• Nenhum resultado encontrado

A Escola Primaria, 1920, anno 4, n. 11-12, dez.-jan., RJ

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A Escola Primaria, 1920, anno 4, n. 11-12, dez.-jan., RJ"

Copied!
27
0
0

Texto

(1)

l

t

Anno 4.º

Ns.

11

e

12 1

N11n1

e

ro

av111so-2$000

réis

f

Rio

de Janeiro-l)ezembro de

1920

a Janeiro

de

19:!1

l

REVISTA MENSAL

Sob a

direcção

de

inspectores escolares do

Districto Federal

,

REDACÇÃO:

/ ASSIONA TURAS:

Rua

7

de Setembro,

174

Um Congresso opportuno ...• ."

Dr. lgnacio do An1aral .•...• O imperio e o ensino primario

A escola rnixta . . . • . . . . . Ignacio do An1aral

Metnoravel periodo historico

da instrucção nacional . . . F. Cabrita

O ensino primario em !1inas.

Para o Brasil. . . un1 anno 9$000 ,

União Postal . . . .. . . . )> » 10$000

Para o Brasil. . .

.

. . . .

.

. 6 mezes

5$000

-=:;::::::=====-==:e.:==::::::::::::::::

-•

Direitos e deveres da mulher. Myrthes de Campos Divagando. . . Malva

A educação da mulher... . . F. M

l'artas serranas... Maria Stella

O ensino da leitura.... . . Antonio S. Cabral

O mestre e a escola... Zultuira

Atravez das revistas . . . • . . Helena

LICÇÔES E EXERCICIOS

..

Um congresso opportuno

--

~~·-

~

-A

iniciativa do

governo

da

Republica.

reu-

·

11indo a Conferencia de Limites Inter-Estadoaes,

de derimir

de

uma vez os velhas questões que

111antinha111,

de11tro

do

territorio

nacional.,

du-vidas,

litigios

e lzostilidades de

zonas

adminis-trativas como se

f

oranz

de paizes

fronteiri-,~os e

extranhos, e da qual

nos virá

em

1822

itm

Brasil integro

e

unido,

deve

ter

por

natural

comnlemento

uma

outra

assembléa de

vontades

auforisadas

em

que

se

torne igualmente uno e

íntegro o

ensino

de primeiro

grau

em todo o

Brasil .

Territorio,

população

e linguagem

são

tres termos

inseparaveis na expressão

nacional;

e si nos

tractos de

terra

lza

a assentar as

leis

e

os modos de

ser

tão

firme e

precisa-me11te que, sujeitos

aquelles

a

mandas

diffe-. rentes, não se

destaque111,

por dissídios e

rei-vindicações perturbadoras, da grande unidade

que

é

o

solo

patrio,

da mesma

f

or11za

o

idio-ma, cimento da população e da terra, ha de

ser indiviso e escoimado

de

diff erenciações de

ensino

e de

cultura

que

lhe

enzprestem, de

província para província,

o

papel

de

lento, mas

continuo dissociante da

11nidade

mental

do

paiz.

E este mal,

que

se

accentúa

no B

·

rasil, não

vêm aptnas das

distincções espontaneas que

as

di-versidades de meio,

na

grande extensão

brasileira,

geram

no Jallar e

no

escrever

da

multidão ;

mais

ainda, e

mais seriamente,

da

variante

de

methodos

e intensidade do ensino

de

primeiro

grau,

das

di-vergencias

de orientação pedagogica, da

heteroge-neidade

dos

processos didacticos

nos

differentes

circ11los

da

Federação,

tendo

c

,

otno

consequencia

a

quebra

da desejavel e

11ecessaria

tinidade

1zo

prepa-ro

inicial

das

geraçoes

novas,

constructoras do

,.

nosso

amatzhd,

e q11e

precisam

receber

u,11

ensino

uno

-

não

do idioma,

conzo

de

todas as

dis-ciplinas

de

primeiro

grai1

-

e sahire111 da

escola

p_ara

os

destinos da vida

co111

uma só linguagem,

ttm só

sentir1zcnto,

z1ma só

educação.

Eis porque j11lgamos

ser

o compie111enfo da

Con.ferencia, qire tanto exalça

o

pensa,nento

e

a

acção

do

sr. Alfredo

Pinto,

a

rez1nião

de u1n

Congresso Nacio1zal de Ensino Prinzario,

onde

se congreguenz

quantos,

de

norte

a

sul

do

paiz,

excellt!rn

no

anzor

e na

autoridade

nesse

assumpto e

seja,n capazes,

pelo valor da sua

cultura e pela influencia das suas dedicações,

v

de

imprimir

na

instrucção

primaria no

Brasil a

igi1aldade

de

forma

e de

fundo

que estão

pe-dindo

os

proprios

interesses

nacionaes.

Lançando

á

publicidade

a

ideia do

Co11-gresso Nacional do Ensino Primaria,

esta

re-vista precisa dlzer

q11e

procurou dar-lhe 11m

começo de effecti~idade e que neste sentido ouviu

o

eminente

professor

Dr.

Paz1!0

de

Frontin

e o

não menos illttslre

professor

Dr,. F.

Cabrita,

cujo concurso

lhe

parece ser

dos

mais valiosos,

pela autoridade

dos

no,nes

e

pela

efficacia

da

acção

pessoal ..

Assim

possa o

Congresso

de Ensino

Prima-rio

merecer o

apoio

dos homens de boa

vontade

no

Brasil e a

sua reunião

em

1822

marcar com um

traço

de

ouro

a commemoração do Centenario da

lndependencia.

(2)

'

.

'

• • • •

210

,

A

ES

C

O

L

.

li. P

R

I

?.

iARI

A

I-IDÊf\S E

Ff\CTOS

• •

·

-DR. IGN ACIO DO A:tl.A.1-~AL

Ent1.'a, do p1.·oxi1:i:a<> :n1.1.mer() em diante,

a

:f"a ze1.' pai·t e da · di-1.·ecção da E 8 0 i...>LA PNI~:1.A.-RIA o d1' , Ig11acio do A m ~1.1.·al,

sobejame1:it:e conhecido J:t(>S circulos intellect1.1.aes b1·asilei

-1.·os e, eob1·et:-a_1. d o, nos do mâ

-o-ist:e1.· io, como p1.'o:f"esso1.· e

bri--

111.ante publicista. .

Não precisam,•s e11ca:i·ece1.·

. .

