• Nenhum resultado encontrado

Índice de Biodiversidade Urbana

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Índice de Biodiversidade Urbana"

Copied!
47
0
0

Texto

(1)

ÍNDICE DE BIODIVERSIDADE URBANA

Ana Sofia Cardoso Rocha

Comparações entre diferentes cidades

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Gestão Ambiental

Instituto Politécnico de

Coimbra

Escola Superior Agrária

de Coimbra

(2)

ÍNDICE DE BIODIVERSIDADE URBANA

Comparações entre diferentes cidades

Ana Sofia Cardoso Rocha

2018

IPC/ESAC

(3)

AGRADECIMENTOS

Expresso aqui o meu profundo agradecimento a todos os que me ajudaram na concretização desta dissertação dando todo o apoio necessário para que eu pudesse continuar, fazendo deste trabalho o resultado de um esforço conjunto.

Em primeiro lugar, agradeço ao meu orientador, o Dr. António Dinis Ferreira pela sua ajuda e disponibilidade, as suas orientações e pelas sugestões apresentadas.

Agradeço à minha família pelo apoio incondicional; à minha amiga, a minha companheira de jornada, Ana Oliveira, pelo incentivo a continuar sempre que me apetece desistir e pela transmissão de confiança em mim.

(4)

RESUMO

O reconhecimento da importância dos serviços dos ecossistemas para a subsistência do ser humano contribuiu para a valorização da ecologia urbana através da necessidade de conservação da diversidade ecológica, promovendo gradualmente a necessidade do planeamento e da gestão das áreas verdes.

Este trabalho tem como objetivo principal o estudo do índice de biodiversidade urbana em diferentes cidades do globo, procurando analisar a importância da diversidade biológica para o bem-estar dos cidadãos e identificar os aspetos edafoclimáticos, sociais e económicos que maior impacto têm para o seu cálculo.

Conclui-se que o Índice de Biodiversidade Urbana torna-se uma ferramenta potente para o desenvolvimento de uma melhoria contínua. O Índice torna possível avaliar os impactes de diferentes políticas e opções de planeamento e ordenamento territorial aumentando o desenvolvimento de planos de ação e estratégias locais mais específicas.

Palavra-chave: biodiversidade; índice de biodiversidade urbana; serviços dos ecossistemas

ABSTRACT

The perception of the importance of ecossystem services for the subsistence of human beings has contributed to the appreciation of urban ecology through the need of conservation of ecology diversity, gradually promoting the need for planning and management of green areas.

The main objetive of this work atre to raise the awereness of the importance of biological diversity for the weellbeing of the citizens and the identification of the edaphoclimatic, social and economic aspects that have the greastest impact for the calculation of the índex of urban biodiversity in diferente cities of the globe.

It is concluded that the Urban Biodiversity Index becomes a powerful tool for the development of continuous improvement. The Index makes it possible to assess the impacts of different planning and spatial planning policies and options by increasing the development of more specific local action plans and strategies.

(5)

Índice

Agradecimentos ... i Resumo ... iii Abstract ... iii Abreviaturas ... vi 1. Introdução ... 7

2. Revisão do estado da arte ... 8

2.1. Diversidade Biológica ... 8

2.2. Importância dos ecossistemas na cidade ... 11

2.3. Índice de biodiversidade urbana ... 12

3. casos de estudo ... 14

3.1. Bruxelas, Bélgica ... 16

i) Caracterização fisiográfica ... 16

ii) Aspetos ambientais e biodiversidade ... 17

3.2. Edmonton, Canada ... 18

i) Caracterização fisiográfica ... 18

ii) Aspetos ambientais e biodiversidade ... 18

3.3. Curitiba, Brasil ... 19

i) Caracterização fisiográfica ... 19

ii) Aspetos ambientais e biodiversidade ... 20

3.4. Helsínquia, Finlândia ... 22

i) Caracterização fisiográfica ... 22

ii) Aspetos ambientais e biodiversidade ... 23

3.5. Lisboa, Portugal ... 23

i) Caracterização fisiográfica ... 24

ii) Aspetos ambientais e biodiversidade ... 24

3.6. Mira-Bhayander ... 25

i) Caracterização fisiográfica ... 26

ii) Aspetos ambientais e biodiversidade ... 26

3.7. Porto, Portugal ... 26

i) Caracterização fisiográfica ... 27

ii) Aspetos ambientais e biodiversidade ... 27

3.8. Yokohama, Japão ... 28

i) Caracterização fisiográfica ... 28

ii) Aspetos ambientais e biodiversidade ... 29

4. Resultados e Discussão ... 29

5. Conclusões ... 38

6. Referências Bibliográficas ... 40

Anexos ... 45

Anexo A – Escalas de pontuação dos 23 indicadores do CBI ... 45

Índice de Fíguras

Figura 1 - Aplicação do Índice de Biodiversidade Fonte: NParks, 2016Erro! Marcador não definido. Figura 2 - Localização das cidades estudadas. ...15

(6)

Figura 4 - Localização geográfica de Edmonton ...18

Figura 5 - Localização geográfica de Curitiba. ...19

Figura 6 - Localização geográfica de Helsínquia ...22

Figura 7 - Localização geográfica de Lisboa ...24

Figura 8 - Localização geográfica de Mira-Bhayander ...25

Figura 9 - Localização geográfico do Porto. ...27

Índice de Gráficos

Gráfico 1 – Proporção de áreas verdes nas cidades ...32

Gráfico 2 - Orçamento alocado à biodiversidade ...36

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Características geográficas das cidades ...16

(7)

ABREVIATURAS

BSC – Bacia Sedimentar de Curitiba

CBI – City –biodiversity Index (Índice de Biodiversidade Urbana)

CBD – Convention on Biological Diversity (Convenção de Diversidade Biológica) IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

(8)

1. INTRODUÇÃO

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de um imenso potencial económico. A biodiversidade está na base de todos os processos naturais, produtos e serviços fornecidos pelos ecossistemas e espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a atmosfera tornando-a apropriada e segura para a vida e o bem-estar. A diversidade biológica possui, além do seu valor intrínseco, valores ecológicos, genéticos, culturais, sociais, económicos, científicos, educacionais, recreativos e estéticos (Dias, 1995).

Em Portugal, segundo o Decreto-lei 21/93, de 21 de Junho, biodiversidade é vista como como a “variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, incluindo, “inter

alia”, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; compreende a diversidade dentro de cada espécie (ao nível genético), entre as espécies e dos ecossistemas”.

Ao longo das últimas décadas tem-se registado uma crescente preocupação com a proteção e conservação da biodiversidade, potenciada pela criação de diversos acordos a nível global. De entre estes destacam-se a Convenção de Ramsar (1991), as Convenções da UNESCO para a proteção de reservas da biosfera (1971), a Convenção CITES (1973), a Convenção de Bona (1979), e a Convenção das Nações Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (1992). Esta temática ganha uma maior distinção em 1992, ano em que foi lançado pelo programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a convenção sobre Diversidade Biológica (CBD). Nela é reconhecido pela primeira vez o papel da biodiversidade na sustentação da vida humana, através dos serviços que fornece (UNEP, 2006).

