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O papel do turismólogo na Sala São Paulo e no Museu de Arte

Sacra

The role of tourism specialist at Sala São Paulo and Museum of Sacred Art Ingrid Targino Anjos

Ingrid_anjos@hotmail.com

Orientadora: Vanessa Pinheiro Dantas

RESUMO

O presente artigo objetiva identificar o papel e a importância do turismólogo na Sala São Paulo e no Museu de Arte Sacra, equipamentos culturais da cidade de São Paulo. Para isso foi realizada uma pesquisa qualitativa na qual os colaboradores desses equipamentos puderam identificar a aderência de sua formação com as atividades desenvolvidas no seu ambiente de trabalho. Os resultados da pesquisa demonstram que o turismólogo tem um papel fundamental nestes espaços, principalmente em relação à hospitalidade aos visitantes. Porém, as instituições poderiam proporcionar maior oportunidade para que este profissional pudesse expressar a sua opinião e colaborar no desenvolvimento e rotinas de trabalho.

Palavras – chave: Turismólogo, Turismo Cultural, Museu de Arte Sacra; Sala São Paulo.

ABSTRACT

This article aims to identify the role and importance of tourism specialist at Sala São Paulo and the Museum of Sacred Art, cultural facilities of the city of São Paulo. For this we conducted a qualitative study in which employees of such equipment could identify the adherence of their training for the activities in the workplace. The research results show that the tourism specialist plays a key role in these areas, especially in relation to hospitality to visitors. However, institutions could provide greater opportunity for these professionals can express their views and collaborate in the development and work routines.

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INTRODUÇÃO

A cidade de São Paulo conta com 110 museus, sete grandes casas de espetáculos, 40 centros culturais e 294 salas para shows e concertos (SÃO PAULO TURISMO, 2010). Considerando este cenário, surgiu a indagação se há a presença de turismólogos nestes equipamentos e qual seria o papel e a importância destes profissionais nestas instituições. Diante disso, a autora escolheu dois atrativos culturais – a Sala São Paulo e o Museu de Arte Sacra – para a presente investigação.

A base teórica da reflexão deste artigo foi constituída principalmente pela obra de Dias e Aguiar (2002) onde foi trabalhado o conceito sobre turismo cultural. Com relação ao turismólogo, a pesquisa foi baseada de acordo com as informações encontradas no site do Ministério da Educação. Esse conjunto de obras somado à leitura de artigos e outros trabalhos de conclusão de curso e dissertações de mestrado proporcionou a base para a construção da metodologia do trabalho, na apreensão e análise referente aos discursos dos entrevistados.

Para este trabalho, o instrumento básico de coleta de dados foi a entrevista individual qualitativa com os informantes selecionados por conveniência da pesquisadora, que consistiu na seleção final de seis colaboradores – turismólogos formados e estudantes do curso de turismo – dos equipamentos culturais objetos do presente estudo. Além destes, também foram feitas entrevistas com um produtor de eventos da Sala São Paulo e um supervisor do setor educativo do Museu de Arte Sacra, ambos sem formação específica em turismo.

A primeira parte do estudo traz o conceito de turismo cultural e a demanda do segmento. Em seguida, encontra-se a relação entre o turismólogo e o segmento do turismo cultural. Após, são apresentados os equipamentos Sala São Paulo e Museu de Arte Sacra. Na sequência, temos o uso do método e as análises das entrevistas com os colaboradores, seguido das considerações finais.

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1. Turismo cultural

De acordo com o Ministério do Turismo “Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura”.

Existem inúmeros conceitos sobre o tema, entretanto, a pesquisadora optou porDias e Aguiar (2002), devido à proximidade com o seu objeto de estudo.

[...] Uma segmentação do mercado turístico que incorpora uma variedade de formas culturais, incluindo museus, galerias, festivais, festas, arquitetura, sítios históricos, performances artísticas, e outras, que identificadas como uma cultura particular integram um todo que caracteriza como comunidade, e que atrai os visitantes em busca de características singulares de outros povos (DIAS e AGUIAR, 2002, p. 134).

Com base nos conceitos acima é possível observar que o Turismo Cultural é um segmento capaz de despertar a visitação em uma determinada localidade ou atrativo por promover a junção do lazer com o aprendizado.

A Organização Mundial do Turismo realizou uma pesquisa cujo resultado apontou que aproximadamente 10% do total de viagens internacionais correspondem ao segmento do turismo cultural (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010, p 36). Segundo Chiozzini (2007), no Brasil, o turismo cultural aparece em terceiro lugar nas preferências dos viajantes, só perdendo para o ecoturismo e para o turismo de aventura. Observado esses dados é possível supor que o Turismo Cultural é uma atividade econômica em crescimento tanto no âmbito nacional quanto no internacional.

A demanda que procura a prática do turismo cultural tem como características nível escolar superior, fala um segundo idioma e possuem suas necessidades básicas satisfeitas, esse fator permite que o segmento não se torne passageiro, pois o nível de instrução cresceu nas últimas décadas (RICKEN E RODOVALHO, 2006).

Este segmento oferece ao visitante uma experiência em formato integrado uma vez que repercute a herança cultural e permite à instituição estabelecer um vínculo entre a exposição e o visitante. Outra questão importante ao tema é que ao respeitar, investir e promover o turismo cultural criam-se oportunidades tanto para turismólogos quanto para profissionais de outras áreas como historiadores, museólogos, relações internacionais, ou seja, profissionais com formações

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4 diferentes, mas que passam a compartilhar o mesmo ambiente de trabalho e de forma direta ou indireta contribuem com a produção do referido segmento.

2. Um breve olhar sobre o turismólogo no mercado do turismo

cultural

O termo turismólogo surgiu em meados de 1970, com o objetivo de categorizar uma formação acadêmica específica que começava a surgir no Brasil (INSTITUTO BRASILEIRO DE TURISMÓLOGOS, 2013). Para compreendermos a relação do turismólogo com o mercado de trabalho é relevante compreendermos como se dá a sua formação.

De acordo com o parecer CNE/CES 67 do Ministério da Educação (MEC), o profissional formado em turismo deve ser:

[...] apto a atuar em mercados altamente competitivos e em constante transformação, cujas opções possuem um impacto profundo na vida social, econômica e no meio ambiente, exigindo uma formação ao mesmo tempo generalista, no sentido tanto do conhecimento geral, das ciências humanas, sociais, políticas e econômicas, como também de uma formação especializada, constituída de conhecimentos específicos, sobretudo nas áreas culturais, históricas, ambientais, antropológicas, de Inventário do Patrimônio Histórico e Cultural, bem como o agenciamento, organização e gerenciamento de eventos e a administração do fluxo turístico.

A formação do turismólogo permite que ele possa exercer sua profissão tanto no setor privado trabalhando em agências, operadoras, companhias aéreas quanto no setor público providenciando estudo de demanda, projetos voltados para o turismo de lazer, entre outros.

O turismo cultural é um dos segmentos no qual o turismólogo pode exercer sua profissão, dentro do mercado turístico. Castrogiovanni (2000, p.120) observa essa importante relação.

[...] a cultura integra-se como instrumento ou insumo da atividade profissional: os produtos culturais, enquanto agentes responsáveis pela consecução plena de diferentes fazeres artísticos - culturais, no momento que viabilizam a ponte produtor-consumidor, e os profissionais do turismo, que tem na cultura um dos componentes essenciais do seu objeto de trabalho.

