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Burk Parsons Trevin Wax John Frame Scott Klusendorf

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Academic year: 2021

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“A Palavra de Deus nos diz que devemos estar preparados para dar uma resposta a todos que perguntem a razão da esperança que há em nós e deve-mos fazer isso com mansidão e respeito. Este livro faz exatamente isso. Com décadas de experiência e verdadeira sabedoria, John Ensor nos mostra de forma bela como nosso glorioso Deus se deleita em nossa luta corajosa pelo inocente. Mostra também que ele nos ordena lutar, não com palavras e armas de homens, mas com o evangelho vivo e ativo de Jesus Cristo e na depen-dência do Espírito Santo, para mudar corações, renovar mentes e proteger os inocentes, por amor ao precioso inocente de todos os tempos e para a glória incomparável de Deus, pela eternidade.”

Burk Parsons, pastor auxiliar da igreja Saint Andrew’s

Chapel; editor de Tabletalk [Conversa ao redor da mesa] “Esta obra coloca os cristãos frente a frente com o horror do aborto e com nossa responsabilidade de intervir. Melhor ainda, ao nos mostrar como nosso ativismo deve ser motivado e alimentado pelo evangelho, Ensor nos desafia a dedicar a vida para exaltar Jesus Cristo, buscando justiça por aque-le que ainda não nasceu.”

Trevin Wax, autor de Counterfeit gospels [Evangelhos

falsificados] e de Holy subversion [Santa subversão]; editor da LifeWay Christian Resources “Este livro é uma impactante acusação contra os responsáveis pelo holo-causto do aborto e contra aqueles que não se uniram na tentativa de impe-di-lo. O autor apresenta muitas passagens bíblicas que deveriam tocar nossa consciência e nortear nossas ações. Há áreas na teologia sobre as quais cris-tãos verdadeiros podem discordar, mas essa não é uma delas. As Escrituras são muito claras sobre o fato de que o povo de Deus tem a responsabilidade de impedir o derramamento de sangue inocente.”

John Frame, professor de teologia Sistemática e

de filosofia do Reformed theological Seminary “Brilhante! John Ensor fornece uma ponte entre a defesa da vida humana inocente e a proclamação do evangelho. Sua tese, redigida de forma con cisa, é teologicamente fundamentada, filosoficamente sã e dá aos pastores as ferra-mentas para se engajarem com a cultura nessa questão moral que urge em nossos dias. Eu recomendo este livro com muito entusiasmo!”

Scott Klusendorf, palestrante e autor de The Case for Life:

Equipping Christians to Engage the Culture [Em defesa da vida: pre-parando os cristãos para se engajarem com a cultura] (Crossway)

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Copyright ©2011, John Ensor

Título original: Innocent Blood: Challenging the Powers of Death with the Gospel of Life

Traduzido a partir da primeira edição publicada pela Cruciform Press (Adelphi, Maryland, EUA).

1.ª edição: 2013

Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados por SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo, SP, 04602-970

www.vidanova.com.br | vidanova@vidanova.com.br

Proibida a reprodução por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados etc.), a não ser em citações breves com indicação de fonte. Todas as citações bíblicas, salvo indicação contrária, foram extraídas da versão Almeida Almeida Século 21.

ISBN 978-85-275-0546-8

Impresso no Brasil | Printed in Brazil

SUPERVISÃO EDITORIAL Marisa K. A. de Siqueira Lopes COPIDESQUE

Tatiane Souza

COORDENAÇÃO DE REVISÃO Fernando Mauro S. Pires REVISÃO

Ubevaldo G. Sampaio

COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Sérgio Siqueira Moura

DIAGRAMAÇÃO Sk Editoração

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Para John Cissel.

Um homem íntegro, generoso e de amor fraternal. Um parceiro meu nas boas obras que Deus preparou para trabalharmos juntos já há vinte anos. Um amigo dedicado ao

princípio de que o aroma de Cristo em nós deve exalar como o próprio aroma da vida. Obrigado.