As atividades da cidade geram resíduos líquidos, resíduos sólidos e poluição do ar, que geralmente impactam a biodiversidade nas áreas próximas, como rios e terras marinhas ou terrestres. A expansão das cidades, tanto espacial como economicamente, também tem impactos tremendos nas áreas circundantes. Além disso, muitos recursos necessários em uma cidade vêm de seus arredores (materiais, água, comida, etc.). Biodiversidade urbana é importante pelos serviços fornecidos que vão desde os mais diretamente percebidos, como alimento, água, serviços de lazer até efeitos menos tangíveis como abrigo de espécies de flora que possibilitam a regulação climática a longo prazo (Oliveira, et al., 2010). As cidades podem ser uma ameaça à biossegurança dada a intrusão de espécies exóticas ornamentais, as mudanças no uso do solo para permitir a expansão de terras agrícolas assim como o aumento do fluxo de bens e serviços sem considerar as externalidades ambientais.

(9)

O crescimento demográfico exponencial centrado na malha urbana e consequente alteração na simbiose entre as atividades humanas e os ecossistemas influencia a distribuição dos seus benefícios entre os diferentes grupos sociais. Esta degradação progressiva levou a que a Convenção de Diversidade Urbana, ou CBD, reconhecesse formalmente a necessidade de envolver não só os governos locais como os cidadãos nos tratados internacionais uma vez que estes são responsáveis por algumas políticas-chave no que respeita ao uso ta terra, energia e transporte (Oliveira, et al., 2010).

Para que as estruturas governamentais fossem eficazes, propôs-se na Conferencia das Partes (COP-9) em 2008 um índice que consolidasse todos os aspetos ambientais relacionados com a biodiversidade a nível local. Foi criando assim o Índice de Biodiversidade Urbana. Este é uma ferramenta de autoavaliação e monitorização dos esforços de conservação da biodiversidade das cidades que compreende informações básicas sobre a cidade e 23 indicadores que medem a biodiversidade nativa, os serviços ecossistémicos prestados pela biodiversidade e a governança e gestão da biodiversidade segundo as diretrizes estabelecidas no Manual do Usuário do Índice de Singapura sobre a Biodiversidade das Cidades (CBD, 2008).

Esta dissertação tem como objetivo analisar o índice de biodiversidade urbana disponível em diferentes cidades do planeta. Através da comparação de algumas cidades enquadradas em diferentes biomas do globo e em localizadas em diferentes continentes, pretende-se identificar os aspetos edafoclimáticos, sociais e económicos que mais poderão interferir no cálculo deste índice.

Este trabalho compreende uma revisão bibliográfica de vários conceitos sobre a diversidade biológica e a sua importância, descrição do estudo de caso, a discussão que compreende a análise quantitativa dos indicadores do índice de biodiversidade urbana e as conclusões retiradas da sua análise. Por fim são fornecidas as conclusões desta pesquisa.

2. REVISÃO DO ESTADO DA ARTE

2.1. Diversidade Biológica

Diversidade Biológica, ou Biodiversidade refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies; a variedade de espécies de flora, fauna e microrganismos (CBD, 2007); a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos. Biodiversidade inclui a variabilidade ao nível local (alfa densidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade) (Barros, 2007). Biodiversidade inclui,

(10)

assim, a totalidade dos recursos vivos ou biológicos e dos recursos genéticos e seus componentes.

A perda de diversidade biológica envolve aspetos sociais, económicos, culturais e científicos. Os principais processos para a perda da biodiversidade são: (i) perda e fragmentação dos habitats; (ii) introdução de espécies e doenças exóticas; (iii) exploração excessiva de espécies de plantas e animais; (iv) uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento; (v) contaminação do solo, água e atmosfera por poluentes e, (vi) mudanças climáticas. As inter-relações entre a perda de biodiversidade com a mudança do clima e funcionamento dos ecossistemas apenas agora começam a ser vislumbradas. As cidades são hoje a casa de mais de 50% da humanidade (Ramalho, et al., 2012). O seu bem estar, modo de vida e a exposição a situações perigosas estão diretamente relacionadas com o ambiente construído. As cidades são muitas vezes consideradas como sistemas ecológicos a um pequeno passo do colapso (Newman , 2006). Sendo uma construção humana, as cidades alteram consideravelmente os ciclos naturais e os padrões temporais e territoriais dos processos ambientais e ecológicos.

A urbanização constitui um dos principais fatores de degradação da biodiversidade. No entanto, e sobretudo devido à introdução de espécies exóticas que acontece predominantemente em áreas urbanas, estas são vistas por alguns autores como áreas de elevada biodiversidade (Cornelis, et al., 2004; Araujo, 2003; Alvey, 2006). Estes dois fatos contraditórios implicam a necessidade de uma gestão cuidada dos ecossistemas urbanos e da biodiversidade nas cidades.

Duas razões principais justificam a preocupação com a conservação da diversidade biológica: primeiro porque se acredita que a diversidade biológica seja uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas; segundo porque se acredita que a diversidade biológica representa um imenso potencial de uso económico, em especial através da biotecnologia, inclusive com aumento da taxa de extinção de espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas.

Ao longo das últimas décadas tem-se registado uma perda crescente e sem precedentes da biodiversidade e do esgotamento insustentável de recursos pelo que o aumento da preocupação da comunidade internacional levou à criação de um instrumento vinculativo legal, com o objetivo de inverter esta situação alarmante (ICNF, 2017).

A necessidade de conservação dos ecossistemas não é um tema novo nas agendas políticas. Desde a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano, em Estocolmo em 1972, esta necessidade tornou-se uma área prioritária. A importância da conservação dos ecossistemas não está somente ligada aos recursos primários que estes prestam, como a alimentação e o vestuário. A perda intensiva de espécies acarreta profundas implicações no desenvolvimento económico e social.

(11)

Segundo o diagnóstico efetuado pela Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES), o homem está por trás de um declínio da biodiversidade da Terra, ameaçando o seu bem-estar caminhando em direção a uma extinção maciça de espécies. Segundo dados preliminares do relatório, em média, desaparecem duas espécies de vertebrados por ano estando mais de um quarto dos mamíferos em perigo de extinção e ainda num total de 28.2% das espécies pertencentes à Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), foram classificadas como “ameaçadas”. Durante a última década, na Europa e na Ásia Central, devido à pesca intensiva, alterações climáticas e pela constante degradação do seu habitat, as espécies de peixes tiveram uma redução da sua população em 26.6%; os anfíbios tiveram uma drástica diminuição de 60% (IPBES, 2018).

O declínio dos ecossistemas tem por consequência o desgaste dos seus recursos. Na Europa e Ásia Central, a disponibilidade de água per capita diminui 15% desde 1990, já no conjunto da América do Norte e América do Sul, mais de 50% dos habitantes têm problemas segurança hídrica e no Continente Africano, na região Sub-Sariana1, cerca de 25% da população enfrenta fome ou desnutrição (2011-2013) sendo que, aproximadamente 62% da população rural depende diretamente dos serviços de produção dos ecossistemas (água e alimento). Ainda no continente Africano, estima-se que cerca de 500 000 km2 de terra é degradada por consequência do uso insustentável das terras para agricultura e pastoreio, atividades de mineração descontroladas, desmatamento e por conseguinte erosão dos solos, salinização, poluição e perda de fertilidade (IPBES, 2018).

