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l
t
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Anno 4.º
Ns.
11e
12 1N11n1
e
ro
av111so-2$000réis
fRio
de Janeiro-l)ezembro de
1920a Janeiro
de
19:!1l
REVISTA MENSAL
Sob a
direcçãode
inspectores escolares doDistricto Federal
,
REDACÇÃO:
/ ASSIONA TURAS:Rua
7de Setembro,
174Um Congresso opportuno ...• ."
Dr. lgnacio do An1aral .•...• O imperio e o ensino primario
A escola rnixta . . . • . . . . . Ignacio do An1aral
Metnoravel periodo historico
da instrucção nacional . . . F. Cabrita
O ensino primario em !1inas.
Para o Brasil. . . un1 anno 9$000 ,
União Postal . . . .. . . . )> » 10$000
Para o Brasil. . .
.
. . . .
.
. 6 mezes
5$000
-=:;::::::=====-==:e.:==::::::::::::::::-•
Direitos e deveres da mulher. Myrthes de Campos Divagando. . . Malva
A educação da mulher... . . F. M
l'artas serranas... Maria Stella
O ensino da leitura.... . . Antonio S. Cabral
O mestre e a escola... Zultuira
Atravez das revistas . . . • . . Helena
LICÇÔES E EXERCICIOS
..
Um congresso opportuno
•--
~~·-
~-A
iniciativa do
governo
da
Republica.
reu-
·
11indo a Conferencia de Limites Inter-Estadoaes,
de derimir
de
uma vez os velhas questões que
111antinha111,
de11tro
do
territorio
nacional.,
du-vidas,
litigios
e lzostilidades de
zonas
adminis-trativas como se
f
oranz
de paizes
fronteiri-,~os e
extranhos, e da qual
nos virá
em
1822itm
Brasil integroe
unido,deve
ter
por
naturalcomnlemento
umaoutra
assembléa devontades
auforisadasem
que
se
torne igualmente uno e
íntegro o
ensino
de primeiro
grau
em todo o
Brasil .
•
Territorio,
população
e linguagem
são
tres termos
inseparaveis na expressão
nacional;
e si nos
tractos de
terra
lza
a assentar as
leis
eos modos de
ser
tão
firme e
precisa-me11te que, sujeitos
aquelles
a
mandas
diffe-. rentes, não se
destaque111,por dissídios e
rei-vindicações perturbadoras, da grande unidade
que
éo
solo
patrio,
da mesma
for11za
o
idio-ma, cimento da população e da terra, ha de
ser indiviso e escoimado
de
diff erenciações de
ensino
e decultura
que
lheenzprestem, de
província para província,
opapel
delento, mas
continuo dissociante da
11nidademental
do
paiz.
E este mal,
que
se
accentúa
no B
·
rasil, não
vêm aptnas das
distincções espontaneas que
as
di-versidades de meio,
na
grande extensão
brasileira,geram
no Jallar e
no
escrever
da
multidão ;
maisainda, e
mais seriamente,
davariante
de
methodos
e intensidade do ensino
de
primeiro
grau,
das
di-vergencias
de orientação pedagogica, da
heteroge-neidade
dos
processos didacticos
nos
differentes
circ11los
da
Federação,
tendo
c
,
otno
consequenciaa
quebra
da desejavel e
11ecessariatinidade
1zoprepa-ro
inicialdas
geraçoes
novas,
constructoras do
,.
nosso
amatzhd,
e q11eprecisam
receber
u,11ensino
uno
-
não
só
do idioma,conzo
detodas as
dis-ciplinasde
primeiro
grai1
-
e sahire111 daescola
p_ara
os
destinos da vida
co111
uma só linguagem,
ttm só
sentir1zcnto,
z1ma sóeducação.
Eis porque j11lgamos
ser
o compie111enfo daCon.ferencia, qire tanto exalça
o
pensa,nento
ea
acção
dosr. Alfredo
Pinto,
arez1nião
de u1nCongresso Nacio1zal de Ensino Prinzario,
ondese congreguenz
quantos,
denorte
asul
dopaiz,
excellt!rn
no
anzor
e na
autoridadenesse
assumpto e
seja,n capazes,
pelo valor da suacultura e pela influencia das suas dedicações,
v
de
imprimir
na
instrucção
primaria noBrasil a
igi1aldade
de
forma
e de
fundo
que estãope-dindo
osproprios
interesses
nacionaes.
Lançando
ápublicidade
aideia do
Co11-gresso Nacional do Ensino Primaria,
esta
re-vista precisa dlzer
q11e
já procurou dar-lhe 11mcomeço de effecti~idade e que neste sentido ouviu
já
o
eminente
professor
Dr.
Paz1!0de
Frontine o
não menos illttslre
professor
Dr,. F.
Cabrita,
cujo concurso
lhe
parece ser
dos
mais valiosos,
pela autoridade
dos
no,nes
e
pela
efficacia
da
acção
pessoal ..
