CARACTERÍSTICAS
INFLAMATÓRIAS
DAS
EXACERBAÇÓES
MODERADAS
E
GRAVES
DE
ASMA
Trabalho apresentado
àUniversidade Federal
de Santa
Catarina,para
a conclusãodo Curso
de
Graduação
em
Medicina.Florianópolis
Universidade
Federal
de Santa Catarina
MARCELLO
BINI
CARACTERÍSTICAS
INELAMATÓRIAS
DAS
EXACERBACÓES
MODERADAS
E
GRAVES
DE
ASMA
Trabalho apresentado
àUniversidade
Federalde
Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.
Edson
José
Cardoso
Orientador:
Dra.
Marcia
Margaret Menezes
Pizzichini
Co-orientadores:
Dr.
Emilio
Pizzichini
Dra.
Leila
John
Marques
Steidle
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa Catarina
2003
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Federal de Santa Catarina - Curso de Graduação
em
Medicina.1.Asma. 2.Escarro. 3.Eosinófilos. 4.Neutrófilos. Slnflamação.
AGRADECIMENTOS
À
Deus, porsempre
indicar-me ocaminho
correto.Aos meus
orientadores, Dra.Marcia
MargaretMenezes
Pizzichini, Dr. Emilio Pizzichini eem
especial à Dra. Leila JohnMarques
Steidle por toda paciência, dedicação e principalmente amizade.São
profissionais exemplares e de coração enorme.À
equipedo
NUPAIVA,
Janara Voltolini e Cristiane Cinara Rocha,que
muitas vezes sedispuseram a ajudar na coleta dados.
À
Sra. Célia TaniaZimmermann
pelo processamento dosmateriais coletados.
À
JulianaK
Silva, Vivian Menegassi,Gustavo
E
deLos
Santos e RicardoX
Malinverni pela colaboraçãono
estudo.Aos meus
pais,Edson
Luiz Bini eRosa
Maria
Bini, eminhas
irmãs Jacqueline Bini, Larissa BiniPuzzo
e Cenira Gabriela Bini agradeço por tudo. Obrigado por acreditaremem meu
sonho
e vivenciá-lo juntos.Por
estaremsempre
à disposiçãoquando
necessitei,sem
medirem
esforços.O
amor
de vocêsme
fezuma
pessoa melhor.À
Pryscila deSouza
Droppa, pelacompreensão
e carinho nas horasque
mais precisei.RESUMO
... ._SUMMARY
... ._ 1.INTRODUÇÃO
... _. 2.OBJETIVOS
... .. 2.1Primário
... .. 2.2 Secundário ... ._ 3.MÉTODOS
... ._ 3.1 Participantes ... .. 3.2Delineamento
do
estudo ... .. 3.3Métodos
clínicos ... .. 3.4 Análise estatística ... .. 4.RESULTADOS
... ..4.1 Características inflamatórias das exacerbações ... ._ ll
4.2 Características clínicas dos participantes
de acordo
com
o tipo inflamatórioda
exacerbação
... _.5.D1scUssÃO
... ..6. CONcLUsó1‹:s ... ..
7.
REFERÊNCIAS
... ._RESUMO
Introdução:
A
inflamação das vias aéreas constitui o mais importante fator para o entendimento da asma.Recentemente
as exacerbações deasma
têm
sido caracterizadascomo
eosinofilicasou
não-eosinofilicas, baseadas na proporção de eosinófilos (2
3%)
no
escarro.Objetivos:
Examinar
parâmetros clínicos e marcadores inflamatórios celularesno
escarrode
participantes
com
exacerbaçõesmoderadas
e graves deasma
(EMGA).
Métodos:
Cinqüenta e cinco exacerbaçõesforam
analisadasem
48
pacientes selecionados.EMGA
foram
definidas pela presença de sintomasnotumos,
e/ou a necessidade de B2-agonistasde curta-duração (2 8 jatos/dia) e
volume
expiratório forçadono
primeiro segundo(VEF1)
pós- broncodilatador<
70%
e<
60%
do
previsto, respectivamente.Os
escarros foram induzidos, apóscoleta de dados clínicos, por
método
modificado para intensificar a segurançado
procedimento.A
contagem
diferencial de células foi realizadaem
citocentrifugados corados pelo Giemsa.Resultados: Expressos através da
mediana
e amplitudedo
semiquaitil. Trinta e sete exacerbações (67,3%) foram eosinofilicas,com
contagem
total celular de 10,2xlO6 células/mg e viabilidade celular de 78,9%.As
não-eosinofilicas foram caracterizados porcontagem
de 31,8xl06 células/ml e viabilidade de 90,4%.A
proporção de eosinófílos e neutrófilosforam
estatisticamente diferentes nas exacerbações eosinofllicas(30%,
23%)
e não-eosinofílicas (l%,64%).
Os
parâmetros clínicos não evidenciaram significância estatística entre
EMGA
eosinofilicas e não-eosinofilicas.
Conclusões:
EMGA
podem
se apresentarcom
padrão não-eosinofilico. Aquelas não-eosinofilicas apresentam escarro rico
em
neutrófilos e elevadonúmero
de células.Não
foi possível discriminar, baseado nos parâmetros clínicos analisados,o
tipo deinflamação
das vias aéreas presente nasEMGA.
Futuras implicações terapêuticas necessitamde
novas investigações.Introduction:
Airway inflammation
is considered to be themost
important factorof asthma
understanding. Recently, the exacerbation of asthma has
been
characterized as eosinophilics ornon-eosinophilics, based
on
the proportionsof
eosinophilis (23%)
in the sputum.Objectives:
To
examine
the clinical parameters andinflammatory
cellular markers in thesputum
of
subjects with moderate and severe exacerbation ofasthma
(MSEA).
Methods:
Fiñy five
exacerbationswere examined
in48
recmited patients.MSEA
were
definedby
the presence of noctumalsymptoms,
and/or the need of short acting Bz-agonist (> 8 puffs/day),and
force expiratoryvolume
inone
second(FEV1)
afier bronchodilator<
70%
and
60%
of predicted, respectively_Sputum
was
induced, after clinical parameters documentation,by
a modified
method
to increment the safetyof
the procedure.The
differential cell countwas
performedon
Giemsa-stained cytospins.Results: Expressed
by median
and Interquartil Range. Thirty seven (67,3%) exacerbationswere
eosinophilic, with total cell count
of
l0,2x10°cel1s/mg and cell viabilityof
78,9%.The
non- eosinophilics exacerbationsshowed
total count of 3l,8xlO6 cells/ml and viabilityof
90,4%.The
proportionsof
eosinophilsand
neutrophilswere
significantly differentbetween
the eosinophilics(30%,
23%)
and non-eosinophilics(l%,
64%)
exacerbations.The
clinical parameters did notshow
statistic significancebetween
eosinophilicsand
non-eosinophilicsMSEA.
