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Abordagem metodológica para conscientização e prevenção da gravidez em adolescentes

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ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS

FLÁVIA ELISA VACARI

ABORDAGEM METODOLÓGICA PARA CONSCIENTIZAÇÃO E

PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ EM ADOLESCENTES

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

MEDIANEIRA 2011

(2)

FLÁVIA ELISA VACARI

ABORDAGEM METODOLÓGICA PARA CONSCIENTIZAÇÃO E

PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ EM ADOLESCENTES

Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista na Pós Graduação em Ensino de Ciências, Modalidade de Ensino a Distância, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Campus Medianeira.

Orientador: Prof. M.Sc. William Arthur P. L. N Terroso de M. Brandão.

MEDIANEIRA 2011

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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Especialização em Ensino de Ciências

TERMO DE APROVAÇÃO

“Abordagem metodológica para conscientização e prevenção da gravidez em adolescentes”

Por

Flávia Elisa Vacari

Esta monografia foi apresentada às 10h do dia 04 de Junho de 2011 como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista no Curso de Especialização em Ensino de Ciências, Modalidade de Ensino a Distância, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Medianeira. O candidato foi argüido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho satisfatório.

______________________________________ Prof. M.Sc William Arthur P.L.N.Terroso.de M. Brandão

UTFPR – Campus Medianeira (orientador)

____________________________________ Prof. M. Sc Pedro Elton Weber

UTFPR – Campus Medianeira

_________________________________________ Profa. M. Sc Bruna Periotto

UTFPR – Campus Medianeira

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Dedico este trabalho a todas as pessoas, que direta ou indiretamente, contribuíram para sua conclusão.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os obstáculos e pela sabedoria.

Aos meus pais, pela orientação, dedicação e incentivo nessa fase do curso de pós-graduação e durante toda minha vida.

Ao meu namorado, Fábio, pela paciência e ajuda oferecida.

A diretora da Escola Estadual Major Prado, Cloriza, pelo incentivo à pesquisa e as coordenadoras Angélica e Daniele pela disponibilidade com os alunos.

Ao meu professor orientador M.sc. William Arthur P. L. N Terroso M. Brandão que me orientou, pela sua disponibilidade, interesse e receptividade com que me recebeu, e pela prestabilidade com que me ajudou.

Agradeço aos pesquisadores e professores do curso de Especialização em Ensino de Ciências, professores da UTFPR, Campus Medianeira.

Agradeço aos tutores presenciais e a distância que nos auxiliaram no decorrer da pós-graduação.

Enfim, sou grata a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para realização desta monografia.

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“Há quem diga que todas as noites são feitas de sonhos, outros ainda que nem todas, só as de verão. No final, isso não tem muita importância. O que realmente tem valor não são as noites em si, são os sonhos.” Willian Shakespeare

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RESUMO

VACARI, Flávia E. Abordagem metodológica para conscientização e prevenção da gravidez em adolescentes. 2011. 39 páginas. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2011.

Este trabalho teve como temática a abordagem da gravidez na adolescência, através de uma revisão bibliográfica do assunto e com o uso adaptado da Dinâmica “O despertar para o sonho”, do Instituto Kaplan, para os alunos entre 13 a 16 anos, durante as aulas de Ciências das oitavas séries A e B, da Escola Estadual Major Prado, município de Jaú, estado de São Paulo. Com o objetivo de melhorar a relação aluno-docente, no que diz respeito ao preparo e metodologia usadas em sala de aula para educação sexual e conseqüentemente promover conscientização e prevenção da gravidez inesperada e indesejada na adolescência. Após a aplicação da dinâmica, os alunos responderam a um questionário com três questões de múltipla escolha e um questão dissertativa. A dinâmica foi aplicada somente na classe B, enquanto que na classe A os alunos receberam apenas orientação teórica em lousa convencional. Constatou-se através da análise estatística dos erros e acertos das questões, bem como na leitura e entendimento dos depoimentos colhidos dos alunos, que o tema quando abordado de forma mais clara, utilizando-se de uma linguagem mais próxima ao cotidiano e do despertar para qual será o futuro desses alunos, traz mais resultados positivos na resolução das questões e conclui-se que tal estatística faça frente a maior alerta na prevenção e conscientização de uma gravidez na adolescência.

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ABSTRACT

VACARI, F. E. Metodological approach of awareness and prevention of pregnancy during the adolescence. 2011. 39 pages. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2011

The present work paper aims to approach the pregnancy during the adolescence, making a biographical review, and using an adapted form of the program “the awakening to a dream”, from Kaplan Institute, having as applicants the students whose are ranges from 13 and 16 years old, who are currently enrolled in Major Prado Public School located in Jaú/SP (Brasil), in the 8th level A and B. The main point of this study is to assess the relationship between students and teachers, considering the process of class preparation, and the choice of the best methodology to be used to pursue the proper sexual education, and as a result to increase the caution and prevention of an unexpected and unplanned pregnancy in the early youth. The methodology used in this research consisted in the application of a dynamic process and a quiz with three questions of multiple choice and a written one. Only the students whose are enrolled in the 8th B were submitted by the dynamic

process, while the 8th A received the traditional method of teaching, consisted in

information written in the blackboard. Observing the results through the analysis of the answers, as well as the analysis of the testimonials reported by the students, it was possible to conclude that when the dialectic used in the classroom is the same as the used day-by-day for the students, and when the methodology used is the dynamic one, as a result the students become much more aware of the risks and consequences involved in the process of having a baby, corroborating to prevent an unexpected pregnancy in the early youth.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Resultados das questões de múltipla escolha de 1 à 3, do questionário aplicado na sala de aula da 8 série A (explicação em lousa convencional).

24

Gráfico 2 - Resultados das questões de múltipla escolha de 1 à 3, do questionário aplicado na sala de aula da 8 série B (explicação pela metodologia dinâmica).

