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(1)MERILENE MARIA DOS SANTOS. COMPORTAMENTO DE OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS, DE DIFERENTES CORES DE PELAME, EM PASTEJO. RECIFE 2010.

(2) MERILENE MARIA DOS SANTOS. COMPORTAMENTO DE OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS, DE DIFERENTES CORES DE PELAME, EM PASTEJO. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia.. Orientador: Profº Marcílio de Azevedo, D.Sc Co-orientadores: Profª. Lúcia Helena de Albuquerque Brasil, D.Sc Profª. Elisa Cristina Modesto, D.Sc. RECIFE - PE 2010.

(3) Ficha catalográfica S237c. Santos, Merilene Maria dos Comportamento de ovinos da raça Santa Inês de diferentes cores pelame, em pastejo / Merilene Maria dos Santos. -2010. 42 f. Orientador: Marcílio de Azevedo. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Zootecnia, Recife, 2010. Inclui referências e anexo. 1. Bioclimatologia 2. Ovino 3. Comportamento 4. Pastejo 5. Conforto térmico I. Azevedo, Marcílio de, orientador II. Título CDD 636.3.

(4) Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. MERILENE MARIA DOS SANTOS. Dissertação defendida e aprovada pela banca examinadora em 18 de fevereiro de 2010.. Banca examinadora:. Orientador: _______________________________________________________ Profº Marcílio de Azevedo – D.Sc. – UFRPE. Examinadores:. ___________________________________________________ Profª Ângela Maria Quintão Lana – D.Sc. – UFMG. ___________________________________________________ Profª Adriana Guim – D.Sc. – UFRPE. ___________________________________________________ Profº Robson Magno Liberal Véras – D.Sc. – UFRPE. UFRPE – RECIFE.

(5) BIOGRAFIA DA AUTORA. Merilene Maria dos Santos, filha de Mironaldo José dos Santos e Maria José dos Santos, nasceu em 14 de janeiro de 1979, em Jaboatão do Guararapes, PE. Em agosto de 2007 graduou-se em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife/PE. Em março de 2008 iniciou o curso de Mestrado em Zootecnia, na Universidade Federal Rural de Pernambuco como aluna regular, sob orientação do Profº Dr. Marcílio de Azevedo, realizando estudos na Área de Produção Animal voltados para a Bioclimatologia Animal. Em 18 de fevereiro de 2010 submeteu-se à defesa de Dissertação para a obtenção do título de “Magister Scientiae”..

(6) Aos meus pais, Mironaldo José dos Santos e Maria José dos Santos, e aos meus irmãos, Merileide Maria dos Santos e Mazieno José dos Santos, os maiores presentes que Deus me deu. Ofereço.

(7) AGRADECIMENTOS. À Universidade Federal Rural de Pernambuco, por ter me possibilitado a realização do curso de Graduação e Pós-Graduação. À CAPES, pela concessão da bolsa de auxílio financeiro. Aos meus pais, Mironaldo José dos Santos e Maria José dos Santos, por sempre estarem presentes, pelo amor, paciência, dedicação e incentivo. Aos meus irmãos, Merileide Maria dos Santos e Mazieno José dos Santos, pela amizade e carinho. Ao meu amor, Jonas Miguel, pela compreensão, apoio, paciência, incentivo e carinho constantes. Às minhas amigas, Adeneide Candido Galdino, Amanda Menino Leite e Maria Luciana Menezes Wanderley Neves, e ao meu amigo, Felipe Martins Saraiva, pelo apoio emocional e profissional. Ao Prof° Marcílio de Azevedo, pela orientação imprescindível à realização de meu mestrado e também pela a sua amizade e paciência. Às professoras Lúcia Helena de Albuquerque Brasil e Elisa Cristina Modesto, pela coorientação, paciência e estímulo ao meu desenvolvimento profissional. À Lígia Alexandrina Barros da Costa, pela atenção, conselhos e apoio na realização do experimento, e à sua família, que me acolheram em seu lar. A Florisval Protásio da Silva Filho, Juana Catarina Cariri Chagas, Rosália Barros e Rodrigo Barbosa, pela ajuda na coleta dos dados comportamentais e ambientais. Aos professores, funcionários e colegas do curso de Pós-Graduação em Zootecnia da UFRPE, que ajudaram e apoiaram em meu crescimento profissional e pessoal..

(8) LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Variação de ITU, ITGU e ICT durante o período experimental das 6h às 18h Figura 2 - Médias das percentagens das atividades comportamentais no período diurno (06h às 17 h) Figura 3 -. Número total de visitas à fonte de água no período diurno (6h às 17h) durante o período experimental. 27 29 35. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Etograma das atividades comportamentais de ovinos da raça Santa Inês em condições de pastejo. 21. Tabela 2 - Composição bromatológica do concentrado em percentagem fornecido aos animais durante o período experimental. 22. Tabela 3 - Composição químico-bromatológica do pasto durante o período experimental em % da matéria seca. 23. Tabela 4 - Valores médios e amplitude dos elementos meteorológicos e índices de conforto térmico durante o período experimental. 25. Tabela 5 - Tempo médio em min/dia, hora/dia e %/dia das atividades de comportamento dos ovinos da raça Santa Inês em pastejo. 27. Tabela 6 - Médias das atividades comportamentais (minutos) em diferentes períodos. 30. Tabela 7 - Médias das atividades comportamentais ao sol (minutos) em diferentes períodos Tabela 8 - Média de outras atividades (minutos) ao sol e à sombra e média da atividade ruminando em pé (minutos) ao sol dos ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame Tabela 9 - Tempo de permanência ao sol e à sombra (minuto/dia), de ovinos da raça Santa Inês em diferentes períodos. 31 32 33. Tabela 10 - Média da visita à fonte de água (nº/dia), de ovinos da raça Santa Inês em diferentes períodos. 34. Tabela 11 - Coeficientes de Correlação de Pearson entre as variáveis climáticas, índices de conforto e atividades comportamentais de ovinos da raça Santa Inês. 36.

(9) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. AND - Andando CINZAS - Matéria Mineral CMS - Consumo de Matéria Seca CNE - Carboidratos não Estruturais CT - Carboidratos Totais CTR - Carga Térmica Radiante DEI - Deitado EE - Extrato Etéreo FDA - Fibra em Detergente Ácido FDN - Fibra em Detergente Neutro ICT - Índice de Conforto Térmico ITGU - Índice de Temperatura Globo e Umidade ITU - Índice de Temperatura e Umidade LIGNINA - Lignina MO - Matéria Orgânica MS - Matéria Seca OA - Outras Atividades OC - Ócio PAST - Pastejando PB - Proteína Bruta PÉ - Em pé PER - Período Pp - Pressão parcial de vapor RUM - Ruminando TBS - Temperatura de Bulbo Seco TBU - Temperatura de Bulbo Úmido TCI - Temperatura Crítica Inferior TCS - Temperatura Crítica Superior TGN - Temperatura do Globo Negro TMAX - Temperatura Máxima TMIN - Temperatura Mínima Tpo - Temperatura do Ponto de Orvalho TRM - Temperatura Radiante Média UR - Umidade Relativa do Ar VV - Velocidade dos Ventos ZCT - Zona de Conforto Térmico ZTN - Zona Termoneutralidade.

(10) SUMÁRIO REVISÃO DE LITERATURA. 11. LITERATURA CITADA. 15. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 17. 1.RESUMO. 17. 2.ABSTRACT. 18. 3.INTRODUÇÃO. 18. 4.MATERIAL E MÉTODOS. 20. 5.RESULTADOS E DISCUSSÃO. 24. 6.CONCLUSÕES. 37. 7.LITERATURA CITADA. 38. ANEXO. 41.

