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EMIGRAÇÃO E COMPORTAMENTOS DEMOGRÁFICOS ITALIANOS QUE EMIGRARAM PARA SANTA IZABEL E ITALIANOS QUE PERMANECERAM NA PÁTRIA

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EMIGRAÇÃO E COMPORTAMENTOS

DEMOGRÁFICOS ITALIANOS

QUE EMIGRARAM PARA SANTA IZABEL

E ITALIANOS QUE PERMANECERAM NA PÁTRIA

Mauro Reginato1

1 INTRODUÇÃO2

Em 26 agosto de 1858 o navio Bella Dolinda entrava no porto do Rio de Janeiro, para que fossem reparados alguns danos ocorridos durante a travessia do Atlântico. Transportava para Buenos Aires uma centena de emigrantes, na maior parte súditos do Rei Vittorio Emanuele II di Savoia. Muitos desses, que não tinham inten-ção de permanecer no Brasil, aguardaram o conserto do navio e prosseguiram então para a Argentina; alguns, no entanto, encontra-ram trabalho na cidade e outros, cerca de trinta, aceitaencontra-ram uma proposta do cônsul do Rei Vittorio Emanuele II e dirigiram-se para a colônia Santa Isabel, no Estado do Espírito Santo. Provinham todos do Piemonte, uma região situada no Noroeste da Itália, parte principal do Reino de Sardegna, mas não constituíam um grupo homogêneo: cerca da metade era de religião valdesa (protestante), os outros eram católicos. A colônia Santa Isabel, que tinha sido fundada em 1847 e que, em 1858 contava com 373 habitantes, foi escolhida pelo cônsul porque era formada por protestantes e católicos e proporcionava, portanto, o ambiente mais adequado para os novos chegados.

Este é o início de uma história narrada em um relatório que o cônsul Eugenio Truqui enviou em 1858 para Torino e que foi reencontrado em 1990 no Arquivo do Estado de Torino pela

historia-1 Università di Torino.

2 A parte inicial da introdução se baseia em um trabalho de Chiara Vangelista (citado na bibliografia) a quem agradeço pela disponibilidade e colaboração.

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dora Chiara Vangelista, estudiosa do Brasil3. O documento narra tudo o que foi feito pelo cônsul para assentar os emigrantes piemonteses e contém a lista nominativa das entradas na colônia, subdividida por família e por religião. A importância do documento é notável porque especifica, com grande margem de segurança, os primeiros piemonte-ses vindos para o Espírito Santo e porque focaliza a emigração valdesa, muito intensa na Argentina e no Uruguai mas relativamente escassa no Brasil.

A colônia Santa Isabel prosperou rapidamente, graças muito mais aos colonos alemães que aos italianos, os quais constituíam uma parcela mínima no total dos habitantes da colônia. Este primeiro núcleo inserido na colônia não se constituiu em um verdadeiro impulso à imigração italiana na região, como pensava o cônsul Truqui. A verdadeira imigração italiana começou mais tarde, depois de 1875, e foi um fluxo ininterrupto até 1896, ano no qual uma lei italiana proibiu a imigração direta no Espírito Santo.

O papel decisivo da imigração italiana na formação do moderno Estado do Espírito Santo tem estimulado pesquisadores da Università degli Studi di Torino e da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) a qualificar e quantificar os fluxos desta imigração, através de um longo trabalho de pesquisa de arquivo, repartido no tempo e nas fases.

Em 1997 apareceu o primeiro resultado desta colaboração: a publicação do banco de dados sobre a imigração italiana. Atualmente está em andamento a segunda fase, que prevê o estudo dos comporta-mentos demográficos diferenciais observados nos imigrantes e nos que, ao contrário, ficaram na Itália, por meio do método de Henry ou da reconstrução familiar (história da família desde a constituição do casal até sua extinção).

Nesta comunicação são apresentados somente alguns re-sultados do confronto dos comportamentos, uma vez que o trabalho foi completado no que concerne à pesquisa na Itália, mas a parte relativa aos arquivos de Santa Isabel e Domingos Martins ainda está por ser terminada.

3 Em 1995, um funcionário do Arquivo Público Estadual do Espírito Santo encon-trou no livro da colônia de Santa Izabel um documento análogo, contendo também o elenco nominativo dos colonos piemonteses.