Devido à poluição constante das massas de água, prevê-se que, até 2050, até 90% dos corais existentes na região do Pacífico sofreram uma grande degradação, com uma perda de 1% - 2% anuais. A região Asiática é das regiões onde a taxa anual de urbanização é maior, estimando-se uma perda absoluta da disponibilidade de pescado na zona do Pacífico, até 2048, para suprir as necessidades das populações (IPBES, 2018).

A necessidade de conservação dos ecossistemas não é um tema novo nas agendas políticas. Desde a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano, em Estocolmo, em 1972, esta necessidade tornou-se uma área prioritária. A importância da conservação dos ecossistemas não está somente ligada aos recursos primários que estes prestam, como a alimentação e o vestuário.

A Convenção sobre a Diversidade Biológica surge como uma ligação entre as partes interessadas promovendo uma parceria global, onde a cooperação científica e técnica, o acesso aos recursos financeiros e genéticos, e a transferência de tecnologias limpas

1

(12)

constituem as bases principais (ICNF, 2017). É o primeiro acordo que engloba todos os aspetos da diversidade biológica: genomas e genes; espécies e comunidades; habitats e ecossistemas (CBD, 2007). Os objetivos desta convenção compreendem a “conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável dos seus componentes e a partilha justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos”. Reconhece-se assim que a conservação da diversidade biológica é uma preocupação comum da Humanidade e parte integrante do processo do desenvolvimento económico e social.

2.2. Importância dos ecossistemas na cidade

A degradação biótica que está a afetar o planeta encontra as suas raízes na condição humana contemporânea, agravado pelo crescimento explosivo da população humana e pela distribuição desigual da riqueza.

As áreas urbanas podem incorporar altos níveis de biodiversidade, o que é particularmente importante, já que a diversidade desempenha um papel importante no funcionamento do ecossistema a longo prazo (Alvey, 2006). A biodiversidade de áreas extremamente urbanizadas pode ser mais importante do que o campo circundante e atuar mesmo como uma importante reserva de biodiversidade (Cornelis, et al., 2004; Araujo, 2003), abrigando espécies ameaçadas (Alvey, 2006). Alguns estudos mostraram que a perda e fragmentação do habitat natural reduz drasticamente a riqueza dos táxons no núcleo urbano (McKinney, 2002). A urbanização promove a homogeneização biótica, aumentando a importação de espécies não-nativas (McKinney, 2006).

Além de promover a conservação da biodiversidade, as infra-estruturas verdes urbanas também são cada vez mais vistas como uma excelente oportunidade para melhorar a sustentabilidade atual e futura das cidades. Elas podem fornecer serviços ecossistémicos cruciais relacionados a condições microclimáticas, qualidade do ar, poluição sonora, fluxos de água e nutrientes, recreação e estética que melhoram o ambiente urbano, melhorando o bem-estar e a qualidade de vida dos moradores (Jim, et al., 2006). A pegada ambiental pode ser reduzida capitalizando-se nos “serviços dos ecossistemas”, que proporcionam benefícios aos seres humanos e incluem “serviços de provisão”, “serviços reguladores” e “serviços culturalmente enriquecedores”. Os serviços de apoio, tais como a formação do solo, ciclo dos nutrientes e produção primária sustentam todos os outros serviços (Dean, et al., 2011).

O papel das infraestruturas verdes urbanas na saúde é amplamente reconhecido e frequentemente atribuído à capacidade dos ecossistemas urbanos fornecerem recursos suficientes e um ambiente de suporte habitável para os seres humanos, possuindo ainda uma importante função protetora para a saúde mental humana (Dean, et al., 2011). Estes

(13)

espaços estão relacionados com a satisfação de viver numa dada vizinhança, com a saúde e a longevidade, bem como com a redução da ansiedade e depressão (Takano, et al., 2002; Maas, et al., 2009). As infraestruturas verdes urbanas podem constituir um ambiente restaurador que proporciona um local para escapar de situações stressantes e perigosas (por exemplo, poluição sonora), mas também pode oferecer possibilidades para atividades de apoio à saúde. No entanto, são necessários mais estudos para adquirir conhecimento e determinar o papel dos espaços verdes e outros tipos de infraestruturas urbanas verdes (por exemplo, telhados / fachadas verdes, jardinagem urbana, lagoas) no bem-estar, saúde e coesão social e na interação com a biodiversidade e exposição a ambientes stressantes.

Existe a preocupação de que os ecossistemas urbanos possam ter ultrapassado os limiares bióticos e / ou abióticos (Ramalho, et al., 2012), com graves implicações para a sustentabilidade global e a ocorrência de eventos extremos com elevada capacidade destrutiva. As cidades são caracterizadas por manchas de habitat pequenas, fragmentadas e isoladas (Goddard, et al., 2009). A conectividade e a heterogeneidade (Goddard, et al., 2009) desempenham um papel importante neste processo. O papel dos jardins privados e dos quintais raramente é reconhecido, embora desempenhem um papel importante na preservação da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas. Sendo as infraestruturas verdes urbanas fundamentais para aumentar a conectividade, a sua gestão é problemática, uma vez que a gestão de jardins privados está fora do controle direto do governo (Goddard, et al., 2009). São manchas de habitat interconectado dentro do ecossistema residencial. Para ser eficaz na melhoria da biodiversidade autóctone, a gestão de jardins deve ser coordenada com a gestão da paisagem circundante (Colding, 2007).

2.3. Índice de biodiversidade urbana

O Índice de Biodiversidade Urbana (“City Biodiversity Index” i.e. CBI) é uma ferramenta que permite às cidades monitorizar e avaliar o seu desempenho e o seu progresso no que respeita à conservação da biodiversidade e por conseguinte, dos serviços dos ecossistemas que esta fornece (CBI, 2012), permitindo assim melhorar a sua gestão.

A metodologia do CBI foi formulada pelo Conselho Nacional de Parques de Singapura (Nparks) em cooperação com cientistas e técnicos de outras instituições, nomeadamente universidades. O CBI reúne indicadores em três categorias: biodiversidade na cidade, serviços ecossistémicos e governança. Os indicadores devem ser adequados à realidade em questão, para que quando aplicados possam responder às principais questões sobre a condição da biodiversidade.

(14)

O City Biodiversity Index foi testado por várias cidades em todo o mundo, nomeadamente por Bandung, Bangkok, Bruxelas, Chiang Mai. Curitiba, Edmonton, Frankfurt, Lisboa, Londres, Krabi, Montpellier, Nagoya, Phunket, Singapura, Tallinn e Waitakere.

