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Uma análise descritiva da correção monetária no Brasil : início e fim (1964 - 1994)

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(1)

UNIVERSIDADE

FEDERAL DE SANTA

CATARINA

CENTRO

SÓCIO-ECONÔMICO

'

DEPARTAMENTO

DE

ECONOMIA

`

\

CURSO

DE

GRADUAÇÃO

EM

CIÊNCIAS

ECONÔMICAS

1 ~ r

UMA

ANAL|sE

DEscR|T|vA

DA

coRREçAo

MoNETAR|A

No

BRAs|Lz

lnício e

Fim

(1964-1994).

NELSON

PEREIRA

SIQUEIRA

FLORIANÓPOLIS

-

SANTA

CATARINA

1999 '

(2)

UNIVERSIDADE

FEDERAL DE

SANTA

CATARINA

\ A

CENTRO

SÓCIO-ECONOMICO

DEPARTAMENTO

DE

ECONOMIA

`

CURSO

DE

GRADUAÇÃO

EM

CIÊNCIAS

ECONÔMICAS

uMA

ANÁi.|sE

DEscR|T|vA

DA

coRREçAo

MoNETÁR|A

No

BRAs|i_z inicie e

Fim

(1964-1994).

Monografia submetida ao Departamento de Ciências

Econômicas

para obtençãoade

carga horária na disciplina

CNM

5420

-

Monografia.

Acadêmico:

NELSON

PEREIRA

SIQUEIRA

Orientador:

PROF.

Ricardo

José

Araujo Oliveira

Área

de

Pesquisa:

Economia

Brasileira

Palavras

-

Chaves: 1

-

Correção Monetária.

_ 2

-

Indexação.

3

-

Inflação.

(3)

III

UNIVERSIDADE

FEDERAL DE

SANTA

CATARINA.

CENTRO

SÓCIO-ECONOMICO

DEPARTAMENTO

DE

ECONOMIA

CURSO

DE

GRADUAÇÃO

EM

CIÊNCIAS

ECONÔMICAS

A

Banca

Examinadora resolveu atribuir a nota aluno Nelson Pereira

Siqueira na disciplina

CNM

5420

-

Monografia, pela apresentação deste trabalho.:

Banca

examinadora:

Prof. Preskpente @¿¡U5¬¡¿/4

O

Prof.

Membro

F

49/? fz//M/da 55/1

5/4

(4)

AGRADECIMENTOS

A

Deus,

que

me

acompanha

e ilumina

meu

caminho.

Aos

meus

pais, especialmente a minha mae, pelo

amor

e orgulho

que

sempre

demonstrou

A

minha esposa Sueli, pelo seu apoio durante todos esses anos.

Meus

agradecimentos ao orientador, Professor Ricardo José Araujo Oliveira.

Aos

professores do curso

que

muito contribuíram para minha formação

acadêmica, pelo carinho, incentivo, apoio e principalmente pela disposição

em

ajudar,

meus

sinceros agradecimentos.

_

À

direção e funcionários do Departamento e Coordenadoria do Curso

de

Ciências Econômicas.

E

por fim, agradeço a todos

que

de alguma maneira contribuiram para

que

(5)

V

su|v|ÁR|o

SUMÁRIO

RESUMO

LISTA

DE ABREVIATURAS

E

SIGLAS

___a

CAPÍTULO

I 1. 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 Introdução V Considerações iniciais

O

problema Objetivos Metodologia Organização do estudo

CAPÍTULO

II 2. 2.1 2.2 2.3 2.4 2.4.1 2.4.2 2.4.3 2.4.4 2.4.5 _ 2.4.6. 2.4.7. 2.4.8. 2.4.9. 2.4.10. 2.4.11.

Evolução da inflação sob a perspectiva histórica

A

origem da inflação

A

inflação na Idade Antiga, (Grécia e

Roma)

A

inflação na Idade Média e Idade

Moderna

(453-1789)

A

inflação na Idade

Contemporânea

(1789 até hoje)

Teoria

do

valor do ouro '

Teoria da quantidade de

moeda

Teoria das trocas .

