UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA
CATARINA
PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇAO
EM
ENGENHARIA DE
PRODUÇAO
ÁREA
DE CONCENTRAÇÃO:
INTELIGÊNCIA
APLICADA
E
‹ .f 1 ‹'.v _ k`‹1\\i\›`="ú\'*ú\..figfi
E
'V Éfllí1>RoPosTA
DE
MoDELo
DE
DIA(;NÓsTIco
INSTITUCIONAL
Mestrando:
Antônio
PereiraCândido
Ofientador:
Femando
Alvaro
Osnmi
Gauthier
Florianópolis
-
SC
PROPOSTA DE
MODELO
DE DIAGNÓSTICO
`INSTITUCIONAL
Antônio
Pereira
Cândido
ESTA DISSERTAÇÃO
FOI
IULGADA
ADEOUADA
PARA
A
OBTENÇÃO
DO
TÍTULO
DE MESTRE
EM
ENGENHARIA,
ESPECIALIDADE
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO,
E
APROVADA
EM
sUA
FORMA
FINAL
PELO
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO.
O
Prof.
Ricardo
1\/Iiranda Barcia,Ph.D.
Coordenador do Curso
BANCA
EXAMINADORA:
Prof. "‹-arfiafiio
Ostuni
Gauthier, Dr.
Orintador
4.1»I
. Prof.Eâis
Mfiz
O z III,Um.
lUNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA
CATARINA
PROGRAMA
DE Pos-GRADUAÇAO
EM
ENGENHARIA DE
PRoDUÇAo
ÁREA
DE coNcENTRAÇÃoz
1NTEL1GENc1A
APLICADA
PROPOSTA DE
MODELO
DE DIAGNÓSTICO
INSTITUCIONAL
Dissertação apresentada
ao
Programa
de Pós-graduação
em
Engenharia de
Produção
da Universidade
Federalde Santa
Catarina
para obtenção
do
grau de
Mestre
em
Engenharia.Mestrando:
Antônio
PereiraCândido
Orientador:
F emando
Alvaro
Ostuni Gauthier
Florianópolis
-
SC
DEDICATÓRIA
Ao
contemplar a criaçãosomos
constantemente estimulados a descobrir, aprender, ensinar e recriar.O
amor, na sua
forma
mais pura e elevada é0 promotor
de todas as formas de conhecimento.Dedico
esse trabalhode
pesquisa aquem
é a“Suprema
Ciênciada
Sabedoria,que
a
mente
humana
pode
descobrirem
cadaum
dos
processosdo
universo estampados na natureza.”; Deus.[Pecotche, 1 978]
AGRADECIMENTOS
Ser grato é
um
grande atributo daalma humana.
A
gratidão éum
sentimento quequando
cultivado credencia os seres para viverem
um
planoque não pode
ser vividosem
a presença de tão nobre sentimento.A
faculdade de recordar éuma
grande aliadano
cultivodo
sentimento degratidão. Recordar é fazer retomar ao coração o
que
nele já esteve.Recordo
osmomentos
vividoscomigo
mesmo,
as lutas oriundas das dúvidasquando
a vontadenem
sempre
se fazia presente.Recordo
o desprendimento de familiares,quando
absorvidopelos estudos privava-os de
minha
presença.Dos
colegas, companheiros decaminhada
que sempre
apresentaramum
aporte positivo para a conquistado
objetivo final.Recordando
omomento
em
que
decidi realizar essa etapa, encontroum
casalmuito querido, Rogério e Luciana Fleischhauer. Foi através da Luciana
que
conheci o professorque
seriameu
orientador.Sou
muito grato ao ProfessorFemando
Álvaro O. Gauthierque
me
orientou nessa árdua etapa de aprender a fazer pesquisa.Com
suas oportunas observações,com
seu tino de pesquisador soube dar aum
conjuntode
expectativas, dúvidase incertezas a
culminação feliz desse trabalho.
Sou etemamente
grato aosmeus
pais, ter nascido para essa vida, é o maiorbeneñcio que
pode
receber0
espíritohumano.