No Brasil existe uma série de atrativos culturais nas principais capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Na Europa, o mercado do Turismo Cultural é

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5 incrivelmente competitivo. Muitas cidades e regiões da Europa continuam a desenvolver estratégias turísticas, promovendo o seu Patrimônio Cultural (FERREIRA; AGUIAR; PINTO, 2012, p. 111).

Portanto é razoável supor que o turismólogo seja importante para as instituições que compõem este segmento, pois ele é um profissional de habilidades múltiplas além de ser, possivelmente, um dos mais preparados na arte da hospitalidade.

3. A Sala São Paulo

De acordo com o site da instituição, a Sala São Paulo está localizada no edifício da estrada de Ferro de Sorocabana, próximo ao Museu de Arte Sacra e trata-se de um patrimônio histórico. Em 1997, a Secretaria do Estado da Cultura iniciou o projeto para transformar o edifício, que anteriormente servia como parada da estrada de ferro, em um ambiente adaptado para as apresentações da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

A instituição é composta por cinco salas de eventos, são elas: sala de concertos, salão dos arcos, sala Carlos Gomes, sala Camargo Guarieri e salão nobre. Além dos espaços para eventos, a Sala São Paulo possui outros ambientes como o hall principal, foyer e estação das artes, este último ambiente possui uma “divisória” de vidro que permite que os passageiros que estão aguardando o embarque na plataforma da estação Júlio Prestes possam ver o que acontece dentro do equipamento.

A Sala São Paulo disponibiliza alguns serviços que proporcionam comodidade aos seus visitantes como café, restaurante, uma pequena doceria, duas lojas de souvenir e um estacionamento.

Os colaboradores da instituição estão divididos em 14 setores. Em relação à contratação, esta é realizada mediante o envio de currículo para um email do setor de recursos humanos, sendo que ao clicar na divulgação do cargo pretendido o candidato encontra uma breve descrição das habilidades necessárias para ocupar a vaga em aberto, assim como uma descrição das atividades que serão desenvolvidas pelo colaborador. Também é possível verificar informações sobre a carga horária do trabalho pretendido e os benefícios disponíveis.

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4. Museu de Arte Sacra

De acordo com o site da instituição, o Museu de Arte Sacra foi instalado na ala esquerda térrea do Mosteiro de Nossa Senhora Imaculada Conceição da Luz no dia 28 de junho 1970, no endereço Avenida Tiradentes, 676. A instituição fica em frente à estação de metrô Tiradentes e próxima a outros atrativos culturais como a Sala São Paulo, Museu da Língua Portuguesa e Memorial da Resistência. O Museu é administrado pela Secretaria da Cultura juntamente com a Associação Museu de Arte Sacra de São Paulo.

Além de disponibilizar para a visitação obras de arte sacra, o Museu realiza cursos e encontros relacionados tanto com suas exposições como com a história do bairro da Luz. A instituição também é responsável por classificar e catalogar novas peças. O espaço conta com duas salas para exposições temporárias, cinco salas com exposições permanentes sendo que duas destas salas são para a exposição de presépios.

Em relação aos colaboradores, eles são divididos em dois setores: o técnico e o administrativo. Parte dos colaboradores do setor técnico fica alocada no prédio da administração que está localizado na Rua São Lazaro n° 271, e no prédio onde está localizado o museu encontram-se as equipes de recepção, educadores, segurança, limpeza e manutenção.

A contratação de novos colaboradores ocorre mediante a divulgação da vaga no site da instituição onde os candidatos enviam seus currículos por email. No site encontra-se também uma breve descrição das habilidades que o candidato necessita para ocupar o cargo de interesse e a descrição das atividades da vaga.

5. O Uso do Método

Para produzir o presente artigo foi aplicado um total de oito pesquisas qualitativas por meio de gravação de áudio com os colaboradores das instituições Sala São Paulo e Museu de Arte Sacra. As questões eram todas as abertas e, em geral, cada entrevista teve cerca de 20 minutos de duração.

A aplicação da pesquisa foi realizada somente pela autora e o apêndice desse artigo conta com todas as entrevistas transcritas, que seguiram as normas de transcrição

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7 contidas na obra de Preti (2003, p.13). Os dados deste estudo foram colhidos durantes os dias 24 de abril a 15 de maio de 2013. Para as entrevistas na Sala São Paulo, a autora entrou em contato com uma colega de faculdade que trabalha na instituição e que lhe ajudou indicando quais eram as pessoas que tinham o perfil para a análise.

Já para as entrevistas que aconteceram no Museu de Arte Sacra, a autora entrou em contato com o supervisor do setor educativo e este lhe ajudou indicando os profissionais que se enquadram no perfil da pesquisa.

6. Perfil dos Entrevistados

Foram entrevistados quatro colaboradores de cada instituição, totalizando uma amostra de oito pessoas sendo que cinco colaboradores são do sexo masculino e três do sexo feminino.

Quadro 1 - Perfil dos Entrevistados

Nome Formação Cargo Instituição

1 Vinicius Goy Formado em relações públicas, atualmente cursando arquitetura. Produtor de eventos Sala São Paulo 2 Fernanda Lé de Oliveira

Está no 4°semente do curso Superior de

Tecnologia em Gestão de Turismo do IFSP. Estagiária

Sala São Paulo

3 Samir Nagim Filho

Está no 6° semestre do curso Superior de

Tecnologia em Gestão de Turismo do IFSP. Estagiário

Sala São Paulo

4 Fabio Fornari

Está no 6° semestre no curso de Turismo da

Universidade Anhembi Morumbi. Estagiário

Sala São Paulo 5 César Orte Novelli Rodrigues

Formado em Museologia, atualmente cursando História na Universidade Federal

de São Paulo. Supervisor da Equipe de Educadores Museu de Arte Sacra 6 Giliard Souza Ribeiro

Formado no Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo.

Educador Bilíngue 1

Museu de Arte Sacra

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Nome Formação Cargo Instituição

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Bruna Medeiros

Passos

Formada em Técnico em Turismo pela ETEC Presidente Vargas com formação em Guia

de Turismo Regional Nacional, graduada pelo curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do IFSP e atualmente cursando Filosofia na Universidade Federal

de São Paulo. Educadora Bilíngue 1 Museu de Arte Sacra 8 Natalia Alves da Silva

Formada em Administração com ênfase em Marketing e cursando Lazer e Turismo na

Universidade de São Paulo

Estagiária Museu de Arte Sacra

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos durante as entrevistas

Para a Sala São Paulo, temos os entrevistados 1, 2, 3 e 4, conforme segue.

O entrevistado 1 trabalha na instituição há cinco anos e já havia trabalhado anteriormente com eventos, porém, este é o seu primeiro emprego em um equipamento cultural. Sua função consiste em atender o público interessado em alugar os salões da Sala São Paulo e, de acordo com o seu relato, ele acompanha desde a primeira reunião onde surgem as primeiras ideias para o evento até a desmontagem do mesmo.

Antes da gravação da entrevista, Vinícius informou que não possuía muito tempo para a conversa, pois estava muito atarefado. Durante a entrevista, mostrou-se tímido, talvez por não conhecer a pesquisadora, respondendo as perguntas de forma sucinta, diferente do entrevistado 5 (César) que logo de início foi receptivo com a autora convidando-lhe já no primeiro contato telefônico a participar do Encontro para Guias de Turismo que aconteceu no Museu de Arte Sacra e que tinha como principal abordagem o bairro da Luz.