Teoria dos preços internacionais

Teoria da renda Teoria Keynesiana

Teoria das

margens

de lucro

Teoria das expectativas

Teoria da liderança salarial Teoria monetarista 4

(6)

2.4.12. 2.4.13. 2.5. 2.5.1. 2.5.2. 2.6. 2.6.1. 2.6.2. 2.6.3. 2.6.4. 2.7. 2.7.1. 2.7.2. 2.7.3. 2.7.4. 2.8. Teoria institucionalista Teoria marxista

Principais causas da inflação

Causas

microeconômicas da inflação

Causas macroeconô

m

icas da inflação

Tipos de inflação Inflação de

demanda

Inflação de custos Inflação de lucros Inflação estrutural

O

combate

à inflação

O

monetarismo

O

keynesianismo

O

institucionalista

O

marxista

Principais conseqüências da inflação

CAPÍTULO

III 3. 3.1. 3.1.2. 3.1.3. 3.2. 3.2.1. 3.2.2 3.2.3. 3.2.3.1 3.2.3.2. 3.2.4. 3.2.5. 3.3.

A

inflação brasileira _

A

origem da inflação brasileira

Ascausas

iniciais da inflação brasileira

As

causas da inflação brasileira atual

A

dívida externa brasileira

A

evoluçao histórica

O

início dos empréstimos externos

A

divida externa atual

As

causas da divida externa atual

As

explicaçoes para a crise da divida externa

A

crise recente da dívida externa

Consideraçoes finais

(7)

3.3.1. 3.3.2. VII

A

interferência externa

As

conseqüências da hiperinflação

cAPiTuLo

Iv 4. 4.1. 4.2. 4.3. 4.4. 4.5. 4.5.1. 4.5.2.. 4.5.3. 4.5.4. 4.5.5. 4.5.6.. 4.5.7. 4.6. 4.6.1. 4.6.2. 4.6.2.1 4.6.2.2. 4.6.2.3 4.6.2.4 4.6.2.5

A

correção monetária na economia brasileira e sua conseqüente

indexação (1964-1994) L ç ç 3

A

origem da indexação ç

Indexação versus correção monetária .

-

A

origem e a evolução do Instituto da Correção Monetária no Brasil

O

ideólogo da correção monetária no Brasil

A

correção monetária e os índices de inflação no Brasil

O

Índice de Preços ao

Consumidor

da

Fundação

Getúlio Vargas (IPC-FGV)

O

Índice Nacional de Preços ao consumidor

do

Instituto Brasileiro

de

Geografia e Estatística

(INPC

do IBGE)

O

Índice de Preços ao

Consumidor

da

Fundação

Instituto

de

Pesquisas

Econômicas

(IPC da

FIPE-USP)

O

Índice de Preços por Atacado (IPEA da

FGV)

O

Índice do Custo da Construção (ICC da

FGV)

O

Índice Geral de Preços (IGP da

FGV)

Os

Índices e as pressões políticas

A

correção monetária na economia brasileira 1964-1986 (do

PAEG

ao

Cruzado)

Evolução dos processos de cálculo da correção monetária -

Obrigações reajustáveis do Tesouro Nacional

A

difusão da correção monetária na economia

A

correção monetária nas tarifas dos serviços públicos

A

correção monetária no

mercado

de capitais

A

correção monetária no

mercado

imobiliário

A

correção monetária nos saldos devedores e prestações de

contratos imobiliários

(8)

4.6.2.6.

A

correção monetária nos aluguéis

de

imóveis residenciais

4.6.2.7.

A

correção monetária nos débitos trabalhistas

4.6.2.8.

A

correção monetária nos débitos fiscais e contribuições devidas a

Previdência Social

4.6.2.9.

A

correção monetária na política salarial

4.6.2.10

A

correção monetária na política cambial

4.6.2.11

A

correção monetária

no

balanço das

empresas

4.7.

As

tentativas recentes de desindexar a economia e controlara

inflação

A

4.7.1.

Os

planos de estabilização

4.7.2.