Os indicadores do CBI foram projetados para ir de encontro a três critérios importantes: “ (1) o acesso a áreas de elevada biodiversidade deve estar sujeito à prévia informação e consentimento das autoridades governamentais (ou dos representantes das comunidades indígenas, quando relevante); (2) devem ser estabelecidas obrigações específicas de partilha dos benefícios em contratos de direito privado; (3) os quadros de acesso devem ser claros e transparentes, baseados em regras não arbitrárias e dar origem a decisões fidedignas e em tempo útil, de forma economicamente eficiente. Se, por um lado, uma parte optar por não regulamentar o acesso aos seus recursos genéticos tem ainda assim, a obrigação de o determinar expressamente” (National Parks, 2016)

A Conferência das Partes (COP), em 2008, teve como deliberações finais, a elaboração de um índice que pudesse auxiliar. o cálculo e monitorização de indicadores de biodiversidade, de forma a garantir a conservação da diversidade biológica assim como assegurar o uso sustentável dos seus componentes (Velpuri et all, 2014). Desta conferência resultou o Índice de Biodiversidade Urbana (CBI) que está compreendido em três componentes:

 Biodiversidade nativa na cidade – foca nos diferentes aspetos da biodiversidade nativa encontrada na cidade, como está conservada e quais as ameaças à biodiversidade nativa, tais como a avaliação de espécies invasoras;

 Serviço dos ecossistemas facultados da biodiversidade nativa na cidade – concentra-se nos serviços dos ecossistemas particularmente aqueles relativos à regulação de água, armazenamento de carbono e serviços recreativos e educacionais;

 Governança e gestão da biodiversidade nativa na cidade – são quantificadas a alocação orçamental para a biodiversidade da cidade, as instalações institucionais, o número de projetos relacionados à biodiversidade, os programas de conscientização pública e os procedimentos administrativos para a conservação da diversidade biológica (CBD, 2008).

 A estrutura de trabalho do índice de Biodiversidade Urbana, Ou Índice de Singapura sobre a Biodiversidade das cidades, compreende ainda 23 indicadores com um conjunto de pontos atribuído a cada um (Quadro 1). Os primeiros 10 indicadores estão ligados ao primeiro componente, e compreendem a proporção natural das áreas da cidade (Indicador 1), a conectividade entre essas áreas (indicador 2), as espécies de aves nativas dentro das áreas construídas (indicador 3), a alteração

(15)

no número de espécies – Plantas vasculares, Aves, Borboletas, outras (indicador 4-8), a proporção de áreas naturais protegidas (indicador 9) e ainda a proporção de espécies invasoras na cidade (indicador 10). A segunda parte, envolve os serviços dos ecossistemas, como a regulação da qualidade da água (indicador 11), a regularização do clima (indicador 12), a área de parques naturais recreativos (indicador 13) e o número de visitas educativas formais em áreas naturais por ano (indicador 14). Os últimos indicadores referem-se à gestão diplomática da biodiversidade tendo o orçamento alocado à biodiversidade (indicador 15), o número de projetos implementados anualmente (indicador 16), a existência de estratégias locais e planos de ação (indicador 17), capacidade institucional: instituições nacionais e agências internacionais relacionadas à biodiversidade (indicador 18 e 19), participação e parcerias: consulta pública e parcerias internacionais (indicador 20 e 21); o indicador 20 está relacionado com a presença ou ausência de educação ambiental como ferramenta curricular e por último é avaliado o número de eventos públicos na cidade por ano (indicador 23).

3. CASOS DE ESTUDO

No sentido de comparar o Índice de Biodiversidade Urbana em cidades com distintas localizações geográficas foram selecionadas 8 cidades em distintas regiões climáticas2. Na Figura 1, encontram-se os países que fazem parte aplicação do Índice de Biodiversidade Urbana. A azul estão marcadas as cidades que já aplicaram o CBI, a verde as cidades que estão no processo de aplicação e a vermelho as cidades onde o CBI foi aplicado por académicos.

2 É de salientar que a decisão da escolha das cidades resultou da análise dos relatórios preliminares

(16)

No mapa da figura dois, estão representadas geograficamente as cidades que fazem parte do nosso estudo. As cidades foram escolhidas, inicialmente, com base na disponibilidade e complementaridade da bibliografia encontrada e posteriormente com base na sua geografia. As cidades encontram-se em diferentes tipos de ecossistema terrestre, entre os quais, por exemplo, a Floresta de Coníferas (Taiga), pertencente à região Boreal, destaca-se pelos seus invernos muito frios sendo caracterizada pela vegetação que lhe oferece o nome “Coníferas”, destacando os pinheiros, abetos e lariços (NatGeo), cuja morfologia foliar lhe oferece as condições necessárias a aguentar as baixas temperaturas e a intensidade dos nevões. A Floresta Mediterrânea cuja vegetação adapta-se a condições de calor intenso, como os verões longos e quentes, sendo a maioria das plantas adaptada aos fogos florestais e dependentes dessa perturbação para persistir (WWF). A Floresta Tropical caracterizada por ser uma das áreas ais ricas e excitantes da terra em termos de biodiversidade. São locais de grande humidade e bastante quentes. As suas árvores são bastante distintas das árvores de floresta temperada devido à sua imensidão. E o Deserto, região de escassa precipitação. Locais muito quentes e áridos com vegetação predominantemente de gramíneas e pequenos arbustos. Na tabela 1, encontra-se um breve resumo das características fisiográficas das cidades estudadas como a população residente, a densidade geográfica, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o tipo de ecossistema terrestre a que pertence, entre outros.

(17)

Tabela 1 - Características geográficas das cidades Cidade População Densidade populacional hab/km2 IDH* Temperatura média anual ºC Precipitação média anual mm Tipo de ecossistema terrestre3

Helsínquia 644 817 3 060 0.920 5.1 650 Taiga a Floresta temperada

Lisboa 505 000 5 066 0.847 16.9 691 Floresta mediterrânea a Temperada

Bruxelas 174 383 0.916 10.5 852 Floresta Temperada

Edmonton 932 546 1 181 0.926 2.8 478 Estepe, Taiga

Curitiba 1 751 907 4 000 0.826 17.1 1390 Floresta tropical (Bioma Mata Atlântica)

Mira-Bhayander 809 378 10 194 0.640 26.8 2386 Deserto

Porto 237 591 5 710.2 0.847 14.4 1178 Floresta mediterrânea a Temperada

Yokohama 3 740 172 8 549 0.909 15.6 1554 Floresta temperada a Tropical

3.1. Bruxelas, Bélgica

A região de Bruxelas está localizada geograficamente no centro norte da Bélgica, é a principal cidade do país e localiza-se a uma latitude de 50º 51’ N e longitude de 4º21’ E. A cidade é dividida em dois segmentos gerais – Cidade Baixa e Cidade Alta. A cidade baixa é baseada no vale do Senne e é o principal centro de negócios e indústrias. Na costa leste, é uma zona preferencialmente residencial e governamental, abrigando o prédio do Parlamento, o Palácio Real e os escritórios dos ministérios (Brussels, 2018).

i

i

)

)

C

Ca

ar

ra

ac

ct

t

er

e

ri

iz

za

çã

ão

o

f

f

i

i

si

s

i

og

o

gr

áf

fi

i

ca

c

a

(18)

Devido à sua proximidade com a costa, a cidade experimenta um clima temperado marítimo (CFb), segundo a classificação de Köppen e Geiger. Em Bruxelas a temperatura média é de 10.3ºC, sendo que as temperaturas no mês mais frio podem variar entre -1 e 4ºC e no mês mais quente variam entre 12 e os 23ºC. A pluviosidade média anual é de 785 mm (Climate-data, 2018).