(11) REVISÃO DE LITERATURA. No Brasil, o rebanho de ovinos é de aproximadamente 17,1 milhões de animais, dos quais 59% concentram-se na região Nordeste (ANUALPEC, 2006). A ovinocultura é uma atividade de importância social e econômica, principalmente na região Nordeste, onde os ovinos são criados extensivamente, servem como fonte de proteína de origem animal para o consumo humano e sua pele destinada à comercialização. No entanto, esses animais que são criados em pastagem, muitas vezes com escassez de sombra, ficam grande parte do tempo expostos à forte radiação solar tendo, assim, que dispor de mecanismos fisiológicos para dissipar o calor absorvido por meio da radiação. Os ovinos são animais homeotérmicos, capazes de manter sua temperatura corporal relativamente constante por meios comportamentais e fisiológicos, sob uma diversidade de ambientes térmicos. Dentro de uma determinada faixa de temperatura ambiente, denominada Zona de Conforto Térmico (ZCT) ou de Zona Termoneutralidade (ZTN), a homeotermia ocorre com mínima mobilização dos mecanismos de termorregulação (BLINGH; JOHNSON, 1973). A ZTN é limitada em ambos os extremos pela temperatura crítica inferior (TCI) e temperatura crítica superior (TCS), respectivamente (SILVA, 2000). Não há valores rígidos para a ZTN; os limites são bastantes variáveis (PEREIRA, 2005) e dependem da raça, idade, nível de produção e estado fisiológico, entre outros fatores. A TCS para ovelhas tosqueadas de origem europeia é de 30°C (HAHN, 1985). Não se encontram na literatura referências sobre TCS para ovinos deslanados de regiões tropicais. Animais de pelame escuro, por apresentarem maior absorvidade à radiação solar, são mais sujeitos ao estresse pelo calor do que aqueles de pelame claro (ROBERTSHAW, 1986). Para Medeiros et al. (2007), animais de pelame branco possuem percentual de absorção menor e reflexão maior de calor quando comparados aos animais de pelame escuro, os quais absorvem mais calor proveniente da radiação solar, armazenando, assim, maior quantidade de energia térmica, o que pode resultar em maior desconforto térmico comparado aos animais de pelame branco. No mesmo sentido, Dias et al. (2007) observaram que a pelagem dos ovinos brancos apresentaram-se mais adequada às condições de clima quente que a dos castanhos e pretos. Pant et al. (1985) concluíram que caprinos brancos são mais adaptados às condições do semiárido do Brasil que os pretos; no entanto, entre os ovinos da raça Santa Inês, esses pesquisadores não encontraram diferenças na temperatura retal e frequência respiratória entre os animais de cor de pelame branco e preto. Trabalhos mais recentes realizados por Neves. 11.

(12) (2008) demonstraram que os ovinos Santa Inês brancos apresentam pequena superioridade que os negros em relação à tolerância ao calor. Existem elementos que atuam sobre a sensação térmica dos animais, sendo os quatro principais a temperatura do ar, radiação térmica, umidade e velocidade do ar. Combinandos dois ou mais desses elementos aos índices de conforto térmico pode-se descrever os efeitos do ambiente sobre a habilidade do animal em dissipar calor (WEST, 1999). Os índices de conforto térmico conseguem quantificar, em uma única variável, o efeito do estresse térmico sofrido pelos animais a partir das condições meteorológicas prevalecentes em um dado momento (MOURA; NÃÃS, 1993). O Índice de Temperatura e Umidade (ITU), proposto para conforto humano, tem sido utilizado também para descrever o conforto térmico de animais, e leva em consideração os pesos para as temperaturas dos termômetros de bulbo seco e bulbo úmido ou a temperatura do ponto de orvalho (SILVA, 2000). A vantagem na adoção desse índice é a disponibilidade dos dados necessários ao cálculo nas estações meteorológicas. Kelly e Bond (1971) expressaram a equação do ITU com a temperatura do ar (°F) e a umidade relativa do ar (UR) em decimais. Outro índice também desenvolvido é o Índice de Temperatura Globo e Umidade (ITGU), proposto por Buffington et al. (1981). Este índice leva em consideração a radiação térmica, fator ambiental importante para os animais criados em campo aberto. O ITGU foi desenvolvido para vacas leiteiras criadas em ambientes abertos, expostas a forte radiação solar, sendo também confirmada sua superioridade sobre o ITU em ovinos (BARBOSA; SILVA, 1995). Buffington et al. (1981) expressaram ITGU utilizando a temperatura do globo negro (TGN°C) e a temperatura do ponto de orvalho (Tpo°C). Outro índice desenvolvido especificamente para ovinos foi o Índice de Conforto Térmico (ICT), estimado por Barbosa e Silva (1995). Este índice leva em consideração a radiação e o vento como fatores importantes para esses animais. O ICT utiliza em seu cálculo a temperatura do ar (°C), a pressão parcial de vapor (kPa), a temperatura do globo negro (°C) e a velocidade dos ventos (m/s). Paranhos da Costa e Cromberg (1997) e Paranhos da Costa (2000) destacam que em ambientes quentes com alta incidência de radiação solar deve-se proporcionar sombra aos animais, reduzindo, assim, o aquecimento corporal e facilitando a termorregulação, pois o aperfeiçoamento do ambiente térmico traz benefícios à produção animal. De acordo com Barbosa e Silva (1995), níveis mais elevados de radiação solar acarretam elevação do índice de conforto térmico e, consequentemente, estimula os animais a buscarem a sombra com maior intensidade na estação quente, fato este menos evidenciado na estação fria. De acordo 12.

(13) com Johnson (1987), a utilização de sombras para animais em pastejo é de fundamental importância, sendo procurada pelos ovinos durante o verão, estejam eles tosquiados ou não. Para Leme et al. (2005), a procura dos animais por ambientes sombreados durante o verão mostra a necessidade da provisão de sombra, especialmente usando-se espécies arbóreas com copas globosas e densas. A estação quente, caracterizada pela alta radiação solar, tende a aumentar a temperatura corporal dos animais, sendo a busca por água uma das alternativas mais eficientes na redução da temperatura corporal, bem como a reposição de água perdida no processo de sudação e ofego, diminuindo o estresse calório (ORTÊNCIO FILHO et al., 2001). Em situações de estresse pelo calor, a água desempenha papel fundamental, amenizando os efeitos nocivos da alta temperatura, enquanto que sua escassez ou privação acarreta aumento do efeito do estresse calórico e compromete o bem-estar animal. Boyles (2003) afirma que a restrição de água diminui o desempenho animal mais rápido e drasticamente do que qualquer outro nutriente, pois tem efeito direto sobre o consumo e a termorregulação. Os ovinos da raça Santa Inês, devido a sua adaptabilidade às condições ambientais adversas, expressam bom desempenho tanto confinado como em pastejo, mas pouco se tem estudado o comportamento destes animais. O estudo do comportamento dos animais em pastejo possibilita ao produtor racionalizar as práticas de manejo visando redução de custos e melhoria na qualidade. Grande parte destes estudos tem sido realizado com os animais em condições de pastejo. Isso é compreensível porque o pasto, na maioria dos sistemas de produção, é a forma predominante de fornecimento de alimento; além do mais, é durante o pastejo que os animais sofrem maior influência dos elementos climáticos. Segundo Shafie e Sharafeldin (1965, citados por BARBOSA et al., 1995), diferentes raças têm diferentes características, e estas se refletem nas respostas dos animais, em particular no padrão de comportamento em pastejo, à sombra, exposto ao sol, em ócio e ruminando. Muitas vezes, as mudanças nos padrões de comportamento são reflexos da tentativa do animal de se libertar ou escapar de agentes/estímulos estressantes. Essas reações podem ser usadas para identificar e avaliar o estresse e, assim, buscar alternativas para proporcionar o bem-estar animal. Parâmetros fisiológicos, como temperatura retal e frequência respiratória têm sido os mais utilizados para identificar os animais melhores adaptados ao clima tropical; porém, de acordo com Yousef (1985), não expressam suficientemente as condições de adaptabilidade, devendo ser considerado o conjunto das respostas fisiológicas e comportamentais dos ovinos às condições ambientais. 13.

(14) Os indicadores comportamentais que têm sido avaliados nos animais em condições de estresse são: ingestão de alimento e água, ruminação, ócio e procura de sombra (RASLAN; TEODORO, 2007), sendo a redução na ingestão de alimentos, aumento na ingestão de água, diminuição na atividade de pastejo e a procura pela sombra respostas imediatas ao estresse pelo calor (SILANIKOVE, 2000). Assim, pesquisas sobre o comportamento de animais em pastejo são de grande importância por este ter efeito direto sobre o consumo e desempenho animal.. 14.