O

Plano Cruzado

4.7.2.1.

O

início do Plano Cruzado

4.7.2.2.

As

origens

do

Plano Cruzado

4.7.2.3. Preparação para a implantação do Plano Cruzado

4.7.2.4.

A

divulgação do Plano Cruzado

4.7.2.5. Conseqüências práticas do Plano Cruzado

4.7.2.6.

O

pacote complementar ^ 4.7.3.

O

Plano Bresser 4.7.4.`

O

Plano

Verão

4.7.5.

O

Plano Collor 4.7.6.

O

Plano Real

CONCLUSAO

REFERENc|As

B|BL|oGRÁF|cAs

(9)

IX

RESUMO

Esta monografia

tem

dois objetivos: o primeiro é o de procurar fazer

uma

síntese

do

processo inflacionário, especialmente o brasileiro, buscando mostrar

que

a inflação foi “nossa companheira”

desde

o descobrimento.

E

cumpriu o seu

objetivo, isto é, permitiu

que

ao longo de

quase

cinco séculos a

acumulação de

capital,

mas

não foi capaz

de

criar as condições necessárias e suficientes

que

possibilitassem o desenvolvimento econômico.

O

segundo

objetivo foi mostrar

que

num

processo inflacionário histórico crônico e passando para

uma

hiperinflação,

associado a

uma

conjuntura política de ditadura militar

recém

iniciada e .com forte

dependência externa, a correção monetária “evitou”,

que

o país, sofresse as

mesmas

conseqüências

que

outros paises já haviam sofrido, no inicio da ditadura militar.

V

Para a plena consecução do estudo foram utilizadas as análises

de

autores e

estudiosos da área econômica,

que

através de seus estudos, conceituaram e

caracterizaram a questão da inflação e da indexação. Para esta

fundamentação

teórica e interpretação dos

dados

foram consultadas diversas publicações da área

econômica,

que

abordam

questoes referentes à temática aqui estudada. .

A

partir dessa pesquisa, conclui-se que a utilização da correção monetária

combinada

com

altas taxas de inflação no Brasil e alto nível de endividamento externo

como

forma de promover o crescimento econômico foi

uma

combinação

econômica que

possibilitou o crescimento econômico brasileiro,

mas sem

romper a

(10)

LISTA

DE

ABREVIATURAS

E

SIGLAS

BTN

-

BÔNUS DO TESOURO

NACIONAL

`

BTN

FISCAL

-

BÔNUS DO TESOURO

NACIONAL

FISCAL

IGP

-

ÍNDICE

GERAL DE

PREÇOS

FGV

-

FUNDAÇÃO

GETÚLIO

VARGAS

`

FIPE

-

FUNDAÇÃO

INSTITUTO

PESQUISAS ECONÔMICAS.

IBGE - INSTITUTO

BRASILEIRO

DE

GEOGRAFIA

E ESTATÍSTICA.

INPC

-

ÍNDICE

NACIONAL

DE

PREÇOS

AO

CONSUMIDOR

IPCA

-

INDICE

DE

PREÇOS

AO

CONSUMIDOR

AMPLIADO

IPC -

ÍNDICE

DE

PREÇOS

AO

CONSUMIDOR

IPA -

INDICE

DE

PREÇOS AO

ATACADO.

ICC

-

ÍNDICE

DO CUSTO

DA

CONSTRUÇÃO

OTN

-

OBRIGAÇÃO

DO

TESOURO

NACIONAL

ORTN

-

OBRIGAÇÃO REAJUSTÁVEL

DO

TESOURO

NACIONAL

UFIR-

UNIDADE

FISCAL

DE

REFERÊNCIA.

PAEG

-

PROGRAMA

DE

AÇÃO

ECONÔMICA

DO

GOVERNO.

FMI -

FUNDO

MONETARIO

INTERNACIONAL.

BID

-

BANCO

MUNDIAL

OMC

-

ORGANIZAÇÃO

MUNDIAL

DE

COMERCIO.

CEPAL

-

COMISSÃO

ECONOMICA

PARA A AMÉRICA

LATINA.

