UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE sANTA
CATARINA
CENTRQ
sÓCIo
ECoNôIvIICo
DEPARTAMENTD
DE
CIÊNCIAS
DA
ADMINISTRAÇÃO
CooRDENADoRIA
DE EsTÁGIos
~
TRABALHO
DE
CONCLUSAO
DE ESTÁGIO
A
IMPORTÂNCIA
DO GERENCIAMENTO
DAS
INF
ORMAÇÕES
COMO
INSTRUMENTO
NA
RESTRUTURAÇÃO
ORGANIZACIONAL
ALBA
REGINA
SALVADOR
TRINTINI
Universidade Federal
de Santa Catarina
Centro
SócioEconômico
Departamento
de
Ciênciasda Administração
Coordenadoria de
EstágiosTrabalho de Conclusão de
EstágiosA
IMPORTÂNCIA
DO
GERENCLAMENTO
DAS
INF
ORMAÇÕES
COMO
INSTRUMENTO
NA REESTRUTURAÇÃO
ORGANIZACIONAL
Professor Orientador:
Mário
de
Souza Almeida
Área
de Concentração: Administração
geralAlba Regina Salvador
TrintiniEste
Trabalho de Conclusão de
estágios foiapresentado
e julgado perante aBanca
Examinadora que
atribuiu a nota-_-i
àacadêmica
Alba
Regina Salvador
Trintinina
disciplinade
Estágio pervisionado.Banca examinadora
Prol°.
Orientador
Mário
de
Souza Almeida
Professora
Alessandra
de
L.Jackobsen
“Num
dia qualquer, vocêsabe
que
tem
um
limite.Você chega
a este limite e diz: certo esteé o
limite.Quando
você
chega a
esteponto
algo acontece.Você
descobreque
pode
irmais
além
Com
o
poder de sua
mente,sua
determinação, instinto, esua
experiênciatambém,
você
pode
voarmuito
mais
alto”.V
AGRADECIMENTOS
É
muito importante reconhecer e agradecer a tantas pessoasque
deforma
especialcontribuírarn para a conclusão deste trabalho.
Ao meu
esposo Antônio, pela paciência, compreensão, apoio e incentivo, que fortaleceuainda
mais
o
meu
desejo concluiro
curso.Aos
meus
pais, pela educação eformação do
meu
caráter, que contribuiu para estaronde
estou e saber aproveitar as oportunidades.
Ao
meu
orientador, professorMário
deSouza
Almeida, pela dedicação, ensino e ajuda.À
Universidade Federal de Santa Catarina,que
está aberta à pesquisa, aoconhecimento
daquelesque
pretendem fazer diferençana
sociedade.Ao
Meu
Deus, tão bondoso, maravilhoso e fielque
me
ajudou e fortaleceu nosmomentos
em
que eu mais
precisei.Vl
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
... ... ..vsUMÁR1o
... ... ... ..v¡LISTA
DE
FIGURAS.
.... .... ... ... ... ...viiiLISTA
DE
TABELAS
... ...RESUMO
... ... ..x11NTRoDUÇÃO
... ..11 1.1Tema
problema
... ..11 1.2 Justificativa ... .. 12 2OBJETIVOS
... ... ... ..13 2.1 Objetivo geral ... ..13 2.2 Objetivos específicos ... .. 13 3FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
... ... ...14 3.1 Estrutura burocrática ... .. 153.2 Estrutura voltada a processos ... ..23
3.3
Gerenciamento
das informações ... ..324
METODOLOGIA
... ... ..414.1 Caracterização
da
pesquisa ... ..414.1.1
Quanto
aos meios. ... ..414.1.2
Quanto
aosfins
... ..414.2 Técnica de coleta de dados ... ..42
5
COPESUL
... ... ..437
5.2 Gestão ... ..44
5.3 Missão, Visão de futuro e Valores ... ..44
5.4 Processos fundamentais ... ..45 5.5
Unidade de
negócios ... ..45 5.6 Qualidade ... ..46 5.7 Tecnologia ... ..47 5.8 Recursoshumanos
... ..47õcoNsIDERAÇÓEs
Fn~1AIs
... .... ... ... ... ..491RE1‹¬EÊNcIAs
BIBLIOGRÁFICAS
... .... ... ... ...51viii
LISTA
DE FIGURAS
1. Previsibilidade e imprevisbilidade
do funcionamento
da
estrutura .2.
Quadro
comparativo
entre estrutura funcionaleestrutura voltada a processos... ... .. ..
3.
Visão esquemática
de
um
processo .... .. ...4.
Vantagens da
estruturapor
processos sobre a estruturaburocrática referente a rigidez das atividades realizadas... .
5. Interação entre o cliente, estratégia e tecnologia
no gerenciamento por
processos... .. . ...316.
Novas
estruturas organizacionais,novos
processos gerenciais e gestãode
recursoshumanos
proporcionados
pela tecnologiada
informação... ..LISTA
DE TABELAS
X
RESUMO
O
presente trabalhotem
como
finalidade apresentaruma
pesquisa teórica das estruturasburocráticas e as atuais estruturas voltadas a processos,
bem
como
verificar qual a relevânciado
gerenciamentoda
informaçãona
organização,no
processo de reestruturação da empresa.Referente à estrutura burocrática foi pesquisado o
modelo
descrito porMax
Weber,
referentes as suas características, vantagens, disfunções, e outros aspectos
que envolvem
a suaconstituição.
Com
relação à estrutura voltada a processos, verificou-se sua importânciano
processode
reestruturação organizacional,
bem
como,
o conceito, as vantagens e oque
diferenciamda
estrutura burocrática.
