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Excitações eletrônicas em superfícies com altos índices de Miller

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(1)

EXCITAÇÕES ELETRÕNICAS EM SUPERF(CIES COM ALTOS (NDICES DE MILLER

Artur da Silva Carriço

ORIENTADOR: José Bernardo Salzberg

Dezembro, 1977

Tese apresentada ao Instituto de Física "Gieb Wataghin" da Universidade Esta-dual de Campinas, para a obtenção do título de Mestre em Ciências.

(2)

AGRADE CIMENTOS

Ao Prof. José Bernardo Salzberg, pelo atencioso acomp~ nhamento, proveitosas idéias, e mesmo pela participação em algumas tarefas ao longo da execução desse trabalho;

Ao Prof. Cylon E.T. Gonçalves da Silva, por valiosas su gestões;

Aos colegas Luiz Marcos Brescansin, Paulo S.-Guimarães e Bernardo Laks, pelo acesso a alguns programas de computador;

Aos colegas do Departamento de Física da UFRN, pelo apoio; Ao PICO, e particularmente a sua Coordenadoria junto a UF RN;

'A

direção do C.C.E.N. da UFRN, na pessoa do Prof. Gilvan Trigueiro;

'A

direçao da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, na pessoa do Magnífico Reitor Domingos Gomes de Lima

pelo estímulo e apoio financeiro

(3)

RESUMO

O presente trabalho trata do Cálculo de Densidades

de

Est~dos

EletrSnicos na vizinhança de uma superffcie de altos Tndi

ces de Miller do Nfquel. A superflcie apresenta uma estrutura peri.§.

dica de degraus, superposta

ã

rede bidimensional do plano (0,1,3)

O método de Funções de Green e usado em conjunto com

a

Técnica da Matriz de Transferência, para a determinação das Densida

des.

O cálculo de Densidades Espectrais é feito em dois

pon-tos da zona de Brillouin do plano (0,1,3), e é discutida a

correla-çao entre essas densidades e a estrutura geométrica da superfTiie.

(4)

Introdução

CAPfTULO

I

Geometria ,da Superfície

Modelo de Hamiltoniano

CAPTTULO

II

fNDICE

~étodo

das FunçÕes de Green

Técnica da Matriz de Transferência

CAPTTULO

III .

Resultados

Comentários e Sugestões

Figuras

Geometria da Superfície

Densidade Espectral de Estados no Ponto

r

Densidade Espectral de Estados no Ponto P

Apêndice .

Referências.

4

4

5

1 1 1 1

1 7

21 21

23

25

25

26

30

34

38

(5)

Introdução

A característica fundamental da superfície de um sólido

é

a de ser a região ondeocorre uma brusca variação do potencial cri_:;_ talino. Na verdade a região de variação do potencial nao chega a ser extamente uma superfície; tal variação se dá ao longo de algumas ca-madas atómicas.

Mesmo assim, surge um fato que requer atenção, as solu-çôes periódicas do Hamiltoniano cristalino não devem cobrir todos os auto-estados possíveis, visto que nestas a descontinuidade referida acima não

é

ti da em conta.

De fato, da solução exata de situações simples como a de um cristal unidimensional semi-infinito, onde o potencial

é

tomadoc~ mo sendo um conjunto de funções delta igualmente espa·çadas na região do cristal, e uma constante positiva na região exterior, resulta que os auto-estados se subdividem em três classes distintas: há soluções que são periódicas na região do cristal e decaem exponencialmente no exterior, soluções periódicas na região. exteri·or e amortecidas ex-ponencialmente dentro do cristal e soluções "localizadas" no ponto de descontinuidade; estas decaem exponencialmente nas duas direçoes a- partir do ponto de descontinuidade do potencial. (1)

Esse exemplo, apesar de pouco representativo do potencial de cristais reais,

é

particularmente ilustrativo do comportamentoque se pode esperar dos estados eletrÕni'cos na vizinhança de uma superfí cie. O fato essencial

é

a existência de estados localizados na supe_:: fície, cuja energia pode estar na faixa de valores proibidos aos estados de completa simetria translacional.

Os estados de superfÍcie podem, eventualmente, formar ban das; isso e o que acontece em superfícies limpas (sem átomos e s t r a -nhos) e periódicas.

(6)

A dificuldade básica no estudo das primeiras camadas de um sólido, reside no fato de que as camadas superficiais contêm aproximadamente 1015 átomos/cm2, enquanto que a densidade volumétri

• . 21 •

I

3 • .

ca e de cerca de 10 atamos cm. Alem d1sso, a adsorção de átomos estranhos pode alterar consideravelmente algumas propriedades supe~

ficiais(2). Estas dificuldades foram superadas com o desenvolvime~ to de técnicas especiais, grande parte delas envolvendo espalhamen-to de eletrons ou áespalhamen-tomos, que possibilitam obter informações de fe nômenos estritamente superficiais. Desse modo se tornou possível co nhecer pontos importantes como: a estrutura atómica (geometria), es

trutura eletrônica e composição química das camadas superficiais. A adsorção de gases e um ponto de grande interesse

prá-ti co. Por um lado, pode ser de interesse impedir a deposição de átomos estranhos na superfÍcie cristalina; por outro.lado, algumas superfícies são eficientes catalizadores de certas reaçoes químicas

(3,4), quando, então,

é

necessário conhecer a estrutura da

camada-adsorvida.

