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Um modelo de producao agricola de baixo uso de insumes externos

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(1)

-n .I

UNIVERSIDADE

FEDERAL

DE

SANTA CATARINA

CENTRO

DE

CIÊNCIAS

AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO

DE ZOOTECNIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Mfzøâøézâ

pf/>^Dâz9óf¿Ãâ/f¢f>/80//f

øfôw/Xô*

um

pf/zz/.fé/zmfl-7(725ê>/1/af

Aluna:

Maria

Aparecida de Pinho

Orientador:

Antônio

Carlos

Machado

da

Rosa

(2)

0

UNIVERSIDABE

FEDERAL

BE

SANTA

CATAÊA

CENTRO

DE

CIENCÍAS

AGRARIAS

DEPARTAMENTO

DE ZGOTECNLÀ

ESTÃGÍO

SUPERVEIONADO

mwââézâ

fiffifiâmamçfi/äâéâ

955%/Xâ

asa

af/mówfâsãíffiâ/af

Aiuma:

Maria

Aparecida de Einho

A

Orientador:

Antônio

Caršos

Machado

da

Rasa

FLORIANÓPOLIS,

MAH)

EE

1995

A '

¬ , -z‹ ‹ ~ -V-_,‹-.'« _`_ _v In , ,_ .

(3)

252 761'8

O

UFSC-BU

Para o

Gui,

o

grande responsável para

que

este trabalho e muitos

.

(4)

,(3

W

“f

Que

os nossos esforços

desafiem

as impossibilidades. -

Lembraí-.'vosfde~

que

as grandes proezas dahistória

do

homem

foram

conquistas

do que

parecia impossível.

`

(5)

INDICE

... ._

A

RESUMO

... ._

õ

AGRADECIMENTDS

... ._ 'I

AEREVIATURAS

E

SIGLAS

... _. s

IDENTIFICAÇÃO

... ._ 11

AI>R.EsENTAÇÃo

... _.

12

1_1N1¬RoDUÇÃo

... _. 13 1.2.

Um

pouco

de

história ... ._ 19 2.

ATIVIDADES

REALIZADAS

____________________________________________ ._

25

2.1.

São Ludgero

...

25

2.1.1. Histórico

da

propriedade e

da

iniciativa

de

mudança

... ._

26

2.1.2.

O

estagio ... _. 2-9

2.1.3.

A

independência

da

propagação

das plantas.

32

2.1.4.

A

mão

de

obra e

a

divisão (ie trabaiho ... _.

33

2.1.5.

A

comercialização e administração ... _.

36

2.1.6.

O

projeto microbacias ... ._

37

2.1.7.

Uma

propriedacie

de

vanguarda

... ._

37

2.2.

Bagé

... ._ 41

2.2.1.

O

trabalho

da

Secretaria Municipal

de

Agropecuaria

-

SMAP

... ._

42

2.2.2. Agricultura

Urbana

... _.

44

2.2.3.

O

Projeto Agroviias ... _.

44

2.2.4.

O

Físiologismo ... ..

46

2..2.5.< As- orientações técnicas para

a

Agrovila e

Horto

Municipal ... _.

47

(6)

3.

A

CONCEPÇÃO

DO

MODELO

... _. 51

3.1. Privado

ou

Público ? ... ..

52

3.2.

As

brechas existem ... ._

54

'

3.3.

Alguns

princípios

do

modelo

... ..

56

4.

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

... ..

53

(7)

ÂGRÁDECHMENTGS

À

meus

pais, Irineu e Luzia,

que

me

deram

esta oportunidade,

por

sua dedicação e paciência

com

esta filha.

Ao

*lx/laninho', pelo carinho e

compreensão;

e

a

minha

irmã

Márcia.

Ao

amigo

e orientador

Antônio

Carlos

Machado

da

Rosa, pela

oportunidade

de

estágio e

de

utilização

de

seus materiais bibliograficos, e por seu trabalho.

Aos

amigos

da

Zootecnia,

em

especial ao

Mário

Luiz Vincenzi, por

sua sincera

amizade

e ensinamentos.

Aos

amigos

e colegas,

que

fiz

durante

o

curso e

comigo

conviveram

estes últimos 5 anos, espero ter suas

companhias

também

fora

da

escola

À

família

Soeber

e ao Sílvio, vocês

me

fizeram,

com

seus jeitos

simples

de

viver, acreditar

num

amanhã

diferente.

Ao

Domingos,

por

sua

atenção e determinação

no

seu trabalho,

(8)

ÂEREV§ÂTüRÀ§

E

SÉGLÃS

A1

-

Alumínio

ÀS-PTA

- Assessoria e Serviços

a

Projetos

em

Agricultura Alternativa

BIRD

-

Banco

Inter-americano

de Desenvolvimento

C

- Celsius

Ca

- Cálcio

CEDIC

-

Companhia

de Desenvolvimento

Industrial e

Comercial

do Rio

Grande

do

Sul

CICADE

-

Companhia

Industrial

de

Carnes

CIDASC

-

Companhia

integrada para

o Desenvolvimento

Agopecuário

de

Santa

Catama

CIMMY

T

z Centro

de

Melhoramento

de Milho

e Trigo

CMMAD

-=

Comissão Mundial do

Meio

Ambiente

Ed. - Editora

EMATER

= Associação

de Empreedimentos de

Assistência Técnica

e Extensão Rural

Eng” Agr”

- Engenheiro

Agrônomo

EPAGRI

-

Empresa

de

Pesquisa

Agropecuaria

e Difusão

de

Tecnoiogia

de

Santa Catarina

SIA

FAO

- Organização das

Nações

Unidas

para

a Alimentação

e a Agricultura

a

- grama-S

~

ha

- hectare

IBGE

- Instituto Brasileiro

de

Geografia e Estatistica

(9)

kcal - quilocalorias

kg

-

quilograma

km

- quilômetro

km*

- quilômetro

quadrado

rn -

metro

mz

-

metro quadrado

me

- miliequivalenre

Mécl. Vet. -

Médico

Veterinário

Mg

-

Magnésio

mm

- milímetros

MO

- Matéria

Orgânica

n° -

número

ONG

- Organização

Não

Governamental

ONU

- Organização das

Nações

Unidas

P

- Fósforo

P- - página

pl-l - potencial hidrogeniônico

PIDSE

-

Programa

Integrado

de Desenvolvimento

Sócio-

Econômico

pop. -

população

ppm

- parte

por

milhão

Prof

- Professor '

PTA/FASE

- Projeto Tecnologias Alternativas/Federação

de

,

Órgãos

para Assistência Social e Educacional

RS

-

Rio

Grande

do

Sul

`

S

- Sul

(10)

SESI

- Serviço Social

da

Indústria

SP

-

São

Paulo

t - toneladas

UFSC

- Universidade

F

ederal

de

Santa Catarina

UFSM

- Universidade Federal

de

Santa

Maria

UNCTAD

- Conferência das

Nações

Unidas

sobre

Comércio

e

Desenvoívímento

URCAMP

- Universidade

da

'Região

da

Campanha

USP

- Universidade

de

São

Paulo

W

- Oeste

_

WCBD

-

Comissão Mundial

sobre

o

Meio

Ambiente

e

(11)

DEäTiFiCA§ÃG

Nome:

Maria

Aparecida de

Pinho

Numero

de

matrícula:

9018630-3

Periodo

do

estágio:

de

(37

de

fevereiro

a

24

de

março

de

1995

Locais:

#

de

18

a

20

de

novembro

de

1994

em

Botucatu - SP,

participação

no

curso

"O

cultivo orgânico biodinâmico

de

ervas medicinais",

na

Associação

ELO

em

colaboração

com

o

histituto Biodinãmico.