A
respeitodo
gerenciamentoda
informação foi pesquisado a sua importância, utilizaçãopara a obtenção de
vantagem
competitiva,também
apresentando as fases para a implantação deum
sistemas de informação na organização.Por
fim
é apresentadoum
estudo de caso ilustrativoda
Companhia
Petroquímicado
Sul-
COPESUL em
que, após passar poruma
privatização, seus executivos perceberamque
paracontinuar
no mercado
competindo necessitavauma
reestruturação organizacional, atravésda
1
INTRODUÇÃO
1.1
Tema
problema
Os
administradores estruturamou
organizam suas empresasconforme
os objetivos,recursos e ambientes internos e extemos. Verifica-se
que
écomum
a estratégia de detenninar aestrutura de
uma
empresa.A
competitividade entre as organizaçõesnunca
foi tão forteem
pouco
espaço de tempo, exigindoque
estas seadaptem
aonovo
cenário, cujasmudanças
são constantes.A
estrutura burocrática (tradicional) da organização atuahnentenão
consegue atender anova
realidade, exigindo amudança
do
trabalhomanual
para o informatizado,do
trabalhodo
supervisionado
com
padrões claros enonnas
de procedimentos facilmentedominados
paratrabalhos
complexos que
exigem
criatividade e liberdade para agir profissionalmente.A
infonnação, cada vezmais
exerceum
papel relevante nas organizações.Ao
considerarque
desde a fasedo
processamento de dados a informação obtida através doscomputadores
visava apenas aumentar a eficiência e a rapidez das atividades administrativas, a idéias básica era permitir
que
as pessoaspudessem
trabalhar cada vezmais
emais
concentradasem
seus limites12
1.2 Justificativa
Diante
do
fato exposto acima, o presente trabalho apresentaum
estudo teórico, assim, ateoria é fonte de
embasamento
para o estudoda
realidade práticada
organização, sendoimprescindível para a obtenção de novos conhecimentos e experiências.
Com
a finalidade de conhecer oque
a teoriada
administração apresenta sobre a estrutura burocrática, ecomparar
asmudanças que ocorrem na
organizaçãoquando
gerenciamento pôrprocessos e implantado, descrevendo a importância
do
gerenciamentoda
informaçãona
obtenção devantagem
competitiva.2
OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Pesquisar, analisar e descrever a estrutura burocrática, e verificar a importância
do
gerenciamento por processos eda
informaçãona
reestruturação organizacional.2.2 Objetivos específicos
1. Levantar as abordagens conceituais
da
estrutura burocrática;2.
Definir
e descrever o gerenciamento por processosna
reestruturação da organização;3. Apresentar a importância
do
gerenciamento da informação;4. Observar os resultados
da
reestruturação organizacionaloconida na
Companhia
Petroquímicado
Sul-
COPESUL;
através deum
estudo de caso ilustrativo3
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
A
estruturada
organizaçãopode
ser definidacomo
o padrão estabelecido para as relaçõesentre os
componentes da
organização. Desta forma,convém
definir e diferenciar organização e estrutura organizacional.Apesar
de muitas vezes esses termos se confundirem, elespossuem
signiñcadosdiferentes.
Organização pode
ser entendidacomo
o processo pelo qual se fazcom
que a estruturada
organização se ajuste a seus objetivos, a seus recursos, a seu ambiente. Estrutura Organizacionalpode
serdefinida
como
a disposição e a inter-relação entre partescomponentes
e os cargos deuma
empresa
(CHIANVENATO,
1993).Segimdo
JUCIUS
eSCHLENDER
(1990), a estrutura é a anatomiacom
a qual aorganização é criada e operada. Ela
dá
disposição sistemática ao trabalho a ser feito. Portanto, elaé
o
arcabouço de responsabilidades, autoridades ecomunicações
de indivíduosem
cada
unidadeorganizacional,
da
tarefa mais simples à divisãomais
importante, suas funções e a relação de cada parte paracom
as demais e paracom
a organização.15
3.1 Estrutura burocrática
A
estrutura organizacional idealizada e estudada pelo Sociólogo alemão, eDoutorado
em
Direito
com
a tese História das sociedades Mercantisna
Idade Média,Max
Weber,
constituiuuma
das mais altas formas de autocrítica e auto consciênciano
período deuma
das maiores desagregações e reorganizações sociaisno
período de transição entre os séculosXIX
eXX
(TRAGTENBERG,
1977, p. 137-143).Ao
administrar o Hospitalda
Alemanha
dirigido por burocratasnão
especializados,Weber
converteu-osem
burocratas-racionais entre agosto de 1914 e outono de 1915.Ao
aposentar-se preocupou-seem
estudar a burocracia sistematicamente.Como
tipo de estrutura organizacional ideal, a burocracia foi primeiramente descrita porMax
Weber
em
1947.Ao
desenvolver seumodelo
de burocracia, enfatizava o profissionalismo,pois acreditava
que
o sistema só funcionaria se fosse provido de pessoas competentes ecapacitadas.
Sendo
mn
dos fundadoresmais
influentesdo
estmturalismo, preocupou-semuito
com
adistribuição
do
poder entre as posiçõesda
organização na estrutura burocrática representandoo
elemento formal de sua obra.Observou
a fragilidadeda
estrutura racional e constatouque
existem pressões de forças exterioresque
encorajam o burocrata a seguir outrasnormas
diferentes das organizacionais.
A
Teoriada
Burocracia, segundoCHIAVENATO
(1993, p.6), desenvolveu-se dentroda
Administração,em
torno dos anos 40,em
funçãoda
fragilidade e parcialidade tantoda
TeoriaClássica, puramente mecanicista,
como
da
Teoria das RelaçõesHmnanas,
voltada apenas para o bem-estar e motivaçãodo
empregado, e preocupadaem
evitar conflitospromovendo
a saúde social.16
I-Iistoricamente as razões
que
favoreceramo
surgimentoda
teoria burocráticaem
resumo
foram: as visões extremadas e parciais dos classistas e humanistas, a crescente
complexidade
das organizações,em
função dasmudanças
socioculturais e políticas; e a necessidade deum
modelo
de organização racional e abrangente, capaz de lidar
com
todos os setores e variáveisda
entidade(CHINELATO,l993).
A
burocracia é Lunaforma
de organizaçãohumana
que
se baseiana
racionalidade,ou
seja,na
adequação dosmeios
aos objetivos pretendidos, afim
de garantir amáxima
eficiência possívelno
alcance desses objetivos, remonta à Antigüidade, e teveorigem
nasmudanças
religiosasverificadas após
o Renascimento
(CHIAVENATO,
1993).O
conceito popular de burocracia é visualizado geralmentecomo
tuna empresa,repartição
ou
organizaçãoonde o
papelório se multiplica e se avolmna, impedindo as soluções rápidas e eficientes,também
com
o sentido deapego
dos funcionários aos regulamentos e rotinas,causando ineficiência à organização.
