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2016 Por que os Grandes Pensadores Economicos ... @@@ 2016

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são Ensinados nas Faculdades de Economia?

Prof. D.Sc. Murillo Cruz2 ..."Somente aquele que conhece o inalcançável sofre com o que se caminha; Só aquele que mede a profundidade que há debaixo de si sente a vertigem da altura em que se encontra..."3

Introdução

O Economista ou é um agente (teórico ou prático) do desenvolvimento socioeconômico de uma nação (incluindo a defesa intransigente da justiça social e a defesa inegociável da coisa pública, do Bem público), ou não serve para nada. Aliás, é por esta razão, entre outras secundárias, que, em "nossa presente época",4 e em quase todo o mundo ocidental, um número considerável de Economistas não serve para nada.

Para os mais preparados, é indubitável que o mainstream econômico (a economia oficial), de ampla divulgação e de letárgica aceitação, através de acrobáticas e ilusionísticas teorias, serve, direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente, a uma oligarquia usurária rentista e financeira (histórica), acrobacias teóricas estas cujo objetivo é desviar a atenção e encobrir as grandes corrupções, gerar permissibilidade racional fraudulenta aos lobbies financeiros bursáteis e às especulações de todas as ordens; em suma, encobrir os "grandes negócios" anti-sociais e anti-nacionais.

Para tais finalidades (não explícitas, obviamente), estas acrobacias e fraudes teóricas encontram-se calcadas em racionalidades absolutamente suspeitas, pois fundamentadas num naturalismo filosófico diversionista, de falsa crença na inevitabilidade de "processos" e "fluxos", instrumentalizadas e complementadas por doutrinas derivadas, todas, do Indivdualismo, do Liberalismo, do Cosmopolitismo, e do materialismo clássico britânico-francês iluminista-maçônico oitocentista (neoveneziano),5 e complementadas, nos

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séculos XIX e XX, pelo mainstream marxista, especificamente do "segundo Marx", i.e., do "Marx, marxista".6

Ou será que existem dúvidas sobre a intenção de um dos principais teóricos da doutrina liberal-hedonista britânica (Jeremy Bentham), quando publica um de seus livros com o título: "Em Defesa da Usura"? E mais, em 1840, Sir Haskinson afirmava: "A proteção foi por largo período o segredo da grandeza da Inglaterra, mas a vantagem da sua exploração expirou ... Só há um remédio, abandonarmos o sistema protetor, pois o efeito dessa resolução será desviar daquele sistema as outras nações, que não terão mais o nosso exemplo para adotar ..." ...:"A propaganda interesseira da Inglaterra estendeu-se e penetrou então por toda a parte ...".7

É muito difícil para os jovens economistas estudantes, receptores destas verdadeiras lavagens cerebrais anti-sociais e anti-nacionais, perceberem que - contrário senso - existem dezenas de grandes pensadores econômicos, pensadores estes que encontram-se, na quase totalidade dos casos, exilados dos cursos regulares, publicações, linhas oficiais de pesquisas, etc., tornando o contato com tais exponentes intelectuais um verdadeiro e titânico esforço de "arqueologia econômica" , tanto pelas dificuldades naturais de se obter e ler as obras originais (e mesmo as comentadas) de tais expoentes, como - no pior dos casos - pelo monitoramento constante dos vigilantes de plantão, acólitos, muitas vezes inconscientemente, desta oligarquia usurária, programados para rotular e defenestrar - o mais rapidamente possível - qualquer iniciativa de divulgação destes verdadeiros monumentos intelectuais do Pensamento Econômico.8

Este artigo, por questões óbvias de espaço e escopo, não pode apresentar todas as razões e todas as explicações que compõem uma resposta completa à indagação/título do mesmo.9 Buscarei, de forma sintética, apresentar tópicos que circundam a resposta plena à tal indagação, consciente de que tal relativa completude só poderia ser verificada num curso regular, com exposições, leituras complementares, debates, etc.

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Neste artigo, diversas vezes a expressão "Corrente Universalista, Intervencionista, Nacionalista e Histórico-Institucionalista" será utilizada. Para efeitos de síntese, algumas vezes ela será mencionada como "Corrente germânica", por razões que serão expostas adiante. E, igualmente, a expressão "Corrente Individualista, Liberal, Cosmopolita e Abstrato-Materialista", poderá aparecer como "Corrente britânica", ou "maçônico-britânica", possuindo os mesmos significados.

Primeira Aproximação

Durante c. 21 séculos, a compreensão do estudo da economia seguiu as linhas traçadas, principalmente, por Aristóteles, incluídas em "A Política", e "Ética a Nicômaco". O próprio vocábulo "economia", do grego oîko noméoh, estabelecia, genericamente, as orientações fundamentais destas atividades humanas: a boa/correta/ordenada (taxis) Administração/Gerência (nómous) da Casa, do Lar, das Famílias (óikos) (inclusive as atividades materiais, digamos "econômicas" aí incluídas). Assim, o fundamental na orientação do estudo econômico era a compreensão da correta administração da unidade "Lar"- uma grande unidade doméstica familiar/produtiva -, no sentido da produção e da satisfação das necessidades materiais. Uma "boa economia" equivalia a uma "boa administração", a uma "boa e ordenada gerência-governo do Lar".

Com as grandes Revoluções Modernas dos séculos XV-XVIII, as compreensões econômicas herdadas do aristotelismo (já então trabalhadas e parcialmente modificadas pelo séculos cristãos-tomistas) tranformaram-se e adaptaram-se a uma diferença importante: no lugar (conceitual) da Unidade Doméstica, do Lar - centro da convergência da organização e da (Boa) administração dos bens materiais - assume, agora, o "Estado", tal atributo. E a "correta/boa/ordenada" administração da economia e da sociedade passa a ser atributo de responsabilidade e dever (irrecusável), agora, do Monarca/Ruler, semelhantemente às responsabilidades e deveres do "antigo "Haushalter", ou “Householder”, ou "Chefe da Família". O Estado seria agora, então, interpretado e visto como uma "Grande Família" (nation), sendo o Ruler/Governante, o responsável pela "melhor" e ordenada administração e

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gerência das "coisas públicas" (res-publica), incluindo aí, naturalmente, as "coisas materiais", "econômicas", financeiras, mas não somente.

Assim, a partir desta reinterpretação, i.e, desta ampliação conceitual aristotélica, o estudo da economia estruturar-se-á, dos séculos XVI ao XVIII, nas orientações das Kammer Sachen, e o Kameralism, ou Cameralismo, será o lugar doutrinário de reflexão destas especialidades, destas sabedorias, i.e., da "correta" administração das finanças e da economia dos modernos Estados nacionais. E seus especialistas, os cameralistas (hoje talvez os designássemos de economistas e/ou assessores da administração das coisas públicas), funcionários dedicados e treinados a auxiliar o Monarca nesta "tarefa ampliada" de bem administrar, de bem gerir as "coisas públicas", e mormente nos assuntos "materiais, econômicos, financeiros, tecnológicos e sociais". De fato, quando o vocábulo "economia política" (correlato a Wirtschaft) é formulado e disseminado fora das esferas germânicas, (com Monchrétien, por exemplo), tal vocábulo possuia o mesmo sentido doutrinário do vocábulo Kameralism, na tradição germânica. Em suma, também na origem do vocábulo e do conceito de economia política , eram as mesmas questões que estavam em pauta: uma economia ampliada para o Estado - uma economia política; uma boa e ordenada administração do Estado, com vistas ao desenvolvimento de toda a sociedade, tanto nos aspectos materiais, quanto, primordialmente, nos aspectos espirituais (educacionais, morais, psíquicos, etc.)