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2 O MÉTODO DE RECONSTRUÇÃO NOMINATIVA

A demografia histórica baseia a sua investigação em alguns comportamentos típicos da população ocorridos nos tempos passados, como nascimentos, matrimônios e óbitos, com o objetivo de explicar e descrever as grandes tendências demográficas e interpretar os meca-nismos que sustentam a reprodução das populações. As análises que atendem às exigências metodológica são de dois tipos:

– análise agregativa ou macrodemográfica, baseada na enumeração dos eventos ocorridos em uma coletividade em um dado intervalo de tempo;

– análise nominativa ou microdemográfica, baseada no levantamento dos eventos relativos a cada um dos com-ponentes da coletividade.

O primeiro tipo de análise é apropriado para o conhecimen-to do processo de acumulação da população em um dado território, de sua distribuição geográfica, de seu desenvolvimento numérico, e se baseia sobre resultados das enumerações das famílias e da população, e também sobre a coleta agregada dos dados de movimento (matrimô-nios, nascimentos, óbitos). O método agregativo foi, por longo tempo, o único instrumento de análise da demografia histórica, porém se revelou também incapaz de responder às questões que os estudiosos começaram a colocar com respeito às eventuais formas de controle da fecundidade, sobre relações entre a idade da mãe ao matrimônio e o número de filhos, sobre modalidade de constituição e dissolução das famílias e ainda sobre outros quesitos que denotam como, ao interesse pelo conhecimento da evolução global da população, se associa um acentuado interesse pelo comportamento do indivíduo.

A tais indagações responderam Louis Henry e Michel Fleury, publicando em 1956 o manual “Des registres paroissiaux à l’histoire de la population. Manuel de dépouillement et d’exploitation de l’état civil ancien”4. Nasceu assim o método microdemográfico que ocupa ainda hoje, graças às vantagens obtidas com a automatização,

4 Publicado pelo Institut National des Etudes Démographiques (INED), Paris, 1956.

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um papel fundamental nos estudos destinados a definir o comporta-mento demográfico das populações do passado.

Henry e Fleury propuseram um método que permite, por intermédio da apuração dos registros paroquiais de matrimônio, ba-tismo e sepultura, a reconstrução das famílias naturais, entendidas como o casal com a respectiva descendência. O método consiste subs-tancialmente em transcrever sobre uma ficha especial, chamada “ficha de família”, as datas de nascimento, de casamento e de morte, relativas aos membros de uma família, assim como outras informações que permitam a reconstrução das biografias individuais no interior das histórias familiares.

A ligação entre os eventos demográficos ocorridos em uma família segue uma ordem lógica: partindo do matrimônio de um casal são levantados, primeiramente, os registros de casamento dos cônju-ges e, em seguida, os filhos nascidos no matrimônio e os óbitos dos componentes da família. Por fim, são levantados os casamentos even-tuais do cônjuge que ficou viúvo e dos filhos.

Ao final da análise demográfica, a história familiar fica delimitada por duas datas: a do início da observação, que coincide com a data do matrimônio, e a do fim da observação, que coincide com a do fim da união, caso haja registro da data de óbito do cônjuge que morre primeiro. Com base nas modalidades nas quais se combinam presença ou ausência de datas de início e de fim do matrimônio, são criadas quatro tipologias de famílias:

As fichas de tipo MF (relativas às famílias consideradas “fechadas”) são as que melhor se prestam a análises sucessivas; em particular, à análise da fecundidade, para a qual essas fichas são posteriormente classificadas em função do conhecimento da idade da mulher ao matrimônio:

MF Ambas as datas são registradas.

MO Há registro da data do matrimônio, não há registro da data do fim da observação.

EF Há registro da data do fim da observação, não há registro da datado matrimônio.

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A família “aberta” (MO, EF, EO) é utilizada muito menos freqüentemente em comparação à família MF visto que a sua utiliza-ção é limitada nos objetivos e que a reconstruutiliza-ção poderá ocorrer em diversos níveis em função do grau de informação obtida.

O maior problema da técnica idealizada por Henry é a baixa taxa de rendimento; isto é a relação entre o número de famílias reconstruídas (famílias do tipo MFN e MFP) e o número de famílias que se formaram no mesmo período de tempo na zona considerada (famílias MF e MO); tal resultado depende de muitos fatores, alguns relacionados à qualidade das fontes, outros ao nível de mobilidade da população.

A Tabela 1 ilustra os resultados de algumas reconstruções ocorridas em localidades italianas e francesas.

MFN A idade é anotada com exatidão (sabe-se com precisão a datado nascimento).

MFP A idade é presumida (levantada na certidão de matrimônio). MFQ A idade é ignorada.