No seu território distinguem-se três regiões fisiográficas: a planície costeira, o planalto central e as terras altas das Ardenas. A primeira, no noroeste do país, tem uma largura que oscila entre 15 e 48 quilómetros e a sua altitude máxima é de 20 metros. É formada por terras baixas, na sua maior parte dunas e pólder4. A segunda região, a do planalto central é atravessada por rios entre cujos leitos existem vales férteis. Por fim, temos uma planície coberta de florestas, com uma litologia rochosa.

.

i

i

i

i

)

)

A

As

sp

pe

et

t

o

o

s

s

am

a

m

bi

b

i

en

e

nt

t

ai

a

i

s

s

e

e

bi

b

i

o

o

di

d

i

ve

v

er

rs

si

i

da

d

a

de

d

e

Segundo o Relatório do Índice Europeu de Cidades Verdes, Bruxelas é a cidade com maior consciência no campo de governança ambiental. As várias metas ambientais da região são traçadas no plano de ação “Agenda Iris 21”. Bruxelas sabe que a preservação do meio ambiente é um trabalho global e que a consciencialização dos cidadãos é o meio mais eficaz. Os cidadãos encontram-se orientados e informados sobre as melhores práticas para redução do consumo de energia, redução da pegada de carbono entre outros através da Agência de Energia de Bruxelas e o Instituto de Gestão do Meio Ambiente (IBGE). O IGBE lançou um Projeto Durável – o Bairro Sustentável, onde os residentes são encorajados a formar grupos e identificar um projeto sustentável na sua vizinhança. Os incentivos são em forma de apoio, suporte, consultoria especializada ou mesmo subsídios.

A diversidade biológica belga compreende cerca de 36 300 espécies registadas de microrganismos, plantas, fungos e animais, mas o conhecimento dos táxones fica muito aquém do idealizado. As mais conhecidas são as plantas vasculares (plantas com flores, coníferas, samambaias, cavalinhas), briófitas, macroalgas e macro líqunes, vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) e borboletas.

4

Estruturas hidráulicas artificiais para controlo de enchentes em locais de baixa altitude próxima a rios, zonas ribeirinhas e mar. Sistema é composto por diques, dutos e bombas. O trabalho de isolamento de águas é uma mais-valia na agricultura (DAEE, 2013).

(19)

3.2. Edmonton, Canada

A cidade de Edmonton é a capital da província canadiense de Alberta. Localizada a 53º34’ Norte e 113º30’ Oeste, situa-se no centro geográfico de Alberta. O vale do Rio Saskatchewan do Norte e o Sistema de Barrancos, conhecido localmente como “Fita Verde”, serpenteiam o centro da cidade.

i

i

)

)

C

Ca

ar

ra

ac

ct

t

er

e

ri

iz

za

çã

ão

o

f

f

i

i

si

s

i

og

o

gr

áf

fi

i

ca

c

a

Edmonton situa-se numa zona de transição entre a floresta boreal do norte e as pradarias do sul. Certa de 10% desta terra é formada por áreas naturais, incluindo uma grande parte do Northe Saskatchewan River Valley e sistemas de ravina que dividem a cidade, zonas húmidas e Florestas (National Parks, 2016). As redes ecológicas de Edmonton residem numa vasta rede regional que se estende aos municípios vizinhos. Florestas e zonas húmidas dentro das áreas urbanas, suportam uma variada gama de animais selvagens.

Está situada a uma elevação de 668m, e tem um clima temperado com uma temperatura média diária variável de -11.7ºC em Janeiro a 17.6ºC em Julho. A precipitação média anual da cidade é de 478mm (Climate-data, 2018).

i

i

i

i

)

)

A

As

sp

pe

et

t

o

o

s

s

am

a

m

bi

b

i

en

e

nt

t

ai

a

i

s

s

e

e

bi

b

i

o

o

di

d

i

ve

v

er

rs

si

i

da

d

a

de

d

e

O ecossistema de Edmonton compreende florestas, zonas húmidas e sistemas de rio (o Rio North Saskatchewan) (LAB, 2008). Situado na zona de transição entre pradarias e a floresta boreal, Edmonton oferece uma mistura de condições climáticas e ecológicas que

(20)

contribuinte essencial para a biodiversidade em larga escala, devido à recente glaciação da região (cerca de 10.000 anos atrás), a sua diversidade biológica local apresenta um nível naturalmente baixo quando comparado com outros hotspots globais de biodiversidade. A latitude norte de Edmonton resulta em um clima frio e seco e uma curta duração da estação de crescimento, na qual apenas as plantas e animais resistentes e bem adaptados podem prosperar. Com a sua relativamente baixa diversidade, a perda de qualquer uma das espécies que florescem em Edmonton resultaria em uma perda proporcionalmente alta de biodiversidade, quando comparada a áreas com maior biodiversidade.

A cidade de Edmonton está comprometida com a proteção das áreas naturais remanescentes através de uma rede ecológica conectada, incluindo o vale do rio, ravinas, zonas húmidas e árvores.

3.3. Curitiba, Brasil

A cidade de Curitiba é a capital do Paraná, um dos três estados que compõem a Região Sul do Brasil. Localizada entre coordenadas geográficas de 25º20’ a 15º46’ Sul e 49º00’ a 49º35’ Oeste está inserida no Primeiro Planalto do Parána.

i

i

)

)

C

Ca

ar

ra

ac

ct

t

er

e

ri

iz

za

çã

ão

o

f

f

i

i

si

s

i

og

o

gr

áf

fi

i

ca

c

a

O território de Curitiba apresenta com as temperaturas médias mais baixas de todo o brasil. Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, o estado do Paraná está dividido em três subtipos climáticos: a) um clima subtropical (Cfa), localizado no planalto

(21)

norte; b) um clima tropical húmido (Af) e um clima temperado (Cfb), com ocorrência na região do primeiro planalto (planalto de Curitiba), segundo e nas regiões mais altas do terceiro planalto.

A região de Curitiba apresenta portanto um clima quente e temperado com temperaturas médias de 17.1ºC e uma precipitação média anual de 1390 mm (Climate-data, 2018).

O zonamento geomorfológico do estado do Paraná é subdividido em cinco recortes geográficos, sendo eles a Zona Litorânea; a Serra do Mar, o Primeiro Planalto; o Segundo Planalto e por fim, o Terceiro Planalto. Curitiba está situada no Primeiro Planalto, onde a altitude varia entre 750 a 1000 m, formando uma paisagem ondulada e regionalmente homogénea (Salamuni, et al., 2013).

Do ponto de vista geológico, o território do município encontra-se inserido na Bacia Sedimentar de Curitiba. Esta é composta essencialmente por gnaisse, depósitos de argilitos, depósitos de cascalhos e depósitos aluvionares, formados pelo transporte e sedimentação em rios atuais. A geomorfologia da Bacia é fruto de processos morfoclimáticos resultantes da alternância entre climas húmidos e secos assim como a ocorrência de eventos tectónicos fortes (Salamuni, et al., 2013).