Meus
paisme
propiciaram essaoportunidade. Aprendi
com
oSeu Nonô,
afibra
para lutar, ecom Dona
Alayde
oencanto de viver aprendendo
com
a vida.Deus
sabe o quanto eu os amo.O
matrimônio, a mais transcendental de todas as empresas, éum
grande desafio para matemáticos.É um
casoem
que a divisão resulta sempre maiorque
o que foi
dividido. Dividir
minha
vidacom
minha
esposa a ampliou muitas vezes mais, repartirmeu
coraçãocom
minhas
filhas o fez ainda maior.Sou
muito grato às mulheres daminha
vida; Fátima, Carolina, Elisa eMaria
Clara.Sou
gratotambém
aomeu
irmão mais novo, José Paulo PereiraCândido que
me
auxilio na digitação e confecção de materiais para esse trabalho. Coisas simples
mas
quese
tomam
muito complicadasquando
se estáno meio
deuma
investigação e se necessita construir
uma
tabela,ou
organizarum
índice,ou
formataruma
parte
do
trabalho.Elaborar essa página de agradecimentos foi
um
dos melhoresmomentos
vividosem
tomo
desse trabalho.Não
poderia deixar de agradecertambém
aum
serque
estandocomigo
nem
sempre tem
liberdade para participar deminha
vida,mas
seique
sem
elenão
teria a graça de estarpensando
e sentindo nessemomento;
meu
Espírito.SUMÁRIO
Dedicatória ... _. ii
Agradecimentos
... .. iiiLista
de
f1guras....'. ... .. viLista
de
tabelas ... .. viiResumo
... .. viiiAbstract ... ._ ix
Capítulo
1: Objetivos, Justificativas eLimitações
... _. 1.1 Introdução ... .. 1.2 Objetivos ... .. 1.3 Justificativas ... ._ 1.4Limitações
... .. 1.5 Estruturado Trabalho
... .. o×o\4>ûÃ.-._Capítulo
2:As
Organizações
... .. 82.1
Surgimento
dasOrganizações
... .. 82.2
Visão
Geralda Teoria das Organizações
... .. 122.3
Os
Maiores Pensadores Sobre
a Teoria das Organizações,Suas
Obras
e Contribuições ... .. 182.4
Aspectos
Estruturaisda Organização
... ..24
2.4.1
Tipo
Linear, Escalar, Verticalou
Militar ... ._25
2.4.2Tipo
Linear eEstado-Maior (Linha
e Staff) ... _.26
2.4.3Tipo Funcional
... _.26
2.4.4 Estruturacom
Conselho
de Administração
... ..27
2.5
Considerações
PreliminaresSobre
Ciclode
Vida
dasOrganizações
.... ._28
2.6Modelos
de
Ciclode
Vida
para
asOrganizações
... ..29
2.6.1
Modelo
de Greiner
... _.30
2.6.2Modelo
de
Churchill eLewis
... _.32
2.6.3Modelo
de
Scott eBruce
... ..35
2.6.4
Modelo
de
Kazanjian
... ..40
Capítulo
3:Aspectos
Comportamentais
eJogos de
Empresa
... ..43
3.1
Considerações
Iniciais ... ..43
3.2
Aspectos Comportamentais
... ..43
3.3
Escolas
Sobre o
Comportamento
Humano
... ..44
3.3.1
Comportamentalísmo ou Behaviorismo
... ..44
3.3.2 Gestalt-Terapia ... ..49
3.3.3 PsicologiaHumanista
... ..53
3.3.4 PsicologiaCognitiva
... ..58
3.3.5 Psicanálise ... ...__ ... ..63
3.4Jogos de
Empresa
... ... ... ._68
3.4.1Classificação para Jogos de
Empresas
... ..70
3.4.1.1
Jogos
interativosou
isolados ... ..71
3.4.1.2
Jogo
individualou
grupal ... ..71
Jogos
deterministicosou
71
3.4.1.4
Jogos de
empresas
estático edinamico
... _.Capítulo
4:Apresentação do
Modelo
de Diagnósticos
... _.4.1
Objetivos;
... .L ... __4.2 Justificativas ... ..
4.2.1
Fundamentação
Teórica para
aElaboração
do
Modelo
de Diagnóstico
... _.4.3
Considerações
Preliminares ... ._.4.4
Limitações
... ._82
4.5
Descriçao do
Modelo
... _.4.6
Funcionamento do
Modelo
... ._Capítulo
5:Conclusão
eSugestões
... ._5.1
Considerações
Finais ... ..5.2
Conclusão
... ..93
5.3
Sugestoes
... ._Referências Bibliográficas
... _.LISTA
DE FIGURAS
Figura
2.1:Modelo
de Greiner ... ._30
Figura
2.2: Evolução dapequena empresa
de acordocom
Churchill eLewis
...34Figura
2.3:Modelo
de Scott eBmce
... .. 36Figura
3.1: Invariantes funcionais ... .. 62Figura
4.1: Visão sistêmica dos aspectos contingenciais ... .. 79Figura
4.2:Desenho
denovo modelo
... .. 82Figura
4.3:Novo
modelo
de diagnóstico ... .. 90LISTA
DE
TABELAS
Tabela
2.1:Modelo
de Chuchill andLewis
... .. 35Tabela
2.2:Modelo
de Kazanjian ... .. 41Tabela
4.1: Tipos de jogos e suas aplicações..._ ... .. 76Tabela
4.2: Princípios para a elaboraçãodo modelo
de diagnóstico ... ._ 80Tabela
4.3:Forma
gráfica de apresentação ... ._ 81Tabela
4.4: Matriz resultante da junção ... .. 86Tabela
4.5:Modelo
de diagnóstico ... .. 89RESUMO
A
históriadas organizações
é tão antigaquanto
a própriahumanidade.
Segrmdo
[Miranda, 1981]
“...quando
dois indivíduos seassociaram para
realizar
um
objetivocomum
(produção de
bens, prestaçãode
serviçosou mero
esforço
útil), surgiu
o
primeiroproblema
de organização”,
e, naturalmente, a primeiraorganização.
A
trajetória descrita pelopensamento
empreendedor,
que
se traduzna
vontade de produzir
bens, prestar serviçosou encaminhar
suas energiasem
prolde
um
projetoque
atenda a necessidade de
produção
de bens
e serviços,deixa
evidenteo
avanço que
a ciênciadeu na
direçãode
transformaruma
atividade empírica,em
algo estruturado e sistematizado.Tão
antigaquanto o
históriadas organizações
é avontade de
saber,
segimdo
[Pecotche,1977]
“O
saber é a razãode
serda
existênciado
homem
na
terra; a primeira e
a
últimade
suas tarefas”.Faz
bastante sentido essaigualdade
de condições
poisa vontade de
saber levao
homem
aempreender
eo
empreendimento
éum
desafio
para
a sabedoriado
homem.
Muitos foram
ospensadores que
contribuirampara
trazerao nosso
entendimento
as questõescomplexas
que
envolvem
as organizações.Esses
postulados
e teoriasservem
de base para
a elaboraçãode
diagnósticos.Observa-
se
que
essespostulados
epor conseqüência os
métodos
de
diagnosticarsofreram
muitas
alteraçõesno
decorrerdo
tempo.