ONU

-

ORGANIZAÇÃO DAS

NAÇÕES

UNIDAS

OEA

-

ORGANIZAÇÃO

DOS

ESTADOS

AMERICANOS.

SFH

-

SISTEMA FINANCEIRO

DA

HABITAÇÃO

UPC

-

UNIDADE

PADRÃO

DE

CAPITAL.

FGTS

-

FUNDO

DE

GARANTIA

POR

TEMPO

DE

SERVIÇO.

PIS

-

PROGRAMA

DE INTEGRAÇÃO

SOCIAL.

PASEP

-

PROGRAMA

DE

ASSISTÊNCIA

AO

SERVIDOR

PUBLICO

URP

-

UNIDADE

DE REFERENCIA DE

PREÇO.

Ã

TR

-

TAXA

REFERENCIAL

DE

JUROS.

URV

-

UNIDADE REAL

DE

VALOR.

(11)

Capitulo I

1.

INTRODUÇÃO

1.1.

CONSIDERAÇÕES

INICIAIS

A

inflação é

um

fenômeno

econômico e social muito antigo;

Um

dos períodos

mais remotos

de

rápido

aumento

do nível de preços, de

que

se

tem

registro,

ocorreu na antiga Grécia-, por volta de 330 a.C., no

reinadode

Alexandre, o

Grande, após a conquista da Pérsia. Esta inflação foi provocada pelo súbito

aumento

do

volume

de

moeda

elevou os preços e salários por todo o Império

Helênico.

Toynbee

apud Moulton (1958, P.9), relata o ocorrido.

“O súbito

aumento

do volume da

moeda

provocou a miséria entre os

camponeses

e os trabalhadores.

Os

preços se elevaram

extraordinariamente e a

desordem

financeira levou

ao pauperismo

uma

sociedade

que

até então gozava de relativa segurança”.

Após

este primeiro registro, encontram-se relatos ao longo de toda história da

humanidade de

persistente

aumento

dos preços.

Em

Roma

no primeiro século da

era cristã Wells apud Moulton (1958, p.10) relata:

“A

moeda

era nova e rebelde na experiência

humana. Ninguém

podia controla-/a. Flutuava desmesuradamente. Ora era abundante, ora escassa.

Os

homens

traçavam os mais astutos e rudimentares planos

para açambarca-/a, amea/há-/a e

aumentar

os preços, lançando

no

mercado

os metais entesousarados.

Pequeno

grupo constituido

de

homens

muito sagazes se tornava

imensamente

rico”.

Em

1526, Nicolau Copérnico apud Clerc (1988, p.1), relatou da seguinte

maneira os maiores problemas da Europa de sua época:

“Tão inumeráveis quantos sejam os ~flage/os

que

geralmente

causam

a

decadência dos reinos, dos principados e das repúblicas, os quatro

seguintes são os mais temiveis na

minha

opinião: a discórdia, a

(12)

Em

1568, Jean Bodin apud Moulton (1958, p.11), escreveu o seguinte:

“Penso

que

os altos preços de hoje sao devidos a quatro

ou

cinco

causas.

A

principal, e

quase

única (até agora

não

assinalada por

ninguém), é a abundancia de ouro e prata, hoje muito maior neste

Reino do

que há

quatrocentos anos passados.

A

segunda

é devida,

em

parte aos monopólios.

A

terceira é a escassez provocada de

um

lado pela exportação e

de

outro, pelo desperdício.

A

quarta, o capricho

dos reis e dos grandes senhores,

que

aumentam

o preço dos produtos

quando

lhes convém.

A

quinta resulta da abundância de dinheiro,

rebaixado de seu antigo padrão.

É

a abundância de ouro e prata

que

provoca a depreciação desses metais e a carestia dos

bens

apreçados...”.

Seguindo a

mesma

linha de raciocínio de Jean Bodin, Milton Friedman

apud

Clerc (1988, p.17), afirma que “A inflação é sempre,

em

qualquer situação,

um

fenômeno

monetário”. '

.