Tabela 1

RENDIMENTO DE ALGUMAS RECONSTRUÇÕES NOMINATIVAS Localidade Período Casamentos Média anual reconstruídasFamílias rendimentoTaxa de

Treppio (I) 1790-1889 955 9,6 681 71,3 Meulan (F) 1660-1839 2064 11,5 1200 58,1 Borgo (I) 1730-1770 754 18,4 349 46,3 Boulay (F) 1671-1839 1809 10,6 709 39,2 Croulai (F) 1674-1742 608 8,8 210 34,5 Empoli (I) 1650-1700 1020 20,0 348 34,1 Thezeles (F) 1700-1792 360 3,9 100 27,8 Fiesole (I) 1650-1700 733 14,3 147 20,1 Saint Agnan (F) 1730-1793 267 4,2 37 13,9 Luserna S.G. (I) 1840-1865 637 25,5 361 56,7 (I = Itália; F = França)

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3 AS FONTES

Os dados utilizados na análise são extraídos de informa-ções existentes em alguns livros (ou registros) especificados generica-mente como “fontes”.

O trabalho realizado na Itália compreendeu a utilização conjunta dos dados contidos nos registros de movimento, tais como os livros dos batismos ou dos nascimentos, dos casamentos, dos sepulta-mentos ou dos óbitos; e daqueles provindos das fontes de estado como os status animarum e o registro da população. As informações contidas no documento encontrado no Archivio di Stato di Torino e no docu-mento encontrado no Arquivo Público Estadual do Espírito Santo permitiram identificar as comunas de origem dos emigrantes. Estes provinham das comunas protestantes de Val Pellice e das comunas católicas de Fenestrelle e Pragelato della Val Chisone, no Piemonte. Especificar a localidade italiana onde seria realizada a pesquisa sobre os comportamentos demográficos dos protestantes e dos católicos não foi difícil: decidiu-se escolher a comuna de Luserna San Giovanni, situada no centro da zona valdesa, que deu uma grande contribuição à emigração e cuja população é composta tanto por protestantes como por católicos.

Com relação à parte do trabalho desenvolvida no Espírito Santo deve-se recordar que os italianos vindos para a colônia de Santa Isabel se inseriram tanto na comunidade de religião protestante como na de religião católica. A pesquisa, então, deve ser diferenciada e deve considerar os livros das paróquias das duas religiões. Os livros con-sultados em Domingos Martins e Santa Isabel não apresentam uma estrutura tão articulada como os livros das paróquias italianas; as informações contidas são as estritamente essenciais e muitas vezes pouco legíveis, uma vez que a forma impressa só foi introduzida após 1900. A reconstrução nominativa é possível, porém difícil: deve levar em conta a grande mobilidade das famílias nas colônias, em particular daquelas formadas pelos filhos e netos dos primeiros colonos.

Na paróquia protestante de Domingos Martins foi recons-truída a história de Jean Thomaz Ribet e de sua mulher Marianne Eléonore Charbonnier e a história dos seus filhos e dos casamentos sucessivos. Na paróquia católica de Santa Isabel foram procuradas as famílias Blanc, Bermond e Bourlot e os traços dessas famílias foram

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seguidos através dos filhos e netos. O prosseguimento do trabalho em Domingos Martins compreenderá também a consulta das fontes civis da população.

4 A RECONSTRUÇÃO NOMINATIVA NO PIEMONTE

Todo estudo de tipo nominativo tem como ponto de partida a escolha da região a ser pesquisada e do período de tempo no qual a análise será realizada. No presente trabalho foi observada a comuni-dade de Luserna San Giovanni no período de 1840-65, que compreende os anos imediatamente precedentes e sucessivos à emigração que nos interessa.

O primeiro passo foi o levantamento dos 637 matrimônios ocorridos em todo o período (341 valdeses e 296 católicos); combinando o nome e sobrenome dos cônjuges foi criado um código família (COD-FAM) que permitiu a efetiva reconstrução da família. As informações foram inseridas, por meio da utilização de uma ficha, na tabela MATRIMÔNIOS da base de dados utilizada. Na segunda fase proce-deu-se ao levantamento dos nascimentos. Os dados existentes nas fontes (livros dos batismos) foram introduzidos na tabela NASCI-MENTOS. Os registros utilizados nesta fase são aqueles ocorridos de 1840, ano dos primeiros casamentos levantados, até 1890, isto é 25 anos após o levantamento do último matrimônio, para permitir que todos os casais esgotassem suas possibilidades reprodutivas. Por últi-mo foram levantados os óbitos (livros dos últi-mortos).

Com as duas tabelas MATRIMÔNIOS e NASCIMENTOS chegou-se à reconstrução verdadeira e à construção da ficha de família. As 637 fichas de família obtidas foram classificadas com base no seu conteúdo informativo, segundo as tipologias indicadas pelo método, obtendo-se o balanço da reconstrução reportado na Tabela 2.