Conclusions:
MSEA
can be presented as non-eosinophilic pattern.The
non-eosinophilics exacerbationsshowed
elevatedsputum
neutrophilsand
increasednumber
of cells. Itwas
impossible to distinguish the type of airway inflammation, based
on
theexamined
clinical parameters. Future therapeutic implications need to be investigated.1.
INTRODUÇÃO
A
asma
é consideradauma
entidade nosológicacomplexa
e multifatorialque acomete
cada vez
mais
pessoasem
todoo
mundo.
Esta complexidadetem
dificultado a uniformização de sua definição. Sabe-se hojeque
aasma
possui vários fenótipos, expressando seuscomponentes
inflamatório, obstrutivo e de hiperresponsividade brônquica de maneirasdiferentes 1. Gross 2 tentou expressar essa complexidade através
da
seguinte definição romântica:“Asma
écomo
o amor.Todos sabem
oque
é,porém
ninguém
consegue defini-la”.A
asma tem
sido definidacomo
“alteração crônica inflamatória das vias aéreas,na
qual várias células estão envolvidas, especialmente mastócitos, eosinófilos e linfócitos T.Em
indivíduos susceptíveis, estainflamação
causa episódios recorrentes de sibilos, dispnéia,sensação de opressão torácica e tosse, particularmente à noite e/ou pela
manhã.
Estes sintomasestão freqüentemente associados à obstrução das vias aéreas
em
graus variáveis,que
é, aomenos
parcialmente, reversível espontaneamenteou
com
tratamento.A
inflamação
também
causa
um
aumento da
responsividade das vias aéreas auma
variedade de estímulos” 3_A
asma
constitui, atualmente,um
importanteproblema
de saúde pública.De
acordocom
a OrganizaçãoMundial
deSaúde
(OMS),
100 a 150 milhões de pessoasno
mundo
sofremde
asma,
com
incidência variando entre 10 e15%,
gerando gastosque superam
aosda
tuberculose e
HIV/AIDS
1.Dados
atuaistêm
evidenciado que onúmero
de óbitos é relativamente baixo (mais de 180.000 pessoas por ano, até o final dos anos 90),porém
com
sinais de crescimentoem
diversos países e regiões 1° 3” 4.A
morbidade
está relacionada avários fatores
como
prevalência e incidência, grau de gravidade da doença, serviço de saúde,uso de medicamentos, custo e qualidade de vida.
A
incidência daasma
no
Brasilnão
difereda média
mundial e variadependendo
de condições regionais.Segundo o
Ministério da Saúde,no
Brasil a cada ano cercade
2.500 pessoasmorrem
em
crise de asma.Além
disso, há cerca de 350.000 intemações anuais pela doença, situando-se entre a terceiraou
quarta causa de intemação peloSUS
(SistemaÚnico
de Saúde) 4.
Segundo o
DATASUS
5,no
ano de2000
os gastoscom
hospitalizações devido aasma
chegaram
a mais de 115 milhões de reais, e foi a segunda maior causa de intemaçãoAssim,
um
atendimentomédico
regular,acompanhado
do fomecimento de
medicamentos
eficazes e incentivo à pesquisa na área, visando o controle das exacerbações e a diminuiçãodo
número
de pacientes complicados, deveria ser parte deum
plano assistencial efetivopromovido
pelas autoridades.Atualmente existem evidências suficientes para suportar
o
conceito deque
o processo inflamatório das vias aéreas é responsável, diretaou
indiretamente, pelos sintomas,anormalidades fisiológicas (limitação variável ao
fluxo
de ar e hiperresponsividade brônquica) e pela gravidade da asma.A
resposta inflamatória naasma
consiste, caracteristicamente, de: 1) infiltração de eosinófilos ativados, linfócitos e mastócitos, 2) secreçãoou
liberação de produtos celulares pró-inflamatórios[como
proteínas catiônicas eosinofilicas (ECP), proteína básica principal(MBP),
neurotoxina derivadado
eosinófilo(EDN)]
e a elastase e mieloperoxidase (l\/IPO) neutrofilicas etc; e interleucinas [IL]-
[IL-2,11,-4, IL-5,
GM-CSF
(fator estimulante de colônias de granulócitos e mastócitos)]; 3)aumento
da
permeabilidade vascularcom
exsudação e plasma; 4) hipersecreção brônquica; 5) alterações estruturaisque
incluem adescamação
fragmentardo
epitélio das vias aéreas,espessamento da
membrana
basal e hipertrofiada
musculatura lisa das vias aéreas 6' 7 .Exacerbações
moderadas
e graves deasma
(EMGA)
variam de acordocom
a intensidade e freqüência dos sintomas, considerando parâmetroscomo:
dispnéiamoderada ou
grave, sibilância diminuídaem
alguns casos, desconforto torácico, dificuldade na fala, utilizaçãode
musculatura acessória e diminuição da saturação de oxigênio (abaixo de 90%), dentre outros
4.
Inflamação
intensa e ativa existe nas vias aéreas destes asmáticos.Os
achados patológicosclássicos dos asmáticos gravemente exacerbados
foram
inicialmente estudados através deexame
de espécimespost-mortem
de indivíduoscom
asma
fatal 8.As
principais alteraçõesobservadas
post-mortem
incluem a presença deum
exsudato víscidono lúmen
brônquicocomposto
demuco,
eosinófilos e células broncoepiteliais, espessamento damembrana
basal,eosinofilia tissular, hipertrofia da
camada
muscular lisa dos brônquios e dilatação doscapilares sangüíneos pulmonares 9. Estudos recentes de necropsias
têm
mostrado achadosheterogêneos na
asma
fatal, incluindo a presença de eosinófilos ativados,um
incrementoda
razão entre linfócitos T/B, proeminente infiltração leucocitária 1°'
U
eem
alguns casosum
predomínio absoluto de neutrófilosem
relação a eosinófilos 12. Contudo, é incerto se as3
quantitativamente similares àquelas observadas
em
exacerbações graves,porém
não-fatais, de asma.Os
recentes consensos para omanuseio
daasma
adicionaram à sua defmição presença deum
infiltrado brônquico de células inflamatórias. Estes consensostambém
indicamque o
tratamento ideal
da
asma
deve ser direcionado primariamente à reduçãodo
processo inflamatório aum
mínimo
13. Contudo, nãotem
sido possível, pelomenos
na prática diáriada
clínica, medir índices de inflamação das vias aéreas diretamente.