Segundo Salamuni (2013), “Curitiba pode ser subdividida em pelo menos três

domínios geomorfológicos distintos: (a) regiões norte, oeste-noroeste e nordeste, dominadas pela maior hipsometria e mais forte rugosidade e declividade; (b) região central e centro-leste, dominadas por hipsometria relativamente baixa, rugosidade mais suave e declividade baixa e (c) região sul, com médios a baixos valores hipsométricos, forte rugosidade e declividade média”.

Desde o início dos anos 70, a cidade passou por um extenso rejuvenescimento, que incluiu a criação de novos lagos e sistemas de controlo de enchentes, grandes parques e outras instalações recreativas. Também introduziu programas de reciclagem, regulamentações de zoneamento e serviços especializados de transportes públicos que o tornaram um modelo de planeamento urbano ambiental limpo (Britannica E., 2018).

i

i

i

i

)

)

A

As

sp

pe

et

t

o

o

s

s

am

a

m

bi

b

i

en

e

nt

t

ai

a

i

s

s

e

e

bi

b

i

o

o

di

d

i

ve

v

er

rs

si

i

da

d

a

de

d

e

Curitiba encontra-se dentro do Bioma Mata Atlântica, que originalmente cobria o território brasileiro em um trecho que ia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. A cobertura florestal dominante foi a Mata Tropical, ou Mata de Araucária, ocorrendo em

(22)

localizada a mais de 500 metros acima do nível do mar nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Biocidade, 2018).

Nos ecossistemas urbanos, a intensidade das modificações sobre as comunidades bióticas interfere no nível de biodiversidade do ambiente, na manutenção de suas principais características e vulnerabilidade das espécies envolvidas.

A ocorrência de ambientes naturais está intimamente relacionada com a rede de drenagem. Em Curitiba, ao longo das planícies de inundação dos cursos de água, aparecem campos húmidos ou alagados e matas de galeria (Mata Aluvial); Florestas de Mata de Araucária, que na parte oriental encontram a Mata Atlântica no sopé da Serra do Mar, são desenvolvidas em pequenas elevações do terreno.

A diversidade biológica em Curitiba tem sido mantida ao longo dos anos devido às características físicas, biológicas e climáticas, bem como às políticas adotadas pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Atualmente, o território de Curitiba possui 77.78 milhões de km² em florestas, dos quais 11 milhões de km² compreendem 33 Unidades de Conservação - Parques Públicos. Como essas unidades de conservação têm 3.48 milhões de km² de florestas, e considerando que a população da cidade é de cerca de 1.75 milhões, o município oferece aproximadamente 0.515 km2 de espaços verdes por habitante (Curitiba, 2018).

A Prefeitura de Curitiba incentiva a gestão compartilhada, particularmente por meio de audiências públicas mensais, que promovem discussões entre a comunidade e o poder público, e incentivam a população da cidade a participar efetivamente do processo decisório. A política ambiental da cidade é baseada na participação social, na transversalidade e na construção de uma sociedade sustentável, que define os seus próprios padrões de produção, consumo e bem-estar, considerando sua cultura, história e ambiente natural.

Outras entidades que atuam na questão ambiental, independente ou em parceria com a Prefeitura, são Organizações Não-Governamentais (ONGs), Universidades e Organizações Sociais. A introdução da dimensão ambiental no planeamento urbano e nas políticas atualmente em vigor, ou que possam ser adotadas, respeitando as competências institucionais e a missão de cada órgão, baseia-se, nas seguintes estratégias, consideradas prioritárias para a sustentabilidade urbana:

 Reorganização do território urbano, considerando as bacias de drenagem como unidades básicas de planeamento;

 Fortalecimento institucional, buscando o desenvolvimento da transversalidade nos processos de planeamento e gestão ambiental;

 Mudanças nos padrões de produção e consumo, reduzindo custos e desperdícios (Biocidade, 2018).

(23)

3.4. Helsínquia, Finlândia

Situada no extremo Norte da Europa, na península do Sul do Golfo da Finlândia, Helsínquia é a capital e a maior cidade do país, com uma latitude 60º10’12’’ Norte e 24º56’24’’Este.

i

i

)

)

C

Ca

ar

ra

ac

ct

t

er

e

ri

iz

za

çã

ão

o

f

f

i

i

si

s

i

og

o

gr

áf

fi

i

ca

c

a

Influenciada pela corrente do Mar Báltico e do Atlântico norte, apresenta um clima continental húmido, o que lhe confere grandes diferenças sazonais de temperatura. As temperaturas no Inverno podem chegar a valores severamente baixos (até -22ºC), apesar de na maioria das vezes, atinge apenas alguns graus negativos. As temperaturas durante o inverno atingem uma média de cerca de -5ºC em Janeiro e Fevereiro e cerca de 19 a 22ºC de temperaturas máximas entre Junho e Agosto.

Com uma altitude de 51m, a metrópole está localizada no Escudo Fenoscandiano, conhecido como Escudo Báltico, no qual o leito rochoso pré-cambriano é caracterizado por um relevo muito plano com um grande número de lagos. Existem uma abundância de colinas rochosas parcialmente cobertas por finas camadas de moraine (massa de rochas e sedimentos carregados e depositados por um glaciar quando este está a retroceder), e há vales e terrenos planos nos quais o solo superior é composto de argila (City of Helsinki, 2018).

(24)

i

i

i

i

)

)

A

As

sp

pe

et

t

o

o

s

s

am

a

m

bi

b

i

en

e

nt

t

ai

a

i

s

s

e

e

bi

b

i

o

o

di

d

i

ve

v

er

rs

si

i

da

d

a

de

d

e

Helsínquia situa-se numa zona entre a floresta decícua5 e a floresta de coníferas6 do norte. As áreas verdes em Helsínquia totalizam cerca de 8 500 hectares (cerca de 40% da sua área). Dentro das fronteiras da cidade existem aproximadamente 4 800 hectares de áreas verdes florestadas (City of Helsínquia, 2018).As maiores áreas florestais contínuas da cidade podem ser encontradas no Parque Central Tali, Viikki e Uutela, dentro destes temos parques recreativos e de lazer que se espalham nas áreas ao longo do lago de Nuuksio. A zona marítima de Helsínquia é constituída por extensas baías e um arquipélago relativamente escasso. A qualidade do mar é afetada por impurezas nas águas das temperadas, cargas difusas da atividade humana e águas residuais.

O Concelho Municipal definiu como objetivo manter a diversidade biológica de Helsínquia e as suas características especiais como parte de uma estrutura urbana sólida (Política Ambiental da Cidade de Helsínquia, 2012) aprovando um plano de ação 2008-2017 que inclui medidas para garantir a biodiversidade (City of Helsinki, 2016).

Como em diversas cidades, o seu maior problema são as conexões ininterruptas entre áreas verdes. Daí resulta o enfraquecimento da possibilidade de locomoção de vários animais, restringindo assim a área em que estes se encontram. A atividade humana veio a diminuir o número de espécies nativas, substituindo as mesmas por espécies exóticas.

3.5. Lisboa, Portugal

Lisboa é a capital e a maior cidade de Portugal, situada no Sudoeste europeu, com latitude de 38º 42’ Norte e longitude de 9º 11’ Oeste. Desenvolveu-se ao lado do Estuário do Tejo e tem os limites das cidades muito bem delimitados. É casa do primeiro jardim botânico português.