H 9

#

de

O7 a

23 de

fevereiro

em

São Ludgero

-

SC,

na

propriedade

de

Adilson e Evair

Soeber

e Sílvio

Daufenbach

em

cultivo orgânico.

Supervisor:

Eng” Agi”

Sílvio Daufc-znbach.

#

de

09 a

24

de

março na

Secretaria Municipal

de

Agropecuária de

Bagé

-

RS

-junto ao Projeto Agrovilas;

Supervisor

na

Secretaria:

Med.

Vet.

Domingos

Vágner

Coelho

Rodrigues - Secretário Municipal

de

Agropecuária.

Orientador

na

UFSC:

Prof.

Antonio

Carlos

Machado

da

Rosa

(12)

aaaasasragao

Partindo

do

pressuposto

que

muitas das atuais técnicas e maneiras

de produção

e beneficiamento

de

alimentos são causadoras

da

degradação

do

meio

ambiente .e

da

sociedade, este relatório

de

estágio

tem

como

objetivo avaliar duas situações/momentos distintos

na

busca de

uma

agricultura diferente

da

anteriormente citada.

Na

primeira situação, reportei-me à localidade

de

Morro

do

Cruzeiro, município

de São Ludgero

- SC. Ali,

por

iniciativa

de

três pessoas, naturais

do

local, Adilson e Evair

Soeber

e Silvio

Dautenbach, a

propriedade rural dos Soeber, deixou

de

ser

ocupada

com

fixmo

e

hortaliças

à

base

de

agroquimicos, para dar lugar

a

uma

produção

com

menos

uso

de insumos

e recuperação

do

ecossistema

Neste

contexto a

diversidade e

uma

prioridade,

mas

a

base econômica, ainda, são as ervas medicinais.

A

segunda situação/momento

ocorreu

no

município

de

Bagé

z RS.

La,

a

prefeitura,

por

iniciativa

do

Prefeito, Luiz Alberto

Corrêa Vargas

e

do

Secretario

de

Agropecuaria,

Domingos

Vagner Coelho

Rodrigues, está

implantando

o

Projeto Agrovilas.

Que

consiste

em

colocar familias

de

baixa renda,

da

periferia

da

cidade,

num

terreno

comprado

e cedido pela

prefeitura para: construção

de

moradias, trabalho coletivo e individual agricola,

com

plena assistência

da

prefeitura.

Ainda

por iniciativa

da

Prefeitura,

o

Projeto esta se consolidando

com

caracteristicas

de

uma

agricultura diversificada e sustentável.

Neste

caso, os participantes

do

programa,

que

diferente

da

situação

de São

Ludgero, ali se

encontram

após

um

trabalho

de

seleção e preparação técnica inicial.

Assim, observando

estas duas situações, procura-se neste relato

demonstrar

as dificuldades,

o

estado

de

desenvolvimento e

a

evolução

de

cada

uma

Posso

então, definir

algumas

linhas

de

base para atingirzse

uma

produção

agricola sustentável

com

baixo uso

de insumos

externos,

adequadas

às

mudanças

necessárias

em

nossa produção

e comercialização

(13)

1 .

INTRODUQÃG

O

aumento da

população

e

consequentemente da produção

mundial

requer

uma

necessidade

maior

dos recursos naturais.

A

natureza é

pródiga,

mas

também

e frágil, e seu equilíbrio é delicado.

Ha

limites

que

não

podem

ser transpostos

sem

que a

integridade básica

do

sistema seja

prejudicada Hoje,

estamos

perto

de

vários desses limites; tendo

sempre

em

mente

o

risco

de

ver

ameaçada

nossa existência

na

Terra

(NOSSO

FUTURO

COMUM,

1991). ,

Em

l98?,

a

WCBD

chamou

a

atenção para os

imensos problemas

e desatios

com

que a

agricultura

mundial

se defronta para conseguir suprir as necessidades presentes e futuras

de

alimentação e para

a

importância

de

uma

nova abordagem

para

o

desenvolvimento agrícola:

Nos

anos

que

ainda

nos

restam antes

do

final

do

século, cerca

de

l,3 bilhão

de

pessoas virão se

somar

à população

mundial.

O

sistema alimentar

mundial deve

ser administrado

de

forma

a

viabilizar

um

aumento

de

produção de

alimentos

de

ordem

de

3

a

4%

ao

ano

(WCED,

1987

apud

REIJNTJESJ994).

Um

dos elementos necessários ao desenvolvimento estratégico e

sustentável,

numa

nova

visão

mais

holística

do

assunto é

o

incremento

da

produtividade agricola através,

por

exemplo,

da

diversificação e

competitividade das exportações

(SERAGELDIN,

1994).

Ora, essa

preocupação

com

a

segurança alimentar iniciou-se

em

meados

do

século XVIII,

quando

Malthus

relacionou

o

crescimento

populacional

com

o

aumento

da

produção de

alimentos, assegurando

que

o primeiro progredia

em

uma

razão geométrica e o

segundo

numa

progressão aritmética

Sem

entrar

no

mérito

da

questão, verifica-se

que

ja

se

passam

mais de 150

anos, e, tudo indica,

nem com

mais

300

anos,

a

(14)

A

segurança alimentar global

depende não

do

aumento

da

produção mundial

como também

da

redução das distorções

da

estrutura

do

mercado

agroalimentar

mundial

e

da

transferência dos centros

de

produção de

alimentos para os países, as regiões e as propriedades

onde

haja déficit alimentar

(WCED,

1987

apud

REIJNT.lBS,l994).

Analisando

o

quadro

01,

podemos

observar alarmantes disparidades

no

consumo

mundial. Habitantes dos países ditos

de

"primeiro

mundo"

consomem

até 3 vezes

a

quantidade

de

gordura,

em

relação aos

do

"terceiro

mundo".

A

discrepância quanto ao

consumo

de papel é ainda maior,

mais de

15 vezes,

o que

revela

além de

menor

nível escolar,

menor

acesso

a

informações dessa

maior população

global.

Não

obstante os países industrializados mais ricos

usam

a maior

parte dos metais e dos combustíveis fósseis

do

mundo.

_

(15)

Quadro

01: Distribuição

do

consumo

mundiai,

médias para

1980

- 82. \ 4 H I l|

Paonirrosl

iíeiaaaes eaššés

aesmvéivâaesš

0

raízes

ea

de

(26%

da

pop.)

desenvolvimento

É

consumo

É ('74°/0

da

pop.)

per

capita 4 9 4 i

Parficipação

no

1 Participação

no

consumo

mundial

consumo

mundial

°=~

I

Per

4

Per

(%)

1 copííe

(%)

Ê

capim

1 l l Í 1. 1! l Calorias 5 kcal,/dia

34

3.395 4

66

4 2.389

Êroteãna

g/dia

38

99

s 62.

