d
dx
d
dx
d
dx
d
dx
R dx
R dx
R dx
R dx
sen x
cos x
− sen x
− cos x
d
dx
R dx
e
x
1
0!
x
1!
x
2
2!
x
3
3!
· · ·
x
n
n!
d
dx
R dx
d
dx
R dx
d
dx
R dx
d
dx
R dx
d
dx
R dx
log x
0!
x
−
1!
x
2
2!
x
3
−
3!
x
4
· · ·
(
−1)
n
n!
x
n
d
dx
R dx
d
dx
R dx
d
dx
R dx
d
dx
R dx
d
dx
R dx
d
dx
R dx
Mar o A. P. CabralPrimeira Edição V1.0
Julho de 2010
Mar o A. P. Cabral
PhD Indiana University EUA
Professor doInstituto deMatemáti a
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Departamento de Matemáti a Apli ada
Instituto de Matemáti a
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Rio deJaneiro -Brasil
Cópias são autorizadas e bemvindas: divulguenosso trabalho! Consulte o sítio
www.labma.ufrj.br/~m abral/l ivro s ouentre em ontato om o autor em
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rédito ao autor e distribuam a obra resultante sob a mesma li ença, ou sob uma li ença
similar à presente.
Fi ha Catalográ a
Cabral, Mar oA. P.
Curso de Cál ulo de Uma Variável / Mar o Cabral - Rio de Janeiro: Instituto de
Matemáti a, 2010.
1. Cál ulo I.Título
CDD: 512.5
Sobre o Autor
Mar o Cabralfez o Ba harelado em Informáti a na UFRJ, oMestrado emMatemáti a
Apli- ada na UFRJ e o doutorado em Matemáti a na Indiana University (EUA). Trabalha om
equações diferen iais par iais eAnáliseNuméri a. É professor noInstituto deMatemáti a na
Agradecimentos
Aosprogramadores que riaramosprogramasquepermitiramaproduçãodestematerial. Este
produtoéherdeiro da ulturaGPL(GnuPubli Li ense),quepermiteoreuso de ódigofonte.
Agrade emos:
•
em primeiro lugar, Douglas Knuth pelo T EX, software que permite que este material
sejatão bonito;
•
Leslie Lamport peloL A T E X, pa ote baseado no T E X;•
Linus Torvalds pelokernel dosistema opera ional GNU-Linux;•
Ri hard Stallman, responsável pelo projeto GNU, pelos diversos programas do sistema opera ional GNU-Linux e milhares de pessoas por dezenas de softwaresutilizados: tar ( ompa tação de arquivos), make (geren iador de programa), aspell
( orretor ortográ o), grep, find,ghostview, xpdf, ...;
•
Mark Shuttleworth riador da distribuição do Linux XUbuntu que utilizei para produzireste livro;•
Bram Moolenaar pelovim (editor detexto);•
Till Tantau pelo TikZe PGF (quepossibilitoua geraçãode grá os tãobonitos);•
Raimundodos SantosMoura pelo vero (Veri ador Ortográ o em português);•
a Wikipedia e seus milhões de olaboradores, por algumas guras e ideias utilizadas emvários exemplos.Pref´acio
Todoaspe todeste livrofoi inuen iado pelodesejo deapresentar o Cál ulo não
somente omo umprelúdio,mas om um primeiro en ontro real om a
Matemá-ti a. (...) Além dedesenvolver a intuiçãodo estudante sobreos belos on eitos
de Análise, é ertamente igualmente importante persuadi-los que a pre isão e o
rigor embora não sejam um m em si mesmo são o meio natural para
formular e pensar sobre questões matemáti as. (Prefá io do livro de Cál ulo do
Spivak [Sp℄,em traduçãolivre)
Para o estudante
Este livro tem omo fo o o aluno e suas di uldades, tratando-os de forma inteligente. No
texto olo amos emdestaque, dentro deuma aixa de texto:
(a) dúvidas de Pré-Cál ulo in orporadasdiretamente aos on eitos deCál ulo, ao invés
deapresentadas emCapítulo ini ialderevisão,re urso didáti odesmotivantepara o aluno(e
para o Professor);
(b) Erros Comuns ometidos pelos alunos.
Além de diversos livros modernos de ál ulo, re omendamosa onsulta eleitura delivros
(mais antigos) lássi os de Cál ulo:
(a) Courant [Co℄ Dierential and Integral Cal ulus vol. 1 de 1934;
(b) Spivak [Sp℄Cal ulus de1967.
Re omendo fortemente que os alunos que tenham seu interesse despertado utilizem
o livro de Cál ulo do Spivak. É interessante também folhear sem ompromisso o livro do
Courant. Experimente ler o apítulo sobre limites do livro do Spivak. Experimente ler sobre
a fórmulade Stirling(fatorial)nolivrodo Courant. Vo ê orre oris o de ar fas inadopelo
Cál ulo.
( ) Livros de Análise Real, a teoria que fundamenta a matemáti a: Neri e Cabral [NC℄
Curso de Análise Real (disponível online em www.labma.ufrj.br/~m abra l/li vros ).
Para a fundamentação teóri a do Cál ulo é ne essário estudar análise, urso que alguns de
vo ês podem querer fazer depois do Cál ulo.
(d) Livros de DivulgaçãoMatemáti a:
Courant,R.; Robbins, H.. Oque é Matemáti a? Editora Ciên ia Moderna, 2000.
Polya, G.; A arte deresolver problemas. Editora Inter iên ia.
Kasner, E.;Newman, J.;Matemáti a e Imaginação. Jorge Zahar.
Davis, Philip J.; Hersh, Reuben; A Experiên ia Matemáti a. Editora Fran is o Alves
(1985).
Estas leituras vão abrir um pou o os horizontes. São todos lássi os. In luem todo tipo
de Matemáti a, passando por lógi a, números, topologia, teoria da omputação, losoa da
É parte fundamental doaprendizadodeMatemáti aresolver exer í ios,tantosquantofor
possível. Deve-se tentar resolver os Exemplos que apare em ao longo do texto sem olhar a
resposta no naldo livro. Ao nal de ada apítuloexistem exer í ios,todos om soluçãoe
resposta no nal dolivro, divididos em4 grupos:
•
Exer í ios de Fixação: Devem ser feitosimediatamente apósa leitura dotexto. Sãode resposta urta. Não saber resposta orreta sugere um retorno ao texto. Deve-se fazertodos antes de seguir adiante.
•
Problemas: Sãoos prin ipaisexer í iosdo apítulo. Todos(ouquase)devemser feitos.•
Problemas Extras: Caso o aluno tenhafeito todos os problemase desejemais práti a.•
Desaos : Para se aprofundar na dis iplina. São op ionais. Seções mar adas por uma estrela⋆
sãoop ionais.Para o Professor
Com a massi ação do ensino de Cál ulo surge a ne essidade de se mudar os paradigmas de
avaliação. Para isto, a es olha dos tipos de exer í ios sãomuito importantes.
É omum obraremavaliaçõesexer í iosdotipoDetermineo ilindro om maiorvolume
ins rito.... Paraavaliaçãoemmassaémelhorsepararemitensindependentes amodelagem
(determine a função e o intervalo onde ela deve ser maximizada) da resolução (determine
o máximo da função
f
no intervalo). Mais ainda, deve-se obrar a apli ação dos Teoremas orretos que garantem a existên ia do máximo (Teorema do Valor Extremo) em intervalosfe hados elimitados emétodos para determinar máximo emintervalo abertoou ilimitado.