Apresentamos
nesse
trabalhode pesquisa
urnametodologia de
diagnóstico,que
poderá
servircomo
uma
contribuição amais
para
o
aperfeiçoamento
dessa atividade.Essa metodologia busca
oferecerpara o
analistadiagnosticador
uma
condição
mais
apropriadade
observação, ecom
isso elaborarum
diagnósticomais
preciso.A
metodologia envolve
várias teorias possibilitando aconstrução de
um
modelo
estruturado emodular,
com
grande
flexibilidade.Uma
prirneira teoria está calcadano
ciclode
vidadas
organizações.Essa
abordagem
descreve a
trajetóriapor
que
devem
passar as organizações.Há
váriascontribuições sobre
o
assunto.Busca-se nos
estudosde Kazanjiarn
e Churchill eLewis
os
modelos
para
compor
uma
parteda
estruturado
processo de
diagnóstico.Com
os
modelos
citados busca-se diagnosticar a parte estruturalda
organização.Outra
teoria integrantedo
modelo tem
por
objetivo diagnosticaro
clirnaorganizacional e
a
parte pessoalda
organização.Dentro
dessa expectativa aplica-se
os Jogos de
Empresa
como
ferramenta para
aformação
de
um
ambiente
propício
para a
elaboração desse tipode
diagnóstico.Dessa
forma,alem
das
entrevistas e
dos
questionários, aobservação
do
desenvolvimento dos jogos
oferecerámuitos elementos para
aexecução
desse tipode
diagnóstico.ABSTRACT
HThe
history of the organizations is almost as old as that of humanity. Accordingto [Miranda, 1981] “...
when
two
persons are joined together in order to share theaccomplishment
of thesame
objective (welfare production, service rendering or asimple useful effort), first
problem
of the organization appeared and, consequently, thefirst kind of organization.
The
trajectory describedby
enterprising thinking,which
can beviewed
as thewish
to produce goods, render services or focus its energies into a project that attendsthe needs of the productions of goods
and
services clearlyshow
us theadvancement
of science in the direction of transfonning an empiric activity into something well-structured and systemized.
As
old as the history of the organizations is the wish for knowledge, accordingto [Pecotche, 1977]
“Knowledge
is the reason for the existence ofMan
in Earth; the firstand
the latter of his tasks”. This equality of conditionsmakes
a lot of sense, as thewish
for
knowledge
takesMan
to enterpriseand
the enterprising is a challenge forman'swisdom.
'There
were
many
thinkerswho
contributed to bring to ourunderstanding thesescomplex
questionswhich
evolve the organizations. It can be obersed that thesepostulates and consequently, the
methods
of diagnosis sufferedmany
changes through the passing of the time. _In this present research
work
we
present a diagnosis methodology,which
can be considered as onemore
contribution to theimprovement
of this activity. Thismethodology
offers the analyst amore
appropriate observation condition, in order to theelaboration of a
more
precise diagnosis.This
methodology
evolvesmany
theorieswhich
enables the construction ofastructured and
modular
model, with great flexibility.A
first theory is basedon
the cycle of life of the organizations. This perspective describes the trajectory inwhich
the organizations should pass. There are agreat
number
of literature in this area. In the studies ofKazanjiam and
Churchilland
Lewis
we
look for themodels
which
willcompose
a part of the diagnosis process.With
the
models
mentionedabove
we
aim
at the diagnosis of the structural part of theorganization.
Another theory that is part of the
model
aims at the diagnosis of theorganizational climate
and
the personals part of the organization.From
this perspective,we
use BusinessGames
as a tool for the formation of a favorableambience
for this kindof diagnosis.
From
that, there are also interviews and questionnaires, and theobservation of the
development
of thegames
will offermany
elements to theaccomplishment
of this type of diagnosis.Capítulo I
Objetivos,
Justíƒicatívas
e
Limitações
1.l_
Introdução
A
engenharia ,segundo
[Aurélio, 1994], é “a arte de aplicar conhecimentoscientíficos e empíricos e certas habilitações específicas à criação de estruturas, dispositivos e processos
que
se utilizam para converter recursos naturaisem
formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas.”. Partindo desse conceito, entende-seque
é objetivo da Engenharia de Produção, buscar aplicar nos processosprodutivos conhecimentos científicos, empíricos e certas habilidades
que
favoreçam o aperfeiçoamentoda
áreado conhecimento
dentro de seu enfoque de responsabilidade. “Racionalizar os sistemas produtivos atravésdo
desenvolvimento das melhores formasdos
métodos
de trabalho, visando a produtividade e qualidadedo
sistemacomo
um
todo”, é
segundo
[Cardoso, 1993], o objetivo da Engenharia de Produção.A
estruturaçao de dispositivos e processos éuma
atividade necessária efundamental para aperfeiçoar os sistemas produtivos. Representa
um
desafio paraa inteligência
humana
a arte de entender e diagnosticar processos e sistemas, através dela pode-se constatar, compreender, concluir e manter.O
aperfeiçoamento deum
processoou
sistema está diretamente ligado ao grau de evoluçãoque
sepode
aplicar a ele. Para
que
processos e sistemas se perpetuem,devem
estarpermanentemente
em
evolução, esegundo
[Pecothe , 1996], “não há evoluçãosem
mudanças”. Paraque
sepromovam
asmudanças
é necessárioque
se estabeleça o ponto de partida, o ponto de chegada e osparâmetros
que
servirãocomo
guias para fazercom
queo
deslocamento se dê deforma
metódica e segura.
Dentro
desse propósito busca-se atravésdo
presente trabalho apresentaruma
contribuição para a área de diagnóstico institucional. Espera-seque
oque
seproduziu contribua oferecendo pontos que permitam
mais
um
avanço
nessa área
da
engenharia.