Nesses fenômenos, a i ntc ração ele trôn i ca desempenha um papel decisivo. O estudo da estrutura eletrônica de superfícies lim-pas e o primeiro lim-passo para o seu entendimento.

Os estados ele.trônicos superficiais sao fortemente

-

de-p.endentes da geometria da superfície, do numero de primeiros vizi-nhos perdidos por átomo (plano de clivagem) e, naturalmente, da própria natureza atómica do cristal.

Um grande número de medidas (5,6,7), mostra que, em gc-ral, a geometria das camadas superficiais não

é

a simples continua-ção daquela do interior do cristal. Frequentemente, a distância en-tre as camadas atómicas, e a célula. unitária de cada camada, sao alteradas a medi·da que se aproxima da superfÍcie. As superfícies de

(7)

-altos índices de Miller apresentam, além disso, com grande regular.l_ dade, uma estrutura periódica de degraus; alguns átomos fora do pl~ no de clivagem ficam presos ao cristal. Há evidências (8,9,10) de que a existência desses degraus aumenta consideravelmente a ativida de química.

A presença destes degraus complica o cálculo teórico de estados de superfície,

bastante difícil no caso de

superfícies-lisas. E por esse motivo que, apesar da importáncia tecnológica dos degraus, sua consideração em trabalhos teóricos tem sido tentada só mui to recentemente.

O presente trabalho trata do cálculo da densidade de es-tados eletrônicos sobre as quatro primeiras camadas atómicas de uma superfTcie, com degraus, do Níquel.

No capítulo 1 são discutidos o modelo do"Hamiltoniano e a superfície em questão; o capítulo seguinte trata do uso das fun-çoes de Green e da técnica da Matriz de Transferência no cálculo da densidade de estados e no terceiro capítulo sao apresentados e dis-cutidos os resultados.

(8)

CAP TTULO

I

GEOMETRIA DA SUPERFTCIE E MODELO DO HAMILTONIANO

I . 1 • Ge o me t r i a da S up e r fÍ c i e

A superfície em consideração segue em média o plano (0,1,3), com terraços paralelos ao plano (0,0,1), limitados por degraus, com altura a/2, paralelos ao plano (0,1,0). (Fig. 1(a)).

Os terraços contêm quatro átomos não-equivalentes e têm largura 3a/2 (a é o parâmetro da rede cúbica convencional).

Assim, a simetria de translação sobre o plano (0,1,3) e preservada, e o cristal semi-infinito pode ser descrito como a

jus-taposição de camadas atómicas, que consiste.m de uma rede bidimensio nal (0,1,3), cuja célula primitiva é determinada pelos vetores

-+

t 1 ax = --2-3a y + _a_ 2

a-

~

à

qual s.e associa uma base com quatro átomos localizados em (0,0,0), a(1,0,0), a/2(1,1,0) e a/2(1,3,0). As camadas distam de 2a//10 e es tão deslocadas de -a//10

t

2 como mostra a figura 1 (b).

Observe que, desta forma, não se está levando em conta a possibilidade da geometria das primeiras camadas ser afetada pela brusca .descontinuidade do potencial periódico do cristal. Esse efei to, entretanto, pode ser incluído naturalmente no cálculo, basta p_:: ra isso qtJe se conheça a estrutura geométrica superficial.

Na verdade, se está propondo um modelo para a geometria das camadas superficiais, com o intuito de analisar a sua influên-cia nos estados eletrônicos.

As superfícies reais sao, normalmente, mais complex·as. Os degraus têm largura variiivel, ainda que, naturalmente, o valorme

(9)

-dlo coincida com o correspondente aos índices de Miller da superfi_ cie preparada do cristal. Por outro lado, estudos teóricos, basea-dos no uso de potenciais de dois corpos (11~ determinaram que a configuração na qual a altura do degrau é igual a uma distância in ter?tÔmica e energeticamente mais favorável que configurações com degraus de altura maior. Todos estes resultados são verificados ex perimentalmente por difração de eletrons de baixa energia (LEED).

1. 2 o Modelo do Hamiltoniano

Os estados eletrônicos do cristal sao a solução de uma equaçao de SchrÕdinger a muitas partículas. Para muitos fins, e n

-tretanto, a aproximação monoeletrônica fornece bons resultados~Tal

aproximação consiste em representar a interação de um elétron com

os demais e com os • 1ons da rede, por um potencial local médio V( r) . -+

Além disso, os Íons são tomados fixos em suas posições de equi lí brio (Aproximação de Born-Oppenheimer). Em resumo, o sistema e aproximado por um gás de e·Jétrons independentes sob ação do poten-cial da rede cristalina.

A equação de Schrodinger e dada por:

(-

v

2 +

v(7:JJ1)!

= El)!

2m

-+

Dado que V(r) tem simetria de translação sobre cada ca-ma da , ou se j a

v(-::+

Rnjl

V (r) -+

-+

(10)

I

o hami toni ano comuta todos os ope radares de translação:

( 1. 1) (H,Tnj]

o

Os operadores de translação, Tnj, sao definidos por:

( 1 • 2) Tnj 1/J(r)

"*

~ ~'(r

"*

+

"*

Rnj)

"+ + + +

onde Rnj Rj- nT, Rj e um vetor da rede bidimensional do p 1 ano

"*

_,_

(O , 1 , 3) e T = a

I

l1 O t

2 .