Tais orientações transformadas, i.e., ampliadas, das concepções aristotélicas históricas construiram as grandes obras e feitos dos Cameralistas (principalmente dos Cameralistas alemães e austríacos), desde o século XVI (1555), com von Osse, passando pelo colbertismo na França, pelo mercantilismo industrialista russo, etc., até as grandes obras e sumas cameralísticas de von Justi, e Sonnenfels, no século XVIII; Na América do Norte, tais influências desenvolvimentistas e republicanas irão desembocar no conhecido "Sistema americano de Economia Política", sistema este que lutou, duramente, contra as doutrinas colonialistas britânicas (liberais e livre-cambistas), desde o último quartel do século XVIII, até o final do século XIX

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Somente a partir do final do século XVIII, e através dos esforços orquestrados pela oligarquia maçônico-neoveneziano britânica para combater os desenvolvimentos franceses, norte-americanos, russos e alemães, principalmente, é que uma nova e completa interpretação da Economia surgirá - com a consolidação da doutrina liberal, individualista, materialista britânica - atacando o Estado em suas funções históricas de Gestor, Administrador, e Defensor das coisas públicas, e em nome de toda a coletividade. O Individualismo (o selfish system), o Liberalismo, o Cosmopolitismo, o Materialismo, e mesmo a "ciência econômica" tal qual definida a partir de então, serão tais transformações britânicas doutrinárias que irão dominar, doravante, paulatinamente, a "ciência econômica oficial" em vários países. Não sem o aparecimento, entretanto, de fortes opositores, os grandes pensadores econômicos que semearam e geraram os grandes ramos contemporâneos da vertente (oposta), a Corrente Universalista, Intervencionista, Nacionalista, e Histórico-Institucionalista em Economia Política (ou Corrente germânica), e que encontram-se, hoje, na quase totalidade, exilados do ensino e da pesquisa da Economia Oficial.

O embate moderno contra a Corrente britânica não circunscreveu-se unicamente no campo da Economia (ou Ciência-do-Estado, Staatswissenschaft); a fortiori, verificou-se no degrau superior da filosofia e da cultura em geral. Neste degrau, a reação filosófico-doutrinária deu-se, principalmente, contra a trajetória racionalista iluminista do século XVIII (contra um humanidade sem humanismo), e contra todas as demais forças intelectuais e culturais (inclusive as ocultas) que minavam e conspiravam contra a ordem civilizacional cristã republicana. E esta reação histórica decisiva (que foi marcadamente germânica em sua essência), que tem origem no Romantismo Alemão, irá gerar o imenso e incomparável caudal de produção cultural e intelectual do cenário europeu (portanto civilizacional moderno ocidental), de todo o século XIX, até a sua destruição, ao término da IIa. Guerra Mundial, com o holocausto programado da nação que capitaneou todo este tesouro cultural/científico da contemporaneidade: a Alemanha. A citação abaixo, do famoso historiador Franklin L. Baumer, é significativa para compreender o acima exposto:

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..."O que Comte não entendeu ... foi a elevação da Alemanha como potência principal no século XIX [e até c.1945 - MC]. A Inglaterra e a França tinham dominado a cultura iluminista. Todavia, no século XIX, a Alemanha elevou-se, igualando estas duas nações, e ultrapassando-as mesmo em alguns campos do conhecimento. Distinguiu-se nas ciências da natureza, assim como nas ciências culturais. É interessante relacionar este ressurgimento intelectual [da Alemanha] com os acontecimentos políticos extraordinários, com a realização da unificação da Alemanha e, mais tarde, a sua hegemonia na Europa. Todavia, na verdade, o crescimento da influência alemã no pensamento europeu começara muito mais cedo com o Sturm und Drang de Goethe, Schiller e Herder, o movimento romântico (tão importante na Alemanha), e a filosofia idealista de I. Kant e seus sucessores. Fundamentalmente conhecidos como uma nação de filósofos, na época de Hegel, os alemães continuaram a ser os primeiros em todos os outros campos do pensamento, nomeadamente no conhecimento histórico, não só na história e psicologia da religião, mas também nas ciências "nomotéticas" [ciências naturais, física, química, etc.], incluindo a Física e a nova psicologia experimental. No século XIX, as correntes intelectuais irradiavam da Alemanha para os outros países, como o não faziam desde a Reforma Protestante."

...."Século Maravilhoso, foi o que o cientista Alfred Russel Wallace chamou ao século XIX ... "

(O Grifo é meu) [in, Modern European Thought, Franklin L. Baumer, 1977; trad. "O Pensamento Europeu Moderno - Séculos XIX e XX", Ed. 70, p. 22]

Em suma, foi o Romantismo Alemão, com sua palingênese de valores humanistas, sociais, nacionalistas e desenvolvimentistas (independentes e soberanos) ["Ser Livre não é Nada ... Tornar-se Livre, eis o Céu." já proclamava Fichte na aurora do "século maravilhoso"], que abriu a imensa avenida da produção intelectual, científica, e das políticas públicas e econômicas de "nossa atual época", em várias nações (com as particulares exceções, que, obviamente, só confirmam a regra). E, evidentemente, no

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campo da Economia Política (ou nas Staatswissenschaften), não poderia ser diferente (e não foi). Até mesmo os autores (e obras) importantes do período citado, provenientes de "nacionalidades" e/ou etnias distintas da germânica, foram fortemente influenciados, seguiram ou estudaram nas fontes originais germânicas, como foi o caso, por mero exemplo, de Richard Ely e Thorstein Veblen, nos EUA, ou mesmo Georg Simmel, na própria Alemanha.

Segue, abaixo, igualmente, a opinião de um dos grandes filósofos sociais norte americanos, autor, entre outras, da obra mais significativa sobre o Cameralismo Alemão e Austríaco em língua inglesa, e, a fortiori, de toda a "Escola Alemã e Austríaca" em Economia Política: Albion W. Small, "The Cameralists - The Pioneers of German Social Polity", 1909, Uni. Chicago Press.