Diagnóstico é
uma
palavra de origem gregaque
reúne dois radicais ; dia egnóse.
Dia
signiñca através de, e gnóse significa conhecimento; conhecer,
com
base nessa decomposição, diagnóstico significa, atravésdo
conhecimento.Do
anteriormente2
explicado conclui-se
que
diagnóstico é ver atravésdo
conhecimento o objetodo
diagnóstico.
A
seguir são apresentadosalgumas
definições de diagnóstico\“O
diagnósticoem
Administraçãode
Empresa
se constitui
num
método
delevantamento e análise, através de questionários e dados quantitativos,
em
um
dado
momento,
das causasda
baixa produtividade,do desempenho
da Administração e da potencialidadeda
empresa, identificando deficiências e desequilíbrios,com
vista à elaboraçãode
um
programa
de reorganização e facilitar atomada
de decisão.” [ Pina,1979].
“A
idéia essencial, ao se fazerum
diagnóstico,é ter
uma
visão dinâmica e globalda
organização, seu ambiente, recursos, metas, atividades e realizações.“[Kubr,
1980]. “
\
“O
propósitodo
diagnóstico organizacional é deconsiderar os recursos
do
cliente, examinar as atividades
que
estes recursos proporcionam, avaliaro
desempenho
e identificar oportunidades para melhorar os resultados obtidos” [Kurb,1980].
“O
diagnósticodo
clima organizacionaltambém
chamado
de “pesquisa de ação”, refere-se
ao
modo
pelo qual os administradores (ou
agentesde mudanças)
aprendem
quais são os aspectos da organizaçãoque
precisam ser melhorados, ecomo
se
pode
ajudá-la a fazer essas melhorias.A
proposta éque
se façao
levantamentodo
comportamento
individual e nas relações de trabalho.”[Cardoso,1993].“Um
estudo exploratóriotem
por finalidade aumentar a familiarizaçãocom
a situação a ser investigada.”[Pina, 1979].
“As
pesquisas exploratóriastêm
como
finalidadedesenvolver, esclarecer e
modificar
conceitos e idéias,com
vistasna
formulação de problemasmais
precisosou
hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.”[Gil, 1992].
“O
Diagnóstico da situação atual(DAS)
responde à pergunta
“Onde
estamos?” e é base parao
estabelecimentodo
“Paraonde queremos
ir?” edo
“Como
iremos?”
em
termos de sistemas, recursoshumanos,
técnicose financeiros.”[Santos,
1983].
“O
levantamento éo
estudo das condiçõesestruturais, fisicas, operacionais,
Diagnosticar é a atividade exercida pelo diagnosticador,
ou
seja é a práticado
diagnóstico. Paraque
essa prática se consolidecomo
talalgumas
premissas deverãoser atendidas. a)
o
diagnosticador deverá ter conhecimentos sobre osmétodos
e oobjetivo
do
diagnóstico. b)o
objetodo
diagnóstico deve ser claro e preciso. 'Essas condições
determinam
um
cenário claro, circunscrito e portantodelimitado.
A
prática de diagnosticar pressupõeum
método
para diagnosticarum
modelo, que, nesse caso, busca-se nos conceitos de jogos deempresa
e ciclo de vida~
das organizaçoes.
O
objetivodo
diagnóstico éum
dos pontos altosno motivo que
impulsiona arealizar essa pesquisa. Para
que
diagnosticar? Observa-seque
muitas atividadestem no
diagnóstico sua base de sucesso.
Sem
um
diagnóstico precisoo
sucesso
do
projeto estará fortemente comprometido. Dentro desse aspecto o objetivodo
diagnóstico deverá
estar
bem
delineado e seuscontomos
precisamente conhecidos. Atravésdo
diagnostico define-se o “deonde
se veio,onde
se está e paraonde
se vai”.Diagnosticar é
uma
das atividades exercidas constantemente por todos nós.Quando
levantamos, pelamanhã,
já estamos diagnosticando as condiçõesdo
tempo, 0 horário de sairde
casa e a possibilidade de realizar as atividades planejadas para aqueledia. Diagnosticar é
uma
habilidade inatano
serhumano.
Qualquer situação
pode
serdiagnosticada.
O
problema
está na precisãodo
diagnóstico.Observa-se
que
estaprecisão está ligadadiretamente ao conhecimento
que
setem
sobreo tema
, objeto
do
diagnóstico, e o
método
que se utiliza para fazer0
diagnóstico.1.2
Objetivos
Quando
se busca entender a realidade dos processosou
organizações elabora-se diagnóstico.A
partirdo
mesmo,
é possível secompreender
as condições
em
que
seencontram
os processos e a própria organização,ou
para medir e avaliaro
quantofoi modificada
em
relação a realidade inicial,e a qualidade dessa modificação.
O
presente trabalho de pesquisatem
por objetivo apresentarum
modelo
dediagnóstico. Esse
modelo
oferece possibilidade de estruturação e de automatizaçãobem
como
um
conjunto de condições e instrumentos necessários para aquelesque
buscam
oaperfeiçoamento nesse tipo de atividade.