Como
alternativa, a presençaou
ausênciado
processo inflamatóriotem
sido inferida a partir de sintomas, de indices indiretosdo
processo inflamatórioou
pela resposta ao tratamento administrado. Assim,com
o
reconhecimento da inespecificidade destes marcadores indiretos
em
traduzir o processoinflamatório, surgiu a necessidade de
uma
medida
mais real e fiel dos índices de inflamação”.Até
um
passado recente as medidas diretasdo
processo inflamatório na asma,eram
obtidas exclusivamente através de procedimentos invasivos
usando
a broncoscopia para obtenção de tecido brônquicoou o
líquidodo
lavado broncoalveolar (LBA)l5"6. Consequentemente, asmedidas
eram
restritas a indivíduoscom
asma
leveou moderada
e seu uso repetido,em
um
mesmo
indivíduo, era limitado.Mais
recentemente,refmamentos na
técnica de obtenção e processamento
do
escarro, colocaram à nossa disposiçãoum
novo
instrumento para medir a inflamação das vias aéreas.O
exame
doscomponentes
celulares eda fase líquida
do
sobrenadanteno
escarro induzidotem
se mostrado reprodutível, válido e responsivo amudanças
longitudinais 9' 17' 18' 19' 2°” 21.Por
ser não invasivo, elepode
seraplicado
em
indivíduoscom
asma
de diferentes graus de gravidade, e repetidamente, parainvestigar a seqüência de alterações dos índices inflamatórios após diferentes intervenções,
como
porexemplo o
uso demedicação
18°”.Até
o
momento
existem fortes evidências deque
o eosinófilo está associado àsintomatologia
da
asma. Dentre oscomponentes
celulares, estetem
sido consideradoo
principal
marcador do
processo inflamatório das vias aéreas.É
a célulaque
se destaca naresposta inflamatória diferenciando os pacientes asmáticos dos indivíduos saudáveis.
Alguns
trabalhos
têm
mostrado estemarcador
como
responsivo à utilização de corticoterapia nasexacerbações,
bem como
sua elevação precoceem
situaçõesda
tentativa de retirada destemedicamento
de pacientes asmáticos dependentes de prednisona 23' 24” 25. Entretantoo
realmediadores
parecem
ser apenasuma
parteda
heterogênea resposta inflamatória presente na asma4.Turner e colaboradores estudaram pacientes
com
exacerbações leves emoderadas
deasma
e evidenciaram que,
embora
os indivíduos estivessem exacerbados,nem
todos apresentavameosinofilia
no
escarro e que alguns apresentaramum
processo inflamatório caracterizado poraumento
de neutrófilosno
escarro.A
partir destes dadoscomeçou-se
a questionar e investigara participação de outras células
no
complexo
processoda
inflamação daasma
2°.Mais
recentemente as alterações inflamatóriasque ocorrem
em
exacerbaçõesmoderadas
egraves de
asma
têm
sido estudadas atravésdo
exame
do
escarro 18° 26' 27' 28' 29.Os
resultados, contudo,têm
sido conflitantes.Um
estudo utilizando oexame
do
escarroem
10 pacientes portadores de exacerbações gravesda
asma,demonstrou
que os eventos inflamatórios nas vias aéreas destes pacienteseram
caracterizados por infiltração ricaem
eosinófilos eum
marcado
aumento da
permeabilidade vascularmedido
por elevadas concentrações de fibrinogênio 18.Em
contraste,Fahy
et al. estudando asmáticosque
procuraramum
serviço de emergênciadevido a sintomas de asma, relataram a presença de
inflamação predominantemente
neutrofilica
no
escarro destes pacientes 27.Um
outro trabalho desenvolvido por Pizzichinil\/IMM et al.
examinou
exacerbaçõesmoderadas
e graves deasma
associadas aum
quadrode
infecção viral das vias aéreas 28. Neste estudo o tipo de
inflamação
encontrada foipredominantemente neutrofilica, inflamação esta,
acompanhada
de elevados níveisde
IL-8 e fibrinogênio.É
provávelque
diferentes causas de exacerbação daasma
possam
induzir a respostasinflamatórias distintas 3°.
Além
disso, a prevalência dos diferentes tipos inflamatóriosna
exacerbação da
asma
ainda é desconhecida.Assim
sendo, este estudo transversal avaliou ecomparou
as características clínicas e inflamatórias das exacerbaçõesmoderadas
e gravesde
2.
0BJET1vos
2.1
Primário
Examinar
as características clínicas e marcadores inflamatórios celularesdo
escarro deasmáticos
com
exacerbaçõesmoderadas
e graves de asma.2.2
Secundário
Comparar algumas
características clínicas e inflamatórias entre grupos de exacerbações3.1 Participantes
Todos
os pacientes foram atendidosno Núcleo
de Pesquisaem Asma
eInflamação
dasVias Aéreas
U\IUPAIVA), do
Hospital Universitário Professor PolydoroEmani
deSão
Thiago, Florianópolis, Santa Catarina.
Os
participantes foram recrutadosno
período de setembro de2001
anovembro
de2002
e selecionados entre pacientesdo
ambulatóriode
asma
do
Hospital Universitário daUFSC,
do
Serviço deEmergência
Médica
do
HU-UFSC
edo
ambulatório depneumologia do
Hospital.Participaram
do
estudo 51 pacientes adultos,com
idade entre 18 e60
anos, sendo 16do
sexo masculino. Dentre estes,
48 foram
selecionados. Dezesseis indivíduoseram
ex-fumantescom
carga tabágica inferior a 10 maços/ano; 3 participanteseram
fumantes ativos,porém
apresentavam história clínica e reversibilidade ao
fluxo
de ar avaliado na espirometria apóso
uso de broncodilatador
o que
justificou a inclusão dosmesmos
no
estudo.A
asma
foi caracterizada clinicamente pela presença de episódios de dispnéia, sibilância,opressão torácica nos últimos 12
meses
econfirmada
por medidas objetivas atravésde
testede função pulmonar, observando a relação
VEF1
(volume
expiratório forçadono
primeirosegundo)/
CVF
(capacidade vital forçada)<
0,70ou
VEF1 <
70%
do
previsto; e/ouuma
reversibilidade aofluxo
de ar após inalação de200
mcg
de Bz-agonista de ação curta,em
relação ao valor previsto de15%
ou 200 ml no VEF1.
As
exacerbaçõesmoderadas
daasma
foram clinicamente definidas por sintomascomo
despertaresnotumos
e/ou necessidade crescente deuso
de B2-agonista de curta duração euma
espirometriacom
VEF1
<
70%
do
previsto após o uso de200
mcg
de salbutamol inalado porum
espaçador valvar de grande volume.As
exacerbações graves deasma
foram avaliadas pelosmesmos
critériosempregados
paraasma
moderada,porém
com
sintomatologia mais exuberante eVEF1
<60%
do
previsto apóso
usodo
B2-agonista.Foram
excluídosdo
estudo todos os pacientescom
carga tabágicaacima
de 10maços/ano,
ou
presença de outra doençapulmonar
crônica conhecida(como
pneumonite,bronquite crônica e
DPOC),
comorbidades sistêmicas, uso demedicamentos
quepudessem
7
Todos
os participantespreencheram
os critérios pré-estabelecidos de inclusão e exclusãopropostos e, após explicação sobre o estudo, assinaram o consentimento livre esclarecido.