A entrevistada 2 já conhecia a pesquisadora, pois ambas estudam na mesma faculdade. No dia da entrevista, 24 de abril de 2013, Fernanda estava trabalhando há três meses e exercia em seu estágio a função de indicadora que, segundo ela, possibilitava exercer diversas tarefas, tais como: informar o local da sala em dias de espetáculo; ticar os ingressos na entrada de cada sessão ou ainda auxiliar em outro departamento que esteja precisando de ajuda.

O entrevistado 3 também estuda na mesma faculdade que a pesquisadora, porém não a conhecia, foi a entrevistada 2 (Fernanda) que o indicou até mesmo pelo fato

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9 deste já estar no seu segundo ano de estágio. De acordo com o entrevistado, ele desempenhou em seu primeiro ano na instituição a função de indicador, e no segundo passou a trabalhar na produção da orquestra. Esse setor é direcionado a cuidar somente dos concertos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Para ele, ambas as funções somaram muito conhecimento, principalmente no que diz respeito à hospitalidade, e especialmente pelo contato com os convidados estrangeiros da OSESP.

A entrevistada 2 também passou o contato da rede social do entrevistado 4 para que a pesquisadora pudesse pedir a colaboração do mesmo em sua pesquisa, o entrevistado logo aceitou o convite, pois ficou muito interessado no tema. Fabio trabalha na Sala São Paulo há um ano e meio, iniciou o seu estágio na função de indicador, e agora está na produção de eventos junto com o entrevistado 3 (Samir). Neste novo setor o entrevistado fica responsável por auxiliar os maestros e solistas caso eles necessitem de algo, além de auxiliar no back stand. Os colaboradores fazem uso de rádio para realizar a comunicação.

Os entrevistados 5, 6, 7 e 8 trabalham no Museu de Arte Sacra, conforme informações que seguem.

O entrevistado 5 trabalha há quatro anos no Museu de Arte Sacra, sendo que durante os primeiros oito meses desempenhou a função de estagiário, após esse período foi convidado para exercer o cargo de auxiliar da supervisão e, no ano seguinte, assumiu a supervisão do setor educativo. Cesar informa que tem interesse em trabalhar na área da reserva técnica com a documentação e conservação das exposições do museu.

O entrevistado 6, Giliard, conviveu por muito tempo com a pesquisadora, pois ambos estudaram na mesma turma quando iniciaram o curso de Gestão de Turismo, porém ele já conclui o curso e agora desempenha a função de educador bilíngue 1 e, de acordo com o seu relato, é responsável por fazer a recepção de grupos e a visita mediada para o público espontâneo.

A entrevistada 7 (Bruna) foi apresentada pelo entrevistado 5 no dia em que a pesquisadora foi participar do Encontro para Guias de Turismo. Bruna trabalha no Museu de Arte Sacra há quatro anos e tem como pretensão para o próximo emprego ingressar na vida acadêmica como professora universitária.

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A entrevistada 8 também foi apresentada pelo entrevistado 5 na ocasião em que a pesquisadora esteve no Museu para fazer as entrevistas com os colaborares Bruna e Giliard. Natalia está há um ano e oito meses na instituição e desempenha seu estágio como educadora que orienta o público em geral porém, não tem a incumbência de fazer o acompanhamento de grupos, pois no cargo de estagiária ela somente pode auxiliar os educadores que monitoram os grupos dentro do Museu

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6.1 O treinamento e a possibilidade de crescimento nas instituições

Quando questionados sobre a existência de treinamentos nas instituições, os entrevistados 6 e 8 informaram que há treinamentos constantes no Museu de Arte Sacra. Segundo o entrevistado 6, os treinamentos acontecem principalmente quando ocorre uma nova exposição, já a entrevistada 8 relata que, em alguns casos, os colaboradores mais antigos propõem a leitura de algum texto específico que possa dar maior embasamento e conhecimento aos mais novos, entretanto, a entrevistada 7, que entre os colaboradores da área de turismo é que está há mais

tempo no Museu de Arte Sacra, tem uma opinião mais critica sobre o assunto.

Quando eu entrei como estagiária, tinha na antiga gestão treinamentos constantes [...]. Sempre tinha treinamentos relacionados ao acervo, ou então de história da arte, filosofia da arte história [...] No geral, sobre patrimônio, atendimento aos visitantes sobre todas essas temáticas. Depois a gente passou para uma outra gestão [...] que foi a partir 2011, no qual não tinham treinamentos, que fez com que a gente ficasse bem estagnado aqui e agora a gente tá com uma nova gestão que está:: tentando recuperar essa coisa dos treinamentos, mas ainda não começou para valer, então por enquanto a gente está sem treinamentos (BRUNA PASSOS, 2013).

A entrevistada 2 apesar de estar há pouco tempo na Sala São Paulo, possui uma opinião mais crítica em relação à forma de aplicação dos treinamentos, comparando com seu antigo trabalho onde havia um manual de orientação ao funcionário que podia ser consultado sempre que necessário. Segundo ela, na Sala São Paulo o estagiário acaba dependendo da boa vontade dos funcionários mais antigos para o aprendizado.

Os seus colegas de trabalho, os entrevistados Samir e Fabio, não relataram ter passado por dificuldades sobre esta questão. O entrevistado 3 comenta sobre a

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11 existência de um curso de inglês gratuito que é oferecido para todos os colaboradores, enquanto o entrevistado 4 acha diferente a forma como acontece o treinamento, pois tanto quando assumiu a função de indicador como quando passou a ser estagiário da produção, ele relata que foi aprendendo suas tarefas no dia-a-dia, conforme surgia a necessidade.

Sobre a possibilidade de crescimento nas instituições, os colaboradores do Museu de Arte Sacra foram enfáticos ao informar que o processo é vagaroso e que para um colaborador mudar de cargo é necessário que o antecessor do cargo o deixe livre. Já os colaboradores da Sala São Paulo disseram que há possibilidades de crescimento e chegaram a relatar que existem muitos funcionários que iniciaram na instituição como estagiários ou jovem aprendiz e hoje trabalham em cargos no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

6.2 A aplicação do conhecimento de sala de aula no mercado de trabalho A entrevistada Fernanda informou que a disciplina que ela mais observa aplicação no desempenhar de sua função é a de Eventos devido ao fato de a Sala São Paulo receber diversos tipos de eventos, ela chega a dizer que uma matéria como agenciamento de viagens não tem relação com a instituição por se tratar de áreas diferentes, entretanto, seu colega de trabalho o entrevistado 3 (Samir) diz fazer bom uso da matéria de agenciamento, pois uma das habilidades de sua função é providenciar a boa estada de outros colaboradores da instituição. Outra disciplina considerada muito importante pelo entrevistado é a de Hospitalidade, pois tanto ele quanto o entrevistado 4 informa ter contato constante com os diversos tipos de público.

Fábio relata em sua entrevista que ele juntamente com o seu colega Samir estão organizando um “guia turístico” para os colaboradores que vão participar de uma turnê pela Europa. Segundo ele, é uma espécie de guia com dicas de viagem, pois os integrantes da orquestra realizarão uma turnê passando pela França, Alemanha, Áustria, Suíça e Inglaterra. A orquestra passará por cidades diferentes e seus componentes terão dias livres. Fábio informa que é justamente para esses períodos de tempo livre que este guia será utilizado, pois o guia conta com indicações de pontos turísticos e com as histórias das cidades.