A descrição usual dos estados eletrônicos de um cristal

é

feita em termos de funções de Bloch. O conjunto de funções{l/J_,_

(i')},

kv

"*

.

onde K

é

um vetor da Zona de Brillouin (tridimensional) do cristal e V é o Índice de bandas, contém todas as soluções per.iódicas.

Essas funções podem se r expandi das no conjunto de fun -çoes de Wannier, definidas por:

( 1 . 3) ( 1 . 4)

"* ....

a)r-Rj) = 1

lN

-+

kEZ.B

.... ....

-ik.Rjl/J (·+) e -+ r r . k \)

De fato, da definição acima, se tem

1

lN

A e xp ansa o ( 1. 4) é , for ma 1 mente , mui to ú ti 1 de v i do as propriedades:

*

+ + + + -+ +

L

av(r-Rj) a)r'-Rj) = ô(r-r')

\) .j

(11)

-( 1. 5)

f

d ra\!(r-Ri)a,(r-Rj)

3

*

4 4 + 4 = ô ô ..

~ j.l \! I J

que. decorrem da definição (1.3). Assim sendo, as funções de Wannier constituem um conjunto ortonormal completo, sobre o qual se pode ex pandi r os auto-estados do Hami 1 toni ano.

~interessante observar que a expressao (1.4) pode ser fatorada na forma: ( 1. 6) \)! .,_ (

1>

= k\!

.,_

.,_

onde

K3

=

K

t

3;

4

.,_

-> R = R

+

R~ nj ~ nj b re os pontos da 1

lN

->·

Kll

.,_

(R~ r e de n,~

.,_

e a projeção de

K

sobre o e a posição de um átomo da foi s ubdi vi di da em somas

cada átomo da base, ou seja,

. (1.7)

c (

k)

\)! \) (

kll '

i!")

n ~ n ~ n '~ onde

.,_

.,_

plano (tl,t2),· base) e a soma so-sobre camadas, par a

( 1. 8)

ik

.it .

.,_

e

n

n

J~lla

( ;'-

R • ~) . \! n J

c

(k) = n~

IN/N

11

(12)

e

Nll

e o numero de células unitárias no plano (0,1,3).

E, portanto, intuitivo que para o problema em considc-raçao, os estados eletrônicos são da forma:

( 1. ~)

w_,_

=

I

k,v n,~

Onde

K

está restrito

à

zona de Bri llouin do plano (0,1,3).

Fica claro que o problema foi separado em duas partes:a

t r a n s 1 a c i o n a·l mente i n v a r i a n te , expandi da a p r o p r i ada me n te nas f un-ções de Wannier, e a parte não periódica, cujos coeficientes Cn~ estão por ser determinados.

Os estados eletrônicos localizados sao, nesse contexto,

facilmente identificados como aqueles para os quais os coeficientes

Cn~ decaem rapidamente a partir da camada n O.

Essa não é , e n t r e tanto , a 1 i n h a a se r se g u i da . C o mo

se-ra observado no capítulo seguinte) a existência destes estados e

determinada a partir da de·nsidade de estados sobre a camada superf,i_

c i a 1.

O hami ltoniano do cristal e, então, dado por:

(1.10)

H

=

I'

<nk~v

_,_

1-1

H n'k'~'v'> nk~v><n'k'~'v'

_,_

I _,_

_,_

=

_,.

(nk~v) _,_ k

L

( n ~v)

_,_

1_,_

_ , _ I

H (k,~v.~'v') nk~1v><n'k~'v' nn' =

L

(n'~'v')

-

8

(13)

-onde foi usado o fato de que

[H, T .]

= O e n;

Na notação de Dirac, mais conveniente para o que segue, estado de Bloch associado

à

função

(1.11)

+ +

ik.Rnjp (+R+.) e a r- n Jll

\)

·observe que estes estados estão apropriamente normalizadas:

+ +

<ukpvJn'k'p'v'> = ô ô ô

k,k' llll' vv'

e satisfazem a relação de completicidade:

I

Jnk)JV> <pkpv

I

=

i

+ nkpv Da expressão ( 1. 11) se obtém: e o

..

Hnn' (k,)lV,)l'v')

= - -

1 ik.(kjnp-Rjn'p') - +

I

e <nJlVRjJHJn'\.IV'R/> RnjpRn' j 'll'

onde lnllV R.>

é

o estado associado

ã

função de Wannier a (r-Rnjp)

J \)

Restringindo a soma a primeiros vizinhos se obtém:

(1.12.) Hnn' (k,JlV,p'v') = onn'

+

o

n+ 1, n 1 -ilt~

ot

-R"

l

ll ll1 e

...

- k R.

\ • I -+- -+ + + -i k, Ri Le <npvoJHinll'V'R.> + I

P:.

I <nJlVolfiln+1,ll'v',R.) + I

(14)

+

õ n-1, n 1 Dessa forma, (1.18)

... * ... )

-ik.(R-K ,--r e \1 \1 00 -> k n =0 -++ -i k. R.

L

e 1<n)JvOIHin-1,)J1V',Ri> + Ri _,_ ... -+

I

{H (k,)JV,)J1V1 ) lnk)JV> <n k)J1V1 + nn

(

' ) I +

k+ I

'I

+ H 1 k , )JV, 11'

v

n , k , )JV > < n + 1 , , 11

v

+ n,n+

Grande parte das propriedades eletrônicas dos metais de transição apresenta uma forte influência das bandas d(12). Isso se deve ao fato de a densidade de estados 3d, para energias prôxi mas ao nível ,de Fermi, ser maior que a densidade de estados !1S. Por esse mo ti vo, e para manter o tempo de computação dentro de 1 imites razoá -v e i s , s Õ as bandas 3d se r a o t i das em c o n s i de ração n e s te t r aba 1 h o .

