UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA
rPRosRA|v|AoE
Pós-sRAouAçÃo Em
ENGENHARIA
DE
PRODUÇAO
ANÁLISE
no
/MPA
cro
no
sEauRo DE
cnE'nn'o
À
ExPoR1'A
çÃo NAS
vENnAs
Ex1'ERNAs
DE
PEouENAs
E
MEn1As
EMPREsAs
mnusrnmls
ExPonrAnonAs
DE
MÓVEIS
no
Po'1.`o.MovE1.E1no
DE
AnAPoNaAs/PR
A E*
Dissertação
de Mestrado
Nilson
Correa
Biscaia
Junior
Orientadora:
IlseMaria Beuren,
Dra.Florianópolis
2001
PROGRAMA
DE
Pós-GRADUAÇÃO
Em
ENGENHARIA
DE
PRoDuçÃo
ANÁL|sE
Do
||v|PAc'roDD sEGuRo
DE
cRED|1'o
À
ExPoR1'AçÃo
NAs vENDAs
Ex'rERNAs
DE
PEQUENAS
E
|v|ED|AsE|v|PREsAs
|NDus'rR|A|s
ExPoRTADoRAs
DE
|v|ÓvE|sDo
Pó|.o
`|v|ovE|.E|RoDE ARAPDNGAS/PR
PA
Nilson
Correa
Biscaia
Junioi'\ _
Dissertação apresentada ao
Programa de
Pós-Graduação
em
Engenhariada
Produção da Universidade Federal
de
SantaCatarina
como
requisito parcial paraobtenção do título de Mestre
em
Engenhariada Produção
Florianópolis
ll
Nilson
Correa
Biscaia
Junior
ANÁ|.|sE
no
||vu›Ac'rono
sEGuRo
DE
cRÉo|To
À
Ex|›oR1'AçÃo
NAs vENoAs ExrERNAs
DE |›EouENAs
E
ménms
E|v|PnEsAso|Nnus11uA|s
Exr›oR1'AnoRAs
os
móveis
no
PóLo
|v|ovE|.E|r‹oDE ARA|›oNoAs/PR
.Esta dissertação foi julgada e aprovada para a obtenção
do
titulo de Mestreem
Engenhariada Produção
noPrograma
de Pós-Graduação
daUniversidade Federal de Santa Catarina.
,,. ø
Fiorianópoiis, 21 de
dezembøíá
2001-12-091
Prof. Ricardo ' anda arcia, Ph.D. _
Coordenador do Curso de Pó
G
aduaçãoem
Engenharia da ProduçãoBANCA EXAMINADORA
E
Áálõiuhzw
Profa. lise Maria Beuren, Dra.
Orientadora r
l
rf,0
Prof. Antõ io rio de
:of
Dr.Prof. =‹ I ' =ü¶ - ~ ann, Dr.
À
minha esposa, Denise, e à minha filhaAmanda,
tão fáceisde
amar,que sempre
\
se fizeram presentes, apoiando-me
com
seu amor, seu carinho, sua dedicação e
iv
Agradecimentos
À
minha esposa e companheira Denise Oliveira Alves Biscaia,'
pelo seu apoio e compreensão.
À
minha
filhaAmanda
Alves Biscaia, pelo seu amor.VA
meus
pais, Nilson Correa Biscaia e llydia Miotto Biscaia peloincentivo e orações.
Aos meus
familiares,meu
sogro Laércio, minha sogra Araci, pelaV sua amizade.
À
minha orientadora, Professora llse Maria Beuren, pela suapaciência, dedicação, experiência e competência.
Aos
Professores, Dr. Antônio Diomáriode
Queiroz e Dr. RolfHermann
Erdmann, por aceitar o convite e participaremda Banca
.
' “ Examinadora.
Aos
colegasde
curso, pelo companheirismo.-
Ao
Banco
do Brasil, 'pelo apoio financeiro.Aos
professoresdo
Curso de Pós-Graduação, pelo seuconhecimento e experiência transmitidos. _
Aos
diretores ea representantes dasempresas
entrevistadas, pela'
. sua disponibilidade.
A
todosque
direta ou indiretamente contribuíram paraa
“Here
comes
the sun” George HarrinsonuSTA
DE GRÁFICOS
LISTA
DE
QUADROS
L|STA
DE TABELAS
|_|STADE
STGLAS
ARESUMO
ABSTRACT
-L ._\_.\_.\_l.-¿z-À_Lš šiovmzxww-›_.¡RoDuÇÃo
Considerações iniciais Definição do problema Objetivos de pesquisa Justificação do estudo Metodologia da pesquisa Limitações da pesquisa Organização do EstudosuMÁR|o
ix x xi xii XIV XV _x...› -§(›)(Q(ZI\J-À-\-\2
APoio
ÀS
ExPoRTAçõES
DAS
PEQUENAS
E
MED|AS
EMPRESAS
BRASiLEiRAS
2.1 2.2 2.3 A 16Participação do Brasil no comércio mundial _ 16
Medidas
de apoio às exportações brasileiras 19Participação das
pequenas
e médiasempresas
na exportação 212.3.1 Importância das
pequenas
e médiasempresas
21 2.3.2 Critério para classificação de pequenas e médias-_ empresas
-
.23
2.3.3
A
«inserção daspequenas
e médiasempresas
na- ~
exportação
25
3
O SETOR
MOVELEIRO
NO
BRASIL
28
A
,cadeia produtiva do setor moveleiro ~28
3.1 . 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7
Pólos moveleiros nacionais
Segmentação
dasempresas
Canais de distribuição
O
mercado
de móveis30
A35
35
37
3.5.1
O
mercado
brasileiro de móveis 373.5.2
O
mercado
internacionalde
móveis39
Exportações brasileiras de móveis
42
Promóvel 3
48
4
0 MEcAN|sMo Do
SEGuRo
DE CRÉDITO
À
ExPoRTAÇÃo
50Significado
do
Seguro de Crédito à Exportação50
Evolução histórica
do
seguro de crédito 514.1 4.2 4.3 4.2.1 Aprimeira fase 4.2.2
Asegunda
fase 4.2.3 Aterceira fase 4.3.1 Argentina 4.3.2Alemanha
5355
A56
.Seguro de crédito 'à exportação no
mundo
56
58
*4.3.5 Estados Unidos
4.3.6 França
4.3.7 Holanda .
4.3.8
Japão
4.3.9
Resumo
das principais característicasdoseguro
de créditoàs exportações no
mundo
SEGURO
DE CRÉDITO
À EXPORTAÇÃO NO
BRASIL
4.4.1 Evolução do seguro de crédito no Brasil
`
4.4.2 Proposta para a constituição da Seguradora Brasileira de
Crédito à Exportação
4.4.3
A
Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação . 4.4.4Normas
gerais da Seguradora Brasileira de Crédito àExportação» V
4.4.4.1 Princípio
da
globalidade4.4.4.2
O
conceito de limite de crédito 4.4.4.3A
cobertura4.4.4.4 Prazos das operações '
4.4.4.5 Prazos e indenizações '
4.4.4.6 Utilizações adicionais do
SCE
- 4.4.4.7 P
Obrigação
do
segurado4.4.4.8 Custos
de
contratação do seguro 4.5RISCONAS VENDAS
INTERNACIONAIS
4.5.1 Riscos de crédito à exportação
4.5.1.1 Riscos extraordinários
4.5.1.2 Risco político ~
4.5.1.3 Risco comercial A
4.5.2 Minimização dos riscos comerciais na exportação
4.5.2.1 Escolha da modalidade de
pagamento
4.5.2.2
O
levantamento de informações e sua análise4.5.2.3 Seguro de crédito à exportação .