58

li l k

Gordura

g/ea

53 127

47

40

1

Papel

kg/

ano

as

11 123 15 8 1 0

Aço

' kg/'ano

79

4

433

21

43

'Í P 1 kg/

ano

I*

14 12 (Burros

metais

z ln 'T 1

Energia

80

5,8 2.0 a 0,5

Comercial

l z ,,l_,, ` i __ __ 5 mtce/

ano

4,4, ,,

Fonte: Estimativas

da

CMMAD

baseadas

em

dados por

país,

da

FAO,

do

escritório

de

estafistica

da

ONU,

da

UNCTAD

e

da

American

Metal

Association

(NOSSO

FUTURO

COMUMJ991).

Percebe-se então,

que o problema

da

segurança alimentar global, reside exatamente

na

distribuição, tanto

da

produção, quanto

do consumo.

Aliás

o

tema,

a

fome

do

mundo,

foi usado, inescrupulasamente, para justificar

a

divulgação das tecnologias

da

"revolução verde".

O

termo

"revolução verde"

pode

ser definido

como

o

processo acelerado

de

entrada

de

capital

no

campo,

ocorrido após

a

Segunda

Guerra Mundial

e

no

Brasil

especialmente apartir

dos

anos 60. Este processo se caracterizou pelo

(16)

insenção

de

impostos, subsídios,

aumento de

areas

com

culturas exportaveis,

aumento da

fronteira agricola, especialização

na

agiiculttua.

Artlmr

Moser,

presidente

do Conselho

para

o Desenvolvimento da

Agricultura,

fundado por John

Rockefeller Ill,

afirmou,

no

início

da

"revolução verde",

que

a

estrutura social cooperativa existente

em

muitas

comunidades

agrarias precisaria ser desmantelada para estimular

"um

interesse agressivo

no

mercado". Talvez

mais

que

qualquer coisa, as criticas

a

"revolução"

foram

confiindidas

por

uma

arrogância

desconcertante,

comum

a varios arquitetos das variedades

de

plantas produtivas.

Desde

o

início, as fundações,

governos

e cientistas ocidentais,

tinham

como

certo

que

os países

do

"terceiro

mundo"

precisavam apenas copiar as práticas

de

cultivo

do

"primeiro

mundo"

para alcançarem auto suficiência

em

alimentos. Tal estratégia foi

de

tal

forma

inserida

no

planejamento e

melhoramento

que

passou

desapercebida

(MOONBYJ987).

Membros

da

equipe

do

CllvlMYT

admitiram prontamente

que

grande parte

do aumento da

produtividade creditada

a

"revolução" deve-se à aplicação

de

gandes

quantidades

de

fertilizantes e herbicidas.

Na

década

de

70,

um

porta-voz

do

Banco

Mundial deu a

entender

que

entre

34

e

40

milhões

de

toneladas

de

arroz

da

Ásia

dependem

diretamente

do

petróleo

do

Oriente

Médio.

Na

mesma

epoca.,

a

Índia ja estava

pagando o

equivalente

a

20

%

de

sua receita

de

exportação

na

aquisição

de

fertilizantes.

Quando,

então, veio a primeira crise

do

petróleo,

o

"terceiro

mundo"

estava sobrecarregado

com

um

sistema agricola dele dependente.

A

escassez

de

fertilizantes

em

1974, significou

uma

perda

de

15 milhões

de toneladas

de

grãos, quantidade suficiente para alimentar

90

milhões

de

pessoas.

A

"revolução"

tem

sido inegavelmente lucrativa para

a

agroindústria.

Na

década de

60,

empresas

agrícolas necessitavam

de

um

novo mercado

para

manter

seu crescimento.

Programas de

auxílio

bilaterais e multilaterais

tornaram a expansão

para

o

"terceiro

mundo",

financeiramente possível. Vinte anos

mais

tarde, importantes indústrias

de

produtos agroqulmicos

conseguiram

estruturar

um

sistema

mundial de

distribuição capaz.

de

comercializar,

com

sucesso,

nos mercados

da

Ásia, África e

América

Latina.

A

"revolução verde" foi

o

veículo

que

tornou

possível esta realidade

(MOONEY,

1987).

(17)

»_..-z-De

acordo

com

a

FAO,

os

problemas

ambientais

nos

paises

em

desenvolvimento são devidos,

em

grande medida, a essa exploração excessiva

da

terra, a ampliação das áreas cultivadas e ao

desmatamento

-

incentivados pela "revolução verde"-_

Algumas

grandes áreas irrigadas

encontramz-se

com

sérios

problemas de

salinização.

O

uso crescente

de

pesticidas e fertilizantes

químicos

também

vem

ocasionando

problemas

ambientais.

A

degradação

da

fertilidade

do

solo e

a

escassez

de

lenha,

particularmente, indicam

a

gravidade

da

situação.

Sem

contar as áreas

que

já são deséiticas, verifica-se

que

43%

da

África,

32%

da Ásia

e

19%

da

América

Latina

sofrem

risco

de

desertificação

(ALEXANDRATOS,

1988

apud

REIMTJES,

1994).

Os

prejuízos 'causados pelo uso continuo e exclusivo

de

fertilizantes artificiais são conhecidos

a muito

tempo.

O

próprio Liebig

(TIBAU,

1978), alertou-nos para os perigos contra

a

vida

no

solo e seu

equilíbrio.

Os

agricultores,

em

geral, apreciam os fertilizantes artificiais por

causa

de

seus efeitos rápidos e fácil manuseio.

mais

recentemente, e

que

alguns deles e

também

parte dos cientistas

passaram a

reconhecer

algumas

das limitações desses produtos. l

A

eficiência

dos

adubos

solúveis mostrou-se

menor

que a

esperada.

As

lavouras tropicais

em

regiões secas

perdem

de 40 a

50%

do

nitrogênio

aplicado.

A

eficiência

pode

ser ainda mais 'baixa

em

condições adversas

como

alta precipitação, extensos períodos

de

seca, solos erodidos e

com

baixo teor

de

matéria orgânica,

Por

outro lado,

a

facilidade

com

que

podem

ser usados os

adubos

químicos,

tem

causado

o abandono

e esquecimento

do emprego

necessário dos residuos naturais.

Para

os

que

crêem

que o

baixo preço e a facilidade

com

que

se

dispõem de adubos

artificiais justifica seu preferencial

ou

exclusivo

emprego,

devem

observar,

em

primeiro lugar,

que

os

fertilizantes químicos

não poderão

nunca

constituir

um

substituto

do

húmus;

e

em

segundo

lugar,

que o

uso

de

tal substituto

não pode

ser

realmente barato,

porque a

fertilidade

do

solo -

um

dos fatores

mais

importantes

na

vida

de

todos os países - se perde,

porque

as plantas

(18)

a

nutrição artificial faz indispensável proteger

a

esses seres contra os parasitas

mediante o uso de

pulverizações envenenadas, vacinas e soros e

um

sistema caríssimo

de remédios

especificos, médicos, hospitais, etc.

