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SCAFFOLDS DE POLI (Ɛ-CAPROLACTONA) COM FIBRAS DE HIDROXIAPATITA.

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Academic year: 2021

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SCAFFOLDS

DE POLI (Ɛ-CAPROLACTONA) COM FIBRAS

DE HIDROXIAPATITA.

Guinéa B. C. Cardoso1*, Sérgio L. F. Ramos2, Cécilia A. C. Zavaglia1, Antônio Celso F. Arruda3

1* Universidade Estadual de Campinas- Departamento de Materiais- UNICAMP, Campinas-SP-

guicardoso@fem.unicamp.br

2

Universidade Federal Santa Catarina – UFSC – Florianópolis-SC

3

Universidade Estadual de Campinas- Departamento do Petróleo- UNICAMP, Campinas-SP

Na engenharia tecidual os scaffolds de policaprolactona estão sendo muito investigados. A utilização de fibras de hidroxiapatita, permitem aumentar sua resistência mecânica, além de essas apresentarem um caráter bioativo e osteocondutor. Melhorando assim, seu papel na engenharia óssea. Nesse estudo o objetivo foi desenvolver uma matriz de poli caprolactona (PCL) com fibras distribuidas em seu corpo. Foram caracterizados pelo microscópio eletrônico de varredura (MEV), difração de raio x (DRX), flurescência de raio x (FRX) e EDS. Permitindo assim avaliar sua composição, morfologia e possíveis contaminações. Resultando em um scaffold com porosidade e distribuição das fibras em toda sua área.

Palavras-chave: Scaffolds, Poli (ɛ- caprolactona), Fibras de hidroxiapatita.

Scaffolds of Polycaprolactone with hydroxyapatite fibers.

Sscaffolds of poly (ɛ-caprolactone) has been studied in many researches in tissue engineering. The used of hydroxyapatite fibers, allowed increase its resistance mechanical, beside the character bioactive and osteoconductive. Improving, its role in tissue engineering. The aim in this study was developed polycaprolactone matrix with dispersed hydroxyapatite fibers. The characterizations were by scanning electron microscopy (SEM), X- Ray Diffractometer (XRD), X-Ray Fluorescence (XRF) and Energy dispersive X-Ray Detector (EDX). Was able reviewed its composition, morphology and possible contaminations. The results were scaffolds with porosity and distribution of the fibers in all its area.

Keywords: scaffolds, poly (ɛ-caprolactone), Fibers of hydroxyapatite.

Introdução

A poli (ɛ- caprolactona), ou policaprolactona (PCL) é um polímero sintético biocompatível, apresenta um caráter hidrofóbico(1), pertence á família dos poliésteres alifáticos, sendo sintetizado por meio de polimerização por abertura de anel de ɛ- caprolactona, para a obtenção da unidade repetitiva.

O polímero é semicristalino, apresenta alta cristalinidade e que garante um pico de fusão bem definido e intenso, sua massa molecular pode variar de 5.000 a 80.000 Da. Apresenta como caractestíscas especiais uma baixa ordem de toxicidade, baixo ponto de fusão (50-60 graus Celsius), temperatura de transição vítrea ocorre abaixo da temperatura ambiente (-60 graus Celsius), baixa

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viscosidade que a torna boa auxiliar de processamento de polímeros, além de assim abaixar a temperatura de transição vítrea e reduzindo o módulo de elasticidade(2), além da grande miscibilidade ou compatibilidade mecânica com outros tipos de polímeros(3).

Na engenharia tecidual scaffolds de PCL são muitos utilizados para a sua implantação em tecido ósseo, entretanto ao ser implantado sozinho em defeitos ósseos, podem vir a ser encapsulado por tecido fibroso e assim não apresentando uma aderência ao osso devido à falta de bioatividade, desse modo sendo isolado do osso ao seu redor, permanecendo como um corpo estranho(4).

Para melhorar a osteocondutividade, bioatividade e biodegradabilidade são produzidos scaffolds de materiais diferentes, tal como o compósito de PCL com hidroxiapatita(5-7).

Experimental

Preparação da hidroxiapatita:

Para a síntese da fibra de hidroxiapatita, foi utilizado a hidroxiapatita precipitada. A precipitação ocorre pela mistura de Ca(OH)2 e H3PO4 em uma concentração de 0,5 mol/L e uma razão

volumérica VCaO/ VH3PO4 de 1,67. Inicialmente a solução foi aquecida e estabilizada em 90 °C em

constante agitação, posteriomente foi adicionado lentamente a solução de ácido fosfórico. Permitindo que ocorrece uma precipitação, esse precipitado foi filtrado, secado em estufa e calcinado a 800°C por 2 horas(8).