Assim
possa o
Congressode Ensino
Prima-rio
merecer o
apoio
dos homens de boa
vontade
no
Brasil e a
sua reunião
em
1822marcar com um
traço
de
ouroa commemoração do Centenario da
lndependencia.
'
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Ent1.'a, do p1.·oxi1:i:a<> :n1.1.mer() em diante,
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:f"a ze1.' pai·t e da · di-1.·ecção da E 8 0 i...>LA PNI~:1.A.-RIA o d1' , Ig11acio do A m ~1.1.·al,sobejame1:it:e conhecido J:t(>S circulos intellect1.1.aes b1·asilei
-1.·os e, eob1·et:-a_1. d o, nos do mâ
-o-ist:e1.· io, como p1.'o:f"esso1.· e
bri--
111.ante publicista. .Não precisam,•s e11ca:i·ece1.·
. .
-o valc•r dessa acqu:is:iça-o, tan
-to o conhecem oi,,i leitO:i'es des-ta :i·evisdes-ta. A .f:4J~CO LA P
Hl-])'.lARIA sente-se aperias feliz em p-a_1.blica:i· est.,1 gx·at"t nova.
'
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1
O IMPERIO E O
•ENSINO PRIMARIO
Uma carta do ex-Imperador
A
recente transl
a
d
a
çã
o pa
r
a
o
Bra
sil
dos despojos m
o
rtaes dos
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x-
in1pe
ra
n
t
e
s,
poz em fóco, c
o
m a r
ev
ive
s
ce
nc
ia d
e
um
passado que (tanto nos alheiamos 11ós da
vida vivida pelo no
ss
o proprio povo!)
parecia desconhecido da
ge
ração pr
es
ente
,
uma serie de c
o
usa
s e
factos da epocha
imperial.
Entre estes está a carta dirigida por
D. Pedro IJ ao con
s
elheiro Paulino
de Souza, pedindo que se
encaminhas-sem para a construcção
.
de uma escola
os esforços e dinl1eiros que se
preten-diam reunir, após a terminação da guerra
do Paraguay, para o levantamento de
'
uma estatua
·
ao soberano.
E' um documento interes
s
ante para
a historia do ensino publico no nosso
paiz e notavel como uma licção ao
,
aço-damento dos at1licos do momento,
sem-pre promptos, como em toda
s
a
s
epo-chas, a tirar dos successos collectivos o
ensejo para lisongear, exalçando-os á
custa da multidão, os dominadore
s
do
dia.
O velho monarcha, matando ao na
-scer a ideia da estatua que lhe queriam
erigir em vida,, aproveitou intelligente-
·
mente o facto para indicar aos
iniciado-res da ideia o objectivo util em que po.
•
I
' 1
diam empregar o ardor patriotico, em um
período em q
t
1e a instrutção 1Jrin1aria
não era prodigamente dotado como
ago-ra e não disp1111ha das installações esco
-lares actuaes. O proble111a do ensino p
o
-pular, premente ainda hoje, era-.o
naquel-le tempo mais ainda; e a guerra do Pa~
'
raguay, que
a
cabava de passar como
tor111enta d
.
evastadora,
i
lluminada d
1
as
ful-gurações do heroismd, a
c
centuava bem,
na 11ecessid
'
ade da reconstrucção
nacio-nal
,
o Jogar que se dev
i
a a essa
lnstru-c
ção:
A
c
arta do ex
-
imperador, já
1·evivi-da na imprensa
di
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i
a, a
Escola Pri
,
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ia a reproduz h
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-vo em que se fe
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m escolas por one
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contrar
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e na minl1a satisfação de
se
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vir a minha Patria unicamente pelo
cumprimen
t
o de um dev
e
r de coração,
muito estimaria eu que só empre
g
assem
seus esforços na acquisiç
ã
o do dinheiro
preciso para a construcção
d
e edifícios
apropriados ao ensino das escolas
pri-1
marias de instrucção publica. O senhor
e seus predecessores sabem como
sem-pre tenho fallado no sentido de
cuidar-mos sériamente da
e
ducaçã'J publica, e
nada me agradaria fanto como ver a nova
éra do Paiz, firmada
s
obre o conceito da
di
g
nidade dos Brasileiro
s
, começar por
um grand
e
acto de iniciativa delles a bem
da educação publica
.
,
Agradecendo a idéa que tiveram d~
estatua, estou certo de que não serei
for-çado a recusai-a.
·
19de Março de 1680.
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D. P
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' • ' 1 ' ' 1 i \~
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...
• 1A ESCOLA PRTh1ARIA
211
A ESCOLA MIXTA
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a.cca,rre-tand
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o
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idade
de,appr-0
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vação, i
s
to
é,
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timlulando
avaidade,
e,SiOlic
i
tando
·
maiso conctu-so ca inducção que
o
da
deducção,
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Ql<le.s
envolvim
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devistra. intel
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n
v.olve!Ildo,
portan
t
'O, o e
s
pírito de sy
n
tlhese
.