-o valc•r dessa acqu:is:iça-o, tan

-to o conhecem oi,,i leitO:i'es des-ta :i·evisdes-ta. A .f:4J~CO LA P

Hl-])'.lARIA sente-se aperias feliz em p-a_1.blica:i· est.,1 gx·at"t nova.

'

-

-

+.+.+

-

-~ '

1

O IMPERIO E O

ENSINO PRIMARIO

Uma carta do ex-Imperador

A

recente transl

a

d

a

çã

o pa

r

a

o

Bra

sil

dos despojos m

o

rtaes dos

e

x-

in1pe

ra

n

t

e

s,

poz em fóco, c

o

m a r

ev

ive

s

ce

nc

ia d

e

um

passado que (tanto nos alheiamos 11ós da

vida vivida pelo no

ss

o proprio povo!)

parecia desconhecido da

ge

ração pr

es

ente

,

uma serie de c

o

usa

s e

factos da epocha

imperial.

Entre estes está a carta dirigida por

D. Pedro IJ ao con

s

elheiro Paulino

de Souza, pedindo que se

encaminhas-sem para a construcção

.

de uma escola

os esforços e dinl1eiros que se

preten-diam reunir, após a terminação da guerra

do Paraguay, para o levantamento de

'

uma estatua

·

ao soberano.

E' um documento interes

s

ante para

a historia do ensino publico no nosso

paiz e notavel como uma licção ao

,

aço-damento dos at1licos do momento,

sem-pre promptos, como em toda

s

a

s

epo-chas, a tirar dos successos collectivos o

ensejo para lisongear, exalçando-os á

custa da multidão, os dominadore

s

do

dia.

O velho monarcha, matando ao na

-scer a ideia da estatua que lhe queriam

erigir em vida,, aproveitou intelligente-

·

mente o facto para indicar aos

iniciado-res da ideia o objectivo util em que po.

I

' 1

diam empregar o ardor patriotico, em um

período em q

t

1e a instrutção 1Jrin1aria

não era prodigamente dotado como

ago-ra e não disp1111ha das installações esco

-lares actuaes. O proble111a do ensino p

o

-pular, premente ainda hoje, era-.o

naquel-le tempo mais ainda; e a guerra do Pa~

'

raguay, que

a

cabava de passar como

tor111enta d

.

evastadora,

i

lluminada d

1

as

ful-gurações do heroismd, a

c

centuava bem,

na 11ecessid

'

ade da reconstrucção

nacio-nal

,

o Jogar que se dev

i

a a essa

lnstru-c

ção:

A

c

arta do ex

-

imperador, já

1·evivi-da na imprensa

di

ar

i

a, a

Escola Pri

,

na-r

ia a reproduz h

o

je

c

omo um su

b

si

d

io

a

o

estud

o d

a

hi

s

to

ri

a

naci

o

na

l

e

u

ma l

i

-çã

o

a

m

ed

i

ta

r

, nes

t

e

i

nstan

t

e a

dn

1

i

n

i

s

tr

ati

-vo em que se fe

cha

m escolas por one

-rosas e se e

mp

rehen

d

e

rn obr

as s

um

-ptua

ri

as e adia

v

e

i

s.

,

•Sr

.

Pa

ul

in

o

.

Le

i

o n

o

•D

i

a

r

i

o.

q

u

e se pre

t

e

nd

e

fa

zer

u

m

a

st1bscr

i

pção

p

a

ra

e

l

e

var-m

e

u

m

a

e

s

tatu

a

. O s

e

n

h

o

r c

o

n

hec

e

m

e

u

s

s

entim

e

n

t

o

s, e

d

e

s

e

jo q

ue de

clar

e

, quan

-to

a

nt

e

s,

á

commi

ssã

o d

e

qu

e f

alia o

m

e

smo •Diari

o

,, qu

e se

quer

e

m

.

p

e

rp

e-t

uar a lembr

a

nça do

q

uanto confiei no

patr

i

o

t

i

s

m

o

do

s

Brasi

l

eiros para o desa

g

-g

ravo

c

ompl

et

o dá

,

honra

na

ci

o

nal e pre

s

-ti

g

io do

;

non1

e b

ra

s

ileir

o

, p

or

modo que

n

ã

o m

e

contrar

i

e na minl1a satisfação de

se

r

vir a minha Patria unicamente pelo

cumprimen

t

o de um dev

e

r de coração,

muito estimaria eu que só empre

g

assem

seus esforços na acquisiç

ã

o do dinheiro

preciso para a construcção

d

e edifícios

apropriados ao ensino das escolas

pri-1

marias de instrucção publica. O senhor

e seus predecessores sabem como

sem-pre tenho fallado no sentido de

cuidar-mos sériamente da

e

ducaçã'J publica, e

nada me agradaria fanto como ver a nova

éra do Paiz, firmada

s

obre o conceito da

di

g

nidade dos Brasileiro

s

, começar por

um grand

e

acto de iniciativa delles a bem

da educação publica

.

,

Agradecendo a idéa que tiveram d~

estatua, estou certo de que não serei

for-çado a recusai-a.

·

19

de Março de 1680.

-

D. P

e

-dro

li ..

' • ' 1 ' ' 1 i \

~

)

...

• 1

A ESCOLA PRTh1ARIA

211

A ESCOLA MIXTA

A

be

ll

a confe

r

enc

i

a de Af

ra

n

i

o

P

e

ix

ot:o

sob

r

e

os

«Aspectos

fei

1

n1

ni

nos»

d,o,

magno

p

r

,

ob

l

e1110,

da

educação

naciona

l

,

j

á

p

u

b

li

-ca.da.

nas

c.oJrrmnas

d.a

E

'

soola

Primaria,

e

n-ce

r

ra int&res.sa11te

,

esitud,o sobre

a

co-etlu-caçã.o,

em

q

u

e são

mag:istral1n

1

oote

apre

-c

i

ad.oi,

oo

ai

·

g

u

n1ie

n

1:Jos pr

'

ó e cio

,

ntra p

r

r.>.-duz

i

c

1os no 1iebate susc

i

ta.c1o,

a respe

i

to da

oo

n

venienc

i

a

o

·

u i

nco

n

ve,n

i

enc

i

a

das

esc

o

-las n1i..."{t:a.B,

A

mi1n

,

ta

mbem,

con10

a

A

f

ran

i

o Pe

lxo

t.Q

a c.o-ed

u

c,a;ç

·

ão

se

a

fi

g

ur

a «

rum

a

n

ooes

si

da

d

e

e

du

cat

i

va

in

,ip

r

,

e.sc

in

di

v

e

l

>>

,

«s

ó r

e

fu

gad

a

p

e-L

os

p

edagog

,

os e

l

e

vi

sta

curra, qu

e

eoc

a-.