Para
Max
Weber
é exatamente o contrário, a estruttua burocrática é eficiente porexcelência e apresenta suas principais características
(CHIAVENATO,
1993, p. 15):I Caráter legal s
normas
e regulamentos~ com
legislação própriaque
define
antecipadamentepor escrito a
forma
como
a organização irá ftmcionar, assegura-lheuma
interpretação sistemática e unívoca;I Caráter formal das
comtmicações
-
as regras, decisões, ações administrativas e procedimentossão feitos por escrito para proporcionar
comprovação
edocumentação
adequadas;I Caráter racional e divisão
do
trabalho-
éadequada
ao objetivo a ser atingido, sendo esteo
aspecto racional
da
burocracia.A
divisãodo
trabalho implicaem
cada participante tero
seu cargo específico, suas ftmções específicas e sua esfera de competência e de responsabilidade;I Impessoalidade nas relações
-
a administraçãoda
burocracia é realizadasem
considerar as17
I Hierarquia de autoridade
-
cada cargo inferior deve estar sob o controle e supervisão deum
posto superior;
I Rotinas e procedimentos estandardizados
-
o ocupantede
um
cargonão pode
fazero que
quiser,
mas
o que a burocraciaimpõe
que ele faça;I
Competência
técnica e meritocracia-
a admissão, transferência epromoção
são baseadasem
critérios válidos para toda a organização, de avaliação e de classificação, e não
em
critériosparticulares e arbitrários;
I Especialização
da
administração-
osmembros
do
corpo administrativodevem
estarcompletamente
separadosda
propriedade dosmeios
de produção,ou
seja, o dirigentenão
énecessariamente
o
dono do
negócioou
um
grande acionistada
organização;I Profissionalização dos participantes
-
a organização burocrática caracteriza-se pelaprofissionalização dos seus participantes;
I
Completa
previsibilidadedo
funcionamento-
omodelo
burocrático deWeber
pressupõeque
todos os funcionários deverão comportar-se de acordo
com
asnormas
e regulamentosda
organização, a
fim
deque
atinja amáxima
eficiência possível.Ao
definir as característicasdo
modelo
burocrático,Weber
procurou vincular as identificações à posição enão
ao seu ocupante.Em
seus estudos,não
considerou a burocraciacomo
um
sistema socialmas
como
um
tipo de poder .O
exercíciodo
tipo de autoridade identifica-secom
os estágios sociais, objetivando a adequação das organizações aomodelo
burocráticoda
sociedade correspondente, representandoo
poder institucionalizado e oficializado, implicandoem
potencial para exercer influência sobre as outras pessoas, proporcionandoo
poder.Weber
estabelece então três tipos de autoridade, asaber:
I :l`_rg1_di‹:ii1¿il
-
obediência por simplescostume
e adaptação à rotina;I Carismática
-
obediência por estimaou
admiração ao líder;18
O
tipo ideal de burocracia, segundoMAXIMIANO
(1991, p.27), éum
tipo de fórmulamédia onde
estão presentes os elementos: formalidade, impessoalidade e profissionalismo.O
autor
define
cadaum
destes elementos deforma
clara e simplista:I Formalidade
-
também
chamada
de formalidade burocrática, ocorreem
organizações fonnaisonde
a autoridade baseia-seem
normas
e regulamentosque
estipulam qual éo
comportamento
esperado e quais são os direitos e deveres dos participantes.A
ligação entreo
indivíduo e a burocracia é oficial e está registrada
em
documento,como
um
contrato detrabalho
ou ficha
de matrícula, estando vinculado institucionahnente auma
organizaçãojuridicamente ordenada.
Podendo
sero
funcionário deuma
empresa
aluno deuma
escolaou
o cidadão deum
Estado.I Impessoalidade
-
as relações entremembros
da
organização burocrática são governadas peloscargos que
ocupam.
Um
indivíduo investidonum
detenninado cargo gerencial éum
superior dentrode
urna competênciaou
jurisdição, e defende os limitesde
seu território de autoridade, dentrodo
qual as ordenspodem
ser dadasou
obedecidas.A
obediêncianão
é devida aalguém
pessoalmente,mas
ao cargoocupado
pelo superior.I Profissionalismo
-
na
maioria das organizações formais, os cargos são ocupadosem
regimede dedicação exclusiva, oferecendo a seus ocupantes
uma
carreira profissional.O
membro
de
uma
burocracia éum
funcionárioque
fazdo
cargoum
meio
de vida medianteum
salário regular,em
troca de seus serviços.A
escolha para ocuparo
cargo,em
geral, deve-se às suas qualificações,que
são aprimoradas pormeio
de treinamento especializado.Para
um
melhor
entendimentodo
que são as organizações fonnais,CRUZ
(1998, p.42)refere-se a elas
como
“estruturas criadas, aprovadas, asstunidas e divulgadasmediante
organogramas
e outrosdocumentos
intemos e externos visando estabelecer a maneiracomo
as interaçõesdevem
operacionalizarno
processo produtivo”.Para
Weber,
os beneñciosmáximos
da
burocraciapoderiam
ser conseguidos atravésda
adoção de
estratégias designadas pela organização, e que são apresentados porGIBSON,
19
I Princípio
da
divisãodo
trabalho-
onde
todas as tarefas necessárias à consecução das metassão divididas
em
tarefas altamente especializadas.Os
trabalhadores deveriam tornar-seexperts
em
suas tarefas epoderiam
ser responsabilizados pelobom
desempenho de
suas obrigações.I
Cada
tarefa é realizada de acordocom
um
sistema de regras - assegurando a uniformidade e acoordenação das diferentes tarefas,
com
a justificativa deque
o administradorpode
eliminar aincerteza
no
desempenho
das tarefas, incerteza esta proveniente das diferença individuais.I
Cada
membro
ou
escritório da organizaçãodepende
deum
superior - sua autoridade baseia-se
no conhecimento
especializadocom
legitimidadedo
alto da hierarquia, criandouma
cadeiade
comando.