O
estudo foi aprovado pelo
Comitê
de Éticaem
Pesquisacom
SeresHumanos
da UniversidadeFederal
de
Santa Catarina.3.2
Delineamento
do
estudoNeste estudo transversal avaliou-se consecutivamente asmáticos portadores de exacerbações
moderadas
a graveda
asma
que
se apresentaram aoNUPAIVA,
no
Hospital Universitário Professor PolydoroEmani
deSão
Thiago, Florianópolis, Santa Catarina.Todas
as medidasforam
obtidasem uma
única visita.As
medidas
dos parâmetros clínicose inflamatórios foram realizadas antes
do
tratamento ser iniciado.Após
a induçãodo
escarro,os pacientes
foram medicados
com
coiticosteróide oral por 7 dias.Completado o
ciclocom
o
tratamento oral,uma
corticoterapia inalatólia foi prescrita.Os
participantesforam
revistosapós 21 dias para controle
do
tratamento utilizado e reavaliação clínica.A
avaliaçao dosíndices inflamatórios foi realizada às cegas das
medidas
clínicas.3.3
Métodos
clínicosParâmetros clínicos
No
dia de inclusãono
estudo cada participante foi submetido aos seguintesprocedimentos: I- avaliação clínica detalhada
com
questionário de perguntas objetivasenvolvendo cronologia, sintomatologia, gravidade, história de atopia e tratamentos realizados anteriormente; 2- investigação quanto à possível causa desencadeante da última exacerbação; 3- preenchimento de
uma
escala específica e validada sobre “História e Gravidade dosSintomas de Gripe
ou
Resfriado”3l e discriminação de medicamentos; 4- avaliação sobresintomas respiratórios de
asma
na última semana,segundo
a escala de Likert 32; 5- aplicaçãodo
“Questionário de Controle deAsma
(QCA)”
33; 6-exame
fisicocom
aferição de sinaispara
hemograma;
9- coletado
escarro, espontâneo e/ou induzido; 10-exames
deimagem
como
radiografia de tórax e seiosda
face.Espirometria
As
espirometrias foram realizadas de acordocom
as especificações daAmerican
ThoracicSociety (ATS)34 tendo sido utilizado
um
espirômetro computadorizado(Koko®
Spirometer,PDS
Instrumentation, Louisville,USA).
Após
realizadas três expirações forçadas,o melhor
valor reprodutível ecom
amplitudemenor
que
5%
foi consideradocomo
oVEF1
basal.A
reversibilidade foicomprovada
15 minutos após a inalação de200mcg
de
salbutamolliberados através de
um
dispositivo pressurizado/dosimetrado ecom
auxílio deum
espaçadorpara melhorar a adminstração
do
medicamento
(Aerochamber®, TrudellMedical
Intemacional,
London,
On, Canada).Os
valores previstos parao
exame
foram
obtidossegundo Capro
et al. 35.Questionário de Controle de
Asma (QCA)
O
QCA,
idealizado por Juniper et al. 33 foi elaborado para avaliaro
grau de controleda
asma, incluindo limitação ao
fluxo
de ar e uso demedicação
de alívio. Seis questões objetivas auto-explicativasdevem
ser respondidas pelo paciente euma
questão (valordo
FEV¡
pré- broncodilatador) deve ser completada pelo investigador.O
participante responde de acordocom
uma
escala gradativa crescente de gravidade de sintomasque
vai pontuando cada questão de l a 6.O
resultado das pontuaçõessomadas
é dividido por 7, considerando-se 2 2=
asma
~
nao controlada.
Indução
do
escarroNa
ausênciade
escarro espontâneo foi realizada induçãodo
escarro de acordocom
o
método
modificado para pacientescom
exacerbação deasma
ou
limitação grave aofluxo
de
ar das vias aéreas 18.
O
procedimento consistiuda
inalação deum
aerossol de solução salina isotônica (0,9%) seguida por solução salina hipertônica (3 e
4%),
produzido porum
nebulizador ultra-sônicoFisoneb®
(Canadian Medical Products, Ltd.,Markham,
Ontario).A
9
inalação
do
aerossol foi mantida inicialmente por30
segundos eaumentada
gradativamente~
para 1, 2,
4
e 5 minutos, de acordocom
a gravidadeda
broncoconstricçao presente antesdo
procedimento 36. Registrou-se o
VEF¡
após cada etapada
indução.O
participantedo
estudofoi instruído a tossir para obtenção
do
escarro. Estes procedimentos foram consecutivamenterepetidos aumentando-se a concentração
da
solução a cada 7 minutos até a obtençãode
escarro suficiente para análise
ou
atéuma
queda
do
VEF1
de20%
ou
maisem
relação ao valor basal.Processamento
do
escarroO
escarro foi processado dentro de 2 horas, pela técnica descrita por Pizzichini et al. “_Inicialmente, as porções densas
do
material expectoradoforam
selecionadas a olhonu
ou, se necessário, sob visualização através deum
microscópio invertido, usando-seum
fórcepsde
115
mm
para separaro
escarro da saliva.A
seleçãodo
escarro diminui a contaminação porcélulas
escamosas
presentes na saliva 37.A
fração selecionada foi colocadaem
um
tubode
poliestireno de 15
ml
e tratadacom
4
vezeso
seuvolume
de ditiotreitol(DTT)
a0,1%
(Sputalysin10%; Calbiochem
Corp.,San
Diego,CA);
a mistura foi agitada por 15 segundoseconsecutivamente aspirada e ejetada através
de
uma
pipeta de Pasteur.O
tubo de poliestireno foi então colocadoem
um
agitador demesa
(Dade
Tube
Rocker; Baxter Diagnostics Corporation,Miami, FL)
e agitada por 15 minutos. Para sustar o efeitodo
DTT
sobre a suspensão de células, foi adicionado mais 4 vezeso
volume
de solução salinatamponada
em
fosfato deDulbecco
(D-PBS).A
suspensão resultante foi filtrada através deum
filtro de nyloncom
microporosde 48
um
(BBS
Thompson,
Scarborough, Ontario) pararemover
os restos celulares eo
muco
não
dissolvido.Em
seguida, foi realizada acontagem
totalde
células(CTC)
excluindo-se as células escamosas, utilizando-seum
hemocitômetro deNeubauer
modificado,
e a viabilidade celular foi determinada atravésdo
método
de exclusão pelo tlypanblue (as células mortas
aparecem
em
azul). Sessenta a oitenta microlitros da suspensão, ajustada para 1,0X
106/ml,foram
colocadosem
recipientes para citocentn'fugaShandon
III(Shandon
Southem
Instruments, Sewickley,PA)
e4
citospinas codificadas foram preparadasa
450
r.p.m_(rotações por minuto) por 6 min.Depois
de secar ao ar livre, os citocentrifiigadoscélulas
não
escamosasforam
contadas na lâminade melhor
qualidade.Os
resultadosforam
expressos
como
percentagemdo
total de célulasnão
escamosas.O
escarro foi considerado eosinofilico na presença decontagem
diferencial de eosinófilos maiorou
igual a 3,0%, e neutrofilico na presença decontagem
diferencial de neutrófilos maiorou
igual a65%.