A

concepção de inflação de Bodin e Friedaman baseia-se no seguinte

raciocínio: aumentar a quantidade de notas

-

ou de

moedas -

em

circulação,

sem

aumentar na

mesma

proporção as mercadorias produzidas,

pode

provocar a alta dos preços.

O

que

determina a riqueza e o

bem

estar de

um

país

é o

que

ele produz, e não a

massa

de

moeda

que

circula.

Se

esta aumentar

sem

que

o produto aumente, fatalmente a inflação se seguirá, porque a

demanda

de

bens e serviços aumentará

sem

que a oferta (a produção)

mude

No

entanto, este raciocínio só é verdadeiro

quando

se supõe

que

a

criação monetária não

tem

qualquer incidência na produção

em

si

mesma.

Mas

se o

aumento

do volume de

moeda

permitir produzir mais, pôr

em

ação forças

de

trabalho e equipamentos até então não utilizados. Neste caso, a criação

da

moeda

aumenta

ao

mesmo

tempo, o

tamanho

do bolo e o

número de

fatias.

haverá inflação se o

segundo

efeito (aumento das despesas) prevalecer sobre o

primeiro (aumento da produção).

A

análise de Jean Bodin supõe

que

a

moeda

seja neutra, isto é,'que o

aumento

(ou, eventualmente, a diminuição) da quantidade de

moeda

circulante

(13)

3

A

neutralidade da

moeda

significa

que

a economia real e a

economia

monetária são idênticas, exceto no

que

se refere ao instrumento: se houver muita

ou

pouca

moeda

não

muda

nada,

apenas agrandeza

na qual são expressos os

preços.

Quanto

maior a quantidade de

moeda,

maior será o preço, eis a única

conseqüência de emissão de moeda. Exatamente

como

se,

em

vez de medir

em

metros, se decidisse fazê-lo

em

decímetros: as grandezas aparentes

-

que

os

economistas

chamam

de nominais

-

são modificadas,

mas

o objeto

medido tem

sempre

a

mesma

medida rela.

Essa

concepção da

moeda

quase

não foi discutida até 1930,

quando

Keynes, o grande economista britânico, a colocou

em

questão. Foi ele o

responsável pela maioria das políticas econômicas dos pós-guerras.

O

conceito

de

inflação delas decorrente parecia natural: a alta dos preços é

um

fenômeno

monetário, ligado ao

aumento

da quantidade de

moeda

e proporcional a esta.

Posteriormente Friedman-aperfeiçoou a teoria monetarista, acrescentando

o raciocínio sobre valores de caixa (representa

uma

proporção determinada das

compras alguém

se dispõe normalmente a fazer) e a antecipação racional (os

agentes econômicos

prevêem

as altas dos preços e as antecipam). Desta forma

os monetaristas reencontraram suas conclusões sobre a neutralidade da

moeda.

Pois para eles não se

engana

o

mercado

impunemente, pode-se até conseguir

em

curto prazo fazendo a emissão de

moeda

ser ativa (isto é, agindo sobre as

variáveis reais da economia).

Mas

em

longo prazo, os agentes sociais

compreenderão

bem

esta aceleração regular do ritmo inflacionário e o

incorporarão, antecipando-0 às suas reações. Portanto,

em

longo prazo, toda

emissão de

moeda

termina por pesar

somente

sobre os preços, já

que

o

crescimento econômico não

depende

da política monetária, só a inflação.

U

As

teses monetaristas foram aplicadas nos

EUA

e na Inglaterra, nos

Governos de

Reagan

e Thatcher respectivamente.

Nos EUA,

a redução

da

inflação via redução da quantidade de

moeda

emitida (1981-1983), provocou

(14)

redução no nível da atividade econômica e

aumento

do desemprego. Vale

lembrar

também

que

a forte alta das taxas

de

juros americanos a partir

de 1979

fez

com

que

uma

quantidade

enorme

de capitais afluísse para lá, permitindo a

recuperação

da economia

americana e financiando o seu gigantesco déficit

público.

.A inflação é,

em

parte,

um

fenômeno

monetário.