O mesmo vale para ál ulo de áreas e volumes. Deve-se pedir a integral (ou soma de
integrais) que determinam a área ou volume. A integração em si deve ser um exer í io à
parte.
No esboço de grá os de funções ra ionais é melhor forne er a derivada e a derivada
segunda. Embora sejafá il al ular, é muitofá il errar um sinal ououtro, prejudi ando toda
a questão. Deve-se obrar derivar emquestão à parte.
Além disso, deve-se olo ar mais ênfase na formação de on eitos e entendimento dos
Teoremas. Istopassa por exer í iosde natureza on eitual: Verdadeiroou Falso, dêexemplo
ou ontraexemplo,et .
Porque um novo livro?
•
A es olha da li ença do tipo opyleft (o ontrário do opyright) é parte funda-mental deste projeto. A li ença Creative Commons Atribuição (BY)Uso Não-Comer ial (NC) Compartilhamento pela mesma Li ença permite que
ou-tros possam opiar ou redistribuir esta obra sem ns omer iais, adaptar e riar obras
derivadassobre esta obra sem ns omer iais, ontanto que atribuam rédito ao autor
e distribuam a obra resultante sob a mesma li ença, ou sob uma li ença similar à
pre-sente. Destaformaestelivropoderáseraperfeiçoadodaquipordiante,aoinvésdetodo
esforço envolvido se perder aso o livro pare de ser editado. Para detalhes onsulte:
tam-humanidade. Mande sugestões, erros e soli ite o fonte (latex) para o autor Mar o
Cabralem map abral (at) ufrj(dot) br.
•
Permitir aos alunos de todo o Brasil a esso fá il (internet) a material gratuito e de qualidade.•
O material de pré- ál ulo está disseminado ao longodo urso, dentro dos apítulos de limite, derivada e integral. Asolução usual de in luir um apítulo ini ial somente ompré- ál ulo é pou o motivante, o que faz om que frequentemente sejaignorado pelos
alunos e professores. É nosso desejo também que o aluno ome e a aprender ál ulo
desde o primeiro diade aula.
•
Os exer í ios são por apítulo, evitandoexer í ios desintegrados. Exer í ios por Seção tendema obrir muito pou o materiale treinar o aluno numa úni a té ni a.•
É fundamental que o livro sejapequeno para quealunos leiam o texto e que a quanti-dade deexer í ios seja razoável,para não desen orajar os alunos. A tentaçãoé grandede olo ar muitos tópi os. Por esta razão os livros de Cál ulo hegam a ter 500 ou
mais páginas. Mas hoje em dia é desne essário olo ar detalhes de tópi os pois
pode-mos remeter os alunos para outros livros ou internet. Levantamos tópi os diversos em
observações ao longodo texto e nos Desaos de nal de apítulo.
•
Criar umpa ote ompleto, om livrotexto, exer í ios( om respostas)e transparên ias para um urso de Cál ulo.Como foi es olhido o material?
Determinamos os tópi os tomando por base o urso usualmente ministrado na UFRJ. Além
disso o omponente estéti o foi fundamental: os alunos devem per eber a beleza da
Mate-máti a. Algumas es olhas importantes foram feitas:
•
material de pré- ál ulo está disseminado pelos diversos apítulos do livro, ao invés de olo ado noprimeiro apítulo. Porexemplo, optamos por olo aros tópi os:modelagem: na Seção de max/min;
omposição e inversa de funções: na Seção de regra da derivada da adeia e da
inversa;
equação da reta: no iní io doCapítulo de derivada;
análise de sinal de funções (desigualdades): no Capítulo de Limites, na seção de
limites noinnito;
translação de grá o, função denida por partes: noCapítulo de limites;
log/exp: na Seção de derivadada omposta efunção inversa.
•
O limite fundamental trigonométri o (sen(x)/x
quandox
→ 0
) é apresentadono nal do Capítulo de Limites omo uma das apli ações do Teorema do sanduí he (ou•
Denimos onúmeroe
(base dologaritmo natural) atravésdo limite(1 + h)
1/h
quando
h
→ 0
no nal do Capítulo de Limite. Cone tamos om apli ações da exponen ial: juros ompostos ontínuos, res imento popula ional, de aimento radioativo. É umresultadobonitoquemere eodevidodestaque,aoinvésdaopçãousual deapresentá-lo
omomero passode ál ulo daderivadadologaritmoouda exponen ial. Outraopção,
ainda menos feliz, é adiar isto, juntamente om a denição do logaritmo, para depois
do apítulo de integral. Isto não impede que se faça a denição do log om integral
depois.
•
Esboçodegrá odefunção apare e logonoiní io,noCapítulodelimites (embora res-tritoafunçõesra ionais). Vaireapare erdepoisnoCapítulodeApli ações daDerivada.•
O ál ulo de volumede sólidos é feito om somente uma té ni a: Cavalieri. A té ni a para sólidos de revoluçãoé uma mera apli ação deCavalieri.•
Provamos (ou indi amos a prova) de todos os Teoremas interessantes, om padrão de rigor variável, a essível aos estudantes. Provas de resultados buro ráti os (limite eSum´ario
Sobre o Autor iii
Agrade imentos v
Prefá io vii
1 Limite 1
1.1 Softwares Gratuitos e o Cál ulo . . . 1
1.2 Deniçãode Limite . . . 2
1.3 Limites e Innito: Assíntotas Verti ais eHorizontais . . . 15
1.4 Indeterminações do Limite . . . 29
1.5 Esboçode Grá os(parte I) . . . 30
1.6 Limites Fundamentais . . . 33 1.7 Exer í ios de Limite . . . 40 1.7.1 Exer í ios de Fixação . . . 40 1.7.2 Problemas . . . 43 1.7.3 Extras . . . 45 1.7.4 Desaos . . . 46 2 Continuidade 49 2.1 Deniçãode Continuidade . . . 49
2.2 Teorema do Valor Intermediário (TVI). . . 52
2.3
⋆
Construçãoe Continuidade deFunções Trans endentes e Raiz . . . 552.3.1 Função Raiz . . . 56
2.3.2 Funções Exponen ial eLogarítmi a . . . 56
2.3.3 Funções Trigonométri as . . . 58
2.3.4 Funções Hiperbóli as . . . 59
2.3.5 Outras Funções . . . 60
2.4
⋆
Introdução à Análise Real . . . 602.4.1 Cardinalidade. . . 60
2.4.2 O queé
R
? . . . 612.4.3 Ra ionais,Irra ionais, Algébri os, Trans endentes. . . 61
2.4.4 Denição deLimite . . . 62 2.4.5 Denição deContinuidade . . . 63 2.5 Exer í ios de Continuidade. . . 63 2.5.1 Exer í ios de Fixação . . . 63 2.5.2 Problemas . . . 65 2.5.3 Extras . . . 65 2.5.4 Desaos . . . 66