(15) LITERATURA CITADA ANUALPEC. Anual de pecuária brasileira. São Paulo: Instituto FNP, 2006. BARBOSA, O. R.; SILVA, R. G. Índice de conforto térmico para ovinos. Boletim de Indústria Animal, v. 52, n. 1, p. 29-35, 1995. BARBOSA, O. R.; SILVA, R. G.; SCOLAR, J.; GUEDES, J. M. F. Utilização de um índice de conforto térmico no zoneamento bioclimático da ovinocultura. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, v. 24, n. 5, p. 661-671, 1995. BLINGH, J.; JOHNSON, K. G. Glossary of terms for thermal physiology. Journal Applied Physiology, v. 35, p. 941-961, 1973. BOYLES, S. Livestock and Water. Ohio State University Extension Beef Information. 2003. Disponivel em: <http://beef.osu.edu/library/water.html>. Acesso em: 25 abr. 2005. BUFFINGTON, D. E.; COLLAZO-AROCHO, A.; CANTON, G. H.; PITT, D. Black GlobeHumidity index (BGHI) as confort equation for dairy cows. Transactions of the ASAE, v. 24, n. 3, p. 711-714, 1981. DIAS, L. T.; McMANUS, C.; SASAKI, L. C. B.; LUCCI, C.; GARCIA, J. A.; LOUVANDINI, H. Análise Comparativa de Características da Pele e Pelame Relacionadas à Adaptação ao Calor em Ovinos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 44., 2007, São Paulo. Anais... São Paulo: Sociedade Brasileira da Zootecnia, 2007. 1 CD-ROM. HAHN, G. L. Manegement and housing of farm animals in hot environments. In: YOUSEF, M. K. Stress physiology in livestock. Boca Raton: CRC Press, Inc., 1985. v. 2., p. 151-174. JOHNSON, K. G. Shading behaviour of sheep: Preliminary studies of its relation to thermoregulation, feed and water intakes, and metabolics rates. Australian Journal Agricultural Science, Collingwood, v. 38, p. 587-596, 1987. KELLY, C. F.; BOND, T. E. Bioclimatic factors and their measurements. In: NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES (Ed.). A guide to environmental research on animals. Washington: National Academy of Sciences, 1971. p. 71-92. LEME, T. M. S. P.; PIRES, M. F. A.; VERNEQUE, R. S.; ALVIM, M. J.; AROEIRA, L. J. M. Comportamento de vacas mestiças Holandês x Zebu, em pastagem de brachiaria decumbens em sistema silvipastoril. Ciência e Agrotecnologia, v. 29, n. 3, p. 668675, 2005. MEDEIROS, L. F. D.; VIEIRA, D. H.; OLIVEIRA, C. A.; FONSECA, C. E. M.; PEDROSA, I. A.; GUERSON, D. F.; PEREIRA, V. V.; MADEIRO, A. S. Avaliação de parâmetros fisiológicos de caprinos SPRD (sem padrão racial definido) pretos e brancos de diferentes idades, à sombra, no município do Rio de Janeiro, RJ. Boletim da Indústria Animal, v. 64, n. 4, p. 277-287, 2007. MOURA, D. J., NÄÄS, I. A. Estudo comparativo de índices de conforto térmico na produção animal. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 1993. p 42-46.. 15.

(16) NEVES, M. L. M. W. Índices de conforto térmico para ovinos Santa Inês de diferentes cores de pelame em condições de pastejo. 2008. 77 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE, 2008. ORTÊNCIO FILHO, H.; BARBOSA, O. R.; SAKAGUTI, E. S.; ONORATO, W. M.; MACEDO, F. A. F. Efeito da sombra natural e da tosquia no comportamento de ovelhas das raças Texel e Hampshire Down, ao longo do período diurno, no noroeste do estado do Paraná. Acta Scientiarum, v. 23, n. 4, p. 981-993, 2001. PANT, K. P.; ARRUDA, F. A. V.; FIGUEIREDO, E. A. P. Role of coat color in body heat regulation among goats and hairy sheep in tropics. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 20, n. 6, p. 717-726, 1985. PARANHOS DA COSTA, M. J. R. Ambiência na produção de bovinos de corte a pasto. Anais de Etologia, 18, 2000. p. 26-42. PARANHOS DA COSTA, M. J. R.; CROMBERG, V. U. Alguns aspectos a serem considerados para melhorar o bem-estar de animais em sistema de pastejo rotacionado. In: PEIXOTO, A. M.; MOURA, J. C.; FARIA, V. P. Fundamentos do pastejo rotacionado. FEALQ: Piracicaba, 1997, p. 273-296. PEREIRA. C. C. J. Fundamentos de bioclimatologia aplicados à produção animal. Belo Horizonte: FEPMVZ, 2005. RASLAN, L. S. A.; TEODORO, S. M. Aspectos comportamentais e fisiológicos de ovinos Santa Inês em ambiente tropical. 2007. Disponível em: <http://www.farmpoint.com.br.>. Acesso em: 9 ago. 2009. ROBERTSHAW, D. Physical and physiological principles of adaptation of animals to the tropics. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE BIOCLIMATOLOGIA ANIMAL NOS TRÓPICOS: PEQUENOS E GRANDES RUMINANTES, 1., Fortaleza, 1986. Anais... Brasília: EMBRAPA-DIE, 1990. p.87-94. (EMBRAPA-CNPC. Documentos, 7). SILANIKOVE, N. Effects of heat stress on the welfare of extensively managed domestic ruminants. Livestock Production Science, v. 67, n. 1-2, p. 1-18, 2000. SILVA, R. G. Introdução à bioclimatologia animal. São Paulo: Ed. Nobel, 2000. WEST, J. W. Nutritional strategies for managing the heat-stressed dairy cow. Journal of Animal Science, v. 77, p. 21-35, 1999. YOUSEF, M. K. Stress physiology in livestock. Ungulates. Boca Raton: CRC Press, 1985.. 16.

(17) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 1. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em. 2. pastejo1. 3. Merilene Maria dos Santos2, Marcílio de Azevedo3, Lígia Alexandrina Barros da Costa4,. 4. Florisval Protásio da Silva Filho4, Elisa Cristina Modesto3, Lúcia Helena Albuquerque. 5. Brasil3, Ângela Maria Quintão Lana5. 6 7. RESUMO – O experimento foi conduzido durante o verão na região Agreste do estado. 8. de Pernambuco com o objetivo de avaliar o comportamento, em condições de pastejo, de. 9. ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame. O período experimental foi de 12. 10. janeiro a 01 de março de 2008, com duas semanas para adaptação e seis para a coleta de. 11. dados. As observações foram realizadas a cada 10 minutos, no período das 06h às 17h,. 12. durante dois dias consecutivos a cada semana. O delineamento experimental foi o. 13. inteiramente casualizado, com três cores de pelame (branco, castanho e preto), representando. 14. os tratamentos e 7 repetições, em um arranjo de parcela subdividida com cor do pelame na. 15. parcela e período na sub-parcela. As variáveis analisadas foram: tempo de pastejo (TP), tempo. 16. de ruminação (TR), tempo em ócio (TO), outras atividades (OA) e bebendo água. Não houve. 17. interação significativa (P>0,05) entre período e cor do pelame para nenhuma das. 18. características comportamentais estudadas. Os períodos influenciaram todas as atividades. 19. comportamentais. A cor do pelame influenciou apenas a atividade ruminando em pé ao sol: os. 20. animais brancos apresentaram maior tempo (P<0,05) (19,64 minutos) que os castanhos e. 21. pretos (11,43 e 14,28 minutos), respectivamente, não diferindo entre si. Também em outras. 22. atividades no total (ao sol e sombra): os animais castanhos apresentaram maior tempo. 23. (P<0,05) (8,69 minutos) que os brancos e pretos, (5,00 e 6,19 minutos), respectivamente, os. 24. quais não diferiram entre si. O elemento climático mais associado com a visita à fonte de água. 25. e permanência dos animais na sombra foi a temperatura máxima. O período 4, de modo geral,. 26. foi o mais desfavorável para os ovinos com relação ao conforto térmico.. 27. Palavras–chave: adaptação, clima, conforto térmico, etologia. 28 29 30 31 32 33 34 35. 1. Parte da dissertação de mestrado da primeira autora, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Zootecnia. – PPGZ, DZ/UFRPE, Recife/PE, financiada pelo CNPq 2. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia – PPGZ, DZ/UFRPE. e-mail:merimarisan @yahoo.com.br 3. Professores da UFRPE – PPGZ, DZ/UFRPE. 4. Doutorandos do PDIZ/UFRPE. 5. Professora do DZOO/UFMG 17.

(18) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 36 37. Behavior of Santa Inês sheep of different colors of coat, grazing. 38 39. ABSTRACT – The experiment was conducted during the summer in the Agreste region. 40. of Pernambuco state in order to evaluate the behavior under conditions of grazing sheep Santa. 41. Ines of different colors of coat. The experiment lasted from January 12 to 01 March 2008,. 42. with two and six weeks to adapt to data collection. The observations were made every 10. 43. minutes during the period of 6 A.M. to 5 P.M. for two consecutive days each week. The. 44. experimental design was completely randomized, with three coat colors (white, brown and. 45. black) as treatments and 7 replications in a split plot arrangement with the coat color in the. 46. plot and period in the sub-plot. The variables analyzed were grazing time (PT), rumination. 47. time (RT), leisure time (TO), other activities (OA) and drinking water. No significant. 48. interaction (P> 0.05) between period and color of the coat for any of the behavioral traits. 49. studied. The periods affected all behavioral activities. The hair coat color influenced only the. 50. activity mulling standing at the Sun, the white animals had longer (P <0.05) (19.64 minutes). 51. than the brown and black (11.43 and 14.28 minutes), respectively did not differ among. 52. themselves and also in other activities in total (Sun and shade), the animals had longer brown. 53. (P <0.05) (8.69 minutes) than whites and blacks (5.00 and 6.19 minutes), respectively, which. 54. did not differ. The climatic element most associated with the visit to the water source and the. 55. animals stay in the shade was the maximum temperature. The period 4, in general, was the. 56. worst for sheep in relation to thermal comfort.. 57 58. Key Words: adaptation, climate, thermal comfort, ethology. 59 60 61. INTRODUÇÃO. 62. No Brasil, a ovinocultura é uma atividade de importância social e econômica,. 63. principalmente na região Nordeste, onde os ovinos são criados extensivamente, servem como. 64. fonte de proteína de origem animal para o consumo humano e sua pele é destinada à. 65. comercialização. Porém, muitas vezes, estes animais que são criados em pastagem cultivada,. 66. sem sombra, ficam grande parte do tempo expostos à forte radiação solar tendo, assim, que. 67. dispor de mecanismos fisiológicos para dissipar o calor absorvido por meio da radiação.. 68. Dessa forma, os animais de pelame escuro, por apresentarem maior absorvidade à radiação. 18.