Estes pontos de corteforam
estabelecidoscom
base nos valoresnormais relatados por Belda et al.38.
3.4 Análise estatística
Uma
análise descritiva foi utilizada para sumarizar os resultados.Os
dadosde
distribuição nonnal
foram
expressoscomo
média
e desvio padrão(DP)
e aquelescom
distribuição não normal,como
contagem
total e diferencialde
células, foram expressoscomo
mediana
e amplitudedo
semiquartil(ASQ).
O
testetnão
pareado foiempregado
paraa análise
de
variáveis contínuasna
diferença entre os grupos. Para as variáveis categóricas, foi utilizado o testedo
qui-quadrado. Valores de p inferiores a 0.05foram
considerados4.
RESULTADOS
Cinqüenta e cinco exacerbações
moderadas
e gravesda
asma
foram
analisadas a partirde
48
indivíduos asmáticos. Três pacientes foram excluídosdo
estudo devido a impossibilidadede
fomecerem
escarro,mesmo
após indução. Seis indivíduos participaramdo
estudo maisde
uma
vez devido a novas exacerbações. Cinco asmáticos participaramcom
2 exacerbaçõesdistintas enquanto
um
paciente exacerbou três vezes.O
intervalo detempo
mínimo
entre asexacerbações foi de
60
dias.4.1 Características
inflamatórias
das exacerbaçõesTrinta e sete (67,3%) exacerbações
foram
consideradas eosinofilicas,com
proporção de eosinófilosno
escarro2
3%,
enquantoque
18 (32,7%)foram
de padrão não-eosinofilico.Uma
exacerbação eosinofilica apresentou neutrofilia
no
escarro.Nove
exacerbações não-eosinoñlicas apresentaram
inflamação
neutrofilica,com
proporção de neutrófilosno
escarro265%.
Dez
exacerbaçõesforam
aomesmo
tempo
não-eosinofilicas e não-neutrofilicas.A
proporção de eosinófilosna
amostra, descritacomo
mediana
eASQ,
no
grupo dasexacerbações eosinofilicas foi de 30,0 (43,1) enquanto
que no
grupo das exacerbações não- eosinofilicas foi de 0,34 (0,47),com
p<0,0001.Ambas
exacerbações diferiram significantemente (p<0,000l)em
relação aCTC,
sendo estas 10,2 (l0,8) e 31,8 (25,2)xl06células/mg, e a proporção de neutrófilos, sendo 23,0 (27,5) e 64,0 (34,5) nas exacerbações eosinofilicas e não-eosinofilicas, respectivamente.Embora
ocorresseuma
diferença estatisticamente significativa (p=0,03) na viabilidade celular entre os dois grupos [78,9 (l4,3)% nas exacerbações eosinoñlicas e 90,4 (8,8)% nas não-eosinofilicas] esta
não
foi clinicamente relevante.As
características celularesdo
escarro dos participantes estão expressas na Tabela l e Figura 1.As
distribuições de eosinófilos e neutrófilos por intervalos percentuais nos dois grupos4.2 Características clínicas
dos
participantesde acordo
com
o tipoinflamatório
da
exacerbação
Não
houveram
diferenças significativas entre uso de broncodilatador, corticóides inalados,escore de sintomas
da
asma
e escoredo
QCA
entre os dois grupos. Vinte enove
pacientescom
exacerbação eosinofilica e 13 indivíduoscom
não-eosinofilica apresentaram históriade
atopiasem
significância estatística.Os
resultados das espirometriastambém
foram
similares.As
características demográficas dos participantesde
acordocom
as exacerbações, obtidas antesdo
tratamento, estão descritas na tabela 2.O
tempo
de duração das exacerbações foi semelhante nos dois grupos.Da
mesma
maneirao
escorede
gripe e resfriado, os sintomasnotumos
e diumos, a presençade
escarro aferido pela história clínica,ou
mesmo
a presença de escarro purulento identificado macroscopicamente pela amostra coletadatambém
foram
similaresem
ambos
os grupos.Em
números
absolutos, amesma
quantidadede
pacientesem
ambos
os grupos apresentaramepisódios de pneumonia,
com
comprovação
clínica e radiológica. Sinusopatiaproporcionalmente foi semelhante nos dois grupos.
As
características clínicas dasEMGA
dos
Tabela
1: Características celularesdas
exacerbações
moderadas
e
graves
de
asma.
13
CflI`8CÍ0l'ÍSÍ¡C8S Eosinofílicas** Não-eosinofiIicas** Total**
P
Exacerbações
(n) Viabilidade(%)
CTC
( z 10°/mg)
Neutrófilos EosinófilosMacrófagos
Linfócitos37
73.9(143)
10.2 (1o.s) 23.0(275)
3o
(43.1)29
(3ó) 1.o(15)
18 90.4(as)
31.3 (25.2)ó4 (345)
1.0(12)
32.5 (35) 0.5(15)
55 82.7 (13.s) 17.3 (19.ó) 31.5(422)
12.2 (35_s) 30.2(357)
0.75(15)
p=
0,03p<
0,0001p<
0,0001p<
0,0001NS
NS
“Resultados expressos
em