O oppo
a
to s
·
e !Obser
,
,a
eimre
l
aiçãio
ai0h
o
-rru
e
~n :
-
as
tende
n
cias des
,
k
ui
do
r
as,
m
a
ni
·
fe.stadas
,
desde muito- cedo, es.timJ
u
l;t
m
1o
pr-g
ul
ho
O,\lia
necess
i
dade de
do
m
~
na
ção·
,
d
ese!Il-vo
,
l
ve
n
cLo mia
i
s a cor.a.gem
,
do
·
q
u
e a
pru
die
n
-cia e exigi
n
do, ma
i
s o
,
o.o
·
ncur
so
da
d
ed
uc
-ç
ão
qu
e o
d
a
i11
d
u
cção,
p
o
i
s o e
,
~e,rc
i
c
i
o
doi
ns
tin
cto r
l
es
tr
i
1i
d
o
,
r irnlport
a
n
do
,
, p
rin
c
ipal
•
.
1
212
A ESCOLA PRIMARIA
')II.lente,
no
à.fusfunrento
de obsfucum
exi-ge
·
eioprdenaç,ões
esystetrm1ti.sações
qwe
obrigam
acombinações de signa
·
es
.
A
inrelligencia. !Ilill,Sculina
é,
p
1
ois,
mais
doo ucti va
e,
po~nt.io, 'nili.is analytica,
e,m;-quanto que
afeimrinina
é
'Illais inductiiva
e miaissynthetioo; u~, não
émaior netrnJ
mlelllO
.
!r que a outra,
1nlas, lll00Smio,quandoi
egtla€S
naintensidade, a intielli..gencia na
mJr:tlher se distingue p
i
ela
ma
,
ioir justeza
epenetração,
ao
p~o que a
dio
homle'rnl
se
ca.racteriza. p
,
w-
um.larnniior força
eeoctensão.
A sumJrrm.ria p.preciação differoocial que
ficou f
,
eita, pareceria, de facto,
justificar-a
oonvenienciia da instrucção
,
prinmiria,
em
estabe:ieci:mmrtlOS distinctios,
'
das
croo;nças
dle
~mi
e
ioutmi sexo
,
, pois
a
diversi
,
dade de
,
ca-racte
,
risticas intellectuaes
.
aconselharia
a
adopçi1o
deproOOSSJ(X3 diffe:.'entes
.
prua p1
en-sinio dai :nJenina e
do
menino
,
, s~oo
indica-dos
para. este !OS quei se a
,
p
,
oiass
•
e
•
mJ na
.
ana-lyse
eestimlu.l.aEs
,
eim
~natura:es aptidiões
deductivas, e para aque
·
lla~ as que
.
se f
'
un-dass~mJ
na
.
synthese, ~, /:!$Sim apro
1
v:eitan
,
cfu
llS
tendencirus in
,
duc'!Jivas pr
1
0:prias
ao,esp
,
iriúo
femdnino.
As
nece,ssidaidies da
~ducaçãOI
IJllioral,
taJm!.
bem
legitilma;ri,a:m
:
,
á
primeira vista, a
se-parlllÇ
.
ã.o dos
,
dtois seX/0~, p,0
1
i.s
a0tbra
educa-tiva, deve,n<l1
Q
t011"por obj
,
ectivo
o,der:J
,
e111vql-•
v1m!ento.
da natureza.
individual
da
cre.ançai
1
nas oondiçl
õk's
1
ma,is favorave
,
is
·
á aicquj
.
sição
dos
habitos que
lhe
são
,
neoossari10s,
1natu-ralmlente
deveria i0rienmr-se
eieg
un
,
diO as
ten-diencias
pecu1iar€S
a Ulml e,p
,
utro, sexo,
as
'
qu.i,es
directa.'rnlein'lle
suiggeririaJrn
psproces-SiOS e
recur8P6
de que teiria
ioooucadiotr
delançar
m!ãoi.
1•
Assim!,
Pestimulo do ocgulhiO~ que.
consti-tuiria.
opti:mio expe<lioote ao alcance d
,
o
ptre-oepiloir de ulffil
l
mk:)nino
•
,
1
daria. 'In!ediocries e
até im.les1mio fun
,
est.,os
resultrulos
na
eiduca-çãiôl
de
ulmJa. menina,
a qual
s,
emtindlOi
mais
neC€SSidad
1
e
d~ iapprovação
do
que,
a de
d.Q-tmmio,
melhor corr
,
espo;nderia a.os esti
,
mulos
dá
vaidade
do
que aos
do
io,rg,ulhJOi.
E'
preciso, poré~
ter
em
vis'th.
que
tu-~
quantQ fic,p,u
lditp,
a.
respei~
d.is
caracl;,8-,
•
cas
oorebraes de um
1
eoutro sexo,
deveser
entendi!dio co
'
m
1
a significação relativa
de indicaç
,
ões doo predica,d:oo preiponderan
-tesnos typ
;
os de
actividade,
oerebral
pe-culiaroo
a.oihorroom
e, amiulhe
,
r.