(19) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 69. solar, são mais sujeitos ao estresse por calor do que aqueles de pelame claro. 70. (ROBERTSHAW, 1986).. 71. Paranhos da Costa e Cromberg (1997) e Paranhos da Costa (2000) destacam que, em. 72. ambientes quentes com alta incidência de radiação solar, deve-se proporcionar sombra aos. 73. animais, reduzindo, assim, o aquecimento corporal e facilitando a termorregulação, pois o. 74. aperfeiçoamento do ambiente térmico traz benefícios à produção animal. Em situações de. 75. estresse pelo calor, a água desempenha papel fundamental, amenizando os efeitos nocivos da. 76. alta temperatura, e sua escassez ou privação acarreta aumento do efeito do estresse calórico e. 77. compromete o bem-estar animal. Boyles (2003) afirma que a restrição de água diminui o. 78. desempenho animal mais rápido e drasticamente do que qualquer outro nutriente, pois tem. 79. efeito direto sobre o consumo e a termorregulação.. 80. Os ovinos da raça Santa Inês, devido a sua adaptabilidade às condições ambientais. 81. adversas, expressam bom desempenho tanto confinado como em pastejo, mas pouco se tem. 82. estudado a respeito do comportamento destes animais. O estudo do comportamento em. 83. pastejo possibilita ao produtor racionalizar as práticas de manejo, visando a redução de custos. 84. e melhoria na qualidade.. 85. Grande parte desses estudos tem sido realizados com os animais em condições de. 86. pastejo, o que é compreensível, porque o pasto na maioria dos sistemas de produção é a forma. 87. predominante de fornecimento de alimento; além do mais, é durante o pastejo que os animais. 88. sofrem maior influência dos elementos climáticos. Segundo Shafie e Sharafeldin (1965,. 89. citados por BARBOSA et al., 1995), diferentes raças têm diferentes características que se. 90. refletem nas respostas dos animais, em particular no padrão de comportamento em pastejo, à. 91. sombra, exposto ao sol, em ócio e ruminando.. 92. Muitas vezes, as mudanças nos padrões de comportamento são reflexos da tentativa do. 93. animal de se libertar ou escapar de agentes/estímulos estressantes. Essas reações podem ser. 94. usadas para identificar e avaliar o estresse e, assim, buscar alternativas para proporcionar o. 95. bem-estar animal. Parâmetros fisiológicos, como temperatura retal e frequência respiratória,. 96. têm sido os mais utilizados para identificar os animais melhor adaptados ao clima tropical,. 97. mas de acordo com Yousef (1985), não expressam suficientemente as condições de. 98. adaptabilidade, devendo ser considerado o conjunto das respostas fisiológicas e. 99. comportamentais dos ovinos às condições ambientais.. 100. Os indicadores comportamentais que têm sido avaliados nos animais em condições de. 101. estresse são: ingestão de alimento e água, ruminação, ócio e procura de sombra (RASLAN;. 102. TEODORO, 2007), sendo a redução na ingestão de alimentos, aumento na ingestão de água, 19.

(20) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 103. diminuição na atividade de pastejo e a procura pela sombra respostas imediatas ao estresse. 104. pelo calor (SILANIKOVE, 2000).. 105. Pesquisas sobre o comportamento de animais em pastejo são de grande importância por. 106. este ter efeito direto sobre o consumo e desempenho animal. Assim, o objetivo deste trabalho. 107. foi avaliar o comportamento em pastejo de ovinos da raça Santa Inês de diferentes cores de. 108. pelame, em condições de calor.. 109 110 111. MATERIAL E MÉTODOS. 112 113. O experimento foi conduzido na Fazenda Riachão, localizada no município de Sairé,. 114. Agreste de Pernambuco, altitude de 663 m, latitude sul de 08° 19’ 39” e longitude oeste de. 115. 35° 42’ 20” (CPRM, 2005). A pluviosidade na região varia de 600 a 900 mm/ano,. 116. concentrando-se nos meses de março a julho, sendo o clima do tipo seco sub-úmido. 117. (CONDEPE, 1980).. 118 119. O experimento foi realizado no verão de 2008, de 12 de janeiro a 01 de março, com 2 semanas de adaptação e 6 semanas de coleta de dados.. 120. Foram utilizadas 21 borregas da raça Santa Inês, sendo 7 de cada uma das pelagens. 121. preta, castanha e branca, com peso inicial médio de 25,00; 24,85 e 25,71 Kg, respectivamente,. 122. distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualisado com doze. 123. tratamentos e sete repetições em um arranjo de parcela sub-dividida com cor na parcela e. 124. período na sub-parcela. Os períodos foram escolhidos através de observações prévias de. 125. condições climáticas predominantes em outros estudos realizados no mesmo local por Costa. 126. (2007) e Neves (2008). Dessa forma, foram selecionados quatro períodos: o período 1 (dias. 127. 25 e 26 de janeiro e 02 de fevereiro), período 2 (dias 03,08 e 09 de fevereiro), período 3 (dias. 128. 15, 16 e 22 de fevereiro), período 4 (dias 23 e 29 de fevereiro e 01 de março), de maneira que. 129. um deles proporcionasse maior desconforto térmico que os demais, ocasionando modificações. 130. nos padrões comportamentais que pudessem ser detectados.. 131. O comportamento foi avaliado durante 6 semanas, sendo em cada semana por dois dias. 132. consecutivos, totalizando 12 dias de observações feitas no período diurno, das 6h às 17h. Três. 133. dias de observações comportamentais caracterizaram um período, totalizando ao final 4. 134. períodos. Para análise de comportamento, cada animal foi identificado por letras do alfabeto,. 135. com marcação de tinta nas laterais e no dorso do corpo, possibilitando identificá-los a uma. 136. grande distância. 20.

(21) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 137. As atividades comportamentais observadas, bem como a descrição de cada delas,. 138. encontra-se no etograma apresentado na Tabela 1. Essas atividades foram monitoradas por. 139. quatro observadores e obtidas por meio de observações visuais a cada 10 minutos, exceto a. 140. atividade visita à fonte de água (bebendo água), que foi registrada continuamente.. 141 142 143 144. Tabela 1. Etograma das atividades comportamentais de ovinos da raça Santa Inês em condições de pastejo Table 1. Ethogram of behavioral activities of the Santa Inês sheep under grazing conditions. Atividade Comportamental. Descrição. Behavioral Activity. Description. Andando. Animal caminhando pelo piquete, dando mais de três passos sem procurar alimento.. Walking. Pastejando Grazing. Ruminando Ruminating. Ócio Leisure. Outras Atividades Other Activities. Animal walking the picket line, giving more than three steps without seeking food.. Animal consumindo o pasto. Animal consuming pasture.. Animal em pé ou deitado, regurgitando, remastigando e redeglutindo o bolo alimentar. Animal standing or lying down, regurgitating and chewing the food bolus.. Animal em pé ou deitado, que não estava andando, pastejando, ruminando, bebendo água ou em outras atividades. Animal standing or lying down, that was not walking, grazing, ruminating, drinking water or doing other activities.. Animal deitado ou em pé, lambendo seu corpo ou o de outro animal, coçando ou em interações agonísticas. Animal lying down or standing up licking your body or another animal’s body, scratching or in agonistic interactions.. Visita a fonte de água. Animal bebendo água.. Visit the water source. Animal drinking water.. 145 146. Os dados referentes às atividades comportamentais dos animais foram colocados em. 147. planilhas do Excel, de acordo com o período, dia de observação, hora do dia e tratamento.. 148. Desta forma, fez-se, para cada animal, a soma do número de vezes em que o mesmo foi. 149. observado em determinada atividade; posteriormente, multiplicou-se por 10, transformando o. 150. valor em minutos (min), obtendo-se, assim, o tempo que cada animal dedicou a uma atividade. 151. comportamental, durante o período diurno.. 152. Os animais foram criados em um piquete de 3 hectares de pastagen cultivada de capim. 153. pangola (Digitaria decumbens, Stent) com taxa de lotação de 7 cabeças por hectare. No. 21.