A aplicação do método de Henry possibilita a observação dos comportamentos da população da região examinada com respeito à nupcialidade, à fecundidade e à mortalidade. Por brevidade de exposição, nesta comunicação os comentários serão relativos somente à fecundidade.

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5 A FECUNDIDADE DOS QUE PERMANECERAM NA PÁTRIA

5.1 A fecundidade dos casamentos

O método da reconstrução nominativa das famílias reali-zado por Henry, é destinado ao estudo da fecundidade matrimonial, considerada como fecundidade total de uma coletividade, dada a limitada importância dos nascimentos ilegítimos. Uma boa descrição da fecundidade deve levar em conta a idade da mulher, a sua condição matrimonial, a ordem do nascimento dos filhos tidos, a duração do matrimônio, possivelmente em combinação com a idade ao matrimô-nio.

A Tabela 3 coloca em evidência a distribuição dos quocien-tes de natalidade para os valdeses e os católicos no período que vai de 1838 a 1861, chegando a 1881 para toda a comunidade. Os quocientes de natalidade foram calculados por intervalos não homogêneos, visto que a população média da localidade era disponível somente para determinados períodos. No conjunto da população, nos três primeiros períodos considerados, o valor se mantém bastante constante, em torno de 32 por mil, para depois diminuir em 1872-81 para 24 por mil, sinal de um declínio decisivo do número de nascimentos. O valor mais elevado dos católicos após 1857 é significativo das transformações sociais em curso decorrentes do início da industrialização da região. A instalação das primeiras indústrias provocou a imigração da população católica, relacionada também à resistência da população valdesa pelo trabalho na fábrica, motivada pelo medo de mudança dos ritmos

Tabela 2

CLASSIFICAÇÃO DAS FICHAS DE FAMÍLIA

LUSERNA SAN GIOVANNI, POPULAÇÃO GERAL (CASAMENTOS 1840-65) Data do fim

da união

Idade da mulher

Valor total Exata (N) Aproximada (P) Ignorada (Q)

Nota: fichas MF 185 176 – 361

Ignorada: fichas MO 40 236 – 276

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naturais conduzidos até então. Os valdeses preferiram migrar para lugares onde poderiam continuar com a profissão de trabalhador agrícola a aceitar um trabalho que implicava em mudanças nas con-dições naturais e morais do trabalhador, no seu crescimento cultural.

A limitação do método de reconstrução das famílias é a enorme massa de trabalho necessário; para realizar a reconstrução em Luserna foram levantados de modo pontual 8395 documentos, embora tenham sido consultados cerca de 11000; a estes deve-se adicionar os trabalhos complementares desenvolvidos sobre status animarum e sobre o registro da população.

Tabela 3

QUOCIENTES GERAIS DE NATALIDADE (POR 1000)

Período Valdeses Católicos Total

1838-47 31,9 32,7 32,3 1848-57 31,1 35,1 32,8 1858-61 29,9 40,8 34,9 1862-71 – – 28,6 1872-81 – – 24,2 Tabela 4

TAXAS DE FECUNDIDADE POR IDADE AO MATRIMÔNIO E IDADE DA MÃE AO PARTO

(FAMÍLIAS VALDESAS, TOTAL DE CASAIS, TAXAS POR 1000 MULHERES-ANO) Idade ao matrimônio Idade ao parto 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 TFT 15-19 522 333 276 229 127 36 0 5,7 20-24 339 221 190 102 34 10 3,6 25-29 390 210 168 69 0 3,4 30-34 259 105 84 0 1,7 35-39 194 50 0 0,9 40-44 125 33 0,5 15-44 522 337 271 208 126 56 6 5,54 Mulheres-ano 34,5 294 579 660 626 604 515

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Nas duas comunidades consideradas pode-se observar uma diferença bastante evidente na TFT; de fato este índice vale 5,54 para a população valdesa enquanto que para os católicos sobe a 6,74. Observa-se também que, em cada uma das classes de idades, a TFT da população católica é superior ao valor correspondente da população valdesa, em particular nas classes 20-24 e 30-34.