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Proporção de registros de nascimentos, por grupos de idade da mãe na ocasião do parto, segundo as Unidades da Federação de residência da mãe – 2008

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÂO 11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13

2.1 ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE 13

2.2 CONHECIMENTO ADOLESCENTE EM RELAÇÃO AO PRÓPRIO CORPO E O USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

15

2.3 O PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO 17

2.4 O IMPACTO DE UMA GRAVIDEZ INESPERADA 19

2.5 PAIS ADOLESCENTES 20

2.5.1 Mãe adolescentes 20

2.5.2 Pai adolescentes 21

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA 22

3.1 LOCAL DA PESQUISA OU LOCAL DE ESTUDO 22

3.2 OBJETO DE ESTUDO 22

3.3 TIPO DE PESQUISA OU TÉCNICA DE PESQUISA 22

3.4 COLETA DE DADOS 23

3.5 ANÁLISE DOS DADOS 23

3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA E MONSTAGEM DE TABELAS E GRÁFICOS 23

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÃO 28

6 CONCLUSAO 29

REFERÊNCIAS 30

APÊNDICE 35

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1 INTRODUÇÃO

Para ser considerado vivo é preciso conhecer a natureza dos seres vivos e aprender a diferenciá-los da matéria bruta, e compreender algumas características (SOARES, 1994). Entre esses tais caracteres está à capacidade de reprodução. E é a partir desse processo que a perpetuação da espécie acontece. Em geral, um novo ser forma-se, pelo encontro dos gametas masculinos e femininos e através de sucessivas divisões celulares acontecem, alguns meses depois, o nascimento. Nós, como seres humanos, fazemos parte desse grande grupo de seres vivos. Mas o que nos separa dos demais, em algum ponto, é nossa capacidade de discernimento na hora de nossas escolhas, nossos sentimentos e emoções. São esses pontos que nos tornam humanos que suprem nossa necessidade de afeto e fazem com que nosso potencial emocional, cognitivo e moral desenvolvam-se. Tais relações estão baseadas em nosso contexto cotidiano, diante das ações, companhias e decisões que tomamos no decorrer de nossas vidas (MARTINS, 2005).

Desde o desenvolvimento no útero materno até a morte passamos por diversas transformações. A adolescência é um período de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por marcantes transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais. Essas intensas mudanças influenciam todo o processo psicossocial da formação da identidade do adolescente (MARTINI e BANDEIRA, 2006).

Isso pode parecer fácil na teoria, mas sabemos que no dia a dia, outros fatores influenciam diretamente nas relações afetivas. E o que dizer sobre tal fato em adolescentes? É nesse período de vida, que as emoções falam mais alto, que a falta de planejamento interfere, que as condições econômicas dificultam e que muitos sonhos são desfeitos. Outro ponto de vista, para explicar tal período tão conturbado na vida dos jovens, faz menção à psicanálise, em resposta aos desafios da adolescência. Através de estudos envolvendo o comportamento, a psicanálise tenta definir e explicar esse período de difícil transição, entre a situação infantil e a vida adulta (RONDON, 2006).

Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde, a grande maioria dos adolescentes inicia sua vida sexual cada vez mais cedo, a maioria entre 12 e 17 anos, desacompanhada da responsabilidade social que tem seu inicio cada vez mais

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tardio. Os jovens que estão vivenciando esta fase caracterizam-se também por sua vulnerabilidade as DSTs principalmente a AIDS, e isso ocorre devido à liberação sexual, a facilidade dos contatos internos, aos estímulos vindos dos meios de comunicação, que propiciam os contatos sexuais precoces (CASTRO 2004).

Podemos ir mais além, indagando que o grau de dificuldade aumenta quando acontece uma gravidez inesperada. O casal adolescente passa por inúmeras situações durante a gestação e por tantas outras após o nascimento, desde crises econômicas, morais, sociais e afetivas. Vale também ressaltar que o rendimento escolar desses adolescentes cai consideravelmente, por desatenção, falta de entusiasmo, preocupação, ou ainda por constantes faltas (WHO, 2004).

O presente trabalho abrange essa questão. Qual seria a melhor forma de metodologia a ser empregada nas escolas, para educação sexual, buscando a prevenção contra uma gravidez precoce na adolescência e melhoria no padrão escolar desses alunos. As estatísticas, os relatos de professores e professoras sobre experiências da sala de aula, e o próprio depoimento de alunos e alunas sobre quando isso acontece em suas vidas, ou na de pessoas próximas, justificam o trabalho a ser desenvolvido.

Com o objetivo de promover conscientização, responsabilidade e conseqüentemente prevenção da gravidez inesperada ou precoce, este trabalho trará uma contribuição significativa e positiva na vida desses adolescentes, uma vez que, a metodologia utilizada busca fazê-los pensar no futuro, refletir sobre seus sonhos, desejarem prosperar e crescer, com consciência e dignidade. Ao final, o resultado trará bonificação também toda a população.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE

Não importa em qual faixa etária encontramo-nos, algum dia, seremos ou já fomos adolescentes em nossas vidas. Para aqueles que já passaram por essa época, há a lembrança de recordações nostálgicas, hilárias ou até mesmo desastrosas, mas todas vivenciadas com muita intensidade. Para os que ainda vão passar por tal fase, a ansiedade, o medo, as perspectivas. Chamo a atenção para esse período da adolescência, pois é quando as emoções muitas vezes “falam mais alto”, o corpo reage de forma inesperada e os impulsos tomam conta diante das decisões (FREUD, 1981).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (ONU), a adolescência corresponde ao período entre os 10 aos 19 anos de idade. Por outro lado, o Estatuto da Criança e do Adolescente, caracteriza tal forma, dos 12 aos 18 anos de idade. Qualquer uma das referências tomadas carrega impressos o tempo de vida de maiores mudanças e transformações. Referindo-se a afetividade, é durante essa faixa etária que homens e mulheres iniciam a vida sexual (FRANCO, MICHELAZZO e YAZLLE, 2009).