3 Derivada 69
3.1 Deniçãode Derivada . . . 69
3.2 Derivada de Funções Trans endentes . . . 75
3.3 Propriedades Bási as da Derivada . . . 76
3.4 Derivada da Composta . . . 80
3.5 Teorema do Valor Médio(TVM): Cres imento e De res imento . . . 82
3.6 Derivada da Inversa . . . 86 3.7 Exer í ios de Derivada . . . 88 3.7.1 Exer í ios de Fixação . . . 88 3.7.2 Problemas . . . 91 3.7.3 Extras . . . 93 3.7.4 Desaos . . . 94 4 Apli ações da Derivada 95 4.1 L'Hospital eHierarquia dos Innitos . . . 95
4.2 Aproximando Função Lo almente . . . 98
4.3 Máximoe Mínimo Lo al . . . 101
4.4 Esboçode Grá os(parte II) . . . 104
4.5 Máximoe Mínimo emIntervalos . . . 110
4.6 Problemasde Otimização . . . 113
4.7
⋆
TaxasRela ionadas . . . 1194.8
⋆
DerivaçãoImplí ita . . . 1204.9 Exer í ios de Apli ação deDerivada . . . 121
4.9.1 Exer í ios de Fixação . . . 121
4.9.2 Problemas . . . 124
4.9.3 Extras . . . 128
4.9.4 Desaos . . . 132
4.9.5
⋆
Problemas(Taxas Rela ionadas) . . . 1334.9.6
⋆
Problemas(Derivação Implí ita) . . . 1345 Integral 135 5.1 Deniçãode Integral e Propriedades Bási as . . . 135
5.2 Teoremas Fundamentais do Cál ulo (TFCs) . . . 140
5.3 IntegraisImpróprias . . . 144
5.4 Té ni asBási as de Integração . . . 145
5.4.1 Integração porSubstituição . . . 145
5.4.2 Integração porPartes . . . 148
5.5
⋆
Integraçãopor Frações Par iais. . . 1515.6 Exer í ios de Integral . . . 155
5.6.1 Exer í ios de Fixação . . . 155
5.6.2 Problemas . . . 157
5.6.3 Extras . . . 158
5.6.4 Desaos . . . 160
5.6.5
⋆
Problemas(Integração porFraçõesPar iais) . . . 1606 Apli ações da Integral 163 6.1 Áreano Plano . . . 163
6.4
⋆
Comprimento deCurvas noPlano . . . 1746.5
⋆
Áreade Superfí ie de Sólidode Revolução . . . 1766.6
⋆
Transformadade Lapla e . . . 1776.7
⋆
Série de Fouriere MP3 . . . 1796.8 Exer í ios de Apli ações da Integral . . . 181
6.8.1 Exer í ios de Fixação . . . 181
6.8.2 Problemas . . . 183
6.8.3 Extras . . . 184
6.8.4 Desaos . . . 186
6.8.5
⋆
Problemas(Substituição Trigonométri a) . . . 1876.8.6
⋆
Problemas(Comprimentode Curvasno Plano) . . . 1876.8.7
⋆
Problemas(Área deSuperfí ie de Sólido de Revolução) . . . 187A Respostas dos Exer í ios 189 A.1 Limite . . . 189
A.1.1 Exer í ios de Fixação . . . 189
A.1.2 Problemas . . . 192
A.1.3 Extras . . . 194
A.1.4 Desaos . . . 195
A.2 Continuidade . . . 196
A.2.1 Exer í ios de Fixação . . . 196
A.2.2 Problemas . . . 197
A.2.3 Extras . . . 198
A.2.4 Desaos . . . 198
A.3 Derivada . . . 198
A.3.1 Exer í ios de Fixação . . . 198
A.3.2 Problemas . . . 199
A.3.3 Extras . . . 201
A.3.4 Desaos . . . 202
A.4 Apli ação deDerivada . . . 203
A.4.1 Exer í ios de Fixação . . . 203
A.4.2 Problemas . . . 204
A.4.3 Extras . . . 210
A.4.4 Desaos . . . 216
A.4.5
⋆
Problemas(Taxas Rela ionadas) . . . 217A.4.6
⋆
Problemas(Derivação Implí ita) . . . 218A.5 Integral . . . 218
A.5.1 Exer í ios de Fixação . . . 218
A.5.2 Problemas . . . 220
A.5.3 Extras . . . 222
A.5.4 Desaos . . . 223
A.5.5
⋆
Problemas(Integração porFraçõesPar iais) . . . 223A.6 Apli ações da Integral . . . 223
A.6.1 Exer í ios de Fixação . . . 223
A.6.2 Problemas . . . 224
A.6.3 Extras . . . 226
A.6.4 Desaos . . . 228
A.6.5
⋆
Problemas(Substituição Trigonométri a) . . . 229A.6.7
⋆
Problemas(Área deSuperfí ie de Sólido de Revolução) . . . 229Cap´ıtulo 1
Limite
O on eito de limite é ertamente o mais importante e provavelmente o mais
difí il de todo o Cál ulo. (...) O que nós vamos denir neste Capítulo não é a
palavralimite,e sim a noção de uma função se aproximando de umlimite. [Sp,
p.72℄
Objetivos: Apresentar o on eito de limite de forma intuitiva e olo ar o aluno em
ontato om diversos tipos de funções: exponen ial, log, raiz e translações destas; funções
denidas por partes; funções mais ompli adas tipo
I
Q
(função indi adora dos ra ionais) esen(1/x)
.Apresentamos omaterial de pré- ál ulo integrado om onteúdo de limite. Isto permite
exibilidade dea ordo om as di uldades de adaaluno.
Damos o destaque e batizamos a té ni a de mudança de variáveis do limite, que é uma
prévia da mudança de variáveis na integral. Logo após introduzir assíntotas (verti ais e
horizontais),ensinamos a esboçargrá os. Passamosrapidamentepelaspropriedades bási as
(limite da soma, produto,diferença, et .) pois são buro ráti as.
ApresentamosLimitesfundamentaisdosenoedaexponen ial(olimitequedeneonúmero
e
) noprimeiro apítulo poisqueremos utilizar logaritmoe exponen ial desde o omeço.1.1 Softwares Gratuitos e o Cál ulo
Émuitointeressanteutilizaralgunssoftwares paraaprenderCál ulo. Vamosapresentaralguns
softwaresgratuitosquepodemserutilizadasnoWindowsenoLinux(Ubuntu,Debian,Fedora,
et .).
•
KmPlot: Software de visualização de grá os de funções. É nativo do Linux. Similar ao Winplot.•
Winplot: Software de visualizaçãode grá os de funções. É nativo do Windows mas roda om emulação do Wine no Linux. Pode-se visualizar grá os 2D e3D dados porfunção, parametrização expli ita eimplí ita. Pode-se fazer animações.
•
WxMaxima: Softwarede omputaçãoalgébri a. Cal ula, deformaexata,limites, deriva-das e integrais (entre outras entenas de oisas). Um exemplo é olimite fundamental:limit(sin(x)/x, x, 0);. Cal ula também limites laterais: limit(exp(1/x), x,
0,minus); (esquerda) limit(exp(1/x), x, 0,plus); (direita).
0
Experimente estes softwares desde o iní io. Tente ver funções que apresentamos nos
exemplos em diversases alas.
1.2 Denição de Limite
Vamos apresentar a denição informal (não-rigorosa, intuitiva) de limite, o on eito
funda-mentaldoCál ulo(eda Análise). Adeniçãorigorosa( om
ε
eδ
)estána p.60,últimaseção (op ional) do próximo Capítulo e em qualquer livro de Análise ( omo por exemplo [NC℄). Oresto do apítulo serádedi ado a entendermos a denição delimite.