Uma

vez que

as pessoas se

resolvam

contemplar

em

conjunto o

financiamento

da

produção

agricola,

com

elo aos distintos serviços sociais

criados para reparar os

danos

causados por

métodos

agrícolas errados, e

uma

vez

que

se tenha presente

que nossa maior

riqueza é

uma

população

sã e vigorosa, se reduzirão

a

suas verdadeiras proporções

a propaganda

sobre

a

economia

e facilidade

dos adubos

químicos.

No

futuro, os

fertilizantes químicos serão considerados

como

causa

de

desequilíbrio

agricola e

como

a

grande loucura

da epoca

industrial, e se reduzirão a

superficiais as teorias

de

muitos economistas agrícolas deste período

(l-IOWARD,

1947).

Mesmo

com

todos _ estes anos passados, o texto,

infelizmente, continua

mais

atual

do

que

nunca

Cabe

frisar

que

os efeitos

danosos

ao ecossistema global

podem

ser

causados tanto pelo uso

de

fertilizantes artificiais,

como

pelo uso

indiscriminado

de

matéria orgânica

Um

exemplo

disto, e'

a

poluição

de

lençóis Íreaticos

de

regiões inteiras

da Europa

e

do

Oeste Catarinense,

com

nitratos

(LOVATO,

1995).

Outra propagação

exagerada

da

"revolução verde", são as

máquinas

e os combustíveis fósseis,

que não

apenas

vêm

de

fora

do

estabelecimento agricola,

como

também,

frequentemente,

de

fora

do

país.

O

uso

excessivo

de

tratores,

em

especial,

vem

aumentando

o

risco

de

danos

ambientais

como

a

erosão,

a

compactação do

solo, o

desmatamento

e o

aumento

da

incidência

de

pragas.

Além

disso,

a

queima

de

energia

fóssil para

movimentar

máquinas

e

uma

das principais fontes

de

dióxido

de

carbono

lançado

na

atmosfera.

A

grande quantidade

de

gás resultante desta

queima, principalmente

em

áreas

de

'baixa densidade vegetal, associado a

um

desenfieado desmatamento

geral, são os principais causadores

do

(19)

1.2.

Um

pouco

de

historia

Nesse

capítulo

buscaremos

encontrar

no

passado razões

do

rumo

tomado

por

esta pratica

de

cultivo

da

terra.

A

literatura desse assunto é

consideravelmente vasta,

no

entanto,

quando

um

indivíduo qualquer se

propõe a

cultivar

a

terra, dificilmente considera os erros e acertos

da

história

da

agricultura

humana

O

que

se faz é plantar

o que

já é plantado

na

região, e

da

mesma

forma.

Na

maioria das vezes, isto ocorre

por

necessidade

de

obter renda, para sobrevivência, aliado ao desconhecimento.

0

O

homem

habita sobre

a

terra

cerca

de

dois milhões

de

anos.

A

não

ser

por

uma

fração

minúscula de

tempo,

dedicou-se a

caça de

animais e a colheita

de

plantas,

dependendo

essencialmente

da

natureza para alimentar-se.

O

homem

primitivo

deve

ter, certamente, experimentado

quase todos os recursos vegetais, tornando-se assim perito

na

distinção dos

que

serviam para comer.

Por mais que

pareça estranho pensar nisso,

estudos recentes indicam

que

nossos antepassados

nem

sempre

tiveram necessidade

de

uma

continuada

busca de

alimentos, e que,

em

certas ocasiões,

devem

ter tido bastante

tempo

de

lazer.

É

claro

que não

podia haver grande oportunidade

de aumento da

população,

mesmo

entre os

melhores

caçadores e coletores. Provavelmente,

o

homem

vivia

em

pequenos

grupos, pois

com

poucas

exceções, determinada área devia

fornecer

o

alimento suficiente para reduzido

número

de

pessoas

(I-IEISERJ977). V

Então, cerca

de

10.000 anos atrás,

começaram

a

mudar

os hábitos

humanos

de

obtenção

de

alimentos e,

com

o

passar

do tempo, o

homem

deixou

de

ser apenas

um

caçador-colhedor para tornarz-se

um

produtor

de

alimentos.

A

princípio ele

suplementava

o alimento produzido

com

o

alimento

que

obtinha

com

a

caça e

a

colheita natural,

mas

gradativamente, tornou-se

menos

dependente das fontes naturais

de

alimentos, à

medida

que

melhoravarn e

aumentavam

em

número

suas plantas e animais domesticados.

Com

uma

fonte segura de alimentação, foi possível

que

maior

número

de

pessoas

passassem a

viver juntas.

Bocas

a mais

para

(20)

braços para cultivar e colher, o alimento podia ser produzido

com

maior

eficiência.

À

medida que

a produção de

alimentos se

tomava

mais

eficiente, surgiam as aldeias e,

com

o tempo,

formaram-zse as cidades, e a civilização se

pôs

em

marcha CHEISER,

1977).

Nos

primeiros séculos

do

cristianismo esteve consolidado

um

tipo

de

economia

impm,

auto suficiente

em

relação as mercadorias essenciais:

o

Imperio

Romano.

Mas

o desenvolvimento

de algumas

áreas

em

detrimento

de

outras, a direção e

volume

do

movimento

das mercadorias

foram

determinados pela organização política

A

queda do

Império

Romano

do

Ocidente

pôs tim a

intensa transferência

de

recursos dirigida

pelo governo, para

Roma,

Itália e Exércitos das fronteiras

(GIBBON,

1989;

FOLHA

DE

SÃO

PAULO,

1995). Este

movimento

marítimo de

mercadorias

pode

ser

observado

no

anexo

I. ›

Sem

dúvida, a.

humanidade

esteve

caminhando

vagarosamente,

pode-se dizer, desde os primórdios

da

história., até os séculos

XVHI

e

XIX

da Era

Cristã.

O

que

houve

até então, foi

um

desconhecimento

geral sobre

fenômenos

e fatos

da

natureza

O

misticismo e

a

religiosidade explicavam

tudo,

ou

quase.

Aqui

podemos

encontrar

uma

caracteristica antagônica

no

pensamento do

homem,

fonte primária

da

atual crise mundial: desde suas

origens,

a

tradição ocidental (que é

a

dominante, hoje) colocou

a

natureza a disposição

do

homem

para

que

ele

a

subjugasse.

Com

raras excessões, é assim

que

ela

apmece

no

Antigo e

no

Novo

Testamentos,

no

Corão,

nos

filósofos medievais e

nos

pensadores racionaiistas dos séculos

XVII

e XVIII. Isso ocorre tanto nas

concepções

teocêntricas quanto nas

antropocêntricas.

É

nas sociedades fundadas

com

a

revolução industrial,

porém, que o antagonismo

homem-natureza

se

aprofunda

e se define.

Mas

houve

intervalos e excessões.

A

concepção

prézsocratica, por exemplo,

entendia

que

os deuses estão presentes

em

todas as coisas. Para

a

mitologia

grega, os deuses e os

homens,

como

se sabe,

têm

a

mesma

origem.