..."There is hardly room for debate upon the proposition that in sheer economy of social efficiency Germany has no near rival among the great nations. Whether the method of this achievement costs more than it is worth, is na open question ...the explanation of the German type of success cannot be reached without calculating the significance of the Cameralists ..." (1909 - p.17)

(tradução) ..."Não há dúvida acerca da proposição de que em pura economia de eficiência social a Alemanha não tem qualquer rival entre as grandes nações. Se o "método" da tais sucessos possui um "preço" elevado, é uma questão em aberto ... a explicação do "tipo Alemão" de sucesso não pode ser completamente obtida sem uma avaliação da significância dos Cameralistas ..." (1909 - p.17)

A Classificação Doutrinária Essencial em Economia Política

"Enquanto a doutrina econômica ricardo-malthusiana terminava por justificar os desastres produzidos pelo capitalismo demonstrando que eram inevitáveis, e enquanto, por outra parte, as correntes socialistas deduziam destes desastres a necessidade de uma ordem econômica comunista, surgiu na Alemanha uma direção totalmente distinta. Isto aconteceu graças a uma inversão da

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concepção atomística e mecânica que foi substituída por uma concepção orgânica, a qual teve sua origem na filosofia e deu seu fruto no romantismo. Opôs-se ao conceito individualista da sociedade e da economia um conceito universalista. O momento desta transformação ocorreu ao publicar-se, em 1794, Wissenschaftslehre (“A Doutrina da Ciência”), de J.Fichte, que impulsionou decididamente os românticos, e quando ele superou pela primeira vez o direito natural individualista em seus Grundlagen dês Naturrechtes (“Fundamentos do Direito Natural”), em 1796.”

Topicamente, são 3 (três) as correntes doutrinárias e teóricas em Economia, e 2 (dois) os fundamentos sociológicos da mesma.

As três correntes doutrinárias e teóricas em Economia, cujos fundamentos metodológicos, sociológicos (antropológicos), e político-estratégicos são caracteristicamente distintos entre si, são:

(1) a Corrente Universalista, Intervencionista, Nacionalista e Histórico-Institucionalista (a Corrente germânica);

(2) a Corrente Socialista; e

(3) a Corrente Individualista, Liberal, Cosmopolita e Abstrato Materialista (a Corrente britânica).

Dentro de cada uma das três correntes citadas, existem variações e divergências secundárias, i.e., variantes e vertentes, mas que todas, em conjunto dentro de cada corrente, conformam-se com os princípios e os fundamentos maiores de cada uma.

A Corrente germânica

No que concerne à Corrente germânica, podemos afirmar que, na modernidade, as vertentes e variantes componentes, são:

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.(a) O Cameralismo [austríaco e alemão principalmente; italiano; francês e russo]; [von Osse, Georg Obrecht, von Seckendorff, J.J. Becher, Wilhelm von Schröder, Ephrain Gerhard, J. von Rohr, S. Peter Gasser,, Justus C. Dithmar, Georg H. Zincke, Joachim G. Darjes, J.H. Gottlob von Justi, Sonnenfels, Antonio Serra, J.B. Colbert, Jean Bodin, Philipp von Hornick, et al.];

.(b) O Romantismo germânico; [Adam Műller, Federico Gentz, K. Ludovic von Haller, Franz Baader, Joseph Gorres, Novalis, J.F. Fichte, Kleist, Tieck, Eichendorf, F. von Schlegel, Theodor Bernardi, et al.];

.(c) O Sistema de Economia Nacional - a Nationalökonomie; [Friedrich List, Mathey Carey, H. Carey, Daniel Raymond, S.N. Patten, Paul Cauwés, Morini Comby, Eugen Duhring, Fried, et al.];

.(d) As Escolas Históricas Alemães (e de outras nações); [“Antiga”: Wilhelm Roscher, Karl Knies, Bruno Hildebrand, et al.; “Moderna”: Gustav Schmoller, Lujo Brentano, Knapp, Schonberg, Bucher, Held, Gothein, Max Weber (q.v.), Werner Sombart, et al.; “Realista Moderna”: Albert Schaffle, Lexis, B. Harms, H. Herkner, J. Pesch, K. Wiedenfeld, Zwiediniceck-Sudenhorst, Adolf Wagner, Schumacher, et al.];

.(e) O Neo-romantismo germânico; [Othmar Spann, W. Andreae, Gaz, J. Baxa, Karl Faigl, Walter Heindrich, J. Kornfeld, W. Longert, Haus Riehl, G. Seidler-Schmid, J. Sauter, Richard Stork, Alfred Amonn,, von Below, J. Dunkmann, Wolfg. Heller, Honnegger, E.J. Jung, Friedrich Lenz, W. Mitscherlich, E. Salin, Sartorius von Waltershausen, H. Schlack, Egon Scheffer, Surany-Unger, Andreas Voigt, Weddingen, Fr. J. Weiss, o “segundo” Werner Sombart, et al.];

.(f) O Institucionalismo original (Veblen/Commons/Ayres); [Richard Ely, Thorstein Veblen, John Commons, C. Ayres, et al.];

.(g) O pós-Institucionalismo (ou Institucionalismo Reformista); [John Kenneth Galbraith, Adolf Berle, Gardner Means, John Rogers Commons, Robert Franklin Hoxie, Walton Hale, Wesley Clair Mitchell, et al.]; (não

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confundir, de forma alguma, o “pós-institucionalismo” aqui indicado com o institucionalismo” (em Economia); pois, de fato, o “neo-institucionalismo” não possui qualquer vinculação séria com o institucionalismo original e suas bases e orientações, tratando-se, muito mais e claramente, o “neo-institucionalismo”, de uma variante da Escola Neo-Clássica de Economia;

.(h) O Sistema Americano de Economia Política (bastante análoga à variante da "Nationalökonomie" (ver item c acima); o escritor e político norte americano Lyndon LaRouche pode ser visto como um nome bastante emblemático para esta variante;

.(i) variante Sociológica (Inúmeros sociólogos e historiadores importantes podem igualmente ser classificados nesta Corrente, podendo-se estabelecer, então, como certos autores o fazem, uma variante Sociológica. Outros preferem, entretanto, incluir tais nomes no interior de certas outras variantes já acima descritas; [Georg Simmel, John Hobson, Werner Sombart, Max Weber, Tawney, et al.];

Uma série de outras variantes, paralelas ao stream acima, poderiam ser aqui classificadas, mas todas estas variantes adicionais (abaixo) devem ser vistas com certas ressalvas, pois em aspectos significativos tendem a aproximar-se, igualmente, da Corrente Socialista. São estas:

.(j) O Corporativismo e o Neo-corporativismo; [Charles Périn, Albert Mun, Karl von Vogelsang, Karl Luger, von Ketteler, Helleputte Victor Brants, Toniolo, et al.];

.(k) O Nacional Desenvolvimentismo terceiro-mundista; [de fato uma variante totalmente mista, encontrando-se, nos autores deste stream, elementos doutrinários das três correntes aqui descritas; por exemplo, Ignácio M. Rangel, Celso Furtado, Raul Prebish ... ]; (ver adiante);

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.(l) O Fascismo (italiano, português, espanhol e belga) [o Salazarismo; o Rexismo]; [Antonio Salazar, Primo de Rivera, Jean Etienne, Benito Mussolini, et al.];

.(m) O Nacional Socialismo. [K.M. Wiligut Weisthor, Guido von List, Blavatsky, K. Haushofer, Adolf Hitler, Bulwer-Lytton, Alfred Rosenberg, et al.]