A

história mostra

que

a

emissão de

moeda

termina

sempre

repercutindo nos preços.

Mas

ela não

tem

esse efeito: a

moeda

estimula a atividade econômica, de

modo

que

a emissão

de

moeda

provoca, ao

mesmo

tempo, crescimento e inflação,

em

proporções

variáveis,

segundo

os períodos e os países considerados.

E

é isso que dificulta a

análise:

uma

infinidade de fatores econômicos,

mas também

políticos, sociais,

sociológicos, históricos, são suscetíveis de influenciar a inflação, explicando que,

em

determinadas circunstâncias, a criação de

moeda

terá tido, sobretudo,

um

efeito sobre a atividade produtiva e,

em

outras,

um

efeito sobre os preços.

Assim, toda luta contra a inflação provoca

uma

redução

de

atividade, variável

segundo

os países e as épocas.

Em

outras palavras, a inflação não

pode

ser analisada

somente

como

um

fenômeno

monetário.

É

também

um

fenômeno

real

-

ou seja,

um

fenômeno

que encontra sua fonte no próprio seio da produção

ou da divisão de rendas

-

cuja eliminação

sempre

custa

alguma

coisa.

Por conseguinte, é preciso optar

num

dado

momento

entre

um

pouco

mais

de inflação e

um

pouco

menos

de crescimento econômico.

A

inflação

não

é

um

mal secundário

de

que se possa livrar mediante

uma

operação cirúrgica

sem

importância,

como

pretendem os monetaristas.

É

um

fenômeno

estreitamente

ligado ao crescimento econômico, ao emprego, ao poder de compra: comparável

a

um

tumor, sua extirpação passa pelo corte. de

um

pedaço de órgão, cirurgia

que, obrigatoriamente, deixa o doente enfraquecido.

E

nunca se

tem

a certeza

de

que

o tumor não reaparecerá. Por isso, algumas pessoas preferem viver

com

a

doença

a suportar terapias de alto risco,

com

efeitos dolorosos e, talvez, limitados.

(15)

5

1.2.

O PROBLEMA

Não

há país algum do

mundo,

nem

mesmo

os socialistas, que esteja livre

da

inflação.

A

inflação está presente

um

pouco

por toda a

economia

moderna.

Mesmo em

pequena

dose, a inflação

age

em

profundidade sobre a

repartição das riquezas, e por esse meio sobre o comportamento cotidiano dos

agentes econômicos.

Mas

a inflação não se satisfaz

com

pequenas

doses,

aumenta

espontaneamente até

desembocar

em

situações absurdas.

A

inflação traduz-se por

uma

atividade econômica continuada,

mas

também

or

uma

re arti ão ca richosa das ri uezas, or

um

certo

deses

P ero pelos compromissos

tomados

ou recebidos,

uma

certa desconfiança mútua,

um

espírito de contestação sistemática.

O

progresso econômico, tal

com

se concebe hoje é o crescimento

associado ao pleno emprego.

O

crescimento não se apóia necessariamente na

quantidade de bens produzidos e distribuídos; pode consistir

em

produzir bens

de

melhor qualidade, ou

em

produzir os

mesmos

bens

com

uma

duração de trabalho

reduzida.

O

pleno

emprego

não se refere necessariamente aos equipamentos,

mas

sempre

aos homens: cada indivíduo disposto a trabalhar deve encontrar

trabalho.

Acabar

com

a inflação

sem

contrariar o pleno

emprego

é

um

objetivo muito

difícil

de

alcançar.

Supõe

que,

em

cada setor de atividade, a procura esteja

sempre

exatamente adaptada à oferta,

sem

a exceder (porque isso seria a

inflação),

nem

lhe ser inferior (isso seria o subemprego). Para obter esse

resultado, os poderes públicos deveriam dispor,

com

perfeito domínio técnico,

de

uma

informação rápida e objetiva capaz de lhes permitir dosar

com

precisão os

remédios; seria necessário

também

que as estruturas econômicas

fossem

suficientemente fluidas para reabsorver os desfazimentos acidentais entre a

(16)

Não

estando nunca reunidas (até hoje não se conhecimento da existência

real de todas essas pré-condições reunidas

num

único país

em um

determinado

momento), não é possivel realizar o progresso

sem

inflação.