O

que

os diferencia

não

e

a

origem,

mas

sim

o destino: los deuses são imortais; entretanto, os deuses são

formados a

imagem

e

a semelhança

dos

homens,

com

sentimentos e paixões, qualidades e defeitos

humanos.

Na

própria terminologia

da

língua grega,

a

palavra Ph_vsis significa

a

natureza e

o

homem

com

suas ações e pensamentos. Havia, portanto,

uma

palavra

que

(21)

modernas,

homem

e natureza são dois termos distintos.

Certamente

outros

exemplos

existem ao longo

da

história,

mas

a

que

prevaleceu

na

tradição

ocidental e

uma

concepção de

natureza

submetida

ao

homem

para

que

este

a dominasse.

F

oi sobretudo

com

a

influência judaico-cristã

que a

oposição

homem-natureza,

espírito-matéria, adquiriu

maior

expressão

(VlEIRA,l990).

Esta

concepção

encontrou sua

formulação

máxima

e

melhor

justificação

no

filósofo

René

Descartes.

A

concepção

cartesiana colocava

o

homem

como

sujeito e

a

natureza

como

objeto: o

homem

passa

a

ser

o

senhor e mestre

da

natureza. Essas idéias

de

Descartes

vão

iniluenciar,

profundamente,

a maneira de

pensar

o

mundo,

que

esta

na

base

da

revolução científica e tecnológica

que predomina no

Ocidente

nos

últimos séculos e

que

encontra sua expressão

máxima

na

Revolução

Industrial.

Seguindo a

trilha aberta por Descartes,

o pensador

Francis

Bacon,

tempos

depois,

afirma

que o

homem

deve

domar

a natureza

como

se

domina

uma

mulher.

Na

sua

concepção,

a

natureza é feminina, enquanto

que a

dominação

do

homem

sobre

a

natureza é

o

elemento masculino

(THOMAS,

1988).

Este antropocentrisrno arraigado

rompe

qualquer possibilidade

de

integração

homem-natureza.

A

organização social patriarcal e os sistemas

econômicos

predatórios

que

prevaleceram nos últimos séculos

podem,

assim,

também,

ser considerados decorrências

do

racionalismo cartesiano

que

inaugura.

a

modernidade.

A

natureza se define,

em

nossa

sociedade,

por aquilo

que

se

opõe

a cultura.

A

cultura é

tomada

como

algo superior

que

conseguiu controlar _e

dominar a

natureza.

Com

a

agricultura, o

homem

domestica

parte

da

natureza e se

toma

sedentário, considerando

primitivos os

nômades.

Dominar

a

natureza e

dominar

a inconstância,

o

instinto, as pulsões e paixões.

O

Estado, a lei e

a

ordem

tornam-se necessários para evitar o

primado

da

natureza,

onde

reina

o

caos e

a

lei

da

selva Tal conceito

de

natureza justifica

a

existência

do

Estado e considera primitivos os

povos

que

não

têm

Estado.

Além

disso,

a

expressão

dominar

a

natureza só

tem

sentido

a

partir

da

premissa

de que o

homem

é não-

natureza.

Mas

se ele é

também

natureza, falar

em

dominar a

natureza é falar

em

dominar o

homem

também

O

capitalismo leva essa tendência às

(22)

Industrial são a expressão e a base material dessas ideias.

A

ciência e

a

técnica adquirem,

no

século

XIX,

um

significado central

na

vida

dos

homens.

As

ciências

do

.homem

surgem

inteiramente separadas das

ciências

da

natureza

Toma-se

dificil pensar

o

homem

e

a

natureza

de

uma

forma

integrada e orgânica, pois a divisão

não

se

da

no

pensamento,

mas

também

na

realidade objetiva construída pelos

homens

(VIEIRA,

1990)

No

chamado

mundo

ocidental,

ou

vemos

a natureza

como

algo

hostil, lugar

de

luta

de

todos contra todos,

da

chamada

lei

da

selva,

ou

vemos

a

natureza

como

harmonia

e bondade.

No

primeiro caso, justifica-

se

o Estado

para

impor a

lei e

a

ordem

e impedir

o

caos e

a

volta ao

"Estado

da

Natureza" à animalidade.

No

segundo

caso, critica-se

o

homem

que

destrói

a

natureza,

mantendo-se

a

dicotomia

homem-natureza.

A

primeira vertente é antropocentrismo,

a segunda

é naturalismo.

Homem

e natureza

caem

um

fora

do

outro

(VIEIRA,

1990).

Mesmo

as correntes revolucionárias

do

racionalismo,

como

o

marxismo,

mergulham

em

profunda

crise

por

não conseguirem mais

explicar

o

mundo

moderno,

sobretudo

a

crise ecológica

que o

caracteriza

Isto

ocorre porque o desdobramento

e

aguçamento

das contradições internas

de

classe

nos

países capitalistas'

não

provocou,

como

previsto

por

Marx, a

solução proletaria para

a

humanidade

em

geral.

E

seria forçoso

concluir

que o

socialismo existente

também

não

produziu

uma

ruptura

com

o

horizonte

da

civilização

burguesa

A

maquinaria, a tecnologia, as

forças produtivas capitalistas,

enfim,

o fundamento

da

civilização capitalista era

o

horizonte dos paises

do

socialismo real

(VlElRA,

1990).

Assim,

é neste

quadro de

ruptura

da

solidariedade

homem-natureza

e

de

falência ideológica,

que

se coloca a crise ecológica

como

um

mande

desafio para

a humanidade.

Mas

a

própria ciência herdeira desse racionalismo encarrega-se

de

apressar

sua decadência

A

teoria

da

relatividade' e

a

fisica quântica

no

seculo

Êõí mostram

que a

ciência

não produz mais

certezas,

mas

apenas probabilidades.

O

ocidente tornazzse

mais

sensível às

concepções

holisticas

(23)

Trata~se

de

estruturar

uma

nova

concepção de

mundo,

natureza e universo.

Por

exemplo,

em

qualquer pais

que

visitemos

ha

a

existência

de

dois

mundos

-

Ú

Campo

e a

Cidade

-

comentada no

livro

de

mesmo

nome,

escrito por

RAYMOUNU

WILLIANS

(1989):

"

'Campo'

e 'cidade' são palavras

muito

poderosas, e isso

não

é

de

se estranhar, se aquilatarmos

o

quanto elas representam

na

vivência das

comunidades humanas.

O

termo

inglês country

pode

significar tanto 'pais'

quanto 'campo'; the country

pode

ser toda

a

sociedade

ou

sua

parte

rural.

Na

longa história das

comunidades humanas, sempre

esteve

bem

evidente esta ligação entre

a

terra

da

qual todos nós, direta

ou

indiretamente, extraímos

nossa

subsistência, e as realizações

da

sociedade

humana.

E

uma

dessas realizações é

a

cidade:

a

capital,

a

cidade grande,

uma

forma

distinta

de

civilização.

Em

tomo

das

comunidades

existentes, historicamente bastante

variadas, cristalizaram-se e generalizaram-se atitudes emocionais

poderosas.

O

campo

passou a

ser associado a

uma

forma

natural

de

vida -

de

paz., inocência e virtudes simples.