~e

r

arn:

o

,

per

i

go da

pr

o

,

l'Illisc

ui

d

a

de, esc

olar,

es

qu

ece

n

dio-s

,

e

qu

e a

escola

d

l

ev

e

pr

e,p

arar

a

vi

ela

»,

.

N

ã.o

,

d

e

hoj

e

,

qu

e

e

sse

é

o,

·

m

ie

u mo

1

d,01

d

,

e

p

e

n

sa

r sobr

e

ta,! a

ss

um'Pto

,

N

as

pr

1

0

,

pri

as

p

a

gin

as

d

a

&o

o

·

la

Prfima,.

1

·w,

erml 1llllll

d

1

o

s

pri

·

m

e

ir

,

o

s

n UJm

ie

r

,

o

s

desta

r

e

vi

s

ta, (

1 )

p

1

o

dei

o

1

e

i

tJo

r

e

ncontrar

incon-testav

e

l tes

te

m

1

unho

,

d

,

o

qu

e

fico

,

u d

i

t.oi.

Os

m

i

eoo appliausos á

,

e!,oquente

d

e

f

e

sa

d

e

Afranio Peixot

o e

1n f

a

vo

r

da

es

co.Ja

mixt

a

não

,

pod

e

1

n

,

, portan

'

t

iO,

s

e

r t

0

,

m

a

11

,

o

s

co

.

mo manif

es

ta,ç

,

õ

es

do feTvt0:r p

·

r

,

o,prio a

i

o

e

nthusia

s

m

l

o d

,

o

s

re

c

ia1n

,

-c

o

nvier

s

os

.

O

traball

1

0 de Afrani.o P

e

ixoto é o

·

bra de

mlestJ:e, -

artista âa palavra e$Cripta

e

lal-l

ada

-

habituado

'

ao triu,n1pho das idéas,

que def

,

ende co

·

m

·

o

s

insuperav

·

ei

s

r

e

cur

s

os

d

e

um

es

pírito brilhant

e

eim,

·

qu

e

s

e r

eu-nem/ t

.

odio

s

,

o

s

requisioo

s

n

ec

e

ssa

ri

1

os

á

OOill ·

qui.sta in1J

e

l

l

ec

tu

,

a

l

do ant

a

gonista mais

ir-reductive

l

; nã

o

1n

·

e

pr

1

0

,

ponh

o

n

e

m

a.o

r

e-sumo, n

e

11i, a

1

0

0

0111m

e

nt

a

J:ii0 d

es

sas pagi

-nas cuja

l

e

itur

a

s

e

impõ

e

a

quant-os

s,e

interessam pe1,a

e

duca

ç

ã

,

o da nos

s

a gent

e

;

tenho

em

'lnira f

.

az

e

r um

·

a sin1ples

an110-tação

,

d.as

i

d:éa

s

e oonce

i

tos al

l

i

form11Ja-<10!5,

ctesenvoJvieindo alg

u

ns pontos espec

i

aes,

mJe

r

ecedores de mais

l

argo e:st

u

d

1

0, quie

n

ão

\

(1) V. «A e

s

cola mixta

.

,

n

o

n

.

5 do 1.

0

a

nn

o,

1 de Fevereiro de 1917 .

p,od

,

er

i

a se

r f

e

i

tio de

n

t

r

o

diOiS

mo

Jd

,es

.

e

li

m

i-t

es

de uma e,o

n

fe

r

e

nc

ia

.

- -

! l

<

<

Co

n

tra

.

a

co

-

1

ed

u

cação

-

diz

A

f1

·an

io

Peixoto ao coffik3,Çar a e.n

num

ie

r

ação

,

do

s

ar-g

u

mentos

inv

ocados

p

eLo,s a.dv

,

eirsa

r

ios

de

t

a

l

systell$- ed

u

cat

iv

p -

h

a a

n

at

tu-

e

w.

d

i

versa

<las

cr

·

ea

n

ças dos do

,

:is

seocos

a

q11e

um/ miestm.10

!eg

im

en esco

l

a

r n

ãQ

p

o

d

e

oo:nv

1r

»

.

E

'

a

!Il'm.

i

s sé

ri

a a

l1

e

·

gaiçí1o

f

or

m

,

ula

da

p

e

los

p

r

o

p

u

g

na

do

r

,

e

s

da.

e

d

u

cação s

·

eipa

r

ada

,

]as

cr

,

ea

n

ças

d

e

um e,

o

utr

o sex

,

o

,

:

-

a

div

e

r-s

i

c

lad

,

e

das

oondi

ç

1

ões

c

e1

·

e

br

aies

do

hom

e

m

e

d

a

mtulh

e

r,

m

esi

mo

,

na

i

da

d

e

infanti

l

,

di-v

e

r

s

id

a

d

e

qu

e

iem

b

,

01

r

a

n

ãi

o inter

,

essa.ndo

á

in

te

nsi

da

d

e

, todavia

,

pr

,

ofunda'In

le

lll

'tie

,

affe-cta

a.o

arranjo,

e

,

p

o

rt

a

n

tj

o

,

,

a,o 'JnK)dio

,

de

se!r

da a.c

t

ivida.d

,

e c

e

r

e

bral. Ora,

é

inoontesta-v

e

l

qu

e

,

e

1

m

1

con

oo

quencia

das

d

i

fferen.ças

e

ntr

e

as

reiacç,õ

es

or

g

anicas, qu

e

s

e

,ro-oossa:mJ

n

-0.s

indivíduo

s

d

e

UJm

e

out:i.

·

o

,

s

e

x.o,

'Illles'lllJQ

n

a

hypot'h

ese

d

e

cer

e

bros

perfeita.-m

e

nte

,

e,

gua.

es

, s

e

ria notav

e

l a

.

diversidade

d

e

modo

entre

a

int

e

lligi

e

nci

a

!m

as

cu

l

ina

e

a f

,

e

m~nina.