I
Cada
chefeda
organizaçãoconduz
os negócios de maneira jornalística e impessoal -mantendo
distância social dos subordinados e clientes, garantindo que as personalidadesindividuais
não
interfiramno
bom
cumprimento
dos objetivosda
repartição,não havendo
favoritismos originados de amizades
ou
parentescos pessoais.I
O
emprego na
organização burocrática baseia-seem
qualificações técnicas - estandoprotegido contra demissões arbitrárias, e as
promoções
estão baseadas nos anos de serviço.Na
análise deMax
Weber
a burocracia éum
conceito sociológicoque exprime
racionalização de atividades coletivas, descrevendo
uma
fonna ou
um
modelo
que garante aprevisibilidade
do comportamento do empregado
dentroda
organização, levando-o a crerque
elaera superior a qualquer outra
fonna
de organizaçãoem
precisão,em
estabilidade,na
rigidez de sua disciplina eno
seu grau de confiabilidade.Sua
aplicação constituiem
vantagensna
organização.
Desta maneira, as principais vantagens
do modelo
burocrático,na
concepção deMax
Weber,
são apresentadas pelos autores relacionados a seguir:20
5
~“ -'
_, ›' ,|¿ _ 1 ;___›
- V-t ~‹f_ «f-'V5' -f _, ~›~- 1+ zi; fi-' ¬Í~,_. ‹› y.:~,,.. r sz _» 3
W
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Adequaçao
dosmeios
aos fins, obtendo-se a eficiência;
I Precisão das tarefas e dos resultados; I
Rapidez
nas decisões;I Uniformidade de procedimentos
poucos
erros e baixos custos;I Fácil substituição de pessoal;
COITI
I Facilidade de interpretação das regras; I
Redução
de atritos entre OSfuncionários, pois cada
um
conhece os seus limites de ação e de poder;I Constância das decisões;
I Confiabilidade
no
serviço, por serimpessoal e as decisões
\ . , .
previsiveis;
I Dificuldade para a corrupção, c
favorecimento
da
moralidade.SCI`€IIl
Om
ORacionalidade,
em
relação ao alcance dosobjetivos
da
organização;Precisão,
na
definiçãodo
cargo ena
operação;
Rapidez
nas decisões;Univocidade de interpretação garantida pela
regulamentação específica e escrita;
Uniformidade
de rotinas e procedimentosfavorece a padronização, redução de custos
e erros;
Continuidade
da
organização atravésda
substituição
do
pessoalque
é afastado;Redução
do
atrito entre as pessoas; Constância;Subordinação dos mais novos aos
mais
antigos;
Confiabilidade;
Beneficios sob o prisma das pessoas.
Tabela
1:Vantagens
do modelo
burocrático(CHIAVENATO,
1993).As
vantagensdo
modelo
burocrático, são percebidasem
organizações estáveis,com
rotinas e tarefas, e sua rápida disseminação neste século e utilização nas organizações foi de fundamental importância.Entretanto, por mais
que
as organizações sejam organizadas e utilizem defonna
coerente os princípios burocráticos, ela não é plenamente racional e o formalismonão
tem
a profundidade21
A
eficiência, segundoCI-IINELATO
(1993), refere-seao desempenho,
ao processoou
gerenciamentoharmônico
do personagem
principal frenteao
empreendimento.Envolve
anoção
do
bom
uso dos recursoshumanos,
material, tecnológico, espaciais,podendo o
conceito abrangero desempenho
deum
setorda
instituiçãocomo
um
todo enão
apenasdo
personagem
principalda
organização.Robert
K
Merton, cuja pretensão era a buscada
eficiência deforma
geral, constatouem
seus estudosque
as conseqüências imprevistasgeravam
ineficiência, distorções e falhas,chamando-as
de disfunçõesda
estrutura burocrática, representadas pelafigura
abaixo.Figura
1: Previsibilidade e imprevisibilidadedo
funcionamento da
estrutura22
Desta maneira, dentre as principais disfunções
que
a burocracia passou a exibir devido à sua errônea aplicação, destaca-se as seguintes:I
A
lentidão diante dasmudanças
necessárias;I
A
incapacidade dos indivíduos decompreenderem
seu papelna
organização;I
O
abandono
das relações informais;I
A
padronização de comportamentos,com
perdada
espontaneidade eda
liberdade; IO
condicionamentoem
condutas ultrapassadas;I
A
submissão e apatia dos subordinados,com
perdada
capacidade de racionalidade e dedecidir;
I
O
excesso de trâmites, alguns desnecessários;I
A
burocracia passa a serum
tipo de poder e dedominação
enão
maisum
sistemaorganizacional.
O
estudo das disfunçõesda
estrutura burocrática mostraque
as deficiências precisam sertrabalhadas e eliminadas,
mesmo
porque atualmente a rapidez nasmudanças
tecnológicasnão
permiteque
a organização continue a trabalharem
um
sistema rígido imposto por essemodelo
que
foi muitoadequado
ao início deste século,quando
Weber
aprofundou-seno
estudo das organizações burocráticas.23
3.2 Estrutura voltada a processos
A
estrutura organizacional tradicional (burocrática)que
alcançava eficiência atravésda
fragmentaçãodo
trabalhoem
tarefas, difundia o poder e responsabilidade resistindo a sugestõespara
mudarem
a suaforma
de funcionamento, isto porque os princípios organizacionais durantedécadas
mostraram
um
bom
funcionamento.Contudo, a realidade que as organizações precisam encarar é
que
a antigaforma
de funcionamentotomou-se
inoperante devido o fato à crise de competitividade globalque
asempresas enfrentam aqui e agora.
No
ambiente atual,nada
é constanteou
previsível,nem
o crescimentodo
mercado,nem
ademanda
dos clientes, os ciclos de vida dos produtos, o grau demudança
tecnológicaou
anatureza
da
competição.HAMMIVIER
eCI-IAMPY
(1994, p. 14-16) consideram três forças que, separada e combinadamente, estão impelindo as atuais empresas cada vez mais para dentro deum
território assustadoramente desconhecido para a maioria dos seus executivos e gerentes, a saber:I
As
forças de clientes-
que sabem
oquerem
, o
que
'desejam pagar por isso ecomo
obtê-lonos termos
que
exigem;I
As
forçasda
concorrência-
que antes era simples e agora a tecnologia altera a sua naturezade formas inesperadas.