Denição 1 (limite) Considere uma função real
f
denida perto dec
∈ R
(mas não ne- essariamente denida emc
). Dizemos que o limite def (x)
quandox
tende ac
é igual aL
, denotado porlim
x→c
f (x) = L
, se
f (x)
a bem próximo deL
∈ R
quandox
está su- ientemente próximo dec
∈ R
masx
6= c
. Es reve-se também quef (x)
→ L
quandox
→ c
.Na denição de limite nos aproximamos de
c
pelos dois lados. Podemos denir o limite lateral, à esquerda eà direita,restringindo olado em que amos próximos dec
.Denição 2 (limite lateral pela direita (esquerda)) Considere uma função real
f
de-nida perto dec
∈ R
(mas não ne essariamente denida emc
). Dizemos que o limite def (x)
quandox
tende ac
pela direita (esquerda) é igual aL
, denotado porlim
x→c
+
f (x) = L
(
lim
x→c
−
f (x) = L
),se
f (x)
abempróximodeL
∈ R
quandox
estásu ientemente próximo dec
∈ R
masx > c
(x < c
).Observação 1 Valor da função no ponto NO interessa para efeito do ál ulo dolimite.
Desta forma o
lim
x→c
f (x)
não éne essariamente igual a
f (c)
. Pode o orrer ainda: (a) do limite não existir; (b)da função não estardenida emc
.Quando
lim
x→c
f (x) = f (c)
(o limite existe e é igual ao valor da função no ponto) dizemos
que a função
f
é ontínua emc
. Isto o orre om as funções (bem omportadas) que estamos a ostumados:f (x) = x
2
− 3x − 4, g(x) = sen(x), h(x) = 10
x
, . . .
Observação 2 Em Análiseutilizamos o termovizinhança de
c
ao invésde perto dec
que utilizamos a imae vamos utilizar neste texto. O signi ado pre iso é:Denição 3 (vizinhança) Dado um
c
∈ R
, uma vizinhança dec
éum intervalo aberto(c
− ε, c + ε)
para algumε > 0
.Vamos estudar o on eito de limite através de diversos exemplos. Deve-se omeçar om
o esboço do grá o das funções dos exemplos (ao longo desta Subseção) para al ular seu
limite.
Exemplo 1 Esbo e ográ o e determine ( asoexista):
(a)
lim
x→2
x
x
; (b)lim
x→0
x
x
; ( )lim
x→−3
x
2
x
; (d)lim
x→0
x
2
x
; (e)lim
x→−2
x
x
2
; (f)lim
x→0
x
x
2
.Solução do Exemplo 1 Para (a) e (b) note que
f (x) = x/x
é uma função que vale1
em todos os pontos a não ser em zero, poisf
não está denida em0
(f (0) = 0/0
!), mas isto NO afeta o valor do limite (veja o grá o). Assim, os dois limites valem1
. Na verdade o limite é1
para qualquer valor quex
tenda.x
y
y = 1
2
Para ( ) e (d), de forma similar ao anterior,
f (x) = x
2
/x = x
para todo
x
6= 0
. Emx = 0
a funçãof
não está denida. Assim o grá o (veja gura) é uma reta om um furo na origem. Assim, ( ) é−3
e (d)0
.x
y
y = x
−3
−3
Para (e) e (f),f (x) = x/x
2
= 1/x
para
x
6= 0
. Novamente,f (0)
não está denida(veja o grá o). Assim (e) é1/(
−1/2) = −1/2
. Para (f) o limite não existe pois assume valores muito grandes, se tendermos pela direita,e muito pequenos, se tendermos pela esquerda.x
y
y = 1/x
−2
−1/2
Observação 3 Quando empregar
f
ouf (x)
? Temdiferença?Afunção é
f
,f (x)
éovalorda função al uladaemx
. Maisexatamente,f
éfunção,f (x)
éumnúmero. Frequentementeabusamosalinguagemedizemosafunçãof (x) = x
2
+3x
quando o orreto seriaa função
f
denida porf (x) = x
2
+ 3x
.
Nalinguagem C este erro não seria perdoado pelo ompilador: onfundir
f
(ponteiropara função) omf (x)
(valor retornado pela função)( ¨
⌣)
.Pré-Cál ulo: Re ordeosigni adoe omo esboçarográ odeumafunçãodenidapor
partes omo porexemplo
f (x) =
(
2;
x > 1;
−3; x ≤ 1.
Exemplo 2 Para ada item abaixo, esbo e o grá o de
f (x)
e determine ( aso existam)lim
x→c
+
f (x)
,lim
x→c
−
f (x)
elim
x→c
f (x)
. (a)c = 0
,c = 1
,c = 0.9999
,c = 1.0001
def (x) =
(
2;
x < 1;
−3; x ≥ 1.
(b)c = 2, c = 0
def (x) =
(
x
x
;
x
6= 0;
−2; x = 0.
( )c = 0.0001
,c =
−0.0001
,c = 0
,f (x) =
(
−1; x 6= 0;
3;
x = 0.
(d)c = 0.99, c = 1.01, c = 1
def (x) =
(
x;
x
≤ 1;
4
− x; x > 1.
Solução do Exemplo 2 (a) A função vale
2
atéx = 1
e depois vale−3
(veja grá o abaixo). Assimquandox
→ 0
,queélongede1
,tantopela esquerdaquandodireita,f (x)
→
2
. Agora,lim
x→1−
f (x) = 2
,lim
x→1+
f (x) =
−3
e portantolim
x→1
f (x)
não existe pois
f (x)
difere quando nos aproximamos pela esquerda ou direita do1
. Como0.9999 < 1
, a função perto (bem perto mesmo!) de0.9999
é onstante igual a2
pois estamos a esquerda do1
. Assimlim
x→0.9999
+
f (x) =
x→0.9999
lim
−
f (x) =
x→0.9999
lim
f (x) = 2
. De forma análoga,
lim
x→1.001
+
f (x) =
lim
x→1.001
−
f (x) = lim
x→1.001
f (x) =
−3
.x
y
y = 2
y =
−3
1
(b)Noteque
f (x) = 1
paratodox
6= 0
. Nox = 0
nãointeressaovalor(queéf (0) =
−2
) para efeito do al ulo do limite (veja grá o abaixo). Assim o limite (in luindo os laterais)quando
x
→ 2
oux
→ 0
ésempre1
.x
y
y = 1
y =
−2
( ) Note que
f (x) =
−1
para todox
6= 0
. Nox = 0
não interessa o valor (que éf (0) = 3
)para efeito do al ulo do limite (vejagrá o abaixo). Assim olimite (in luindoos laterais) quandox
→ 0.0001
oux
→ −0.0001
oux
→ 0
é sempre−1
.x
y
y =
−1
3
(d) Como
0.99 < 1
,f (x)
parax
perto (bem pertomesmo!) de0.99
valex
(veja grá o abaixo). Assimlim
x→0.99
+
f (x) =
lim
x→0.99
−
f (x) = lim
x→0.99
f (x) = 0.99
. Analogamente, omo
1.01 > 1
,f (x)
parax
perto (bem perto mesmo!) de1.01
vale4
− x
. Assim,lim
x→1.01
+
f (x) =
lim
x→1.01
−
f (x) = lim
x→1.01
f (x) = 4
− 1.01 = 2.99
.x
y
1
4
y = x
y = 4
− x
1
3
Observação 4 Note que o limite existe se, e somente se, os limites laterais existem e
assumem o mesmo valor.