Q11anoo se
<liz
que
ainte
,
lligoocia
~scu-lina
é
lma
,
is deductiva
e
analytica
e,a.
mu-•
da
mulher '111n.is in
,
ductiva
.
esynthetica, se
assignalam unican11ente qualidades
pr·edomi-nantes; isso, porém\ não
,
sjgnific'it de
IU/Ol-do aiglllilll uma
,
affir
'
mação
,
de
,
incapa.cida-d
,
e
d
,
eductiva
<lo
e,ea:
;
ebro femrinino, o.u
àa
impossibilidaid
,
e
de synthesie p
1
oir uma
·
intJel-•
ligencia.
ije,rhoim!elm.
,
,_'l'ã,Q
p
1
ouco
oopóde em.tender a ca.racfur
i
-saição
dos
pre<liceidos
'm!Oira.oo
p1·eàio1m
1
inantes
nU!m!
e ooutir:o,sexo
C\OIDa definiçã
,
o
,
dei
at-tribut,
os exclusiv!Os do h,oon~n
0
1
u
d'.'l.
m'lllher.
Co;nvelml
ainda
notarque as differenç,as.
de
carn.cteristicoo
oerebr,a,es
de u:n11
ieoutro
s
,
exo
,
, emib
1
ora já
ielS
,
b
,
o,çadtos
des
·
de a infan
-eia, só
s
.
e
.
oocentuam ooim
a p
·
ubeirdade,
Reduzeim-s
,
e,
pi0iis,miuitio as
decanta
.
das
difficuJ<lrades á util co
·
-educação dos
seixos,
·
durante
ainfancia, principalmien:te
,
p
1
00:que
OI ensino
nessa
.
phase da vida d
1
eiV~ncto
,
ser
indiv1dual e não c10Jlectivo
·
,
aai0ção
do
edu-cadior po.d
1
e se
ex
.
erce,r
oonven1entemootle-sobre cadai um <l
1
os seus p
,
eiqU:eninos
disci-puloo,
l
ev,ando
eim.1
eionta,
em
,
cada
caso,
não
só
asindiooç
1
ões
<l:ircta<las pelo
ooxodio
ooucandio,
oo
•
ITIIO to
·
das
.
as prescripç,5es
especiaes que
a
peda
,
gio,gia aconselhar,
ávista
das
suas
circUlmtsrbancias e C!Oitldiç,õespessioaes.
Q11~;ndjü1
P.ie<lucri.dor
tiver na devida conta
essa.'
div,ersioode,
,
die,
c
1
ondiç
1
ões
p:essoa.e!3, t1ãolhe
será difficil r
,
ooonh
,
ec,ea:
freqúien'bemle«l-te
tãQ profundas differ
,
ença.s
de
caracooris-ticas cerebra.e.s entre educandos
de
Uim' mes-mlQsexo, como,
as que po
·
delm seir
oboor\la-das entre as croo.nças de
um
•
e outJro
·
.
•
Mas,
ainda q oo assim
nã,o
fosse,
tal
circumstancia.
não
,
justüicaria que se
pre-tendesse,
pela
educaçã,o
separada
doo
sexos,
accent1iar antagoniSlllros
intellecfuaes e
tm>- .raes entre
c~turas
destinaidas a
d~mpe-I
•
1 • • 1A ESCOLA PRIMARIA
213
nbar na vida
io1pap
.
el
cl,e
oocios,
que
'Ci01
0!!Jeram!
para os IlllOOilllOSpbjectivio,s.
A
educaçãoi
<llo
hOlmJe
,
m, não poidei perd
·
e,r
de visita
o
objectivo
.
que lhe
é traçactoipelo. propirio destino humanio
1
;
o
0011esc
·
opo
deve
ser a pr
,
epairaçã.-0 dos
indivíduos de
um e
outro sexo para
iOIdeseim
,
penho
damissão hu1niana
quie
lhes
está
r
,
eoorvada.
e,na qool
avulta c.o
,
mlO principal tarefa
a
constituição
da fa/lillilia
-
.
Será
impossível
satisfarer
,
cabalmente
tal desideratum
•
quando
o
educador
não pr,
)I·
cUI·ar preparar a
pe1·:!ieita adia.ptação
1
dos
in-dividúos
d,e
um
'
sexo
e
de
outro pela ::.::ua
n1utua syn1:Jonisa,çi1o
sob
iOiduplo ponto
.
de
vista intellectua
.
l
e IJilio;ral.De 0
1
111:lro
,
n101-do,
o
homem
e-
a mtulhér
serã
1
0t
ediucadt.>s
~em!
se conhecerem; só seroo guiados
pe-lo
instincto pa:ra
a
sua
recip!r10
1ca
e
indis:pen-savel oomip1·ehensão ;
em
u
'
m palavra:
-serão
edt1cados
para tudio
JOque a
phanfla.-,
sia possa conceber, menos para viv
,
erem
a
vida
que
<lev
,
erão viver
sobre
a
terra.