E'

as

s

im qu

e

, na mtul.he.r, o

des-e

nv:olvi'mlento preoooo

oo

instincto

,

t.rn

a

fur-n

,

o

se a.ssio

cia, desd

ie

a.

infancia,

ás

mani

f

es

taç

,

õ

es

oo

instincto

,

con

s

tructo

,

r,

a.cca,rre-tand

,

o

a ne

oess

idade

de,

appr-0

,

vação, i

s

to

é,

es

timlulando

a

vaidade,

e,

SiOlic

i

tando

·

mais

o conctu-so ca inducção que

o

da

deducção,

e

,

1nla

,

is

Q

l<le.s

envolvim

l

ento da prudencia que

o

da

cl()jra~m

.

So

,

b

o

ponto

,

de

vistra. intel

l

e.ctool

o,

exer-cício tl

,o

,

in

s

tincto construct1oir ob

r

iga

á

ap-pr

,

oximação de imagens, suigigea

:in

do co

t

m'-para

ç

,

õ

es

e g

e

nera

l

isaçõ

.

es

ei

d

l

ese

n

v.olve!Ildo,

portan

t

'O, o e

s

pírito de sy

n

tlhese

.

O oppo

a

to s

·

e !Obser

,

,a

eim

re

l

aiçãio

ai0

h

o

-rru

e

~n :

-

as

tende

n

cias des

,

k

ui

do

r

as,

m

a

ni

·

fe.stadas

,

desde muito- cedo, es.timJ

u

l;t

m

1

o

pr-g

ul

ho

O,\li

a

necess

i

dade de

do

m

~

na

ção·

,

d

ese!Il-vo

,

l

ve

n

cLo mia

i

s a cor.a.gem

,

do

·

q

u

e a

pru

die

n

-cia e exigi

n

do, ma

i

s o

,

o.o

·

ncur

so

da

d

ed

uc

ão

qu

e o

d

a

i11

d

u

cção,

p

o

i

s o e

,

~e,rc

i

c

i

o

do

i

ns

tin

cto r

l

es

tr

i

1i

d

o

,

r irnlport

a

n

do

,

, p

rin

c

ipal

.

(3)

1

212

A ESCOLA PRIMARIA

')II.lente,

no

à.fusfunrento

de obsfucum

exi-ge

·

eioprdenaç,ões

e

systetrm1ti.sações

qwe

obrigam

a

combinações de signa

·

es

.

A

inrelligencia. !Ilill,Sculina

é,

p

1

ois,

mais

doo ucti va

e,

po~nt.io, 'nili.is analytica,

e,m;-quanto que

a

feimrinina

é

'Illais inductiiva

e miais

synthetioo; u~, não

é

maior netrnJ

mlelllO

.

!r que a outra,

1nlas, lll00Smio,

quandoi

egtla€S

na

intensidade, a intielli..gencia na

mJr:tlher se distingue p

i

ela

ma

,

ioir justeza

e

penetração,

ao

p~o que a

dio

homle'rnl

se

ca.racteriza. p

,

w-

um.la

rnniior força

e

eoctensão.

A sumJrrm.ria p.preciação differoocial que

ficou f

,

eita, pareceria, de facto,

justificar-a

oonvenienciia da instrucção

,

prinmiria,

em

estabe:ieci:mmrtlOS distinctios,

'

das

croo;nças

dle

~mi

e

ioutmi sexo

,

, pois

a

diversi

,

dade de

,

ca-racte

,

risticas intellectuaes

.

aconselharia

a

adopçi1o

de

proOOSSJ(X3 diffe:.'entes

.

prua p

1

en-sinio dai :nJenina e

do

menino

,

, s~oo

indica-dos

para. este !OS quei se a

,

p

,

oiass

e

mJ na

.

ana-lyse

e

estimlu.l.aEs

,

eim

~

natura:es aptidiões

deductivas, e para aque

·

lla~ as que

.

se f

'

un-dass~mJ

na

.

synthese, ~, /:!$Sim apro

1

v:eitan

,

cfu

llS

tendencirus in

,

duc'!Jivas pr

1

0:prias

ao,

esp

,

iriúo

femdnino.

As

nece,ssidaidies da

~ducaçãOI

IJllioral,

taJm!.

bem

legitilma;ri,a:m

:

,

á

primeira vista, a

se-parlllÇ

.

ã.o dos

,

dtois seX/0~, p,0

1

i.s

a

0tbra

educa-tiva, deve,n<l1

Q

t011"

por obj

,

ectivo

o,

der:J

,

e111vql-•

v1m!ento.

da natureza.

individual

da

cre.ançai

1

nas oondiçl

õk's

1

ma,is favorave

,

is

·

á aicquj

.

sição

dos

habitos que

lhe

são

,

neoossari10s,

1

natu-ralmlente

deveria i0rienmr-se

eieg

un

,

diO as

ten-diencias

pecu1iar€S

a Ulml e,

p

,

utro, sexo,

as

'

qu.i,es

directa.'rnlein'lle

suiggeririaJrn

ps

proces-SiOS e

recur8P6

de que teiria

io

ooucadiotr

de

lançar

m!ãoi.

1

Assim!,

P

estimulo do ocgulhiO~ que.

consti-tuiria.

opti:mio expe<lioote ao alcance d

,

o

ptre-oepiloir de ulffil

l

mk:)nino

,

1

daria. 'In!ediocries e

até im.les1mio fun

,

est.,os

resultrulos

na

eiduca-çãiôl

de

ulmJa. menina,

a qual

s,

emtindlOi

mais

neC€SSidad

1

e

d~ iapprovação

do

que,

a de

d.Q-tmmio,

melhor corr

,

espo;nderia a.os esti

,

mulos

vaidade

do

que aos

do

io,rg,ulhJOi.

E'

preciso, poré~

ter

em

vis'th.

que

tu-~

quantQ fic,p,u

lditp,

a.

respei~

d.is

caracl;,8-,

cas

oorebraes de um

1

e

outro sexo,

deve

ser

entendi!dio co

'

m

1

a significação relativa

de indicaç

,

ões doo predica,d:oo preiponderan

-tes

nos typ

;

os de

actividade,

oerebral

pe-culiaroo

a.oi

horroom

e, a

miulhe

,

r.

Q11anoo se

<liz

que

a

inte

,

lligoocia

~scu-lina

é

lma

,

is deductiva

e

analytica

e,

a.

mu-•

da

mulher '111n.is in

,

ductiva

.

e

synthetica, se

assignalam unican11ente qualidades

pr·edomi-nantes; isso, porém\ não

,

sjgnific'it de

IU/Ol-do aiglllilll uma

,

affir

'

mação

,

de

,

incapa.cida-d

,

e

d

,

eductiva

<lo

e,ea:

;

ebro femrinino, o.u

àa

impossibilidaid

,

e

de synthesie p

1

oir uma

·

intJel-•

ligencia.

ije,

rhoim!elm.