Observação 5 A divisão
0/0
está na origem de limites interessantes. De forma geral deve-se eliminar raízes em ima e embaixo. O limite pode ser qualquer oisa. Compare,por exemplo o valor de ada um destes limites entre si:
lim
x→0
x
x
, lim
x→0
x
2
x
, lim
x→0
x
x
2
.
Pode-se eliminar raízes omuns no aso de quo iente de polinmios ou então ra ionalizar odenominador.
Pré-Cál ulo: Lembre-se omo manipular expressões algébri as, fatorar raízes, dividir
po-linmios e Teorema D'Alembert: se
c
é raiz de um polinmio entãox
− c
é fator do polinmio. Esqueça o algoritmode BRIOT-RUFFINI,utilize sempre divisão de polinmiospor ser algoritmo fá ilde se re ordar, similara divisão deinteiros.
Exemplo 3 Determine os limites:
(a)
lim
x→2
x
2
− 3x + 2
x
2
− 4
; (b)lim
x→−1
x
3
+ 1
x + 1
; ( )lim
y→3
1
y
−
1
3
y
− 3
; (d)lim
h→0
(x + h)
3
− x
3
h
; (e)lim
t→1
t
2
− t
3
+ t
− 1
t
2
− 2t + 1
; (f)lim
x→−1
f (x)
sef (x) =
x
6
− 1
x + 1
; x
6= −1;
4;
x =
−1.
Solução do Exemplo 3 (a)Como
2
éraizdonumeradoredenominador,pode-sedividirpor(x
−2)
ambos,obtendo-se(x
− 2)(x − 1)
(x
− 2)(x + 2)
. Eliminandoofator omum,obtemoslim
x→2
x
− 1
x + 2
=
2
− 1
(b) Dividindo-se
x
3
+ 1
porx + 1
obtemosx
2
− x + 1
. Logo, parax
6= −1
,x
3
+ 1
x + 1
=
x
2
− x + 1
. Logo olimite vale
(
−1)
2
− (−1) + 1 = 3
.
( ) Primeiro expandimos o numerador obtendo
1/y
− 1/3 =
3
− y
3y
. Portanto,1
y
−
1
3
y
− 3
=
3
− y
3y
1
y−3
. Simpli ando o fatory
− 3
do numerador e denominador obtemos−1
3y
. Quandoy
→ 3
obtemos−1/9
. (d) Expandindo(x + h)
3
e subtraindox
3
obtemos3hx
2
+ 3h
2
x + h
3
. Dividindo porh
(parah
6= 0
)obtemos3x
2
+ 3hx + h
2
. Quandoh
→ 0
, obtemos3x
2
.(e) Dividindo-se ambos por
t
− 1
obtemos(t
− 1)(1 − t
2
)
(1
− t)
2
=
(t
− 1)(1 − t)(1 + t)
(1
− t)
2
=
(
−1)(1 + t)
parat
6= 1
. Logo olimite é(
−1)(1 + 1) = −2
.(f) O valor da função em
x =
−1
é irrelevante para efeito do ál ulo do limite. Comox =
−1
anulaonumeradoreodenominador,x
−(−1) = x+1
éfator omumpeloTeoremade D'Alembert. Seguindo omoem(b),dividindox
6
−1
porx+1
obtemosx
5
−x
4
+x
3
−x
2
+x
−1
. Quandox
→ −1
obtemos(
−1)
5
− (−1)
4
+ (
−1)
3
− (−1)
2
+ (
−1) − 1 = −6
.Pré-Cál ulo: Note que
√
9
6= ±3
! Sempre,√
x
≥ 0
, portanto,√
9 = 3
e−
√
9 =
−3
. Com isso,√
x
2
6= x
,pois é falso para
x < 0
. Naverdade,√
x
2
=
|x|
. Mas(
√
x)
2
= x
sex > 0
(sex < 0
a raiz quadrada não está denida).Pré-Cál ulo: O queé módulo de
x
?(a) algebri amente,
|x| =
(
x;
x
≥ 0;
−x; x < 0.
(b) geometri amente, a distân ia entre
x
e0
. De forma geral,|x − c| = |c − x|
é a distân ia entrex
ec
. Pode ser es rito omo|x − c| =
p(x − c)
2
. Isto é generalizado
pela distân ia entre dois pontos
(x
1
, y
1
), (x
2
, y
2
)
∈ R
2
por
p(x
1
− x
2
)
2
+ (y
1
− y
2
)
2
que denotamos (vejalivro de geometriaanalíti a) pork(x
1
, y
1
)
− (x
2
, y
2
)
k
.( ) gra amente, obtém-se o grá o de
|f(x)|
partindo dográ o def (x)
ereetindo no eixox
o que está abaixo doeixo (os pontos ondef (x) < 0
).Exemplo 4 Esbo e ográ o e determine ( asoexista):
(a)
lim
x→0
−
x
|x|
; (b)lim
x→0
+
x
|x|
; ( )lim
x→0
|x
2
−9|
; (d)lim
x→−3
|x
2
−9|
; (e)lim
x→−3
|x
2
− 9|
x + 3
; (f)lim
x→π
+
sen(x)
| sen(x)|
; (g)lim
x→2π
+
sen(x)
| sen(x)|
; (h)lim
x→0
f (x)
sef (x) =
(
|x
2
− 1|; x > 0
−x + 1;
x
≤ 0.
Solução do Exemplo 4 (a) e (b): omo
x/
|x|
vale1
parax > 0
e−1
parax < 0
(veja grá o abaixo),(a)−1
e(b)1
.x
y
y = 1
y =
−1
f (x) =
x
|x|
( ) e(d): Obtemos ográ ode|x
2
− 9|
(vejaguraabaixo)reetindo noeixo
x
ográ o da parábolax
2
− 9
(indi ada por linha pontilhada). Para al ular o limite, observe que em
tornodos pontos
x = 0
ex =
−3
bastasubstituirovalorda função: ( )|0
2
−9| = |−9| = 9
. (d)|(−3)
2
− 9| = |9 − 9| = 0
.x
y
f (x) =
|x
2
− 9|
−3
3
(e) Primeirovamos esboçar ográ o da parábola
x
2
− 9
.x
y
f (x) = x
2
− 9
−3
3
Assim parax
6∈ (−3, 3)
,|x
2
− 9| = x
2
− 9
(poisa função épositiva) e para
x
∈ (−3, 3)
,|x
2
− 9| = −(x
2
− 9) = 9 − x
2
(pois a função é negativa). Portanto para
x
6∈ (−3, 3)
,|x
2
− 9|
x + 3
=
x
2
− 9
x + 3
=
(x + 3)(x
− 3)
x + 3
= x
− 3
e parax
∈ (−3, 3)
,|x
2
− 9|
x + 3
=
9
− x
2
x + 3
=
(3 + x)(3
− x)
x + 3
= 3
− x
. Portanto ográ o de|x
2
− 9|
x + 3
é:x
y
f (x) =
|x
2
− 9|
x + 3
−3
3
y = x
− 3
y = 3
− x
pois apare e uma divisão por zero. Gra amente é laro que os limites laterais neste ponto
sãodistintos. Comopara
x
próximode−3
masx <
−3
a função valex
− 3
, olimite quandox
→ −3
−
vale
(
−3) − 3 = −6
. Como parax
próximo de−3
masx >
−3
a função vale3
− x
, o limite quandox
→ −3
+
vale
3
− (−3) = 6
. Como os limites laterais são distintos, o limite não existe.(f)e(g): afunçãoalternaentre
1
,quandosen(x) > 0
,e−1
,quandosen(x) < 0
onforme indi ado nográ oabaixo. Nospontosondesen(x) = 0
elanão estádenida. Assim(f)−1
, (g)1
.x
y
f (x) =
sen(x)
| sen(x)|
−π
π 2π 3π
y = 1
y =
−1
(h) Obtemos o grá o(vide gura) reetindo no eixo
x
ográ o dex
2
− 1
para
x > 0
e om a reta1
− x
parax < 0
. O limite quandox
→ 0
+
é|0
2
− 1| = 1
e quandox
→ 0
−
é−0 + 1 = 1
. Como os limites laterais existeme são iguais, olimite é1
.x
y
Pré-Cál ulo: Lembre-se omo ra ionalizarexpressões. Para istomultiplique onumerador
e odenominadorpelo onjugado: o onjugado de
√
a
− b
é√
a + b
.Exemplo 5 Determine os limites:
(a)
lim
h→0
√
h + 1
− 1
h
; (b)lim
x→9
x
− 9
√
x
− 3
.Solução do Exemplo 5 (a) Para
h
perto de0
,h + 1 > 0
. Logo(
√
h + 1)
2
= h + 1
.