I
gnaci,o
dtJ
Aimla
·
r al..
--•:•--\
MEMORA
VEL PERIODO HISTORICO DA
INSTRUCÇÃO NACIONAL
III
A
Acad
,
em
'
ia de Marinha, que com
pti-tulo
de
Academ.lia
Red
dtJs
Guardas
,Ma1·i-nlias,
se
transportára
oom a côrte
portu-gueza. pru·a
esta
cidade, fôra,
poir Avis,oi
de
5 de
MRio do o.pe1J:ooo anno de
1808,
estabeLecid:a
nasl1JOSp~dari,as
dtos
Frades
da
Ordem de S
.'
Bento1 no respectivo ®
·
nven-iJQ
que ainda h
,
oje se
~te.nm
na
oolina
a
1
cavalleir.o.
do
,
Arsenal
de
Marinha.
Essa
éa u.ossa
Esc:ola N'(l'/l)ti/,
de
hoje.
No a-ctool edificto da Escola
PoJytechni·
ca foi ins
,
tiallada a
lo
'
de Abril de
1812
1a .11.codemia
Real,
°b'lilitar,crooda poíl'
Car-ta
de
Lei
de 4 de
Dezemlbro
i
d
le
1810,
a,que
.
aoompanb.iou
1ongo
e mrinucwso
regu.-•
lamento, r
.
eferiendaidJO
pelo Oonde
die
Linha-r
,
es
(D. R,odrigo
de
So11zaCioiutli.nhJO
,
), uml
doo gran
,
des
estadistas
,
portuglUeLZOO qu,o
au-xiliaram D. João nos seus projec;qos de
pr0i-mov;er
Padiantia'Illlento
egrandem
djOiBra-sil,
oomlOm
·
uim
b.am
diz
JO nio1SS0saudlOso
Barão
do
Rio Bran
·
c
1
0
nas
suas
Epl~e.rneriik.~
Brasileiras,
quaJ100· serefere
ooConde:
daBa1:
,
c.a (Anuo:nio de Araujo
,
de Azevedo
,
),
di-gno
em1Uro.
de Linha1·
,
es
e
seu
sU:CCessor
no
mti.nisteTi
1
0
:
.
•
Nessa
Academia
Real
Militar nasceu
o
ensinJQ
da Engenha,ia
no
,
Brasil,
com os al
-too
ootudios
da
M:athe'nili.tica
.
<<Pelo oonjuncto
das
matarias que
oonsti-tuiam1
o
1
cu:rsi0 'Ill/a
.
th€imra.tico
,
dessa :antig
.
a
AcadelJllia lliilitar, e pelos autores que
mian-dava. a
Ca1·í;,:1
ad,o,ptar
econsulfla.r,
para por
ell,es
formiar·o
lente,
as
,
ua
exposiçãoi
a oiseu e:om,pendio, QoJlige-se (affirima p
1
sa-bio professor da
noissa
Esci0Ja
Pplybechni-caDr. Licínio Cardoso (
1 )que,
já
etrnJ
1810,
se .ensinava
~noosa
patria
a
sc
,
ioocia
ma.-thermtica
c.Olmldes,e,nvolvimJeiritio
não ~nfe1·ip,r' .
ao 1que
é
droàio
aoen.sino
de
1~01
/~>.
·
Os
l
entes
dessa Acad<emia giOZava.m de
to-dios os
privilegios,
ind
,
ulti<>P
efranquezas
qu.e
tinl1am os k-ntes da Universidade de CoimJ-
·
bra
,
sendo t
,
id:oo
ehavidos
oomiOIttnlelru.bros
d.a
Faicuidad(} de Mathe
1
!Illatica existente
na.
mesma
Universidadie,
sem
que
entr1e os
len-tes
da
A
•
c.aidimllia
.
eios
de Coimbra se
hou.-vess,e, de
interpoíl'
differe111ça. alguma,
tudo
nos
termos da ciooda
Carta
d.e
Le
,i
.
Desej,a,nd,o
ammiar o
,
progne,8SPcpas
sciein.•<.rioo
m(lt}1.ffnj{Jtica,c;,de o
·
bs-ie!rv.aç'lio
e 1m'il,i,;,tares, e pri0m1ove11·
o
e;8't:udo
~ lm!es<mias»-
diz
aref~icfu. Carta
-
nl!ando
,
u
D.
Joã.oi
estabelecer tres
p1·€!1ll1os
die
250$000
(
2 )cada
UJ~a fiavi01· dos
que
em:
cada anno
apresen-tasoom! á
.
Junta
Militar, então creada e sob
(1)
Evolução da Mathematica no Brasil-
apudRevista do I11stituto Polytechniço Brasileiro, tomo
XVIII,
1888.(2) Um lente tinha então de vencimento
40Ú$000 rs.
annuaes.
