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Aula 1 CONCEITOS INICIAIS. Legislação: Lei 6.404/76 (com as alterações feitas pela Lei /2007 e Lei /2009).

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Academic year: 2021

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Curso/Disciplina: Contabilidade Geral

Aula: Conceitos iniciais: Introdução. Objetivo (ou objetivo meio). Técnicas contábeis. Informação

contábil – 1

Professor (a): Valter Ferreira

Monitor (a): Luis Renato Ribeiro Pereira de Almeida

Aula 1

CONCEITOS INICIAIS 1. Introdução.

Legislação: Lei 6.404/76 (com as alterações feitas pela Lei 11.638/2007 e Lei 11.941/2009).

Contabilidade é conceituada como uma ciência de natureza social – que nasce da sociedade para satisfazer a própria sociedade.

Quando se estuda a contabilidade geral, pensa-se na atividade de compra e venda, em razão do mercantilismo. Ao longo do tempo, a contabilidade geral recebeu outras áreas da contabilidade para fazer uma espécie transição para essas novas áreas: surge a contabilidade industrial (contabilidade de custos), a contabilidade das instituições financeiras, a contabilidade das seguradoras etc.

A contabilidade é uma ciência social cujo objeto de estudo é o patrimônio. Tudo aquilo que de alguma forma afeta o patrimônio de uma empresa interessa à ciência contábil.

O objetivo meio da contabilidade é o controle do patrimônio, para evitar que ele se perca; a finalidade (objetivo final) da contabilidade é fornecer informações.

Portanto, a contabilidade é uma ciência que tem por objetivo fornecer informações sobre o patrimônio para a sociedade.

2. Objetivo (ou objetivo meio): controle do patrimônio.

O objetivo – ou seja, o controle do patrimônio – é atendido por duas funções: a função administrativa e a função econômica.

A função administrativa é a função de administrar/controlar; trata-se do controle propriamente dita, de controlar para evitar que o patrimônio se perca.

A função econômica busca aferir se a pessoa (física ou jurídica) ganhou ou perdeu durante o ano; trata-se da apuração do resultado.

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Para atender a essas funções, é necessário um conjunto de técnicas criadas pela contabilidade para que seja possível controlar o patrimônio em sentido amplo, no sentido da ideia de controle tanto administrativo quanto econômico: são as chamadas técnicas contábeis.

3. Técnicas contábeis.

Exemplo: pessoa que recebe um patrocínio para estudar para concurso. A condição desse patrocínio é que todo gasto que a pessoa faça seja relacionado ao concurso. A verba do patrocínio só pode ser usada para o estudo do concurso público.

Nesse caso, a primeira técnica da contabilidade que pode ser usada para o controle do patrimônio é uma técnica de anotação, chamada de escrituração.

• Escrituração: registrar fatos contábeis em livros próprios (livro diário e livro razão).

Escrituração nada mais é do que registrar fatos, mas não qualquer fato. No exemplo, devem ser registrados apenas aqueles relacionados ao patrocínio. Portanto, somente devem ser registrados os fatos que interessam à contabilidade, quais sejam, aqueles que de alguma forma alteram/afetam o patrimônio.

Desse modo, a escrituração é a técnica que busca registrar os fatos contábeis (aqueles que efetivamente afetam o patrimônio, não quando há a possibilidade de afetar o patrimônio).

Exemplo: sociedade A pede que a sociedade B seja seu avalista. O fato de ser avalista não necessariamente afetará o patrimônio da sociedade B, mas pode vir a afetar no futuro, se a sociedade A não adimplir a dívida. Neste caso, há um ato administrativo que pode ou não vir a ser tornar um fato contábil, pode ou não afetar o patrimônio.

A administração da empresa, nas suas decisões, realizará determinados atos. Alguns afetam o patrimônio da empresa no momento em que são realizados, outros afetarão em momento futuro, e outros talvez nem afetem o patrimônio. O que interessa para a contabilidade é o ato que afeta o patrimônio.

Exemplo: pessoa que contrata um empregado e celebra o contrato de trabalho. Enquanto o empregado não trabalhar, a contratação não afetará o patrimônio; mas quando começar a trabalhar, o patrimônio será afetado.

Portanto, os atos podem ou não afetar o patrimônio: toda vez que afetar o patrimônio interessa ao estudo da contabilidade, e se interessa ao estudo da contabilidade, obrigatoriamente deve ser escriturado/registrado em livros próprios.

Os principais livros onde serão registrados os fatos que afetem o patrimônio são o livro diário e o livro razão.

É importante ressaltar que os fatos que afetam o patrimônio não necessariamente são aqueles que aumentam o seu valor. O patrimônio também é afetado por uma troca. Exemplo: dinheiro que sai do

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patrimônio para comprar um carro. O valor em dinheiro que sai é correspondente ao valor do automóvel que irá ingressar no patrimônio. Logo, a nível de valores, o patrimônio não foi alterado. Porém, a nível de composição do patrimônio houve alteração (há menos dinheiro e mais automóveis).