4
1.3
Justificativas
O
fatorque motivou
a realização deste trabalho foi o interesse por proporum
modelo
para diagnosticar organizações e processoscom
as seguintes características:a)
que
pudesse contemplaruma
organização sob quatro enfoques-
pessoal,
tecnológico, estratégico e estrutural;
b)
que
pudesse incorporar enfoques de diversos autores desdeque
representados por itens
que
estabelecessem paradigmas para construir padrões;c)
que
pudesse ser representadoem
um
modelo
computacional.Para conseguir essas características, procurou-se aplicar
ao
modelo
um
conjunto de conceitos e tecnologias
que
favorecessem a coleta e a organização das informações;Nesse
sentido busca-se as aplicações de jogos deempresa
como
ferramenta para diagnosticar. Esses jogos além depromover
um
ambiente estimulante e ricoem
elementos para treinamento e reciclagem, aindapodem
servir
como
meio
paraobservações dos itens pessoal, estrutura, estratégico e tecnologia;
componentes do
modelo
proposto.Um
pontoonde
omodelo
poderá apresentaruma
forte contribuição éo que
se refere a coleta de informações da partehumana
e social da organização.Normalmente
se utilizam entrevistas para obter informações relacionadascom
essaparte.
Porém, o que
se observa éque quando alguém
é entrevistado e inúmeras questões
devem
ser respondidas, às vezescom
escassotempo
e,quando
não,em
uma
posiçao altamente tendenciosa, determina a perda da espontaneidade.Outro elemento aplicado ao
modelo tem
origem nos estudos sobreo
ciclode vida das organizações.
Com
base neles, se buscou construiruma
estruturaque
pudesse facilitar a
implementação
de duas características que deve ter omodelo
possível de estruturação, possível
de
automatização e incorporar enfoque de diversos autores.Geralmente a atividade de diagnosticar está contida
em
um
projetomaior
que
se propõe a implementarum
novo modelo
de produção,ou
uma
nova forma
degestão,
ou
um
novo modelo
de sistema de informação.Em
muitos casos é estratégia de marketing oferecer gratuitamenteo
diagnóstico, para gerar a necessidadeda
implantaçao de “pacote”que
se quer vender,com
isso sepode
descaracterizar a função de diagnosticar e gerar conseqüências bastante desfavoráveis.Os
conhecimento
oriundos de estudos sobre o ciclo de vida das organizações representamuma
contribuição para o trabalho. Esta contribuição estanotadamente
presente para diagnosticar o que se refere a questãodo
nível evolutivoorganizacional, considerando
não
apenas as habilidades individuaisou
coletivas dos colaboradores,mas
considerandoo
ambiente da corporação, interno e extemo, a capacidade produtiva, a estrutura de poder, aforma
como
os vários setores se relacionam, os objetivos da organizaçao e seus principais problemas.No
início desta pesquisa foi necessário investigar as seguintesquestões:
a)
com
baseem
quais conhecimentospoderemos
propor a estruturação deum
modelo
de diagnóstico ?b) qual enfoque
deve
nortearo
desenvolvimento da atividadedo
diagnosticador?c)
como
desenvolver a atividade de diagnosticos de talforma que
se possaextrair as informações necessárias para a atividade,
sem
descaracterizar a situação atualou
sem
gerarno
conjunto dos colaboradores daempresa
um
estado de expectativanem
sempre
favorável aos objetivosdo
trabalho que se quer desenvolver,podendo
gerarfrustrações altamente
comprometedoras do
processo.d)
como
apresentar o resultado da atividade de diagnósticosem
incorrerno
equívoco de oferecer resultados
fundamentados
em
métodos
estatísticos as vezesprejudicados por aspectos já abordados anteriormente.
e)
como
ser preciso, claro e eficaz na arte de diagnosticar?No
decorrer dos trabalhos identificam-se várias teorias e ferramentasque
contribuíram paraencaminhar algumas
das respostasacima
e permitiram apresentaruma
proposta.As
basesque
propiciaram a definição deuma
linha a seguir na formulaçãode
um
método
de diagnósticoforam
duas:19)
Os
conhecimentos sobre o ciclos de vida dasempresas, apresentados por diversos autores
que
possibilitaram a definição de paradigmas capazes de permitiruma
outraabordagem
de diagnóstico.29)Os jogos de empresas, que
favorecem
uma
interaçãocom
os colaboradores de talforma que
convertem as atividades de entrevistas e questionários6
vezes
monótona,
em
ações e reações eloqüentes e estimulantesque
propiciam a elaboraçãode
diagnósticos mais precisos e amplos.1.4
Limitações
O
presente trabalho busca ofereceruma
proposta demodelo
de diagnóstico, baseadanum
conjunto de conceitos, idéias emodelos
presentes na literatura.Por
uma
questão de objetivos, a aplicação e validação
do
mesmo
deve serfeita
em
etapaposterior.
Espera-se dessa proposta a contribuição
no
sentido de ofereceruma
altemativa amais
para elaboração de diagnósticos.~
Nao
há
a pretensão de se encerrar os questionamentosem
tomo
do
tema,que
é bastanteamplo
e complexo.Por
outro lado espera-seque
essemodelo
estimule a criação denovos
trabalhosno
sentido de produzirmeios
para incrementar osmétodos
de diagnósticos.1.5
Estrutura
Do
Trabalho
O
presente trabalho está estruturadocom
o
objetivode
oferecerao
leitor aporte
para
melhor compreender
aproposta de
diagnóstico.O
primeiro
capítulo apresentaos
aspectos relacionadoscom
os
objetivos, justificativas, limitações e
um
enfoque
geral sobre conceitosde
diagnósticos, aplicações,dificuldades
e importância.O
segundo
capítulo apresentaum
conjuntode
teorias e conceitosfundamentais para
contextualizaro
leitornas
questões referentes a visão geraldas
organizações,como
seformaram,
apresença
humana
e a tecnologiana
formação
das
organizações.Aborda
também
a questãoda
teoria geraldas
organizações, suas escolas
modelos
e tiposde
estruturas organizacionais.O
capítulotambém
apresentamodelos
sobreo
ciclode
vidadas
organizações.Todos
os
tópicos apresentados são básicospara
aconstrução
do
modelo
No
terceiro capítulo são apresentados osfundamentos
para a elaboraçãodo
diagnósticocomportamental.
