se à Direção do BB), e, em troca de alguns benefícios, todas as possíveis demandas trabalhis-tas ficaram prejudicadas. A dívi-da anotadívi-da, em consequência, acabou;
j) - no que diz respeito aos co-missionados, o Banco resolveu (esqueço o ano) juntar o ADI (ABONO DE DEDICAÇÃO IN-TEGRAL) com o AP (ADICIO-NAL DO CARGO COMISSIO-NADO) em nova rubrica; na implantação, não houve perda, mas, nos anos seguintes, o au-mento do VP (VENCIMENTO PADRÃO) passou a ser menor que o da rubrica ADI + AP;
k) - Em consequência do anota-do nos itens “h” e “j”, o BB le-vou os comissionados à SITU-AÇÃO-PIADA de comissionado
(à exceção das então maiores comissões AP 01 e – Chefe de Departamento – AP 02) com mesma letra e quantidade de anuênios de um PE COM HA-BITUALIDADE ganhar menos do que este (situação perdurou, pelo menos, até janeiro-1994, quando me aposentei).
Em 1997, o Acordo BB-PREVI conduziu o funcionalismo a no-vos PCS e PCC e o dividiu em 02 categorias: os pré-97 e os pós-97. O novo PCS levou ao absurdo abaixo (VALORES DE 1997), com aviltamento dos sa-lários e inevitáveis consequên-cias na arrecadação da CASSI:
Vencimento Padrão Valor Anterior Novo Valor E-01 585,60 585,60 E-02 656,10 603,30 E-03 735,00 621,30 E-04 823,20 639,90 E-05 922,20 659,10 E-06 1.033,20 678,90 E-07 1.157,40 699,30 E-08 1.296,60 720,30 E-09 1.452,30 741,90 E-10 1.684,80 764,10 E-11 1.954,50 787,20 E-12 2.267,40 810,90 Obs.: é bom anotar que, outrora, os funcionários ganhavam quin-quênios, posteriormente anuê-nios; agora, nada de quinquê-nios e de anuêquinquê-nios.
Como bem lembrou minha amiga Flávia Marçal, em 11/08/2017, “Isso valeu para os
aposentados pós 97. Quem ti-nha direito a anuênios, mesmo registrados na CP, foram conge-lados. O PCC pegou todos na curva. Para piorar tudo, quando de nossa aposentaria tivemos a parcela Previ mais o redutor do INSS. Ademais, deixou de en-trar no cálculo a venda da licen-ça-prêmio. Foi um golpe baixo, uma vez que entramos numa condição e saímos numa alta-mente prejudicial. É o grupo de pior aposentadoria e a Previ re-conhece isso. Por outro lado, o sindicato do Rio nada fez para reivindicar judicialmente nossos anuênios que, por estarem re-gistrados em carteira, seria cau-sa ganha como já ocorreu com o sindicato dos bancários de ou-tras regiões”.
Aos fatos registrados acima, acrescentaria, por exemplo, o absurdo que foi a RENDA CERTA, o não pagamento de aumento dado em Dissídio Co-letivo de 1987 (os 40% de equi-paração com o BACEN) e as estarrecedoras modificações in-troduzidas – 2002 – no Seguro Ouro-Vida, prejudicando mais de 400.000 clientes, muitos dos quais funcionários (introdução de um fator idade que, ao longo dos anos, faz com que o prêmio anual fique superior à importân-cia segurada).
* JOÃO CARLOS PEREIRA DO LAGO NETO, é aposentado do BB, natural do Rio de Janeiro--RJ, possui registro de Jornalis-ta e é EconomisJornalis-ta e ConJornalis-tabilisJornalis-ta.
Entenda o que pode mudar nas regras para aposentadoria
Pensou em casa de vó, pensou em mesa cheia. Bolo, manteiga, café, queijo, uma boa carne cozida, ovos, kibes, macarronada, leitão à pururuca, frango ao molho pardo, vaca atolada...
Nossos avós nunca tiveram acesso a shakes, bolo sem glúten, margarina e poucos gostam de refrigerante. Quem ainda tem os avós vivos sabe: eles se mantêm com toda disposição, comen-do de tucomen-do que a gente se pergunta se deveria ou não comer. Além disso, as-sociam gordura com saúde: essa his-tória de neto muito magrelo não é pra eles, tem saúde quem está ‘gordinho’.