(22) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 154. piquete, encontrava-se à disposição dos animais um açude (fonte de água) e sombra natural de. 155. juazeiro (Zizyphus joazeiro). Os animais eram soltos às 6h no piquete, onde permaneciam até. 156. às 17h, quando eram recolhidos para um aprisco coberto e com piso ripado. Todos os animais. 157. receberam, ao final da tarde, no aprisco, em comedouros individuais, concentrado à base de. 158. farelo de soja, milho triturado e sal mineral, formulado de acordo com o National Research. 159. Council (2007). Na Tabela 2 é apresentada a relação dos ingredientes e sua composição. 160. bromatológica; na Tabela 3, a análise bromatológica do pasto, ambas de acordo com a. 161. metodologia de Silva e Queiroz (2002).. 162 163 164 165 166. Tabela 2. Composição bromatológica do concentrado em percentagem fornecido aos animais durante o período experimental Table 2. Chemical composition of the concentrate supplied to the animals in percentage during the experimental period. Ingredientes. (%). Ingredients. Milho. 60,6. Corn. Farelo de Soja. 36,36. Soybean Meal. Sal Mineral. 3,04. Mineral salt. Composição. (%). Composition. 167 168 169 170 171 172 173. MS (DM). 80,51. MO (OM). 92,86. CINZAS (ASH). 7,14. PB (CP). 25,12. EE (EE). 2,67. FDN (NDF). 14,88. FDA (ADF). 9,97. LIGNINA (LIGNIN). 4,77. CT (CT). 65,07. CNE (NSC). 50,19. MS = Matéria Seca, MO = Matéria Orgânica; CINZAS = Matéria Mineral, PB = Proteína Bruta, EE = Extrato etéreo, FDN =Fibra em Detergente Neutro, FDA = Fibra em Detergente Ácido, LIGNINA = Lignina, CT = Carboidratos Totais, CNE =Carboidratos não Estruturais DM = dry matter, OM = Organic Matter; ASH = ash, CP = crude protein, EE = ether extract, NDF = Neutral Detergent Fiber, ADF = Acid Detergent Fiber, Lignin LIGNIN =, CT = total carbohydrates, NSC = nonstructural carbohydrates. 22.

(23) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 174 175 176. Tabela 3. Composição químico-bromatológica do pasto durante o período experimental em % da matéria seca Table 3. Chemical composition of pasture during the experimental period as % of dry matter. Nutriente (Nutrient). 27/jan. 26/fev. 10/mar. MS (DM). 17,7. 48,6. 66,3. MO (OM). 89,5. 88,1. 91,1. MM (MM). 9,2. 10,3. 7,8. PB (CP). 15,2. 6,6. 7,3. EE (EE). 1,8. 2,5. 1,9. FDN (NDF). 69,3. 73,2. 71,8. FDA (ADF). 37,6. 40,9. 43,0. LIGNINA (LIGNIN). 4,0. 3,9. 5,7. CT (CT). 73,8. 80,6. 83,0. CNE (NSC). 4,4. 7,5. 11,2. 177 178 179 180 181 182 183 184. MS = Matéria Seca, MO = Matéria Orgânica; MM = Matéria Mineral, PB = Proteína Bruta, EE = Extrato etéreo, FDN =Fibra em Detergente Neutro, FDA = Fibra em Detergente Ácido, LIGNINA = Lignina, CT = Carboidratos Totais, CNE =Carboidratos não Estruturais. 185. localizada ao lado do piquete experimental. A estação continha um abrigo termométrico onde. 186. foram instalados um psicrômetro para medida das temperaturas dos bulbos seco (TBS) e. 187. úmido (TBU) e um termômetro para obtenção das temperaturas máxima e mínima do dia. Ao. 188. lado do abrigo foram instalados um pluviômetro e um globotermômetro. No piquete. 189. experimental, embaixo da árvore que proporcionava sombra aos animais, foi colocado outro. 190. globotermômetro, permitindo o cálculo da carga térmica de radiação também naquelas. 191. condições. A velocidade dos ventos foi medida com um anemômetro digital portátil. Para a. 192. caracterização do ambiente e posterior correlação com as respostas comportamentais foram. 193. calculados a carga térmica radiante (CTR) ao sol e à sombra, utilizando-se a fórmula citada. 194. por Esmay (1969) pela equação CTR = σ. (TRM)4 , onde σ = constante de Stefan-Boltzman. 195. (5,67 x 10-8 W.m-2 K-4) e TRM = temperatura radiante média, calculada de acordo com a. 196. fórmula: TRM= 100 x {2,51 x √v v (Tgn -Tbs) + (Tgn /100)4 }0,25 , onde: vv = velocidade dos. 197. ventos (m/s); Tgn = temperatura do globo negro (°C); Tbs = temperatura do bulbo seco (°C) e. 198. os índices de conforto ITU (índice de temperatura e umidade) foi calculado utilizando-se a. 199. equação proposta por Kelly e Bond (1971): pela equação: ITU = Ta-0,55*(1-UR)*(Ta-58);. 200. onde Ta é a temperatura do ar (°F) e UR é a umidade relativa do ar em decimais. O ITGU. DM = dry matter, OM = Organic Matter; MM = mineral matter, CP = crude protein, EE = ether extract, NDF = Neutral Detergent Fiber, ADF = Acid Detergent Fiber, Lignin LIGNIN =, CT = total carbohydrates, NSC = non-structural carbohydrates. O ambiente foi monitorado a cada duas horas através de uma estação meteorológica. 23.

(24) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 201. (índice de temperatura de globo e umidade) foi determinado de acordo com a fórmula. 202. desenvolvida por Buffington et al. (1981): ITGU = Tgn+(0,36Tpo)+41,5, onde Tgn é a. 203. temperatura do globo negro (°C) e Tpo é a temperatura do ponto de orvalho (°C). Para o. 204. cálculo da Tpo, utilizou-se a equação descrita por Vianello e Alves (1991): Tpo =(186,4905. 205. 237,3*LogPp{ta})/(LogPp{ta}-8,2859), onde Pp{ta} é a pressão parcial de vapor em. 206. milibares. Para o cálculo do ICT (índice de conforto térmico) específico para ovinos, utilizou-. 207. se a fórmula proposta por Barbosa e Silva (1995): ICT=(0,6678Ta)+(0,4969Pp{ta}). 208. +(0,5444Tgn)+(0,1038vv), onde Ta é a temperatura do ar (°C), Pp{ta}é a pressão parcial de. 209. vapor (kPa), Tgn é a temperatura do globo negro (°C) e VV é a velocidade dos ventos (m/s).. 210. Como primeiro passo da análise estatística, procedeu-se a um estudo para verificar se as. 211. pressuposições de distribuição normal e homocedasticidade dos dados foram atendidas. Os. 212. dados foram submetidos à análise de correlação e variância e as médias foram comparadas. 213. pelo teste de Tukey a 5%. As variâncias que não apresentaram distribuição normal foram. 214. transformadas para logarítmica ou raiz quadrada. Todos os procedimentos estatísticos foram. 215. realizados através do SAEG, versão 8.1 (2003).. 216 217. RESULTADOS E DISCUSSÃO. 218. Os valores médios e amplitude dos elementos meteorológicos e dos índices de. 219. conforto térmico durante todo o período experimental, observados nos dias de registros. 220. comportamentais, encontram-se na Tabela 4.. 24.