I_::

tô é consistente com a nossa limitação da interação só aos

primei-ros vizinhos.

Os elementos de matriz <nlJVQ H n'\J'V R.>

_,_ 1- I

,-+

I

-sao obtidos a partir dos parâmetros de Slater-Koster (13). O procedimento usadona determinação destes parâmetros é bem conhecido e consiste na inter polação de bandas calculadas com o uso de técnicas mais sofistica-das.(Veja Apêndice)

(15)

-CAPfTULO II

Método de FunçÕes de Green e Técnica da Matriz de Transferência no Cálculo da Densidade de Estados

II.l Método de Funções de Green

A determinação precisa dos estados eletrônicos localiza dos na superfície é uma tarefa difícil. De fato, o cálculo dos

coe--+

ficientes Cn]J(K), mencionados no capítulo anterior (eq. 1.8) se torna muito trabalhoso, pr.incipalmente pela dificuldade de introdu-zir adequadamente as condições de contorno. Porém, em muitas aplic!:_ ções não é necessário o conhecimento de ta 1 h ado desses esta dos, bas-tando a informação sobre os mesmos que pode ser obtida a parti r de densidades de estados apropriadas. Estas densidades são relativamen te fáceis de calcular, mediante o uso das Funções de Green.

O Método das Funções de Green tem uma variedade grande de aplicações. Aqui se tratará apenas de seu uso no cálculo de den-sidade de estados de uma partícula em um potencial externo.

Considere a Equação de Schrodinger independente do tem-po:

Define-se o operador de Green para esta equaçao por:

( 2 . 1) (E

Í -

- -

H) G (E ) =

-

1

(16)

A conexao de G com a estrutura dos auto-estados de H e facilmente vizualizada se se considera a sua expansao em auto-esta-qos do sistema.

Se {

I

m>} e um conjunto ortonormal completo de auto-es tados de

H

entio:

C1- H~

L

(c-cm) lm><ml mm'

e os coe fi cientes da expansao

G ~

L

Gm,m' !m><m'

I

m'

sao determinados a partir de (2.1) como sendo:

Gmm' ~ 6 mm' Desse modo

G

~

L

I

m><mJ m Define-se

~+(s) ~

lim G(c + in) + T)-+0 e entao

I

m><ml E-Em+iT)

A r e 1 açãode G+(c)com a densidade de esta dos se torna c la ra, com o auxílio da identidade:

(17)

-(2.2)

1 i m

n

+o+ x

+

in

- p 1 i 1TÔ (x) X

A identidade (2.2) expressa uma relação entre operaçoes no seguinte sentido: 1 i m

+

n+o

J

ro dx

f(~)

-co X + I

n

= p

.r

-"'

f(x) dx _ i1Tf(O) X

Dessa forma o operador de Green e dado por:

G(E:)

=L

lm><mlr ----'-c-cm

m

i 1TÔ

(c-cm~

Na expressao anterior e no que segue G(C) indica 1 i m

G(E+inl-ou seja~ n+o+

( 2. 3)

1 =

L

I

m><ml ô (c-Em)

1T

m

Obse1·ve que a densidade total. de estados na vizinhança da energia

E

é

obtida do traço de G, pois:

1 1m tr G(c)

L

<m' \

L

lm><ml ô(c-Em)

I

m'>

---

=

=

1T m'

=

L

O (E-Em) <mi

L

I

m'><m'

I I

m>

=

m m'

=I

o<c-cml

m

(18)

Não

é

essa, entretanto, a quantidade de interesse. O com portamento eletr~nico nas camadas superficiais e o ponto em questio. Nesse sentido sao definidas:

. ( 2. 4)

( 2. 5)

( 2. 6)

(a) Densidades Parciais:

.,_

-

.,_

= - - - lm <nkpviGkllnk)lv> 1T (b) Densidades espectrais:

.,_

L

d (nk)J,E) \1 \1 (c) Densidades Locais:

.,_

kcz.B

Da definição de G(c) (veja Eq. (2.3)) se obtem:

m

O sentido exato da densidade acima, pode ser melhor vi-sualizado lembrando que {lnk)JV>}

é

um conjunto completo, de modoque os auto-estados do sistema podem ser expandidos na forma:

lm> =

L

(n)J\1)

Cn (m, t) lnt)lv>

\1

onde a dependência temporal dos coeficientes foi colocada para faci litar a interpretação.

Dessa forma l<ml n'kpv>l 2 dá a probabi 1 i da de de enco_:: trar o auto-estado

I

m> no instante t, no esta do

I

nitp\J>. Assim sen

+

do d\l(nk)J,clfle: e " probabi 1 i dude de encontrar o estado

I

nk]l\1> .en-tre os eletrons lm> com energia no intervalo fiE em torno de<:.

(19)

I

I:

Para algumas técnicas experimentais, que fazem uso

de

espalhamento de feixes monoenergéticos, a densidade espectral tem

-m~~or

importincia. Esta densidade tem um sentido semelhante ao que

foi

mencionado no caso da densidade parcial. Além disso, dado

que

inclui todos os orbitais, engloba todos os estados com uma dada

si-mitria translacional, localizados sobre um itomo determinado da

ba-se. Os elementos de matriz relevantes para o cálculo de densidades

espectrais, sio da forma:

.,.