4.5.3
Formas de
minimizar os riscos-
algumas providênciasO PROCESSO EXPORTADOR
DAS
PEQUENAS
E
MÉDIAS
EMPRESAS
MOVELEIRAS DE
ARAPONGAS
(PR)5.1
CARACTERIZAÇÃO
DO
MUNICÍPIO
DE
APARPONGAS
(PR)5.2
O
POLO
INDUSTRIAL
MOVELEIRO DE
ARAPONGAS
5.2.1
A
Indústria moveleiraem
Arapongas
E5.2.2 Exportações
do
setor moveleiroem
Arapongas
_5.3
APRESENTAÇÃO
DAS
EMPRESAS
PESQUISADAS
5.3.1.
Resumo
das principais caracteristicas dasempresas
pesquisadas _ __
5.4
EXPORTAÇOES
DAS
EMPRESAS
PESQUISADAS
5.4.1
Volume
das exportações5.4.2 Produtos exportados e países de destino
5.4.3 Prazo de venda e formas
de pagamentos
utilizados5.4.4 Inadimpleménto das vendas externas '
5.4.5 Utilização de financiamentos à exportação _
_
5.5
UTILIZAÇÃO
DO
SEGURO
DE
CRÉDITO
À
EXPORTACAO
65
66
69
69
7172
72
75
7779
79
80
82
82 8385
87
8790
90
96
49798
1O4
104
106
107
1O8
109 109 111 111 113 116 121 123 123126
132 134 135 1376
ANÁLISE
~DO
IMPACTO
DO
SEGURO
DE
CRÉDITO'
AS
EXPORTAÇÕES NO
PÓLO MOVELEIRO
DEARAPONGAS
_6.1
O
IMPACTO
DO SEGURO
DE CRÉDITO ÀS
EXPORTAÇOES
NA
REDUÇÃO DOS
RISCOS
E
NO
FOMENTO
DAS
EXPORTAÇÕES
A6.1.1 Análise de aspectos objetivos
6.1.2 Análise de aspectos subjetivos
6.2
ASPECTOS
DIFICULTADORES
E
EACILITADORES
DA
UTILIZAÇÃO
DO
SEGURO
DE
CRÉDITO
AS
EXPORTAÇOES
6.2.1 Aspectos dificultadores 6.2.2 Aspectos facilitadores
6.3
RESULTADOS
OBTIDOS PELAS
EMPRESAS
PESQUISADAS
NA
UTILIZAÇÃO
DO
SEGURO
DE
CREDITO
AS
EXPORTAÇÕES
_ 7coNci.usoEs
E
RECOMENDAÇÕES
O 7.1coNcLusoEs
~- 7.2REcoMENoAÇoEs
AREFERÊNCIAS
'ANEXOS
Vl 143143
143
147 151 151153
155
160
160
163
165Gráfico
1 -Gráfico
2 -Gráfico
3 -Gráfico 4
-Gráfico 5
-Gráfico 6
-Gráfico
7 -Gráfico 8
-Gráfico 9
-Gráfico
10-Gráfico
11 -Participação do Brasil nas exportações e importações
mundiais. u
~
'
Saldo da Balança Comercial brasileira (1990/2000)
Faturamento da indústria moveleira no Brasil
Composição
do faturamentodo
setor moveleiroProporção das exportações brasileiras por tipos de móveis
em
1997 'indústria moveleira
em
Arapongas
-
faturamento xempresas
Número
deempregados
da populaçãoX
amostraselecionada
Produtos industrializados pelas
empresas
pesquisadasEmpresas
pesquisadas-
distribuição de freqüência-
capital social,- patrimônio líquido e faturamento (jan. à set./2001) '
Volume
de câmbiode
exportação liquidado (jan. àjun.I2001)
Participação das
empresas
pesquisadas nas exportaçõesde móveis de
Arapongas
(jan. à jun./2001)17 18
37
38
V44112
117117
120
124
125Quadro
1 - Quadro'2 -Quadro
3-Quadro 4
-Quadro
5 -Quadro 6
-Quadro?
-Quadro
8 -Quadro
9 -Quadro
10 -Quadro
11 -Quadro
12 -Quadro
13 -Quadro
14 -Quadro
15 -1LISTA
DE
QUADROS
Classiflcação das
empresas
pornúmero
deempregados
(FIBGE) '
.
Principais características dos pólos moveleiros do Brasil
em
1997`
V
Prêmios do
SCE
na Argentina- .,
Resumo
das principais características dos sistemas deseguro de crédioto à exportação
em
alguns países domundo
»Principais caracteristicas do município de
Arapongas
(PR)N°
empregados
e produtos dasempresas
pesquisadasTempo
de existência dasempresas
e tipo degestão/sucessão A
Resumo
das principais características dasempresas
(junhol2001) .
Produtos exportados pelas
empresas
e países de destinoVolumes
exportadosem
R$, paises de destino, percentualde
participação, quantidadede
clientes importadores (jan.à set.l2001)
Volumes
exportadosem
R$, paisesde
destino, percentualde participação, quantidade de clientes importadores (jan.
à set.l2001)
Prazos médios de venda e modalidades de
pagamentos
utilizados (jan. à set/2001) pelas
Empresas
“C” e,NEY!
Prazos médios de venda e modalidades de
pagamentos
utilizados (jan. à set/2001) pelas
Empresas
“H” e, Il I”I
1
Contratação
de
financiamentos à exportaçãoUtilização do
SCE
pelasempresas
pesquisadas24
34
60
71 11o 116 118 122 127128
129
132 132136
142Tabela 1 - Tabela 2 - Tabela 3 - Tabela
4
- Tabela 5 -_ Tabela6
- Tabela 7 - Tabela 8 - Tabela 9 - Tabela 10 - Tabela 11 - Tabela 12 -_ Tabela 13 - Tabela 14 - Tabela 15 - Tabela 16 - Tabela 17 - Tabela 18 - Tabela 19 - Tabela20
- Tabela 21 - Tabela 22 - Tabela 23 - Tabela24
- Tabela 25 - Tabela 26Participação do Brasil no fluxo mundial
de
comércioBalança Comercial brasileira
-
1990/2000 . _Indicadores da cadeia produtiva de madeira e móveis
Principais paises produtores e consumidores de móveis
-
1996(em
us$ milhões)Principais países importadores
de
móveis(US$
milhões)Principais paises exportadores de móveis
(US$
milhões)Corrente de comércio do setor moveleiro no Brasil (em
US$
x mil)
Evolução do destino das principais exportações brasileiras
de móveis
-
1990/97g' (emUS$
milFOB)
1Exportação de móveis (FOB) por Estado brasileiro
(US$
xmil) ç
_ .