Ademais, o fato que será registrado não necessariamente será um fato que a administração tem interesse que ocorra. É possível que seja um fato qualquer, mas que afeta de alguma forma o patrimônio.

Exemplo: árvore que cai em cima do carro de uma pessoa, reduzindo o seu patrimônio. Esse fato deve ser contabilizado, pois afetou o patrimônio, e portanto é de interesse da contabilidade.

A partir da escrituração (fatos que foram registrados) destaca-se a segunda técnica contábil, que consiste na elaboração de relatórios: a elaboração das demonstrações contábeis.

• Elaboração das demonstrações contábeis: elaboração de relatórios sobre o patrimônio. Feitos os relatórios, a terceira técnica é a auditoria das demonstrações contábeis.

• Auditoria das demonstrações contábeis: verifica-se se as demonstrações contábeis atendem às regras legais (lei) e às normas (resoluções e outras normatizações da contabilidade).

A quarta e última técnica busca auxiliar a tomada de decisões, sendo chamada de análise das demonstrações contábeis.

• Análise das demonstrações contábeis: o objetivo dessa técnica é a criação de índices que irão auxiliar a tomada de decisões

4. Informação contábil.

No que toca à informação contábil, deve-se indagar: • Quando fornecer a informação?

• Como fornecer a informação. • Para quem fornecer a informação?

O art. 175, da Lei 6.404/76, cria o exercício social, que é um período temporal. O exercício social terá duração de 1 ano, e a data do seu término deverá constar do ato constitutivo da empresa.

Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto. Ao final desse prazo, as empresas devem fornecer suas informações contábeis sob a ótima da lei, o que não significa dizer que a empresa não possa fazê-lo voluntariamente em outra data, ou que outro órgão possa exigir dela a elaboração.

As companhias abertas, por exemplo, por imposição da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, fazer a sua informação contábil a cada trimestre civil.

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Porém, segundo a regra legal, é a empresa quem determina quando termina seu exercício social, e sua informação contábil irá se basear nesse lapso terminado, por ela determinado.

Os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC se referem à “período temporal”, que corresponde a 12 meses (ou seja, ao exercício social). Findo o período de 1 ano, a empresa fará a demonstração contábil.

Em regra, o exercício tem duração de 1 ano. Porém, o art. 175, parágrafo único, dispõe que, nos casos de constituição da empresa ou nas alterações do seu ato constitutivo, o exercício social poderá ter duração diversa.

Art. 175. Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.

Exemplo: criação da empresa em 1 de outubro do ano X, e fim do exercício social definido em 31 de dezembro de cada ano. No primeiro ano haverá apenas 3 meses. Contudo, como se trata do ano de criação da empresa, é possível que o exercício social dure período diferente.

O art. 176 prevê que ato término de cada exercício social, a empresa deverá elaborar determinadas demonstrações contábeis. Essas demonstrações têm natureza obrigatória (demonstrações contábeis obrigatórias). Somente a lei pode excluir essa obrigatoriedade.

Há 5 demonstrações contábeis:

a) Balanço patrimonial, que demonstra a situação/composição do patrimônio no último dia de

cada exercício social.

b) Demonstração do resultado do exercício (DRE), que apresenta se a empresa teve lucro ou

prejuízo.

c) Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA).

Obs.: a lei, contudo, admite que a DLPA seja substituída por outra, qual seja: a demonstração das

mutações do patrimônio líquido (DMPL).

d) Demonstração dos fluxos de caixa (DFC), que traz a movimentação financeira da empresa.

Obs.: essa demonstração será facultativa para companhias fechadas com patrimônio líquido inferior a 2 milhões de reais. Companhia fechada é aquela que não tem autorização da CVM para vender suas ações em bolsa de valores.

Uma empresa que tenha ações em bolsa de valores é dita companhia aberta, pois qualquer pessoa pode comprar ações. Quando não há essa autorização é dita empresa de capital fechado, e, neste caso, se o seu patrimônio líquido for menor do que 2 milhões, poderá fazer a DFC de forma voluntária, não de forma obrigatória.

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e) Demonstração do valor adicionado (DVA).

Obs.: Contudo, essa demonstração é obrigatória somente para companhias de capital aberto. As companhias de capital fechado podem fazer a DVA de forma voluntária.

Tanto a DFC quanto a DVA são uma faculdade das companhias de capital fechado. Porém, na primeira não é qualquer companhia de capital fechado que poderá optar, mas apenas aquela que tem patrimônio líquido inferior a 2 milhões. Na DVA toda companhia de capital fechado tem a faculdade de apresentar.

As demonstrações contábeis não irão trazer todas as informações necessárias. Para isso, será necessário a elaboração de nota explicativa (para complementar a informação das demonstrações contábeis).

Referências

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