Multipli ando o numerador edenominador por
√
h + 1 + 1
obtemos que√
h + 1
− 1
h
=
(
√
h + 1
− 1)(
√
h + 1 + 1)
h(
√
h + 1 + 1)
=
(
√
h + 1)
2
− 1
2
h(
√
h + 1 + 1)
=
=
h + 1
− 1
h(
√
h + 1 + 1)
=
h
h(
√
h + 1 + 1)
=
1
√
h + 1 + 1
.
Quandoh
→ 0
obtemos1/2
.(b) Para
x
próximo de9
,x > 0
eportanto(
√
x)
2
= x
. De modo análogo, multipli amos
por
√
x + 3
eobtemos(x
− 9)(
√
x + 3)
(
√
x
− 3)(
√
x + 3)
=
(x
− 9)(
√
x + 3)
(
√
x)
2
− 3
2
=
(x
− 9)(
√
x + 3)
x
− 9
=
√
x + 3.
Quandox
→ 9
obtemos√
9 + 3 = 3 + 3 = 6
.Pré-Cál ulo: Note que o grá o de
y =
√
r
2
− x
2
é somente meio ír ulo de raio
r
(porque?). O grá o de−
√
r
2
− x
2
é outra metade. O grá o é parte do ír ulo pois
y
2
= r
2
− x
2
,e portanto
x
2
+ y
2
= r
2
.
Exemplo 6 Esbo e o grá o de
f (x) =
√
9
− x
2
;
|x| ≤ 3,
x;
x > 3,
0;
x <
−3.
e determine ( aso existam)
lim
x→c
+
f (x)
,lim
x→c
−
f (x)
elim
x→c
f (x)
para: (a)c = 3
; (b)c =
−3
.Solução do Exemplo 6 O grá o da função é:
x
y
−3
3
3
(a)lim
x→3
−
f (x) =
√
9
− 3
2
= 0
elim
x→3
+
f (x) = 3
. Comoos limites laterais são distintos, o
lim
x→3
f (x)
não existe. (b)lim
x→−3
−
f (x) = 0
elim
x→−3
+
f (x) =
p9 − (−3)
2
= 0
. Como os limites laterais são
iguais, o
lim
x→−3
f (x) = 0
.
Pré-Cál ulo: Grá o da função inversa: omo esboçar
y =
√
x
ey = log x
? Podemos fazer estes grá osreetindo emtornoda retay = x
os grá osdey = x
2
e de
y = e
x
.Pré-Cál ulo:
log(x)
em ál ulo é SEMPRE na basee = 2.718 . . .
(natural, vide p.40). Assim,log(x) = ln(x) = log
e
(x)
6= log
10
(x)
. Quando quisermos (na verdade nun a) o log na base dez es revemoslog
10
. Não utilizamos a notaçãoln
(embora omum em al uladoras) para olog
.Exemplo 7 Esbo e ográ o e determine
lim
x→0
f (x)
elim
x→1
f (x)
paraf (x) =
e
x
;
x
≤ 0;
√
x;
0 < x < 1;
log(x); x
≥ 1.
grá-x
y
1
1
log(x)
e
x
√
x
Comolim
x→0
−
f (x) = e
0
= 1
elim
x→0
+
f (x) =
√
0 = 0
, olim
x→0
f (x)
não existe. Como
lim
x→1
−
f (x) =
√
1 = 1
elim
x→1
+
f (x) = log(1) = 0
,lim
x→1
f (x)
não existe.Pré-Cál ulo: Re orde omofazertranslaçãodegrá osdefunções: tantoverti alquanto
horizontal.
Exemplo 8 Esbo e ográ o e determine:
(a)
lim
x→0
f (x)
paraf (x) =
(
√
x + 1;
x > 0;
sen(x) + 1; x
≤ 0.
(b)lim
x→1
f (x)
elim
x→−1
f (x)
paraf (x) =
x
2
− 2;
x <
−1;
√
x + 1;
−1 ≤ x ≤ 1;
log(x
− 1); 1 < x.
Solução do Exemplo 8 (a) Apli ando translações apropriadasobtemos o grá oda gura
abaixo. Como
lim
x→0
−
f (x) = sen(0) + 1 = 1
éigualaolim
x→0
+
f (x) =
√
0 + 1 = 1
,lim
x→0
f (x) = 1
.x
y
y = 1
y = 2
(b) Apli andotranslações apropriadas obtemos o grá oda guraabaixo. Como
lim
x→1
−
f (x) =
√
1 + 1 =
√
2
elim
x→1
+
f (x)
=log(1
− 1) = log(0) = −∞,
lim
x→1
f (x)
não existe. Como
lim
x→−1
−
f (x) = (
−1)
2
− 2 = −1
elim
x→−1
+
f (x) =
√
−1 + 1 = 0,
lim
x→−1
f (x)
não existe.x
y
−1
1
2
Vamos apresentar agora umas funções estranhas que são interessantes para o teoria do
ál ulo e análise.
Exemplo 9 Considere
f (x) = sen
1
x
.
(a) Determine todos os valores de
x
tais quef (x) = 0
.(b) Determine todos os valores de
x
tais quef (x) = 1
ef (x) =
−1
. ( ) Usandoisto, esbo e ográ o da funçãof
.(d) Cal ule
lim
x→0
sen
1
x
.Solução do Exemplo 9 (a) para que
sen(y) = 0
basta quey = kπ
. Assimy =
1
x
= kπ
. Logo, sex =
1
kπ
parak
∈ Z
entãof (x) = 0
. (b) Analogamente,f (x) = 1
sex =
1
2kπ+π/2
ef (x) =
−1
sex =
1
2kπ−π/2
. ( ) partindo destes pontos obtemos o grá o abaixo.x
y
f (x) = sen(
1
x
)
−
π
1
−
1
2π
1
π
1
2π
y = 1
y =
−1
(d) olimite não existepois
f (x)
os ila entre−1
e1
quandox
→ 0
.Exemplo 10 Denimos a hamadafunção indi adorade
Q
(possui este nome poisindi asex
∈ Q
ounão assumindo os valores0
e1
)I
Q
(x) =
(
1; x
∈ Q
0; x
6∈ Q.
Cal ule olim
x→π
I
Q
(x)
.