Hoje, que um lente tem
9:600$000 rs;, o premio de 250$000 rs. daquelle
tempo valeria 6:000$000 rs.
214
A
ESCOLA
PRTh1ARIA
cuja dirooçâía
,
devia
ficar
a Academiia
i~miaf/fdel},,,pr e
lm/ais
prof;l1JYli1.a 1rrue1moria
00\mlalg'(IA-mlai
desoobb'rta,
ou u:til ,a7Jplicaç'ão e:nvoo-da
wmiaila,s smencws ap
,
on
tada.s>>.Ainda nã
.
o era
D. Rodrigo de
So
,
uza
03111-tinho Conde
de
Linhares, qu.an(k>
a
7
de
Abril de
1808,
já
e
,
ntã
.
o
.
m
,
inisuri0
da
Guerra)
refe
,
rendou
o
diecil'
·
etKJ
peli0 qual :to
1
i crie:ado
nesta
cida.de t0utr,o
.
nuclieio
,
de ilmlp
1
ortantes
estudos,
o
Real Ar,chivo
,
Milita.r,
'tenoo
,
por
fim
'
,
segund
.
o,
o ·R-egimoooo
aJ1I1iexp, a.orefei-•
ridOI decrero:
lo
Oonoorvar
em'
bom
estado
todas as
carti'!S ger·aes
e
particular
,
es,
_ig'eio
graphicas
01u
topographf~ de tlo
l
diO'
oBrasil
e
m~is
dOlmliniios ultra'Inari:oos, bem
cJOl]llkl,to
,
das
ru;ca.rta-s
imaritim:a.s
ero
,
teiro,s
.
;.
2o
O
examie
das
diversas
cartas.
existen-tes
das
1di~ersa.s Capitanias
etieirrit.Otrios
do
Brasil,
a.
1c
1
cmpara,ção
das
!mieSlmas,o
exa-me
das rque
.
'IrlleQ'ooiatrn1 entãiOI
ser
de no
,
vo
levant~das,
:r,;o;r
nã-0
,
:inierecere'ml fé, ou
con
-•
terem
p
,
ontos in
,
oo~tJOS
e
'duvidosPs ;.
·
3o Publi,car,
e
i
m:
umià
obra semieilhante
a.o
;v.fanu.al 'ropographi
cJO
que
oies:tsbreleciment~
franéez ianaLogo publicava annua.Jimlente<, os
melhores
m:e
,
thodos para augimlootar a per
-feição das 'm
t
e:didas gieo.desicns
e
,
para
que
as
cartM de pequen
,
oo
ou
die
grandoo territo
,
-ri
,
os foss
,
em
·
oonstruidas
e
l,e,van~das
com
1uma per·feiçã
,
o
quie
nada dieixass
,
em
a dies
1
e
,
-•
Jar.
4o
Cons,e,rvar todios
OS·plan,os
de
LO'l'tn.l~-lew.<.i,
fortes
ebaterias, assim
!
COtmlO·11odos
osprojec1:Jos de
,estraoo.s,
nav,egaiçiões dei rios,
c.anaies, portos,
etc.
V,eja,lll06
o
ensino
·
medi~.
•
Ainda, se
oohava
D. Jmo na cidade da
Bahia, qu.and
.
o u,m
·
m!ed
,
iQo- distinct
1
0,
o,nr.
•
José Oorrêa Pioonço, cirurgiãlÜi mór
dio
,
Re
,
i-po,
e
·
lente jubilado
da
Univocsidade
de
Co
,
im!-bra, que
J[IJC,o
,
mpanhára a côr-te portu.gu.er.1a
aQ Brasil, sugeriu-lhe a convooiencia
do
e,.3-tabelooimento
·
de uim13, escola
die
cirUirgia no
Hospital Militar
da
referida cidade.
D.
João, annuindo á feliz i
,
déa, incumbiu
o
referido cirurgião
de
r,oo,li3ar
oiltnagnani-mio
lintuito,
edetern11in,ou quie, ell
,
e
prJO;pri
o
es-colhesse
os professores
preci
sos
para
asrespectivas
Cl
·
ula.s,
o
qoo
:f.o
,
i
c
,
oiinJmlunicadio,
a,ogiov,erna,do:r
1da
.
capitania c1a Bahia por
carta.
regia datada
.
d
.
e
18
de
F
,
eveir
,
eiro
,
<lie
1808.
Foi
esse sem
:
duvid
:a
o ge1·men da
Facul-<mde
de
·
Medicina da r,e
.
fer·ida cic1ade.
A prooccupação
de diffundir
oens
ino
da
,
s.
sciencias
1m
1
edica
,
s
fioi
tamlbe11n1,
aqui
n
o
Rio
de Jan
,
eiro,
bmn:
c
.
edio
rev,elada
pelo dec1·e,t
.
o
de
2
de
Abril, ai11clia de
1808,
q11e
1
n1iandou
estabeJeoer
umia,ca<leira
1dte
Anatom
·
i.a
noR~pitJal
RetaJ
Militar, que tinha
sua séde
noi iantigo
,
0o.Jiegio
dios
J
esuitas
no
l\forr·o
dtO
CasteILo
1
.