À

cidade -associou-se a idéia

de

centro

de

realizações -z

de

saber, comunicações, luz.

Também

constelaram-

se poderosas associações negativas:

a

cidade

como

lugar

de

barulho,

mundanidade

e ambição;

o

campo

como

lugar

de

atraso, ignorância e

limitação.

O

contraste entre

campo

e cidade, enquanto

formas de

vida fimdarnentais,

remonta a

Antiguidade Clássica"

Outro

autor inglês

(THOMAS,

1988),

em

"O

Homem

e o-

Mundo

Natural", explica por

que

comemos

o que

comemos,

por que

plantamos

isso e

não

aquilo, por

que temos

animais

de

estimação, por

que gostamos

de

certos animais e

não de

outros, por

que

matamos

as coisas

que

matamos

e

amamos

as

que

amamos.

As

influências

que nos

levaram a este

funil

perdem-se

na

memória

dos

tempos;

confundem-se

com

interesses

de

instituições sólidas,

como

a Igreja e

o

Estado,

mas

parecem

ter,

paradoxalmente,

como

causa e consequência,

a

delimitação

de poder

e

dominação

entre os

homens

e a intrínseca

manipulação de costumes

e

(24)

A

crise

da

sociedade

contemporânea

poderá

ser enfrentada

com

uma

revolução politica, social, cultural, a partir

de

uma

articulação teórico- politica entre três ecologias:

a

do

meio

ambiente,

a

das relações sociais e

a

das idéias. Esta revolução devera reorientar

a

produção

dos bens materiais

e simbólicos.

Deverá

se processar

não

apenas nas relações

de

força visíveis

em

grande escala (reformas

de

cúpula, planos

de

governo, partidos, sindicatoš),

mas

também

nos

domínios

moleculares

da

sensibiiidade, inteligência e desejo, ao nível

da

vida cotidiana

(VIEIRA,

1990).

(25)

2.

ÀUWDÀDES

REALEZADÂS

2.1.

São

Ludgero

São Ludgero

é

uma

pequena

cidade:

a

população estimada

em

1993

é

de

5.965 habitantes;

3065

urbanos e 2.900 rurais.

A

colonização

principal

que chegou a

região foi alemã; oriunda

de

Westfália, e desembarcada.

em

Desterro

no

ano de 1863

(PLANO MUNICIPAL

DE

DESENVOLVIMENTO

RURAL,

1993). »

O

município

de

São Ludgero

possui

uma

área

de 112

lona, distante

180

km

de

Florianópolis. Está situado

no

Vale

do Rio Tubarão a

uma

latitude

de

28°l9'33"S, e

uma

longitude

de

49°l0'33"W

de Greenwich

(PIDSE,

l993).

O

clima

do

município,

Segundo

Köeppen,

classifica-se

como

mesotérmico

úmido

sem

estação seca,

com

verões quentes, apresentando

uma

temperatura

média

anual

de

l9,3°C e

uma

precipitação total anual entre

1200

a

1300

mm

(PIDSE,

1993).

A

vegetação original é exuberante: Floresta

Ombrófila

Densa ou

Mata

Atlântica.

Quando

se

chega

a região, percebe-se claramente

a

dificuldade encontrada pelos primeiros colonizadores para substituir

a

vegetação autóctone por culturas estranhas. '

Especificamente a

localidade

do

Morro do

Cruzeiro,

tem

_o relevo

bem

acidentado.

Do

seu ponto

mais

alto

(500m

acima do

nível-

do mar)

podezzse ver:

a

Leste,

o Vale

do

Rio Tubarão

seguindo

em

direção ao oceano,

com

a Ponta

e

o

Farol

de

Santa

Marta

ao fundo; ao Oeste

um

paredão

de montanhas

tentando alcançar

o

céu, são os contrafortes

da

Serra Geral

ou

a Serra

do

Rio

do

Rastro,

chamada

no

local

de

"Serra

do

Doze", pois parece

que a

estrada faz esta duzia de voltas até

a

parte superior; ao Norte; vê-se ao

fundo a

cidade

de Braço do

Norte,

com uma

planície cortada pelos

meandros

do

rio

de

mesmo

nome,

e salpicada

de

(26)

O

Rio Braço do Noite

nasce

em

Anitapólis,

onde

sofre

a

descarga

de

esgoto urbano.

Mais

adiante, passando

por

Santa

Rosa

de

Lima, recebe

mais

uma

carga

de

dejetos

humanos

e outra

de

suínos.

No

municipio

de

Rio

Fortuna, este

mesmo

rio recebe resíduos

de

agoquímicos

do

cultivo

de

hortaliças e furno,

além de mais

dejetos suínos.

Assim

ele

chega a

Braço

do

Norte

e

São

Ludgero.

A

região,

numa

vista aérea, apresenta-se

como

um

mosaico,

com

pipocas

de

vegetação ao lado

de

grandes

desmatamentos

para lenha e

novas

areas

de

fumo

(ver tábua 2»-c).

A

principal atividade agrícola ainda é

a

cultura

do

filmo

com

540

ha

totais.

Seguem-se

as culturas

do

feijão, milho, citros e hortaliças

(PLANO MUNICIPAL

DE

DESENVOLVIMENTO

RURAL,

1993).

A

cultina.

do

fumo

com

certeza estigmatizou os

moradores da

região. Para

que

uma

lavoura dessa cultura

produza

folhas comerciais, a.

quantidade

de

agroquimicos necessaria e enorme. Chegaz-se ao

cúmulo

de

esterelizar

o

solo para a sernenteira

A

quantidade

de mão-de-obra

empregada

atinge tal ponto

que

os fumicultores

compram

quase toda sua

alimentação, pois

não

lhes resta

tempo

nem

espaço para culturas

de

subsistência

Assim, o

nivel

de

intoxicação e estresse fisico dos

agricultores é alto, pois

ninguém tem

consciência suficiente para proteger o

próprio

corpo

e

o

meio,

nem

coragem

de

parar

a

produção,

buscando

outras alternativas.

E

2.l.L. Histórico

da

propriedade

e

da

iniciativa

de

mudança

No

final dos anos 80,

a

familia

Soeber

diferenciava-se dos

demais

fumicultores

da

região.

Esforçavamzse

para produzir seu alimento, sentiarn-se inquietos por entregar tanto trabalho

por

tão

pouco

as

fumageiras e atravessadores

de

hortaliças.

A

força

de

trabalho era

composta

pelo pai,

Seu

Toninho;

a mãe,

Dona

Joana; e os filhos Adilson e

Evair. Outros três filhos já

haviam

migrado

para

Blumenau

trabalhando

em

(27)

Sentia-se inferiorizado e responsável

por

uma

alta destruição e

contaminação do

ambiente e

de

si próprio.

Enquanto

isso vio

Daufenbach

cursava

agronomia

na

UFSC

e

mantinha

contatos esporádicos

com

seus

primos

_ Adilson e Evair.

l\/Ianifestava»-se solidário e

buscava

orienta-los

no

sentido

de

"um

dia

poderemos

trabalhar juntos e fazer tudo

de maneira

diferente". Foi assim

que

despediu-se

de

Evair

em

1989,

que

deixara

a

terra natal para juntar-se

aos irmãos

em

Blumenau

e contribuir

com

a

elevada

produção

têxtil

de

Santa Catarina Esta saida para cidade ocorreu

porque não suportavam

mais

plantar

fumo

e

não tinham

coragem

de

iniciar outra atividade.