Se
uma
empresa não
consegue se equipararcom
as melhoresdo
mundo
em
Luna categoria competitiva, logonão
terá seu espaçono
mercado;I
As
forçasda
mudança
-
quetomou-se
mais difundida, persistente e acelerada.Com
aglobalização
da
economia, as empresas enfrentamum
número
maior de concorrentes e cada24
As
mudanças no
ambiente empresarial estão levando amudanças
profundasna
culturaorganizacional.
Na
culturada
antigaempresa
haviaum
acordo de obediência, dedicaçãoem
trocade segurança entre os administrador e os trabalhadores. Isto pelo fato da organização ser patemalista, controladora e burocrática.
A
criatividade era frustrada pelo protocolo e pelasnormas
de trabalho.A
ambição
se manifestava maisna
políticado que
pela produtividade e ahabilidade profissional era coisa
do
passado(HAMMER,
1997).A
obediência a ordensnão
é garantia de sucesso. Dedicar-se à tarefa erradanão
constituinenhuma
virtude, éum
mero
esforçosem
discernimento, flexibilidade e entusiasmo,que
segundo o autor,não
leva a lugar nenhtun.Quando
o foco é o cliente,o
trabalho a ser desenvolvidodeve
ser ágil,adequadamente
dirigido e adaptado às circunstâncias especiais
do
processo. Exigeque
as organizaçõesinovem
na forma
de fazero
produto parao
sucesso competitivo, requerendo, desta forma, agilidade, rapidez, imaginação, criatividade, flexibilidade ecomprometimento
com
os resultados.Entretanto, “o controle burocrático
pode
impedir a iniciativa individual e serextremamente
disfimcionalem
períodos de incerteza emudanças
rápidas”(NONAKA
eTAKEUSHI,
1997, p.186).O
que as organizações precisam é induzir os funcionários a seremmais
leiaisao
clientedo
que
à empresa, paraque
venham
a prosperar.Qualquer iniciativa de
mudança,
como
algumas apresentadas acima, segundoCHAMPY
(1997, p.26-32), deve
começar
pela descrição deonde
se pretende chegar.A
reengenharia implicano
reconhecimento de que a organizaçãodo
trabalhonão
precisa seguir funções,mas
que
os processos ultrapassam as linhas funcionais, e a freqüente necessidade de planejarfluxo
de25
trabalho desde o início, recomeçando, ao invés de modificar o que já existe.
A
reinvençãodo
negócio émarcada
pormudanças
simultâneasem
muitos elementosda
organização.A
reengenharia, paraHAMMMER
eCHAMPY
(1994, p.22) “é o repensar fundamental ea reestruturação radical dos processos empresariais
que visam
alcançar drásticas melhoriasem
indicadores críticos e contemporâneos
de desempenho,
taiscomo
custos, qualidade, atendimentoe velocidade”.
Ambos
a reengenhaiia e reinvençãorequerem
ação, conhecimento dos objetivosempresariais
que
levarão: ao redesenhodo
processo, a novas oportunidades, estratégias, estruturas e relaçõescom
mudanças
internas e externasna
empresa, novas infra-estruturasde
tecnologia de informação e novas atitudes dos gerentes e fimcionários.
CHAMPY
(1997, p.26-32) relacionaalgumas
condições e acontecimentos aserem
previstos e preparados ao se executar a reengenharia
ou
reinvenção da empresa, a saber:I Crise
na
cúpulada empresa
-
os programas que orientam reestruturaçãoda
empresa,devem
ser aplicados de
cima
para baixo, envolvendo todas as pessoas nas fasesdo
projeto àimplementação normalmente
durante os primeirosmeses do programa
demudança, quando
os gerentes
deparam
-secom
as implicações reaisda mudança,
seus esforços esgotam-se,dando origem
auma
criseque
resultaem
conflitos.Uma
interrupção é válida, poisproporciona a discussão de problemas e preocupações, a solução e o progresso.
I
Mudando
o
escopo-
os atuais programas demudança
sãomarcados
pelaambição
e procurade resultados a curto prazo.
Conforme
oprograma caminha
para a implementação,pode
serconstatado pelos administradores
que o
escoponão
atingirá os resultados esperados.Quando
isto ocorre, são necessários esforços sobre
humanos
de alguns paraque
aempresa
se26
I Escala
-
quanto maior a escalado
programa, maior a probabilidade de serbem
sucedido.Se
a
empresa
for grande e a gerência estivercomprometida
com
ele, a organizaçãodeve
enfrentar tudo
o que
for preciso para administrar amudança.
O
grau demudanças no
setor demercado
eda ambição
gerencial determinará a escalado
negócio eda
mudança
organizacional.
I
Tudo
muda -
as empresas estão reconhecendo que a supremacia dos departamentos e funçõeslevou à burocracia e à administração focada
em
questões intemas. Para melhorar aempresa
deforma
significativa, as fronteiras organizacionaisdevem
se tornar mais penneáveis.I Diálogo versus
comunicação
-
a mobilização dos gerentes a conversarcom
as pessoasem
toda a organização,
conduz
acompreensão
eo
significadodo programa
para todosfuncionários.
I
Medo
e descrença- podem
ser tratados nas conversascom
os funcionários.O
medo
não
seráeliminado se for legítimo,
mas
grande parteda
descrençapode
ser dissipada se os gerentesforem
francos.I Valorizar outros elementos
além do desempenho
~
a destreza e a agilidadedevem
ser osprincipais critérios para que o objetivo
da
melhoria seja alcançado.Administrar
uma
empresa que
foi criada para prosperarna
produçãoem
massa,na
estabilidade e
no
crescimento,não
podem
ser ajustadas para sucederem
um
mundo
onde
osclientes, os concorrentes e a
mudança
exigem
flexibilidade e rapidez de resposta ,em
tomo
detarefas,
num
mundo
competitivocomo
o atual, não é mais adequado.São
necessárias melhorias nas atividades para aempresa
sobreviver. Para tanto essas atividadesnão
podem
mais
estar27
Estrutura fimcional Estrutura por processo
(comando e controle) (visão e comprometimento)
Í.-,__. L
Í
Chili?-i Process sUI
l
III
;Í;`Í::'i :z-_~¬ ._ F omecedores Clientes l_` is I Ótimo do todo; I Inter-relacionamento de processos;I Orientação para clientes;
Cooperação entre equipes; Sociocracia;
Equipes autônomas; Aprendizado.