No Brasil, historicamente território de absoluto predomínio intelectual (e político) das variantes da Corrente maçônico-britânica liberal (e de seu alter ego, o marxismo internacionalista materialista, o bolchevismo, predominantemente, algumas variantes intelectuais, surgidas principalmente no século XX, poderiam ser – com pequenas ressalvas – incluídas no contexto doutrinário da Corrente germânica aqui em apreço. São elas:

.(a) O Integralismo; [Gustavo Barroso, Plínio Salgado, Olbiano de Mello, Miguel Reale, Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde), et al.];

.(b) O Corporativismo nacional-desenvolvimentista getulista;

.(c) O Cameralismo complexo brasileiro; [Jesus Soares Pereira, Rômulo de Almeida, Ignácio M. Rangel, Celso Furtado, Cleantho de Paiva Abreu, Álvaro Vieira Pinto, Alberto Guerreiro Ramos, et al.];

.(d) A Sociologia Universalista; [Gilberto Freyre, Oliveira Vianna, Paulo Prado, Sérgio Buarque de Holanda et al.];

.(e) O Oposicionismo Nacionalista Liberal; [Alberto Torres, Barbosa Lima Sobrinho, et al.];

.(f) (com ressalvas) O Marxismo Nacionalista; [Caio Prado Junior, Rui Mauro Marini, et al.];

.(g) O “Industrialismo Local” (bastante coincidente com a vertente “e” acima); [Manuel Alves Branco, Antonio de Paula Freitas, Ferro Costa,

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Antonio Felício dos Santos, Rui Barbosa, Serzedelo Correia, Luiz Rafael Vieira Souto, Roberto Simonsen, et al.]

A Corrente Socialista

Em função da natureza dúbia e flexível dos postulados essenciais das doutrinas socialistas, esta segunda corrente flutua fortemente; ora aproximando-se dos postulados da Corrente germânica, ora aproximando-se (e às vezes até confundindo-se, como por exemplo o Socialismo dito científico) com a Corrente britânica. Joseph Lajugie, em obra sobre o tema, assim se expressa:

"O rótulo socialismo encobre um importante número de autores de tendências, amiúde, muito diversas e concordes, ..., Proudhon ainda é o maior nome do socialismo francês. Filho de camponeses, ..., autodidata, é um espírito complexo, cheio de contradições. Três influências básicas, segundo ele mesmo proclama, marcaram o seu caráter: a Bíblia, Adam Smith e Hegel. Não é possível maior ecletismo."

Conforme dito acima, são inúmeras as variantes da Corrente Socialista. Lista-se, a seguir, algumas das mais significativas: (a) o socialismo dito utópico ou imaginativo; (b) o socialismo dito científico; (c) o socialismo de Estado; (d) o socialismo cristão (com inúmeras ramificações); (e) o socialismo de cátedra (que de fato pertence à Corrente germânica); (f) o socialismo liberal; (g) o socialismo guildista ou corporativo; (h) o nacional socialismo; (i) o socialismo municipal; (j) o socialismo produtivista ou industrialista; (k) o socialismo associacionista; (l) o socialismo federalista; (m) o marxismo reformista; (n) o socialismo fabiano; (o) o sindicalismo revolucionário; (p) o bolchevismo; (q) o neo sindicalismo; (r) o euro-comunismo; etc.

A Corrente britânica

A terceira corrente doutrinária e teórica em Economia, possui fundamentos igualmente homogêneos, vis-à-vis a primeira corrente citada (a Corrente

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germânica). Mesmo assim, como seria natural, encontramos variantes e características que distinguem os autores entre si. As variantes mais conhecidas desta Corrente britânica, são: a Fisiocracia; a Escola Clássica; a Escola Neoclássica ou marginalista; a Escola Matemática; a "Escola de Cambridge"; a variante keynesiana; o pós-keynesianismo; os neo-ricardianos; os neo-schumpeterianos; o Neoliberalismo; o Novo Trabalhismo, a Terceira Via, o "Globalismo", etc.

No interior de cada uma das três correntes acima citadas, as variantes possuem, como dito, certas divergências entre si, mas não antagonismos. Os antagonismos plenos, explícitos, são verificados, somente, entre as duas correntes fundamentais (a Corrente germânica e a britânica). E é neste sentido que podemos afirmar, então, e conforme Othmar Spann nos ensinou, que, em Economia, são dois os fundamentos sociológicos; fazendo com que a partir deste esclarecimento essencial, possamos compreender plenamente a distância que separa as duas principais correntes doutrinárias entre si. Convido o leitor a ler o Apêndice 1 deste artigo, que é a tradução, pela primeira vez em nossa língua, do importante Capítulo IV do livro de Othmar Spann , autor este que estabeleceu, precisamente, no século XX, a dicotomia sociológica essencial entre o "Universalismo" e o "Individualismo" (em Economia Política e em Sociologia). De fato, Othmar Spann, como ele mesmo reconheceu posteriormente, encontrou tais compreensões já na obra daquele que foi o maior pensador econômico do início do século XIX: Adam Müller.

A propósito, Othmar Spann, o inaugurador, no século XX, da vertente neo-romântica (ou "universalista") em Economia, foi considerado o "mais famoso e conhecido economista dos primeiros 40 anos do século, na Áustria e na Alemanha" (e, a fortiori, na maior parte do mundo ocidental culto). É curiosa até a ausência de suas referências nos círculos econômicos acadêmicos respeitáveis, e dos curricula econômicos, na medida em que o próprio Palgrave's Dictionary of Economics - o mais famoso dicionário internacional de economia - assim o designa:

"Othmar Spann foi, durante boa parte dos primeiros 40 anos do século XX, um dos mais conhecidos e populares professores de Economia e

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Sociologia, tanto na Áustria como na Alemanha." (B.Schefold, in Palgrave's Dictionary of Economics).

Quais são, então, os principais fundamentos doutrinários e teóricos que norteiam as diversas variantes componentes da Corrente Universalista, Intervencionista, Nacionalista e Histórico-Institucionalista em Economia, ou nas Staatswissenschaften, em "nossa atual época"?

Para uma ampla compreensão destes fundamentos, é necessário entender, inicialmente, quais foram as bases e as motivações do pensamento filosófico romântico alemão, bases estas que nortearam não só os princípios doutrinários e culturais de toda a trajetória das variantes universalistas (exceção do Cameralismo, naturalmente), mas igualmente de toda a filosofia alemã e austríaca - e européia e norte americana -, no século XIX e início do XX. No fundo da compreensão dos pressupostos doutrinários da Corrente germânica em Economia, encontram-se afluentes poderosos herdados e imbricados com a filosofia romântica alemã, enquanto movimento de resistência e luta contra a hegemonia cultural e material dos britânicos e franceses, principalmente. Foi contra um conceito de inevitabilidade (espécie de destino natural irrevogável do povo alemão para com seus dominadores) de uma posição de subordinação ao "Império" e ao dominador/escravizador (no caso, os Impérios britânico e francês), que a Alemanha irá insurgir-se e lutar, utilizando-se de vários instrumentos, entre os quais, e o mais importante, a "filosofia romântica". Isto é, contra a aceitação passiva, tida como inevitável, de uma posição de dependência (intelectual, econômica, militar, moral, etc.). Daí os pressupostos (nas doutrinas universalistas), da idéia de variações históricas possíveis, fluxo histórico, caminho para uma situação radicalmente diferente e melhor, uma perfectibilidade alcançável (vontade de transformação); revolução nacional para a transformação; luta pela especificidade do povo (volk) (valoração de seus atributos culturais, regionais próprios); chamamento para um "corpo comum" e apelo para as "forças vivas da nação"; tudo isto com plena consciência da imensa dificuldade de sucesso de tal projeto libertador e independentista. [ver o epígrafe deste artigo]. Em suma, um desejo ardente e imenso de lutar pela independência nacional, pela