mediana e amplitude do semiquartil (ASQ). n= número de exacerbações;CTC=
contagem total de células. p= significância entre os grupos eosinoñlicos versus não-eosinoñlicos.100-
90-
80-
70-
60-
50-
40-
30-
20-
10-
78,9 90,4 EosinofilicasI
Não-eosinoñlicas 64Viab #
CTC
##
Neut ##
Eos ##
Macr
Linf
Figura 1 - Características celulares das exacerbacões moderadas e graves de
asma
Resultados expressos pelamediana dos percentuais. CTC: contagem total de células
X
106 células/mg Neut: neutrófilos; Eos: eosinófilos; Macr: macrófagos; Linf: linfócitos; p: significância entre os grupos eosinofilicos versus não-eosinofilioos; # = p < 0,05; ## = p< 0,0001.15
20-
18 Eosinófilos `z:'*.-\ oz =: .L-:¬. .\‹: -z-1;;-;-¬>; É :'<-\\<»*«f '= ":z¬>:-,f ` '-.\›~.~`-{::*›> :\:~¬f&;- ' .'¿}*_'<`.': _:--3.1 .;_<\ :z . . ', .~'--.«..;-‹›?I ›_~ft-,\\:¢\_ ~:-',..1
5
' z..¡\ `~'.«',׋»__:=_.\.-›~.z L--;i=;~ lê'.“‹;¿›.t:-<f.z:><*.-.:`:=z<wz; 12 *ri :z;"=.»'Í7`; =›"›:~-=¡§;~.zë;¢¡'-§~;\:ë-:Í -:›'~:= '\. ¬ «>› ê:-«:`.×==z~I«~‹f..~‹:\‹z› ' * N "> §¿f- ê>l`:›r:«*'›--\ > 2- ~:b..s.x;:.‹ artg. ~ > z=;'J3`:1`: ;-:-.f1zzr- âzš.-:K1 zz: ~~ à¿':\-¬“›'~ ~:*';`àr-`¬':'.‹.íz,‹¬‹.'«'›.'."~'.¿` ., `.... ., _ 1-›\f'.×w~`1.¬:?.f~:,\1
0
- ¬ ~:‹:\\`:‹-”~-;f<'.,\:.\-‹.*ú ._ .. Q ...›.z.« .z¿¡-'.¿;. ~ .W _-~;1.›: .»;.*;;¬;.»,›.g-.›-~,×× f- 1 .^.-za: .K ›^ ,. ^ ;<~\~?z'.§;.:¿€\~`.r1~¿z›×?¢'ë'§ ;‹=^~-.-'..« ~›.:.¬ _; u*.._'~›~,,_¢q. ~«‹* 9z›t;~:z,‹'.;;:-=«~' ri: tz:fêfâzââwztz-~›:f:â⢋ í: >ëz‹?:f~z;~z› \,‹‹¿3.- ~« ~:¿\._z¬- ››_< .‹_.z›~..;'_ri-..--@íe§.zzz;^ ~,×,V¬×~›¬ ›<=;-.›:.-,-ffg.-¿. âz.;ú«~‹z'âV=.':.‹Í\.~-~>:«-w'>*f~f` . _ e ‹:â;:àz;;;zz:z>z»;=.,=,×› ';=:.'â'=1v;";;â<<1?z:1‹1eX ,~(`.._-×_¿›_.~_ .W-«if 7 , "`‹'*"~f` ` . ~ ‹_ , ;;›.-,. ~«‹.~~z_.,~ ~ ‹-~1\':?¿.fw\›<:-'T-irzäflii ›¬ - ,~.f\«~._~;;‹¬,‹‹ |¿:'_. ..._.`.._..×.i ... _, .M . ‹ »,.~ › ×.‹« .-.› -.\ ._»«.:.- .,:‹,$; :~z;v:f;¡'‹\z«x$'š\:; _. .. ¿ z, ._ _ . ::››,:_1z›._= -:,<~, fl;~ _‹\, . 0 ;‹-2;, >:.zf›,~.'¢zf,¢;\=. »- .¡, ‹.,-.~,› z›5‹z1_\~. ti-\.`¿›'~;a~;¢' ~ ~z¿z,.v;:,¢;‹ L'.`. K/yín '_ .›«-.z-.«¬‹.zf-.- .. ,_-_ z(z‹,¬¬. .` _ ›,_ -› -1;:--;~§.: \›,¬¡;,~ .,§. › ¬ »_..« W;-\`¬ A .¿ ‹z ××› ~.< «x- ‹*~="§»‹›< <. _ . . _ i -1: ~' . .~ .~ \.~. ~~ .'°=> < \*-\“ J» L--›"- .~=.--fi¬ ››:-,`;‹› fi:;`f¬\"À':f;¿l:?;*;z:Lx E' ".\';`:=f~' 3:1* Í '7‹`;«l*< .;~.',-É* ii :\'f'.'^'~-1'z'.t'›~.~1<2<1¿'Í- ‹`^'Ífû`<':`¡=›V/‹` " .-`..:k.}$;.§'jQS1ÍTf3~-1~¿¡‹` \'~`;`*z:Y`f'1,:-.>-íš~rf~l'. §>.‹'.í;`,'Ír5¡Í*¡§Q«ívÍÍ~> ׿\'i~§;‹.' *>z-'g*"*`"-_'ÉÇí;".¿'‹ .`\. i ¿\ `.›.¬ › ›,`›, ~›×ç›>z×¢‹ ,Q i. ~ ..f ,Tv ,-.,«××››,\¿. ,z . _ _ i .,.. K. .,J,_ ` . «_`Y,;zz.~f~'‹-,~.',×.~.›;¢`;`-. ›_-_' z _. . __‹,~.'›,.‹›,;_.,.¬._›;_\:" ,: ~>¿›;~¬»_ -3:-.z\._~.~-\ «~_. ;-_'_›~i.,-;';¬»›:<,-›,~‹..¬ -az--ze--«=.«w›¬;«;.,.¬ xa *;‹=;zz:¬*.;*.'‹~.- ›z.1,<¢.¬~;z:o¬‹ ~=×›`-w«';;«;5~3:-.::.z~-.;z>â z¬,¬â:~-zá,; `-.:‹':.ú? -;»§¿-»¡.,z»g.z'vÍä&€z=àc =.‹;,"c.›:_¿õ›ëz>1:~à§z'zf _ V ¡;,_¡, ,\. ››~._»` V `. «,`_-¿,z.._.,_z¡,.`¿,¡×¿.-¬.,. .,W¿ ›.. -,-, z¬ .:.-_¿ .__ \_MW¡ ,._,,,«_^_› H 9 Í ,,¡ z; , mf.-:.›': z.<,=_fz›.;~¬,; ‹ ~â-1*›=>f->›ã¬ziz::;;~zf¢;zà2;\»~;;* ,-`zi\;-“,-z««\f›,‹¿z;<\~.,› _¿._-.~._-9%-.;..¡«zz;~-Y ››-:._.>;-.‹¿<~\~:._-^\\ ;~ s;~»¬,;*cz-z¬zf:<z*=>À~»-«Q Q --* .‹~:v:_ ~?3¬ .1»~.:x.<.â×--..×›,J _. ~:›‹-:×-»~':›.“~¬^` ~z<~` L1=×; .» .-f›<›~×`.' 1-:-"›~=.w:;>í.~.;àf~2*Y -* ›.:'5.z*I'⧠rf-.~~:`. * -i-1 .×~¬ _\;\.;:.›',~.~,×'- ‹~'.~?zw--;<›. r 5;:'í~¿›»_:=~.'_qq¬ç:; ~=z'~..>,~2~5:›fz ^<'\= :\Z ~`> '.‹1× {~^‹5§«)/§š§§':~>:¿;»_;. .~¿-`_-.¬,~_'~“›:\› ~*_- ~3:'?›¿`.= - ¡¿›¿§ ._×.;-:~;. :«›-‹.~\-.~¬f=¿-*¬.*”Z×^›¬.~, ~\'.;\>›^`.-\‹×' ”~' À _. ..¢\--.`- -_‹ ,, V ~,_ ¬› . . _. ~ .- .; _ .,..\ «.z.;` ›› « z~.~\ ›_-~_~;,‹=v _ \\;,\; 7_»:\›._›. -.-:\_->ä«_.›'y~>}. f«~z1.w-=1‹t1.‹>‹~ ‹.é:-;<`›z-~ _-~z .. z<.\.¬»›~.¬‹.‹\~›.~¬‹> - ,.zf-_.\z-«››.×~2f- _:z~f ;«~'\:.›;~ë '?<;‹, zx-1-:«` ~-e z-: «¬×.'-<:r‹..\.-:~;-'›-'-Ífr-?»1`= f ~¬›:*-<=› ×z _ z.\ ;ê?_»«×»~\ zw š* «~ vi;';z.\‹ç¡¡`g‹>¿<.§.y,-.3 3 '›\:'-3,,-_;-¡`:;»'\^'L%f›:z ¢_\+Ã`¬' ;'×='-:â"\,j~;`z:\, ff .~--'f Y‹1f'<-*z'=§;í~:§: `¡'.~;-'i ;=.×f-Í;-'‹;›. f=rf;:. . ƒ»‹`:-.^i~; :;>.~, _.~›:'À'‹-.-:~.:,,=› .`<~§= *A › T; fã ,:;-;-,_- ._~: ^z~`;` ¿»«.z~=.zI¿;, .-~_f-f:.~Z>.-«\`~ .:.zí 1.