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Sumário

Introdução ...009

Para que o sangue inocente não seja derramado

Um Precioso como o sangue ...021

Cristo morreu pelo inocente

Dois Culpa de sangue ...041

A resposta de Deus ao derramamento de sangue inocente

Três Expiação por sangue ...065

A provisão de Cristo pelo derramamento de sangue inocente

Quatro Zelo pelo sangue ...079

A coragem cristã de impedir o derramamento de sangue inocente

Cinco Guerra de sangue ...103

O plano de Satanás de atrasar o triunfo final do evangelho

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sangue inocente

Apêndice Seis coisas que você pode fazer para

salvar um inocente ...125

Aprenda a pensar com clareza. Comece lendo e ouvindo alguns recursos

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introdução

Para que o sangue inocente

não seja derramado

Este livro é inspirado em Deuteronômio 19.7-10:

Portanto, eu te dou esta ordem: Designarás três cidades para ti. E, se o SENHOR, teu Deus, ampliar o teu território, como jurou a teus pais, e te der toda a terra que prometeu dar a eles, então acrescentarás outras três cidades a essas três (assim será, se obedeceres a toda esta lei que hoje te ordeno e a cumprires: amar o SENHOR, teu Deus, e andar sempre nos seus caminhos), para que não se derrame sangue inocente no meio da tua terra, que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança, e não haja sangue sobre ti.

Aqui, Deus ordena seu povo a tomar grandes precauções e a empreender esforços significativos, mesmo quando forem esta-belecer novas cidades, a fim de evitar três terríveis resultados:

1. O derramamento de sangue inocente 2. A resultante culpa pelo sangue derramado

3. Os juízos do Senhor implícitos na expressão “e não haja sangue sobre ti”

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sangue inocente

O princípio claro estabelecido nessa passagem é também desenvolvido em toda a Escritura em várias ordenanças e exemplos; o povo de Deus é chamado a evitar tanto a morte de inocentes quanto a culpa pelo resultante derramamento de sangue. O propósito deste livro é explorar, explicar e instigar nossa obediência a esse chamado.

De que maneiras o povo de Deus tem levado esse princí-pio a sério e vivido com base nele? Como as pessoas que têm tido êxito encontram a coragem de impedir o derramamen-to de sangue inocente? Essas são algumas das questões-chave explo radas nos capítulos seguintes.

Finalmente, no final do livro, mudo o roteiro. Em vez de tentar entender a vontade de Deus e de fazer um apelo a que todos sejamos fiéis a isso, olho para a questão do derramamen-to de sangue inocente e da culpa pelo sangue derramado da perspectiva de Satanás. Nunca passei muito tempo tentando entender a mente do Maligno. Ao fazer isso aqui, apenas pro-curo ser fiel ao que Deus revelou sobre nosso adversário nas Escrituras que tratam dessa questão.

O que descobri é de fato preocupante: Satanás vê a cone-xão entre salvar o inocente e trazer as boas-novas ao culpado. A maioria dos cristãos não a vê.

Poucos de nós, hoje, sequer gastam tempo para considerar se tal conexão pode existir. Muitos de nós pensam ou simples-mente presumem que salvar o inocente e trazer as boas-novas ao culpado são questões separadas. Satanás sabe que não são. As pessoas que apresento neste livro sabem que essas são ques-tões distintas, mas não podem ser separadas. Esses homens e mulheres representam um legado cristão notável; a herança de

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introdução

quem exerce a coragem e abraça o sacrifício para evitar o der-ramamento de sangue inocente. Minha esperança é de que algo nas páginas seguintes estimule nos leitores o corajoso labor de tomar a cruz, algo que pode transformar essa herança em um legado para a próxima geração.

Para que o Sangue inocente não Seja derramado

Um dos livros mais cheio de anotações da minha biblioteca é

Lest innocent blood be shed [Para que o sangue inocente não

seja derramado]. O autor, Phillip Hallie, escreve: “Durante os quatro anos da ocupação alemã na França, o povoado de Le Chambon, com uma população de aproximadamente três mil pessoas empobrecidas, salvou a vida de cerca de cinco mil ju-deus refugiados. A maioria eram crianças”.