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12 Os colaboradores 6 e 7 que trabalham no Museu de Arte Sacra relatam que as matérias ensinadas na faculdade, de forma geral, não proporcionam subsídio para exercer sua profissão dentro da instituição em que trabalham, pois a faculdade que cursaram possuía uma grade de matérias com um foco maior na Gestão de Turismo. A entrevistada 8 também informa como seu curso se trata de Lazer e Turismo, ela consegue observar conteúdos culturais do lazer, porém sente falta de ter uma matéria diretamente relacionada aos museus.

6.3 A instituição e a opinião dos colaboradores

Quando perguntado aos entrevistados se as instituições procuravam ouvir suas opiniões, os colaboradores 3 e 4, da Sala São Paulo, responderam positivamente. Para Samir, a instituição procura responder de maneira harmoniosa entre cliente, colaborador e equipamento. Já o entrevistado 4 informa que a qualquer momento ele pode expressar sua opinião, mas que a instituição não procura seus colaboradores para saber o que estes têm a dizer.

Em contrapartida, a entrevistada 2 relata que, embora a instituição realize reuniões com freqüência, não é perguntado ao colaborador a sua opinião sobre os assuntos discutidos. A entrevistada diz que falta espaço para que ela possa expressar o que pensa e que, às vezes, tem vontade de dar a sua opinião, mas não o faz pela falta de liberdade.

[...] é uma coisa que às vezes eu sinto falta, porque por mais que você tenha reuniões eu acho que falta um pouco de “o que você acha disso?” (FERNANDA OLIVEIRA, 2013).

Os colaboradores do Museu de Arte Sacra possuem opiniões diferentes a respeito desta questão. O entrevistado 6 (Giliard) relata que possui abertura para expressar sua opinião, mas diz que na antiga coordenação esse fator era mais intenso, pois o colaborador tinha maior afinidade com esta.

A entrevistada 7 (Bruna) informou que pelo fato de o Museu de Arte Sacra ter uma programação voltada para os profissionais do turismo, frequentemente ela é questionada sobre quais atividades podem ser desenvolvidas para esse público. A mesma informou também que, recentemente, a instituição a questionou sobre sua pretensão e motivação, pois devido uma mudança de gestão, o Museu teve o

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13 interesse em saber quais colaboradores gostariam de permanecer em suas atividades.

A entrevistada 8 afirmou que sua opinião é considerada, porém somente pelo seu superior direto. Em uma escala de hierarquia maior, ela acredita que teria maiores dificuldades.

7. Relato do supervisor do departamento educativo do Museu de

Arte Sacra

César reconhece a importância do turismo e diz perceber através de seus colaboradores que a presença dos turismólogos no Museu é importante e que o trabalho destes profissionais agrega muito a sua equipe.

Quando questionado se ocorreu algum problema para a adaptação destes colaboradores na instituição, o entrevistado informa que não houve problema e diz não saber se por uma característica destes, todos os colaboradores tanto os atuais como os que já trabalham são bem comunicativos e desinibidos, e que isso é importante principalmente na área onde o Museu é apresentado ao público.

O entrevistado informou que, desde que ele trabalha na instituição, sua equipe possuiu turismólogos em sua composição, entretanto, estes profissionais tinham um trabalho mais voltado para a apresentação do Museu e que, há cerca de um ano e meio, deu-se início aos encontros com temáticas sobre patrimônio cultural, guias de turismo entre outros.

César atribui essa mudança aos entrevistados Bruna e Giliard que, por possuírem uma visão mais aberta, aproveitaram a nova gestão para expor suas opiniões, e diz que estes colaboradores tiveram um papel fundamental para um direcionamento de visitas para os profissionais do turismo.

8. Relato do produtor de eventos da Sala São Paulo

Vinicius diz que a Sala São Paulo tem um atendimento diferenciado e, por esse motivo, a presença do turismólogo no quadro de colaboradores torna-se importante.

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14 Quando questionado sobre o início da contratação dos profissionais do turismo, o entrevistado diz não saber ao certo, mas lembra de que quando ele foi contratado há cinco anos, em sua turma de estagiários, já havia turismólogos e que algumas destas pessoas atualmente trabalham em regime de CLT na Sala São Paulo.

O entrevistado informa que a área de produção tem aumentado o interesse pelos turismólogos e que ao contratá-los espera que o colaborador tenha conhecimento da área de eventos e saiba que a Sala São Paulo é um equipamento diferenciado.

9. Análise das entrevistas

A análise das entrevistas se deu a partir dos relatos dos colaboradores que são formados ou estão cursando Turismo.

Sobre a questão que envolve o treinamento, os profissionais afirmam receber capacitação, porém a pesquisadora observou que ambas as instituições poderiam investir um pouco mais nesta questão. Ideias como a da entrevistada Fernanda, que disse sentir falta de um manual de orientações, podiam ser consideradas, pois a partir do momento em que o funcionário possui um material como este, ele se sente mais seguro em executar a sua função porque sabe que caso tenha eventuais dúvidas, poderia saná-las com maior facilidade.

Tanto a Sala São Paulo quanto o Museu de Arte Sacra não passam aos colaboradores grandes expectativas de eventuais mudanças de cargo. Ao contrário das empresas privadas, que em sua grande maioria possui plano de carreira, as instituições estudadas dispõem de um processo vagaroso, que depende da saída de um colaborador para que outro possa a vir ocupar a vaga.

Os três turismólogos que trabalham na Sala São Paulo percebem a aplicabilidade de algumas disciplinas do curso de turismo no ambiente de trabalho, tais como eventos, hospitalidade e agenciamento. Já os colaboradores do Museu de Arte Sacra indicaram a falta de uma disciplina no curso de turismo voltada mais diretamente para museu ou patrimônio cultural. Considerando o segmento Turismo Cultural como uma boa opção de mercado de trabalho, verifica-se que seria interessante que os cursos oferecessem uma ou mais disciplinas com aderência ao tema.

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15 De acordo com o relato dos entrevistados da Sala São Paulo, verificou-se que o equipamento está aberto a ouvir a opinião de seus colaboradores, desde que estes se manifestem. Em geral, mesmo com reuniões frequentes, não há uma postura da instituição em questionar seus funcionários se estes desejam se pronunciar sobre alguma questão e/ou fazer sugestões. No caso do Museu de Arte Sacra, este vem passando por várias mudanças, inclusive no que se refere à mudança de gestão. De acordo com o relato de César, que é supervisor do setor educativo há cerca de um ano e meio, os colaboradores passaram a poder expor suas opiniões e este momento foi muito importante, pois foi daí que surgiu a ideia de criar uma programação diretamente voltada aos profissionais da área de turismo.

Ainda em relação à entrevista realizada com César, foi possível verificar que ele está muito satisfeito com o trabalho dos profissionais de turismo. Em conversa informal, ele chegou a dizer à pesquisadora que desde que os turismólogos assumiram esses encontros voltados aos profissionais de turismo ele tem aprendido muitas coisas tanto com os participantes dos encontros quanto com os seus colaboradores, principalmente no que diz respeito ao recebimento e guiamento dos grupos, assim como as técnicas de hospitalidade.

A autora participou do encontro para guias de turismo realizado no dia 17 de abril de 2013, onde foi abordada a temática sobre o bairro da Luz quando a entrevistada Bruna, sob a supervisão de César, levou o grupo para uma visita ao parque da Luz e ao Museu de Arte Sacra. Foi possível notar muita satisfação no grupo de guias e a vontade destes em levar seus grupos para realizar a mesma visita. A entrevistada Bruna se mostrou muito atenciosa e passou todas as informações pertinentes ao tema.