Mas a sexualidade humana, nem sempre foi da forma como é nos dias atuais. Se buscarmos refletir sobre isso, na época da pré-histórica, havia a predominância de um macho líder, cuja função era além de proteger o bando, chefiar e procriar com as fêmeas, matando outros machos que nascessem. Por sorte, ou melhor, pela lei biológica da evolução, alguns sobreviveram e deram origem a outros bandos, onde relações sexuais entre parentes era proibido, a fim de proliferar a espécie. Se rolarmos a linha do tempo por algumas centenas de anos, percebemos facilmente outras imposições em relação aos relacionamentos afetivos: motivos religiosos, econômicos, morais, sociais, entre outros (FREUD, 1981).

Entretanto, nos dias atuais, o apelo à sexualidade tornou-se muito mais claro e exposto do que nas gerações anteriores. Sendo extremamente influenciado pela mídia, pelos novos modelos de comportamento, ou ainda pela aceitação em determinado grupo. Além do mais, a aceitação do sexo antes do casamento vem

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ganhando cada vez mais espaço na sociedade, delimitando uma clara linha de separação entre o sexo por prazer daquele somente com o intuito de procriação. Vivemos na década de 50 uma grande revolução nesse sentido, com a invenção da pílula anticoncepcional, que talvez tenha sido uma das grandes responsáveis pelas mudanças de comportamento na vida social das mulheres (PALLONE, 2003).

Tudo parece ser de fácil resolução, mas na realidade vivida por nossos adolescentes não é bem assim. É nesse período, que acontece um afastamento natural dos pais, onde a maioria é influenciada pelo meio externo, levados muitas vezes, a agir de forma impulsiva. É nessa hora que nada adianta as campanhas públicas sobre drogas, DSTs, contracepção, entre outras. Pode-se destacar ainda a falta de “jeito” dos pais ou da família na hora de conversar e alertar sobre tais assuntos (DIAS e GOMES, 1999).

O risco de acontecer uma gravidez não planejada também é muito alto durante essa fase de vida. Índices do Ministério da Saúde revelam dados do ano de 2005, onde 78,4% de homens e 68,5% de mulheres apresentavam vida sexual ativa, que se comparados ao ano de 1998, com 56,5% dos homens e 41,6% das mulheres, mostram claramente o aumento das relações sexuais entre os adolescentes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASIL, 2009).

Podemos observar, através da tabela abaixo (Tabela 1), um número expressivo de mães abaixo de 20 anos, em comparação aos índices de mulheres que se tornaram mães acima dessa idade. Principalmente em regiões mais carentes de nosso país.

Tabela 1 - Proporção de registros de nascimentos, por grupos de idade da mãe na ocasião do parto, segundo as Unidades da Federação de residência da mãe

- 2008

Proporção de registros de nascimentos, por grupos de idade da mãe na ocasião do parto (%) Unidades da Federação

de residência da mãe Menos

de 20 ano s 20 a 24 ano s 25 a29 ano s 30 a 34 ano s 35 a 39 ano s 40 a 44 ano s 45 a 49 ano s 50 ano s ou mais Igno rad a Brasil 19,4 28,5 25,2 16,3 7,8 2,1 0,1 0,0 0,5 Rondônia 23,3 32,3 24,2 12,4 4,6 0,9 ,01 0,0 2,1 Acre 25,0 30,2 23,8 12,8 6,0 1,6 0,2 0,0 0,3 Amazonas 20,0 30,6 25,6 14,1 5,1 1,3 0,1 0,0 3,1 Roraima 21,0 29,2 23,1 12,7 5,6 1,3 0,2 0,0 6,2 Pará 21,7 34,2 22,1 10,6 4,4 1,2 0,1 0,0 1,3

(16)

Amapá 24,8 31,2 21,8 13,2 6,2 1,7 0,2 0,0 1,0

Tocantins 25,2 32,3 22,8 11,5 4,2 1,0 0,1 0,0 2,8

Maranhão 26.2 36,2 22,1 9,8 4,2 1,1 0,2 0,0 0,3

Piauí 22,5 34,3 23,7 12,4 5,1 1,4 0,1 0,0 0,5

Ceará 19,8 29,1 24,0 15,3 7,6 2,3 0,2 0,0 1,6

Rio Grande do Norte 20,9 32,2 23,4 13,9 6,6 1,9 0,2 0,0 0,9

Paraíba 21,0 30,1 24,9 14,5 6,4 1,9 0,1 0,0 1,1 Pernambuco 21,6 30,3 24,4 14,6 6,5 1,8 0,1 0,0 0,6 Alagoas 23,9 31,5 22,6 13,6 5,9 1,8 0,2 0,0 1,0 Sergipe 20,2 28,8 24,3 15,6 7,8 2,4 0,2 0,0 0,7 Bahia 21,7 30,2 24,5 14,3 6,7 2,0 0,1 0,0 0,5 Minas gerais 17,8 27,1 26,1 17,5 8,8 2,3 0,2 0,0 0,1 Espírito Santo 18,5 28,2 26,4 16,9 7,6 1,8 0,1 0,0 0,4 Rio de Janeiro 18,0 26,2 25,9 18,0 9,2 2,3 0,2 0,0 0,1 São Paulo 15,6 25,7 26,6 19,6 9,8 2,4 0,1 0,0 0,1 Paraná 19,4 26,2 25,2 17,6 8,7 2,2 0,1 0,0 0,5 Santa Catarina 17,4 25,9 26,5 18,0 9,4 2,4 0,1 0,0 0,3

Rio Grande do Sul 17,0 24,0 25,3 19,2 10,9 3,3 0,2 0,0 0,2

Mato Grosso do Sul 22,3 29,3 25,5 15,0 6,3 1,3 0,1 0,0 0,2

Mato Grosso 22,4 31,5 25,4 13,4 5,3 1,1 0,1 0,0 0,8

Goiás 20,4 30,6 26,5 15,0 5,8 1,3 0,1 0,0 0,4

Distrito Federal 14,0 25,6 27,5 20,1 9,7 2,3 0,1 0,0 0,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil, 2008.