\| U1

Ififix La-4

Com

a

formatura

de

Silvio,

no

final

de

1990, e

a

volta de Evair

em

meados

de

199l,

por não

suportar

a

escravidão das indústrias têxteis, foi

iniciada

a

"associação voluntária" entre eles,

cofiorme

o próprio Sílvio

costumava

dizer.

O

traballio iniciou-se

com

muitas dificuldades e preconceitos por parte dos tradicionais agricultores vizinhos.

A

seguir transcrevo

um

resumo

descritivo

do

traballio, feita por vio,

em

1992,

quando

as atividades se iniciaram.

"Nosso

trabalho

pode

ser

resumido

em

4

pontos basicos:

lí'/1 t~i¬ |.-ú

1.

Agricultura

ecológica: durante muitos milênios

o

homem

cultivou a terra

sem

o uso de adubos

sintéticos e agrotóxicos e

nem

por isso

a

fome

era

maior que

agora.

É

necessário

nos

livrarmos

da

idéia,

que

nos

foi imposta,

de que

com

agroquímicos é possível produzir alimentos'

Na

verdade, colheitas abundantes e sadias

dependem

do

solo ser sadio, equilibrado.

Um

solo

com

muitos residuos químicos e

pouca

matéria orgânica, manifesta seu desequilíbrio através das plantas,

aparecendo pragas e doenças.

Be uma

maneira

semelhante,

uma

criança subnutrida fatalmente terá.

problemas

com

verminose,

por

exemplo.

Por

outro lado,

o

oposto deste desequilíbrio

também

causa problemas:

nos

paises desenvolvidos, os alto

consumo

de

alimentos

com

nitrato (usado

como

conservante

em

enlatados e encontrado

também

em

hortaliças,

principalmente, devido aos elevados índices

de

resíduos pelo uso

de

uréia nas plantações), faz

com

que

as robustas criancas dos paises ricos

(28)

O

solo e

um

sistema vivo

muito complexo,

e

como

tal

deve

ser tratado.

É

muito

importante

a adubação

orgânica,

ou

seja,

o

esterco e

outros materiais orgânicos é

que

mantém

a

vida

do

solo, servindo

de

alimento para milhares

de

espécies

de

seres

que

ai habitam,

formando

um

ciclo biológico completo.

A

adubação

verde e cobertura

do

solo

também

devem

ser práticas usadas, para evitar

a

erosão,

a

compactação,

conservar

por mais

tempo

a

agua

no

solo, entre outras vantagens.

Uma

outra questão

muito

importante e

a de

respeitarmos

a vocação

natural

do

solo.

Ou

seja,

devemos

ter

o

cuidado

de

que

nossa intervenção

numa

determinada área, cause

o

menor

impacto

possível.

Assim,

em

áreas

muito

inclinados

deve

ser evitado

o

cultivo

de

culturas anuais,

com

aração e outras práticas convencionais,

Menor

impacto

causaria se cultivassemos

fiutíferas,

por

exemplo.

2. Associativismo vošuntário:

na

falta

de

um

termo mais

adequado, associativismo voluntário seria aquela

forma

de cooperação

entre pessoas

que

estejam conscientes

do porquê

estão se associando. lsto

exige

um

certo

tempo,

um

certo “namoro", para

que

as idéias e as práticas entre as pessoas se

encaixem,

até

perceberem que

terão maiores

possibilidades,

cooperando

umas

com

as outras. Tal

não

acontece nas

chamadas

cooperativas

onde

as pessoas

não

têm

uma

idéia clara

doiporquê

estão participando. Pois, geralmente, são convencidas a participar,

por

outros

que

formam

uma

cúpula,

onde não

é importante esclarescer,

mas

sim

escamotear.

É

importante

nos despirmos de

parte

do

nosso individualismo

egoísta, para

que

esse tipo

de cooperação

tenha êxito.

3.

Comercialização

direta

ou

semi-direta:

a

comercialização e

talvez

a

questão

mais

delicada

do

processo produtivo.

No

caso

de

produtos

agrícolas,

o

escoamento

dos produtos esta concentrado nas

mão

de

alguns

intermediários.

O

que

é facilitado,

imensamente,

pela desorganização dos agricultores.

É

necessario quebrar essa estrutura,

com

os produtores se organizando e

procurando

canais alternativos

de

comercialização.

4. Auto-suficiência:

com

a

tendência atual

de

especialização

na

produção

agrícola, e

comum

vermos

os agricultores plantando

uma

cultura

(29)

Desta

forma

um

produto

que

seria barato se cultivado por ele próprio,

aumenta

muitas vezes

de

preço, pois

além do

comprador

ter

que

remunerar o

produtor, tera

que

alimentar toda

uma

rede

de

intermediários.

Em

relação

a

nós,

optamos por

produzir

a

maior

variedade possível

de

produtos.

Do

nosso

chão

deverá brotar nosso alimento, nossa

medicina

e

nossa

energia (energia solar e

pequenas

hidrelétricas_)"(DAUFE'NBACl-I,

1992.).

2.1.2.

Q

estágio

Chegando

a São

Ludgero, Evair

buscou-me

de moto, no

centro.

Seus

primeiros comentários referiam-se

a

volta

de

Sílvio, dizendo

que

"sem

ele, eles

não

conseguiiiani ter

mudado".

Fiquei

hospedada

na

casa

de

Sílvio e seu pai,

Seu

Alfredo.

A

maior

parte dos cultivos comerciais ficavarn

na

propriedade dos

Soeber,

com

17 ha, à cerca

de 2

km

pela estrada adiante e

numa

cota

300m

acima

(ver tábua 2-cl).

Inicialmente, Sílvio explicou-me questões

mais

basicas

do

local.

Falou sobre

a origem

dos solos. Ali

na

propriedade

de

seu pai,

a rocha

de

origem

é granltica, enquanto

que

"la

em

cima", é basáltica;

o que

confere

maior

fertilidade ao segundo. »

-

A

seguir apresento dois

quadros

com

laudos

de

analise

de

solo, dos

anos

de 1990

e 1995. Esta. última análise foi resultado das coletas

de

solo, realizadas durante

meu

estagio.

(30)

Quadro

02.

Laudo

de

Anáfide

de

Solo,

área

de

cultivo, 1990.

Amosazs

pH

í

pH

*

P

1

K

Mo

.4.1Jcz.+1\z1g 94 p W

+150

3,9 1,0 3,0

44

01 4,6 l 5,5

9,6l

02

4,9 š 5,9 5,0

61

§ “LM 'Ó [..._... _

+150!

4,2 0,3 4,0

37

03

,,

+150l

3,0 - _ 4,1 1

37

Fon-az

cioasc

W

Quadro

G3.