Exportações totais. e percentuais -das exportações
seguradas
em
alguns países-
1990(US$
bilhões)Fluxo de
embarque
e recebimentosda
EXPORT
&
CIAEmpresas/empregados
porsegmento
econômico-
Arapongas
_Evolução
da
indústria moveleiraem
Arapongas
Empresas
moveleirasem
Arapongas
-
jun/2001Volumes de
câmbio de exportação-
praça ArapongasCapital social, patrimônio líquido e faturamento bruto
~
Faturamento bruto quatro últimos anos
`
Performance cambial de exportação: contratos de câmbio
liquidados
Faturamento de exportação das
empresas
pesquisadas (emR$) e participação das exportações sobre ,o faturamento
total
Países destino, classificados por de importação (jan. à
set.I2001z) ' '
-A
Modalidades de transação
X
%
das exportações`
lnadimplemento das vendas externas e internas ~
`
Exportações
X
financiamentos à exportação(em
US$
x mil)Evolução das exportações das
empresas
pesquisadas(US$
x mil)
Evolução da proporção das vendas externas
em
relação aofaturamento total das
empresas
pesquisadaslnadimplemento das vendas externas .
15 18
29
39
40
4143
45
46
57 81 110 112114
115 119 121123
125 130 133 135 136 144 145146
ABIMOVEL
Accç
ACE
Au
APEx
BB
BNDES
cAcEx
cAMEx
cAscE
cci
ccMA
CFGE
cw
cNsP
coFAcE
DAs~
DREE
EuaFAD
HmA
FGE
Hace
Fmi
Fos-
FuNcEx
‹mPAc-
race
|RB»
uaoR
MDIC
LISTA
DE
SIGLAS-
Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário
Adiantamento sobre Contrato de
Câmbio
Adiantamento de Cambiais Entregues
Assurance des Investissements Internacionaux
Agéncia de
Promoção
às Exportações 'Banco
do Brasil S/AV
Banco
Nacional de DesenvolvimentoEconômico
e SocialCarteira de Comércio Exterior
do Banco do
BrasilCâmara
de Comércio ExteriorCompanhia
Argentinade
Segurosde
Crédito Exportacion S. A.Câmara
de Comércio InternacionalCaisse Centrale des Mutue/les Agrico/es
Conselho Diretor do
Fundo
de Garantia à ExportaçãoCost, Insurance
and
Freight(INCOTERM)
Conselho Nacional de Seguro Privado V
Compagnie
Française d'Assurance pour leCommerce
ExtérieurDéfense'Automobile et Sportive “
.~ › A
Diviââe de Relações Econômicas Exterier '
Export-Import Insurance
and
Investment DepartamentFundo
de Amortização da Dívida Pública Mobiliária FederalForeign Credit Insurance Association
A
Fundo
de Garantia à Exportação t `Fundação
lnstituo Brasileiro deGeografia
e EstatisticaFundo
Monetário InternacionalFree
on Board
~Fundação
Centro de Estudos sobre Comércio ExteriorGroupement
d'lntérêt pour Promouvoir /'Assurance Créditlnstituo Brasileiro de Geografia e Estatistica ~
Instituto de_Resseguro do Brasil _
London
Interest Basic Offer Rate (taxade
juros)MERCOSUL
Mercado
Comum
doCone
SulMICT
- Ministério da Indústria, do Comércio e do TurismoNCM
NomeclaturaComum
do MercosulOCDE
Organização deCooperação
para o DesenvolvimentoEconómico
OMC
Organização Mundial do ComércioPEE
Programa Especial de Exportação.PME
Pequenas
e MédiuasEmpresas
PROEX
- Programa de Financiamento às ExportaçõesS.C.E. - Seguro de Crédito à Exportação O
SAMDA
- Société d'AssuranceModerne
des AgriculteursSBCE
- Seguradora Brasileira de Crédito à ExportaçãoSEBRAE
Serviço Brasileiro de Apoio àsPequenas Empresas
SECEX
- Secretaria de Comércio Exterior .SFAFC
- Société Française d' Assurances pour Favoriser le Crédit.SIMA
Sindicato das Indústrias Moveleiras deArapongas
SISCOMEX
Sistema Integradode
Comércio ExteriorSUSEP
- Superintendênciade
Seguros PrivadosUSD
'xiv
RESUMO
BISCAIA JUNIOR,
Nilson Correa. Análisedo
Impactodo
seguro de
crédito àexportação
nas vendas
externasde
pequenas
emédias
empresas
industriaisexportadoras
de móveis
do
pólo moveleirode
Arapongas
(PR). Florianópolis,2001, 180p. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa de
Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção, Universidade Federalde
SantaCatarina, 2001.
Orientadora: Ilse Maria Beuren, Dra.
Defesa: 21/12/2001.
O
objetivodo
presente estudo consisteem
analisar os impactos da utilizaçãodo
Seguro de Crédito à Exportação (SCE) no processo exportador
de pequenas
emédias
empresas
industriaisde
móveis situadas no pólo moveleirode
Arapongas(PR).
O
estudo consistede
uma
pesquisa exploratória,de abordagem
qualitativa.
A
perspectivade
análise é longitudinal, englobando os três últimosanos
(1999 a setembro de 2001).
A
populaçãocompreende
asempresas
exportadorasde
móveis localizadas no município
de
Arapongas, e o tipo deamostragem
foiintencional.
A
amostra foi composta porpequenas
e médiasempresas
industriaisde
móveis que, juntas, responderam por aproximadamente
89%
das exportações dapopulação pesquisada.
Os
dados
secundários foram coletados através de pesquisasbibliográficas, consultas a bancos de
dados
da Secretariade
Comércio Exterior -SECEX,
levantamentos no Sistema de Informaçõesdo Banco
Central-
SISBACEN
e levantamento documental junto às
empresas
pesquisadas.Os
dados
primáriosforam obtidos através de entrevista não estruturada
com
a Seguradora Brasileirade
Crédito à Exportação e entrevistas semi-estruturadas
com
asempresas
analisadas.Para o cumprimento do objetivo do trabalho, após
uma
abordagem do
comportamento das exportações brasileiras
e
da importância da participação daspequenas
e médiasempresas
no processo exportador, é feita a descrição ecaracterização do setor moveleiro no Brasil,
do mecanismo de
Seguro de Crédito àExportação e seu impacto sobre os riscos nas
vendas
internacionais.A
seguir,verifica-se se a utilização desse instrumento implica na redução dos riscos e na
alavancagem
dasvendas
externas dasempresas
pesquisadas.A
pesquisaidentifica, ainda, aspectos dificultadores e facilitadores
da
utilizaçãodo
SCE,
assimcomo, averigua os resultados obtidos pelas empresas,
quando
da utilizaçãodesse
mecanismo.
