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Programa AGRO, Medida 8 Acção 8.1 (DE&D) PROJECTO AGRO 72

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Programa AGRO, Medida 8 – Acção 8.1 (DE&D)

PROJECTO AGRO 72

DEMONSTRAÇÃO E ESTUDO DO EFEITO DA FERTILIZAÇÃO SOBRE A PRODUÇÃO DE BIOMASSA E A SUA RELAÇÃO COM A COMPOSIÇÃO

FLORÍSTICA EM LAMEIROS DA REGIÃO DÃO - LAFÕES

Relatório Final

Lisboa, 2005

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1

Índice

Introdução 1

Período coberto pelo relatório 1

1ª PARTE

1 – Objectivos gerais do projecto 2

2 – Síntese dos trabalhos realizados 2

3 – Divulgação 4

4 – Resultados globais 6

4.1 – Produção de biomassa 6

4.2 – Qualidade da biomassa produzida 8

4.3 – Fertilidade do solo 10

4.4 – Composição florística 12

5 – Conclusões 16

6 – Comentários e sugestões 16

7 – Criação de nova informação técnica 17

2ª PARTE

1 – Balanço do realizado e alterações à programação inicial 19

2 – Resumo de resultados 20

3 – Formas de divulgação 20

3ª PARTE

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2

AGRO 72 – DEMONSTRAÇÃO E ESTUDO DO EFEITO DA FERTILIZAÇÃO SOBRE A PRODUÇÃO DE BIOMASSA E A SUA RELAÇÃO COM A COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA EM LAMEIROS DA REGIÃO DÃO - LAFÕES

Introdução

O presente relatório dá conta dos aspectos mais relevantes da implementação do projecto AGRO 72, sendo apresentado em três partes. Tal como recomendado na CIRCULAR nº 1/2004 da Acção DE&D do P.O. AGRO, na primeira parte do relatório traça-se uma síntese dos trabalhos desenvolvidos, seus objectivos e metodologia utilizada, bem como dos resultados e conclusões gerais obtidas e sua divulgação, dando-se ainda conta da nova informação técnica gerada. Na dando-segunda parte, apredando-sentam-dando-se as realizações de cada entidade participante, apontando as alterações à programação inicialmente estabelecida. A equipa decidiu ainda acrescentar uma terceira parte onde se faz uma resenha da execução financeira do projecto.

Nos Relatórios de Progresso apresentados ao longo do projecto, foi sendo descrita pormenorizadamente a actividade desenvolvida e os resultados obtidos por cada entidade participante nas diferentes linhas de experimentação/demonstração, pelo que deverão, naturalmente, ser considerados como complementos a este Relatório Final. Naqueles Relatórios de Progresso foram apresentados, como anexos, os diversos documentos de divulgação elaborados no âmbito do projecto (folhetos, artigos, comunicações, etc.). Assim, neste Relatório Final, apenas se apresenta, ainda em anexo, os documentos não constantes daqueles relatórios.

Independentemente do trabalho mais especializado, desenvolvido pelas equipas da DRABL, LQARS e ESAV há que realçar o elevado grau de entreajuda manifestado pelos elementos de todas as entidades, o que permitiu que os trabalhos se desenvolvessem de acordo com o plano de trabalho constante da candidatura.

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3

1ª PARTE

1 – Objectivos gerais do projecto

Tal como mencionado na candidatura, o projecto pretendia, no essencial:

 Aperfeiçoar e demonstrar os conhecimentos existentes sobre a influência da fertilização racional na produtividade dos lameiros naturais, tanto na biomassa produzida como na sua qualidade.

 Demonstrar o aumento substancial da produção nas parcelas fertilizadas comparativamente às parcelas com o tratamento usual do agricultor.

 Demonstrar o enriquecimento florístico dos lameiros com o desenvolvimento de leguminosas promovido pela fertilização.

 Caracterizar estruturalmente a vegetação desenvolvida nos lameiros, tendo em conta a sua diversidade, abundância e cobertura.

 Criar um manual de campo com informação sobre a vegetação inventariada nos lameiros, que permita a sua divulgação.

 Aperfeiçoar os conhecimentos sobre a evolução da fertilidade do solo neste tipo de ecossistemas, relacionando-a com o comportamento da vegetação, no sentido de melhorar as recomendações de fertilização.