A entrevista de Vinícius, ainda que sucinta, pode ser considerada proveitosa, já que a autora pode averiguar que há pelos cinco anos a Sala São Paulo oferece oportunidades para que os turismólogos sejam inseridos no quadro de funcionários, além do curso de inglês gratuito fornecido como benefício pela instituição.

Considerações finais

Este artigo objetivou averiguar o papel e importância do turismólogo na Sala São Paulo e no Museu de Arte Sacra. Por meio de pesquisa in loco, observou-se que

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quanto maior a atratividade do equipamento maior também será a necessidade de um atendimento diferenciado que proporcione ao visitante sua integração com o espaço.

Os colaboradores que trabalham na Sala São Paulo observam a aplicação dos conhecimentos de sua formação no decorrer de usas atividades, já os profissionais do Museu de Arte Sacra sentem falta de conteúdos como museu ou patrimônio cultural em sua formação. Assim, embora alguns entrevistados não consigam perceber aderência direta das disciplinas oferecidas no curso de turismo com a prática do mercado de trabalho, mas especificamente com as atividades desenvolvidas nas instituições aqui estudadas, notou-se que a presença do turismólogo nestes equipamentos é importante principalmente pela formação voltada ao bem receber, o que os torna capaz de atender ao diferentes tipos de público. Tanto a Sala São Paulo quanto o Museu de Arte Sacra esperam de seus atuais e futuros colaboradores essa habilidade em lidar com o público visitante de forma que estes saiam plenamente satisfeitos. É razoável afirmar, portanto, que com o passar do tempo, a percepção da importância do turismólogo compondo o quadro de funcionários destes tipos de equipamentos culturais aumente.

Em relação à Sala São Paulo, a pesquisadora observou que falta um pouco de iniciativa por parte da instituição em procurar ouvir a opinião de seus colaboradores, processo este que o Museu de Arte Sacra vem passando e que foi benéfico tanto para os turismólogos quanto para a instituição.

Os turismólogos que realizam o estágio na Sala São Paulo tem, em média, uma bolsa auxílio de R$ 800. Esse valor pode variar de acordo com o ano que o colaborador está cursando a faculdade, pois como forma de incentivo toda vez que este profissional conclui um ano de faculdade ele ganha um aumento em sua bolsa. Outra forma de incentivo para os colaboradores é o curso de inglês oferecido gratuitamente a todos os colaboradores, as aulas acontecem dentro da própria instituição.

O Museu de Arte Sacra oferece aos turismólogos que exercem o cargo de estagiário uma bolsa auxilio de R$ 900. Para os educadores, o valor pode variar de acordo com o nível do educador, mas esse valor pode girar em torno de R$ 1.500 a R$ 1.800.

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Referencias

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SÃO PAULO TURISMO. Dados da Cidade de São Paulo. 2010. Disponível em: <http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/sao-paulo-em-numeros>. Acesso em: 19 abr. 2013.

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APÊNDICE A – Questionário aplicado aos turismólogos formados e estudantes do curso de turismo

1 - Quanto tempo você trabalha na Instituição? 2- Qual a sua qualificação?

3- Qual é a sua função dentro da instituição?

4- Você realiza atividades além do que foi contratado?

5- Você utiliza matérias como recreação, lazer e eventos no decorrer das suas atividades?

6- A intuição promove algum treinamento para os funcionários? 7- Existe possibilidade de crescimento?

8- A instituição procura ouvir sua opinião e como turismólogo? 9- Qual é a média salarial?

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APÊNDICE B – Questionário aplicado para o produtor de eventos da Sala São Paulo e para o supervisor do setor educativo do Museu de Arte Sacra, ambos sem formação específica em turismo.

1- Quanto tempo o Sr. trabalha na instituição? 2- Qual a sua qualificação?

3- Qual é a sua função?

4- Como o Sr. começou a trabalhar no museu? Tem expectativas de continuar em equipamentos culturais?

5- O que o Sr. entende por turismo?

6-O Sr. acha importante um atendimento diferenciado? 7- Considera importante a presença de um turismólogo? 8- Qual é o processo seletivo da instituição?

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APÊNDICE C – Entrevista com Bruna Medeiros Passos (Museu de Arte Sacra)

Qual é o seu nome completo?

Bruna Medeiros Passos

Quanto tempo você trabalha no Museu de Arte Sacra?

Hum... Esse é o quarto ano que eu trabalho aqui. Novembro faz quatro anos

Qual a sua qualificação?

Eu sou formada em técnico em turismo... Pela ETEC Presidente Vargas com formação em guia de turismo regional nacional e América do Sul... Sou graduada em Turismo pelo Instituto Federal de São Paulo i:: agora eu to cursando filosofia na Universidade Federal de São Paulo.

E a sua função dentro da instituição?

Sou educadora bilíngue

Como educadora quais são suas funções aqui dentro? Você trabalha com grupos?

Basicamente é atender grupos... Principalmente... Como eu sou bilíngue estar disponível para atender grupos em espanhol que é a minha habilitação, mas eu também faço projetos... visitas temáticas I:: basicamente fica nisso atendimento a grupos visitantes e desenvolvimento de projetos.

Você realiza alguma atividade além do foi contratada para fazer?

Não... Antes eu ficava no agendamento que não era bem oque eu fui contratada, mas felizmente já foi passado para outra pessoa e eu já não sou mais responsável pelo agendamento de visitas... Mas fiquei por um ano fazendo isso.

Você vê aplicação das matérias que aprendeu na faculdade no seu dia a dia? Matérias como eventos, recreação ou alguma outra matéria?

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Hum... Sinceramente o que me ajuda aqui dentro da minha formação foi o que eu tive no técnico em turismo, tive disciplinas relacionadas a patrimônio i:: história da arte também... Já na graduação que era um curso de gestão eu não tive subsídios para trabalhar neste lugar que e é um museu então nada sobre educação nenhuma disciplina sobre museus nada... De história da arte... Eu tive uma disciplina que não era bem história da arte... Era do professor Mozaner acho que chamava... Capitação de recursos alguma coisa assim... que pelo nome parece que é uma coisa mas como conseguir patrocínio Lei Rouanet essas leis de incentivo a cultura... Mas na prática ele contava um pouquinho sobre de história da arte para a gente foi oque me ajudou bastante também... Já que o curso não tinha disponível nenhuma disciplina desse gênero

A intuição promove algum treinamento para os funcionários?

Olha... Quando eu entrei como estagiária tinha na antiga gestão que era da (Denise Mexerique) treinamentos constantes... Sempre tinha treinamentos relacionados ao acervo então de história da arte filosofia da arte história como... No geral sobre patrimônio atendimento aos visitantes sobre todas essas temáticas depois a gente passou para outra gestão que foi a partir... Acho que 2011 no qual não tinha treinamentos que fez com que a gente ficasse bem estagnado aqui e agora a gente tá com uma nova gestão que tá:: tentando recuperar essa coisa dos treinamentos, mas ainda não começou para valer então por enquanto a gente está sem treinamentos.

Existe possibilidade de crescimento?

Olha infelizmente não... Dentro da área como educador do museu a única coisa que você pode crescer é tentar ser um supervisor ou coordenador... E isso particularmente não me interessa dai: seria necessário que essas duas pessoas saíssem para que um educador subisse se não você fica educador a vida inteira ganhando o mesmo salario também basicamente.

E você tem expectativa de trabalhar em outros equipamentos culturais ou você quer sair daqui e trabalhar com outra área?