Li essa história pela primeira vez há quase trinta anos. Recen temente peguei o livro da estante para relê-lo. Fiquei espan tado ao ver como eu mesmo fiz anotações, ressaltando bem as palavras: “Atenção!”, “nossa obrigação moral”, “cf. Provérbios 24”, “viam a si mesmos como fiéis”, “viver a parábola do bom samaritano”. Eu estava extraindo da história deles algo que também estava observando nas Escrituras: há ocasiões em que nossa fé requer coragem.

Como cristãos, todos nós sabemos isso em geral. Gosta-mos muito de contar histórias de pessoas que se Gosta-mostraram fiéis ao chamado de Deus e se dedicaram a viver de forma cora-josa, apesar da oposição que encontraram e mesmo a despeito de sua própria vontade. Os homens de Issacar são descritos como “conhecedores dos tempos, para saberem o que Israel

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sangue inocente

devia fazer” (1Cr 12.32). Sempre houve alguns que eram assim, pessoas que compreendiam os desafios de seu próprio tempo e a vontade de Deus sobre como deveriam responder a eles.

O problema em citar exemplos históricos, como o dos que salvaram os judeus no povoado de Le Chambon, é o fato de ser fácil ver agora o que estava em jogo naquela época. Todos podem ver hoje como os fiéis daquela história foram caracterizados pela coragem. Todos podem se recusar a aceitar hoje a covardia e a transigência moral daqueles que passivamente aceitaram o que deveria ter sido uma oposição aberta e corajosa.

Não quero escrever um livro que, na prática, faça com que eu fique parado na esquina, com meus braços levantados, orando: “Obrigado, Pai, porque não sou como aqueles líderes moralmente cegos e covardes do passado”. Exemplos históricos só têm valor se produzirem um autoexame. Então, devemos perguntar: Que princípio inviolável moveu o povoado de Le Chambon a dar tanto, a arriscar tanto e, em alguns casos, a perder tudo, para ser fiel à ordem de Deus? De que forma esse mesmo princípio está sob ataque hoje? Como devemos lutar a mesma batalha, enquanto ela está recomeçando diante de nos-sos olhos? No que diz respeito a essa questão, será que nossa teologia e sua aplicação estão em real sintonia com as circuns-tâncias específicas da geração atual?

Em seguida, porém, temos de sondar nosso coração e nossa teologia mais a fundo. Defendemos hoje posições teolo-gicamente elaboradas e bem fundamentadas que, na verdade, simplesmente protegem e preservam um emprego, uma po-sição, o status quo? A teologia que realmente controla nossas escolhas e atitudes diárias nos convoca ao trabalho árduo de

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introdução

carregar a cruz? Ou nos leva a algo decididamente mais centra-do em nós mesmos? Ou seja, estamos desejosos em aprender com a Escritura e a história, quando nossa fé exige coragem?

meu ProPóSito e aPelo

Meu propósito neste livro é analisar as situações de hoje em que nossa fé exige coragem para que o sangue inocente não seja derramado. Essas situações podem surgir aparen-temente por acaso, por uma escalada de tensões ou por políticas públicas.

Meu apelo é que, sempre que nos depararmos com uma situação dessas, optemos por não aceitá-la, não racionalizá-la e não enterrá-la sob prioridades supostamente maiores nem fingir que não sabemos o que está acontecendo. Em vez disso, assim como aqueles que vieram antes de nós e são louvados por sua fidelidade, que possamos lutar contra o derramamento de sangue inocente com toda nossa força moral e esforço práti-co, hoje e também a longo prazo.

Esse apelo extrai sua força de quatro convicções:

1. Deus apresenta a prevenção de derramamento de san-gue inocente como uma questão da maior prioridade. 2. Como cristãos, reconhecemos como falsa a escolha

en-tre o valor temporal e o valor eterno da vida humana. 3. Há uma coragem única que vem da fé.