0
à . .ÇI `~,f‹'<3%
3 a
<l0%
10 a<25%
25
a60%
50%
ou
+
Figura 2- Distribuição de eosinófilos de acordo
com
o percentual encontrado no escarroem
função do número de exacerbações.16
16'
Neutrôfilos
14 `14'
12
- 10
- 9 8 8 .;.¡.,¡.6
- ~2
_ -;=¿=â=s :.;~:-:-;-:-:-:‹:~:›:-:-:›:-:‹:-:-:-:-: ;- :~:~:-:-:-:‹:-:-:-:-:-:-:-:^:-:›>.':-:z:. ¢-:-;-:-:-;-: :Y.-:-:-:-:-:A:›:-:-:-.-: ; :-;-:-:-:-.-;-:-:-:-:›:-:-:-:-:-: :.-;- - ;-:-:-:-;~:-:-.-:~:-z«:-;-;-z-:-:-:«:-:-:-\f:›:-:~:':-:¬:›:-:-:›'-:-:-'-;-:›:›'-'-1-; 1 I-:‹ . ›:‹ti›-:+1-1-'-_-:-:‹:-:ft-f-:-:~:~:-; : ~:~:~:-:-:›:-:~:-:-:~:›:-:-:-:-:lr-r:-t~; 1-:-:4:-:‹:-:-:-:~:-:›7-:~:-:-:Qi›'~:-:-1
9
. 1.:-:-;~:-:-:‹-;‹;-I-I-:‹¬:-I-:-:':-:¬I- '1-1-;:-:‹:~:Y:-1~:-:~:-_-2-1-:vi-1-:‹>:4 ¬ ¬_:-ff-:-:~:›.¢-:-:›:-:-:-.-:~:-:-:-:-; :-:-:«t-:-.-:-:›:-:-:~:-7:-az-_-.¬:›.:-; n ¬t-:-:-t-:-:~:-:-:-3-:-2-_-:vc-'-:I-:-:-:›
<l0%
10 a<25%
25
a<50%
50
a<65%
65%
ou
+
Figura 3 - Distribuição de neutrófilos de acordo
com
o percentual encontrado no escarroem
fimção do número17
Tabela
2
. Característicasdos
participantesde
acordo
com
asexacerbações
moderadas
e graves
dos
tiposeosinofilicas e não-eosinofilicas.
Exacerbação
Exacerbação
Eosinofílica Não-eosinofílica Totalp
Exacerbações, n
(%)
Idade,anos
* Sexo,masculino
(%)
Tabagismo,
atual/ ex (nln) Históriade
atopia,n
(%)
VEF¡
-PB
%
previsto *VEF1
-PB,
L
*A
%_
em
VEF¡
* Eosinofiliano
sangue, 109/L * Eosinofiliano
escarro,%
**37 (673)
37.7(134)
12 (32.4) 2/1130
(81.1) 52.5(115)
1.6(04)
23.6(191)
0.8 (0.4)30
(43.1) 18(327)
35.1 (12.8) 4(222)
1/5 14(778)
56.5(99)
1.8(07)
30.1 (22.8) 0.34(047)
1.0 (1.2) 55""'
36.9(131)
16(291)
3/1644
(80) 53.8 (11.1) 1.7 (06) 12.21 25.8(205)
0.66(052)
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
135.8)p<0,0001
Dados expressos pela * média e desvio padrão (DP); ** mediana e amplitude do semiquarlíl (ASQ). n= número absoluto;%
= percentagem; VEF¡ -PB=
volume expiratório forçado no 1° segimdo pós- broncodilatador,L=
litros; p= significância entre os grupos eosinofilicos versus não-eosinofilicos. Valores previstos de VEF¡ segundo Crapo et al. 35.Eosinofílicas
N
ão-eosinofílicas TotalP
Exacerbações,n
(%)
37
(67.3)“Duração”
** 7.0 (17_0) Tosse,n
(%)
29
(78_4)Sintomas
diurnos,n
(%)
32
(86.5)Sintomas
notumos,
n
(%)
31 (83_8)Uso
de
Salbutamol, pg/dia * 6.5 (4.4)Em
usode
CI,n
(%)
18 (48.6)Uso
de
antibióticos,n
(%)
10 (27 .0)Escore
gripe ** 7.0 (8.0)Escore
de
sintomas * 22.5 (5.5)Resultado
do
QCA
* 3.4 (1_0)Presença de
escarro,n
(%)
21 (56_8)Escarro
purulento,n
(%)
12 (32.4) Febre,n
(%)
2 (5.4) Sinusite associada, n(%)
5 (13_5)Pneumonia
associada, n(%)
2 (5.4) 13(327)
7.0(220)
14(773)
16(339)
17(944)
5.3(49)
1o (55.ó)4 (222)
9.0(145)
22.3 (7.ó) 3.o(11)
11 (ó1.ó) ó(333)
3 (1ó.7) 3 (1ó.7) 2(111)
55 (100) 7.o (17.o) 43(732)
43 (373)
43
(373) ó.1(4.õ)23 (509)
14(255)
7.5 (10) 22.1 (ó.2) 3.2 (1 .o)32 (532)
13(327)
5(91)
3(145)
4
(7.3)NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
Dados expressos pela * média e desvio padrão (DP); ** mediana e amplitude do semiquanil (ASQ)_ n= número de exacerbações;
%=
percentagem; C1= corticosteróide inalado; p= significância entre os grupos eosinofilicos versus não-eosinofilicos; “Duração”= mediana do tempo de duração das exacerbaçõesem
dias.5.