Toda preocupação em torno desse assunto remete-nos a duas vertentes. Primeira, ao risco físico e biológico, tanto para a mãe quanto para o bebê. Segunda, aos transtornos psicológicos e sociais envolvidos. A faixa etária que envolve o período em questão, também é a de vida escolar. Dessa forma, fica fácil imaginar todos os outros problemas desencadeados por uma gravidez inesperada, desde depressão pós parto a crises financeiras e até frustrações e privações. Certamente, o desenvolvido e rendimento escolar de um casal adolescente, que passa por essa situação, diminui, sem falar nas constantes faltas ou evasões escolares. Assim, a “vida adulta” é iniciada prematuramente e de forma errônea (MICHELAZZO, 2004).

2.2 CONHECIMENTO ADOLESCENTE EM RELAÇÃO AO PRÓPRIO CORPO E O USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

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A anatomia humana masculina e feminina difere em certos pontos. Nos órgãos sexuais, sejam eles internos ou externos, e na presença de hormônios, que além de amadurecerem esses órgãos, tornam o homem ou a mulher férteis. Seria de grande importância, que todos os adolescentes conhecessem seu próprio corpo e seu funcionamento, principalmente na área reprodutiva para que problemas futuros, ou até mesmo uma gravidez inesperada seja evitada.

Mas, o estudo realizado por CARVACHO, SILVA e MELLO, em 2008, com 200 adolescentes primigestas, com idade média de 17 anos, durante a primeira consulta de pré-natal no Ambulatório da Mulher, do município de Indaiatuba, estado de São Paulo, revelou que 55,5% delas tinham conhecimento insatisfatório sobre a anatomia, identificando com maior facilidade os órgãos internos do que os externos e 76,5% com insuficiência no conhecimento da fisiologia reprodutiva.

O uso descontínuo de métodos contraceptivos nas relações afetivo-sexuais na adolescência e juventude é uma constante. A maioria desconsidera o uso por ter “confiança” no parceiro ou parceira, mesmo após já ter ocorrido pelo menos um episódio de gravidez adolescente e inesperada em suas vidas. Tal fato pode ser observado no estudo realizado com jovens entre 18 a 24 anos (nove moças e oito rapazes), de classes populares do município do Rio de Janeiro. A tabela (Tabela 2) abaixo ilustra alguns dados dessa pesquisa, onde os nomes são fictícios (ALVES e BRANDÃO, 2009):

Tabela 2. Identificação dos entrevistados

Jovens Idade Escolaridade Idade

Inic.Sexual Idade parceiro (a) Idade Primeira gravidez Número de filhos Mulheres

Joana 22 Médio incompleto 15 17 17 2

Isabel 21 Fundamental

incompleto

17 22 17 1

Maria 22 Médio completo 17 22 17 2

Lúcia 20 Médio em

conclusão

12 14 14 1

Claúdia 21 Médio completo 15 16 19 1

Márcia

22

Fundamental incompleto

15 20 17 1

Carla 19 Médio em concl. 15 18 16 1

Ana 19 Fundamental

incom.

(18)

Marina 19 Médio incompleto 17 23 18 1 Homens

João 21 Médio incompl. 12 15 16 4

José 22 Fundamental

incompl.

7 12 21 2

Pedro 22 Médio incompl. 14 17 18 1

Arthur 20 Fundamental compl. 11 12 19 1 Miguel 22 Fundamental compl. 12 18 19 1

Luís 22 Médio incompl. 14 15 16 1

Francisco 20 Fundamental

compl.

13 14 20 1

Joaquim 20 Médio incompl. 12 12 20 1

Fonte: “Vulnerabilidades no uso de métodos contraceptivos entre adolescentes e jovens: interseções entre políticas públicas e atenção à saúde”, Alves e Brandão, 2009.

O programa de pós-graduação em Pediatria, da Faculdade de Medicina de Botucatu, realizou uma pesquisa para reflexão sobre a contracepção e suas conseqüências na adolescência. Constatou-se que a maioria dos adolescentes que já iniciaram sua vida sexual, tem conhecimento sobre os métodos de prevenção, onde a pílula e a camisinha masculina estão entre os mais conhecidos. Entretanto, observou-se que há uma inadequação em relação à forma correta de uso, onde aparecem falhas que os levam a ter uma notícia inesperada sobre a gravidez precoce, ou ainda, falta de serviços de atendimento por parte de postos de saúde e unidades assistenciais que os ajudem com orientações e atendimento (VIEIRA et al, 2006).

2.3 O PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO

Quando ouvimos dizer, que a escola é a extensão de nossa casa, podemos concordar até certo ponto, pois a escola assume papel fundamental no desenvolvimento do ser humano. Durante a fase da adolescência principalmente, deve ser responsável pela formação global do jovem e da sociedade, invadindo os limites do ensino puramente do saber, mas envolvendo o educar no desenvolvimento de sua identidade e subjetividade (MARQUES, VIEIRA e BARROSO, 2003).