Com
base na análise dos dados, conclui-seque
a utilização doSCE
proporcionou às
empresas
analisadas, reduçãodo
risco das suas exportações,ganhos
em
competitividade e melhores condições de adotar estratégias dealavancagem
de suasvendas
externas.Palavras-chave: Seguro de Crédito à Exportação
-
Exportação - Indústriasde
ABSTRACT
BISCAIA JUNIOR,
Nilson Correa. Analysis of the impacts of the utilization ofthe export credit insurance in the export
process
of the smalland
medium
fumiture industries, located in the furniture manufacturing pole of
Arapongas-
PR. Florianópolis, 2001, 180p. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa de
Pós-Graduaçãoem
Engenharia de Produção, Universidade Federalde Santa Catarina, 2001.
Advisor: llse Maria Beuren, Dra.
Dissertation conclusion: 21/12/2001.
The
aim of the following study consists in an analysis of the impacts of the ExportCredit Insurance (Seguro
de
Crédito à Exportação-
SCE)
in the export process ofthe small
and
medium
fumiture industries, located in the furniture manufacturing poleof Arapongas-PR. lt consists in an exploratory research, of qualitative approach.
The
perspective of analysis is longitudinal, reaching the last three years (1999 to
September
2001).The
population comprises the furniture export companies, locatedin the district of Arapongas (PR), and the kind of sample
was
intentional.The sample
was compounded
by small andmedium companies
which were together responsiblefor about
89%
of the exportation of the researched population.The
secondary datawas
collected by bibliographic investigation, searching in data banks of Secretariade
Comércio Exterior -
SECEX,
research in the Sistemade
Informaçõesdo Banco
Central -
SISBACEN
and documental research,done
with the inquired companies.The
primitive datawas
achieved by non-structured interview with the SeguradoraBrasileira
de
Crédito à Exportação -SBCE,
and semi-structured interviews with theanalysed companies.
To
the accomplishment of the objective of the work, afteranalysing the behavior of the brazilian export and
how
important is the participation of the small andmedium
furniture industries in the export process, it is presented thedescription and caracterization of the furniture business in Brazil and the
mechanism
of the Export Credit Insurance
-
SCE
and
its impact on risks of international sales.After, it
was
verified if the utilization of this instrument gives raise to risk reductionand. increase of international sales of the companies which
compound
the sample. ltwas
also identified raising difficultiesand
facilities aspects of the utilization of thisdevice, as well as it
was
investigated the results achieved by the companieswhen
using the export credit insurance.
Based
on the data analysis, it follows that using theSCE
provided to the analysed companies an export risk reduction, competitivity gainand possibilities to adopt strategies for developing trade finance.
Key-words:
'1
|NTRoouçÃo
No
primeiro capitulo são feitas considerações iniciais sobre otema da
pesquisa.
Além
disso, são apresentados a definiçãodo
problema da -pesquisa, os objetivosda
pesquisa, a justificação do estudo, a metodologia utilizada nacondução
da
pesquisa e a organização do presente estudo.1.1
coNsiDERAÇõEs
|Nic|AisNos
últimos anos, a palavra "globalização" passou a seruma
expressão correnteda
literatura e do noticiário cotidiano.Sua
presença e influência sãodemasiadamente
marcantes para deixaremde
ser consideradas. Esse fenômeno,caracterizado pelo aumento
da
dependência internacional nas áreaseconômica
efinanceira, passou a apresentar desafios e oportunidades para as diversas nações,
condicionados ao estágio
de
desenvolvimentode cada
uma
delas.Entretanto, é crucial enxergar que a globalização é
uma
realidade enão
uma
escolha.
As
poderosas forçasque
comandam
esse processo-
ligadas aos avançostecnológicos
em
transporte ecomunicações-
têm vida própria e são independentesdos govemos.
No
atual estágio da tecnologia da informação, torna-se impossivel aum
pais qualquer pretender isolar-se domercado
mundial, a não ser aum
custo social muito elevado.'
Um
aspecto importante a ser considerado, nesse contexto,ê
a crescentedisponibilidade de liquidez dos capitais que, seja
na
forma de capital especulativoou
para investimentos na produção,
com
a reduçãode
barreiras outrora existentese
com
o desenvolvimento da tecnologia de transmissão eletrônica de dados,passaram
a circular mais livre e rapidamente através das fronteiras nacionais. _ 1
Do
mesmo
modo, o desenvolvimento da telemáticavem
proporcionandomaior velocidade
com
a qual se propaga a informação, favorecendo o processode
transferência e multiplicação do conhecimento
humano,
que cresceem
proporçãoexponencial.
Todo
esse cenário globalizado, aomesmo
tempo
em
que abrecaminho
parauma
sériede
oportunidades, impõe novas restrições à definição econdução
daspoliticas sócio-econômicas' dos diversos países,
em
especial aquelesem
desenvolvimento.
A
habilidade dessas naçõesem
obterganhos
com
a globalização, amédio
elongo prazo, depende, pois,
da
qualidade das políticas econômicas por elasadotadas.
Devem
gerir sua economiano
sentidode
manter a estabilidadeeconômica
e conseguirem, desta forma, atrair capital estrangeiro,aumentar
suasexportações
e
criar condições favoráveis para que o setor privado possa 'crescercom
a inclusão de novas tecnologias e a especialização dos recursos humanos.No
caso do Brasil, as politicas protecionistas praticadas durante osanos
B0,com
a conseqüente perda do dinamismoda
economia brasileira, provocaramum
natural isolamento do pais
do
cenário mundial.Esse
contexto desfavorávelao
comércio exterior brasileiro passou a representar
um
obstáculo,que
começou
a serenfrentado a partir de 1990
com
o iníciodo
processo de abertura da nossaeconomia
ao mercado
intemacional.Por sua vez, ao
mesmo
tempo
em
que
incrementa as importações, a aberturacomercial favorece a colocação dos principais produtos brasileiros no
mercado
extemo,
bem
como
proporcionaum
maior poderde
negociação junto aos Órgãosreguladores
do
'comércio intemacional, criando condições e oportunidades maisfavoráveis para as vendas
extemas do
Pais.`
Hoje, se for observada a pauta
de
exportação do Brasil, divulgada pelaSecretaria de Comércio Exterior -
SECEX,
verifica-se que o país negociadesde
produtos tradicionais (minério de ferro, café) até produtos.com alto valor agregado,
como
é o caso de máquinas sofisticadas, alémde
exportaçõesde
serviços.De
concreto, aboliu-se de vez o rótulo
de
exclusivo exportadorde
produtos primários,haja vista ser superior a parcela
de
exportação de produtos semimanufaturadosem
relação a dos produtos primários. .
_
No
entanto, ainda épequeno o número de empresas
brasileiras
que
comercializam seus produtos
com
o exterior.Segundo
dados doSEBRAE,
divulgados pelo
Banco
do Brasil S.A., na Revista Comércio Exterior (2000a:16),“existem cerca de
4
milhõesde empresas
no Brasil. Destas,apenas
14.147exportaram
em
1998, ou seja0,35%
do total". -Conforme
estatísticas divulgadas peloMDIC/SECEX
(2001:165), observa-seque, no
ano
2000, as 80_ maioresempresas
exportadoras responderam por50,1%
do
valor total das exportações brasileiras, fato que revela ser o modelo exportadordo
Pais ainda excessivamente concentrado. `_
3
Ao
País urge reverter essa tendênciade
concentração. E, nesse contexto, acada
um
correspondeum
papel especifico.Ao
Governo
Federal cabe procurarmanter politicas econômicas estáveis, criar condições favoráveis aos investimentos
extemos
e manter a abertura ao exterior.Sob
o prismada
atividade privada, dentre os desafios impostos àempresa
nacional pelo novo paradigma econômico, torna-se imprescindível
uma
mudança
napostura empresarial, cabendo ao empresário desenvolver novas aptidões e utilizar-
se de ferramentas de marketing internacional que lhes permitam a conquista
de
novos mercados, além das fronteiras nacionais.