-

I .,.

<nk]Jv

I

G (E) nk]JV>

e sao obtidos a partir da equaçao (2.1). De fato, da eq. (2.1)

re-sulta a equaçao matricial:

( 2. 7) (E1-H )G I

nn nn = H n,n+l n+l,n' G + .H n,n- 1 G n- 1 ,n I +

ô

nn I

onde

G

nn

, por exemplo, representa a matriz (20x20) cujos

ele-mentos sao dados por:

.,. I I .,.

= <nk]JV Gnk]J1V1>

d.a qual se obtém, a partir da soma de elementos diagonais

apropria-dos, a densidade espectral de estados sobre qualquer átomo da base,

na camada n.

As matrizes Hn,n+ 1' H

n,n-1

e H

nn

sao independentes

de

n (n

+

0), dada a estrutura do modelo proposto.

Observe que a camada superficial (n

=

O) se distingue

das demais por nio haver a camada superior, em outras palavras:

H

n, n -

é definida apenas para n

>

1.

O cálculo das matrizes

G

(20)

difi-cultado pelo acoplamento com as camadas vizinhas (veja eq.(2.7)),hã entretanto uma propriedade a ser explorada, as equaç~es mant~m a for mil ao .longo de todas as camadas.

As equaçoes tem a forma:

(E1 - H ) G = H G + H 2G 1 + 1 o nn 1 n+l,n n- ,n (E1-H)G 1 =HG 2 +H2G o n+ ,n 1 n+ ,n nn (E1-H)G o n+2,n = H 1G .n+,n 3 + H2G n+,n 1 ou seja (E 1- H )

G

= H G +H G ( p > 1 , n > 1) o n +p , n 1 n +p + 1 , n 2 n +p- 1 , n onde H

n,

n + 1 e H 2 = H n , n- 1

Desse modo a densidade de estados na camada n depende da distribui-çio eletr5nica em todas a~ camadas superiores e inferiores. A in-fluincia de todas as camadas sobre a camada n,pode ser atribuida a uma (ou mais de uma) matriz de transferência.

(21)

-11.2

Técnica da Matriz de Transferência

Define-se T(k,E) por:

( 2. 8) G = T G

n+1,n nn

então T satisfaz a equaçao:

( 2. 9) H T2 - (E 1 - H ) T = - H

1 o 2

As densidades de estados sao obtidas a partir de T, H

0 , H1, H2. Para as primeiras camadas se obtém (veja eq. (2.7)):

(a) Camada superficial:

ou seja (E1-H )G

=

H 1TG + 1 o ao oo e e n t ê..D (b) Segunda camada: G = TG11 o1 e então

(22)

Analogamente, para a terceira e quarta camadas, se obtém:

-1 J-1 J-1 G ~[E1-H -H [E1-H -H (E1-H) H H -H T

33

o 2 o 2 o 1 1 1

r

interessante calcular a densidade de estados em cama-das muito internas, onde se espera a influência da superfície seja desprezível, para analisar a evolução dos estados eletrônicos.

Par a uma camada mui to interna (n + oo) se tem

(E1-H)G ~H1G +HG +1 o nn n+1,n 2 n-l,n G ~ TG n+l,n nn e ( E 1 -H ) G ~ H G "+ H G -o n-p,n 1 n-p+1,n 2 n-p-1,n p > 1

Defin~-se uma nova matriz de transferência, Q, por:

~

G

n- 1 , n

e então

(23)

-{2. 10) H Q2 - {E1-H )Q = - H

2 . o 1

Q

representa a influência de todas as camadas superiores sobre a ca

mada n.

As densidades de estados sao obtidas a partir da matriz

Ambas as matrizes de transferência sao determinados por

um processo iterativo. Considere, por exemplo, amatrlz T; da

equa-ção

{2.9)

se obtém:

{2.11)

A equaçao

{2. 11)

e, então, resolvi da co'mo uma equaçao

1

i near:

onde xi

{E1 - H )

o e

as

iterações começam

com

T

=

O.

Os pontos da Zona de Brillouin escolhidos para o

cálcu-lo das densidades espectrais foram:

k

=

{0,0)

(24)

=_TI_ (1, 2a

--=-2-)

110

o primeiro pela importância que tem nas propriedades éticas da su-perfície e o segundo por representar aproximadamente a mêdia da den sidade sobre a zona de B r i 1 1 ou i n, ou seja: a 1 g o próximo da de n sidade local de estados.(14)

Os intervalos de energia, onde foram calculadas as den

_,.

sidades de estados, forma, em cada um dos casos (K

0

_,.

K1 ) , deter-minados pela extensão da banda 3d ao longo da linha perpendicular a zona de Brillouin do plano (0,1,3) passando por cada urn dos pontos

_,.

_,.

(Ko-' Kl)

(25)

-CAPTTULO

III

RESULTADOS

O cálculo da densidade espectral de estados a partir do

Hamiltoniano proposto

é

exato.

As aproximações se restringem ao próprio Hamiltoniano,

em cujo cálculo algumas simplificações foram introduzidas:

(i) Aproximação de interação até primeiros vizinhos

(ii) Aproximação das funções de Wannier por funções

de

Lowdin. (O que é melhor que o uso de orbitais atómicos)

(iii) Não foi considerada a hibridização s-d, que traria

correçoes ãs bandas d

(iv) Não foi incluida a relaxação (O comportamento eietrô

nico na vizinhança dos Tons pode ser dependente da pruximidade

da

superfTcie)

Os resultados, dentro das aproximações usadas, mostram

algumas características interessantes: em geral as densidades

es-pectrais evoluem rapidamente (veja figs ..