A
25
de Janeir
,
o
,
d
,
o
,
anno
seg
·
uint
·
e
foi
,creada. no n1
1
esoo
hospit.,a.1
u:mnca
.
deira
deIJil!edicina: ioperatmia
earte
obstetrica.
A
12
d
,
e
Abril
do
'm
l
esmJo anoo
de
1809
-
<<oom
i
o
.
pri:ncipio ele
11111xi101·ese
ooeq1w-das
p1
1<X1Yicknc.ias
que s
:
o
b
r
,
e
too
sizili1o:
~i'.,n
-po1rtante
objeeto
,
1,nie prop,rmho, dar>> -<lis-s,e
1
0, Princip~ Re
,
gente
,em
,
ruov,o
,
diecreto
-'
«oou servido c:roor·
UJlnJa;ca.d
l
eiira
de
,
miedicina.
clinica, th
·
e
1
orica
epratica,
cuj
,
o
lentle
te-rá !Obrigação de
ensinar
os
prin
,
cipio3
ele
-ru1en1:Ja1·es
da.
'm/ateil'ia 'mledica
epl1armaceu-tica,
dandio
~gualm
le
nt
-
e
um
planio
de p.ol1cia.
mledica, de hygiene
g
,
eraJ e
pa.rtict1lar
.e
de therapeuti,00>>.
A
2
de M.arçio. de
1812
f
,
o
,
i
expedido
u1nalvará pelo ~ual noi
or
,
eada.
ajuntia intitu
-lad:a.
<<Dire()ç'ã,0,Medic,o,
·
,Ci
rurgioo
eAdm
r
ini~-t1·ativa do HospiJtlal Real
111iliitaíl·»
e, eml qti,eo
Prin
,
cipe
D.
J~}ã,o
,
'lnais u~ v
,
er.1
d
·
e'm.'011Stou
o oou
intere.s.3
.
e pe
,
'!io
·
ensino
mieJicp,; pois
as-siml term'Í.na ~.soo alvará:
<<s-erndo éla · 1minlia
real intenç<lo ie.stabeleceriem
;11t! g,ular e lJefmtentendid,o,
sysiJ~mJ,a
deestudos,
lmle'di
co
,
•ci1·11.r.-,gioos
p,arrl, 'm!elh101· illist1·ucç'ãio daqu1elles quese dedricdJm a
seie
r
neias
t:ã,o iJmp.01·tanfes-e
ut,eis p,aro o bem
do
Estad'O,
e.
ela.
Tlia-'miaYlfiiladJe, oomjo1 o 8.ã'O a .1leilii,e,~n,{1 e, a
C'.w~ti:-•
·
gia,
determino que, emqua,nto
,
se não
pu-blí,ca
:
ml
,
as mdnhas 1·
,
eaes
providencias
sobre
tã~ inte:L'eSISantei
1
object.,c}, haja a Direcção
de JQccupa.r-se da inspecção dos
e3tJuoo.:,que
•
•
• 1'
•I
A ESCOLA PRIMARIA
215
aictualn1iente
;eseguem nas aulas (
3 )que
sieacham estabeJ.ecidas
noH
1ospital R
,
e,al
Mili-w
&.
Cida.tle e
Côrte
do
Riio dei Jane
,
iro
,
»
.
'
Sobre~mn/ o
,
anno de,
181
:
3 e
DIOIVRSp1·,oiVi-dencias surg
,
eim
,embene
,
ficiio,
doo sci
,
encias
m1edi,c
,
o-cirurgicas
,
.
E.'
assi1ni que
,
a.
18
tleMairiç,oi é
instituid
,
o
um
curso
de
cirurgia
no
Hoopital da Santa Casa de Mi
s
e
,
ric.oirdia
d-es-ta
cidaide, sendo para
ahi
trans
.
fell"idas. as
cadeiras que então funcci
,
onavam
,
no Hos
,
-pital
Miliúa
,
r.
Po1· de
·
CTetlo de
1
de
Abril
€
approvado
,
, J,'ara o
,
referido
Clll'S
1
01
uim
·
p,Ja-no
de estudJOs distribuídos po1r cinc
,
o a.nnos
(3) Todos os que se têm occupado da ori-gen1 da nossa faculdade de Medicina, pelo n1e-nos desde Moreira de Azevedo, na
Revista do
Instituto Historico,
tomo 30, 2.ª parte, pag. 399 e tomo 55, 2ª parte, pag. 154, até o Barão do Rio Branco, nas suasEpliemerides,
todos, inclusive alvoticia Jzistorica dos serviços, instituições e
esta-belecimentos pertencentes ao l'rfi1zisterio do
Inte-rior,
todos, repito, se referem a um decreto de 5 de Novembro de 1808, pelo qual dizem ter D. João creado umaescola anato,nica, clrurgica
e medica.