Ótimo das partes; Segmentação de tarefas;
Orientação de tarefas;
Competição entre pessoas;
Decisões hierárquicas;
Controle extemo sobre pessoas;
I Treinamento.
Figura
2.Quadro
comparativo
entre a estrutura funcional e a estruturapor
processos.
DAVENPORT
(1994, p.7) conceitua processoscomo “uma
ordenação específica dasatividades de trabalho
no tempo
eno
espaço,como
mn
começo
eum
fmi, inputs e ouqvuts,claramente identificados:
uma
estrutura euma
ação”.O
processo édefinido
porROTONDARO
(1998, p.59-60)como “uma
seqüência organizadade
atividades, que transforma as entradas dos fomecedoresem
saídas para os clientes,com
run valor agregado gerado pela unidade eum
conjunto de causasque geram
um
ou
mais
efeitos”.O
autor observa queum
serviço paraum
cliente é realizado pela cadeia deum
ou mais
processos interligados, desenvolvendo
uma
relação de clientes e fomecedores internos,mas
o
objetivo final é
o
cliente extemo, atravésda
produção deum
produtoou
serviço.Mão-de-obra
›
r. ,. . a . Produto 1 ira.-*z ~ ' I“f°fmaça°--V
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_›
CllenteV
?5"5¶a28
Para
CRUZ
(1998, p.84)o
processo “é aforma
pela qualum
conjunto de atividades cria,trabalha
ou
transformainsumos
com
a finalidade de produzir bensou
serviços,que
tenham
qualidade assegurada para serem adquiridos pelos clientes”. Esta definição mostra
que o
processo é constituídoem
elementos fundamentais, a saber:I
Os
Insumos
-
são o conjunto de fatoresque
eram na
produção de bensou
serviçoscomo
asmatérias-primas, conjuntos, sub-conjuntos, luz, água, gás e outros;
I
Os
Recursos~
são os elementosque
dão suporte a produção,como
capital, mão-de-obra einstalações, e
determinam
a capacidade de produzir determinadobem
ou
serviço;I
As
Atividades-
são asmenores
partesque
constituem qualquer processo;I
As
Informações - dão afonna
e a natureza de sua existência, e são geradas, transmitidas,manuseadas
pelo processocomo
subprodutoou
produto das atividadesque
acompõem;
I
Temp_Q
-
componente
fundamental de todo e qualquer processo, dizendoquando
fazer,o
que
fazer,
o que
tem
que
ser feito, para que obem
ou
serviço seja produzido.O
cliente é considerado porCRUZ
(1998) o principal objetivo de qualquer processo, classificando-osem
dois tipos:o
cliente interno-
que
são todos os indivíduosque
desempenham
atividades dentroda empresa
e o cliente externo-
que são todos os indivíduosque vão
comprara
e receber os bens
ou
serviços produzidos pela empresa.Entretanto, o controle burocrático
pode
impedir a iniciativa individual e serextremamente
disfuncional
em
periodos de incerteza emudanças
rápidas.Na
verdade “Luna organização de negócios deveria ser equipadacom
a capacidadeestratégica
de
explorar, acumular, compartilhar e criarnovo
conhecimento deforma
contínua e repetidaem
um
processo dinâmico eem
espiral”.(NONAKA
eTAKEUCI-H,
1997, p. 186)Ressaltam os autores que as estruturas burocráticas
podem
gerar outras característicasdisfuncionais
como:
a resistência amudança,
tensão, falta de responsabilidade, papelada,meios
que se transformamem
fins, departamentalismo,onde
cada indivíduo. faz a sua parte, fabricando29
Figura
4.Vantagens
da
estruturapor
processossobre
a estrutura burocrática,referente a rigidez das atividades realizadas
segundo
CRUZ
(1998, p.139).A
“perspectivado
processo exigeque
comecemos
com
os clientes eo que
elesquerem
de
nós, e trabalhemos a partir daí”(HAMMER,
1997,p. 11).Como
a perspectivade
um
processo implicauma
visão horizontaldo
negócioque
envolve toda a organização(começando
nosinsumos
e terminandocom
os produtosou
serviços), todoprocesso projetado corretamente
tem
avoz
e a perspectivado
cliente perfeitamente embutidasem
todas as fases de execução. Estas fases são apresentadas porVANZOLINI
(1998, p.62)através de
uma
metodologia operacional compostas por fases,que
são apresentadas abaixo:1. Identificação
do
processo;2. Definição
do
responsável pelo processo;3. Definição das fronteiras
do
processo;4.