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Recentemente, o Ministério da Educação (MEC), veiculou uma campanha em rede nacional sobre a importância do professor. Na propaganda era feita uma espécie de enquete com vários países, sobre qual o profissional de maior importância. A resposta era unânime: professor! Sim, pois deve fazer parte do cotidiano dos professores o incentivo à cidadania, à responsabilidade social e a incorporação de hábitos saudáveis (MARQUES, VIEIRA e BARROSO, 2003).

A escola constitui o que chamamos de segundo núcleo de vida, onde se desenvolve a construção do conhecimento (TIBA, 2005). Enriquecer a relação entre o adolescente e o docente, é permitir um relacionamento de segurança que se estende até mesmo para familiares e amigos. A conscientização, no exercício do caráter e da cidadania, no respeito aos demais e ao próprio corpo, tornar-se mais fácil de acontecer e a prevenção acontece em todos os sentidos.

A educação, no Brasil, é estruturada nos termos previstos pela Lei Federal n. 5.692, de 11 de agosto de 1971, que garante (MEC, 1997):

“Proporcionar aos educandos a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania”.

Mas, para que educação brasileira siga de forma plena, há ainda a disposição de professores e educadores os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Estes são (MEC, 1997):

“... referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental em todo o País. Sua função é orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual”. Embora, todo amparo educacional, esteja à disposição e de fácil acesso a nós professores e educadores, muitas lacunas são observadas nas metodologias propostas. O PCN traz a sexualidade apenas do ponto de vista biológico, não fazendo menção as várias culturas, o que certamente traz desconforto no aprendizado aos alunos (CHIMITI, GALLO e PELEGRINI, 2007).

Entretanto, a maior dificuldade em atingir o público adolescente, parece estar na relutância da utilização dos métodos contraceptivos, que são na maioria conhecido por eles, mas pouco utilizados na hora necessária. É nesse ponto que a

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escola deve desenvolver programas de conscientização e prevenção (ALTMANN, 2009).

Por tratar-se de uma fase de vida singular, cada adolescente assume seu próprio modo de ser. Assim, a pluralidade dentro de uma sala de aula é grande. Os professores por sua vez administram o tratamento dado a eles visando respeitar classe social, cultura, raça, diferença de idade, entre outros. Apesar da dificuldade, é possível estabelecer relações que incluam respeito, atenção, dedicação, conforto, paciência e sensibilidade, que vão além da transmissão dos conceitos curriculares e teóricos (ROEHRS, MAFTUM e ZAGONEL, 2010).

2.4 O IMPACTO DE UMA GRAVIDEZ INESPERADA

Ainda quando o bebê está sendo gerado no ventre materno, muitas expectativas surgem a respeito desse momento tão especial. Trata-se de um novo ser, uma nova vida, que dentre poucos meses estará em nosso meio. Não seria nem necessário dizer, que tal momento merece atenção e respeito por parte dos futuros pais. Até mesmo porque, esse filho ou filha, será um novo cidadão no futuro, que deverá ter direitos e deveres, boa saúde, boa educação, entre outros.

Tornar-se mãe na adolescência pode resultar em problemas sérios de saúde e riscos, tanto para a adolescente grávida quanto para o bebê (DIAS e TEIXEIRA, 2010). O corpo da menina nessa faixa etária não está preparado fisiologicamente para o fato. Os riscos de hipertensão, anemia, desnutrição, sobrepeso, pré-eclampsia, desproporção céfalo-pélvica, estão associados à gravidez na adolescência (MICHELAZZO et al, 2004). Outros problemas podem surgir além da fisiologia e biologia. O emocional dessas adolescentes grávidas também pode ser abalado. Seja pela ação hormonal deixando-as mais sensíveis, até pela falta de apoio do pai da criança, da família, da condição econômica e social em que vive (MOREIRA et al, 2008).

. Em muitos casos, há relatos de depressão após parto. Índices revelam a necessidade de estratégias de prevenção e tratamento para esse tipo de problema enfrentado pelas adolescentes, muitas vezes sem o diagnóstico correto de seus médicos (MORAES et al, 2006; CHAVES et al, 2010).

(21)

Os problemas não param por aqui. Por ser uma fase de extrema auto afirmação e diversos conflitos, muitas adolescentes grávidas fazem uso de substâncias tóxicas como álcool, drogas, cigarro. Lembrando que, o acompanhamento pré natal nesses casos é precário (CAPUTO e BORDIN, 2007; CHALEM et al, 2007).

2.5 PAIS ADOLESCENTES

2.5.1 Mãe adolescente

A maternidade, de um modo geral, é uma fase de vida da mulher que impõe vários fatores associados à própria gravidez em si, desde pequenos problemas de saúde que possam surgir desde a mudança de rotina que pode alterar e muito o relacionamento entre o casal, ou entre os familiares. Descrever todos esses fatores em uma mãe adolescente é intensificá-los (LEVANDOWSKI, PICCININI e LOPES, 2008).

Podemos destacar situações vividas pelas mães adolescentes, além das quais já foram mencionadas anteriormente, como: problemas de saúde no geral para a mãe e para o bebê, dificuldades na hora do parto, falta de acompanhamento pré-natal e depressão após parto. A adolescente grávida no geral enfrenta má qualidade em seu relacionamento conjugal com o parceiro ou pai da criança, muitas vezes sendo abandonada por ele, gerando nela momento de insegurança e ansiedade (BAILEY et al, 2001).

Os altos índices de pobreza e dificuldades financeiras, entre as mães adolescentes também merecem destaque. Grande parte desse problema está associado ao desemprego e ao abandono escolar. Um leva ao outro, uma vez que sem o mínino grau de escolaridade a chance de um emprego torna-se menor (BARKER e CASTRO 2002). Porém, esses fatores não são os únicos responsáveis

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pela situação de pobreza e dificuldades enfrentados por elas. Tal situação poderia estar presente antes da gravidez, e piorar ou manter-se após.