Deve-se também ressaltar que um atraso médio de dez anos na idade ao matrimônio provoca uma redução de mais de um terço da descendência final para o conjunto considerado: passa-se para os católicos de 6,68 filhos para as mulheres casadas da classe de 15 a 19 anos, a 4,1 para as da classe de 25 a 29 anos, enquanto que, para os valdeses, os valores das classes correspondentes passam de 5,7 a 3,4 filhos por mulher. Os níveis de fecundidade são realmente baixos quando confrontados com os apresentados por comunidades para as quais foi realizado um trabalho similar. Com efeito, a TFTL20, isto é, a descendência final das mulheres à idade de 20 anos, é igual a 6,44 (7,36 se forem considerados somente os casais fecundos) para os católicos e a 5,02 (6,03) para os valdeses; estes números estão muito distantes do valor de 8,9, relativo a Empoli (Ver Livi Bacci, 1980), e ainda mais do valor das mulheres Hutterites (10,9 filhos por mulher), convencionalmente adotado como modelo de fecundidade máxima.

Tabela 5

TAXAS DE FECUNDIDADE POR IDADE AO MATRIMÔNIO E IDADE DA MÃE AO PARTO

(FAMÍLIAS CATÓLICAS, TOTAL DE CASAIS, TAXAS POR 1000 MULHERES-ANO) Idade ao matrimônio Idade ao parto 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 TFT 15-19 297 331 348 209 200 120 25 6,68 20-24 415 309 281 176 72 13 5,48 25-29 257 276 200 147 59 4,1 30-34 461 350 250 200 4,28 35-39 0 0 0 0 40-44 148 0 1 15-44 297 379 309 268 191 110 31 6,74 Mulheres-ano 50,5 301 466 478 460 438,5 389,5

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Um outro aspecto extremamente interessante na análise da fecundidade é a observação do comportamento reprodutivo dos casais com relação à duração do matrimônio, isto é, como os nascimen-tos se distribuem com relação às diversas durações do matrimônio ao qual se referem. Como conseqüência direta das taxas de fecundidade geral, também as por duração do matrimônio conservam as caracte-rísticas já observadas. Os valores relativos aos valdeses são mais baixos que os dos católicos; as taxas apresentam, obviamente, uma tendência decrescente com o crescimento da idade ao matrimônio, mas este declínio é mais rápido entre os valdeses para os quais, por exemplo, a fecundidade diminui de 38% entre a classe 15-19 e a classe 20-24, contra os 17% dos católicos. E analogamente esta tendência é verifi-cada para todas as outras classes.

O confronto destes dados com os de outras realidades confirma os resultados ressaltados na análise da fecundidade por idade ao matrimônio: o número médio de filhos por matrimônio nas uniões celebradas a Luserna San Giovanni pode ser considerado baixo. Neste segundo tipo de análise (fecundidade com relação à duração do matri-mônio), considerando somente os casais fecundos, obteve-se um valor de 4,5 filhos em média por mulher para a população valdesa e 6,2 para a população católica. Em média os valores de outras comunidades se situam em torno do valor de 7 filhos por matrimônio.

Tabela 6

TAXAS DE FECUNDIDADE POR IDADE AO MATRIMÔNIO E DURAÇÃO DO MATRIMÔNIO

(FAMÍLIAS VALDESAS, TOTAL DE CASAIS, TAXAS POR 1000 MULHERES-ANO) Idade

ao matrimônio

Classes de duração do matrimônio

0-4 5-9 10-14 15-19 20-24 TFT 15-19 376 300 256 127 73 5,66 20-24 294 191 149 59 14 3,54 25-29 306 205 135 25 3,35 30-34 200 70 67 1,68 35-39 120 50 0,85 40-44 100 0,5 15-44 283 191 148 55 26 3,5 Mulheres-ano 900 760 660 470 270

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5.2 O intervalo entre os partos

Para o estudo do comportamento reprodutivo do casal é interessante examinar também o intervalo de tempo que decorre entre os partos, com uma distinção entre os intervalos sucessivos ao primei-ro parto ou intergenésicos e o intervalo que separa a celebração do matrimônio do nascimento do primeiro filho, definido como intervalo protogenésico. Considerando uma determinada vida fecunda no inte-rior do período de convivência conjugal, a dimensão da descendência final é inversamente correlacionada ao tempo que decorre entre um parto e o sucessivo.