E
divide-seem
2
partes:As
questões apresentadas pelas escolas comportamentalistas, os estudiosos representantes destas escolas e as propostasque
as constituem.Não
sebuscou
expor
todas as escolas existentes,
apenas
aquelas consideradas importantespara
a elaboraçãodas ferramentas
que
deverão
compor
essemodelo.
A
seguinte parte édedicado
aos
jogos de empresas.
E
ofereceao
leitor urna visão geral desses jogos, suascaracterísticas, aplicações e público alvo,
bem
como
aforma
de
aplicação
dos
jogos
na constmção do
modelo
de
diagnóstico proposto.O
quarto capítulomostra o
modelo
proposto.Nele
estãoreunidos de
forma
sucintatodos os
componentes do
mesmo,
suaforma
de
utilização,estrutura, características e contribuição.
No
quinto capítulo apresenta-se as considerações fmais, asconclusões
Capítulo
2
As
Organizações
2.1
Surgimento
das Organizações
A
idéiada
empresa,do empreendedorismo
é muito antiga.Apesar de
hoje,até por questões
econômicas
e sociais, muitos pesquisadores voltam-se para essa área,com
o
objetivo de entendê-la e estimular seu crescimentos,no
passado essa idéia seguiu seurumo
deforma
bastante empírica eextremamente
pragmática.É
importante considerar que as organizações e as empresas surgiram espontaneamente,como
culminação deuma
atividade continua, “exigindo e regulandoo
comportamento
de indivíduos, e de grupos sociais na consecução de determinadoobjetivo.” [Miranda, 1981].
Assim,
quando
dois indivíduos se reuniram para realizarum
trabalho, alicomeçou
uma
empresa,uma
organização,que
trouxe a necessidade deencaminhamentos
gerenciais, coordenação de esforços, administração das diferenças edesenvolvimento de trabalhos
em
equipe.Resgatando a idéia
da
formação das organizações, é interessante considerarque:
“O
trabalhoem
épocas primitivas, na antigüidade e na idade medievalera feito
com
ferramentas deprodução
muito rudimentares e, por conseguinte ,o
rendimentopessoal obtido mediante seu
emprego
erasumamente
baixo. Assim, aprodução do
artesão
ou
trabalhador era tãopequena
, queuma
vez satisfeitas as necessidadesdo
clã aque
pertencia,pouco
sobrava parao
comércio dentro da nação ecom
o estrangeiro.“[Miranda, 1981].
No
estágiomais
rudimentar da sociedade aquem
os sociólogosconvencionaram chamar de
“pré-letrado”, a sociedade primitiva, era “inconsultil”[Cury, 1981 ].
O
trabalho era algo difuso,não
haviauma
separaçãoclara e economia,
arte, relações morais e
magia
mantinha-seem
estreitíssima interdependência, tudo se constituíaem uma
peça só.9
É
interessante observarque
naquela época o status não se definiano
poder econômico,no
dinheiro, ele era estabelecidoem
outras formas de poderque
seplasmava no
vigor fisico,no
poder militar, na valentia, e atéem
deficiências fisicas.A
medida que
as ferramentasforam
se aperfeiçoando e as habilidades dosartesões
também,
foiaumentando
a produtividade e a qualidade dos produtos.Começou
então a se definir a atividade
do
artífice e a necessidade de ajudantes.As
atividades deprodução
jánão eram
mais realizadas nas horas de folga, passaram a ser atividadesprincipais e os artífices
começaram
a contarcom
o auxílio de outras pessoas, da própriafamília
ou
de vizinhosdando
início aformação
das companhias.Com
o
adventoda
criação damáquina
a vapor edo
aperfeiçoamento da atividade de produção, outraforma
de organização social
começou
a surgir. [Miranda, 1981].Após
aquele estágio primitivo enômade,
surgiu então,uma
sociedademais
estratificada e, consequentemente,
com
maior
concentração e densidade demográficaressaltando a
figura do govemo,
hierarquia social,novos
processos de vidaem
comum,
novas maneiras de trabalhar.
Com
issotambém
surgiuuma
nova
regulamentaçãodo
Estado sobre a
economia
e o trabalho, surgiram ospequenos
patrões independentesque
exerciam pequenas atividades agrícolas, comerciais e industriais e
empregavam
mestres e aprendizesque
eram completamente
independentes, eformavam
verdadeirosclãs.
Como
cita [Miranda, 1981], “Surgiram assim as famílias especializadas,os
Eramos,
os ColegiaOpificum,
as corporações na Antigüidade e naÉpoca
Medieval.O
estado
dominava economicamente, punha
e dispunha a seu bel-prazerdo
trabalho dos seus súditos, quer diretamente, quer através das célebrescompanhias
para a exploraçãocolonial.”
Nessa época
começou
a surgir a exploração damão
trabalhadora,foram
várias as etapas
que
caracterizavamuma
situação quase escravagista,onde
ostrabalhadores mal
tinham
tempo
para suas atividades básicascomo
sereshumanos,
emomentos
de revolta e conflitos na busca deuma
reorganizaçãoque
tomassemais
humano
o desenvolvimentoda nova
ordem
social.Muitos
são os autores e a bibliografiaé farta, discorrendo e analisando esses
fenômenos
sociais, quecomeçaram
a se estabelecer àmedida que
a organização e suas conseqüências se apresentam deuma
forma
mais definida.Com
isso surgiu a necessidade de entender, de se posicionar e deatuar,
que
constituem atividades básicasdo
diagnóstico.1) antigo sistema de produção
manual
isolada: artesão e sua família,2)
o
sistema doméstico,que
surgiucom
o regime feudal,no
qual o chefe esua família eram, primordialmente, agricultores.