O método utilizado para a realização de fibra de hidroxiapatita foi o Molten Salt Synthesis (MSS), ou seja, foi utilizado essa hidroxiapatita precipitada com NaCl e KCl, em uma peso de respectativamente 3g, 5g e 5g. Esses reagentes foram misturados e moídos em um almofariz de ágata com um pistilo, em um meio de acetona. Essa mistura foi levada a 900°C por um período de 6 horas e esfriado em temperatura ambiente. Ao ser filtrado foi lavado com água destilada, para permitir a remoção do excesso de sal na amostra(9).

Preparação do scaffolds de policaprolactona:

O método seguido para preparação dos scaffolds de policaprolactona (Aldrich P.M. 80 Da), foi descrito por esse mesmo(10). Foi utilizando NaCl (Synthy), de acordo a resultar uma porosidade de 70%, sendo o solvente de escolha o clorofórmio (Merck). A relação de adição das fibras de hidroxiapatita foi de 0,5g para 2,25 de PCL, devido testes realizados anteriormentes.

Resultados e Discussão

Primeiramente, foi caracterizada a hidroxiapatita pela difração de raio x, sendo semelhante ao padrão JCPDS 09-0432, picos bem definidos com pouca quantidade de β-TCP como visto na figura

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1. Pela fluorescência de raio x, foi possível a quantificação dos elementos Ca, P e O, permitindo calcular a relação Ca/P sendo de 1,67.

20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 In te n s id a d e 2θ (deg) Figura 1: DRX do α-TCP.

As fibras também mostraram similariedades com o padrão JCPDS da hidroxiapatita, apresentando picos definidos e estreitos, visto na figura 2.

20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 In te n s id a d e 2θ (deg)

Figura 2: DRX das fibras de hidroxiapatita.

Pelo microscópio eletrônico de varredura, foi capaz de caracterizar seu formato hexagonal com uma dimensão de aproximadamente 40µm de comprimento e 16µm de diamêtro, visto na figura 3.

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Figura 3: MEV dos whiskers de hidroxiapatita, aumento de 1000x.

Também caracterizados pelo microscópio eletrônico de varredura, os scaffolds de policaprolactona com fibras apresentaram poros e distribuição das fibras. Os poros mostraram dimensões de 177µm a 350µ m, além de alguns com 10 µ m, devido a evaporação do solvente. Pela imagem 4 é possível avaliar a interconecção uniforme na amostra.

Figura 4: Scaffolds de policaprolactona, aumento de 50x.

Na imagem 5, foi capaz de observar a estrutura do scaffold com fibras de hidroxiapatita, avaliando sua dispersão na matriz de policaprolactona. Sendo possível observar com um aumento de 1000 vezes.

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Figura 5: Fibras de hidroxiapatita dispersos na matriz de PCL, aumento de 1000x.

Pela avaliação do EDS foi capaz de calcular a relação Ca/P das fibras dentro da matriz, sendo de 1,56, devido a quantidade 48,68wt% (Ca), 24,04wt% (P) e 27,28wt% (O). Assim, além da propriedade osteocondutiva da hidroxiapatita, essa relação permitiu a reabsorção das fibras. Tornando essa composição de polímero e cerâmica completamente reabsorvida pelo metabolismo.

Figura 6: EDS das fibras na matriz.

Conclusão

Neste trabalho foi possível observar scaffolds de policaprolactona com fibras de hidroxiapatita. Os quais possuem papeís importantes na engenharia tecidual, devido sua morfologia semelhante a matriz extracelular, além da ação bioativa da cerâmica. Entretanto, cabe aprofundar pesquisas a níveis satisfatórios de porosidade e dispersões na matriz.

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Referências Bibliográficas

1. Amass, W.; Amass, A.; Tigue, B. Polymer International. 1998, Vol. 47, p. 89-144. 2. Mariani, P.D.S.C., Dissertação Faculdade de Engenharia Química, 2005.

3. Sinha, V.R, et al. International Journal of Pharmaceutics. 2004, 278, p. 1-23. 4. Kokubo, T.; Kim, H.M; Kawashita, M. Biomaterials. 2003, Vol. 24, p. 2161-2175. 5. Choi, D.; Marra, K.G.; Kumta, P.N. Mater Res Bull. 2004, Vol. 39, p. 417-432. 6. Hae-Won, Kim. Journal of Biomedical Materials Research Part A. 2007, p. 169-177. 7. Hao, J, et al. Biomaterials. 2003, Vol. 24, p. 1531-1539.

8. Rigo, E.C.S. MSc Dissertação. Universidade Federal de São Carlos, USFCAR, 1995. 9. Ramos, S.L.F. et al., Engineering Materials Vols, 2009, 396-398, p.501-503.

Referências

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