Em uma comunidade na qual são praticados métodos limitativos, o intervalo genésico cresce com a redução da dimensão final, à paridade de todos os outros fatores tais como a idade ao matrimônio, a motivação do casal para ter filhos em um ritmo deter-minado, a esterilidade da mulher e assim por diante; se ao contrário não existem práticas contraceptivas, o intervalo genésico depende prevalentemente de fatores fisiológicos, constituídos pela duração da gravidez sucessiva, pela duração da amenorréia subseqüente ao parto, pelo tempo que transcorre antes de uma nova concepção, pela prática

Tabela 7

TAXAS DE FECUNDIDADE POR IDADE AO MATRIMÔNIO E DURAÇÃO DO MATRIMÔNIO

(FAMÍLIAS CATÓLICAS, TOTAL DE CASAIS, TAXAS POR 1000 MULHERES-ANO) Idade

ao matrimônio

Classes de duração do matrimônio

0-4 5-9 10-14 15-19 20-24 TFT 15-19 372 333 264 229 105 6,52 20-24 369 304 239 140 34 5,43 25-29 265 255 170 111 4,1 30-34 350 350 250 4,75 35-39 33 0,17 40-44 50 0,25 15-44 320 283 230 157 59 5,24 Mulheres-ano 660 565 435 395 270

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e duração do aleitamento materno que, na maior parte dos casos, dá lugar à esterilidade temporária. Não está excluído que, ao fim de uma análise da distribuição dos intervalos genésicos, deva-se ainda consi-derar a idade da mãe, a ordem do parto e do eventual óbito ocorrido no primeiro ano de vida do nascido precedente.

O intervalo entre o matrimônio e o nascimento do primeiro filho no regime de fecundidade natural deveria ser o menor de todos, dependendo somente do comportamento do casal e dos fatores estri-tamente biológicos, como a fecundabilidade da mulher. Na comunida-de comunida-de Luserna, em geral, isto se verifica e é colocado em evidência nas tabelas sucessivas. Além disso, se observarmos a distribuição dos primogênitos em função da duração do matrimônio, pode-se observar que a maior parte dos nascimentos (cerca de 55%) ocorre depois do primeiro ano, em ambas as comunidades, e ainda que o peso das concepções antinupciais é relativamente baixo.

Os partos ocorridos durante o sétimo mês após a celebra-ção do casamento são da ordem de 13,4% entre os católicos e de 10,8% entre os valdeses; valores próximos dos registrados na França (10-14%) (Ver Ge Rondi, 1988), realmente distantes dos valores máximos registrados nas aldeias inglesas e alemãs (com valores de 25 e 30%), como também distantes dos baixíssimos valores italianos (menos de 5%).

Tabela 8

FREQÜÊNCIA DOS PRIMEIROS NASCIMENTOS POR DURAÇÃO DO CASAMENTO

FAMÍLIAS MF Intervalos

Valdeses Católicos

Valores

absolutos % absolutosValores %

0-7 meses 17 10,8 16 13,4

8-11 meses 54 34,4 37 31,1

12 meses e mais 86 54,8 66 55,5

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As Tabelas 9 e 10 apresentam as características da distri-buição do intervalo protogenésico para as duas comunidades exami-nadas5.

Tabela 9

INTERVALOS PROTOGENÉSICOS (EM MESES) SEGUNDO A IDADE DA MULHER AO MATRIMÔNIO

FAMÍLIAS VALDESAS

Medidas Idade da mulher

15-19 20-24 25-29 >=30 20-29 15-29 Todas Intervalo médio 18,6 23,1 18,5 18,2 21,4 20,9 20,5 Intervalo mediano 12 13 13 14 13 13 13 sqm 15,5 17,2 15,6 14,7 16,5 16,2 16,0 Coeficiente de variação 83,3 74,4 84,3 80,7 77,1 77,5 78,0 Número de casos 21 57 35 19 92 113 132 Tabela 10

INTERVALOS PROTOGENÉSICOS (EM MESES) SEGUNDO A IDADE DA MULHER AO CASAMENTO

FAMÍLIAS CATÓLICAS

Medidas Idade da mulher

15-19 20-24 25-29 ≥ 30 20-29 15-29 Todas Intervalo médio 14,5 17,9 22,4 15 19,7 18,7 18,4 Intervalo mediano 13 12 17 15 15 15 15 sqm 10,5 10,9 17,4 – 14,1 14,0 14,2 Coeficiente de variação 72,4 60,9 77,7 – 71,6 74,9 77,1 Número de casos 19 43 30 5 73 92 97

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No que diz respeito à população valdesa pode-se observar como o intervalo médio se mantém quase que estável nas diversas classes com exceção da segunda; o intervalo médio mostra todavia uma ligeira tendência a diminuir com o aumento da idade ao matrimônio atingindo o valor mínimo na classe 25-29. A população católica apre-senta, ao contrário, valores médios irregulares: diferentemente da comunidade valdesa, o intervalo médio passa de um valor mínimo de 14,5 ao máximo de 22,4 meses registrado para a classe de 25-29 anos. Os dados obtidos considerando as famílias em seu conjunto mostram um valor médio igual a 18,4 meses para os católicos e 20,5 para os valdeses, superiores portanto aos níveis médios encontrados nas localidades da Europa setentrional no século XVIII (13-15 meses), mas semelhantes ou mesmo superiores aos registrados em estudos efetuados na Itália.