Solução do Exemplo 10 O grá o desta função é formada por duas retas pontilhadas:
uma em
y = 0
, nos irra ionais e outra noy = 1
, a ima dos ra ionais (vide gura abaixo). Comoexistem ra ionais tão próximos deπ
quantose queira ( omopor exemplo3.14
,3.141
,x
y
y = 1
y = 0
f (x) = I
Q
(x)
Exemplo 11 A função parte inteira (ou menor inteiro) de
x
, denotada por⌊x⌋
é denida omo sendo o úni o inteiron
tal quen
≤ x < n + 1
. Exemplos:⌊1, 5⌋ = 1
,⌊1⌋ = 1
e⌊−1, 5⌋ = −2
. Esbo e ográ o def (x) =
⌊x⌋
edetermine: (a)lim
x→1
+
⌊x⌋
; (b)lim
x→1
−
⌊x⌋
; ( )lim
x→1
⌊x⌋
; (d)lim
x→0
+
⌊x⌋
; (e)lim
x→0
−
⌊x⌋
; Solução do Exemplo 11x
y
f (x) =
⌊x⌋
−3 −2 −1
1
2
3
1
2
3
(a)
1
; (b)0
; ( ) omo laterais são distintos, limite não existe. (d)0
; (e)−1
.Vamos ver as propriedades bási as dos limites om relação as 4 operações fundamentais:
soma, produto, multipli ação e divisão. Ademonstração éremetida para [NC℄.
De todo modo,sem uma denição rigorosa de limite não faz sentido provar estas
proprie-dades.
Lema 1 Considere
f (x) = k
(uma função onstante) eg(x) = x
(a função identidade). Então dadoc
∈ R
qualquer,lim
x→c
f (x) = k
e
lim
x→c
g(x) = c.
Teorema 1 (propriedades bási as do limite) Considere
f
eg
duas funções ec, k
∈ R
. Se os limiteslim
x→c
f (x)
e
lim
x→c
g(x)
existementão tambémexistem os limites:
(a)
lim
x→c
(f (x) + g(x)) = lim
x→c
f (x) + lim
x→c
g(x)
(olimite dasomaéigualà somados limites);
(b)
lim
x→c
(f (x)
− g(x)) = lim
x→c
f (x)
− lim
x→c
g(x)
(olimite da diferença éigualà diferençados
limites);
( )
lim
x→c
(f (x)
· g(x)) = lim
x→c
f (x)
· lim
x→c
g(x)
(o limite do produto é igual ao produto dos
limites); (d)
lim
x→c
f (x)
g(x)
=
lim
x→c
f (x)
lim
x→c
g(x)
(o limite do quo iente é igual ao quo iente dos limites) se
lim
x→c
g(x)
6= 0
É importante o aluno entender a demonstração do Corolário abaixo para apre iar omo
pou aspropriedades podemgerar novas proposições.
Corolário 1 (limites de polinmios) Se
p(x) = a
0
+ a
1
x + a
2
x
2
+
· · · + a
n
x
n
paran
∈ N
(ouseja,p
é um polinmio degraun
) entãolim
x→c
p(x) = p(c)
.
Prova: Apli ando
n + 1
vezes o Teorema 1 (a) (limite da soma) obtemos quelim
x→c
p(x) =
lim
x→c
a
0
+ lim
x→c
a
1
x +
· · · + lim
x→c
a
n
x
n
. Pelo Lema 1,
lim
x→c
a
0
= a
0
(limite de onstante). Pelo
Teorema1(limitedoproduto),
lim
x→c
a
1
x = lim
x→c
a
1
· lim
x→c
x
. Apli andooLema1,
lim
x→c
a
1
· lim
x→c
x =
a
1
c
. Agora podemos fazer algo similar em adatermo. Para o termox
3
,por exemplo, basta
apli ar seguidamente o Teorema 1 ( ) (limite do produto):
lim
x→c
x
3
= lim
x→c
x
· lim
x→c
x
· lim
x→c
x =
c
· c · c = c
3
. Completeo argumento.
Exemplo 12 Aplique o Teorema 1 para determinar
lim
x→2
6
x
2
+ 3x
x + 1
.Solução do Exemplo 12 Deixamos para oleitor apli ar om uidado adauma das
propri-edades. Basta fazer um mutatis mutandis (latim para modique o que tem que ser
modi- ado) na prova do Corolário 1.
Con luímos que podemos al ular olimite deuma função ra ionalqualquer ontanto que
odenominadornão se anule. Caso o denominadorse anule pre isamos de métodos espe iais.
Assim não estão denidos limites ondeapare e por exemplo
3/0
ou0/0
.No próximo exemplo apresentamos (gra amente) diversas possibilidades de
omporta-mento deum função quando
x
se aproximade um ponto.Exemplo 13 Determine, em ada um dos itens abaixo, aso exista:
•
os limites laterais quandox
→ 1
+
e
x
→ 1
−
;
•
o limite quandox
→ 1
. Compare om o valor da função emx = 1
.x
y
1
2
3
(a)x
y
1
1
−2
(b)x
y
x = 1
y = 1
( )x
y
1
−1
2
(d)Solução do Exemplo 13 (a) limite quando
x
→ 1
−
é 2,limite quando
x
→ 1
+
é3,limite
quando
x
→ 1
não existe(laterais são distintos),f (1) = 2
. (b) limite quandox
→ 1
−
é 1 , limite quando
x
→ 1
+
é 1, limite quando
x
→ 1
é 1 (limites laterais sãoiguais),f (1) =
−2
.( ) limite quando
x
→ 1
−
não existe (função os ila), limite quando
x
→ 1
+
é 1, limite
quando
x
→ 1
não existe(um dos limites laterais não existe),f (1) = 1
. (d) limite quandox
→ 1
−
é
−1
, limite quandox
→ 1
+
é 2, limite quando
x
→ 1
não existe (limites lateraissão distintos),f (1) = 2
.O teorema abaixogarante quepodemos tro aro limite oma omposição asoos limites
existam.
Teorema 2 (limite e omposição) Seexistemoslimites
lim
y→L
f (y) = f (L)
elim
x→c
g(x) = L
entãolim
x→c
f (g(x)) = f
lim
x→c
g(x)
= f (L)
.Prova: Veja prova em [NC℄.
Observação 6 Dizemos que uma função
f
é algébri a se pode ser expressa omo soma, diferença, produto, quo iente ou raiz de funções polinomiais. Caso ontrário é ditatrans- endente.
Exemplos defunções algébri as:
x
(1 + x)
,√
1
− x
2
(3
− x)
3
. Exemplos defunções trans endentes:sen x, e
3x+4
, log(x
2
+ 1),
.
O teorema abaixo garante a existên ia de limites para funções usuais.
Teorema 3 (limites de função raiz e algumas trans endentes) Se
f (x)
éigualan
√
x
,sen(x), cos(x), tan(x)
,log(x)
,e
x
,
arcsen(x)
,arccos(x)
, ouarctan(x)
, entãopara todoc
∈ R
ondef (c)
existe,lim
x→c
f (x) = f (c)
.
Prova: Leia a Seção 2.3, p.55.