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Bom quando eu sair daqui minha pretensão agora é ingressar na vida acadêmica... Então como eu estou fazendo filosofia eu pretendo fazer mestrado doutorado e ser professora universitária daqui muito tempo... Mas eu também não quero me desvincular do turismo... Em si eu quero começar a fazer excursões para exercer minha profissão de guia de turismo, não exerci até agora por trabalhar aqui né... Mas assim que eu sair daqui eu pretendo fazer essas duas coisas me dedicar à vida acadêmica e começar fazer excursões para manter a renda também... Mas não pretendo trabalhar em outro museu nem na área de educação em museus... Mais sim na área de educação dando aula em universidades ou até mesmo em escolas de ensino básico educação formal.

A instituição procura ouvir sua opinião e a sua opinião como turismólogo?

Ah... Como turismóloga... Bom a gente tem um programa para os profissionais de turismo e para estudantes também... Então frequentemente eles recorrem a mim para saber que atividades desenvolver... Que tema abordar... Mas em relação à opinião pessoal... É de vez enquanto quando é necessário eles me perguntam recentemente me perguntaram se eu estava desmotivada qual era a minha pretensão aqui dentro da empresa... Uma vez que mudou a gestão e eles estão fazendo essas perguntas para todas as pessoas que já trabalham aqui para saber quem pretende continuar, né... Mas foi só nesse momento tipo para saber qual é minha expectativa em relação aquilo.

Conversando com o César sobre os encontros que acontecem aqui ele comentou comigo que você e o Giliard tiveram um papel fundamental na construção desses cursos e eu queria que você falace um pouco sobre isso sobre que vocês conseguiram construir assim ao longo desse tempo?

É na verdade quem começou com essa ideia de trazer as atividades profissionais e estudantes de turismo foi o Giliard mesmo. E aí ele conversou comigo e com a Natalia também a gente sentou para pensar em alguns programas algumas atividades e dividiu essas atividades para os três ao longo do ano e ai acabou que essas atividades realmente trouxeram muita... Gente para cá muitos guias muitos estudantes geralmente falta vaga... Faltam vagas para atender a todos e:: realmente

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está sendo um sucesso até agora não teve problema com vagas ociosas pelo contrario pelo contrario sempre faltam vagas para esses profissionais.

Qual é a média salarial da instituição?

Para educador bilíngue que é o meu caso, líquido dá em torno de mil e quinhentos reais... Mas não tem perspectiva de melhoras, então por ano tem o aumento que tem que ter acho que é por lei, mas cinquenta reais então não muda muita coisa.

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APÊNDICE D – Entrevista com Natalia Alves da Silva (Museu de Arte Sacra)

Qual é o seu nome completo?

Natalia Alves da Silva

Qual é a sua formação?

Eu já sou formada em Administração com ênfase em Marketing. Isso, me formei em 2009 e em 2011 eu entrei na:: USP pra fazer lazer e turismo então estou no terceiro ano.

Você trabalha há quanto tempo aqui na instituição?

Vai fazer um ano é dia dezessete... Dezoito

E você tem qual função na instituição?

Eu sou educadora, mas como estagiaria e atendo o publico realmente em geral.

Você realiza atividades além do que você foi contratada para fazer?

Não... não basicamente é atender ao público e ficar neste espaço onde a gente está agora... Então a gente acaba só orientando o publico neste momento

Você vê alguma aplicação das matérias que tem na faculdade no decorrer do seu dia? Matérias como de recreação, eventos, turismo cultural?

Então... Hã... Como não é só turismo é lazer e turismo, eu consigo verificar que existe é:: vamos dizer os conteúdos culturais do lazer que a gente pode falar que é intelectual que é a visita ao museu, mas:: efetivamente não existe. Existe sim, mas assim o turismo como abrange você acaba não tem especifico de museu, por exemplo, eu não tive uma matéria que se relacionasse com museu... Então isso eu sinto falta

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A instituição promove algum treinamento?

Constantemente a gente tem treinamento com as pessoas normalmente as pessoas, mas antigas do museu às vezes tem três quatro anos acaba fazendo treinamento de algum texto especifico ou com a própria coordenadora ela faz treinamentos ou analises de textos sempre tem treinamento.

Existe possibilidade de crescimento aqui?

Sim, sim, eu sou estagiária, então tem opção... Após o termino do contrato ou quando a instituição achar:: válido eu virar CLT, né... também na função de educador sendo que... teria um pouco mas de atividades por exemplo como .... É:: fazer projetos e tudo, mas para frente acredito que sim vai ter uma hierarquia não sei se é tão fácil de passar por ela, mas tem possibilidade.

A instituição procura ouvir como turismólogo ou a sua opinião?

Às vezes acho que a gente tem... Vamos dizer hã... Na baixa meu superior direto sim agora com relação a você ir subindo você vai subindo na hierarquia eu acho que não... Mas o meu superior direto me escuta

O César estava comentando comigo que você o Giliard e a Bruna tiveram um papel fundamental nos cursos nos encontros oque você tirou dessa experiência?

Bom são encontros para professores encontro para guias i:: realmente é bem mais especifico com relação ao turismo a gente faz... Aconteceram dois já esse ano i:: eu pude participar junto com o Gil junto com a Bruna... Ai tem a diferença entre realmente o educador CLT e o educador estagiário eu vou só normalmente só posso auxiliar já o Gil ou a Bruna são CLT eles vão realmente... Fazer esse encontro

Qual que é a media salarial da instituição?

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APÊNDICE E – Entrevista com Giliard Souza Ribeiro (Museu de Arte Sacra)

Qual é o seu nome completo?

Giliard Souza Ribeiro.

Há Quanto tempo você trabalha na instituição?

Trabalho no museu da arte sacra há dois anos.

Qual é a sua qualificação?

Minha formação é técnico em turismo pelo Centro Paula Souza. Sou gestor de turismo pela Federal de São Paulo e agora pós graduando em Patrimônio e Cultura pela UniFai.

Qual é sua função?

Bom meu cargo de arte educador bilíngue um é:: minha função é desde acompanhar grupo fazer recepção de grupo visita mediada para o publico espontâneos grupo agendado encontro para professores pesquisa:: acervo

Você realiza atividades além do que foi contratado para fazer?

Então na antiga na antiga coordenação é:: o:: coordenador propôs uma reformulação do educativo e naquele momento a gente teve certa liberdade de propor novas ações e ai oque eu propus para o museu foi o encontro para guias de turismo que se tornou uma atividade bimestral desde o ano passado... Fora isso eu propus também encontros para estudantes de turismo com temáticas voltadas ao turismo mesmo e patrimônio que; é a minha linha de pesquisa i:: encontro para professores mesmo que a gente tem certa liberdade para propor novos temas e também visita integrada agora no próximo mês vai ter a primeira visita integrada com o museu da língua portuguesa que também é uma coisa que nós propomos.

Você utiliza as matérias que você aprendeu na faculdade recreação eventos ou alguma outra matéria?

De forma geral não... Por conta da minha formação na universidade o curso de gestão ele é focado no mercado e não no mercado cultural como eu sou da grade

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antiga existia uma carência muito grande... Coisa que eu sei que já mudou agora tem uma disciplina turismo e cultura... de forma geral não utilizei as disciplinas que aprendi na faculdade... Usei uma disciplina ou outra... Aprendizagens do tipo marketing pessoal e relações tinha uma disciplina relações interpessoais ética disciplinas teóricas mesmo história um pouco e no meu caso como eu gosto de discutir bastante sobre a cidade de São Paulo... geografia do turismo mas puxando um outro viés então de forma geral não.

A Instituição promove algum treinamento?