2 – Síntese dos trabalhos realizados

Para a prossecução dos objectivos traçados foram instalados 9 campos de experimentação/demonstração, em outros tantos locais, escolhidos de forma a serem representativos dos lameiros da região do Dão-Lafões. Assim, após prévia apreciação, foram seleccionados diversos lameiros, tendo por base a disponibilidade dos proprietários (nem sempre receptivos) e a análise do solo (alguns foram eliminados por não reunirem condições adequadas de demonstração). Os campos seleccionados foram os seguintes:

Lameiro 1 – Peixeninho – semi-regadio (Concelho de Castro Daire) Lameiro 2 – Moura Morta – sequeiro (Castro Daire)

Lameiro 3 – Moura Morta – regadio (Castro Daire) Lameiro 4 – Alcofra – misto (Vouzela)

Lameiro 5 - Touro (Vila Nova de Paiva)

(5)

4 Lameiro 8 – Vale de Cavalos – sequeiro (Vila Nova de Paiva)

Lameiro 9 – Moura Morta – semi-regadio (Castro Daire)

De acordo com o protocolo de tarefas delineado pelas equipas do projecto foram estabelecidas, em cada unidade de demonstração, diversas modalidades de fertilização, que tiveram como objectivo atenuar as principais limitações de fertilidade dos solos, demonstrando, de forma simples, o seu efeito na produção de erva.

Estabeleceram-se os seguintes tratamentos:

Lameiros 1, 5, 6, 9 com quatro parcelas cada um:

Parcela testemunha (T), parcela com correctivo calcário (Cal), parcela com fertilização fosfatada (P) e parcela com fertilização com fósforo e calcário, (Cal + P).

Lameiros 2, 3 e 4, com três parcelas cada um:

Parcela testemunha, sem fertilização, (T), parcela com fertilização fosfopotássica (P + K) e parcela com fertilização fosfopotássica e correctivo calcário, (Cal + P + K).

Lameiros 7 e 8 com cinco parcelas cada um:

Parcela testemunha (T), parcela com fertilização com calcário, (Cal), parcela com fertilização fosfatada (P), parcela com fertilização fosfopotássica (P + K) e parcela com fertilização com fósforo e calcário, (Cal + P).

A aplicação de fertilizantes foi efectuada anualmente em cobertura, no início da Primavera. Ao longo do período de vigência do projecto foi efectuado o devido acompanhamento aos campos de experimentação/demonstração através das seguintes acções:

1. Avaliação da fertilidade do solo através da colheita e análise de terra (Setembro e Março/Abril).

2. Avaliação da composição florística (Maio/Junho).

3. Avaliação da produção (expressa em matéria seca), através de recolha de amostras de erva, efectuada antes do início do pastoreio/corte.

4. Determinação das taxas de crescimento diário da erva, com base nas amostragens anteriores e noutras intermédias, efectuadas fora dos períodos de utilização, usando, em alguns casos, gaiolas de exclusão.

5. Avaliação da dinâmica florística dos lameiros, através de um método multivariado, nos três parâmetros indicados: diversidade, abundância e cobertura, induzida pelas fertilizações (2 a 3 vezes no período de crescimento da erva).

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5 Em laboratório, foi feita a análise química do material recolhido, tendo-se procedido à determinação dos parâmetros de fertilidade do solo e à avaliação do valor nutritivo da erva com base, apenas, na análise química. Os dados obtidos por cada equipa de trabalho, nos 9 lameiros integrantes do estudo, foram objecto de tratamento e interpretação de resultados, sendo esta feita em conjunto pelas diferentes equipas. …..

4 – Resultados globais

…..

4.3 – Fertilidade do solo

Inicialmente, os solos dos lameiros em estudo apresentavam as seguintes características gerais, na camada 0-10 cm: teores muito elevados de matéria orgânica (50 a 100 g Kg

-1

), acidez [pH(H2O) entre 4,6 e 5,2], teores de Al3+ moderados a altos [0,5 a 1,8 cmol

(+) kg-1] e teores de P e K bastante variáveis, sendo, no entanto, frequentes os teores baixos em P.

Os diversos tipos de fertilização adoptados no sentido de corrigir as principais deficiências químicas dos solos, resultaram na evolução de alguns parâmetros da sua fertilidade, apresentados no Quadro 2.