Para os netos de avós bem velhi-nhos - lá se vão 80 ou 85 anos - é sur-preendente vê-los cozinhar toda aque-la comida, comer pão francês com manteiga pela manhã, beber leite inte-gral e se manterem na melhor forma fí-sica - eventualmente tomando alguma medicação só por ‘probleminhas de fá-brica’. Sofremos com esses problemas de saúde causados pela má alimenta-ção. Na vasta maioria, pelo o alto con-sumo de carboidratos refinados e gor-dura trans. Mas esses excessos não são do que nossos avós reconhecem como comida, mas sim desse alimen-to que a gente insiste em chamar de ‘comida’ - muitas vezes, disfarçada de saudável.
De fato, temos uma população idosa que sofre com câncer, diabetes etc. Mas se olharmos para os nossos antepassados, em número absoluto, eles sofriam menos e comiam mais ou melhor. Alguns avós, entre 93 e 95 anos, nunca viram uma barra de cereais, nem sabem o que é glúten e nunca provaram uma margarina. E são nesses alimentos que encontramos glúten, carboidratos e gorduras que estão adoecendo a humanidade e nos tornando cada vez mais obesos, não naquela broinha ou na manteiga gos-tosa que eles continuam usando para cozinhar.
Além disso nossos avós tiveram o privilégio de envelhecer em locais cujo deslocamento pode ser feito a pé, fazendo-os gastar o máximo de ener-gia possível. Não é aquela 1 horinha de academia que compensa um mun-do de alimentos Fitness de verdade é uma vida ativa compatível com o con-sumo de #comidadeverdade.
E nós? Seremos uma geração de avós que sofreu tanto seguindo dietas da moda, que perdeu tantos momen-tos deliciosos ao redor de uma mesa, arrependidos de várias coisas gosto-sas a gente poderia ter comido e não comeu? Tudo isso tentando encontrar saúde e disfarçar nossa idade a todo
SAÚDE
Comam só o que seus avós comiam
custo.
Procuramos saúde, mas somos ou estamos doentes: queremos ser into-lerantes, gostamos de precisar de co-mida em pó e em cápsula, comemos com culpa e procuramos soluções em alimentos mesmo sem ter os proble-mas para tal.
Às vezes, mesmo lutando para uma saúde de ferro nós adoecemos quando nos tornamos mais velhos. Então por que adoecer antes mesmo da velhice chegar?
Lembrem-se de seus avós e imi-tem a sabedoria deles. Não vamos ser a turma de avós fitness, que ofe-recem barrinhas de cereais e shakes para nossos netos. E muito menos que servem bolo sem glúten, sem lactose, sem açúcar, sem gosto e sem graça. Não sejam aqueles avós que só ofe-recem alfarroba. Sejam os avós que fazem uma macarronada deliciosa no domingo, não a avó que fica pesqui-sando onde achar um prato fitness de 100 calorias para servir no almoço da família e postar no instagram com a hashtag #vovófit.
(Adaptado do texto Comida de Vó pu-blicado no site “Não conto Calorias” em 26/07/2016)
A Câmara dos Deputados concluiu a votação em 2º turno da reforma da Previdência. Os deputados rejeitaram todos os destaques que poderiam reti-rar pontos do texto-base, e a proposta que agora segue ao Senado é a mes-ma aprovada no 1º turno, concluído em 12 de julho.
Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma preci-sava ser aprovada duas vezes na Câ-mara e agora depende de mais duas votações no Senado.
Na 1ª votação na Câmara, foram aprovadas quatro mudanças em rela-ção ao texto-base, elaborado pelo re-lator Samuel Moreira (PSDB-SP) com base na proposta original encaminha-da pelo governo ao Congresso em fe-vereiro.
- a flexibilização das exigências para aposentadoria de mulheres;
- regras mais brandas para integrantes de carreiras policiais;
- redução de 20 anos para 15 anos do tempo mínimo de contribuição de homens que já trabalham na iniciativa privada;
- regras que beneficiam professores próximos da aposentadoria.
Com as mudanças feitas pela Câ-mara, a projeção do governo para a economia com a Previdência em 10 anos caiu para R$ 933 bilhões. O pro-jeto original enviado pelo Executivo ao Congresso previa uma economia de R$ 1,236 trilhão em 10 anos com as mudanças nas regras de aposentado-ria e pensão.
A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria. Ao final do tempo de transição, deixa de haver a possi-bilidade de aposentadoria por tempo de contribuição. A idade mínima de aposentadoria será de 62 anos para mulheres e de 65 para homens tanto para a iniciativa privada quanto para servidores.