(25) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 221 222. Tabela 4. Valores médios e amplitudes dos elementos meteorológicos e índices de conforto térmico durante o período experimental Table 4. Mean values and amplitudes of meteorological and thermal comfort index during the experimental period. Período. Média geral. Period. 1. TBS (DBT) TMIN (TMIN) TMAX (TMAX) UR (RH) VV (VV) TGN (TGN) TGNS (TGNS) CTR (CTR) CTRS (CTRS) ITU (THI) ITGU (WBGT) ITGUS (ITGUS) ICT (ICT) ICTS (ICTS) 223 224 225 226 227 228 229 230. 2. 3. 4. (Overall average). Média. Amplitude. Média. Amplitude. Média. Amplitude. Média. Amplitude. (Average) 26,7. (Amplitude) 20-31. (Average) 27,3. (Amplitude) 19-32. (Average) 26,0. (Amplitude) 19-31. (Average) 27,9. (Amplitude) 19-32. 21,0. 20-22. 20,7. 20-21. 20,3. 20-21. 21,7. 21-22. 20,9. 31,7. 31-32. 32,3. 32-33. 32,0. 31-33. 34,0. 33-35. 32,5. 67,9. 49,2-92,1. 66,5. 44,6-100. 70,8. 52,5-92,1. 63,5. 48,4-100. 67,2. 1,8. 0,1-4,6. 2,3. 0,0-5,2. 1,9. 0,0-4,6. 2,2. 0,0-6,0. 2,1. 38,2. 24-52. 40,2. 23-52. 37,5. 23-53. 40,2. 22-52. 39,0. 27,9. 21-33. 27,2. 21-32. 26,2. 21-31. 28,3. 21-32. 27,4. 761,6. 455,6-1176,7. 828,1. 436,1-1181,9. 754,2. 436,1-1271,2. 810,1. 430,3-1087,0. 789,5. 486,4. 417,6-549,8. 458,3. 220,7-513,7. 454,9. 302,4-516,3. 472,3. 424,5-516,3. 468,0. 75,7. 67,6-80,3. 76,3. 66,2-80,9. 75,1. 65,8-79,6. 76,8. 66,2-80,9. 76,0. 86,9. 72,2-100,9. 88,9. 71,3-100,9. 86,2. 69,7-102,0. 88,8. 70,3-100,8. 87,7. 76,6. 69,2-81,9. 75,9. 67,8-80,8. 74,9. 68,7-79,4. 77,0. 69,3-80,9. 76,1. 39,9. 27,5-50,0. 41,5. 26,3-50,5. 39,1. 26,2-50,4. 41,9. 25,8-51,1. 40,6. 34,3. 27,1-40,1. 34,4. 25,2-40,1. 33,0. 25,1-39,0. 35,4. 25,2-40,3. 34,3. 27,0. TBS = Temperatura do bulbo seco (°C); TMIN= Temperatura mínima do dia (°C); TMAX= Temperatura máxima do dia (°C); UR = Umidade relativa do ar, VV = Velocidade do vento (metro/segundo), TGN= Temperatura de globo negro ao sol (°C); TGNS= Temperatura de globo negro à sombra; CTR = Carga térmica radiante ao sol (W/m2); CTRS= Carga térmica radiante à sombra (W/ m2)); ITU= Índice de temperatura e umidade; ITGU = índice de temperatura do globo e umidade ao sol, ITGUS= Índice de temperatura de globo negro e umidade à sombra; ICT = Índice de conforto térmico para ovinos ao sol e ICTS= Índice de conforto térmico para ovinos à sombra DBT = dry bulb temperature (° C) TMIN = minimum temperature of the day (° C) TMAX = maximum daytime temperature (° C), RH = Relative humidity, VV = Wind Speed (meters / second) , TGN = black globe temperature of the sun (° C); TGNS = black globe temperature in the shade; CTR = radiant heat load in the sun (W/m2); CTRS = radiant heat load in the shade (W / m2)); THI = Temperature humidity index, WBGT index = globe temperature and humidity in the sun, ITGUS Index = black globe temperature and humidity in the shade; ICT = thermal comfort index for sheep in the sun and ICTS = index of thermal comfort for sheep in the shade. 25.

(26) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 231. Durante o período experimental foi registrado precipitação pluvial em milímetros de. 232. 71,0 (janeiro), 35,0 (fevereiro) e 0,0 (março). No entanto, durante a coleta dos dados, foi. 233. registrado precipitação de 8 mm apenas no 3º período experimental, não ocorrendo nos. 234. demais períodos.. 235. A média da velocidade dos ventos (VV) entre os períodos variou de 1,8 a 2,3 m/s.. 236. Ventos de 1,3 a 1,9 m/s foram recomendados por McDowell (1972) como ideais para a. 237. criação de animais domésticos.. 238. As temperaturas mínima e máxima foram de 20°C e 35°C, respectivamente (Tabela 4).. 239. As médias das temperaturas mínima e máxima observadas durante os períodos experimentais. 240. foram maiores no período 4 (21,7° e 34,0°C, respectivamente). Sendo a temperatura máxima. 241. maior que a crítica superior (30°C) da zona de conforto para ovinos, citada por Hahn (1985).. 242. Vale enfatizar, que o autor se referiu a ovinos tosquiados de regiões temperadas, portanto,. 243. mais sensíveis ao calor, e espera-se que, em ovinos nativos deslanados, como os da raça Santa. 244. Inês, este limite seja maior.. 245. O ITU variou de 75,1 a 76,8; ITGU de 86,2 a 88,9 e o ICT de 39,1 a 41,9. Baseando-se. 246. nessas médias dos índices de conforto térmico analisados, os ovinos das três cores não foram. 247. submetidos ao estresse pelo calor, mas ao se avaliar a amplitude destes parâmetros nota-se. 248. que os animais passaram por estresse pelo calor nos quatros períodos experimentais;. 249. conforme os valores críticos de ITU iguais a 80,0; 79,5 e 78,9; ITGU iguais 92,8; 91,4 e 90,5. 250. estimados por Neves (2008)e de ICT iguais a 46,3, 45,5 e 44,5 citados por Neves et al (2009). 251. para ovinos brancos, castanhos e pretos, respectivamente, com base na temperatura retal.. 252. Considerando os valores médios dos índices de conforto, os períodos 2 e 4 foram os. 253. mais estressantes, e o período 3 foi o menos estressante para os animais, mas o período 4. 254. apresentou maior TMAX que os demais.. 255. A sombra proporcionada pelas árvores reduziu a carga térmica radiante em 36,1%,. 256. 44,7%, 39,7%, 41,7% nos períodos 1, 2, 3, 4, respectivamente, proporcionando um melhor. 257. ambiente térmico para os animais.. 258 259. As variações nos índices de conforto térmico, em função do horário, durante o período experimental estão representadas na Figura 1.. 26.

(27) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. Média dos Índices de Conforto. 120,0 100,0 80,0 ITU. 60,0. ITGU 40,0. ICT. 20,0 0,0 06:00 08:00 10:00 12:00 14:00 15:00 16:00 18:00. 260 261 262. Hora. Figura 1. Variação de ITU, ITGU e ICT durante o período experimental das 6h às 18h Figure 1. Variation of UTI, BGT and ICT during the experimental period of 6 A.M. to 6 P.M.. 263. Observa-se que o ITU aumentou de 68,0 às 6h atingindo o valor de 79,4 às 14h,. 264. reduzindo gradativamente para 73,5 às 18h. O ITGU variou de 72,4 às 6h para 74,1 às 18h,. 265. atingindo o valor máximo de 96,4 às 12h. O ICT variou de 27,6 às 6h para 31,4 às 18h,. 266. atingindo o valor máximo de 47,6 às 12h. Baseando nos valores críticos de ITU, ITGU. 267. estimados por Neves (2008) e ICT citado por Neves et al. (2009), com base na temperatura. 268. retal, pode-se concluir que os horários entre 12h e 14h foram os de maior estresse pelo calor. 269. para os animais.. 270 271. Na Tabela 5 pode ser observada a estatística descritiva do tempo médio das atividades comportamentais dos animais das três cores de pelame em todos os períodos estudados.. 272 273 274 275 276. Tabela 5. Tempo médio em min/dia2, hora/ dia2 e %/ dia2 das atividades de comportamento dos ovinos da raça Santa Inês em pastejo1 Table 5. Average time in min/day 2, day, time 2 and % / day 2 of activities in the behavior of Santa Inês sheep in grazing 1. Atividades Comportamentais Behavioral Activities. Andando Walking. Pastejando Grazing. Ruminando Ruminating. Ócio Leisure. Min/ Dia2. Hora/ Dia2. %/ Dia2. 2. 2. %/ Day2. Min/ Day. 67,8. 1,1. 10. 440,0. 7,3. 66. 112,9. 1,9. 17. 42,7. 0,7. 6. 6,6. 0,1. 1,0. Outras Atividades Other Activities. 277 278 279 280. 1. Time/ Day. Dados médios dos animais das três cores de pelame. 1. Dados average of animals of all three colors of coat 2 Dia-Avaliação de 6 às 17 horas 2 Evaluation of day-6 A.M to 5 P.M. 27.