Nos
periodos vagos,ou
em
horas derevezamento, cada qual exercia
um
oficio. Assim, pela agriculturaconseguiam o
básico da existência
-
a alimentação-
e pelos oficios supriam as necessidades asinúmeras
comodidades
da existência;3)
o
sistemado
burgo, cidadeou
de grandes clãs familiares:o
proprietárioou
senhor contratava os chefes e seus dependentes para trabalharemno ramo
deatividade especializada a
que
se dedicavam;4)
o
sistema estadualno
qualdominava o
total absolutismo quanto àscondições e aos
meios
de retribuiçãodo
trabalho.”Essas organizações, esses
métodos
de organizar as atividades perduraram por muitos anos atéo
inícioda
revolução industrial.É
importantechamar
a atençãoque
já nessa época,
eram
evidentes as atividadescomo:
organizar a produção, fazer a entrega, anotar o pedido, cobrar,enfim,
as atividades da organização hoje existentesderivaram todas daquelas .
Um
fator muito importante, que muito influenciou anova
ordem
mundial apartir
do
século XVIII, foi o advento da tecnologia,com
o surgimento damáquina
a
vapor
-
1769, dos teares mecânicos-
1767, dasmáquinas
de beneficiamento-
1793,etc.... Essa
nova
realidade sacudiu oconformismo
dostrabalhadores e abalou o
prestígio dos
govemantes ou
grandes senhores. Essesnovos
inventos localizados nascidades
ou
em
lugaresonde
melhorpudessem
fimcionar,promoveram
o desenvolvimento dos grandes centrosou
a criação de outros.Como
conseqüência,surgiram os
fenômenos
das superprodução industrial e da escassez agrícola.O
primeiroem
funçãodo
aperfeiçoamentodo
processo produtivo, e o segundo gerado pelodesequilíbrio
provocado
peloêxodo do
homem
do campo,
fazendobaixar a
produção
dealimento. '
Esses
fenômenos foram
maisbem
estudados porAdam
Smith eJames
Watt, os dois técnicos daRevolução
Industrial,que mencionaram
“O
Estado, diante dessarepentina quebra de tradicionais preceitos de produção e comércio,
desconhecendo
ainda os
novos
processos,ficou
impotente para exercero
controle e adotou, então, a teseEsse diagnóstico foi
fiuto do
esforço dos dois autores sobre os processosorganizacionais e, outros viriam mais tarde apresentar seus estudos e aplicações
no
sentido de entender e aperfeiçoar
o
processo de organização das companhias.No
momento
que
Adam
Smith
eJames Watt
apresentavam seus trabalhos jáse vivia
uma
nova
ordem
sócio-econômica.O
período de 1750-1830impôs
alterações profiindas nas idéias,nasmentes,
nos sentimentos, nas atividades diárias de todos osindivíduos: pobres, ricos, nobres, plebeus, sacerdotes, etc.,
enfim,
“em
todos osque
viram e sentiram as transformações intensas, básicas, fortes, rápidas, insondáveis e impenetráveis desta épocaem
que o
mundo
saltoudo
pacato para o ativo,do empirismo
par os
pródomos
doscaminhos da
ciência e da tecnologia.” [Miranda, 1981].~
Com
essanova
ordem
social outraseram
as expectativas, outras as questoesque
se apresentavam nas aspiraçõesde
patrões, de funcionários e degovemantes
e outropanorama
sócio-econômico e político se estabeleceu.Nessa
épocacomeçaram
ase
organizar os sindicatos, e surgiram grandes
companhias
com
poderes iguaisou
até maioresque o
estado eo
clero. .Os sindicatosprocuravam
reunir e organizar as forças descontentes oriundado
seioda
classe trabalhadora. Surgiramalgumas
decisões governamentais procurando corrigir alguns erros (TEM HOURS
ACT,
1847), porém,assim
mesmo
ainda continuavao
excesso de autoritarismo, o abusodas extensas jornadas e a exploração
do
trabalho infantil, principalmente nas usinas.Com
essequadro
complexo
surgiu os primeirosmovimentos
deuma
nova
atividade,O
&
M,
aorganização e método. Essa
nova
atividade buscava estudar os processos da organização para estabelecer parâmetros e padrõesque
conciliasse as várias necessidades, ecomo
disse [Lodi, 1971] “antes de surgiro
hodierno administrador-pensador, ou,como
preferir, o Organizador, representaram esse papel de teórico da
Economia
incipiente os
involuntários colaboradores da desconhecida Ciência
da
Administração (ou da
organização): os Economistas clássicos
do
século XVIII.”A
partir deAdam
Smith
, “o criador da Escola Clássica daEconomia”
[`Miranda, 1981]., muitos
foram
os pensadores quederam
sua contribuição para aformaçao
das ciências queestudam
as organizações, seusmétodos
e processos, suaestrutura e comportamento.
Como
sepode
observar, a atividade de diagnóstico surgiucom
amesma
princípio empíricas e espontâneas,
culminando
em
um
sistemacomplexo
e altamente desenvolvido.Dentro
dessa questãodo
diagnosticar, ecompreendendo melhor
a trajetóriada
formação
das organizações, das companhias, e da própria organizaçãosócio-
econômica
e política, é interessante consideraro
que diz [Motta, 1976], ao se referir aexperiência vivida
na
fábrica daWestem
Eletric, na cidade de Havvtrhome,em
1927.O
surgimento da Escola de RelaçõesHumanas
tem
com
ponto de partida essasexperiências. Elas aconteceram
em
funçãoda
necessidade dese analisar a relação da produtividade
com
a iluminaçãono
local de trabalho.O
homem
era encaradocomo
uma
unidade isolada e sua experiência poderia ser influenciada por:
a)
movimentos
dispendiosos e ineficientes
na
execuçãodo
trabalho; b) fadiga; c) deficiênciasdo
ambiente fisico. Cita-se essa experiência para ressaltar o
comportamento do pensamento
dos estudiosos
em
tomo
do
mesmo
tema, a organização dos processos produtivos e aconsolidação das companhias.