De
acordocom
Kuazaqui (1999:35), a utilização da pesquisade mercado
permite à
empresa
analisar diversas variáveis do processo de exportação, conhecero
potencial de mercado, realizaruma
previsão de vendas e efetuarum
planejamentoorçamentário.
O
uso dessa ferramenta de marketing possibilitar-lhe-á manterrelacionamentos de longo prazo
com
consumidores e clientes de seuramo
de
negócios.
Também,
a obtenção de informações específicas sobre gestão financeirana
área intemacional,
com
o conhecimento teórico-práticode mecanismos de
gerenciamento de ativos e proteção do crédito, vinculados à atividade bancária
comercial ou
àfunção
govemamental, constitui-sede
importante instrumento para aalavancagem das exportações, a inserção e a
manutenção
dasempresas
naatividade exportadora
com
maior segurança.Kuazaqui (1999:35) reforça essa questão ao afirmar
que
“é lógicoque de
nada
adiantará existir potencial demercado
atraente para exportadores, senão
existirem formas de receber os
pagamentos
referentes à exportação de produtose
serviços; portanto o conhecimento sobre
o
assunto torna-se imprescindível.”.-
Desse
modo, faz-se necessárioque
o exportador, antesde
concretizar seucontrato
de venda
com
o exterior, avalie os riscos inerentes ao país (CountryExposure Risk) e à
empresa
(Risco Importador) aquem
se destina sua exportação,bem
como, _lancemão
de ferramentase mecanismos
que visem minimizar taisriscos.
Considerado
um
dos grandesmercados
emergentes domundo
(juntamentecom
a China, Índia, Rússia e Indonésia), o Brasil enfrenta hoje o grande desafiode
promover
um
conjunto de políticas econômicas coerentes paraque
o Paíspossa
aproveitar as oportunidades
que
a globalização dosmercados
lhe oferece, e retornarao
seu padrão histórico de crescimento acelerado, interrompido no final dosanos
70.Vencer
tal desafio passa, obrigatoriamente, pela capacitação e preparoda
pequena
e médiaempresa
brasileira que, dentro desse novo contexto global,passou
a
defrontar-secom
maior freqüênciacom
operações de comércio exterior,quebrando
uma
cultura introspectivade
décadas e décadas.Para tanto, faz-se necessário o domínio de técnicas e ferramentas
de
gestãofinanceira internacional.
Da
mesma
forma, o conhecimento dos diversosmecanismos de
apoio e incentivo à exportação e das linhas de crédito -govemamentais
e comerciais (bancários) -, disponiveis aos exportadores, conferirãoàs
pequenas
e médiasempresas
exportadoras maiores possibilidades de ingressarno
mercado
intemacional e nele permanecerem.1.2
DEFINIÇÃO
DO PROBLEMA
O
Brasil, a partir das reformas na política comercial brasileira, iniciadasem
março de 1990
e que, após 1993, culminaramcom
a abertura domercado
intemo àconcorrência intemacional, ingressou
de
forma irreversível no processode
intemacionalização da economia. Assim, de
um modo
geral, asempresas
brasileiraspassaram
a deparar-se cada vez maiscom
operações de exportação e importação,sendo
forçadas a desenvolver atributos e a cumprir requisitos antes delegadosapenas
às grandes corporações nacionais.Se
considerados osdados
divulgados no relatório sobre a Balança ComercialBrasileira
de
2000, publicado pelaSECEX
- Secretaria de Comércio Exterior,do
MDIC
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2000:165),nota-se ser baixa a participação das
pequenas
e médiasempresas no
totaldas
exportações brasileiras.
Dentre as diversas
medidas
adotadas peloGovemo
Federal,com
o objetivode incrementar as exportações,
uma
quemerece
especial atenção é aregulamentação do Seguro
de
Crédito à Exportação (SCE),com
a criaçãoda
Seguradora Brasileira de _Crédito à Exportação (SBCE), para a cobertura dos riscos
comerciais, e do
Fundo
de Garantia à Exportação (FGE), que abrange os riscospolíticos e extraordinários das
vendas de
produtos brasileiros ao exterior.5
Esse
mecanismo
de incentivo às exportações foi criado visando conferirproteção ao exportador, principalmente o iniciante,
que
está sedimentando o seumercado
e›‹temo.O
exportador, ao utilizar-se do seguro de crédito, terá diminuído o riscode
sua
operação devenda
e, por conseqüência, reduzida a parcelade
custoconsiderada na formação do preço
de
seu produto correspondente ao riscodo
negócio.
A
diferença entre essecomponente
de custo (risco importador) eo
custodo
seguro poderá ser repassada, sob a forma de desconto, ao seu cliente. A
Também
poderá, o exportador, proporcionar' a seus clientes melhorescondições de venda, tanto
com
relação ao prazo para pagamento, quanto noque
serefere à modalidade de
pagamento
(pagamento antecipado, cartade
crédito,cobrança documentária ou remessa direta), reduzindo os custos bancários
das
transações e, ou,
concedendo
maiores prazos de pagamento, incentivando-os aexpandir seus pedidos.
Dessa
fonna, o segurode
crédito às exportações,quando
adotado peloexportador, à medida
que
lhe confere maior competitividade, pode atuartambém
como
um
mecanismo
de incrementode
suas vendas ao exterior.Além de
cobrir parcela significativa dos “riscos comerciais” da operaçãode
exportação, relacionados a situações
de
insolvência do importadorde
bens eserviços
ou mora
nopagamento da
dívida, a apólice do seguro de créditopode
prever
também
a cobertura dos considerados “riscos políticos e extraordinários”,que
incluem a ocorrência
de
guerras intemas ou extemas, revoluções,embargos de
importação e exportação, intervenções
govemamentais
queimpeçam
o cumprimentodo
contrato, moratória govemamental, restrições à transferência de divisas edesastres naturais.
'
O
Seguro de Crédito à Exportação, além da questão relacionadaao
riscodo
negócio, oferece ainda vantagens indiretas
ao
exportador, pois forneceuma
préviaanálise cadastral dos clientes importadores no exterior e,
em
casode
inadimplemento, responsabiliza-se por todo o oneroso e complicado procedimento
de cobrança ¿-, judicial ou não - no país do importador.
Também
propicia ao exportador a possibilidade da utilização da apólicede
seguro
como
contra-garantia adicional a financiamentos bancários, facilitando-lhe oacesso e reduzindo-lhe os custos
do
crédito bancário para alavancagemde
seucapital de giro.