O abandono escolar é uma consequência grave da gravidez na adolescência. Muitas meninas deixam os estudos por não poderem freqüentar a escola devido a náuseas e enjôos, pela vergonha, por medo de zombarias e pela repreensão dos pais ou parceiro. Além do mais, as adolescentes não conseguem manter uma rotina de estudos ou trabalho após o nascimento da criança, em associação aos afazeres domésticos e cuidados com o bebê (AQUINO et al, 2003).

2.5.2 Pai adolescente

Certamente do ponto de vista biológico, se a gravidez ocorreu, houve a participação masculina no fato. O que chama-nos a atenção é a pouca produção científica a cerca desse ponto, onde os índices estatísticos devem ser baseados em dados dos nascimentos. O pai adolescente embora não carregue a criança em seu ventre, tem total participação nos problemas enfrentados pela adolescente grávida antes e após o parto. Cabe ao homem grande participação da construção social do fenômeno (LYRA e MEDRADO, 2000).

Em estudos realizados em Porto Alegre – RS com pais adolescentes entre 15 a 19 anos, constatou-se a relevância diante de tal fato, primeiramente diante do relacionamento entre os adolescentes. O menino que se depara diante dessa

realidade nessa fase da vida, não está preparado para uma rotina familiar de deveres e compromissos, sejam eles afetivos ou econômicos (LUZ e BERNI, 2010).

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

3.1 LOCAL DA PESQUISA OU LOCAL DO ESTUDO

A Escola Estadual Major Prado, localizada no município de Jaú, estado de São Paulo, à Rua Lourenço Prado, 503, foi o local escolhido para a aplicação da metodologia de ensino utilizada no presente estudo.

3.2 OBJETO DE ESTUDO

Alunos e alunas das oitavas séries A e B, da Escola Estadual Major Prado, do ano de 2011.

3.3 TIPO DE PESQUISA OU TÉCNICA DE PESQUISA

Para a realização desta pesquisa foi utilizada a dinâmica “O despertar para o sonho”, do Instituto Kaplan de forma adaptada, buscando obter a atenção dos alunos através da mesma. A técnica trabalha com uma projeção de futuro, de realizações ou frustrações diante de uma gravidez inesperada, visando melhor entendimento e prevenção.

A pesquisa contemplou variáveis quantitativas e qualitativas, com informações coletadas a partir de questionário com 3 questões de múltipla escolha e 1 questão aberta, respectivamente. Foram realizados 64 questionários. Destes, 23 aplicados na sala de aula da oitava série B, onde foi aplicada a dinâmica descrita acima, seguida da resolução do questionário. Na sala de aula da oitava série A, os 23 questionários foram aplicados seguidos a uma explicação pura e simplesmente teórica em lousa convencional.

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3.4 COLETA DE DADOS

A coleta quantitativa de dados foi feita, a partir das respostas obtidas nas questões de múltipla escolha de 1 a 3, nos questionários aplicados nas salas de aula. Já a coleta qualitativa, foi feita através da leitura e entendimento das questões abertas respondidas pelos alunos, contando suas experiências no assunto.

3.5 ANÁLISE DOS DADOS

A análise dos dados foi realizada, a partir da contagem de erros e acertos das questões de múltipla escolha, de 1 a 3, nos questionários aplicados nas salas de aula. E a partir, da leitura e entendimento das questões de número 4, onde os alunos expressaram opiniões e relatos sobre o assunto.

3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA E MONTAGEM DE TABELAS E GRÁFICOS

Os dados coletados foram organizados em tabelas e gráficos, separados pelas oitavas séries trabalhadas, A e B. Para as questões de números 1, 2 e 3, também foram montadas tabelas e gráficos separados para melhor visualização e posterior conclusão.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O mundo moderno hoje, está cada vez mais apelativo ao consumismo, as modas e tendências. Isso não se aplica somente aquele tênis novo, ou modelo de aparelho de celular da última geração, referem-se também as companhias ou escolhas que se faz. O período da adolescência pode tornar tudo isso mais intenso, mais desafiador e mais impulsivo. Refiro-me as relações afetivas e as más e precipitadas decisões que os adolescentes tomam nesse período tão diverso. Delimitando ainda mais o assunto, o presente trabalho veio mostrar que, uma metodologia bem aplicada durante as aulas de Ciências traz resultados positivos no ensino de educação sexual aos adolescentes, com benefícios futuros de planejamento familiar e prevenção.

O trabalho contou com a participação de 64 alunos, sendo 23 deles da oitava série A e os outros 23, da oitava série B, da Escola Estadual Major Prado. Na sala de aula denominada A, não houve a aplicação do método adaptado da metodologia dinâmica descrita anteriormente. As questões de múltipla escolha, de números 1 a 3, mostraram os resultados de 14 acertos (60,86%) e 9 erros (39,14%); a de número 2, 18 acertos (78,26%) e 5 erros (21,73%); a de número 3, 8 acertos (57,96%) e 15 erros (42,02%). Tais resultados podem ser acompanhados no Gráfico 1.

0 5 10 15 20 n º d e er ro s o u ac er to s

Gráfico 1. Resultados das questõs de múltipla escolha de 1 à 3, do questionário aplicado na sala de aula da 8º

série A (explicação em lousa convencional)

E rro 9 5 15

A c erto 14 18 8

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Em relação à sala de aula B, onde a dinâmica com o intuito de intensificar mais o aprendizado, tornando-o mais leve e de fácil acesso foi usada, mostrou-nos os seguinte dados: questão de número 1, 17 acertos (73,91%) e 6 erros (26.,08%); questão de número 2, 22 acertos (95,65%) e 1 erro (4,34%); questão de número 3, 17 acertos (73,91%) e 6 erros (26,08%). Através de Gráfico 2 é possível observar os resultados descritos acima.