.
Não encontrei semelhante decreto 1nenciona-do nas collecções officiaes de leis brasileiras, nem no
Codigo Brasiliense,
nen1 noReperfaria
Furtado de Mendonça,
nen1 na estimadaCollecção
Nabuco.
Creio que si D. João en1 1808 já hou-vesse creado uma verdadeira escola con1 deter-minada denominação. ter-se-l1ia referido a ella em decretos posteriores a esse tal de 5 de No-ven1bro, e não teria usado da linguagen1 que usou, principalmente 110 Alvará de 1812, onde alludiu ásattlas,
e não áescola,
que então se achavam estabelecidas no Hospital Militar. Outrosim, referindo-se en1 decreto posterior, no de 1°
de Abril de 1813, ao Dr. Manoel Luiz Al-vares de Carvalho, dá-lhe o titulo dedirector
dos
estudos
de medicina e cirz1rgia,
quando era natural que o deno111inasse director da tales-cola, si creada estivesse desde 5 de Noven1bro de 1808.
•
e
,
em
virtutl
,
e
desse
pla,n,o
,
,
a 26
desse'
miez
crea;m-se, por d
,
ecretos distinctos, a
cadei-ra d
,
e
hygi
e,n
,
e,
,
pathol
1
ogia
etherapeutica.
e as
de
oporaç
1
ões e
de
obstetricia.
Na.
oarta :regia de
29
de
,
DezemíbrOí
de1815
a.o Go~erniador
da
:µahia diz
oiPrín-cipe:
«Se
,
nd
,
o-me presente
o
quantlo são
li-mitiados
1
0.s
~rincipios
de
,
Cirurgia
qu
e
~ad
1quire
1
m! pelas
lioç,õe
s
das
'!Mtetrias
pro-prioo das
,
duas cadeiras estabe
,
Iecidas 11essa.
Cida,dre, para que
delloo
se
p
,
ossam
1
esperar
habeis e
1oonsumm.ados prof
,
eooo[·es, que
pe-1os
oonhecirr,tl11tos t:heo~·ioors e
pra.ticos
Jnie-reç3Jml
o
1
oonoeito publico
,
, e
,
se e
,
IlJ4)
,
regue!l'Il'
utilm!ente
no
restabelecÍ'menil::i
,
da
sat1dei dop,OiVIO,
lqu;e
:não póde de~r
ài(J.
f(Ker
,11mdio8
p1·inoip(,Des'Objectb,s
db lmietu1·m
~ pa-ternal desv,el,o,,para pro
,
mlOver a cultura. e
progresso do
tâío imlpoll."ta.ntie
estiabe
,
le,cim~ne-to,:
hei p
,
or
beim
crear
urru
curso
CJOnilpleto
1
de
Cirurgia
neooa..
,cidade
,
, á
seme
,
lhança
do
que
ooha estabelecid
,
o poil' diecreto
,
â:e
1 ide
Abril
de
1813 nesta
Oapital,>
.
Fmam!
essias
as
primieiras
escolas,
já
então
systJe
,
mati:
c
a'Iliente organizadas,
qu,e foram
1eo-nh
,
ecidas pOii'
Escolas:JMedtico-'CirUJrg,icas.Parece
qUi:i
,
sã
,
o
,
de
,
masia.d
,
os
os
do
,c
umien-tos
1citados
)ara
se
provar que
o
Principa
Regente
fw1dou,
,em
toda a
su,a plenitude,
0i
,e
,
nsin
,
o
, '
m!edico
n,o,Brasil, oo
,
m' funclárai
o
da engenharia,
o da
matJhem10.tica
e
0
1
da
marinha.
(C.ontinú
,
a).
•
F. Cab1·i,tar..
Em
pó
dextrinizado -
Cinco cereaes, aveia, arroz, araruta, etc.
Toda criança, mesmo alin1entada ao seio, precisa, depois do sexto n1ez até trez annos, tomar uma boa farinha
como auxiliar de alin1entação, devido á necessidade que teni ? organ,s'!lo de saes. de pho~phoro, ferro, etc. .
A farinha ideal é o «Cre1ne lnfant1l» en1 pó dextr1111zado, cuia con1pos1ção é s1111ples, não contendo substancias
estranhas. A sua digestão já está feita. E' alem de tudo, o unico producto alimentar e scientifico que está ao alcance dos
pobres.
CUSTO
-
Pacote 1$200 -
no interior 1$300
Este alimento é tambem o ideal para as pessoas qut ,offrem do estomago e dos intestinos .
·
A' ve,zda ,zos bons Armaze,zs e Pharnzl
:
ias -
Preparado por
'
DR. RAUL LEITE
&
C.
Escriptorío :
RUA GONÇALVES DIAS. 73
End.
Teleg. ''Infantil - Rio''
- o -
T elephone
3820
Norte
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