2,3,4-,5):

na quarta camada

atómica já são praticamente indistinguíveis da forma que tem a

den-sidade de estados sobre um átomo em camadas muito internas. Isso

e

consistente com a aproximação de interaçio a primeiros

vizinhos,apr~

priada para os eletrons d.

Observa-se que a densidade de estados na camada

superf~

cial, ·guarda estreita correlação com o nGmero de coordenação de

ca-da átomo.

Os á to mos

1

o c a

1

i z ado s em (O ,

O , O)

e a

(i,

i ,

O )

s a o v i s i

velmente distintos. Os outros dois átomos possuem características

-i n

te

r

me d

i

á

r i

a s .

Sobre o átomo 1, localizado na base do degrau, e

peque-na a influência da superfície (fig. 2). Já peque-na segunda camada, a den

(26)

sidade de estados apresenta semelhança com aquela do volume. A

lar-gura da banda, por exemplo, praticamente não varia ao passar

para

camadas mais internas.

Por outro lado, o átomo 4, com seis vizinhos ausentes

apresenta características peculiares (fig. 5). A densidade de

esta-dos sobre esse átomo, na camada superficial, se concentra no

me i o

da banda, onde há um forte pico de natureza nitidamente superficial,

para o qual contribuem predominantemente os orbitais do tipo

2 2

e 3z -r , mais afetados pela ausência de vizinhos.

2 2

X -y

Esses fatos são naturalmente esperados, uma vez que, no

modelo proposto, as mesmas funções de Wannier foram usadas para des

crever o comportamento eletrônico ao longo de todas as camadas.

De

modo que a distribuição eletrônica em torno de cada átomo da

super-fTcie, ê fortemente dependente do nGmero de vizinhos perdidos e

da

orientação dos orbitais com relação aos. mesmos.

( razoável esperar que esse efeito seja amenizado

pela

presença dos eletrons 4s, dada a grande mobi 1 idade que têm.

A densidade espectral de es.tados r>o ponto k=

2

7fa(1,

_2_).

/1

o

(veja figs. 6,7,8,9), sugere o que se pode esperar da densidade

lo-cal de estc1dos:

(i) A dependência da densidade de estados com a energia

se mostra mais suave.

(i i) E guardada a corre 1 ação entre a densidade de estados

e o numero de coordenação de cada átomo na camada superficial, pois:

(a) Observase sobre o átomo 1 uma forte concentração

-da densi-dade de estados nos extremos -da ban-da; de forma semelhante

ao que ocorre em camadas mui to internas.

(b) O átomo 4, por outro 1 ado, mantém as ca racte rTs ti c as

mencionadas anteriormente: concentração da densidade de estados

no

centro da banda e uma variação relativamente lenta ao passar para a

(27)

-I

segunda camada.

Essas densidades, contudo, nao se prestam para descrever exatamente o comportamento local. Observase, por exemplo, que as -bandas são mais estreitas que aquelas do ponto

r.

A inclusão de mais alguns pontos da zona de Brillouin, dentro do esquema de Cunnigham, certamente melhoraria os resultados.

Comentários e Sugestões:

O níquel e um metal ferromagnético a temperaturas nao mui to elevadas (< 627°K). O cálculo apresentado se refere a fase P2_ ramagnética e se presta, portanto, a uma primeira aproximação as propriedades gerais. A intenção foi de simplificar a estrutura do problema, para explorar, com relativa facilidade, o poder do método empregado.

O Método de Funções de Green se mostra de grande utili-dade, dada a quantidade de informações que permite obter. Nesse sen tido

é

mais poderoso que outros métodos(18), onde apenas a densida-de local densida-de esta.dos podensida-de ser calculada.

A neutralidade de carga na superfície nao foi menciona-da, devido a que se espera que nesse processo (redistribuição dos elétrons para manter a carga nula) os elétrons l1s tenham papel impor-tante. Uma possibilidade seria incluí-los no cálculo, dentro daapro-ximação de elétrons fortemente ligados (com o uso de funções de Lowdin), e fazer variações dos parâmetros (Slater-Koster) do Hami

1-toniano no sentido de conseguir para o nível de Fermi da camada su-perficial o valor apropriado.

A não existência de trabalhos experimentais relativos

à

c o n f i 9 u ração g e o mé t r i c a e s p e c i a 1 e s t u da da a q u i , t i r a a p os s i b i 1 i da-de da-de uma avaliação da representatividada-de do moda-delo proposto.

(28)

Hã,

contJJdo, t>:;twdo" experimentais de superffçies .lisas

do Níquel (16), que ~e prestam piHil IJma comparação quali~a·t:iYt~· Os estados de IUperffcie ilpresentam uma forte çpntribui çao das bandas d, em concordilnclil com o q!Je foi suposto.

A depend~ncia da densld~de de estados no número de coo~ denação nao pode ser tc"tlld!3, visto q!Je essas medidas se referem a outras superfícies.

O estreí tamento d!ls b!lnd!ls sopre as camadas s!Jp.er-ficiais nao foi observado. Tal fato §e deve, possivelmente,

à

contri!>J.Jlçào

da hibridiz~ção S·d

i

largura da b1nda d,

Observa•se

{17)

que a descrição dos estados de s!Jperfí-cie em termos de densidades parciais de estados,

i

partiçularmente

úti 1 no estudo de rei3çÕes químicas. Nesse trabalho há evidencias da importincia das bandas d no çgmportamento eletrõnico pr6ximo

i

su-perfície.