Com
uma
localização privilegiada frente ao Mercosul, o Estado do Paranáencontra-se inserido nesse contexto e enfrenta o
mesmo
desafio.A
posiçãodo
Estado é traduzida
em
artigo publicado pelo Ph.D.em
Administração Pública e Ex-Secretário de Estado de Planeiamento
do
Paraná, Belmiro Valverde Jobim Castro,para a Revista
EXAME,
entitulado“PARANÁ
Pronto paraum
novo papel", veiculadona
ediçãode
janeiroI2001, que menciona:A
partir de 1990, a aceleração do processo de globalização decreta a morte porobsolescência do modelo desenvolvimentalista-protecionista que havia dominado a economia
brasileira por sessenta anos.
A
inserção do Paraná ou de qualquer outro estado brasileiro nonovo cenário nacional e intemacional seria promovida pela localização geoestratégica, a capacidade de integrar plataformas de produção e centros de consumo
em
escala continental e mundial, a disponibilidade de infra-estrutura, a existência de uma população jovem, voluntariosa, estudiosa e disciplinada. Esses requisitos dividiram, deum
lado, os estados eregiões aptos a ingressar na Terceira Revolução Industrial, na Economia da Informação, na
nova Ordem Econômica Global; de outro, aqueles que estariam alijados dessas novas realidades.
inseridas nesse macro-cenário nacional e estadual, as indústrias
de
móveisque
compõem
o pólo moveleirodo
Municipio deArapongas
(PR)também
passaram
a
enfrentar tais questões,comuns
às demaisempresas
nacionais.Segundo
informaçõesdo
Sindicatoda
Indústria Moveleira deArapongas
-
SIMA,
boa
parte das indústriasde
móveisem
Arapongas
contacom
um
parqueindustrial modernizado tecnologicamente e incluem
em
seu planejamento estratégicoa
clara intenção de ingressar na exportação.Sendo
queuma
parte dessasempresas
já
o
vem
fazendo.Entretanto, o
que
se percebeé
que, apesarda
existênciada
vontadeempresarial, grande parte dessas indústrias não
consegue
atingir omercado
externode
forma plena, segura e profissional, agindo reativamente aos contatosinternacionais que
surgem
aleatoriamente, ou atendendo clientes “descartados” porempresas
maiores e maisbem
estruturadas para omercado
externo.Mesmo
buscando suaadequação
ao mercado, através de modernizaçãotecnológica, programas de qualidade, certificação ISO, utilização de ferramentas
de
marketing intemacional, sob o ponto de vista da gestão do crédito internacional,
boa
parte dessas empresas ainda precisam desenvolver melhor suas aptidões.
E
essa forma de atuar culminacom
a exposição desses exportadores a riscosexcessivos quando
da condução de
suas vendas intemacionais, criando-lhesinúmeros entraves,
que
vãodesde
os prejuízos causados por inadimplementosno
~
~
7
exterior, até dificuldade ,em alavancar financiamentos à exportação junto a
instituições financeiras no Brasil. * i
Esses riscos
podem
ser minimizadoscom
autilizaçãodo
Seguro de Créditoà
Exportação e, visando identificar o
mecanismo deseguro
de crédito àexportação,bem
como
aspectos decorrentes da utilização desse instrumento por partedas
indústrias produtoras de móveis localizadas no pólo moveleiro do municípiode
Arapongas, no Estado do Paraná, o trabalho ora proposto
serábaseado
no seguinteproblema: V
'
Quais
o
impacto
decorrenteda
utilização _doSeguro de
Créditoà
_Exportação
nas vendas
externasde
pequenas
e
médias
empresas
_ industriais exportadoras
de móveis
.dopólo
moveleiro
de
Arapongas/PR?
1.3
OBJETIVOS
DA
PESQUISA
.Q
objetivo geral do trabalho é verificar o impacto da utilização doSeguro de
Crédito às -Exportações nas vendas externas
de pequenas
e médiasempresas
industriais exportadoras
de
móveisdo
pólo moveleiro do Municípiode
Arapongas/PR. .
_
Com
base no objetivo geral, elaboraram-se _ os seguintes objetivosespecíficos: ' `
,
- caracterizar o perfil das
empresas
exportadorasque
compõem
o
pólomoveleiro
de
Arapongas/PR; _›
V
- descrever a utilização do
mecanismo
de Seguro deCrédito à Exportação
V
pelas
empresas
estudadas;- verificar
como
a contratação do Seguro deCrédito à Exportação implica na
redução dos riscos e
no
fomento das vendas internacionais; V- identificar- aspectos dificultadores e
facilitadores
da
utilizaçãodesse
instrumento por parte dessas empresas; e,
- verificar se os resultados
obtidos pelas empresas
com
a utilização desse-1.4
JUSTIFICAÇÃO
DO ESTUDO
O
comportamento da Balança Comercial Brasileira tem merecido especialdestaque nos últimos anos, principalmente pela imperiosidade da reversão
de
seudéficit necessária para o desenvolvimento sustentado
da economia
nacional.Aumentar
de forma significativa as exportações é certamente o maiordesafio
atual para o Brasil que, conforme
dados da
OMC,
embora sendo
a 8°economia do
mundo, aparece
no
ranking dos países exportadoresda
Organização Mundialdo
Comércio
somente
em
28° lugar (CCl-Brasil-Alemanha,2000:8).Conforme
dados
doMDIC/SECEX,
publicados na Revista Comércio Exteriordo Banco
do Brasil S/A (2000b:71), no ano de 1999, o setor moveleiro nacional foiresponsável pela exportação
de
US$
385
milhões, tendo o Estadodo
Paranáparticipado
com
8,21%
desse total.Sendo Arapongas o
municipioque
possui amaior concentração de indústrias moveleiras do Estado, o enfoque da pesquisa
nessas
empresas
confere relevânciaao
trabalho.2
A
presente pesquisa possui relevância, àmedida
em
que
trata deum
tema
atual, relevante e original,
não
só para o contexto empresarial dascompanhias
pertencentes
ao
Pólo Moveleiro de Arapongas/PR, abrangidas pelo estudo,como
também
para as demaisempresas
exportadorasque
compõem
o setor moveleiro.O
Seguro de Crédito à Exportação-
SCE,
apesar de tratar-sede
institutointroduzido
em
nosso ordenamento jurídico a partirde
1962,com
o Decreto n° 736,de 16/03/62, e implementado no ano
de
1965, atravésda
Lei n° 4.678,de
16/O6/65,teve suas operações suspensas
em
1992.Sendo
que,no
escopoem
que
estáhodiemamente
formatado, constitui-se matéria recente,não
dispondo, inclusive,de
material bibliográfioo abundante a seu respeito.
.