Na nova regra do Regime Geral, o tempo mínimo de contribuição na nova regra será de 15 anos para mulheres e 20 anos para homens. Para quem já está no mercado de trabalho, porém, o tempo mínimo de contribuição será de 15 anos para homens e de 15 anos para mulheres, de acordo com as últi-mas mudanças aprovadas pelo plená-rio da Câmara.
Para os servidores, o tempo de contribuição mínimo será de 25 anos,
com 10 de serviço público e 5 no cargo em que for concedida a aposentadoria.
Além de aumentar o tempo para se aposentar, a reforma também eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabe-lece regras de transição para os atuais assalariados.
Professores do ensino básico, po-liciais federais, legislativos e agentes penitenciários e educativos terão re-gras diferenciadas.
PREVIDÊNCA COMPLEMENTAR FECHADA EM ESTADO DE ALERTA A proposta de reforma da Previ-dência aprovada pela Câmara acaba com a natureza fechada dos fundos de previdência complementar dos go-vernos, suas autarquias, fundações e empresas de economia mista (PREVI, Funpresp, Petros, Postalis etc).
Assim, esses fundos poderão ser de natureza aberta e administrados pela iniciativa privada com objetivo de lucro a distribuir entre seus acionistas. Essa situação hoje não é permitida para entidades fechadas, que não dis-tribuem lucros.
Em 2000 O Governo contratou o Consórcio Booz-Allen & Hamil-ton-Fipe com o objetivo de reo-rientar o conjunto de instituições financeiras públicas federais.
O relatório do consórcio Boo-z-Allen & Hamilton/Fipe, enco-mendado pelo governo sobre os bancos federais, revelou-se sem sustentação científica. Tal relatório traçava vários cená-rios para o futuro dos bancos federais (Caixa, BB, BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste). Uma das sugestões apontadas pelo relatório é a ex-tinção desses bancos.
Apresentado em audiência pú-blica, pelo Consórcio Booz--Allen, o relatório gerou imediata reação da UNAMIBB que im-petrou mandado de segurança, contra o Comitê de Coordena-ção Gerencial das Instituições Financeiras Públicas Federais – COMIF, impedindo o encerra-mento tempestivo da audiência pública, o que impossibilitou a escolha do modelo.
Para a UNAMIBB, o Relató-rio desconhecia a história, não media efeitos sociais, ignorava limites políticos, desdenhava problemas jurídicos, provocava reações psicológicas adversas de massa e não enfrentava as questões econômico-financeiras próprias.
O contrato do BNDES com o Consórcio Booz-Allen & Hamil-ton-Fipe previa a execução de cinco etapas: 1) elaboração de diagnóstico sobre o contexto atual;
2) desenvolvimento de alternati-vas para a reorientação
estraté-gia;
3) apresentação de relatório com as alternativas para discus-são em audiência pública;
4) detalhamento da alternativa escolhida e preparação dos ins-trumentos legais necessários e 5) desenvolvimento de estra-tégia de implementação. Esse contrato foi rescindido unilate-ralmente, sem execução das Etapas 4 e 5, tendo em vista que o início de execução da quarta etapa só se daria após a apro-vação, pelo COMIF, do modelo escolhido para a atuação futura das instituições financeiras fe-derais.
Quando da rescisão do contrato o Ministério da Fazenda argu-mentou que a audiência públi-ca gerou um retorno de 71.858 mensagens, das quais 99,86% foram de apoio à permanência desses bancos.
O governo gastou R$ 9 milhões com o relatório da Booz-Allen.
Vender 17% de ações do BB em 2002?
Em 2002, o Governo tentou ven-der ações do Banco do Brasil –
A UNAMIBB FOI CONTRA!