Tudo

o que se

pode

fazer é aproximar-se deste objetivo, isto é, reduzir a alta dos preços ao

mínimo

compatível

com

o pleno emprego.

O

Brasil convive

com

o

fenômeno

da lnflaçãodesde o seu descobrimento.

Para controlar e debelar este

fenômeno

econômico as autoridades

governamentais já fizeram uso todos os instrumentos de política

econômica

(principalmente os monetaristas) de

que

se

tem

conhecimento.

Todas

as experiências de estabilização da economia aplicadas no Brasil

falharam.

A

atual experiência

em

-vigor não apresenta até hoje sinais concretos de

que

poderá vir a ter sucesso.

Também

não possui-se conhecimento

de

nenhum

plano

econômico

nos moldes preconizados pelo

Fundo

Monetário Internacional,

tenha obtido sucesso concreto

em

longo prazo

em

qualquer lugar

do

planeta

desde

1950

quando

foi aplicado o primeiro plano no Chile.

A

primeira tentativa

de

peso para combater a inflação foi a realizada após a Revolução de 1964.

A

principal preocupação do

Governo

Castello Branco foi combater a hiperinflação

que

progredia rapidamente e igualmente, estabelecer

um

convívio tão pacífico

quanto possível

do

sistema econômico pela ampla

adoção

do instituto da correção

monetária.

O

plano de

combate

à inflação, intitulado

PAEG,

Programa de

Ação

Econômica do

Governo, baseou sua atuação na contenção da alta

de

preços no

tripé fiscaI-monetário-salarial. -

“É preciso reduzir o déficit,

devemos

combater a inflação".

Com

este

slogan, a partir de 1985,

quando

o

Fundo

Monetário Internacional (FMI),

Banco

Mundial (BID) e a Organização Mundial de Comércio (OMC),

passam

a exercer maior influência na economia latino americana,

temos

a deflagração de

uma

série

de

programas

de

ajuste estrutural (PAES).

São

lançados planos na Argentina,

Brasil, Peru, Bolívia, México.

Todos

com

a

mesma

essência visam basicamente

(17)

7

implementados

uma

série de reformas

macroeconômicas que provocam

o

desmantelamento das instituições do Estado, o rompimento das fronteiras

econômicas

e o empobrecimento de milhões de pessoas,

conseqüentemente

reduzindo a atividade econômica e

aumentando

o desemprego.

O

acúmulo de

grandes dividas públicas nestes paises e

em

outros conferiu aos interesses

financeiros e bancários não só

uma

alavancagem politica,

mas

também

o poder

de

ditar a política social e econômica do governo.

Para controlar a "inflação" passou-se a utilizar as seguintes

“recomendações” do

Fundo

Monetário Internacional: austeridade orçamentária

(redução dos gastos governamentais, especialmente

em

áreas sociais), desvalorização na

moeda

(especialmente a maxidesvalorização resulta no

imediato e abrupto

aumento

dos preços, leva a

uma

sensível

compressão

dos

rendimentos reais, enquanto, ao

mesmo

tempo, reduz o valor da mão-de-obra, reduz o valor

em

dólar das despesas do governo), liberalização do comércio

(regulamentado pela Organização Mundial de Comércio) e privatização. Este

conjunto de medidas permite a liberação de receitas do estado para

pagamento

da

divida externa, cumprindo desta formadas “metas de

desempenho”

acordadas

com

Fundo. '

Cumprindo

todas essas e outras

recomendações

do FMI, o pais passa a

ter direito a receber novos empréstimos internacionais. Desta forma o circulo

vicioso se completa, pois cumprindo o “acordo”, a divida interna e externa

aumentam,

pois o Brasil é obrigado por

um

dos pontos do "acordo" a continuar

endividando-se externamente' e dar aos recursos

um

rótulo de social.