(29)

~---

... ~

a

f

b

Fig. 1 - ;-(;!) (b) '

1

2

3 4 I I I Geome~riil da Superfície

Vistil frontill dos degrilus (d.ireção'x)

>

c

t1

r

t2

d

k1

,.,

·p

.

r

k2

·-• • LI\ N

(30)

"'

o o ~ Ul w lU o UJ o

"'

o Vi z w o

3 b -3 EI'JERGIA(EV) Fi g. 2 - De n s i da de [ s p e c t r a 1 de.· '

Es~~dos

no ponto

r,

sobre o

ito-mo

1 na

(p} Primeira Camada (b} Segunda Camada

(C} Terceira Camada

(d} Quarta Camada (e} Camada Interna

3 (/)

8

"'

1-(/) UJ w o w o

"'

o Vi z

"'

o 3 2 2

26

-'

c d e ENEnGIA(EV)

(31)

,,

lO

ª

ln

"'

lU o w o <( o til z UJ o 3" 2 1 '· b 3 2 1 -2.6 -1,2 0.4 2,0 ENE RGIA(EV) Fi g. 3 - De n si da de e s p e c t (a 1 de Eslados no ponto

t,

sobre o

ito-mo '2 na

. ( a) · P r i me i r a Camada (b) Segunda Camada

(c) Terceira Car.1ada · (d) Qua rt·a Camada

(e) .Ca·mil da Interna

lll

o

o <(

ln

UJ w o UJ o <( o iii z ~ 3 2 1 3 2 3 2

'

'

c d e

'V

-~+2~.u,=_

_____

i~"2---

..

b:---J

ENEHGIAfEV)

(32)

. :•.:.

•.

3

..

ENERG!t\(t:V)

Fig. 4.- Densidade espectral de Estpdos no ponto

..

r,

sobre o ito~ mo

3

na (a) Primeira C a ma da ( p) Segunda C a ma da (c) Terceira C ama da

( d)

Quarta Camada (e) C a ma da Interna

28

c: '. 3 2 e ENC11GIAfEV)

(33)

lf)

8

~

w UJ D ~ <t

º

U1 :z w D

3 2 1 b 3 2 1 '-;;7.----f·~----= ! ___ . L , - - - - , ; ; -2.8 -1.2 -0.1 0.4 2.0 ENERG\A(EV)

Fig.

-5-

Densidade espectral de Esiados no ponto f, sobre o ito-mo '4 na

. (a) Primeira Camada ("b ) Segunda Camada ( c) Terceira C a ma da ( d) Quarta Camada (e) •C a '!'ada I n t.e r na

3 2 (/) o o ~ lf) w UJ D w D <t D iii :z UJ D 3 . 2 3 2 • c d e

\

----1'2---o'r-·oT---·-;.:u

ENf.RGIMcvl

(34)

3 .2 ·--

---· ---··- --

----·

----·-

-·---··---n ~q .1 n

-~

UJ UI o lU o

'"

o i:t1

'"'

UI o

í-_)

_____

~~---~---'---b 3 - 2

)

_ _ j -2~5--~ -1.0 EN~RGidLV)

Fig.

6 -

Densidade espectral

de

Estados no ponto

P,

sobre o

~to-·mo

1

na

(a) Primeira

Camada

(b) Segunda Camada

(c) Terceira Camada

(d) Quarta Camada

(e) Camada Interna

'

c 3 (])

o

o <(

~-I

(/) lU l'.J o ---·--- - ' - - - · 111

Si

g d (]) ' ;.:::: UJ I n 3 2

~

J

--'

, _ _ _ _ _ _ _ L _ _ _ _ -e 3 2 f:NERGIA([V)

30

(35)

-I ' UI

~~ ---~~/

______ L_ _____ ·----·--- __________ _] ____ _ UI ()

.,

o ú)

,..

IIi o .3 _2

Fig. 7 -_Densidade espectral de Estados no ponto P, sobre a ãto

mo 2 na

(a ) Primeira Cam<Jda

( b) Segunda Camada

( c) Terce i r a Cama di'! ( d) Quarta Camada (e ) Camada Interna tfl . I ( ' u .-:t l-U) w I') o L1J n

.,

n Ü)

"'

"'

o _J _2 -' ! ____________ '

-_L_ -- __

L . __

~---"---

-

---~-J

!\li

; I !/

I

__! ________ ' - - - ' - - - · - - ~ --z.s -1.0 o.s - -2.2 I

\

_I

(36)

U) o o <t

ti

UJ

"'

o lU o ·< () iii 2 LH o

"

.. 3 .1 1---..L... ______ --'---- ---~---~---~~-b .3 _2

J

____ !_~~---~---~--- --1,0 0,8 2,2 ENf[{G1A(EV)

Fig. 8 - Densidade espectral de

·---~ --·

---.-3 2 . tj _, o <(

ln

"'

UI c

J

I

o

---'---~--"'

o <( o iJi z

'"

o .3 2

~~

~~

d

-~

I~

L--~-c

E s ta dos no p o n to P , sob r e o

to- 3

mo

3

na

(a) Primeira Camada (b) ~egunda Camada (c) Terce ira Camada (d) Quarta Camada (e) Camaçla Interna

J

2

-:1;5'-:---c .. ,~---o~u--- :1:2

ENE11GIA(EV)

(37)

-.32-J

('

~'i

_1

I

D

'"

,_

vl lU

"

IJJ / o -~__L__ ___________ j _ __ ~ _ _ _ _ _ _ j __________ _ UJ u •t n i/i z UJ. u .. 3 .2 .. 1 b -2-:-5 --- --1~---ô~l) ----~2) ENEíiC.!J\(EV)

Fig. 9 - Densidade espectral de Estados no ponto

P,

sobre o áto-mo

4

na

(a) Prime i r a Camada

( b ) Segunda Camada ( c) Terceira Camada ( d) Qua !'ta .Camada (e) Camada Interna

3 .2 (j .1

A

CJ

.,

f-<n lll \ c lJJ

r· ...,.