0 5 10 15 20 25 n º d e e r r o s o u a c e r to s

Gráfico 2. Resultados das questõs de múltipla escolha de 1 à 3, do questionário aplicado na sala de aula da 8º série

B (explicação pela metodologia dinâmica)

E rro 6 1 6

A c erto 17 22 17

Q ues tão 1 Q ues tão 2 Q ues tão 3

Ainda nos questionários aplicados, contamos com depoimentos e relatos dos alunos e alunas envolvidos, no presente estudo, permitindo-nos uma análise qualitativa do tema. Segue dois deles, onde a identidade dos jovens foi preservada por nomes fictícios:

“Eu conheço uma menina que tem um filho, ela teve ele com 14 anos. Ela tinha muita falta de informação, foi a primeira vez que ela foi na balada que aconteceu isso.”

C.A.T, 15 anos

“Tô com 16 anos agora, mas fiquei grávida ainda com 15. Eu já vivia junto com meu namorado e sabia que podia ficar grávida, conheci sim o método pra evitar, mas não usei, confiei e hoje estou sofrendo muito, pois vou ter gêmeos daqui a 3 meses.”

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Na rede pública escolar do Recife, questionou-se 42 professores, de 31 escolas, sobre quais eram suas maiores dificuldade e quais metodologia utilizavam nas aulas de Ciências. Com unanimidade, os profissionais entrevistados elegeram o livro didático como maior apoio e expressaram sua frustração em relação à falta de materiais, para a diversificação das aulas, como revista científicas, laboratórios práticos e de informática, recursos audiovisuais, entre outros. Para que suas aulas não fiquem obsoletas demais, buscam diversificar os modelos de avaliação. Destacou-se ainda, como temas de difícil desenvolvimento, aqueles ligados a Física, Química, Meio Ambiente e Sexualidade (LIMA e VASCONCELOS, 2006) que é o principal objeto de estudo deste presente trabalho.

O professor de Ciências vive em constante atualização, ou pelo menos deveria. Mas, a realidade vivida por eles nem permite que atinjam seu ponto máximo. Krasilchik, 2008, p.184, cita:

“docente por falta de autoconfiança, de preparo, ou por comodismo, restringe-se a apresentar aos alunos, com o mínimo de modificações, o material previamente elaborado por autores aceitos como autoridades. Apoiado em material planejado por outros e produzido industrialmente, o professor abre mão de sua autonomia e liberdade, tornado-se apenas um técnico”.

Pois, há avanços científicos e tecnológicos que devem ser incorporados a metodologia de aula escolhida, de modo a tornar a construção do conhecimento do aluno, mais fácil e próxima de sua realidade. Além da falta de tempo, ou de recursos, os educadores enfrentam dificuldades ligadas aos anos de graduação, pela deficiência formativa de suas licenciaturas. A diversidade da sala de aula, com todas as suas diferenças culturais, sociais e econômicas, pode ser ponto de partida na escolha de novas metodologias educacionais. O bom professor acolhe tais características de seus alunos, ou da comunidade em que vivem, e busca moldar as habilidade e competências a serem desenvolvidas, para que construam o conhecimento e o apliquem fora as sala de aula quando necessário (HOLMESLAND, 2003).

Em uma escola privada de Porto Alegre, RS, um estudo investigou inovações nas práticas de ensino-aprendizagem que atentem para a questão da orientação sexual com adolescentes entre 13 a 14 anos. Utilizando-se de oficinas, recursos e dinâmicas interativas, como jogos, filmes, imagens, situações problemas e dilemas

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com situações do dia a dia dos alunos, motivou-se as reflexões em torno dos temas trabalhados por esses professores. Os resultados foram positivos e mostraram escolhas conscientes nas atividades sexuais futuras e prevenção, tanto contra uma gravidez indesejada, bem como contra a contaminação e transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (TONATTO E SAPIRO, 2002).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÃO

Embora a amostragem de alunos, para a execução da pesquisa seja pequena, podem-se verificar uma acentuação positiva em relação a uma nova abordagem para as aulas de Ciências, com os conteúdos de educação sexual, prevenção e contracepção.

A partir de uma dinâmica de conscientização, como a que foi utilizada neste presente trabalho, é possível trabalhar vários tópicos relacionados esse assunto e promover maior conscientização por parte dos alunos. Para que eles, além deles próprios, possam repartir o que aprenderam com os mais próximos, amigos, comunidade, etc.

Sugere-se maior participação por parte dos professores na preparação de suas aulas, assim, com amostragem maior pode-se ter uma conclusão mais específica.

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6 CONCLUSÃO

Com o presente trabalho, conclui-se que a educação brasileira, nos dias de hoje, passa por muitas dificuldades que vão além da diversidade vivida em sala de aula. Há muitas raças e culturas, religiões, agravos econômicos e sociais vividos pelos jovens nesse crítico período da adolescência. Todo esse contexto deve ser englobado na escolha da metodologia de ensino, pelo professor. Através de constante renovação teórica e didática, na troca de experiências com outros colegas ou profissionais da área e no convívio diário com os próprios alunos e comunidade.

A escolha adequada de uma metodologia para a educação sexual, proporcionou aos alunos envolvidos neste presente estudo, maior chance de construção do conhecimento, promovendo maior concentração durante as aulas e por conseqüência, maior conscientização e uso correto de métodos contraceptivos, para que uma gravidez na adolescência seja evitada. Tais resultados foram acompanhados através das estatísticas de erros e acertos nos questionários aplicados.

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APÊNDICE A – Questionário sobre métodos anticoncepcionais e gravidez na adolescência:

• Leia as questões abaixo com atenção.

• Assinale apenas uma alternativa correta para as questões de 1 a 3.