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(autêntica) liberdade, pela especificidade nacional/cultural, pela estratégia de união contra um inimigo externo (poderoso); de reconhecimento de valores comuns construtivos, mas consciente também dos valores nobres da individualidade para ultimar tais transformações "de base" (o papel do indivíduo, da Vontade, da responsabilidade) (e não unicamente de um individualismo egoísta, frio e calculista); contra um apelo de inevitabilidade do destino que lhes era apresentado cotidianamente (aliás, como é apresentado cotidianamente por todo o dominador a seu dominado, ou seja, uma explicação de "destino inevitável" na condição de escravo. A luta pela vida, a luta pela existência (não uma existência apenas de escravo, mas uma existência digna de seres humanos soberanos. Tudo isto pode ser sentido, por exemplo, nos títulos de algumas obras importantes, tanto filosóficas, como políticas. Em Schopenhauer, "O Mundo como Vontade e Represantação"; em Fichte, em seus "Discurso à Nação Alemã"; etc., e até nos gritos filosóficos de Nietsche, no final do século XIX.

Este quadro acima pode ser complementado pela excelente exposição de Spann sobre o aqui exposto:

"O Romantismo desloca para a Alemanha o centro de gravidade do desenvolvimento das ciências filosóficas e políticas na Europa.

A Revolução decisiva verificou-se na filosofia. Foi um dos maiores méritos do espírito alemão na história, haver destruído o individualismo do direito natural com a filosofia pós-kantiana, colocando em seu lugar uma concepção universalista do Estado. Com frequência designa-se este acontecimento como o renascimento da antiga idéia de Estado, mas tal designação não é inteiramente correta. Pois a nova idéia universalista de Estado e da comunidade foi adquirida com completa independência da filosofia antiga; saiu de postulados totalmente distintos, da superação do empirismo contido na filosofia de Kant. Foi Fichte quem, como dito, superou interiormente o direito natural nos Fundamentos do Direito Natural, destruindo o conceito de indivíduo absoluto que se basta a si mesmo, e pondo em seu lugar a comunidade viva, criadora, a relação viva do Eu e o Tu. Kant não fez senão mostrar que o homem se determinava a si moralmente, e embora tenha

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destruído o empirismo e o racionalismo do século XVIII inglês e francês, continuou vinculado ao individualismo na doutrina dos costumes e do Estado; Fichte deixou subsistente (permanente) aquela auto-determinação, mas construiu o homem não como indivíduo, mas como membro de uma pluralidade, i.e., de uma reciprocidade espiritual. "Para que haja homens, é necessário que sejam vários", afirmou Fichte. "Ao determinar plenamente o conceito de homem, o pensar no indivíduo nos impulsiona à aceitação de um segundo para poder explicar o primeiro" (Fichte, Grundlagen des Naturrechtes, 1796). ["Das Ich steht im Ich das Nicht-Ich"]. Schelling, Hegel, Baader, Schleiermacher, Krause e outros continuaram elaborando este conceito de Estado e aplicaram-no às ciências políticas. Logo surgiu uma concepção histórica no Direito (com Savigny e Putcha), baseada neste conceito de Estado, em contraposição à doutrina abstrata contratualística do direito natural.

(A) A Essência do Romantismo e da Escola Romântica

A nova filosofia pedia uma nova consciência da cultura, cuja expressão foi o "Romantismo". O Romantismo nunca foi uma expressão artística, mas sim um amplo movimento cultural. É certo que começou principalmente como uma tendência artística; pertencem a ela os irmãos Schlegel, Novalis, Ticck, Brentano, Achim v. Arnim, E.Th. ª Hoffmann, Eichendorf, etc., mas, em virtude de sua própria natureza, extendeu sua influência a todos os aspectos da vida, assim como para a maioria das ciências. O historicismo em todos os campos; a germanística, a ciência da linguagem, etc., devem sua existência a este movimento. Mas a sua essência designa-se completamente pelo seu caráter filosófico, pois a relação com o supra-sensível, divino, infinito, domina completamente, de um modo consciente ou inconsciente, a arte e a ciência dos românticos.

O romantismo é, em primeiro lugar, concepção de mundo e não arte. O que penetra o romantismo até suas últimas fibras é o sentimento do enigmático da existência, a dor produzida pela deficiência, o mal e a morte no mundo e, ao mesmo tempo, o desejo de tranquilizar-se no infinito e eterno que nos mostra a contemplação do mundo e um confiar-se plenamente nestas potências

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onipotentes. A essência do romantismo está em luta e oscilação entre estes dois polos de desespero e entrega confiada. Os pontos característicos da poesia romântica não são, como se diz, o amor e a aventura, a falta de forma e a subjetividade, mas sim aquele sentimento filosófico fundamental do enigmático da existência, aquela dualidade de ascetismo e mística de onde sai a visão de todo o acontecer como algo confuso, incoerente e aventurado; dele sai a falta de forma da poesia romântica, a subjetividade do homem que oscila entre o Eu e o mundo.

Somente como concepção de mundo e como movimento de cultura influi a arte romântica sobre todas as esferas da vida e da ciência; desde o momento em que se concebe o homem como parte do universo, não obstante a sua subjetividade em luta, não será mais considerado isoladamente de um modo individualista, mas como membro, como membro da comunidade social. E, assim, no Estado e na sociedade, aparece, não como algo subjetivo e autárquico, mas como membro da conexão da vida social. O ascetismo e misticismo do Eu tem que extender-se também às comunidades; o Estado e a sociedade são inseridos na conexão cósmica e convertidos assim em objetos de contemplação romântica.

O romantismo é o primeiro movimento contra o século XVIII, o humanismo e o renascimento. Nele, o espírito alemão aspira um retorno a suas origens, que foram consituídas na Idade Média. Por isto é exato qualificar o romantismo de neogótico.

Certas tentativas recentes de julgar o romantismo como mera efusão sentimental confusa se devem unicamente a julgamentos superficiais sobre o mesmo.

Desde W.Roscher, enumeram-se como representantes da tendência romântica na "ciência do Estado" (Staatswissenschaft) Adam Müller, Federico Gentz (1764-Brello/1832-Viena) e Carlos Ludovico von Haller (1768-Berna/1854-Solothurn; obra principal: Restauration der Staatswissenschaft oder Theorie des naturlich-geselligen Zustandes, 6 volumes, 1816-1834). Estritamente considerados, estes três autores, reunidos por Roscher sob a denominação de

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"Escola Romântica", não formam uma unidade teórica, mas sim política (e mesmo assim com ressalvas e limitações). Particularmente a "Teoria Patrimonial do Estado", de Haller, que considerava o Estado medieval como uma soma de contratos de direito privado, é absolutamente anti-romântica e no fundo, inclusive, individualista. Por sua vez Gentz não era um teórico, mas sim um homem de Estado (prático), ao estilo de Metternich. De supostos puramente românticos partiam somente Adam Müller, Franz von Baader, Görres e Novalis.