DISCUSSÃO
No
presente estudo foidemonstrado que
cerca deum
terço das exacerbaçõesmoderadas
e graves de asma,em
adultos, são não-eosinofllicas eque
do
ponto de vista clínico e fisiológico as exacerbações eosinofilicas são indistingüíveis das não-eosinofilicas.Também
foidemonstrado que
as exacerbações não-eosinofilicaspodem
ser neutrofilicasou
não-neutrofilicas e
que
as eosinofilicaspodem
estar associadas à neutrofilia. Estas informaçõessão importantes porque diferentes tipos de
inflamações
das vias aéreaspodem
requerer estratégias terapêuticas distintas.Este é o primeiro estudo brasileiro a investigar as características inflamatórias das exacerbações
da asma
eum
dospoucos da
literatura intemacional a investigar esse aspecto das exacerbaçõesda
asma. Pontos importantesdo
delineamentodo
estudo garantem a acurácia dos nossos resultados incluindo: 1- cautelacom
a seleção deum
grupo significativode indivíduos
em
crise asmática; 2- história clínica detalhada; 3- ausência decomorbidades
crônicas e 4-documentação
espirométrica das exacerbações, ajudaram a fortificar osresultados
do
estudo.Além
disso, ométodo
utilizado parao
exame
de induçãodo
escarro eatécnica de processamento
do
mesmo,
altamente reprodutíveis, forneceumedidas
fiéis dos marcadores celulares que serviram para diferenciar condições, tipos de processos inflamatórios das vias aéreas 17.O
fato de termos estudado estes pacientes deforma
transversal,sem
a preocupaçãoem
observar a cinética
da
inflamaçãoem
diferentes fases da exacerbação não diminui a relevânciados achados,
uma
vez que o presente estudo teve a duração deum
ano. Por outro lado, a faltade
comprovação do
tipo de infecção associadapode
ser consideradauma
limitaçãodo
estudo.Contudo, a relação entre tipo de exacerbação, eosinofilica e não-eosinofilica,
pode
ser posteriormente investigadaem
outro estudo especificamente delineado para responder esta questão.No
entanto, outros estudos,como
os de PizzichiniMMM
et al. 28 eWark
PAB
etal.39, usando
métodos
para a detecção de virus e outros agentes infecciososdemonstraram que
as exacerbações infecciosas são caracteristicamente
do
tipo neutrofilicas.O
presente estudo mostra achados similares aos deTumer
e colaboradores 26. Estes autoresforam
os primeiros a observar quenem
todos os pacientescom
exacerbações leves eprocesso inflamatório caracterizado por
aumento
de neutrófilos nas vias aéreas.A
partir destes dadoscomeçou-se
a questionar a participação de outras célulasno complexo
processoda
inflamação
da asma.Fahy
JV
et al. 27,em uma
análise transversal,demonstraram
que pacientescom
exacerbações
da
sua asma, atendidosem
um
serviçode
emergência, apresentavam escarro ricoem
neutrófilos.O
estudo apresentado encontrou 9 exacerbações (l6,4%)com
inflamação
neutrofilica.
Porém
outro trabalho, realizado por PizzichiniMMM
et al. 18,demonstrou
aprevalência de eosinófllos
no
escarros de 10 pacientescom
exacerbação graveda
asma.E
possível
que
diferenças metodológicas entre estes dois estudos, taiscomo
falta dedocumentação
objetiva de exacerbação daasma”
ou
exclusão dos pacientescom
escarropurulentols
possam
explicar estas diferenças.A
heterogeneidade da resposta infiamatória nos asmáticoscom
exacerbaçãotambém
foi relatadaem
outros dois estudos recentesexaminando
adultos 4° assimcomo
crianças 41com
exacerbação de asma.
Os
resultados destes estudos secomparam
aos descritosna
casuística apresentada.A
diversidadedo
processo inflamatórioda
asma
não
é apenas encontrada durante as exacerbações.Em
um
estudo recente,De
Lee
SV
et al.,demonstraram
a presença de escarroeosinofilico
em
70,6%
de34
pacientes asmáticos estáveis virgens de tratamentocom
corticosteróide;nenhum
paciente apresentou escarro neutrofilico 42.Godon
et al. 43recentemente estudou se a presença de eosinófilos
no
escarro de 51 pacientes virgens detratamento
com
coiticóide inalado poderia prever a resposta ao tratamento.Em
29%
dospacientes constatou-se
inflamação
não-eosinofilicano
escarro analisado. Contudo, estes autores nãoforam
capazes de demonstrarque
a presençade
eosinófilosno
escarro serve parapredizer resposta ao uso
do
corticóide inalado. Estes resultadostem
sido questionados porque,neste estudo
em
particular, a ausência deum
grupo
placebo teria sido fundamental paraafastar regressão
em
direção à média.A
distribuição celularno
grupo eosinofilico foi variada, isto é, existiu diferentespercentuais de eosinófilos (3 a
89
%
de eosinófilosno
escarro),embora
fossem pacientescom
exacerbaçõesmoderadas
e graves (Figura 2).A
intensidade da proporção de eosinófilosnão separa os pacientes de acordo
com
a gravidade.Como
já foi citado, aasma
é consideradauma
doença
infiamatória crônicaonde
estão envolvidos diversosmecanismos
fisiopatológicos. Assim, aasma
poderia ser entendidacomo
21
uma
doença
decomportamento
único e esperado.Porém
a observação e constataçãoda
presença de vários tipos de padrão inflamatório, reconhecidos pelo processo de indução
de
escarro, questiona
o
conceito já existente, sugerindoque
aasma
deveria ser considerada eestudada
como
uma
síndrome.Vários trabalhos
têm
mostradoque
a corticoterapiaproduz
uma
diminuiçãodo
número
de eosinófilosno
escarro e melhora a sintomatologia de individuos asmáticos 18' 44' 45.Porém
adificuldade
em
discriminar os sintomas de acordocom
os parâmetros clínicos e diferenciar0
padrão inflamatório existente, faz
com
que
pacientes exacerbados sejammedicados
sem
a preocupaçãoem
distinguí-las.O
achados descritos até omomento
sugerem
que pacientescom
escarro não-eosinoñlicoou
neutrofilico necessitam deuma
nova abordagem
terapêutica 23' 46.EMGA
podem
apresentar-secom
padrão não-eosinofilico.Pacientes
com
EMGA
não-eosinoñlica apresentamescano
ricoem
neutrófilos ecom
elevado
número
de células _Não
foi possível discriminar, baseado nos parâmetros clínicos analisados, o tipode
inflamação
das vias aéreas presente nasEMGA.
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NORMAS
ADOTADAS
Este trabalho foi digitado de acordo
com
asnormas
de resoluçãonúmero
001/2001do
Colegiado
do Curso
em
Graduação
em
Medicina da
Universidade Federal de Santa Catarina, terceira edição.0499
Ex.l
Ex.l UFSC BSCCSM