Desenho do
fluxogramado
processo;30
6. Análise das células unitárias;
7. Verificação dos indicadores;
8. Normatização;
9. Melhoria constante.
A
seleção dos processos, segundoROTONDARO
(1998, p.60),devem
apresentar asseguintes etapas:
I Utilizar a visão
do
cliente, partindo de objetivos estratégicos de referência: missãoda
empresa, plano estratégico, cenários;
A
I Identificar os fatores chave
que permitem
a realização de objetivos (visão intema): a partirdo
fluxograma
geral, detemrinar os fatores importantes para a sua realização; eI Selecionar os processos prioritários,
sempre
com
a visãodo
cliente final.A
análise para amudança,
após a seleçãodo
processo,pode
ocorrer de váriasmaneiras, sendo
que
algumas características sãocomuns
a esse tipo de trabalho, e são apresentadas pelo autor,dependendo da empresa ou do
negócioque
se pretenda melhorar.São
elas:I
Combinago
de
tarefas-
onde
Luna pessoa cuida de vários passosdo
processo; IOperador
toma
decisões~
não
necessitando consultar0
chefe hierárquico;I
Os
passosdo
processosdevem
ser efetuadosna
ordem
natural~
pelo fato das funçõesnão
serem
rígidas;I Processos
com
muitas versões-
onde
as exigências dos clientesdeterminam
a necessidade deflexibilidade
na forma
de realizaro
processo;I Reduzir controles e inspeções
-
os controlesnão
acrescentam valor parao
cliente final,todavia
podem
reduzir o sacrifícioda
organização edo
cliente;I Operações
podem
ser centralizadasou
descentralizadas-
conforme
a tarefa a ser realizada, é31
I Indicadores são estabelecidos
-medir
os resultados das atividades de melhoria é fundamentalpara
o
êxito; os indicadoresde
eficáciamostram
como
as necessidades dos clientes sãoatendidas e os indicadores
de
eficiênciamostram
como
o processo está sendo realizado;I Fixar a melhoria e a tecnologia
-
sempre que
ocorrerem modificações durante a formatação ealteração
de
procedimentos;I Melhoria contínua
-
pois o processonunca
termina;
I Utilizar as ferramentas de infonnática -
sempre
observando as regras.O
gerenciamento por processos aponta parauma
interação entre pessoas, tecnologia e estratégia, atravésdo
gerenciamentoda
informação defonna
adequada,do
trabalhoem
equipecom
autonomia
de decisão e liderando os processos, e, deuma
estratégiaque una
o valor entregue aos clientes, a satisfação das pessoas e a remuneraçãodo
capital.Conforme
figura
abaixo:
Estratégia
Clientes Tecnologia
Figura
5. Interação entre cliente, estratégia e tecnologiano gerenciamento por
processos.O
cliente éo
principal objetivo de qualquer processo e “paraque
o processo seja livredo
trabalho
que não
agrega valor, as funções sãoamplas
e complexas, abrangendo Lunagama
detarefas e exigindo
que
o trabalhador entendao
quadro geralcompreendendo
as metasdo
negócio; necessidades dos clientes e estruturado
processo”, de acordoHAMMER
(1997, p.38-39).32
3.3
Gerenciamento
dasinformações
A
necessidade de agilizar o trabalho, alvoda
própria burocracia e sua rotinaformada
porprocessos sistematizados, ordenados, catalogados,
demorados
e inflexíveis , levou as empresas apartir
da
década de70
a investirem
tecnologiacomo
acompra
de computadores.Muitas
vezesas empresas
alugavam
sistemas eletrônicos, pois erauma
tecnologia cara de adquirir e manter.As
máquinas
necessitavam de pessoas especializadas para sua operação e utilização, emaior
dificuldade encontrava-seem
sensibilizar as pessoas dentroda empresa
das vantagensque
estatecnologia traria para seus negócios. Neste período a
máquina
funcionava apenascomo
processadora de dados,não
havendo
nenhuma
preocupaçãocom
o negóciocomo
mn
todo. Talprocesso
mudou
muito e continuaem
evolução.CRUZ
(1998,p.59-62) discute as quatro fasesda
tecnologiada
informação até os dias dehoje:
l. Processamento de dados
-também
chamada
de aEra do
Pape, poiso
únicomeio
de secomunicar
com
os computadores era atravésdo
papel.2. Sistemas de informações
~ também
chamada
pelo autor de Erado
Suporte Eletrônico,quando
surgiram o disco magnético, disquetes e outros terminaisque
substituíram opapel.
3. Informações estratégicas -
ou Era do Ambiente
Virtual, servindo de ponte entreo
reinado dos
mainframes
e as novas tecnologiada
informação.4. Tecnologia de infonnação
-
ou Era da
Globalização,que
tem
como máximo
símboloda
idéiado
mundo
sem
fronteiras a rede mundial de computadoresINTERNET.
Desta forma, é importante relembrar três conceitos importantes que
Cruz
(1998, p. 62)apresenta, a saber:
I
Dado -
é a matéria-primado
conhecimento emenor
parteda
informação.Não
tem
33
I Processamento
-
é o ato de transformar odado
em
informação pela execução deuma
ou
de várias atividades eletrônicas.I Infonnação
~
é 0 resultado da transfonnaçãodo dado
em
algo possível de serentendido quer por estar ntnn contexto, quer por conter
um
significado formal.Segundo
DRUCKER
(1997, p.5) “a informação é odado
dotado de relevância eobjetivo”. Converter dados
em
infonnação requer conhecimento.E
o conhecimento por definiçãoé especializado”.
O
autor considera que ainda hoje o usuário dos computadores usa anova
tecnologiaapenas para acelerar o
que sempre
fez antes,ou
seja, processar dados numéricos convencionais.E
vaimais
longe ainda, aoafirmar
que,quando
aempresa
muda
o foco de dados ara informações,seus processos decisórios, sua estrutura gerencial, e até
mesmo
aforma
de realizar o trabalhotêm
quer ser transfonnados, reformulados e reestruturados.
A
organização baseadana
infonnação, requer muito mais especialistas geraisdo que
asempresas de níveis hierárquicos,
tomando
sua estrutura organizacional mais horizontal,onde
cada colaborador utiliza as infonnações
com
responsabilidade.As
organizações burocráticas, diante de tantas mudanças, encontravam-se despreparadas para usufruirdo novo
conceito sistêmico que anova
tecnologia passou a trazer e,segundo
OLIVERA
(1992, p.23), “sistema éum
conjunto de partes integrantes e interdependentes que,conjuntamente,
formam
um
todo unitáriocom
determinado objetivo e efetuam detenninadafunção”.
BIO
(1996, p. 18) considera sistema, “(...)um
conjtmto de elementos interdependentes,ou
34
A
empresa
é interpretadacomo
um
sistema aberto, poisenvolvem
“a idéia deque
determinados inputs são introduzidosno
sistema e, processadosgeram
certos ouzputs.Como
efeitos, a
empresa
vale-se de recursos materiais,humanos
e tecnológicos, de cujo processamento resultam bensou
serviços aserem
fomecidos aomercado
(BIO, 1996)”. Assim; os recursosutilizados pela
empresa
são inputs (ou entradas), e os serviços resultantesdo
processamentodessas entradas são os outputs (ou saídas)
(CAUTELA,
1986).Os
componentes do
sistema são apresentados porOLIVEIRA_(l992,
P.23) da seguinte forma:0 “ os objetivos, que se referem tanto aos objetivos do usuário do sistema quanto aos do
próprio sistema.