,

,_

'l'ã,Q

p

1

ouco

oo

póde em.tender a ca.racfur

i

-saição

dos

pre<liceidos

'm!Oira.oo

p1·eàio1m

1

inantes

nU!m!

e ooutir:o,

sexo

C\OID

a definiçã

,

o

,

dei

at-tribut,

os exclusiv!Os do h,oon~n

0

1

u

d'.'l.

m'lllher.

Co;nvelml

ainda

notar

que as differenç,as.

de

carn.cteristicoo

oerebr,a,es

de u:n11

ie

outro

s

,

exo

,

, emib

1

ora já

ielS

,

b

,

o,çadtos

des

·

de a infan

-eia, só

s

.

e

.

oocentuam ooim

a p

·

ubeirdade,

Reduzeim-s

,

e,

pi0iis,

miuitio as

decanta

.

das

difficuJ<lrades á util co

·

-educação dos

seixos,

·

durante

a

infancia, principalmien:te

,

p

1

00:que

OI ensino

nessa

.

phase da vida d

1

eiV~ncto

,

ser

indiv1dual e não c10Jlectivo

·

,

a

ai0ção

do

edu-cadior po.d

1

e se

ex

.

erce,r

oonven1entemootle-sobre cadai um <l

1

os seus p

,

eiqU:eninos

disci-puloo,

l

ev,ando

eim.

1

eionta,

em

,

cada

caso,

não

as

indiooç

1

ões

<l:ircta<las pelo

ooxo

dio

ooucandio,

oo

ITIIO to

·

das

.

as prescripç,5es

especiaes que

a

peda

,

gio,gia aconselhar,

á

vista

das

suas

circUlmtsrbancias e C!Oitldiç,ões

pessioaes.

Q11~;ndjü1

P.

ie<lucri.dor

tiver na devida conta

essa.'

div,ersioode,

,

die,

c

1

ondiç

1

ões

p:essoa.e!3, t1ão

lhe

será difficil r

,

ooonh

,

ec,ea:

freqúien'bemle«l-te

tãQ profundas differ

,

ença.s

de

caracooris-ticas cerebra.e.s entre educandos

de

Uim'

mes-mlQ

sexo, como,

as que po

·

delm seir

oboor\la-das entre as croo.nças de

um

e outJro

·

.

Mas,

ainda q oo assim

nã,o

fosse,

tal

circumstancia.

não

,

justüicaria que se

pre-tendesse,

pela

educaçã,o

separada

doo

sexos,

accent1iar antagoniSlllros

intellecfuaes e

tm>- .

raes entre

c~turas

destinaidas a

d~mpe-I

1 • • 1

A ESCOLA PRIMARIA

213

nbar na vida

io

1pap

.

el

cl,e

oocios,

que

'Ci0

1

0!!Jeram!

para os IlllOOilllOS

pbjectivio,s.

A

educaçãoi

<llo

hOlmJe

,

m, não poidei perd

·

e,r

de visita

o

objectivo

.

que lhe

é traçactoi

pelo. propirio destino humanio

1

;

o

0011

esc

·

opo

deve

ser a pr

,

epairaçã.-0 dos

indivíduos de

um e

outro sexo para

iOI

deseim

,

penho

da

missão hu1niana

quie

lhes

está

r

,

eoorvada.

e,

na qool

avulta c.o

,

mlO principal tarefa

a

constituição

da fa/lillilia

-

.

Será

impossível

satisfarer

,

cabalmente

tal desideratum

quando

o

educador

não pr,

)I·

cUI·ar preparar a

pe1·:!ieita adia.ptação

1

dos

in-dividúos

d,e

um

'

sexo

e

de

outro pela ::.::ua

n1utua syn1:Jonisa,çi1o

sob

iOi

duplo ponto

.

de

vista intellectua

.

l

e IJilio;ral.

De 0

1

111:lro

,

n101-do,

o

homem

e-

a mtulhér

serã

1

0t

ediucadt.>s

~em!

se conhecerem; só seroo guiados

pe-lo

instincto pa:ra

a

sua

recip!r10

1

ca

e

indis:pen-savel oomip1·ehensão ;

em

u

'

m palavra:

-serão

edt1cados

para tudio

JO

que a

phanfla.-,

sia possa conceber, menos para viv

,

erem

a

vida

que

<lev

,

erão viver

sobre

a

terra.

I

gnaci,o

dtJ

Aimla

·

r al..

--•:•--\

MEMORA

VEL PERIODO HISTORICO DA

INSTRUCÇÃO NACIONAL

III

A

Acad

,

em

'

ia de Marinha, que com

p

ti-tulo

de

Academ.lia

Red

dtJs

Guardas

,Ma1·i-nlias,

se

transportára

oom a côrte

portu-gueza. pru·a

esta

cidade, fôra,

poir A

vis,oi

de

5 de

MRio do o.pe1J:ooo anno de

1808,

estabeLecid:a

nas

l1JOSp~dari,as

dtos

Frades

da

Ordem de S

.'

Bento1 no respectivo ®

·

nven-iJQ

que ainda h

,

oje se

~te.nm

na

oolina

a

1

cavalleir.o.

do

,

Arsenal

de

Marinha.

Essa

é

a u.ossa

Esc:ola N'(l'/l)ti/,

de

hoje.

No a-ctool edificto da Escola

PoJytechni·

ca foi ins

,

tiallada a

lo

'

de Abril de

1812

1

a .11.codemia

Real,

°b'lilitar,

crooda poíl'

Car-ta

de

Lei

de 4 de

Dezemlbro

i

d

le

1810,

a,

que

.

aoompanb.iou

1ongo

e mrinucwso

regu.-•

lamento, r

.

eferiendaidJO

pelo Oonde

die

Linha-r

,

es

(D. R,odrigo

de

So11za

Cioiutli.nhJO

,

), uml

doo gran

,

des

estadistas

,

portuglUeLZOO qu,o

au-xiliaram D. João nos seus projec;qos de

pr0i-mov;er

P

adiantia'Illlento

e

grandem

djOi

Bra-sil,

oomlO

m

·

uim

b.am

diz

JO nio1SS0

saudlOso

Barão

do

Rio Bran

·

c

1

0

nas

suas

Epl~e.rneriik.~

Brasileiras,

quaJ100· se

refere

oo

Conde:

da

Ba1:

,

c.a (Anuo:nio de Araujo

,

de Azevedo

,

),

di-gno

em1Uro.

de Linha1·

,

es

e

seu

sU:CCessor

no

mti.nisteTi

1

0

:

.