4. O derramamento de sangue inocente é e sempre foi fundamental para a estratégia feroz e desesperada do Inimigo.

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sangue inocente

a prioridade da prevenção

Deus sempre apresenta a seu povo o derramamento de sangue inocente como um assunto da mais alta prioridade. A questão vem a nós de um modo que nos tira o chão (ou deveria tirar). Ela mexe com nossos planos. Capta nossa atenção. Interrompe nosso padrão de normalidade, pelo menos temporariamente. Quando, para evitar o derramamento de sangue, são necessárias ações para salvar uma vida, recai particularmente sobre nós, os que cremos, sofrer essa imposição e tomar todas as medidas pre-ventivas necessárias para que o sangue inocente não seja derra-mado e a culpa por esse sangue não nos manche a todos.

Há alguns anos, o rápido degelo da primavera levou a grandes inundações ao longo do rio Mississippi, na região metropolitana conhecida como Quad Cities, a qual abrange cidades de Illinois e de Iowa. Casas, fazendas, gado e pessoas, estavam todos em perigo. Minha mãe me telefonou para dizer que estava interrompendo tudo o que fazia para viajar cerca de 240 quilômetros a oeste, a fim de ajudar a encher sacos de areia para conter a enchente. A mulher tinha quase 70 anos! Ninguém conseguiria impedi-la. Eu pensei: “Algo ruim pode acontecer a ela”. Então, refleti sobre o quanto Cristo havia mudado a vida de minha mãe e percebi que esse comporta-mento, embora arriscado, era esperado de alguém que veio a amar a Deus e seu próximo. Se dele decorrerem problemas, serão problemas que glorificam a Deus e ao evangelho. Mas, no fim, deu tudo certo.

Quando se trata de preservar a vida humana, é necessário aquele tipo de ação que é, por natureza, interruptiva. É assim que você pode dizer que alguém valoriza a vida: quando, em

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introdução

determinada circunstância, aquela pessoa está disposta a ser interrompida para sair em proteção da vida. Na maioria dos casos, podemos facilmente ajustar e equilibrar as coisas para que a morte ou a ameaça de morte de outros não nos impacte diretamente. Podemos fazer essas manobras porque os inocen-tes que correm perigo muitas vezes são pessoas impoteninocen-tes, atores marginais no cenário social, raramente o tipo de pessoa que possa exigir nossa atenção ou nos obrigar a uma mudança de planos. Quase nunca são amigos pessoais, parceiros em po-tencial, colaboradores ou clientes; se essas pessoas estiverem na mira da morte, nenhuma palavra de Deus é necessária para nos compelir a olhar para elas.

Isso levanta um ponto vital: Os mandamentos da Escri-tura existem para que sejamos levados a fazer o que não faze-mos naturalmente.

Os inocentes, aqueles com os quais Deus ordenou que nos preocupássemos, são precisamente o tipo de pessoa que temos a inclinação de ignorar; e até preferiríamos ignorar. O salmista afirma claramente: “Fazei justiça ao pobre e ao órfão; procedei com retidão para com o aflito e o desamparado. Livrai o pobre e o necessitado, livrai-os das mãos dos ímpios” (Sl 82.3,4). Essas pessoas podem apelar pouco ou quase nada a nosso amor ou bondade. Seus problemas não nos soam como pessoais. Elas geralmente são estranhas. Mas são amigas pessoais de nosso Deus. Em seu dilema, elas clamaram a Deus por ajuda. E ele ouviu seu clamor. Em resposta, Deus nos chama a olhar para elas e a deixar tudo de lado, se necessário, para socorrê-las. Para que o sangue inocente não seja derramado.

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sangue inocente

a falsa escolha

Minha segunda convicção surge de uma falsa escolha que vejo soprando ao vento. Nós, que amamos a Deus, valorizamos o evangelho e afirmamos o valor supremo da vida eterna (alma) de alguém, não devemos nunca, nunca, jamais negligenciar o valor temporal da vida. Um compromisso baseado na Bíblia e centrado na cruz não leva ninguém a um foco na vida eterna à custa da vida temporal. Ele valoriza ambas, cada qual a sua própria maneira. Caso você se encontre diante de uma situação em que precise se posicionar entre uma decisão e outra, analise se essa não é uma escolha falsa.