Promove... Treinamentos sim... Principalmente nas novas exposições então para discutir o conceito da nova exposição... Qual a ideia do curador... E de vez em quando o grupo também se reúne pra discutir algumas... Alguns conceitos na arte educação... Como mediar as diferentes tipologias de público e trabalhar com cada um desses públicos

Existe possibilidade de crescimento aqui?

Boa pergunta... Eu acredito que sim, mas num processo bem:: lento porque vamos para a escala, mas baixa para você entrar na instituição pode ser como estagiário ou como CLT mesmo como CLT você vai entrar como monitor guia de arte educador bilíngue 1 ai depois você evolui para dois depois de dois anos de experiência em arte sacra ai tem que ter pós-graduação ah:: e ai depois para supervisão ou coordenação só que você tem que esperar uma das pessoas que ocupa esse cargo sair então é um processo bem lento, mas isso é normal em arte educação não tem perspectiva de crescimento na área mesmo.

E você pretende continuar na área de equipamentos culturais ou quando você sair daqui você quer ir para outra área?

Então eu não tenho o objetivo de ficar em equipamentos culturais quero ir para a academia pretendo ficar como pesquisador mesmo.

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Já procurou mais... Eu acho eu tenho abertura para expressar minhas ideias e tal foram bastante receptivos só que acho que antes era, mas por uma questão até de afinidade da antiga coordenação que eu tinha.

Qual é a média salarial?

Então depende do cargo. De estagiário é R$ 900 de bolsa auxilio... Educador bilíngue 1 tá em torno de R$ 1800.

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APENDICE F – Entrevista com César Orte Novelli Rodrigues (Museu de Arte Sacra)

Qual é o seu nome completo?

César Orte Novelli Rodrigues

Qual é seu cargo dentro do museu da arte sacra?

Supervisão da Ação Educativa do museu da Arte sacra de São Paulo

Quanto tempo você trabalha aqui na instituição?

Estou na instituição há três anos, 2013 vai ser meu quarto ano na instituição.

Qual a sua qualificação.

Eu tenho curso técnico em museus é um curso que tem aqui no parque da juventude e estou fazendo graduação de história na UNIFESP

Aqui dentro qual é sua função?

Minha função é supervisionar a equipe de educadores do museu faço a escala diária de trabalho deles e auxilio a coordenadora na questão de projetos todo o esquema do educativo no que concerne nos atendimentos aos grupos de escola, grupos de paroquias enfim os diversos tipos de públicos.

Como é dividido a função dos que trabalham aqui? Tem os educadores que fazem a monitoria dos grupos tem as meninas que ficam na recepção tem uma pessoa que fica na loja de suvenir e ai tem mais funcionários?

Sim está dividido na verdade setor técnico e setor administrativo, o pessoal do setor técnico ele está dividido no pessoal que fica aqui no museu fisicamente e o restante fica em outra ala que onde fica o prédio da administração, então lá nós temos a

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reserva técnica e ai tem um pessoal da administração também aqui no museu só fica a esquipe da recepção, os educadores, a esquipe de manutenção, limpeza e segurança o restante fica nesse prédio que fica lá na Rua São Lázaro.

Você realiza alguma atividade além do que foi contratado para fazer? Ou você faz só aquilo que é proposto para você?

Não eu acabo no dia a dia auxiliando em outras partes mais eu acredito que como cargo de supervisão ele pede esse tipo de responsabilidade de comprometimento então não vejo isso como um problema e vejo que isso faz parte do cargo

Você já tinha outra experiência em museu ou esse foi seu primeiro trabalho?

Esse foi meu primeiro trabalho com museu, eu comecei a fazer um estágio por conta desse curso técnico que eu ainda estava fazendo entrei aqui então para ser estagiário, estagiei cerca de sete ou oito meses como monitor \ orientador, eu não tinha a incumbência de pegar os grupos, depois desses sete ou oito meses eu fui convidado para ser auxiliar de supervisão ai logo no ano seguinte eu já consegui assumir a supervisão do setor.

Você tem expectativas aqui dentro de outros cargos ou você pretende depois procurar outro museu para trabalhar com outra coisa?

Eu gostaria de conhecer um pouco mais a área técnica de um museu eu conheço bem a área educativa mais gostaria de trabalhar um pouco na área de reserva técnica com documentação, com conservação, aprender um pouco essas outras áreas do museu que eu acho que é importante também.

O que o senhor entende por turismo?

Enquanto área de estudo ou enquanto área de lazer?

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Entendo que é bem pertinente essa área nos dias de hoje pelo que eu percebo dos educadores que são formados em turismo pelo pessoal que tem feito turismo é uma área que abrange outras questões que são importantes e pertinentes para o trabalho tanto do museu como de recepção de públicos que vem de fora... é exterior por conta desses grandes e eventos, percebo que é um nicho que só tem a crescer.

Você acha importante um atendimento diferenciado?

Acho muito importante principalmente para pessoas com deficiência e vulnerabilidade social... a gente tem dois programas que engloba esse público... acredito que uma das deficiências nossas aqui pensar nesse público que vem de fora mesmo atualmente temos três pessoas que são bilíngues mais eu acredito que a gente precisaria de certo tipo de capacitação treinamento... enfim para que a gente possa receber esse público mais eu acho importante principalmente no que concerne as pessoas com deficiência e vulnerabilidade social.

Você Considera importante a presença de um turismólogo?

Sim

Você sabe quantos turismólogos tem aqui?

Nós temos atualmente dois formados, Bruna e Giliard, mas acho importante o trabalho deles acho que agrega muito porque o setor educativo acaba tendo diversos educadores de diversas áreas turismo, história, arte, filosofia ciências sociais, historia da arte e eu acho que cada um acaba de alguma forma agregando colocando um pouco da sua área dentro da visita dentro da sua apresentação do museu para o público eu acho isso importante.

No caso você comentou dos dois funcionários a Bruna e o Giliard, quando eles chegaram aqui eles se adaptaram logo ou precisaram de algum treinamento? Você sentiu que eles precisavam vir com alguma informação que não veio já da faculdade?

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Não... eu não sei se é uma característica dessa área dessa faculdade mais as pessoas geralmente do turismo que já trabalharam aqui ou que passaram por aqui sempre são bem falantes e desinibidas... eu acho que isso é importante principalmente em uma área que a gente apresenta o museu para o público e isso é muito bom eu nunca tive problemas eles sempre se adaptaram de forma rápida.

Vocês promovem treinamentos?

Nós fazemos treinamentos... principalmente em relação a conteúdo e metodologia porque a gente intende que não basta somente o educador pegar o grupo e fazer somente a visita dentro do museu... a nossa forma de trabalhar é com mediação... seria muito facial nos pegarmos o público e acabar fazendo uma visita palestrada a gente intende que dessa forma o conteúdo passado não é assimilado pelo o visitante então a gente costuma fazer visitas fazendo uma mediação... jogando perguntas para o visitante para que o visitante através do seu repertório possa construir a visita construir o conhecimento que ele vai tirar do museu entoa a gente intende que dessa forma é melhor por isso que a gente faz treinamento de capacitação, discussão de textos, para que as pessoas possam assimilar isso e criar a sua metodologia especifica baseada nesse sistema de mediação.

Verifiquei que vocês sempre procuram fazer cursos voltados para o turismo e o museu então a minha pergunta é desde quando vocês começam a investir no turismo aqui no museu ou se sempre foi assim ou se de repente vocês viram essa necessidade de ter um turismólogo aqui dentro?