Nessa

Academia

Real

Militar nasceu

o

ensinJQ

da Engenha,ia

no

,

Brasil,

com os al

-too

ootudios

da

M:athe'nili.tica

.

<<Pelo oonjuncto

das

matarias que

oonsti-tuiam1

o

1

cu:rsi0 'Ill/a

.

th€imra.tico

,

dessa :antig

.

a

AcadelJllia lliilitar, e pelos autores que

mian-dava. a

Ca1·í;,:1

ad,o,ptar

e

consulfla.r,

para por

ell,es

formiar·

o

lente,

a

s

,

ua

exposiçãoi

a oi

seu e:om,pendio, QoJlige-se (affirima p

1

sa-bio professor da

noissa

Esci0Ja

Pplybechni-ca

Dr. Licínio Cardoso (

1 )

que,

etrnJ

1810,

se .ensinava

~

noosa

patria

a

sc

,

ioocia

ma.-thermtica

c.Olml

des,e,nvolvimJeiritio

não ~nfe1·ip,r

' .

ao 1que

é

droàio

ao

en.sino

de

1~01

/~>.

·

Os

l

entes

dessa Acad<emia giOZava.m de

to-dios os

privilegios,

ind

,

ulti<>P

e

franquezas

qu.e

tinl1am os k-ntes da Universidade de CoimJ-

·

bra

,

sendo t

,

id:oo

e

havidos

oomiOI

ttnlelru.bros

d.a

Faicuidad(} de Mathe

1

!Illatica existente

na.

mesma

Universidadie,

sem

que

entr1e os

len-tes

da

A

c.aidimllia

.

ei

os

de Coimbra se

hou.-vess,e, de

interpoíl'

differe111ça. alguma,

tudo

nos

termos da ciooda

Carta

d.e

Le

,i

.

Desej,a,nd,o

ammiar o

,

progne,8SP

cpas

sciein.•

<.rioo

m(lt}1.ffnj{Jtica,c;,

de o

·

bs-ie!rv.aç'lio

e 1m'il,i,;,

tares, e pri0m1ove11·

o

e;8't:udo

~ lm!es<mias»

-

diz

a

ref~icfu. Carta

-

nl!ando

,

u

D.

Joã.oi

estabelecer tres

p1·€!1ll1os

die

250$000

(

2 )

cada

UJ~

a fiavi01· dos

que

em:

cada anno

apresen-tasoom! á

.

Junta

Militar, então creada e sob

(1)

Evolução da Mathematica no Brasil-

apud

Revista do I11stituto Polytechniço Brasileiro, tomo

X

VIII,

1888.

(2) Um lente tinha então de vencimento

40Ú$000 rs.

annuaes.

Hoje, que um lente tem

9:600$000 rs;, o premio de 250$000 rs. daquelle

tempo valeria 6:000$000 rs.

(4)

214

A

ESCOLA

PRTh1ARIA

cuja dirooçâía

,

devia

ficar

a Academiia

i~mia

f/fdel},,,pr e

lm/ais

prof;l1JYli1.a 1

rrue1moria

00\ml

alg'(IA-mlai

desoobb'rta,

ou u:til ,a7Jplicaç'ão e:nv

oo-da

wmia

ila,s smencws ap

,

on

tada.s>>.

Ainda nã

.

o era

D. Rodrigo de

So

,

uza

03111-tinho Conde

de

Linhares, qu.an(k>

a

7

de

Abril de

1808,

e

,

ntã

.

o

.

m

,

inisuri0

da

Guerra)

refe

,

rendou

o

diecil'

·

etKJ

peli0 qual :to

1

i crie:ado

nesta

cida.de t0utr,o

.

nuclieio

,

de ilmlp

1

ortantes

estudos,

o

Real Ar,chivo

,

Milita.r,

'tenoo

,

por

fim

'

,

segund

.

o,

o ·

R-egimoooo

aJ1I1iexp, a.o

refei-•

ridOI decrero:

lo

Oonoorvar

em'

bom

estado

todas as

carti'!S ger·aes

e

particular

,

es,

_ig'eio

graphicas

01u

topographf~ de tlo

l

diO'

o

Brasil

e

m~is

dOlmliniios ultra'Inari:oos, bem

cJOl]llkl,

to

,

das

ru;

ca.rta-s

imaritim:a.s

e

ro

,

teiro,s

.

;.

2o

O

examie

das

diversas

cartas.

existen-tes

das

1

di~ersa.s Capitanias

e

tieirrit.Otrios

do

Brasil,

a.

1

c

1

cmpara,ção

das

!mieSlmas,

o

exa-me

das rque

.

'IrlleQ'ooiatrn1 entãiOI

ser

de no

,

vo

levant~das,

:r,;o;r

nã-0

,

:inierecere'ml fé, ou

con

-•

terem

p

,

ontos in

,

oo~tJOS

e

'duvidosPs ;.

·

3o Publi,car,

e

i

m:

umià

obra semieilhante

a.o

;v.fanu.al 'ropographi

cJO

que

oi

es:tsbreleciment~

franéez ianaLogo publicava annua.Jimlente<, os

melhores

m:e

,

thodos para augimlootar a per

-feição das 'm

t

e:didas gieo.desicns

e

,

para

que

as

cartM de pequen

,

oo

ou

die

grandoo territo

,

-ri

,

os foss

,

em

·

oonstruidas

e

l,e,van~das

com

1

uma per·feiçã

,

o

quie

nada dieixass

,

em

a dies

1

e

,

-•

Jar.

4o

Cons,e,rvar todios

OS·

plan,os

de

LO'l'tn.l~-lew.<.i,

fortes

e

baterias, assim

!

COtmlO·

11odos

os

projec1:Jos de

,estraoo.s,

nav,egaiçiões dei rios,

c.anaies, portos,

etc.

V,eja,lll06

o

ensino

·

medi~.

Ainda, se

oohava

D. Jmo na cidade da

Bahia, qu.and

.

o u,m

·

m!ed

,

iQo- distinct

1

0,

o,

nr.