Dessa
forma, a atualidade da pesquisaadvém
do
curto espaçode tempo
entre a regulamentação e autorização do
SCE
no Brasil -somente
no final de1997
-e dos dados estatísticos
que
subsidiaram o estudo.A
originalidade da pesquisa está intimamente ligada â sua especiflcidade.O
estabelecimento
de
uma
relação entre o institutodo
seguro de crédito e asexportações
do segmento
moveleiro lhe conferem singularidade.Além da
modernidade, é explícita a relevânciado
tema,uma
vezque
areversão do déficit da balança comercial brasileira passa, necessariamente, pelo
9
assunto abordado na pesquisa. Ambas, a relevância e a atualidade do assunto
podem
ser traduzidas nas palavrasde
CASTRO
(1999:175), ao mencionar que:“desde 26.10.79, com a publicação da Lei 6.704, os exportadores brasileiros aguardavam a regulamentação, e a conseqüente autorização, para a realização de operações de seguro de
crédito à exportação, o que finalmente ocorreu com a edição do Decreto n° 2.369,
em
10.11.97 '_
O
estudotambém
se mostra viável e exeqüível à medidaque
se propõe apesquisar a teoria sobre a questão
que
envolve o risco nas operaçõesde
exportação,
o
seguro de crédito à exportação ecomo
este interfere naquelequando
aplicados à realidade vivida nas
empresas
exportadoras de móveis situadasem
Arapongas no
Paraná. ~Investigações sobre a utilização do Seguro
de
Crédito à Exportação eo
estabelecimento de
um
paralelocom
a realidade deempresas
exportadoras, atravésdo
estudode
seus impactos no processo exportador destas, poderão contribuir, naperspectiva teórica, para o aperfeiçoamento da
abordagem
financeira, alémde
subsidiar estudos sobre negociação intemacional, exportação e análise
de
riscosdo
crédito. .
Em
termos práticos, a experiência desses exportadorespode
servirde
referencial
com
relação à utilização do Seguro de 'Crédito às Exportaçõesno
Brasil,em
especial, apequenos
novos exportadores,que
estejam iniciando ouconsolidando o seu
mercado
e›‹temo.'
1.5
METODOLOGIA
DA
PESQUISA
Para Selltiz et al. (1974), o
método
a ser utilizado para a conduçãode
uma
pesquisa relaciona-se
com
os 'objetivosda mesma. Conforme
esses autores,uma
pesquisa
pode
tercomo
objetivo: _'
a) adquirir familiaridade
com
um
fenômeno
ou compreende-lo,de
modo
novo, para formular os problemas de forma mais precisa ou, ainda, criar
novas hipóteses;
b) apresentar as características de
uma
situação, deum
grupoou de
um
indivíduo; « E
c) determinar a freqüência
com
que
algo ocorre oucom
que
está ligado àalguma
outra coisa (geralmente,mas
não sempre, àuma
hipótese inicialespecífica); e,
d) verificar
uma
hipótesede
relação causal entre variáveis.No
que
diz respeito aos trabalhos científicos relacionadoscom
o
primeiro propósito, Selltiz et al. (1974) os consideramcomo
exploratórios e sua principalcaracterística é dispor de
um
planode
pesquisa flexivel, demodo
a permitir aconsideração
de
diversos aspectos deum
fenómeno.Nos
estudos que objetivam osegundo
e o terceiro propósitos, a exatidãomerece
mais atenção, ou seja, o planejamento deve minimizar as predisposições eassegurar
ao máximo
a confiabilidade das evidências deduzidas. Tais estudossao
denominados
descritivos.Os
estudos do quarto tiponão
sódemandam
sistemasque reduzam
apredisposição
e aumentem a
segurança,como
também, que
permitam inferênciassobre a causalidade. Esses são
denominados
de experimentais.O
presente estudo consistede
uma
pesquisa exploratória.Segundo
Gil(1991), a pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade
com
o
problema,
com
vistas a tomá-lo explícito ou a construir hipóteses. Esse tipode
pesquisa envolve levantamento bibliográfico, entrevista
com
pessoasque
tiveramexperiências
com
o problema pesquisado, e análisede
exemplosque
estimulema
compreensão.
A
natureza daabordagem
metodológica da pesquisa é predominantementequalitativa, onde, segundo Gil (1991), é considerado que existe
um
vínculoindissociável entre o
mundo
objetivo e a subjetividade do sujeitoque
nãopode
sertraduzido
em
números.Nesse
processode
pesquisa, a interpretação dosfenômenos
e a atribuição de significados são básicos.O
processo qualitativo não requera
utilização de técnicas estatísticas.O
pesquisador coleta osdados
diretamenteno
ambiente natural e~ os analisa indutivamente.
De
acordocom
Triviños (1995:116), “a pesquisa qualitativa parte da descriçãoque
busca captar não só a aparênciado
fenômeno,comoitambém
sua essência,buscando, nas causas da sua existência, explicar sua origem, suas relações , suas
mudanças".
11
A
população consideradacompreende
aspequenas
e médias indústriasexportadoras de móveis
que
fazem partedo
pólo moveleirode
Arapongas, noestado
do
Paraná. Para a determinação dessa população, dentre as indústriasde
móveis
de
Arapongas, foram selecionadas asempresas que
realizaram exportaçõesnos anos de 1999,
2000
e no primeiro semestre (janeiro a junho)de
2001.Para a tanto, foram efetuadas pesquisas junto
ao
Sindicato das IndústriasMoveleiras de Arapongas
-
SIMA, à Secretaria de Comércio Exterior-
SECEX
eao
Sistema
de
Informaçõesdo Banco
Central- SISBACEN,
atravésda opção
PCAM415.
Inicialmente foi levantado, junto ao SIMA, quais asempresas que
compõem
o pólo moveleiro daquele Municipio. Essasempresas
encontram-se relacionadas noAnexo
1.Em
paralelo, foi verificado, junto àSECEX,
quais asempresas
paranaensesexportaram nos anos
de
1999 e 2000. Dentre estas, foram selecionadas asempresas
de Arapongas, e, desse grupo, foram elencadasapenas
as indústriasde
móveis.
Com
base nessas empresas, foi efetuado, junto aoSISBACEN,
levantamento sobre qual o volume de câmbio
de
exportação contratado e liquidadopor cada
uma
delas, durante os anosde
1999,2000
e no períodode
janeiro a junhodo
am
de
2001.V
No
intuito de não deixar de observar algumaempresa
que, porventura, tenhainiciado suas exportações no ano de 2001, 'e
que
não fizesse parte da relaçãoda
SECEX,
a pesquisa noSISBACEN,
referente o primeiro semestre de 2001, foiefetuada para todas as
empresas
pertencentes ao Pólo Moveleiro de Arapongas,constantes do banco de dados do SIMA.
Após
essas consultas, aos bancosde
dados, foram relacionadasno
Anexo
2
as indústrias de móveis
de
Arapongasque
exportaram nos anosde
1999,2000
e2001 (janeiro à junho),
bem
como, os respectivos volumes de câmbio contratado eIiquidado (em US$).
A
seguir,em
aderência ao critériode
classificação adotado pelaFundação
Instituto Brasileiro de
Geografia
e Estatística (FIBGE) -em
função donúmero de
empregados
-_foi eliminadauma
das empresas, pelo fatode
possuir 942 funcionáriose, dessa forma, ser considerada “Grande Empresa".