Diferentemente do intervalo protogenésico, os intervalos sucessivos ao primeiro são influenciados por diversos fatores, entre os quais o mais relevante é a duração do aleitamento do filho de ordem precedente. Uma análise correta requer porém que a questão seja considerada com relação à descendência final, uma vez que, contro-lando-se idade ao matrimônio e de duração do mesmo ao aumento do número de filhos, o intervalo entre os nascimentos se reduz. Pode-se, pois, efetuar um confronto entre intervalos de ordens diversas somen-te sobre famílias completas e de desomen-terminada dimensão. Melhores resultados são obtidos em estudos de pequenas comunidades com um método proposto por Henry, que estima os intervalos em função das ordens de nascimento, independentemente da descendência final6.

As Tabelas 11 e 12 colocam em evidência que, a medida que o número de filhos aumenta, a média do intervalo decresce; permanecem as diferenças entre católicos e valdeses e, com a devida cautela, pode-se dizer que, considerando o mesmo tamanho final de família, os intervalos crescem lentamente com o aumento da ordem, até ao penúltimo, para em seguida elevar-se bruscamente.

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6 A FECUNDIDADE DOS COLONOS DE SANTA ISABEL No estado atual da pesquisa não é possível ainda falar sobre a fecundidade dos colonos de Santa Isabel. A reconstrução dos casamentos e das descendências não foi ainda completada, pelo con-trário encontra-se na fase inicial, tendo sido levantadas somente as primeiras famílias piemontesas chegadas na colônia em 1858. Todavia alguns elementos de conhecimento já foram adquiridos e, mesmo que a nível indicativo, é possível ter uma idéia das linhas de comportamen-to da colônia.

Tabela 11

INTERVALOS INTERGENÉSICOS MÉDIOS SEGUNDO AS DIMENSÕES DAS FAMÍLIAS

POPULAÇÃO VALDESA Número

de filhos

Ordem de nascimento Intervalo

médio 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 6 20,6 27,0 28,1 27,5 31,5 26,9 7 19,0 24,2 28,4 29,9 26,7 27,2 25,9 8 17,7 21,2 23,5 27,1 25,3 22,5 27,2 24,9 9 16,1 20,6 24,1 26,8 26,6 22,8 33,5 37 25,9 Tabela 12

INTERVALOS INTERGENÉSICOS MÉDIOS SEGUNDO AS DIMENSÕES DAS FAMÍLIAS

POPULAÇÃO CATÓLICA Número de filhos Ordem de nascimento Média 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 6 28,3 29,7 26,4 34,3 31,3 30,0 7 23,7 25,2 23,0 25,4 29,6 42,9 28,3 8 22,9 22,2 27,7 28,7 25,5 22,4 31,5 25,8 9 19,5 20,8 19,5 16,7 24,5 19,5 29,7 30 22,5

Obs.: Foram consideradas somente as famílias com mais de 6 filhos tanto para a população valde-sa como para a católica.

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A propensão a ter filhos é maior do que na pátria; obser-vando-se a estrutura das primeiras famílias e a das sucessivas forma-das pelos casamentos dos filhos em Santa Isabel, a característica que emerge é realmente o elevado número de filhos.

As primeiras coortes dos Blanc, Ribet, Bourlot e Bermond tiveram, respectivamente, 8, 10, 11 e 17 filhos, números que aumen-tam se considerarmos aumen-também aqueles mortos em idade infantil. Se a estas primeiras famílias forem também agregadas aquelas formadas sucessivamente (e só parcialmente reconstruídas) chega-se a um nú-mero de 31 famílias, para as quais se observa um intervalo protogené-sico médio de 24,30 meses, mais baixo que o de Luserna (29,32) e os de outras localidades no mesmo período; este valor mais baixo é um sinal indiscutível da necessidade de grandes famílias e de força de trabalho. Os intervalos intergenésicos são todos superiores aos 30 meses, outra indicação clara de um prolongado aleitamento unido a uma forte mortalidade infantil e a um elevado número de gestações interrompidas devido às difíceis condições de vida.

A continuação dos trabalhos de reconstrução permitirá acrescentar outros a estes primeiros elementos de conhecimento e permitirá a realização do objetivo da pesquisa, isto é tornar evidentes os comportamentos diferenciais.