José Oorrêa Pioonço, cirurgiãlÜi mór

dio

,

Re

,

i-po,

e

·

lente jubilado

da

Univocsidade

de

Co

,

im!-bra, que

J[IJC,o

,

mpanhára a côr-te portu.gu.er.1a

aQ Brasil, sugeriu-lhe a convooiencia

do

e,.3-tabelooimento

·

de uim13, escola

die

cirUirgia no

Hospital Militar

da

referida cidade.

D.

João, annuindo á feliz i

,

déa, incumbiu

o

referido cirurgião

de

r,oo,li3ar

oi

ltnagnani-mio

lintuito,

e

detern11in,ou quie, ell

,

e

prJO;pri

o

es-colhesse

os professores

preci

sos

para

as

respectivas

Cl

·

ula.s,

o

qoo

:f.o

,

i

c

,

oiinJmlunicadio,

a,o

giov,erna,do:r

1

da

.

capitania c1a Bahia por

carta.

regia datada

.

d

.

e

18

de

F

,

eveir

,

eiro

,

<lie

1808.

Foi

esse sem

:

duvid

:a

o ge1·men da

Facul-<mde

de

·

Medicina da r,e

.

fer·ida cic1ade.

A prooccupação

de diffundir

o

ens

ino

da

,

s.

sciencias

1

m

1

edica

,

s

fioi

tamlbe11n1,

aqui

n

o

Rio

de Jan

,

eiro,

bmn:

c

.

edio

rev,elada

pelo dec1·e,t

.

o

de

2

de

Abril, ai11clia de

1808,

q11e

1

n1iandou

estabeJeoer

umia,

ca<leira

1

dte

Anatom

·

i.a

no

R~pitJal

RetaJ

Militar, que tinha

sua séde

noi iantigo

,

0o.Jiegio

dios

J

esuitas

no

l\forr·o

dtO

CasteILo

1

.

A

25

de Janeir

,

o

,

d

,

o

,

anno

seg

·

uint

·

e

foi

,creada. no n1

1

esoo

hospit.,a.1

u:mn

ca

.

deira

de

IJil!edicina: ioperatmia

e

arte

obstetrica.

A

12

d

,

e

Abril

do

'm

l

esmJo anoo

de

1809

-

<<oom

i

o

.

pri:ncipio ele

11111xi101·es

e

ooeq1w-das

p

1

1<X1Yicknc.ias

que s

:

o

b

r

,

e

too

sizili1o:

~

i'.,n

-po1rtante

objeeto

,

1,nie prop,rmho, dar>> -

<lis-s,e

1

0, Princip~ Re

,

gente

,em

,

ruov,o

,

diecreto

-'

«oou servido c:roor·

UJlnJa;

ca.d

l

eiira

de

,

miedicina.

clinica, th

·

e

1

orica

e

pratica,

cuj

,

o

lentle

te-rá !Obrigação de

ensinar

os

prin

,

cipio3

ele

-ru1en1:Ja1·es

da.

'm/ateil'ia 'mledica

e

pl1armaceu-tica,

dandio

~gualm

le

nt

-

e

um

planio

de p.ol1cia.

mledica, de hygiene

g

,

eraJ e

pa.rtict1lar

.e

de therapeuti,00>>.

A

2

de M.arçio. de

1812

f

,

o

,

i

expedido

u1n

alvará pelo ~ual noi

or

,

eada.

a

juntia intitu

-lad:a.

<<Dire()ç'ã,0,

Medic,o,

·

,Ci

rurgioo

e

Adm

r

ini~-t1·ativa do HospiJtlal Real

111iliitaíl·»

e, eml qti,e

o

Prin

,

cipe

D.

J~}ã,o

,

'lnais u~ v

,

er.1

d

·

e'm.'011Stou

o oou

intere.s.3

.

e pe

,

'!io

·

ensino

mieJicp,; pois

as-siml term'Í.na ~.soo alvará:

<<s-erndo éla · 1

minlia

real intenç<lo ie.stabelecer

iem

;11t! g,ular e lJefmt

entendid,o,

sysiJ~mJ,a

de

estudos,

lmle'di

co

,

•ci1·11.

r.-,gioos

p,arrl, 'm!elh101· illist1·ucç'ãio daqu1elles que

se dedricdJm a

seie

r

neias

t:ã,o iJmp.01·tanfes-

e

ut,eis p,aro o bem

do

Estad'O

,

e.

ela.

Tlia-'miaYlfiiladJe, oomjo1 o 8.ã'O a .1leilii,e,~n,{1 e, a

C'.w~ti:-•

·

gia,

determino que, emqua,nto

,

se não

pu-blí,ca

:

ml

,

as mdnhas 1·

,

eaes

providencias

sobre

tã~ inte:L'eSISantei

1

object.,c}, haja a Direcção

de JQccupa.r-se da inspecção dos

e3tJuoo.:,

que

• 1

'

I

A ESCOLA PRIMARIA

215

aictualn1iente

;e

seguem nas aulas (

3 )

que

sie

acham estabeJ.ecidas

no

H

1

ospital R

,

e,al

Mili-w

&.

Cida.tle e

Côrte

do

Riio dei Jane

,

iro

,

»

.

'

Sobre~mn/ o

,

anno de,

181

:

3 e

DIOIVRS

p1·,oiVi-dencias surg

,

eim

,em

bene

,

ficiio,

doo sci

,

encias

m1edi,c

,

o-cirurgicas

,

.

E.'

assi1ni que

,

a.

18

tle

Mairiç,oi é

instituid

,

o

um

curso

de

cirurgia

no

Hoopital da Santa Casa de Mi

s

e

,

ric.oirdia

d-es-ta

cidaide, sendo para

ahi

trans

.

fell"idas. as

cadeiras que então funcci

,

onavam

,

no Hos

,

-pital

Miliúa

,

r.

Po1· de

·

CTetlo de

1

de

Abril

approvado

,

, J,'ara o

,

referido

Clll'S

1

01

uim

·

p,Ja-no

de estudJOs distribuídos po1r cinc

,

o a.nnos

(3) Todos os que se têm occupado da ori-gen1 da nossa faculdade de Medicina, pelo n1e-nos desde Moreira de Azevedo, na

Revista do

Instituto Historico,

tomo 30, 2.ª parte, pag. 399 e tomo 55, 2ª parte, pag. 154, até o Barão do Rio Branco, nas suas

Epliemerides,

todos, inclusive a

lvoticia Jzistorica dos serviços, instituições e

esta-belecimentos pertencentes ao l'rfi1zisterio do

Inte-rior,

todos, repito, se referem a um decreto de 5 de Novembro de 1808, pelo qual dizem ter D. João creado uma

escola anato,nica, clrurgica

e medica.