Olha pelo menos desde que eu estou aqui nós sempre tivemos na equipe pessoas do de turismo então eu percebo que essa visão já vem de anterior pelo menos há uns cinco anos atrás... essa visão de ter alguém de turismo dentro da equipe de educadores para apresentar o museu... e com o passar do tempo já é a terceira gestão de coordenação que eu estou passando aqui no setor mais em todas as gestões a gente teve essa visão... não só o turismo mais outras áreas também sendo importantes dentro do setor... mas esses encontros de guias encontro de patrimônio fim sessas temáticas que são mais voltadas para o pessoal de turismo eu acredito que a mais ou menos um ano um ano... um ano e meio atrás a gente

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começou a fazer uma coisa mais direcionada... até então era realmente mais para ajudar a compor a equipe de educadores... eu acho que isso se deve muito a questão da Bruna e do Gil terem essa visão não só a visão mais a abertura um pouco mais a gente tem passado por uma reestruturação aqui no museu e até mesmo no setor educativo em que a gente tem um pouco mais de liberdade para fazer algumas coisas... é claro que toda essa liberdade tem que ser discutida e conversada com o pessoal da administração... mas a gente tem passado por uma grande reformulação aqui no museu já faz alguns anos em que a gente está tendo um pouco mais de abertura e o Gil e a Bruna tiveram um papel fundamental em abrir essas temáticas para o pessoal mesmo de turismo.

Vocês conseguiram mediante as pesquisas analisar o resultado que esses encontros tiveram e verificou se foi um resultado positivo?

Sim

Vocês pretendem continuar com essa temática no turismo e agregar mais encontros?

Por conta das avaliações que a gente sempre faz depois dos encontros cerca de 80 são avaliações positivas... ontem mesmo depois do nosso encontro nós tive a percepção uma ou duas acabou não gostando porque imaginavam que seria de outra forma mais as avaliações em si foram positivas... promova mais pessoas que já participaram de um volta e meia eles querem participar novamente então a gente percebe que é um chamariz sempre tem um grande numero de pessoas participando desses encontros.

Vocês têm algum estudo que possa mostrar quantas pessoas vem ou um controle?

A gente consegue fazer um controle... não sei te dizer se a gente tem isso pronto agora para poder te passar... mas acredito que a gente conversando com a Bruna e com o Gil a gente conseguiria sim fazer um levantamento até para te auxiliar neste trabalho.

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Eu particularmente gostei bastante do encontro de guias porque dá a impressão que vocês estão buscando cada vez mais atender um público maior e assim os guias que participaram ontem vão trazer mais turistas então é uma via de mão dupla, vocês saem beneficiados e os guias também.

É e como você falou é um encontro né... eu acredito que não é um treinamento ou capacitação porque nesses encontros a gente debate muito e conversa muito... eu acredito que você tenha percebido também que muitas pessoas contribuíram com a temática ontem que era sobre o bairro da luz então a Bruna imagino que tenha se mostrado aberta nesse sentido de poxa que legal que vocês estão agregando trazendo informações estão nós municiando porque assim como a gente tenta trazer os guias para que eles possam trazer outras pessoas tanto os guias como as outras pessoas no dia a dia acabam contribuindo para que o nosso trabalho enriqueça cada vez mais para que a gente saiba mais coisa ter um conhecimento maior e melhor sobre a história do contexto que a gente trabalha e convive.

Qual é o processo seletivo para os turismólogos trabalharem aqui?

Posso te responder pelo menos com relação ao setor educativos que é aquele que eu trabalho... quando nós temos abertura de vagas é para estagio a gente costuma divulgar e a gente faz um processo de seleção dos currículos e entrevista e acaba selecionando... quando é um contrato CLT ai a gente abre para uma ou outra vaga mas ai é outro processo tem que ser divulgado no site tem que ser chamado todo o pessoal que enviou o currículo para a gente ter uma conversa inicial às vezes tem que fazer algum tipo de seleção porque a instituição o museu de arte sacra é uma instituição na verdade é uma organização social que pertence à secretaria da cultura então a gente recebe verba da secretaria da cultura e ai como é uma verba pública a gente precisa fazer as coisas da maneira mais limpa e justa possível então é divulgado no site como se fosse um edital mesmo

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De estagiário cerca de R$ 1 mil, eles recebem R$ 900 mais o auxilio transporte. Para educador, cerca de R$ 1,3 a R$ 1,6 mil, depende se ele é bilíngue se ele não é bilíngue.

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APÊNDICE G – Entrevista com Fernanda Lé de Oliveira (Sala São Paulo) Nome completo

Fernanda Lé de Oliveira.

Quanto tempo você trabalha na Instituição?

Eu trabalho há três meses.

E qual a sua qualificação?

Qualificação - - atá - - eu estudo no Instituto federal de São Paulo... Eu faço Gestão de Turismo e to no quarto semestre.

E a sua função aqui dentro da sala São Paulo?

Então eu sou estagiaria, mas eu executo o cargo de indicadora também... Na verdade eu faço seis horas desse cargo.

E no cargo de indicadora você... Atende as pessoas que vem na hora do espetáculo e explica as dúvidas que elas têm?

Então a gente é... Tem vários setores aqui... Então por exemplo tem pessoas que ficam:: ticando ingresso ai no caso a gente já dá alguma informação se a pessoa pede... Mas assim em todos os setores sempre tem alguém... Então é:: objetivo também é repassar... por exemplo, vai a pessoa tem uma dúvida... mas não é daquele setor então a gente pede para a pessoa para ela se encaminhar ao setor que essa dúvida vai ser tirada lá também ou dependendo da função que você tá... por exemplo... tem funções que é... mas para indicar local de sala quem não esta fazendo essa função indica o cliente para uma pessoa assim.

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Você realiza atividades além do que foi contratada para fazer ou não?

Eu acho não... Na verdade eu sinto falta de algumas coisas... Por exemplo, é:: no meu estágio dizia-se na parte de planejamento como eu estou á três meses eu ainda não participei de planejamento... Eu só estava fiz organização.

E oque é o planejamento?

Por exemplo, calendários essas coisas... Na verdade eu não sei se a gente vai ter acesso a isso... eu ainda não sei ... Como eu estou há pouco tempo eu não sei se realiza algum tipo de função parecida com isso ou se vai continuar no mesmo serviço ate do fim do ano... Meu contrato é até o fim do ano.

Seu contrato é de quanto tempo?

É anual... No caso assim como eu ainda tenho vários semestres para fazer ele é anual ai no caso ano que vem eu só tenho, mas um semestre na faculdade então ele vai ser semestral... mas geralmente ele é semestral ou anual.

Ele é de acordo com o tempo que você está cursando?

Ele é de acordo com o tempo que você está cursando e com o tempo que você vai se formar né:.e ai a cada ano você tem um abono... Então por exemplo no meio do ano agora eu vou mudar de ano eu vou para o terceiro ano da faculdade então teoricamente eu teria um abono se eu não me engano é aproximadamente cem reais por causa desse um ano que eu formei.

Você tem a expectativa de quando se formar ser registrada?

Então atualmente... Estou na verdade decidindo o que eu quero fazer... Eu acho aqui bem interessante... mas eu ainda tenho dúvidas sobre a área que eu quero seguir porque assim aqui é eventos então é muito fechado...i:: é um lugar só... E na verdade eu acho que eu queria conhecer outros lugares entendeu antes de terminar a faculdade ou conhecer outros tipos de serviços antes de terminar então na verdade eu não sei talvez eu faça um ano aqui e queria buscar experiência em

Referências

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