Se o derramamento de sangue inocente não for, de fato, uma preocupação central para nós, então a cruz de Cristo tampouco pode ser nossa preocupação suprema. Afinal, o que eleva a cruz à suprema importância? O derramamento de sangue inocente.

Essa falsa escolha entre vida eterna e vida temporal não é apenas antibíblica. É profundamente repulsiva. Na parábola do bom samaritano, Jesus descreve como o sacerdote, o levita e o samaritano são todos, por sua vez, confrontados com a mesma situação de sangue inocente sendo derramado. As atitudes dos dois primeiros são detestáveis, repugnantes e ofensivas à lei do amor. O amor faz mais que lamentar o assassinato de alguém. Ele o detém por meio de todo esforço prático.

Quando vemos pessoas que dizem amar a Deus ignoran-do o derramamento de sangue inocente em favor de coisas “mais importantes”, Jesus não quer que apenas apontemos isso como errado. Ele quer que sintamos algo. Quer que nos sinta-mos moralmente ofendidos.

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introdução

Amar a Deus e amar o próximo não são escolhas separa-das. Uma flui docemente da outra. Amar meu próximo sempre significará um desejo de ajudá-lo a encontrar a graça de Deus em todas as suas formas de manifestações. Em certas ocasiões, amar o próximo será algo que tomará conta de mim, e talvez até po-derá exigir que eu ajude a impedir que alguém seja assassinado. Amar a Deus e amar o próximo são atitudes que nunca estão em desacordo uma com a outra. Aqueles que tentam amar um à custa do outro, ofendem a Deus e ao próximo. Espero poder provar isso.

a coragem que vem da fé

A terceira convicção por trás do meu apelo é que a coragem ne-cessária para se opor, se não para interromper, o derramamento de sangue inocente (à custa de sofrer no processo, se necessário), não é algo além da fé, diferente da fé ou em adição à fé. É uma coragem que flui da fé e é gerada, produzida por ela. Crer em Deus produz boas obras. Com isso quero dizer que a crença em Deus gera boas obras. E uma das boas obras que a própria fé gera é a coragem de carregar a cruz para resgatar o inocente.

Esse tipo de coragem, que, na verdade, é apenas a fé agin-do sob pressão, também é algo que atrai e cativa a outros. Os cristãos, através dos séculos, têm experimentado essa verda-de. Escrevemos sobre isso o tempo todo. Anunciamos isso. Ficamos encantados e somos conquistados por aqueles que demonstram isso. Quando não estamos escrevendo ou lendo histórias reais de coragem santa, que traz glória a Deus, esta-mos escrevendo histórias sobre isso.

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sangue inocente

Desafio você a ler Hebreus 11.35-38 com um novo olhar. Duvido que não consiga sentir a beleza da coragem para com Deus.

Alguns foram torturados e não aceitaram ser livrados, para alcançar uma melhor ressurreição; e outros experimentaram zombaria e espancamentos, correntes e prisões. Foram apedre-jados e provados, serrados ao meio, morreram ao fio da espada, andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados. O mundo não era digno dessas pessoas. Andaram vagando por desertos e montes, por cavernas e bu-racos da terra.

De onde vem essa força? Onde, por exemplo, as parteiras do Egito encontraram coragem para desafiar a lei daquela terra e se recusar a derramar sangue inocente? Onde Raabe encontrou coragem para resgatar os espias, arriscando sua vida? Gideão, Samuel, os profetas e outros “praticaram a justiça” (Hb 11.33). Qual foi a fonte da coragem deles? “Pela fé [...] Raabe [...] aco-lheu em paz os espias” (Hb 11.31). “Estes, por meio da fé [...], praticaram a justiça”. Há uma coragem que é exigida por nossa fé e fornecida por meio de nossa fé.

A razão da importância disso encontra-se no fato de que, quando confrontado com uma situação em que a falta de ação resultará no derramamento de sangue inocente e na culpa por esse sangue, você nunca sabe se sua intervenção vai ter sucesso ou se vai colocá-lo em apuros. Por isso a fé exige coragem. Alguns foram capazes de fechar a boca dos leões (Hb 11.33). Outros fo-ram serrados ao meio (Hb 11.37). Coisas ruins podem aconte-cer quando você segue a Cristo. Mas são coisas ruins que são

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introdução

boas para você. Evitá-las significa que as coisas boas que são ruins para você podem ser preservadas. Para mim, isso parece ser a lição de Hebreus 11.