O
tipo deamostragem
foi intencional.De
acordocom
Gil (1991), amostras intencionais são aquelasem
que são escolhidos casos para a amostraque
amostra, foram elencados, a partir da população da pesquisa, os nove maiores
exportadores
de
móveis de Arapongas, que juntos, no período de janeiro a junho de2001, responderam por
88,9%
do volume exportado pelo setor moveleiro daquelemunicípio. Portanto, a amostra considerada na presente pesquisa constitui-se
dessas
nove empresas,
_C
Atendendo
à solicitação das empresas pesquisadas, no presente trabalho,foram omitidos os
nomes
originais das organizações, sendo asmesmas
aquidenominadas:
Empresa
A;Empresa
B;Empresa
C;Empresa
D;Empresa
E;Empresa
F;Empresa
G;Empresa
H; e,Empresa
l.Com
relação aos procedimentos de coleta de dados, foram feitas pesquisasbibliográficas, a partir de material já publicado sobre a matéria, constituído de livros, artigos
de
periódicos etambém
de material disponivel na internet.Além
disso, foramefetuados levantamentos de dados junto ao Sindicato da Indústria Moveleira de
Arapongas
-
SIMA, à Secretaria de Comércio Exterior- SECEX,
e ao Sistema deInformações
do Banco
Central-
SISBACEN.
Também
realizou-seuma
pesquisade
campo, por meio de entrevistas semi~estruturadas junto a empresas exportadoras
(Anexo. 3)
e
entrevista não estruturadacoma
Seguradora Brasileira de Crédito ãExportação (SBCE), V
Dentre as nove empresas, selecionadas
como
amostra, não foi possível arealização da entrevista
com
uma
delas (denominadaempresa
D),em
virtude damesma
conduzir suas exportações através deum
escritórioem
São
Paulo/SP.Alguns dados obtidos sobre essa empresa, foram, extraídos de levantamentos
efetuados junto
ao SISBACEN,
aoSIMA
e àSECEX.
Segundo
Triviños _ (1995:146), pode-se entender por entrevista semi-estruturada, aquela que parte de certos questionamentos básicos, apoiados
em
teorias e hipóteses, que interessam à pesquisa, e que ofereçam
amplo
campo
de interrogações, à medida que se recebe as respostas do informante. 'Segundo
Gil (1991), “a entrevista é a obtenção de informações deum
entrevistado, sobre determinado assunto ou problema".
Desse
modo, as entrevistasnão-estruturadas dispensam rigidez no roteiro, sendo exploradas mais
amplamente
em
determinadas questões,em
função das respostas, disposição e maiorconhecimento sobre o tema, por parte dos entevistados.
A
perspectiva da pesquisae
de corte longitudinal, analisando a performance13
entre seu
desempenho
e a 'utilização doSCE.
A
natureza do tratamento dosdados
_coletados, foi predominantemente descritiva. Í _
. Para a apuração do impacto do seguro de crédito às exportações na redução
dos riscos 'e no fomento das exportações das organizações pesquisadas, foram
analisados fatores objetivos _e subjetivos."
Os
fatores objetivos analisados, foramobtidos a partir dos demonstrativos contábeis (Balanço e
DRE)
das empresas,referentes aos anos de 1998, 1999 e
2000
e de balancetes de verificação relativos asetembro
de
2001,também
serviram de fonte de dados, levantamentos efetuadosjunto à
SECEX,
ao Sl_MA eao
SISBACEN,
além de informações das própriasempresas no
instrumento de pesquisa (entrevista).Dentre diversos fatores objetivos, foram pesquisados e analisadoszi a
evolução das exportações, a. evolução da participação das exportações sobre o
faturamento total, a evolução
do
percentualde
inadimplência das vendas externas, onúmero de
países de destino das exportações, onúmero
de clientes no exterior.Entretanto,
como
nãohouve
correlação entre essas variáveis objetiva-s e aquestão colocada pela pesquisa, foram considerados
também,
fatores subjetivos,obtidos nas entrevistas
com
as empresas. _C
~
1.6 L||vi|TAçõEs
DA
PESQUISA
Com
relação às limitações da presente pesquisa, cabe salientar que,embora
se tenha procurado alcançar o maior rigor possivel nos procedimentos e análises
empregados
em
todas as etapas da pesquisa,convém
destacar algumas limitaçõesque
lhes foram impostas. '_
'
Deve-se considerar as limitações
que
a. utilizaçãodo método
exploratório,associado à
abordagem
qualitativaimpõem
ao trabalho,Mesmo
possibilitandouma
abordagem
total e intensiva das variáveis obtidas nas pesquisas efetuadas, essametodologia caracteriza-se por restringir as conclusões à situação específica da
população estudada (pequenas e médias indústrias, 'exportadoras de móveis
de
Arapongas). Í' ç _. - ~ C _ _ ' ` '
Outros fatores
podem
influenciar' nodesempenho
e no incremento dasexportações das «empresas estudadas,
porém
a presente pesquisa .investigouapenas
aqueles relacionados à utilização do Seguro de Crédito à Exportação.Cabe
reafirmar que o caráter da pesquisa aqui propostanão
é conclusivo,mas
sim exploratório, buscando identificarialternativas de investigação que possam,por ocasião
de
outro trabalho, serem estudadas.1.7
ORGANIZAÇAO
DO ESTUDO
Levando
em
conta o problema de pesquisa do trabalho e os objetivos citados,o estudo foi dividido
em
sete capítulos.-_
No
primeiro capítulo são apresentadas algumas considerações preliminaressobre o
tema da
pesquisa.Na
seqüência, são definidos o problema e os objetivosgeral e específicos.
Além
disso, são apresentadas a justificativa. teórica e práticadeste trabalho, a metodologia
da
pesquisa aplicada e a organização do estudo._ Oesegundo, o terceiro e o quarto capítulos contêm a revisão bibliográfica,
que
serve de fundamento para o estudo.
No
segundo
capitulo é abordado ocomportamento das exportações brasileiras e a importância da participação
das
pequenas
e médiasempresas
no processo exportador.No
terceirocapitulo, éabordado o setor moveleiro no Brasil,
com
enfoque de sua cadeia produtiva, ospólos
nacionaisda
indústria do mobiliário, asempresas
e seus canaisde
distribuição, *considerações sobre os mercados- interno e 'externo de imóveis, as
exportações brasileiras de móveis e o papel do PromÓvel.'O quarto capítulo trata do
mecanismo
do Seguro de Crédito ã Exportação, sua presença no Brasil e nomundo,
seu impacto sobre os riscos das vendas internacionais, assim
como
a sua presençano
Brasil a partir da criação da Seguradora Brasileirade
Crédito às Exportações(SBCE). Este capítulo aborda, ainda, os riscos nas vendas intemacionais e as
formas de minimizá-los. _ _
_
No
quinto capitulo, efetua-se a descrição da população e da amostrapesquisadas,
bem
como, a apresentação e análise dosdados
coletados na pesquisade
campo. E'
~
No
sextocapitulo coteja-se os dados, apresentados no quinto capítulo,com
oreferencial teórico apresentado nos capítulos dois, très e quatro. Inicialmente os
dados das' empresas isãoapresentados e analisados
de
forma individual.Em
um
segundo
instante, é feita a análise combinadados
mesmos, buscando
similaridades15
Por fim, o sétimo capitulo
expõe
as conclusões condizentes à utilização doseguro de crédito à exportação por parte das
empresas
exportadoras eseus
impactos' na performance de exportação das organizações estudadas, e