A União Nacional dos Acionis-tas Minoritários do Banco do Brasil – Unamibb - conseguiu liminar para suspender a venda de 17,8% do total de ações da instituição. Naquela época, os papéis a serem ofertados pelo governo estavam sob litígio. A li-minar foi concedida pelo juiz Ja-mil Rosa de Jesus, da 14ª Vara da Justiça Federal de Brasília. A ação judicial que impediu a
venda das ações do BB tem relação direta com uma outra iniciativa iniciada em 1998. Na-quela época, a Unamibb entrou na Justiça por entender que os minoritários foram prejudicados durante o aumento de capital da companhia, realizado em 1998. O aumento de capital do BB, de R$ 8 bilhões, segundo nossos advogados, foi feito para cobrir os prejuízos do banco durante os exercícios de 1995 e 1996, que eram de aproximadamente R$ 12 bilhões. O aumento de capital fez com que a participa-ção dos minoritários no capital total do banco caísse de 49% para 6%. Por sua vez, a União - que entrou integralmente com o aporte de capital de R$ 8 bilhões – teve sua participação aumen-tada para 76%, ante os 20% a 30% que detinha anteriormente. A UNAMIBB, à época, entendeu que os minoritários foram des-respeitados. Assim, quando no início do ano de 2002, começa-ram os rumores de que haveria oferta pública de ações do BB, a Unamibb, em julho de 2002, entrou na Justiça com pedido de indisponibilidade da venda das ações. Quando ocorreu o anúncio do edital, o advogado entrou com uma petição, na 14ª Vara da Justiça Federal de Bra-sília, alertando sobre a oferta e lembrando que aquelas ações deveriam estar indisponíveis para a venda. O Juiz atendeu a esta petição e concedeu liminar à UNAMIBB.
Tudo foi feito em proteção dos minoritários, da sociedade e do próprio Banco.
As ameaças ao Banco do Brasil são frequentes
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Mensalidade R$ 20,00
Av. do Contorno, 6437 - Sala 301 - Savassi - Belo Horizonte - MG - CEP: 30110-039
Sim, desejo associar-me à UNAMIBB Nome Completo: Endereço: Bairro Cidade C/C Nº Matrícula: CEP: __________ Telefone:____________________ Nº da Agência: ____/___/___/____/___ DG UF:________ Assinatura: _______________________________
Números do BB
R$ 0,44453410609 é o valor pago pelo BB a título de Juros sobre Ca-pital Próprio (JCP) por ação ON re-lativo ao segundo trimestre de 2019. O valor é atualizado até 08/08/2019. 36,8% foi aumento do lucro do BB no segundo trimestre de 2019 em rela-ção ao mesmo período do ano pas-sado.2.367 é o número de funcionários do BB que aderiram ao Programa de Adequação de Quadro (PAQ).
R$ 300 milhões é o que o Banco gastará com as indenizações do PAQ, mas prevê uma economia de R$ 500 milhões anualmente a partir de 2020.
R$ 1 bilhão é o que o governo pre-tende levantar com a venda de 20,78 milhões de ações do BB.
R$ 9,474 bilhões é o valor, sem ga-rantia, da dívida do Grupo Odebrecht com o Banco do Brasil. Os bancos públicos são os maiores credores da empresa e vão fi car no fi m da fi la para receber. Na frente só os acio-nistas.
R$ 2 bilhões é o que o BB tem reser-vado para o caso de calote da Ode-brecht.
Ilha da Fantasia
“Isso é a realidade de Brasília, nossa ilha da fantasia. Aqui, a importância de um órgão público é medida pelo tamanho e sun-tuosidade de sua sede. Cons-truída a enorme sede, é preciso enchê-la de gente que, para jus-tifi car sua existência, inferniza a vida de cidadãos e empresas. E assim seguimos expandindo o monstro estatal.” – Rubem
No-vaes, presidente do BB, sobre a mudança do CNJ para um novo prédio de 30,9 mil metros qua-drados em Brasília com custo anual de R$ 23,3 milhões. Há três anos, o mesmo CNJ gastou R$ 7 milhões na reforma de sua sede.
Assédio Moral
“O Banco do Brasil não compac-tua com qualquer prática de as-sédio, possuindo política interna para apuração de denúncias re-lacionadas ao assunto, inclusive com a instituição de Comitês de
Ética constituídos com repre-sentantes dos empregados da empresa”. – Mensagem do BB
ao ser condenado a pagar R$ 250 mil por assédio moral insti-tucional ocorrida na Cobra Tec-nologia. A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Trabalho. Cabe recurso para ambas as partes.
Modelo Inédito
Em agosto o Banco do Brasil anunciou novas linhas de crédito imobiliário com taxas diferencia-das. Os juros variam de acordo com o prazo de fi nanciamento. Para o prazo de 60 meses a taxa mínima é de 7.99%. Para o perí-odo de 359 a 418 meses o piso é de 8,45% ao ano. De acordo com o presidente da instituição, o formato facilita a securitização o que permite ampliar o crédito. Também está sendo estudada a linha de crédito vinculada ao IPCA como nos moldes da Cai-xa Federal.