Características Objetivas da Corrente germânica

A nomeação de uma corrente doutrinária qualquer, deve representar e expressar o(s) significado(s) que se pretende(m) explicar. No caso aqui em apreciação, temos nominado as duas Correntes antagônicas (A e C) com 5 expressões distintas (cada uma):

(A) Corrente Universalista, Intervencionista, Nacionalista e Histórico Institucionalista; e

(C) Corrente Individualista, Liberal, Cosmopolita e Abstrato Materialista. Busca-se, com isto, alcançar o mais fidedignamente possível, o conjunto expressivo das respectivas características doutrinárias, sabendo-se que tais expressões são, sem dúvida, muitas vezes, dúbias e incompletas relativamente ao objetivo proposto. É o caso, por exemplo, do termo Universalista, que é utilizado aqui com a conotação correta que Othmar Spann forneceu (ver Apêndice 1), e que não possui qualquer conotação com cosmopolitismo, internacionalismo, etc; que parece supor, para os que não estão familiarizados com este autor e o verdadeiro significado do termo.

Fizemos também, ao longo deste artigo, uma redução semântica da Corrente “A” acima à expressão Corrente germânica; e uma redução semântica da Corrente “C” acima à expressão Corrente britânica.

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Estas duas correntes, como dito, são antagônicas entre si, por razões de completo antagonismo nos três fundamentos doutrinários: são antagônicas no Fundamento Político/Sociológico; são antagônicas na Fundamento Político/Estratégico; e são antagônicas no Fundamento Metodológico.

..."Sem dúvida, no terreno dos princípios, as concepções conservam-se claramente opostas. E não poderia deixar de ser de outra forma, pois oriundas de filosofias muito diversas, revestem interesses divergentes. Como acentuou G. Pirou, "uns querem guardar aquilo que possuem e outros obter o que não possuem. Uns crêem na onipotência das fatalidades naturais e outros no poder libertador da ciência e da razão humana. Uns apaixonam-se sobretudo pela justiça e outros almejam a liberdade. Uns colocam acima de tudo a nação a que pertencem e outros sonham com o bem da humanidade ou com o interesse de sua classe. Encontram-se aí tantas oposições que é pouco verossímil que elas se resolvam em harmonia por um golpe de varinha mágica."

Os termos "Universalista" (1); "Intervencionista" (2); e [Nacionalista e Histórico Institucionalista] (3), da Corrente germânica, contrapõem-se - item a item - aos termos "Individualista" (1); "Liberal" (2); e [Cosmopolita e Abstrato Materialista] (3), da Corrente britânica. O item (1), em ambas as correntes, se à Fundamentação Político/Sociológica. O item (2) refere-se à Fundamentação Político/Estratégica. E o item (3) refere-refere-se à Fundamentação Metodológica das respectivas correntes.

O termo "Universalista", na Corrente germânica, tende a expressar um conjunto de idéias muito significativo, sendo que duas são particularmente

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importantes: (i) a idéia de que o ser humano é um ser político e social, no sentido de que não pode desenvolver-se por si mesmo, mas unicamente em espiritual comunidade com os demais seres humanos; i.e. desenvolve-se unicamente em mutualidade, em polaridade (Gezweiung); toda vida espiritual existe através da existência dos demais. (Neste aspecto, convido o leitor a ler o Apêndice 1, para um aprofundamento). E (ii), a idéia de que a análise dos fenômenos econômicos (stricto sensu) deve, obrigatoriamente, ser feita em conjunto com as análises das demais disciplinas (ciências) humanas e sociais; sendo, inclusive, tais disciplinas externas ao fenômeno econômico, primigênias do próprio saber econômico. (ver adiante). Ou conforme W. Roscher bem definiu, já em 1843:

..."É preciso conhecer todos os fenômenos, cujo conjunto forma a vida econômica, principalmente a língua, a religião, a arte, a ciência, o direito, o Estado e a economia."

O termo "Intervencionista", na Corrente germânica, não expressa unicamente a idéia de um dirigismo produtivo governamental, ou um dirigismo nos assuntos econômicos como um todo. Aqui, muito mais importante do que tal "dirigismo" (mais encontrado em variantes da Corrente Socialista), é a idéia de que a organização econômica e social concreta (a estrutura econômica e social), define-se por estruturas de poder, e por uma dada estrutura institucional de poder de forças muito desiguais; e que qualquer defesa de uma abstrata liberdade absoluta entre partes desiguais tende unicamente a elevar a própria desigualdade. Assim, somente a intervenção (e/ou a proteção, que é o outro termo também empregado para designar este propósito) do orgão público pode (e deve), não eliminar, como supõem certas variantes da Corrente Socialista, mas minimizar tais desigualdades. Caracteriza também a idéia de um "protecionismo econômico" (stricto sensu), no sentido de que cabe, obrigatoriamente, ao Estado, a proteção de suas indústrias, de seus recusrsos, de suas forças produtivas, etc., em defesa de toda a nação, contra a fraude doutrinária estratégica britânica do livre cambismo e do liberalismo em geral, com suas teses de "especializações naturais entre as nações", de "vantagens competitivas" (absolutas ou relativas), etc.

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E os termos [Nacionalista e Histórico Institucionalista], da Corrente germânica, tendem a enfatizar (entre outras) as características metodológicas de tal corrente doutrinária: o Método Histórico - particular (e institucional).

..."[Quanto ao alcance e ao método da Economia}, os alemães lançaram um tríplice ataque à economia inglesa. Atacaram seu alcance estreito e

individual, procurando substituir a ciência especializada da riqueza

individual de Senior por um estudo mais amplo que apresentasse as interrelações dos diversos aspectos do conjunto social; em segundo lugar, criticaram a natureza estática dos postulados e as "leis" clássicas baseadas nestes supostos. E em terceiro lugar, objetavam o método

abstrato dos economistas clássicos e procuraram substituí-lo por

métodos mais realistas."

Podemos, então, e adicionalmente, listar certas características doutrinárias típicas da Corrente germânica em Economia Política, ao menos em sua fase contemporânea. Saliente-se que uma boa atualização (e compreensão) dos princípios doutrinários da Corrente gemânica pode se apreciada através dos postulados da vertente Institucionalista Original, i.e., dos postulados estabelecidos (unicamente) por Thorstein Veblen, John Commons e C. Ayres. Assim, adicionalmente, as vertentes da Corrente germânica:

(1) Repelirão, unanimemente, a idéia de uma harmonia espontânea entre os interesses privados e o interesse público;

(2) Afirmam a interdependência/organicidade dos comportamentos humanos e sociais; inclusive, como dito anteriormente, com ênfase nos aspectos e disciplinas exteriores aos fenômenos/comportamento econômicos (históricos, religiosos, institucionais, religiosos, filosóficos, etc.), para a compreensão dos próprios fenômenos/comportamentos econômicos; em suma, o comportamento econômico é um dentre vários comportamentos humanos, sendo que os desejos, os impulsos, etc., de natureza não-econômica (material) jogam um papel preponderante para esta compreensão. Daí a importância, em todas as vertentes desta Corrente, do estudo histórico-institucional, da