Mary
Parker Follet é considerada afimdadora
da Escola de RelaçõesHumanas
[Lodi, 1971]afirma
que Follet foi a primeira a pesquisar eanalisar a motivação
humana
partindo de valores individuais e sociais, eque
o objetivo da ação administrativa é conseguir a integração das pessoas e a coordenação de suas atividades. tAs
questoes da administração são marcadas pela evolução constante e seus primeiros estudosprocuravam
adaptaro
serhumano
à máquina.Naquela
épocaeram
outros os enfoques e naturalmente, outros
eram
o resultado dos diagnósticosque
sefaziam.
Nessa
trajetóriao pensamento do
pesquisadorchegou
a extremos deconsiderar o
homem
como
uma
máquina, passou pelo excesso de zelo da escola de relaçõeshumanas
e atinge hoje o ponto de considerarcomo
uma
premissa básicao
atendimento das questões
do
equilíbrio ecológico e até espiritual.2.2
Visao Geral
Da
Teoria
Das
Organizações
No
decorrerdo
tempo
muitas escolas surgiramno
estudo dasquestões
organizacionais.
A
Escola Clássicatem
como
FrederickWilnslow
Taylor, afigura que mais
mais
contribuiu para aformação
da tecnologia de organização eMétodos,
principalmente a nívelde
instrumentalização parafins
de simplificaçãodo
trabalho.Taylor elaborou e divulgou os quatro elementos essenciais
da
administração científicaque
podem
ser ilustradacom
seuexemplo na
atividade de “sentar tijolos”1)
O
desenvolvimento ( pela direção e não pelo operário) da ciência deassentar tijolos,
com
normas
rígidas parao
movimento
de cadahomem,
aperfeiçoamento e padronização de todas as ferramentas e de condições de trabalho.
2)
A
seleção cuidadosa e treinamento subsequente de operários de primeira ordem,com
a eliminação de todos oshomens
que serecusam
a adotaros
novos
métodos,
ou que
são incapazes de segui-los.3)
Adaptação
de operários de primeiraordem
à ciência de assentar tijolos,pela constante ajuda e vigilância da direção
que
pagará, a cadahomem,
boniñcaçõesdiárias pelo trabalho
de
fazer depressa e de acordocom
as intrusões.4) Revisão eqüitativa
do
trabalho e responsabilidade entreo
operário e a direção [Taylor, 1970].A
Escolade
RelaçõesHumanas, como
jámencionado
tevecomo
ponto departida as experiências realizadas
em
Hawthorne
na fábrica daWestem
Electric.Mary
Parker Foller é considerada a fundadora dessa escola. Ela foia primeira a pesquisar e
analisar a motivação
humana
partindo de valores individuais esociais.
Ainda segundo
Foller,
o
objetivoda
ação administrativa é conseguir a integração das pessoas e a coordenaçãode
suas atividades.Dessa forma foram
elaborados quatro principios:a) contato direto.
As
pessoasque
trabalham perto, sejano
sentido horizontal
ou
vertical,devem
estreitar os contatos paramelhor
coordenação;b) planejamento.
As
pessoasque
exercitamum
trabalhodevem
estarenvolvidas nele desde
o
momento
do
planejamento enão quando
este já terminou. Issopermite
boa
motivação;c) relações recíprocas.
Todos
os elementos deum
dado
conjuntodevem
estar estreitamente relacionados;
d) processo contínuo
da
coordenação.Toda
decisão éum
momento
de
um
processo. Ela se
toma
importanteno
contexto desse processo.Uma
pessoaff
considerada importante à
medida
que intervém paratomar
uma
decisão dentro deum
processo geral enão
porque
faz parte da hierarquia. iEsses princípios evidenciam a preocupação de
Mary
Parker Folletcom
o~
componente
humano
da
organizaçao.Um
aspecto importanteque
a escolade
relaçõeshumanas
procurou demonstrar, éque não
se deve imaginar a maneiracomo
os indivíduos secomportam
numa
organização.Outros autores
que
contribuiram para aformação da
Escola de RelaçõesHumanas,
foiDouglas
Mcgregor
com
a teoriax
e a teoriaY
.
Segundo
Shaughnessy[O*Shaughnessy, 1973] a teoria
X
eY
apresenta as seguintes premissas:Teoria
X
0
O
homem
médio
é indolente por natureza; trabalhao
menos
possível. 0 Falta-lhe ambição; desagrada-lhe a responsabilidade; prefere ser
conduzido.
0
É
essencialmente egocêntrico; indiferente àsnecessidades da
- ~
organizaçao.
0 Resiste às
mudanças
por natureza. 0É
ingênuo,não
muito inteligente(sic),
um
tipo crédulo, charlatão edemagogo.
~Teoria
Y
0
As
pessoasnão
são por natureza passivasou
resistentes às necessidades da organização.
Tomaram-se
tais, devido aos resultados das experiênciasda
' ~ OI`g3.I`llZ3.Ça0.
0
A
motivação,o
potencial para o desenvolvimento,a capacidade de assumir responsabilidade, a prontidão para dirigir o
comportamento
para os objetivos da organização estação presentes nas pessoas.
0
A
tarefa essencial da administraçãoé harmonizar condições da
organização e