CJ ---'--~--~---L---~--L_ _____ _

"'

Ll <( o ~~ t•J o .3

~

'\

d .

~

'

))

- -~--- - - - ,__ _ _ _ _ _ _ _ __l_ _ _ _ _ _ ~_ .3 .2

I

_1 EtJEHGI,\(EV)

(38)

Apêndice: Parimetros de Slater-Koster

_,

O cálculo de bandas de um sólido e um processo já bem

est~belecido. Existem métodos especiais que determinam com grande

prc~is~o os valores de energia em pontos de alta simetria da Zona de Brillouin.

A aproximaç~o de Slater-Koster consiste

essencialmen-te em inessencialmen-terpolar esses pontos obtidos por outros métodos, através de um hamiltoniano construído a partir de funções de Bloch do tipo

A. 1 \jJ ( -+ r)

itv

= -+

I

Rj

sao funções de Lowdin.

As funções de Lowdin s~o simplesmente uma combinaç~o li

near de orbitais atômicos centrados nos· primeiros vizinhos, cons-tr~Ídas de modo u que:

A.2

=

o

,+

onde Rj e o vetar que posfciona os primei1·os

-

vizinhos.

Para cada cristal sao incluídas um certo numero de or-bitais, como

é

sabido do método LCAO.

O problema se reduz a resolver uma equaçao secular em cada ponto da Zona de Brillouin. Nesse cilculo surgem elementos de matriz do Hamiltoniano entre funções de Lowdin de diferentes

orbi-tais centrados em átomos vizinhos:

A.3

(39)

-que sao deixados como constantes a determinar.

O cálculo e simplificado ao se considerar que cada fun-çio de Lowdin guarda as propriedades de simetria do orbital do qual

é

de r i v ada e então as integrais (A.3) podem ser expressas em termos

de um nGmero menor de par~metros.

_,_

Considere, para ter uma idéia, que as funçÕes 1/J\!(r) sio orbitais at6micos. As integrais (A.3) contém orbitais at6micos quantizados em relaçio a determinado sistema de

_,_

taws tem a forma 1/Jn9,~r) ~ Rn9,(r) Y9,m (8,1/J)

eixos. Estes orbi e podem ser

ex-( -z I )

pressas em termos de harm~n1cos esf~ricos relativos, os eixos

que liga os dois átomos. (veja fig. A.l).

'I

-A expansao tem a forma:

mi

Assim sendo as integrais (A.3) assumem a forma

.~.

,,

f

~':. C~)

H!)!"

1 (;-Rj) d

3

r=

L

'01 :x.. m

(40)

Dentro de

t-.er/'81'>

!'J;PUl?<:im!lçÕes1 comp considerar que o hamiltoniano c a soma d,e pe~!"!lf::iais ;etoml cot; ,:.en·tr.adas nos pontos da rede, se obtém:

J

j;

'J'H

'*"'

3

IJ!

l

fl1 ( · ) · · ':Ji

1

,

fl1, (

r~

RJ )

d:

r

= X

(m

1)1 11

,(1m

1

1l

mm'

onde xmm'(m1)

8€'p€'nd€ 9a

©rlenti'lçao relativa dos átomos e os para-me t r os I

1 1 1 ( rn 1 ) "g n

t

é

m i' p. <1 r te

r

a di a 1 da s I n te g r a i s ( A . 4 ) e s a o

deixados a ~et('crniJl{lr: (l. n\imer<;> de parâmetros

é,

então, reduzido. ~~ ipf9l\maÇ~ea f@lt?s ao longo desse processo, nao sao multo l~fl~@~\@S J1Ç>~ f@~ultadgs devido ao caráter de Interpolação do mitodo: Ass\~ ~@ngg

1

~ode•se ~*tender o método para as funç6es de Wannier ref@~\da~ ~e ~arftwlo ~.~ado que no limite de baixa supeL

ft.s.

i;~.t.<?~j;"·<lÍiS r,"'l:ev,,.,nt.es para o Hami 1 toni ano eletrÔni co do Níquel, tt,<t '?J{,Ií-<e,>xiimi'l~~-0; r,-.,.fí<err-i:<;la no capítulo 1, contém apenas or

bl tais 3d. Q;% lf.i'l.t:·il:.rn€õtcrt<ê.s i~ S,;li<lt.er--Koster são "apenas três dados por

ldd(2) = -0.032eV

(41)

3

2 2

/3 mn ( 1 +rn ) I d d ( 2)

onde Exy,xy, por exemplo, representa uma integral entre dois orbi-tais 3d cuja simetria

i

do tipo xy e 1 ,m,n sio os cosenos di retores

+

(42)

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Referências

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