(28) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 281. Os ovinos têm as atividades comportamentais em ciclos variados, não contínuos; andam,. 282. pastejam, ruminam e ficam em ócio, e assim sucessivamente (GILL, 2008; HULET, 1975;. 283. FRASER, 1980). Para Fraser (1980), os ciclos de pastejo podem variar de 4 a 7 durante o dia,. 284. enquanto que Champion et al. (2004) afirmaram que ocorrem em torno de 7 ciclos de pastejo.. 285. Dentro do tempo observado, os ovinos da raça Santa Inês passaram maior parte do dia. 286. pastejando e em seguida ruminando (Tabela 5). Os tempos de pastejo e ruminação foram. 287. similares àqueles obtidos por Parente et al. (2007) em estudo conduzido com ovinos dessa. 288. raça em Teresina-Piauí. No entanto, o tempo médio em horas de pastejo foi bem maior que o. 289. registrado por Cunha et al. (1997) com ovelhas da raça Suffolk (4,72h). Essa diferença pode. 290. estar associada ao menor tempo de permanência dos animais no pasto (das 9h50 às 17h30) ou,. 291. até mesmo, ao horário que esses animais foram soltos, o qual foi no horário em que o pastejo. 292. é mais intenso (HULET, 1975; PARENTE et al., 2007; FRASER,1980). Segundo Champion. 293. et al. (2004) e Fraser (1980), num período de 24 horas os ovinos gastam cerca de 10h em. 294. atividades de pastejo, sendo estas atividades mais pronunciadas no período diurno. Berggren-. 295. Thommas e Hohenboken (1986) observaram dentro de 24 horas tempo total de pastejo de. 296. 9,21h. Este maior tempo despendido pelos animais em pastejo, registrado por esses. 297. pesquisadores, pode estar relacionado ao maior período de observação, uma vez que, segundo. 298. Nascimento et al. (2006), os ovinos também pastejam após as 17h.. 299. Em pastagem natural de caatinga, sem suplementação, o tempo gasto pelos ovinos. 300. Santa Inês com as atividades de pastejo e deslocamento, encontrados por Martinele et al.. 301. (2008), durante a estação seca com animais da mesma raça, em Sertânia-Pernambuco, foram. 302. 67,75% e 10,37%, respectivamente, resultados esses semelhantes aos observados no presente. 303. trabalho.. 304 305. Na Figura 2 estão representadas as médias das percentagens das atividades durante o período diurno (06h às 17h) nos animais das três cores de pelame.. 28.

(29) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 306 307 308 309 310 311. Figura 2. Médias das percentagens das atividades comportamentais no período diurno (6h às 17 h) Figure 2. Mean percentages of behavioral activities during the day (6 A.M. to 5 P.M). Na figura 2 podem ser observados os padrões de comportamento andando, pastejando,. 312. ócio, ruminação e outras atividades durante o período diurno (06h às 17h). A atividade. 313. andando teve pico no início da manhã, às 6h (33,7%). A atividade pastejando foi maior entre. 314. os horários das 6h e 7h (52,7% e 71,7%), entre 9h e 11h (72,0%, 75,4% e 79,8%) e às 14h e. 315. 15h (78,0% e 87,9%), ocorrendo uma redução no final da tarde entre 16h e 17h (43,6% e. 316. 22,2%), culminando com o pico em ócio (12,0% e 19,8%). Quando diminuiu o pico de. 317. pastejo aumentou o pico de ruminação; esse comportamento está de acordo com a afirmação. 318. de Fraser (1980) em que a atividade de ruminação vem em seguida à atividade de pastejo. A. 319. atividade ruminando apresentou pico às 8h (36,8%), entre 12h e 13h (12,7% e 25,6%) e no. 320. final da tarde entre 16h e 17h (33,0% e 42,1%). Segundo os dados obtidos neste trabalho,. 321. houve um intenso pastejo no início e final da manhã e meio da tarde. Conforme Hulet (1975),. 322. ovinos tem o pastejo mais intenso iniciando meia hora antes do amanhecer e no finalzinho da. 323. tarde. Esse padrão não ficou caracterizado no presente estudo. (PARENTE et al., 2007;. 324. CUNHA et al., 1997). Parente et al. (2007), em estudo conduzido com ovinos da raça Santa. 325. Inês em Teresina-Piauí, utilizando diferentes categorias de animais, afirmaram que as três. 326. categorias em estudo apresentaram picos de pastejo concentrados no início da manhã e no. 327. final da tarde, e com picos de ruminação concentrados logo após os picos de pastejo. Após os. 328. picos de pastejo observados entre 9h e 11h ocorreu uma redução desta atividade entre 12h e. 329. 13h (63,6% e 64,0%), que pode estar relacionada com os altos índices de conforto térmico 29.

(30) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 330. nestes horários. Cunha et al. (1997), ao avaliarem ovelhas da raça suffolk em pastejo restrito,. 331. observaram que o pastejo diminuiu progressivamente a partir da 11h30, retornando a partir. 332. das 13h30, e Berggren-Thommas e Hohenboken (1986) constataram em ovelhas mestiças. 333. comportamento semelhante aos desse estudo, com pouca atividade de pastejo entre 11h00 e. 334. 14h00.. 335. Não houve interação significativa (P>0,05) entre período e cor para nenhuma das. 336. características comportamentais avaliadas, sugerindo que as variações nessas características. 337. dentro dos períodos analisados ocorreram independentemente da cor do pelame dos animais.. 338. Dessa forma, a superioridade dos animais de pelame branco na tolerância ao calor, em relação. 339. aos demais, constatada por outros autores (Neves, 2008), não se refletiu no comportamento a. 340. pasto, mesmo no período mais estressante. Dessa forma, como os animais da raça Santa Inês. 341. são adaptados às condições de calor, a cor do pelame por si só não foi uma característica. 342. determinante na mudança de comportamento dos animais sob estresse calórico. Foi observado. 343. efeito de período em todas as características avaliadas. Na Tabela 6 pode ser observado o. 344. tempo (minutos) das atividades comportamentais dos ovinos da raça Santa Inês em diferentes. 345. períodos.. 346 347 348. Tabela 6. Médias das atividades comportamentais1 (minutos) em diferentes períodos Table 6. Averages of behavioral activities 1 (minutes) at different periods. PER. AND. PAST. RUM. OC. PER. AND. PAST. RUM. OC. c. 484,44. a. 101,90. b. 34,13. OA OR b. 4,29b. 1. 45,24. 2. 62,86b. 432,54c. 98,09b. 70,32a. 6,19b. 3. 80,16ª. 396,35d. 147,30a. 40,63b. 5,56b. 4. 82,86ª. 446,51b. 104,44b. 25,71c. 10,48a. CV(%). 14,09. 8,38. 26,61. 36,15. 69,55. 349 350 351 352 353 354 355 356. Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna,diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). 357. em relação ao 1 e 2, mas não houve diferença significativa em relação ao período 3.. 358. Provavelmente, os animais andaram mais no período mais adverso para maximizar a perda de. 359. calor por convecção (ARNOLD; DUDZINSK,1978). Os animais passaram mais tempo. 360. pastejando (P<0,05) no período 1, diferindo dos demais períodos. O período 3 foi aquele no. Means followed by different letters in same column differ by Tukey test (P <0.05). PER: Período; AND: Andando; PAST: Pastejando; RUM: Ruminando; OC: Ócio; OU: Outras Atividades PER: Period; AND: Walking; PAST: Grazing ; RUM: Ruminating, OC: Leisure, OR: Other Activities 1 1. Ao sol e à sombra. In the Sun and in the shade. Conforme a Tabela 6, os animais passaram mais tempo andando (P<0,05) no período 4. 30.

(31) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 361. qual os animais pastejaram menos. Esse menor tempo de pastejo foi realizado às custas de um. 362. maior tempo gasto na ruminação. Como esse período foi o de melhor conforto térmico que os. 363. outros, era de se esperar um maior tempo dedicado ao pastejo, o que não aconteceu. Por outro. 364. lado, nos períodos mais estressantes (2 e 4) os animais apresentaram menor ( P < 0,05 ) tempo. 365. em ruminação que o período 3. Segundo Freitas e Silva (1995), ovinos submetidos ao calor. 366. apresentam menor tempo dedicado à ruminação. Quando comparado ao período 3, nota-se. 367. que o maior tempo dedicado ao pastejo no período 4 se deu às custas da redução nos tempos. 368. de ócio e ruminação, uma vez que não houve diferença ( P > 0,05 ) entre os dois períodos na. 369. atividade andando.O tempo em ócio foi menor (P < 0,05) no período 4 e maior (P < 0,05) no. 370. período 2. Em outras atividades os animais passaram maior tempo (P<0,05) no período 4,. 371. diferindo dos demais.. 372 373. Foi observado efeito de período em todas as características avaliadas ao sol, exceto outras atividades deitado.. 374. Na Tabela 7 pode ser observado o tempo (minutos) das atividades comportamentais dos. 375. ovinos da raça Santa Inês nos períodos experimentais.. 376 377 378 379. Tabela 7. Médias das atividades comportamentais ao sol (minutos) em diferentes períodos Table 7. Averages of behavioral activities in the Sun (minutes) at different periods. RUM PER. AND. PAST. PER. AND. PAST. OC. RUM. OA. OC. DEI. PÉ. DEI. DEI. STANDING. DEI. OR. PÉ. PÉ. STANDING STANDING. 1. 45,24c. 481,27a. 83,49b. 12,22b. 14,60b. 17,93b. 3,49b. 2. 62,38b. 426,67c. 71,11c. 14,13b. 37,46a. 31,59a. 4,92b. 3. 80,16a. 396,03d. 102,70a. 26,03a. 16,03b. 15,56b. 3,17b. 4. 82,06a. 442,22b. 60,48d. 8,09c. 8,41c. 13,49b. 9,20a. CV(%). 13,85. 8,40. 30,47. 75,76. 54,31. 26,64. 81,68. 380 381 382 383 384 385 386 387. Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). 388. no período 4 e maior (P < 0,05) no período 3, diferindo dos demais períodos. Como já citado. 389. anteriormente, o maior desconforto térmico imposto pelo período 4 pode ter inibido a. 390. ruminação. De uma maneira geral, os ovinos preferiram ruminar deitados que em pé. A. 391. atividade ócio deitado foi significativamente (P<0,05) maior no período 2 e menor ( P < 0,05 ). Means followed by different letters in same column differ by Tukey test (P <0.05). PER: Período; AND: Andando; PAST: Pastejando; RUM: Ruminando; OC: Ócio; OA: Outras Atividades; DEI: Deitado; PÉ: Em pé PER: Period; AND: Walking; PAST: Grazing; RUM: Ruminating; OC: Leisure, OR: Other Activities; DEI: Laying, STANDING: Standing. Na Tabela 7, a atividade de ruminação tanto em pé quanto deitado foi menor (P<0,05). 31.