Lasâdo

de

Ánalide

r

de

Solo,

area de

r cultivo É 1995. g

z

Amostras

pH

pl-l

P

U

K

MO

Al

Ca+I\/lgl

%

ON -4 tv-nd pu-5 01 5,2 5,4 1 6,3

+150

4,2 0,4 7,0

40

02

5,6 2,1

+150

3,3 _ 7,5

44

03

5,9 5,1

¡+150

3,7 _ 9,5 z

37

4°* to -1>«

Fome;

c1DAsc

Í

As

amostras l,

2

e 3

correspondem à

áreas

de

cultivo que,

conforme

já citado,

foram

usadas

com

fumo

e hortaliças

de maneira

convencional até 1991, e

com

ervas medicinais e culturas para

subsistência, cultivadas organicanicamente,

a

partir

de

1992.

A

área

da

amostra

1

tem

o

seguinte histórico (a partir

de

1992):

adubada

com

cinzas e fosfato natural

em

1992, cultivada

desde

então

com

milho, feijão,

amendoim,

mandioca,

em

sucessivos cultivos intercalados

com

pousios,

onde

o

solo

pemianece

coberto

com

o

capim

milhã

(Digitaria sarzguinalis).

Quando

este

capim

seca, são abertos sulcos

na

sua

palhazda

ou

feito aração, mediante tração animal, e é feito o cultivo

de

1I`1V€I`l'10.

A

area

da

amostra 2

apresenta-se

de

modo

semelhante,

com

excessão

de

alguns cultivos

de

ervas,

recebendo adubação

verde e cinzas

(1994).

Em

ambas

as áreas são colhidas

algumas

ervas consideradas pela

agricultura convencional

como

"invasoras",

como

o

picão preto (Biderzs

pílosa) e quebra-pedra (Phyllómthus níruri),

que

são cortadas, secas

em

,água

SMP

ppm ppm

%

me/%

*me/%

argila

(31)

estufa e vendidas, fazendo parte, portanto,

da

base

econômica da

propriedade (ver tábua 1-a).

A

área

da amostra

3 toi

adubada

com

composto

orgânico - palha

de

capins e milho, esterco bovino, restos

de

cozinha, casca

de

maracujá. -

(ver tábua lzd) e cinzas

em

1994,

além

das cinzas e fosfato

em

1992.

É

cultivada

com

ervas

mais

exigentes

como

a

camomila

(il/Iatricaria

chamomilla)

e calêndula (Calendula ofiicinalis), Íicando

em

pousio

com

cobertura

de

mato

(capim

milhã), enquanto

não

é plantada.

Na

amostra

1 percebeu-se

uma

diminuição

do

teor

de

fósforo,

bem

como

no

teor de-matéria orgânica

na

amostra

2.

Também

notouzse

uma

variação

na

porcentagem de

argila nas amostras 1 e 2. Estes valores,

provavelmente,

são

explicados pela

não

correspondência exata

dos

locais

de

amostragem

em

1990

e 1995,

ou

por

irnprecisães

de

análise

laboratorial.

Por

ser

um

solo

de origem

liasaltica sua fertilidade natural e

elevada.

Cabe

firisar

que

os solos

da

região são

de origem

granitica,

sendo

este caso

uma

inclusão hasáltica,

provavelmente

criada

por

um

respingo

do

derramamento

ocorrido

no

Planalto.

Não

obstante percebe~se

uma

melhoria

em

suas caracteristicas,

do ano de 1990

a 1995:

como

o

aumento

da porcentagem de

matéria orgânica, a diinimiição

da

concentração

de

aluminio e

aumento

de

cálcio,

magnésio

e fósforo.

Da

área total

de

22

ha, 5

ha

são pertencentes ao

Seu

Alfiedo,

pai

do

Silvio, e 17

ha

dos Soeber.

Todavia

é considerada

uma

propriedade só,

onde

o uso atual

da

terra

compreende:

2,5

ha

de

culturas para subsistência,

1

ha

de

ervas medicinais cultivadas, 0,3

ha

de

fifuticultura, 3,7

ha

de

pastagem, 3,2

ha

de

capoeira, 5,8

ha

de

mato

e 0,3

de

reflorestamento.

Conforme

PIP,

em

anexo

II.

Além

das ervas medicinais, anteriormente citadas, são

comercializadas outras ~ cultivadas e coletadas =.

Também

e

comercializado o suco concentrado

de maracujá

e

uva

(obtidos por

um

extrator

de

suco),

amendoim

(descascado

por

uma

maquina

idealizada e construida

por

Evair), e

o

excedente

de algumas

culturas

de

subsistência.

(32)

Z.§..3.

A

independência

da

propagação

das

plantas

Um

fato importante a ser citado, é

que

toda

propagação

das plantas

é auto-suficiente

na

propriedade.

Todas

as culturas

de

subsistência,

por

ocasião

da

colheita,

sofrem

uma

separação

de

sementes, bulbos, tubérculos

para plantios fiituros. Plantas exóticas,

como

parte das medicinais, são adquiridas pela primeira

vez

na

vizinhança

ou

mesmo

em

visitas

a

outros

locais.

A

partir daí a

propagação

é independente

de

compra

de

sementes.

A

partir

de

uma

analise

mais

disciplinada, hoje é possivel afirmar

que

as sementes

dos

agricultores são realmente variedades,

excepcionalmente

bem

adaptadas às condições ambientais e sócio-

econômicas

locais.

Surgem

argumentos que procuram

mostrar

que

os

agricultores

lançam

mão

-de

um

espírito criativo e

de

verdadeiras

estratégias

de melhoramento,

tanto

no

caso

de

plantas agrícolas, quanto

no

de

outras plantas

que

tenham

usos medicinais

ou

industriais.

No

entanto, o

estereótipo

do

agricultor

como

um

pobre

caipira é apenas

um

dos

motivos

que levam

as depreciar

a

experimentação realizada pelos agricultores.

O

modelo

ocidental

de

pesquisa para urna agricultura empresarial

não vê

a.

competição

com

bons

olhos, e

nada tem

a

ganhar

com

o

reconhecimento

da

validade

de

inovações desenvolvidas

de

forma

descentralizada, nas próprias propriedades agrícolas, e

sem

Íinalidades comerciais.

Além

disso,

a

forma

de

inovação nas

comunidades

agrícolas, fieqtientemente, é

coletiva, ao inves

de

individualista; as invenções dificilmente são

mirabolantes, elas

não

se destacam; são parte

de

uma

abordagem

mais

holística para a resolução

de problemas

sócio-ambientais locais.

Mais

por

ignorância

do que

por

elitismo, muitos cientistas acreditam

que

os agricultores são

muito

pouco

dispostos a correr riscos,

ou

demasiadamente

ligados

a

tradição, para

que

possam

ser considerados verdadeiros inventores.

Mas

não

é isso

que a

história

mostra

(MOONEY,

l994).

Agricultores

do

Niger, ao se defrontarem

com

uma

infestação

de

uma

erva, Strigcz,

nos

seus

campos

de

milheto,

procuraram

aconselhamento

com

outras

comunidades

vizinhas

que

tinham mais

experiência

a

esse respeito, e

que

haviam

desenvolvido estratégias para "aprisionar" a Síriga, através

do

plantio intercalado

de

gergelim.

Os

Referências

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