• Para a questão de número 4, a resposta deverá ser na forma dissertativa, na qual você poderá, além de discutir sobre o assunto, contar um relato ou experiência já vivida por você mesmo ou alguém próximo.

1) O método anticoncepcional de maior eficácia entre as mulheres é a pílula oral. Ela deve ser administrada:

a) duas vezes ao dia em horários iguais b) uma vez ao dia, sem controle do horário. c) uma vez ao dia, sempre no mesmo horário. d) somente antes da relação sexual

e) apenas no período fértil

2) A tabelinha já foi muito utilizada por nossos pais. Mas, desde aquela época até os dias atuais, não se trata de um método seguro para prevenção da gravidez. Sobre a tabelinha, responda:

a) é a contagem dos dias férteis, através do ciclo menstrual feminino. b) é a contagem dos dias de produção dos espermatozóides masculinos c) é o aumento das taxas hormonais femininas

d) é a diminuição das taxas hormonais femininas e) é a verificação da quantidade e produção de muco

3) Há um método radical para contracepção masculina, feito cirurgicamente por médicos especializados, no qual, o canal por onde passam os espermatozóides é cortado, impedindo assim que os mesmos encontrem o óvulo para a fecundação. Estamos falando de:

a) laqueadura b) vasectomia

c) ligadura de trompas d) canal deferente e) espermograma

4) Como aluno, você certamente já trabalhou em suas aulas de Ciências, com métodos anticoncepcionais. Descreva em poucas palavras sobre uma dessas aulas, conte o que aprendeu, o que colocou, coloca ou pretende colocar em prática. Ocorreu, em sua família, ou até mesmo com você uma gravidez inesperada, como isso aconteceu? Foi planejada? Foi descuido? Foi falta de informação?

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ANEXO A

Dinâmica do Projeto Vale Sonhar, do Instituto Kaplan.

“O despertar para o sonho”

Regras do Jogo

Objetivo: Propiciar a identificação do sonho e o impacto da gravidez não planejada na adolescência no projeto de vida.

Material necessário

• 1 Livro do Professor – Vale Sonhar • 1 Livreto – Viagem ao Futuro • 100 Fichas de trabalho

• 1 Saco com testes de gravidez: (25) positivo (50) negativo. • 50 bexigas

• Papel sulfite, papel Kraft e 4 canetas – pincel atômico.

Tempo de duração: 1 hora e 30 minutos Aquecimento

O educador deve entregar a ficha de trabalho do lado “A” para cada aluno e pedir a eles que se acomodem em suas cadeiras. Em seguida, deve ler para os alunos a frase em negrito da ficha de trabalho: “O sonho é próprio de todos nós. Não há nenhuma realidade sem que antes se tenha sonhado com ela”. – Senador Teotônio Vilela. Lembrando que todos tem sonhos na vida, pedir para os alunos fecharem os olhos e pensarem: “Qual é o meu sonho de vida profissional?”. Após cerca de 2 minutos de reflexão, os alunos devem identificar o sonho e descrevê-los na ficha de trabalho.

Aquecimento específico

• O educador deve pedir para os alunos guardarem a ficha de trabalho enquanto ele prepara o saco com os testes de gravidez, sempre de acordo

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com índice de gravidez da sua região. Ex: No Vale do Ribeira, onde o índice é de cerca de 27%, numa classe de 40 alunos, 10 testes serão positivos (gravidez) e os 30 restantes, negativos.

• Cada aluno deverá retirar uma ficha de teste de dentro do saco.

• Os alunos que tirarem positivo, recebeu uma bexiga do educador, que deverá ser colocada sob a blusa, simulando a gravidez.

• Depois que todos tiverem recebido o resultado de seus testes, o educador irá prepará-los para a viagem no tempo.

AÇÂO DO JOGO ATIVIDADE 1

• O educador pedirá aos participantes que fechem os olhos novamente e voltem a se acomodar.

• De maneira pausada, o educador deverá ler cada etapa da viagem, fazendo as perguntas, uma a uma, para que os alunos possam imaginar as respostas. ATIVIDADE 2

• Após o retorno da viagem, o educador deverá dizer: “Vocês acabaram de fazer uma viagem ao futuro, algumas pessoas embarcam grávidas ou grávidos. Como foi realizar esta viagem? Qual o impacto da gravidez na realização do sonho? E para os que viajaram sem estar grávidos, como foi a viagem ao futuro?"

• O educador dará cerca de 3 minutos para quem quiser falar sobre sua experiência.

• Depois dos relatos, ele pedirá aos adolescentes que virem a ficha de trabalho que receberam no início da atividade (lado B) e preencham as questões 2, 3, 4 e 5.

• Terminado este processo, o educador recolherá as mesmas e passará para a próxima atividade.

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• Dividir a sala em 4 grupos. Dois de meninas e dois de meninos. Entregar o papel kraft e a caneta (pincel atômico) para cada grupo, e perguntar:

Grupo das meninas: quais seriam as conseqüências de uma gravidez na adolescência para as meninas?

Grupo dos meninos: quais seriam as conseqüências de uma gravidez na adolescência para os meninos?

• Cada grupo deve fazer um painel e apresentar para a classe, e finalizar a atividade.

COMPARTILHAR

• Pedir para os participantes que usarem a “barriga grávida” falarem sobre esta experiência.

• O educador deverá estimular o restante do grupo a colocar situações de pessoas de seu conhecimento que tenham vivido sentimentos parecidos. • Fazer um apanhado do que foi dito em sala de aula e apontar as

desvantagens da gravidez nesta época da vida. AVALIAÇÃO

• Distribuir uma folha de papel sulfite para cada participante. Pedir para cada pensar em um amigo e escrever uma mensagem aconselhando-o a evitar a gravidez na adolescência. Em seguida, recolher as mensagens de cada aluno.

Referências

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