(32) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 392. no período 4 em comparação com os outros períodos. A atividade ócio em pé foi. 393. significativamente (P<0,05) maior no período 2 em relação aos demais, os períodos 1, 3 e 4. 394. apresentaram menor tempo e não diferiram entre si. Em outras atividades em pé foi. 395. significativamente (P<0,05) maior no período 4; os períodos 1, 2 e 3 apresentaram menor. 396. tempo e não diferiram entre si.. 397. Os únicos efeitos da cor do pelame foram observados para o tempo total (sol e sombra). 398. em outras atividades, e para o comportamento ruminando em pé, quando considerado o tempo. 399. apenas ao sol, ambas apresentadas na Tabela 8.. 400 401 402 403 404 405. Tabela 8. Média de outras atividades (minutos) ao sol e à sombra e média da atividade ruminando em pé (minutos) ao sol dos ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame Table 8. Average of other activities (minutes) in the Sun and shade and average standing ruminating activity (minutes) in the Sun-Santa Ines sheep of different colors of coat. Total (sol e sombra). Ao sol. Cor. Total (sun and shade). The sun. Color. Outras Atividades. Ruminando em pé. Other Activities. Standing ruminating. Branco (White). 5,00. b. 19,64a. Castanho (Brown). 8,69a. 11,43b. Preto (Black). 6,19b. 14,28b. CV (%). 69,06. 63,51. 406 407 408 409. Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). 410. brancos e pretos, os quais não diferiram entre si. Os animais brancos apresentaram maior. 411. tempo (P<0,05) de ruminação em pé que os castanhos e pretos; esses últimos, por sua vez,. 412. não diferiram entre si. Não foram encontradas na literatura consultada justificativas para esses. 413. resultados. 414 415. Means followed by different letters in same column differ by Tukey test (P <0.05). Os animais castanhos apresentaram maior tempo (P<0,05) em outras atividades que os. Na Tabela 9 podem ser observados o tempo de permanência dos ovinos Santa Inês ao sol e sombra em diferentes períodos.. 416 417 418 419 420 421 422 423 424 32.

(33) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 425 426 427. Tabela 9. Tempo de permanência ao sol e à sombra (minutos/ dia1), de ovinos da raça Santa Inês em diferentes períodos Table 9. Time spent in the sun and shade (minutes / day1), of Santa Inês sheep in different periods. Período. Tempo ao Sol. Tempo na Sombra. Period. Time in the Sun. Time in the Shade. 1 2 3 4 Média Geral General Average. CV (%) 428 429 430 431 432. a. 659,05 649,21b 641,59c 625,08d. 10,95 d 20,79 c 28,41 b 44,92 a. 643,73. 26,27. 1,49. 36,59. Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05) Means followed by different letters in same column differ by Tukey test (P <0.05) 1. Dia-Avaliação de 6 às 17 horas. 1. Day- Rating from 6A.M. to 5 P.M.. 433. Constata-se (Tabela 9) que o tempo de permanência à sombra aumentou. 434. significativamente do período 1 para o 4, provavelmente em função da tendência observada. 435. de aumento das condições estressantes pelo calor entre os períodos, principalmente a. 436. temperatura máxima, cuja associação com o comportamento ficou evidenciada na análise de. 437. correlação (Tabela 11). Outro fator a ser considerado é a Carga Térmica de Radiação (CTR). 438. ao sol, que foi mais elevada nos períodos 2 e 4, induzindo os animais a procurarem um. 439. melhor ambiente na sombra. A sombra natural do juazeiro (Zizyphus joazeiro) reduziu a CTR. 440. de 36,1 a 44,7% (Tabela 4). A cor do pelame não influenciou o tempo de permanência dos. 441. ovinos na sombra. Esses resultados sugerem que a pequena superioridade na tolerância ao. 442. calor dos ovinos brancos em relação aos castanhos e negros (Neves, 2008; Silva Filho, 2009). 443. não se deve a um maior tempo despendido na sombra. Vale ressaltar que dos doze dias de. 444. coleta de dados comportamentais, apenas em um deles (26/01/2008) os ovinos não. 445. procuraram sombra em nenhuma hora do dia. Em um dos dias (16/02/2008) os ovinos. 446. permaneceram na sombra por menos de 10 minutos. Esses dois dias apresentaram as menores. 447. CTR e TGN entre os dias avaliados: 707,1 e 617,5 watts/m², respectivamente. Os horários de. 448. maior procura de sombra foram entre 11h30 e 13h, coincidindo com os maiores valores de. 449. CTR e TGN. Na média geral em todos os períodos encontrou-se 96,1 e 3,9% para tempo ao. 450. sol e sombra, respectivamente, dados esses semelhantes aos encontrados por Nascimento et. 451. al. (2006).. 452 453. Na Tabela 10 pode observado as médias das visitas a fonte de água pelos animais em diferentes períodos.. 454 33.

(34) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 455 456 457 458. Tabela 10 - Média da visita à fonte de água (nº/dia1), de ovinos da raça Santa Inês em diferentes períodos Table 10 - Average number of visits to the water source (no. / day1), of Santa Inês sheep in different periods. Período. Visita à Fonte de Água. Period. Visit to Water Source. 1 2 3 4 Média Geral. 0,44c 0,32d 0,50b 0,57a 0,46. General Average. CV (%) 459 460 461 462 463. 12,96. Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05) Means followed by different letters in same column differ by Tukey test (P <0.05) 1. Dia-Avaliação de 6 às 17 horas. 1 Day-. Rating from 6A.M. to 5 P.M.. 464. O número de visitas à fonte de água diminuiu significativamente (P<0,05) do período 1. 465. para o 2 (Tabela 10), aumentando (P<0,05) em seguida. O maior número de visitas durante o. 466. período 4, certamente foi em função das condições mais estressantes de calor observadas. 467. nesse período, principalmente a temperatura máxima que foi o elemento mais associado a esse. 468. comportamento, conforme observado na análise de correlação (Tabela 11). Em situação de. 469. estresse calórico, a água desempenha um papel fundamental na termorregulação dos animais:. 470. é o mais rápido e eficiente método para reduzir a temperatura corporal do animal, reduzindo o. 471. estresse pelo calor, através da evaporação (transpiração) e micção (MADER; DAVIS, 2001).. 472. Neiva et al. (2004) observaram que ovinos expostos ao sol aumentam o consumo de água em. 473. até 50%.. 474 475. Na Figura 3, encontra-se o número de visitas pelos animais à fonte de água durante o período experimental.. 476. 34.

(35) SANTOS, M. M. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes cores de pelame, em pastejo. 477 478 479 480 481 482 483. Figura 3. Número total de visitas à fonte de água no período diurno (6h às 17h) durante o período experimental Figure 3. Total number of visits to the water supply during the day (6 A.M to 5 P.M) during the experimental period. O maior número de visitas à fonte de água concentrou-se no intervalo entre 9h e 15h,. 484. coincidindo com os horários de maior estresse pelo calor e maiores picos de pastejo. O gráfico. 485. mostra claramente que o horário com maior número de visitas à fonte de água foi o de 9h às. 486. 11h, e isto pode estar associado com a ocorrência do consumo de matéria seca (CMS) entre. 487. 6h e 11h e o aumento nos índices de conforto térmico. Esses resultados diferem de alguma. 488. forma daqueles observados por Marai et al (2007), nos quais os ovinos tenderam a ingerir. 489. água com maior intensidade nos horários das 11h às 15h e 15h às 19h, do que 7h às 11h,. 490. sendo maior proporção no verão que no inverno. Os autores concluíram que a exposição do. 491. ovino às condições climáticas de calor induz a um incremento marcante no consumo de água,. 492. bem como a taxa de renovação da água corporal. No presente estudo, os ovinos da raça Santa. 493. Inês não procuraram a fonte de água antes das 7h e após as 15h.. 494 495. As correlações entre as variáveis climáticas e atividades comportamentais de ovinos da raça Santa Inês encontram-se na Tabela 11.. 496. 35.

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