5

Floresta em bioma temperado caracterizado por árvores caducifólias (perdem a folha na no inverno e voltam a ganhar na primavera), como faias (Fagus, sp.), nogueiras (Juglans regia) e carvalhos (Quercus sp.). Ocorre em regiões com estações do ano fortemente marcadas (Suçuarana, 2015).

6

Formada principalmente por coníferas, plantas de folha permanente aciculifoliada de forma a evitar o acumulo de neve como pinheiros (Pinus sp.), abetos (abies, sp.), larício (Pinus nigra) e espruces (Picea abies) a Taiga ou floresta boreal está presente numa região de clima subártico, caracterizado por invernos muito frios, longos e secos (Suçuarana, 2015).

(25)

i

i

)

)

i

i

)

)

C

Ca

ar

ra

ac

ct

t

er

e

ri

iz

za

çã

ão

o

f

f

i

i

si

s

i

og

o

gr

áf

fi

i

ca

c

a

A cidade é caracterizada por um clima mediterrâneo o que lhe confere um verão quente e seco e um inverso chuvoso e húmido. As suas temperaturas, segundo os dados do Instituto de Meteorologia, as temperaturas variam entre uma média de 9ºC nos meses mais frios e as máximas de 27ºC nos meses mais quentes (Julho e Agosto). A sua pluviosidade está na ordem dos 650mm anuais (Climate-data, 2018).

A geomorfologia da cidade é composta por cinco colinas entrecortadas por dois vales significativos, fortalecidos por encostas abruptas resultantes de falhas. Com uma área de mais de 8 000 há a área metropolitana de Lisboa é limitada a norte por uma zona planáltica, esta apresenta um conjunto de vales drenantes para Leste e Sudeste e outros vales pronunciados para ocidente, o qual constitui a principal linha de água da cidade.

A intervenção antrópica alterou de algum modo a geomorfologia natural com a exploração de pedreiras, barreiros e areiros e ainda com os aterros junto ao rio que afastaram a linha de costa (Santos, et al., 2018)A zona sudoeste do concelho é predominantemente basáltica e carbonatada, a restante área do concelho é constituída por alternâncias de solos arenosos, argilosos e calcareníticos. Os solos aluvionares restringem-se à faixa litoral e às linhas de água.

I

I

)

)

As

A

sp

pe

et

to

os

s

am

a

m

bi

b

i

en

e

nt

t

ai

a

is

s

e

e

b

bi

io

o

di

d

i

ve

v

er

rs

si

id

da

ad

de

e

A cidade situa-se numa zona de transição entre a influência da África e da Eurásia, na

(26)

devido a esta situação bio fitogeográfica e a sua proximidade com diversos ecótonos entre terra e água, água doce e água salgada, bem como dada sua localização em rotas de passagem de espécies migratórias (Santos, et al., 2018). A cobertura florestal da metrópole é composta maioritariamente por Pinhais, Eucaliptais e Carvalhais, possuindo também uma área considerável de prados de Sequeiro e Ruderais.

O principal instrumento de ordenamento de território em Lisboa é o Plano Diretor Municipal (PDM), a atual revisão do mesmo contém uma estratégia de Ambiente Urbano que inclui políticas, programas e ações para a sustentabilidade urbana.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) é membro da FEDENATUR – Federação Europeia de Espaços Naturais, Seminaturais e Rurais Periurbanos. A CML participa também no projeto “PERIURBAN Parks – Improving Environmental Conditions in Suburban Areas.

3.6. Mira-Bhayander

Mira-Bhayander é uma cidade no distrito de Thane com uma área de 79 km2, no estado de Maharashtra, na Índia, localizada a cerca de 20 km ao norte de Mumbai, na rodovia Mumbai Ahmedabad. Estende-se entre 18º42 'Norte a 20º20' Norte latitude e 0º25 'Este a 73º44' Este.

(27)

i

i

)

)

C

Ca

ar

ra

ac

ct

t

er

e

ri

iz

za

çã

ão

o

f

f

i

i

si

s

i

og

o

gr

áf

fi

i

ca

c

a

A cidade de Bhayander está localizada a norte da região de Konkan. Geograficamente, a cidade encontra-se numa zona de planalto sendo limitada a sudoeste pelas cadeias montanhosas de Utah.

O clima da região, segundo a classificação climática de Köppen-Geiser é tropical de savana (Aw/As), sendo caracterizado por um amplitudes megatérmicas com estações pouco definidas e forte precipitação anual (normalmente superior à evapotranspiração anual). A precipitação média anual da região de Bhayander é de 2400 mm sendo que atinge uma pluviosidade máxima no mês de julho, com média de 800 mm (Climate-data, 2018).

i

i

i

i

)

)

As

A

sp

pe

et

t

os

o

s

a

am

mb

b

i

i

en

e

nt

t

ai

a

i

s

s

e

e

bi

b

i

od

o

d

i

i

ve

v

er

rs

si

i

da

d

ad

de

e

Mira - Bhayandar está localizado ao lado do Parque Nacional Sanjay Gandhi possuindo assim alta diversidade das espécies na região. Esse espaço aberto junto a outros locais de lazer, são os pulmões da cidade. A cidade possui 3 lagos principais, nomeadamente o lago Murdha Ram Mandir, o lago Uttan Moh e o lago Raani Ram Mandir. Existem na região de Bhayander várias salinas, com 1390 hectares, o que representa quase 18% da área total do município. Essas salinas são lagoas feitas pelo homem, projetadas para produzir sal a partir da água do mar.

Com base na avaliação do estado ambiental das áreas sob jurisdição da “Mira Bhayander Municipal Corporation”, foi elaborado um Plano de Gestão Ambiental (EMP). Este plano visa a proteção e conservação dos ecossistemas, promovendo medidas corretivas de forma a melhorar de forma continuada a qualidade de vida dos habitantes da região.

3.7. Porto, Portugal

Acidade do Porto, município pertencente à Área Metropolitana do Porto (AMP) localiza-se na Região Norte de Portugal entre os paralelos 41º8’ Norte e 41º11’ Norte e entre os meridianos 8º 33’ Oeste e 8º41’ Oeste.

(28)

.

i

i))

C

Ca

ar

ra

ac

ct

t

er

e

ri

iz

za

çã

ão

o

f

f

i

i

si

s

i

og

o

gr

áf

fi

i

ca

c

a

A Zona Metropolitana do Porto (ZMP) encontra-se, de acordo com o mapa climático de Küppen-Geiser, numa zona de transição entre a região temperada marítima (Cf) e a região mediterrânea (Cs) formando assim um bioclima Temperado Oceânico Sub-mediterrânico.

A cidade do Porto encontra-se sobreposta numa zona de planalto, que corresponde à zona mais elevada do concelho, descendo gradualmente até ao mar, sendo cortada pelo encaixe do vale do Rio Douro e seus afluentes. A cidade apresenta altitudes com cotas inferiores a 160 metros e declives suaves na zona centro litoral, passando para a zona mais interior os declives já se tornam mais acentuados e a sua exposição altera-se de predominantemente a Oeste para Este (Santos, et al., 2018).