.

Não encontrei semelhante decreto 1nenciona-do nas collecções officiaes de leis brasileiras, nem no

Codigo Brasiliense,

nen1 no

Reperfaria

Furtado de Mendonça,

nen1 na estimada

Collecção

Nabuco.

Creio que si D. João en1 1808 já hou-vesse creado uma verdadeira escola con1 deter-minada denominação. ter-se-l1ia referido a ella em decretos posteriores a esse tal de 5 de No-ven1bro, e não teria usado da linguagen1 que usou, principalmente 110 Alvará de 1812, onde alludiu ás

attlas,

e não á

escola,

que então se achavam estabelecidas no Hospital Militar. Outrosim, referindo-se en1 decreto posterior, no de 1

°

de Abril de 1813, ao Dr. Manoel Luiz Al-vares de Carvalho, dá-lhe o titulo de

director

dos

estudos

de medicina e cirz1rgia,

quando era natural que o deno111inasse director da tal

es-cola, si creada estivesse desde 5 de Noven1bro de 1808.

e

,

em

virtutl

,

e

desse

pla,n,o

,

,

a 26

desse'

miez

crea;m-se, por d

,

ecretos distinctos, a

cadei-ra d

,

e

hygi

e,n

,

e,

,

pathol

1

ogia

e

therapeutica.

e as

de

oporaç

1

ões e

de

obstetricia.

Na.

oarta :regia de

29

de

,

DezemíbrOí

de

1815

a.o Go~erniador

da

:µahia diz

oi

Prín-cipe:

«Se

,

nd

,

o-me presente

o

quantlo são

li-mitiados

1

0.s

~rincipios

de

,

Cirurgia

qu

e

~

ad

1

quire

1

m! pelas

lioç,õe

s

das

'!Mtetrias

pro-prioo das

,

duas cadeiras estabe

,

Iecidas 11essa.

Cida,dre, para que

delloo

se

p

,

ossam

1

esperar

habeis e

1

oonsumm.ados prof

,

eooo[·es, que

pe-1os

oonhecirr,tl11tos t:heo~·ioors e

pra.ticos

Jnie-reç3Jml

o

1

oonoeito publico

,

, e

,

se e

,

IlJ4)

,

regue!l'Il'

utilm!ente

no

restabelecÍ'menil::i

,

da

sat1dei do

p,OiVIO,

lqu;e

:não póde de~r

ài(J.

f(Ker

,11m

dio8

p1·inoip(,Des

'Objectb,s

db lmietu

1·m

~ pa-ternal desv,el,o,,

para pro

,

mlOver a cultura. e

progresso do

tâío imlpoll."ta.ntie

estiabe

,

le,cim~ne-to,:

hei p

,

or

beim

crear

urru

curso

CJOnilpleto

1

de

Cirurgia

neooa..

,cidade

,

, á

seme

,

lhança

do

que

ooha estabelecid

,

o poil' diecreto

,

â:e

1 ide

Abril

de

1813 nesta

Oapital,>

.

Fmam!

essias

as

primieiras

escolas,

então

systJe

,

mati:

c

a'Iliente organizadas,

qu,e foram

1

eo-nh

,

ecidas pOii'

Escolas:JMedtico-'CirUJrg,icas.

Parece

qUi:i

,

,

o

,

de

,

masia.d

,

os

os

do

,c

umien-tos

1

citados

)ara

se

provar que

o

Principa

Regente

fw1dou,

,em

toda a

su,a plenitude,

0i

,e

,

nsin

,

o

, '

m!edico

n,o,

Brasil, oo

,

m' funclárai

o

da engenharia,

o da

matJhem10.tica

e

0

1

da

marinha.

(C.ontinú

,

a).

F. Cab1·i,tar..

Em

dextrinizado -

Cinco cereaes, aveia, arroz, araruta, etc.

Toda criança, mesmo alin1entada ao seio, precisa, depois do sexto n1ez até trez annos, tomar uma boa farinha

como auxiliar de alin1entação, devido á necessidade que teni ? organ,s'!lo de saes. de pho~phoro, ferro, etc. .

A farinha ideal é o «Cre1ne lnfant1l» en1 pó dextr1111zado, cuia con1pos1ção é s1111ples, não contendo substancias

estranhas. A sua digestão já está feita. E' alem de tudo, o unico producto alimentar e scientifico que está ao alcance dos

pobres.

CUSTO

-

Pacote 1$200 -

no interior 1$300

Este alimento é tambem o ideal para as pessoas qut ,offrem do estomago e dos intestinos .

·

A' ve,zda ,zos bons Armaze,zs e Pharnzl

:

ias -

Preparado por

'

DR. RAUL LEITE

&

C.

Escriptorío :

RUA GONÇALVES DIAS. 73

End.

Teleg. ''Infantil - Rio''

- o -

T elephone

3820

Norte

Referências

Documentos relacionados

Torna-se fundamental trabalhar no âmbito de uma abordagem intercultural da educação no sentido de desenvolver e aplicar um currículo mais rico, com o qual todos

ANNEX K – PERFORMANCE POINT OF A STRUCTURE CONSIDERING REDUCED SECTION (MODAL AND UNIFORM

Se nos quizermos situar dentro do ternário oficialmente estabelecido para estas «Jornadas», encarando-o do ângulo particular do Brasil, três questões sucessivas, que obedecem a

Com a apresentação dos dados, concluímos que os corpora apresentam um elevado número de frases com casos não canónicos de concordância de tempos com interpretação de

seu seio, através das necessida­ des peculiares a determinado po­ vo as necessidades extensivas á fam ilia humana e através das re­ gras mutáveis os principios

Risk factors, sequential organ failure assessment and model for end-stage liver disease scores for predicting short term mortality in cirrhotic patients admitted

Activities undertaken by the project are complex, targeting the direct or indirect support, but which is necessary and useful, for the educational activities in schools; for

25 de junho de 2004 pelo Partido da Frente Liberal (PFL) – atual DEM (Democratas) -, tendo por objeto a declaração de inconstitucionalidade do Decreto n.º 4.887, de 20 de novembro