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compreensão sociológica, religiosa, psicológica, etc., para a compreensão do comportamento estritamente econômico (material). E é neste sentido que esta Corrente entende que as "Necessidades Humanas" são necessidades sociais, i.e., são necessidades institucionais. Assim como a própria escassez material (conceito tão caro aos "economistas") é um fenômeno que só pode ser compreendido por ângulo institucional. Finalmente, são as instituições (inclusive os modos habituais de pensar e de se comportar) que determinam a estrutura, a forma, as características da economia de uma nação (a produção, a distribuição, o consumo), as necessidades, a tecnologia, as organizações;

O que este item ressalta é que a Economia deve ser analisada como uma totalidade. A atividade econômica não é meramente a soma das atividades dos indivíduos movidos pela busca de um ganho econômico máximo (ou um calculador onipotente de prazeres e de dores a cada ato). Na atividade econômica discernimos padrões de conduta coletiva, que não se reduzem à pura soma dos atos individuais, e estritamente racionais;

(3) Mormente em suas expressões contemporâneas e institucionais, criticam o empenho dos economistas clássicos e neoclássicos - antigos e atuais - em buscar leis imutáveis da Economia e a preocupação com a idéia absolutamente estapafúrdia de equilíbrio do sistema econômico, ou de qualquer tendência espontânea a um suposto equilíbrio O importante é captar o movimento e a evolução das instituições econômicas. Acreditam na vigência de mudanças cumulativas e na existência de desajustes inerentes à vida econômica, a demandar controles através da ação governamental. Defendem o planejamento econômico, e a interferência governamental para corrigir os desequilíbrios do ciclo econômico - ciclos estes que nada têm de natural, pois, ao contrário, são, normalmente, resultados das ações especulativas e propositais dos "Homens de Negócios". Não aceitam a idéia de uma ordem social harmônica, reconhecendo-se a existência de profundos choques de interesses entre grupos na sociedade;

(4) Possuem uma concepção significativamente distinta de riqueza vis-à-vis a Corrente britânica. A Riqueza de uma nação/sociedade, para a Corrente germânica, não é própria e unicamente a soma empírica, (material) de bens,

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mas sim um vetor intangível e incontável ordinariamente, relacionado a uma espécie de patrimônio educacional e moral da nação: educação, caráter, habilidades, moral, religiosidade, tradição, cultura, etc., em suma, uma matriz moral/ética, uma espécie de habilidade (ou nobreza) do Volksgeist (do Espírito de um Povo). Em Adam Müller, no início do século XIX, tal forma de riqueza tomava a expressão de um dos principais "fatores produtivos"; e em Friedrich List, tal matriz intangível e incontável tomava a designação de "forças produtivas da nação". Ou seja, não só os valores de troca tangíveis, materiais, importam para a Economia, mas também, e principalmente, a capacidade de criar riqueza, as "forças produtivas da nação". Ou, como já desde o século XVII Antonio Serra designava: os "accidenti comuni"; Logo, a Riqueza de uma nação não é única e somente a herança natural de seus recursos, ou o esforço produtivo e comercial de uma nação em si; não é unicamente o Resultado (fisicamente perceptível), mas também, e principalmente, as pré-condições para este resultado;

Considerações Adicionais sobre a Variante Institucionalista

..."Insitutional economics has been the principal school of heterodox thought in economics." (Warren J. Samuels, in Palgrave's Dictionary of Economics)

Diferentemente do mainstream econômico, que coloca como centro do problema econômico: (1) a alocação de recursos; (2) a distribuição da Renda; e (3) a determinação dos níveis de renda, produção e preços, a economia institucional coloca como prioritário na análise econômica, o problema da organização e controle do sistema econômico, i.e., sua estrutura de poder. Assim, enquanto os economistas ortodoxos, aqui designados como integrantes da Corrente britânica tendem fortemente a identificar a economia (unicamente) com o Mercado, os economistas institucionalistas argumentam que o próprio mercado é uma instituição, compreendendo um conjunto de instituições subsidiárias, e interativo com outros complexos institucionais da sociedade. A posição clara dos economistas institucionalistas é que não o mercado, mas a estrutura organizacional de uma economia ampliada, é que

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efetivamente aloca os recursos. A estrutura de poder relaciona-se a direitos legais; logo, à intervenção do governo na formulação destes direitos legais de significados econômicos, e portanto influenciando a alocação de recursos, o nível de renda, e a distribuição da riqueza. Assim, os institucionalistas estão menos preocupados com os preços e a alocação de recursos per se, e mais preocupados com o problema da organização e do controle da economia, i.e., com a performance vista mais como uma decorrência da estrutura de poder, assim como da tecnologia. Os institucionalistas estão interessados, e.g., na formação e no papel das instituições, nas interrelações entre a economia e os sistemas legais, e entre o poder e o sistema de crenças (de hábitos de pensamento difundidos). Dão ênfase, assim, às estruturas de poder, ao sistema (difundido) de hábitos e de crenças, e à tecnologia; tudo isto no contexto de preocupações com social change e social control (temas absolutamente retirados do mainstream econômico asséptico, por motivos que parecem bem óbvios ao verdadeiro analista social). O fenômeno econômico depende, para os institucionalistas originais, mais do hábito que do interesse pessoal. O pensamento econômico, assim, é encarado mais do ponto de vista psicológico e comportamental - apresentando-se sob uma forma mais intuitiva e costumeira-habitual -, do que lógica e racional.

Finalmente, e pelas razões rapidamente apresentadas acima, deve-se indicar que os pensadores das inúmeras vertentes da Corrente germânica (i.e., os grandes pensadores econômicos) e da vertente institucionalista (original), em particular, encontravam-se, pelo menos até o término da Segunda guerra mundial, autorizados mentalmente e, portanto, instrumentalizados, com possibilidades plenas de análises sobre a estrutura socioeconômica de uma nação, i.e., encontravam-se conscientes da importância da análise das estruturas de poder e da organização social como um todo, para a compreensão da Economia. Hoje, certamente, aqueles que se aventuram a descrever tais "estruturas de poder", no campo da Economia, ou em qualquer outro, poderá ser considerado elemento pernicioso ou pouco acadêmico, por mais verdadeiras, profundas e corretas que sejam as suas verificações e análises. O acadêmico, nas áreas de ciências humanas e sociais (incluindo a Economia Política), infelizmente, transformou-se em sinônimo de assepsia analítica e ataraxia conceitual.

(25)

1

Evidentemente, existem, de forma marginal, certos professores que incluem em suas disciplinas alguns (poucos) nomes dos que serão aqui mencionados, pertencentes à Corrente germânica (e outras). O próprio Instituto de Economia da UFRJ oferece, eventualmente, através de meus esforços, um curso específico (eletivo) sobre "tradições não ortodoxas em Economia Política", e certos docentes incluem em seus programas algumas variantes destas tradições. Em certos departamentos de Economia de universidades de países desenvolvidos, alguns tópicos sobre a "Economia Nacional" de F.List são, igualmente, mencionados, e até mesmo elevam-se os interesses nas obras de Othmar Spann e nas dos Cameralistas alemães e austríacos. Entretanto, nenhuma dessas e outras exceções invalidam a assertiva geral de que os "grandes pensadores econômicos" não são incluídos ou sequer mencionados no mainstream econômico, totalmente dominado pela Corrente Individualista Liberal britânica de quase todas as Universidades do mundo.