Quando você confia sua vida a Cristo e a seu cuidado, pode se dar ao luxo de arriscar. É por isso que digo que a coragem é re-querida ou exigida de nós que temos a fé redentora. Felizmente, ao olharmos para Deus, ele nos supre com a coragem necessária para sermos fiéis. Quero esclarecer que não estou dizendo que precisamos ter fé mais coragem. Nós simplesmente precisamos da coragem que a fé em Deus produz. Assim como a água pode se transformar em gelo, a fé em Deus pode se transformar em uma ação que salva a vida e desafia a morte. Para que o sangue inocente não seja derramado.

os projetos de nosso adversário

A quarta convicção que sustenta meu apelo vem de um olhar te-meroso para os planos do inimigo. Nosso adversário, o Diabo, tem um plano centrado no evangelho também: ele está totalmente comprometido a deter seu progresso! Ele deve deter a proclama-ção do evangelho e atrasar o cumprimento da Grande Comissão para atrasar o dia de seu próprio julgamento (Ap 12.12).

Uma das armas principais que escolhe é o insensível assassi nato de crianças; a forma mais abominável de derra-mamento de sangue inocente. Veja como Satanás tem agido através da história.

No Egito. Não sabendo quem Deus havia escolhido para

libertar Israel da escravidão, Satanás empregou a arma brutal de matar crianças em massa para tentar extinguir a vida e a obra de Moisés (Êx 1).

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sangue inocente

Na Terra prometida. Satanás seduziu Israel ao sacrifício

de crianças (Sl 106.37,38) de uma maneira que parecia fazer de Deus um parceiro perverso no delito, pois era feito em nome de agradar a Deus. Suspeito que Satanás estivesse tentando en-redar Deus em sua própria justiça, forçando-o a destruir seu próprio povo por causa de sua justa indignação e, assim, des-truir a obra da redenção.

Na encarnação. As mães inconsoláveis de Belém também

testemunharam que Satanás estava disposto a usar o instru-mento insensível do assassinato em massa de crianças na ten-tativa de devorar uma só criança, Jesus, antes que ele pudesse crescer para reinar como Salvador e Senhor.

Em nosso meio. Satanás continua a manejar a mesma

arma hoje, devorando tantos inocentes quanto possível, na ten-tativa de matar aqueles que, de outra forma, cresceriam para avançar e concluir a causa de Cristo entre todas as tribos, lín-guas e nações (Ap 12.17).

Então aqui está. Revelei as pistas para as minhas conclu-sões. Dei a você alguns dos indicadores bíblicos que me leva-ram a esse caminho. Na continuação deste livro, você verá que encontrei exemplos tanto gloriosos quanto vergonhosos que trazem luz a esse caminho. Esses exemplos levarão a lugares que vão fazer você se contorcer (pelo menos, fizeram a mim) e colocar tudo à prova.

Você vai olhar para o derramamento de sangue inocente em nosso meio hoje e encontrar a coragem que brota da fé para enfrentar todos os riscos?

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um

PrecioSo como

o Sangue

Cristo morreu pelo inocente

Redime a sua alma da opressão e da violência, e precioso lhe é o sangue deles.

Salmos 72.14, ara

Não há divisões importantes entre os seres humanos. A principal distinção entre as pessoas se dá entre os que acreditam que aque-les em necessidade são tão preciosos quanto eaque-les próprios e os que

não acreditam nisso.1

André Trocmé

A obra que Cristo realizou na cruz é bem mais extensa do que muitas vezes imaginamos. Cristo não morreu apenas pelo cul-pado. Ele morreu também pelo inocente.

Considere o salmo 72. No versículo 14, o salmista olha para o sofrimento e para a morte do inocente e diz: “Precioso lhe é o sangue deles”. Quando a palavra sangue é usada dessa forma na Escritura se refere à vida humana na carne, essa fase

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Referências

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