Exemplo 14 Aplique os teoremas a ima para determinar:
(a)
lim
x→1
log
x
2
− 1
2(x
− 1)
; (b)lim
x→0
sen
πx
2x
; ( )lim
x→1
4
√
4x + 1(x + x
2
)
.Solução do Exemplo 14 (a) Como
lim
x→1
x
2
− 1
2(x
− 1)
= 1
,o limite valelog(1) = 0
. (b) Comolim
x→0
πx
2x
=
π
2
, olimite valesen(π/2) = 1
. ( )2
4
√
5
.Observação 7 Combinando os Teoremas 1 (propriedades bási as do limite), 2 (limite e
omposição) e 3 (função raiz e trans endente) on luímos que sabemos al ular o limite
de funções bem ompli adas (se denominador não se anula). Porexemplo:
lim
x→π
x
3
e
sen(x
2
−π
2
)−log x
cos(2x + π)
=
π
3
e
sen(0)−log π
cos(3π)
=
−π
2
.
1.3 Limites e Innito: Assíntotas Verti ais e
Horizon-tais
Vamos nesta Seção estender a denição de limite para
x
próximo de+
∞
, isto é,x
grande e positivo e parax
próximo de−∞
, isto é,x
grande (em módulo) e negativo. Além disso, vamos denir quando o valordo limite é+
∞
ou−∞
parax
próximo dec
.Denição 4 (limite igual a
+
∞
(−∞
)) Considere uma função realf
denida perto dec
∈ R
(mas não ne essariamente denida emc
). Dizemos que o limite def (x)
quandox
tende ac
é+
∞
(−∞
), denotado porlim
x→c
f (x) = +
∞
(
−∞
), sef (x)
a tão grande e positivo(negativo) quanto quisermos quandox
está su ientemente próximo dec
∈ R
masx
6= c
.Observação 8 Deixamos para o leitor denir os limites laterais
lim
x→c
+
f (x) = +
∞
,lim
x→c
−
f (x) = +
∞
,lim
x→c
+
f (x) =
−∞
,lim
x→c
−
f (x) =
−∞
de forma análoga ao que já
foi feito no iní iodeste apítulo. Basta fazerum mutatis mutandis (latimpara modique
o quetem que ser modi ado) na denição anterior.
Denição 5 (assíntota verti al) Se, quando
x
→ c
+
ou
x
→ c
−
,
f (x)
→ +∞
ou−∞
, dizemos quea retax = c
é uma assíntota verti al dográ o def
.Exemplo 15 Esbo e ográ o, determine os limites e as assíntotas verti ais:
(a)
lim
x→0
−
1
x
3
; (b)lim
x→0
−
−
1
x
2
; ( )lim
x→0
−
1
x
4
; (d)lim
x→0
+
−
1
x
3
; (e)lim
x→3
−
1
(x
− 3)
3
; (f)lim
x→2
−
1
(x
− 2)
2
; (g)lim
x→1
1
(x
− 1)
9
;x
y
y =
1
x
3
(a)x
y
y =
−
1
x
2
(b)x
y
y =
1
x
4
( )x
y
y =
−
1
x
3
(d)Nesses quatro itens a assíntota verti al é
x = 0
. Observando-os obtemos os limites laterais: (a)−∞
; (b)−∞
; ( )+
∞
; (d)−∞
.Com translação podemos obteros grá osde (e), (f)e (g):
x
y
y =
−
1
(x
− 3)
3
(e)x = 3
x
y
y =
−
1
(x
− 2)
2
(f)x = 2
x
y
y =
1
(x
− 1)
9
(g)x = 1
(e) o limite não existe pois pela direita vale
−∞
e pela esquerda+
∞
(mesmo sinal que−1/x
perto do0
). Assíntota verti alx = 3
. (f)o limite é−∞
(mesmosinal que−1/x
2
perto do
0
). Assíntota verti alx = 2
. (g) o limite não existe pois pela direita vale+
∞
e pela esquerda−∞
(mesmo sinal que1/x
perto do0
). Assíntotaverti alx = 1
.Pré-Cál ulo: Pre isamos fazer a análise de sinal do numerador e denominador o
hamado quadro de de sinais para determinamoso omportamento do grá o perto da
assíntota.
Exemplo 16 Determine para quais
x
∈ R
éverdade quef (x) =
16
− x
2
(x + 1)(3
− x)
≥ 0
. Solução do Exemplo 16 Vamos fazer a análise de sinal de ada um dos elementos:16
−
x
2
, x + 1, 3
− x
e ombinartudo numa tabela dosinal de
f (x)
. Ospontosdetro ade sinal são:±4, −1, 3
. Agora uidado om a interpretação do zero. Os pontos ondef (x) = 0
são os pontosondeo numeradorse anula±4
. Nos pontosondeo denominador se anula (−1
e3
),f (x)
→ ±∞
.−4
−1
3
4
16
− x
2
−
+
+
+
−
x + 1
−
−
+
+
+
3
− x
+
+
+
−
−
0
±∞
±∞
0
f (x)
+
−
+
−
+
Assim Portanto
f (x)
≥ 0
parax
≤ −4, x ∈ (−1, 3), x ≥ 4.
Observação 9 Poderíamos no exemplo anterior (e em todos os exemplos) de ompor o
termo quadráti o
16
− x
2
em dois termos lineares
4
− x
e4 + x
, o que aumentaria o tamanho da tabela. Na práti a, se o termo quadráti o é simples, da formaa
− bx
2
ou
bx
2
− a
,deixamos ele deste jeito.Pré-Cál ulo: Como determinar sinal de um polinmio
ax
2
+ bx + c
om raízes
omplexas (não-reais)?
Ográ o da parábolaestará inteiramente a imadoeixo
x
ou abaixodoeixox
,poissenão teríamos raízes reais. Assim bastaolharmos para o sinal dea
: sea > 0
,ax
2
+ bx + c > 0
para todox
, sea < 0
,ax
2
+ bx + c < 0
para todox
. Exemplos: (a)x
2
−3x+ 3
.∆ = (
−3)
2
−4 · 1 · 3 = −3 < 0
. Logoraízes omplexas. Como
a = 1 > 0
,x
2
− 3x + 3 > 0
para todox
∈ R
. (a)−x
2
+ 4x
− 5
.∆ = 4
2
− 4 · (−1) · (−5) = −4 < 0
. Logo raízes omplexas. Como
a =
−1 < 0
,−x
2
+ 4x
− 5 < 0
para todo
x
∈ R
.Exemplo 17 Façaanálise desinal edetermine os limites:
(a)
lim
x→−3
2x
2
9
− x
2
; (b)lim
x→2
9
− x
2
(x
− 2)(x
2
− 5x + 6)
; ( )lim
x→1
x
3
− x − 1
(1
− x)
3
.Solução do Exemplo 17 (a)Vamosfazerooquadrodesinais. Ospontosondenumerador
oudenominadorse anulam:
±3, 0
. Afunçãof (x) = 0
ondeonumeradorse anula(0
). Nos pontosondeo denominador se anula (±3
),f (x)
→ ±∞
.−3
0
3
2x
2
+
+
+
+
9
− x
2
−
+
+
−
±∞
0
±∞
f (x)
−
+
+
−
Assim a função tem sinal negativo quando
x
→ −3
−
e sinal positivo quando
x
→ −3
+
. Logoquandox
→ −3
−
olimite é−∞
equandox
→ −3
+
olimite é
+
∞
. Portantoolimite quandox
→ −3
não existe.(b) Vamos fazer o o quadro de sinais. Como
x
2
− 5x + 6 = (x − 2)(x − 3)
, o
deno-minador é
(x
− 2)
2
(x
− 3)
. Os pontos onde numerador ou denominador se anulam: