• Nenhum resultado encontrado

Amostragem das pragas do algodoeiro com auxilio de ficha pictografica.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Amostragem das pragas do algodoeiro com auxilio de ficha pictografica."

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

CIRCULAR

TECNICA

No

06

Outubro,

1982

AMOSTRAGEM DAS PRAGAS

DO

ALGODOEIRO

COM A U X ~

L I Q

DE F I C H A P I C T O G R ~ F I C A

Ervino BLelcher

Fernanda Moura

M.

de J e s u s 30s; Alejandro Giles

,rnRAPA.

(2)

E d i t o r : comitê Local d e p u b l i c a ç ã o d o CNPA

Centro Nacional de P e s q u i s a do ~ l g o d ã o

-

CNPA Rua Osvaldo

Cruz

1143

B a i r r o do ~entenãriu Caixa Postal 1 7 4

58.100

-

Campina Grande

-

Pb

t

E m p r e s a Brasileira de P e s q u i s a ~ g r o p e c u á r i a . Centro Nacional de

Pesquisa

d o A l g o d ã o , Campina

Gran

-

d e , P b ,

Amostsagem das pragas d o algodoeiro com aiixilio d e f i c h a ~ i c t o ~ r á f i c a , por E r v i n o Bleicher e outros Campina Grande, 1982,

1 3 p . (EMBRAPA-CNPA. C i r c u l a r ~ é c n i c a , 6).

~ o l a b a r a ~ ã o de: Fernando Moura Marques de Jesus

e ~ o s é A l e j a n d r a Giles

.

I. Entomologia-Amostragem.

I.

Jesus, ~ e r n a n d o Moura M. d e . Calab. 11. ~ i l e s , ~ a s é Alejandro. Co

-

(3)

A amcstragem d e artrópados representa a base para

qualquer programa r a c i o n a l d e controle de pragas em q u a l

quer c u l t u r a . A amastragem feita com intuito d e tomar um;

deci'são como controlar ou não c o n t r o l a r áeterminada p r a g a ,

deve

ser

relativamente precisa e r á p i d a .

Ao

c o n t r á r i o d a s

arrsstragens com f i n s experimentais para as q u a i s s e requer a l t a precisão e , consequentemente, demandam muito tempo.

Por

o u t r o l a d o , o processo d e amostragern deve ser descom piicado, p o i s o p;blico q u e i r a usá-lo muitas vezes

um baixo

g r a u

de i n s t r u ç ã o . Temos, por exemplo, a r e g i 3 a

Nordeste do Brasil, onde

. .-

s e estima que 83X dos p r o d u t o r e s

d e algodão, m i l h o - e f e i j a o não possuem q u a l q u e r grau d e

instrução

formal

(EMBRAPA/CNPA,

1978)

,

e s t e s certamente t e rão dificuldade em usar um aétodo d e amostragem q u e envai

-

va cálculos d e porcentagens, médias e t c .

Beeden

(1972)

descreve uma tabuínha. d e madeira (Peg board) usada para computar as amostragens d e ovos de l a g a r t a s ' das maG:$ em ~ a l a w i

-

Africa. A Shell ~ ~ í r n i c a i n t r o d ; ziu, no B r a s i l , e s t e processo d e amostragem com o nome ~ á b u a ~ntomológica. - Enquanto a - tábua usada em M a l a w i era usada para amostrar ovos d e Diparapsis castana Hmps. e

-

He

l i o t h i s armigera ~ u b . , a tábua da Shell foi Confeccionada

para amostrar ovos e lagartas de Heliothis s p p . Neste a r t i

-

' ~ e s ~ u C s a d o h u

do

CNPAIEMBRAPA.

C a i x a

Pon2.d

1 7 4 .

5 8 . 1 0 0

(4)

ga,

é

apresentado um novo instrumento para auxiliar

na

amos tragem de pragas a s e r usado p o r agricultores d e baixo

graÜ

de i n s t r u ç ã o . Este novo instrumento chama-se

FICHA

DE

AMOSTRAGEM

PICTOGR~FICA.

Segundo Buena (1 9 8 0 )

PICTOGRAFIA

representa o sistema primitivo de

e s c r i t a

em que a s

idéias

são expressas p o r meio de desenhos das coisas ou figuras

simb6licas.

A

FICHA

PECTOGR~FICA

Na Figura

'1 t+ms

uma

cópia

da,

f i c h a pictográf ica

testada com agricultores do perímetro i r r i g a d a - ~ n g p 7 Arco

verde,

no

município d e Condado, Pb

-

B r a s i l . A f i c h a . f o i

preparada considerando-se as pragas que, c o m e n t e ,

causam

danos

ã

c u l t u r a algodoeira' na área do perímetro - i r r i g a d o .

-

I

Desta forma, inclui-se, na ficha, o mosquito da algodoeiro

Gargaphia torres

i Lima;

l a g a r t a s t o s c a s em ,geral ; pulgão do algodceiro Aphis g o s s y y i i Glover-; lagarta da

folha.

ou

curuquerG do algudoeiro Alabama

argillacea

(Hubner, 18181,

%aro verhelho da a l g o d o e i r o , ~ e t r a n y c h u s ludeni

Zacher

lagarta rasada, Pect-inophora gossypiella Saunder.

A

ficha

pictográfi'ca f o i preparada da seguinte

f o r

ma: Na parte superior tem-se a desenho de uma planta,. das pragas ou o dano

ocasionado

p e l a s mesmas. Na coluna da planta encontram-se n h e r o s 'de 1 a 45' que será o total d e

plantas a serem vistoriadas. Ao lado d a planta tem-'se a coluna encábeçada pelo desenho do mosquito do algodoeiro, na a l t u r a d a planta 24 nesta mesma coluna tem-se

um

c í r c u

16 com um ponto no m e i o simbolizando um alvo. indicana;

que,

se encontramos

24

plantas atacadas p e l õ m o s q u i t a cri

45 amostras, teremos 53Z das plantas atacadas, o que cor'

responde ao seu n h e l de .controle. ~ n t ã o , atingindo o

ai

-

vo, o agricultor deverá combater a praga

em

questão.

-

Ao

lado

da coluna do mosquito da algodoeiro te

mos

a

coluna

simbolizando

o ataque d e lagartas roscas. fiei-

-

te casa, a alvo e s t á na altura da. planta número seis, .o,

que corresponde a un nível de controle d e 13%..

(5)

senhas,

de

pulgães e o

dano

(encarquilhamento)

da

pulgão

na

planta..

Novamente o

alvo

corresponde-

à

planta 32,

o que

significa

um

nível.

de controle

de.

71%

de plantas

atacadas.

-

o

pulgão,

tem-se

as

desenhas

da

larnra

do

l i

xeirc

( ~ r i ç o p í d e o ) , adulto

e

larva

de

joaninha,

importa-

tes predadores

do

pulgão.

Embora

estes predadores -não

t i

vessem

aparecido

na ficha de

amosera&m

executada

em

condi

da,

trabalhas

posteriores mostraram

a

necessidade de

lin

cluí-los

na

ficha

ora relatada.

'Neste

caso. quando enco; e

tradas

10 amostras

em

45'

(22%) com estes predadores, o

con

trole

do pulgzu

deve

ser

evitado,

a

n&

ser

que

haja

in?

II

cio

de

encarquilhamento

das

tolhas.

-

Na

coluna

seguinte

encontra-se

o

desenho

de

ma

lagarta

de

curuquer~.'

O

alvo

na

altur8

da

planta 10,

o

que

significa dizer

que o n í v e l de

controle

é

de 22X

de

plea

-

tas atacadas par esta lagarta.

-

No

pe&ltlms

coluna tem-se uma f o l h a cam pontuo

Ç ~ O

entre

as

merairas,

o

que

indica

dano

do

&aro

e

dese

nho

do

&aro.

O

alvo

corresponde

ã

planta

13,

o que

4

nzvel de

controle de

29Z.

-

E, finalmente,

na

Ultima

coluna

encontra-se

o

de

scnho

de

uma

iseçg

de

algodão,

sendo

aberta

no

sentido 10;

gitudinal

par

um

canivete,

wstfando

que este

é

o

proced?.

meato

recomendado

para se

verificar

o ataque

da

lagarta

r;

sada. O

alvo

corresponde

ã

planta

5, dando

um

nível

d;

controle de

11%

de

maçãs

com

sinal de ataque

da

lagarta

ro

-

sada

Todas as

amostragens

f e i t a s

quando

as

plantas

t i v e

-

rem

menos

de

3

folhas

verdadeiras,

ein ver:

de

uma

planta

a

csda 25

passas,

deve-se

vetif icar

a

inf

es t a ç h ei

'30

cm da

linha.

pós

este

p e r h d o ,

a

acnostragem da

mosquito

é

f e i

-

t a

na

planta toda.

As

amoatxagens foram

feitas

uma

vez

-pot

semuna.

C & Q %

lagarta

rosca

rarameate

ocorre

em

plantas

com

mais

de-

3

folhas,

ela*

sempre

será

amstxada M S

30cm

de

linha.

Pata

o

pulgão

exadna-se

a

planta

ko

da.

Tanto

para o mosquito

como para

o

p u l g ~ a ,

considera-sé

a p i a t a como atacada quando

for

encontrada

una

col;?nba.

(6)

Para

o

curuqwrê, observamos

a

folha

do

ápice

da

planta

(terminal),

e são contadas

as

lagartas.

No

caso do

ácaro,

a

plant&

é

considerada infestada

quando

jg

sáo

observados

as danos

na parte

supérior

da

falha.

E,

finalmente,

para

ligarta

rosada, coleta-se

m a

maçã

por

planta para

verifi

-

car

qualquer

sinal

de

dano

(galeria,

minas,

verruga

na

pg

rede

da

carpelo ou

a

pr6pria

larva),.

A

amostragem

das

ma

çãs

para

a detecçzo

da

lagarta

rosada

deve ser com aquela;

que sejam

razoavelmente firmes

quando apartadas,

mas

não

+muito

duras,

a cuja

fibra

possa

ser

separada

da

parede

do

carpela;

Naglanta,

deve-se

coletar

a magã

mais.

alta

-da

planta,

ou

seja, a

primeira

maçã

firme

encontrada,

indo-se

de

cima

-para

.baixo.

Inicialmente,

f o i dado

um

curso

de

reconhecimento

e

habitas

das

pragas

potenciais

do perímetro.

Logo

ap6s, eg

sinocrse

a

metodalogia

de amosttagem

e caaiinhsmento nc

cam

h

po,

como

segue:

O

agricultor

deve

andar

em

zig-zag,

observando uma

planta

a

cada

25

passos,

de

maneira que,

ao

andar

toda

a

ãrea,

tenha

observado 45 plantas (Fig. 21,

caso

haja neces

sidade

para

tal,

caso

a

área

s e j a

muito

pequena as.

observã

e

~ Õ e s devem

ser

feitas a 'interval'os menores, por exemplo, a

cada

9

passos, N r e

%reas

de

mais

de

10

ha,

estas

devem

ser div'ididas,

fazendo-se

uma

f i c h a

para

cada

10

ha.

Che

gando-se

2

primeira planta,

faz-se um'X

sobre

o

n h e r o

1

e ela

é

examinada

para a

verificação

de pragas. Caso esta

planta

esteja atacada por

deteminada

praga,

faz-se

o

X

na

coluna

da praga.

Caminha-se

mais

25

passos

e se

faz

ng

vu X sobre a

planea.nÚmero

2.

Examlna-se

a planta, anotan I

do-se com

X

a. praga

encontrada,

e

assim por

diante.

As

ano

e

taçbes

de

presenga

de pragas

X

devem

ser

anotadas e

ecumu

larivamente,

sem

deixar espqsos entre

si.

Daw>s

com

e x 6

pia a

Figura

3. Neste cas6, examinamos 25

plantas

e

anota

mos 8

X.

na coluna

da

mosquito

indicando que d a s 25 amos

tras-

feitas 8- estavam atacadas p e l o m ~ s q u ~ t o .

Da

mesma

f o r

ma,

n-enhma

planta

estava

atacada

por

lagarta

rosca

e

quã

-

(7)

tro atacadas pelo p u l g ã o . J; para a l a g a r t a c u r u q u e r ê £o rarn encontradas 1 0 p l a n t a s atacadas com o

X

caindo no alvo isto indica que 9 n í v e l d e controle F - f o i atingido e que d e

vemos c o n t r o l a r o curuquerê

,

não havendo necessidade d e continuar amos t rando mais plantas. ~ ã o foram encontradas

p l a n t a s atacadas p e l o &aro nem maçãs p e l a lagarta rosada. P a r a se tomar qualquer decisão,

a necessidade d e se e f e t u a r no mínimo 10 observações.

A ~ a ~exposição teórica da S metodologia de trabalho,

demonstrou-se o u s o d a ficha no campo. Houve d e 10 a 15%

d e agricultores que tiveram dificuldades iniciais com a aplicação da amos tragem. No e n t a n t o , e s s a s dúvidas foram sanadas imediatamente através do auxílio p r e s t a d o pelos técnicos a g r í c o l a s do

CNPA

e após as primeiras semanas to

dos os agricultores

amostravam suas pragas e o s deiençF

-

vos eram aplicados somente quando os n í v e i s d e c o n t r o l e

eram atingidos.

RESULTADOS

Os campos foram plantados no i n t e r v a l o d e 4 d e maio

a 28 d e junho e o serviço d e amostragem pictográfica teve i n í c i o nos primeiros dias d e junho. Antes d e se ter i n i c i

ado o s t r a b a l h o s d e amastragem, 36 dos 47 campos receberam

uma c o n t r a o mosquito.

Na Tabela 1 encontram-se resumidas as atividades ap6s a implantação do t r a b a l h o d e amostragem.

O

mosquito do a l g o d o e i r o foi e n c o n t r a d o 198 vezes; no e n t a n t o , sempre

abaixo d o n í v e l de controle sugerido, fato e s t e que r e s u l

-

teu na não aplicação d e defensivos. Antes do emprego d a

amostragem p i c t o g r & i c a ao primeiro s i n a l de praga, f a zia-se aplicação d e defensivos. A l a g a r t a rosca f o i encon

-

trada em 53 amostragens,

-

- e s t a n d o sempre abaixo d o nível d e c o n t r o l e . J; o s p u l g o e s detectados em 1 2 3 amos-tragens sen do que em d u a s v e z e s atingiram o n í v e l de c o n t r o l e .

as

87 amostragens, onde f o i encontrado o curuquerê d o algodo

-

e i m , em 3 c a s o s f o i necessário e f e t u a r c o n t r o l e

Fez-se s o m e n t e -. uma pulverização c o n t r a &aras de um t o t a l

(8)

,* -

c u l t u r a . A l a e a r t a rosada s e mostrou a praga mais intensa na área do per"ietro irrigado. Em 49 amostragens f e i t a s 44

ultrapassaram o nivel d e controle e tiveram que ser pulve

-

rizadas, sendo que a produgáo média f o i d e 2.190 kg/ha.

Os produtores fizeram as pulverizasões somente quan

do o s níveis d e controle foram atingidos, evitando puiverT

-

zar ao primeiro sinal d a praga. Portanto, podemos i n f e r i r

que a amostragem pictográfica c o n t r i b u i u para evitar m u i

-

tas pulverizaçGes que, p o r certo, seriam f e i t a s em p o p u l a

-

ções incipientes de pragas.

Ressalta-se, como vantagens do método ora exposto: O agricultor não necessita fazer cálculos matemáti coç para tomar decisão; nzo h; nomes para ler e as fichas

podem ser guardadas para consultas posteriores.

A f i c h a pictográfica pode s e r adaptada para qual quer região

(Ex.

Figura 4 ) bastando apenas t e r o n h e l d e controle em percentagem para m o n t a r a ficha.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos técnicos agrícolas ~ e b a s t ião Lemos

d e Souza e ~ o s é ~ u f r ã s i o Gonzaga, p e l o auxílio prestado, e

aos agricultores do p e r h e t r o irrigado d e Condado, Pb.

LITERATURA

CITADA

:iEWRESA

BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECU~RIA.

Centro Nacio -

na1 de P e s q u i s a do ~ l ~ o d ã o . Campina Grande, Pb. ~ u b b * _I_.

d i o ~

ao

plano

indicativo

de

pesquiau

agaopecuátIia,

L vcc v@ n a u o v i d ,

h e g i o n d

ou

dab-4cgionu.t. Campina Grande, 1978. 1 2 6 ~ .

BEEDEN,

P.

The pegboard.

An

a i d to cotton pest scouting.

PANS, l b ( 7 )

: 4 3

-

5.

1979

-

-

BUENO,

F.

d a S.

P i c i ~ ~ á h C u

~Uco-eUh da

&b,qua

pohtuguesa.

(9)

FIGURAS

(10)

D A T A :

~ ~ ~ I C T A ~ I O :

FIGURA

1. FICHA PICTOGR~FICA

I

I

(11)
(12)
(13)
(14)

Referências

Documentos relacionados

Neste contexto, o estudo foi realizado em quatro fragmentos, remanescentes de mata ciliar, por meio de levantamento florísticofitossociológico, localizados respectivamente em

No Município da Póvoa de Varzim é na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto que está sediada a principal actividade editorial do Município, pelo que passaria a uma breve

Conclusão: De acordo com a amostra estudada, o exercício de natação com treinamento contínuo e intervalado foi eficaz para redução da pressão arterial durante

Foi membro da Comissão Instaladora do Instituto Universitário de Évora e viria a exercer muitos outros cargos de relevo na Universidade de Évora, nomeadamente, o de Pró-reitor (1976-

Referimo-nos acima a respeito da atuação do co- ordenador pedagógico enquanto um mediador de estra- tégias didáticas na educação das pessoas deficientes. O conceito de

O plano de “culturalização” da marca junto à equipe de vendas é feito inicialmente através da seleção dos colaboradores, que está detalhadamente especificada no Manual

Seminário Complexidade, Coerência de Políticas e Agenda Global 2030 para o Desenvolvimento Sustentável?. Núcleo de Estudos em EcoPolíticas e EConsCiencias Instituto de

O presente estudo avaliou o potencial teratogênico do óleo essencial de Origanum majorana (Omeo) nas doses 33mg/kg, 100mg/kg e 300mg/kg e de seus compostos