Nos tratamentos testemunha verifica-se, ao fim de 3 anos de observações, uma tendência para a manutenção dos valores de pH, com ligeiras flutuações em torno do pH inicial do solo.

Quadro 2 – Evolução dos parâmetros químicos do solo mais directamente relacionados com as fertilizações adoptadas.

Lameiro Tratamento Ano zero pH (H2O) 2004 Ano zero P2O5 (ppm) 2004 Ano zero K2O (ppm) 2004 1 T 5,0 5,0 107 137 174 252 CAL 5,0 5,1 107 67 174 244 CAL+P 5,0 5,1 107 113 174 236 P 5,0 5,0 107 135 174 212 2 T 4,6 4,6 37 54 82 119 P+K 4,6 4,9 37 123 82 163 CAL+P+K 4,6 5,4 37 157 82 188 3 T 5,1 5,0 14 47 102 125 P+K 5,1 5,0 14 57 102 115 CAL+P+K 5,1 5,1 14 42 102 117

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6 CAL+P+K 5,1 5,2 86 137 47 145 5 T 5,0 5,1 89 97 121 208 CAL 5,0 5,0 89 77 121 151 P 5,0 5,0 89 73 121 153 CAL+P 5,0 5,2 89 78 121 204 6 T 5,2 5,3 59 42 143 182 CAL 5,2 5,6 59 86 143 188 P 5,2 5,4 59 74 143 190 CAL+P 5,2 5,5 59 75 143 157 7 T 5,2 5,0 40 26 102 159 CAL 5,2 5,0 40 18 102 75 P 5,2 5,1 40 52 102 110 P+K 5,2 4,9 40 30 102 110 CAL+P 5,2 5,2 40 22 102 86 8 T 5,0 5,1 31 64 84 100 CAL 5,0 5,3 31 23 84 121 P 5,0 5,2 31 44 84 76 P+K 5,0 5,1 31 34 84 86 CAL+P 5,0 5,3 31 66 84 100 9 T 5,2 5,1 34 44 87 108 CAL 5,2 5,3 34 40 87 100 P 5,2 5,1 34 59 87 121 CAL+P 5,2 5,2 34 47 87 110

Quanto aos tratamentos com aplicação isolada de calcário os valores de pH registam evolução positiva em 7 dos lameiros, ainda que pouco expressiva, atingindo as maiores diferenças 0,8 unidades (lameiro 2). Este facto deverá resultar das pequenas doses de correctivo utilizadas, uma e duas toneladas por hectare no primeiro ano, tendo sido reduzidas no segundo ano.

O elevado poder tampão do solo, associado à abundância de matéria orgânica, desaconselha subidas exageradas do pH, dado o risco de indução de deficiências em diversos nutrientes minerais, nomeadamente do P. Efeitos depressivos sobre os teores de P extraível do solo, por acção da aplicação de correctivo alcalinizante, foram verificados em diversos lameiros (1,5, 7 e 8), muito provavelmente em consequência de fenómenos de retrogradação. A distribuição do correctivo foi sempre efectuada em cobertura, sem incorporação no solo.

No caso dos tratamentos com aplicação de adubos fosfatados verificaram-se incrementos sensíveis nos teores de P extraível, sendo geralmente mais notórios quando o nutriente foi aplicado sem adição conjunta de calcário. Nos tratamentos testemunha verificaram-se comportamentos de sentido contrário, havendo lameiros onde se registaram aumentos dos teores de P extraível e outros onde esses teores diminuíram,

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7 provavelmente explicáveis pela variabilidade das amostras de solo recolhidas e pelo efeito mais ou menos pronunciado da reposição do nutriente através dos dejectos dos animais em pastoreio. Contudo, os níveis de P extraível mantiveram-se baixos, médios ou altos, de acordo com os teores inicialmente encontrados no solo.

No tocante ao K, os teores encontrados no solo no final do terceiro ano são, em todas as unidades experimentais, superiores aos observados inicialmente, porém a evolução foi mais expressiva nas modalidades onde se aplicaram adubos potássicos.

Não se detectaram situações de deficiência em outros nutrientes devendo, contudo, os teores de alguns micronutrientes no solo ser monitorizados periodicamente, em especial o B e o Cu, cujos níveis no solo são próximos do limite de carência, tendo as próprias plantas revelado, por vezes, teores relativamente baixos em alguns lameiros.

Referências

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