Por ser uma metrópole bastante edificada, apresenta uma área permeável muito baixa sendo sobretudo composta por aluviões e depósitos de terraço que se encontram principalmente ao longo do traçado natural das linhas de água (Santos, et al., 2018).

i

iii))

A

As

sp

pe

et

t

o

o

s

s

am

a

m

bi

b

i

en

e

nt

t

ai

a

i

s

s

e

e

bi

b

i

o

o

di

d

i

ve

v

er

rs

si

i

da

d

a

de

d

e

Os parques verdes da cidade, predominantemente arborizados, promovem a regulação térmica da região, não havendo registos de uma grande amplitude térmica durante o período diurno. Esta intensa arborização é indispensável para compensar a

(29)

elevada percentagem de espaço edificado amenizando as fortes alterações no balanço energético.

O Porto possui uma diversidade de espaços naturais (rio Douro e a sua foz, frente oceânica, ribeiras ainda pouco eutrofizadas e zonas de escarpa) e zonas seminaturais (parques, jardins, matas, zonas agrícolas residuais, zonas industriais abandonadas e espaços ruderais) (Santos, et al., 2018).

A cidade do Porto é composta por espécies de grande interesse ecológico, apresentando algumas delas um estatuto de conservação ameaçado ou vulnerável.

A administração e gestão do Meio Ambiente e a sua Biodiversidade é levada a cabo por três órgãos de gestão presentes na Câmara Municipal do Porto:

 A Direção Municipal onde é assegurada a gestão dos recursos naturalizados; a gestão dos resíduos sólidos urbanos e assegurar o aumento da consciencialização ambiental coletiva desenvolvendo soluções e ações para a proteção do ambiente urbano;

 Os Conselhos Municipais que visam estabelecer uma estrutura de participação pública no âmbito do desenvolvimento sustentável; e

 Empresas Municipais, como a Águas do Porto que assegura continuamento os serviços de abastecimento e tratamento de água em toda a cidade.

Apesar de existirem inúmeras Organizações não-governamentais e estruturas da cidade do Porto relacionadas com o Ambiente e a Biodiversidade, não existe ainda qualquer plano de ação, normas ou qualquer diploma legal, no Porto, que os salvaguarde.

3.8. Yokohama, Japão

A cidade de Yokohama, situada na província de Kanagaw, ocupa uma área de 434.98 km2 e localiza-se geograficamente a 35º 27’ Norte e 139º 38’ Este.

i

i

)

)

Ca

C

ar

ra

ac

ct

te

e

ri

r

iz

za

çã

ão

o

f

f

i

i

si

s

i

og

o

gr

áf

fi

ic

c

a

a

Figura 10 - Localização geográfica de Yokohama

(30)

Situada a uma altitude de 13m, num clima temperado, onde os inversos são amenos e os verões quentes, húmidos e chuvosos. O clima é afetado pelas monções: no inverno prevalecem as correntes frias do nordeste enquanto no verão são substituídas pelas correntes quentes e húmidas de origem tropical.

i

i

i

i

)

)

A

As

sp

pe

et

to

os

s

am

a

m

bi

b

i

en

e

nt

t

ai

a

is

s

e

e

b

bi

io

o

di

d

i

ve

v

er

rs

si

id

da

ad

de

e

Devido ao intenso crescimento populacional na cidade e consequente necessidade de edificação, a cidade sofreu uma redução da sua cobertura vegetal de 50% em 1970 para 29.8% em 2009, traduzindo-se numa perda de cerca de 100 hectares a cada cinco anos (City of Yokohama, 2010). Por conseguinte, a cidade sofreu uma redução no bem-estar dos seus cidadãos. Para minimizar os efeitos desta degradação, foram criados diversos planos ambientais, tais como o “Yokohama Smart City Project”, em 2007, uma cooperação com o setor privado de forma a criar redes de energia de ultima geração conduzindo a uma diminuição das emissões de CO2; o “Yokohama Greenery Plan”, em 2009, este plano tem

como objetivos a proteção de florestas e proteção de terras cultiváveis, assim como minimizar a integração de espécies exóticas no plano nacional.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os ecossistemas naturais abrigam mais espécies do que paisagens perturbadas ou causadas pelo homem; Assim, quanto maior a percentagem de áreas naturais em relação ao total da área da cidade maior a possibilidade da cidade ser rica em biodiversidade. Uma vez que, por si só, a cidade é por sua definição um ambiente modificado, a definição de “áreas naturais” é estendida também a “ecossistemas restaurados” e “áreas naturalizadas”.

A tabela seguinte apresentada as fontes de onde foram retirados os valores dos dados relativos aos vários critérios e indicadores das cidades analisadas neste estudo indicados na tabela . As cidades escolhidas foram, dentro das cidades com relatório preliminar disponível para consulta, as mais representativas do país ou região.

Algumas cidades, como a cidade japonesa Yokohama, Lisboa e Mira Bhayander, bibliograficamente, apresentam apenas uma análise qualitativa dos indicadores, sendo posteriormente feita uma análise quantitativa através da consulta de atribuição de pontos fornecida pelo Manual do Índice de Singapura (Anexo A).

(31)

Tabela 2 - Fontes bibliográficas

Cidade Fonte

Bruxelas (Kleeschulte, 2015) Curitiba (Biocidade, 2018)

Edmonton (LAB, 2008), (National Parks, 2016) Helsínquia (City of Helsinki, 2018)

Lisboa (Kohsaka, et al., 2014)

Mira-Bhayandar (Enviro Analysis & Engineers Pvt. Ltd., 2009) Porto (Machado, 2014)

Imagem

Figura 2 - Localização das cidades estudadas.
Tabela 1 - Características geográficas das cidades  Cidade  População  Densidade   populacional  hab/km2  IDH*  Temperatura  média anual ºC  Precipitação  média anual mm  Tipo de ecossistema terrestre3
Figura 4 - Localização geográfica de Edmonton
Figura 5 - Localização geográfica de Curitiba.
+7

Referências

Documentos relacionados

Foi lavado com este Magnesol um biodiesel virgem, para que assim fosse possível a comparação entre o biodiesel lavado com um adsorvente virgem, e outro biodiesel lavado com

Esta pesquisa discorre de uma situação pontual recorrente de um processo produtivo, onde se verifica as técnicas padronizadas e estudo dos indicadores em uma observação sistêmica

O presente trabalho foi realizado em duas regiões da bacia do Rio Cubango, Cusseque e Caiúndo, no âmbito do projeto TFO (The Future Okavango 2010-2015, TFO 2010) e

patula inibe a multiplicação do DENV-3 nas células, (Figura 4), além disso, nas análises microscópicas não foi observado efeito citotóxico do extrato sobre as

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

Tabela 6: Situação dos estudantes do curso de Psicologia após o término do período letivo 2019/2 Taxa de Eficiência Conclusão (acima do tempo padrão) Conclusão (Total)

Avaliação do impacto do processo de envelhecimento sobre a capacidade funcional de adultos mais velhos fisicamente ativos.. ConScientiae

No capítulo 1 são clarificados conceitos-chave essenciais à contextualização do estudo efectuado, destacando autores como Conceição Lopes, John Thompson, Mcluhan, Sara Pereira e