7 CONCLUSÕES

A pesquisa efetuada para a comunidade de Luserna San Giovanni constitui um tipo de modelo ao qual referir-se para comple-tar o estudo sobre comportamentos demográficos das famílias da mesma região (ou de regiões com características análogas) que emi-graram para a América do Sul. Os critérios sobre os quais este estudo se baseia são multíplices e alguns desses foram apresentados na presente relação, outros foram omitidos para não alongarem a mesma. Foi voluntariamente omitida a verificação sobre o modelo de fecundidade da região. Do nível de fecundidade da comunidade de Luserna pode-se hipotetizar a existência nesta comuna de uma forma qualquer de limitação da natalidade. A verificação da hipótese pode levar à identificação de um modelo de tipo natural ou de tipo contro-lado. São diversos os caminhos para chegar a esta verificação: a

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observação das curvas de fecundidade conjugal, a avaliação do aporte dado pelas mulheres de mais de trinta anos à taxa de fecundidade total, o método de Coale e Trussel, a verificação do valor da idade média da mulher ao nascimento do último filho e, por último, os valores da probabilidade de crescimento do núcleo familiar.

No caso de Luserna, a verificação coloca em evidência diferenças notáveis entre as duas comunidades e se, para a população católica pode ser aceita a hipótese de fecundidade natural, o mesmo não se pode afirmar para a comunidade valdesa, em que os resultados são mais contraditórios.

As mesmas questões podem ser colocadas para a colônia de Santa Isabel: as duas comunidades protestante e católica seguiam o mesmo modelo de fecundidade ou a religião imprimia sua influência como observado em Luserna, no lugar de partida? E se examinarmos o núcleo no seu conjunto, existe diversidade entre o modelo adotado na colônia de Santa Isabel e o modelo de Luserna San Giovanni?

Eis que retornamos à razão que motivou a pesquisa sobre a emigração italiana no Espírito Santo: tentar compreender os com-portamentos demográficos diferenciais entre os que emigraram e os que permaneceram na terra de origem.

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8 ANEXOS

Anexo 1

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Anexo 2 FICHA DE FAMÍLIA

MARIDO MULHER

SOBRENOME RIBET SOBRENOME CHARBONNIER

Nome JEAN THOMAZ Nome MARIANNE EASONORE

Nascido em 27/01/1823 Nascida em 31/01/1827 Casado à idade de anos 30,90 Casada à idade de anos 26,90 Nascido em Pomaretto Nascida em Torre Pellice Residente em Pomaretto Residente em Pomaretto

Filho de Etienne Filha de Mathieu

e de Marguerite Menusan e de Anne Marguerite Eynard Ordem matrimonial 1 Ordem matrimonial 1

Viúvo de – Viúva de –

Falecido em 08/05/1872 Falecida em 13/05/1916 À idade de anos 49,33 À idade de anos 89,33

FAMÍLIA

Tipo de família MF Data do matrimônio 24/12/1853 Data do fim do matrimônio 08/05/1872 Duração do matrimônio 18,43 Casado/a novamente em – A família é proveniente de – A família emigrou em –

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FIL HOS Nome Data de nasci m e nto Sexo O rde m Idade ao P arto Int. P rot. In t. Inter. Data da m o rte Idade Casado /a co m M argue ri te 19 /12/ 1847 F 1 – – 03/0 9/19 11 Baumgarten Chris to p h M ad el ai n e 1 8 /12/ 1854 F 2 2 7,88 0,98 – 07/0 4/19 32 Kloss W ilh e lm Cathe rine 18 /12/ 1854 F 2 2 7,88 0,98 – 25/0 2/19 00 Asmke Frie drich M at h ie u He nry 30 /10/ 1856 M 4 2 9,71 – 1 2 ,83 24/0 6/19 29 Falasr Joh an n a M ar ia Adalb ert Math ie u 16 /10/ 1858 M 5 3 1,71 – 2 4 ,00 16/0 6/19 02 Holl u n d er P au line Emili e 0 9 /09/ 1860 F 6 3 3,67 – 1 2 ,92 14/0 1/19 17 Falasr Gott lie b Jean J aq u e s Flo re nti n 2 8 /05/ 1863 M 7 3 6,30 – 2 4 ,67 22/0 3/19 07 Pete r Gott lie b 2 6 /10/ 1865 M 8 3 8,72 – 2 4 ,42 26/1 1/18 80 Erne st 10 /07/ 1868 M 9 4 1,47 – 2 4 ,75 W agem ac h er M ar ie Chris to p h 06 /05/ 1871 M 1 0 4 4,30 – 2 4 ,83

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Referências

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