O
objetivo é a própria razão da existência do sistema, ou seja, é a finalidade para qual o sistema foi criado;O as entradas dos sistema cuja função caracteriza as forças que fomecem ao sistema o
material, a energia e a informação (..) para a operação o processo, o qual girará
determinadas saídas do sistema que devem estar
em
sintonia com os objetivos anteriormente estabelecidos;0 o processo de transformação do sistema. é definido como a função que possibilita a
transformação de
um
insumo (entrada)em
um
produto, serviço ou resultado (saída) (...);O as saídas do sistema que correspondem aos resultados do processo de transformação. As saídas podem der definidas como as finalidades para as quais se uniram objetivos,
atributos e relações do sistema. As saidas devem ser portanto, coerentes com os objetivos
do sistema, principalmente para verificar se as saídas estão coerentes com os objetivos
estabelecidos para realizar o controle e avaliação de maneira adequada, é necessária
uma
medida do desempenho do sistema, chamada padrão;
0 a retroalimentação, ou realimentação, ou feedback do sistema, que pode ser considerada
como a reintrodução de
uma
saída sob a forma de informação.A
realimentação éum
processo de comunicação que reage a cada entrada de informação-incorporando o
resultado da ação resposta desencadeada por meio de nova informação, a qual afetará seu comportamento subseqüente , e assim sucessivamente.(..) Portanto, o objetivo do controle
é reduzir as discrepância ao mínimo, bem como propiciar
uma
situaçãoem
que esse sistema se torna auto -reguladorPara
SPINOLA
ePESSOA
(1997) a tendênciada automação da
informação é crescentedevido ao grande desenvolvimento dos computadores e a contínua
queda do
seu custo.Cada
vezmais
se utilizam mídias eletrônicasem
substituição ao papel, e anexam-se sistemas inteligentesque permitem
filtrar e interpretar diversas infonnações,além
de gerar muitas vezes ações pré-35
Mesmo
com
a importânciada
informação e a contribuição cada vezmaior
da informática,para os sistemas
de
infonnação persistem desafios aserem
superados paraque
setomem
a forçaque impulsionará as organizações.
O
autoracima
citado apresenta os seguintes desafios:I consolidar
métodos
e tecnologia para maiorautomação
e integraçãoda
ínfonnaçãoque
permitam
às empresas criarum
fluxo
ágil e consistente, dinamizando os diversos processos;I aperfeiçoar os
métodos
e técnicas para o gerenciamento da infonnação, capacitando-o aestabelecer claramente as
demandas
de novos sistemas, construí-los, implantá-los e mantê- los;I avaliar e levar
em
consideração os impactos dos sistemas de infonnação sobre as estruturafonnal das organizações.
`
As
possibilidades de utilização da tecnologiada
infonnaçãono
gerenciamento porprocessos são apresentadas por
VANZOLINI
(1998, p.61), estando abaixo relacionadas:I
As
infonnaçõesaparecem
simultaneamente nos lugaresem
que
se precisa dela;I
O
generalista faz o papeldo
especialista;I
A
disponibilização da infonnação, permiteque
decisõespodem
sertomadas
em
níveishierárquicos
mais
baixos;I
O
contatocom
0 cliente é mais rápido e mais ágil; IOs
planos são revisados instantaneamente.O
sistema de infonnação propicia à organização a criação deum
ambiente integrado e consistente capaz defomecer
informações necessárias a todos os seus usuários.Contudo o
desenvolvimento e sua implantação é constituído de fases,
que
são apresentadas porSPINOLA
e
PESSOA
(1998, p.97-102):1. Planejamento estratégico da
empresa
-
constitui a definição dos objetivos estratégicosda
36
se espera atingir.
O
detalhamento dessas metasdefine
os desafios a serem buscados pelos colaboradoresno
plano operacional.2. Planejamento estratégico
da
infonnação-
os analistas juntamentecom
a alta administração,estabelecem as diretrizes para o uso estratégico da informação e
da
tecnologia afim
de se construir diagramasque
representem a estruturada
empresa, seus objetivos, infonnaçõesnecessárias e prioridades
no
desenvolvimentodo
sistema.3. Análise
da
área de negócios-
define
emodela
os processos necessários para operaruma
áreaespecífica de negócios.
Como
estão interrelacionados eque
dados são necessários .4. Projeto
do
sistema-
define
uma
solução conceitual para o sistema ser implantado,ou
seja,como
seráem
termo de arquitetura, dados, procedimentos. Nesta fase ocorre amodelagem
dos dados
que
é a base para toda estruturação dos serviçosdo
sistema.5. Construção
do
sistema-implementa
o sistemaem
linguagem decomputador
paraque
possaser colocado
em
operação.6. Implantação
do
sistema-
reúne diversoscomponentes
do
sistema (equipamentos,programas
e pessoas) de maneira gradual e sistemática, estabelecendo passos seguros para sua integral
operação
no
ambientedo
usuário.7.
Manutenção
dos sistema-
reúne as atividades relacionadas amudanças no
sistemade
informação,
como
a correção de erros, sua adaptação e aperfeiçoamento.A
implementação
deuma
sistema de informaçãoadequado
as novas necessidadesde
flexibilidade e agilidade que o
mercado
exige, requer a realização demudanças
estruturaisna
organização.
Alguns
sintomas são citados porWALTON
(1993) e que evidenciamuma
má
coordenação
da
relação entre os sistemas de informação e a organização.Todos
têm
fortes37
'
Os
empregados ignoram
o sistema pelo fatod
este não resolver as necessidades dos usuáriosou quando não
são desenvolvidosmecanismos
organizacionaisque
asseguram o usodo
sistema;
I Baixa moral entre os empregados, pelo fato de funções exercidas por profissionais
com
largaexperiência sofrerem mudanças,
ou
atémesmo
serem
extintascom
a implementaçãodo
novo
sistema;
I Resultados desapontadores
no
usodo
sistema, ao seremcomparados
com
0
que foiplanejado.
Tais problemas
podem
ser evitadosquando
são considerados os fatores organizacionais,combinados
com
a análise das necessidadesda
organização, estabelecendo destaforma
uma
basesólida para a definição dos sistema de informações e das
mudanças
organizacionais necessárias.E
BURCH
(1989, p.14-17), propõe os seguintes fatores aserem
considerados:1. Natureza
da
organização-
de acordocom
o tipo de atividadeda
empresa, as necessidades deinformações variam .
2. Categorias de organização
-
amaior
ou
menor
centralização de gerenciamento, estabelece osparâmetros para
o
modelamento
das informações.3. Estrutura
da
organização-
as responsabilidades e as formas decomunicação
se alteramde
acordocom
a estrutura, alterando as necessidades de informação. _4. Estilo gerencial
-
as informações relevantes são determinadas pelo estilo de gestãoda
- ~
0I'gaIllZaÇa0.