2

Professor do Instituto de Economia da UFRJ. 3

Dístico, em epígrafe, in Spann, Othmar, Haupttheorien der Volkswirtischaftlehre, auf lehrgeschlichtlicher Grundlage, 1904, Cap. VIII, item 1, p. 140.

4

Não pretendo esclarecer aqui a importante definição dos períodos que caracterizam a "nossa época" (Moderna), pois isto demandaria um espaço bem superior ao deste artigo. Friso, unicamente, que o termo "nossa atual época", neste artigo, refere-se ao período aproximado de 1860 até c. 1945; e a "nossa presente época", ao período aproximado do pós IIa. Guerra Mundial.

5

O qualificativo "maçônico", aqui, na Corrente Individualista, Liberal, Materialista britânica, possui uma importância e abrangência tamanha que não poderia, num espaço tão curto, ser apreciada. Apenas para uma pequena indicação ao leitor, refiro-me aqui à importância que os círculos secretos, inclusive o maçônico, jogaram na configuração das idéias e das doutrinas (e das ações) dos episódios históricos chaves, ao longo dos séculos XVII e XVIII - e mesmo posteriormente, até hoje, inclusive - que conformaram a própria doutrina Liberal Individualista hedonista materialista. Refiro-me especificamente às vinculações em torno do círculo secreto de Lorde Shelburne (protetor de Adam Smith, Jeremy Bentham, e tantos outros); às vinculações planejadas e financiadas pela Cia. Inglesa das Índias Orientais; à vinculação de Adam Smith com a maçonaria escocesa; à vinculação de Jeremy Bentham com a Inteligência exterior do Império Britânico (Diretor Geral); às vinculações profundas dos "canais venezianos" históricos dos oligarcas usurários e rentistas de Giammaria Ortes (inc. Conti, Casanova, et alli); às vinculações da maçonaria com os "Iluminatti" e com os fisiocratas franceses, inclusive com as articulações com a Casa de Orleãens para o "Grande Golpe Inicial" (a Revolução Francesa); às vinculações dos jesuítas (da Cia de Jesus) com os fatos aqui em consideração, etc. Talvez o leitor não saiba, mas no final do século XVIII, todo o estudo e ensino de economia política na Grã-Bretanha se concentrava no Centro de treinamento da Cia das Índias Orientais, em Haileybury, onde J. Bentham estava intimamente associado. Daí sairam Thomas Malthus, David Ricardo, James Mill e John Sturat Mill. Lorde Shelburne era o principal representante político dos

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interesses da Cia das ïndias Orientais à época, tendo feito um acordo com o Rei Jorge III, pelo qual a Companhia assumiu o governo da Inglaterra, com ajuda do próprio Banco da Companhia, o Baring Brothers. O resultado foi o longo governo do fantoche de Shelburne (William Pitt, o jovem). Shelburne não pôde assumir diretamente a função devido às suas vinculações estreitas com os jesuítas.

O leitor entendido nestas "questões" poderá argumentar que a variante "Sistema americano de economia política" (conforme A.Hamilton designou ao publicar o seu famoso "Relatório das Manufaturas"), incluída aqui neste artigo na Corrente Universalista, Intervencionista, Nacionalista e Histórico-Institucionalista, ou Corrente germânica, vinculou-se também fortemente a certos círculos maçônicos; por exemplo, os círculos de Lazare Carnot e do Marquês de Lafayette, colaboraram intimamente com importantes círculos secretos dos EUA, especialmente pelos canais da associação maçônica militar estadunidense que Lafayette representava na Europa, a "Society of the Cincinnati" (A Sociedade dos Cincinatos). E Mathey Carey era ex-associado íntimo de B. Franklin e de A. Hamilton, sendo que foi o próprio Lafayette quem apresentou Friedrich List a M. Carey, e que tanta importância possuiu para os destinos dos EUA.

6

Não se trata aqui de um simples jogo de palavras. Do ponto de vista conceitual é amplamente conhecida a existência de "dois Marx": o designado "jovem Marx", autor dos chamados "escritos da juventude", i.e., principalmente das obras: "Bruno Bauer e a Questão Judaica" (1843); "Contribuição à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" (1844); e os "Manuscritos Econômicos Filosóficos (1844); todos anteriores ao "Manifesto Comunista" e ao volume I d'O Capital (o único volume escrito por Marx); e o "Marx da maturidade", i.e., autor - entre outras - das 2 últimas obras citadas. Este "segundo Marx", na realidade, por questões óbvias, é o mais conhecido. Entretanto, aqui, não me refiro a esta divisão clássica conceitual; refiro-me ao "jovem Marx" anterior à sua conversão ao satanismo (inclusive ritualístico), e anterior, igualmente, à sua adesão aos círculos maçônicos da "Jovem Europa", de Giuseppe Mazzinni. Para maiores esclarecimentos, ler, inicialmente, "Marx and Satan, Wurmbrand, Richard, 1986, Crossway Books, USA/CA.

Com relação à integração e à convergência conceitual da economia marxista com os economistas clássicos britânicos, especialmente com D.Ricardo, ver Schumpeter, Joseph, "Tem Great Economists, From Marx to Keynes", Oxford Press, 1951 pp 35-36: "Teve Marx, então, também um mestre? Poe certo. A compreensão real de sua Economia deve começar com o reconhecimento de que, como teórico, ele foi discípulo de Ricardo ... O próprio Marx admitiu isso em grande parte ...";

7

L.R. Vieira Souto, início do século XX, in Edgard Carone, "O Pensamento Industrial no Brasil, 1880-1945", 1977;

8

Aliás, o patrulhamento ideológico-político consciente, por parte de pigmeus mentalmente deficientes, é um dos esportes mais difundidos do parque zoológico intelectual e das estruturas do poder, tendo tais "serviços" levado já verdadeiros insetos - pseudos intelectuais lobotomizados, acólitos de uma oligarquia fraudulenta e jurássica - a postos importantes na escala da subserviência social. Alguns até a postos políticos maiores. [Gostaria de esclarecer que os comentários desta nota não dirigem-se a qualquer professor

(27)

ou professora da UFRJ. Estou certo de que, se algum dia, um destes insetos lobotomizados tiver o descuidado, por absoluta falta do que fazer, de ler estas notas, certamente irá saber que é um dos aqui referenciados]

9

É de se notar, inclusive, que grande parte do desconhecimento destes grandes pensadores econômicos pode ser (talvez) creditada à pura ignorância (no sentido não pejorativo do termo; aliás, com exceção dos gênios, ninguém nasce sabendo! ). Muitos economistas não conhecem, igualmente, vários outros fatos sumamente importantes e relevantes para a sua própria profissão. Muitos não sabem, por simples exemplo, também, que o Federal Reserve (FED), o Banco Central norte americano, é uma instituição privada (desde 1914), cujos 8 principais Bancos acionistas, pertencem, todos, a históricas famílias "templárias"; ou coisas bem mais simples, como o fato de Londres continuar sendo (de longe) a principal praça financeira internacional. Isto não teria importância se a nossa "sociedade" não fosse uma "sociedade pecuniária". Como é, parece importante que as "pessoas ditas economistas" saibam que "Londres" controla as "finanças internacionais".

Referências

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