A

correção monetária surgiu entre, nós

como

uma

necessidade

de

se

“corrigir” as distorções provocadas pelo processo hiperinflacionário e impedir

que

a hiperinflação provoca-se no Brasil o que já havia acontecido

em

outros paises.

A

necessidade política do governo revolucionário que se instalou no país após

1964, criou as condições necessárias e suficientes para adoção

desse

mecanismo,

que

só foi institucionalizado

amplamente

em

dois países, Brasil e

(18)

1.3.

OBJETIVOS.

Esta monografia tem dois objetivos: o primeiro é o de procurar fazer

uma

síntese

do

processo inflacionário, especialmente o brasileiro,

buscando

mostrar

que

a inflação foi “nossa companheira”

desde

o descobrimento.

E

cumpriu o seu objetivo, isto é, permitiu que ao longo

de quase

cinco séculos a

acumulação de

capital,

mas

não foi capaz de criar as condições necessárias e suficientes

que

possibilitassem o desenvolvimento econômico.

O

segundo

objetivo foi mostrar

que

num

processo inflacionário histórico crônico e adentrando a hiperinflação,

associada a

uma

conjuntura política de ditadura militar recém iniciada e

com

forte

dependência externa, a correção monetária “evitou”,

que

o país, sofresse as

mesmas

conseqüências que outros paises já haviam sofrido, no inicio da ditadura

militar.

'

Os

objetivos específicos visam

uma

síntese dos seguintes aspectos:

o Analisar a evolução da inflação sob

uma

perspectiva histórica;

o Apresentar

uma

síntese da inflação na economia brasileira;

o Caracterizar a hiperinflação

como

um

fenômeno econômico de

indesejável; `

0 Estabelecer

uma

relação entre a inflação e a indexação,

o Apresentar

uma

síntese da correção monetária na

economia

brasileira entre 1964 a 1994.

1.4.

METODOLOGIA.

Para a plena consecução do estudo foram usados

dados

bibliográficos

de

(19)

9

Para contextualizar a inflação

numa

perspectiva de história

econômica

mais geral apresenta-se

uma

breve retrospectiva sobre a evolução da inflação e

em

seguida sua atuaçao na economia brasileira.

Para fundamentação teórica e interpretação dos

dados

foram consultados

diversos autores e estudiosos da área econômica, que

abordam

em

seus estudos

questões referentes à correção monetária, indexação e inflação.

O

tipo

de

trabalho realizado nesta -monografia refere-se ao

que

Eco

(1985,

p.3)

chama

de tese de copilação,

onde

se procura levantar e analisar critica e

ordenadamente, a literatura a qual tivemos acesso, procurando expô-Ia

de

modo

claro e oferecendo

uma

visão abrangente sobre o

tema

nos seus mais diversos

aspectos.

1.5.

oRGAN|zAçÃo

Do

EsTuDo

Esta monografia será apresentada

em

quatro capítulos.

No

primeiro capítulo são feitas as considerações iniciais ligadas ao

tema

da pesquisa. Depois será feita a caracterização do problema.

Também

são

apresentados os objetivos

que

se pretende alcançar,*a metodologia da pesquisa

a ser utilizada, organização do estudo e as limitações da pesquisa;

O

segundo

capítulo apresenta

uma

síntese

do

processo inflacionãrio sob

uma

perspectiva histórica;

No

terceiro capitulo abordada a inflação brasileira sob

uma

perspectiva

histórica,

desde

o descobrimento até os dias atuais destacando o papel

do

endividamento externo e da hiperinflação

como

um

fenômeno econômico

(20)

econom

peflodo

trabalho

No

quarto capitulo apresenta

uma

síntese do processo

de

indexação da

ia e

uma

analise da correção na economia na

economia

brasileira no

1964-1994.

(21)

11

cAPíTui_o

||

2.

EvoLuçÃo

DA

iN|=|_AçÃo

soB.A

PERsPEcT|vA

H|sTÓR|cA

A

definição de inflação, praticamente consensual entre todos os

economistas, é a de

que

este

fenômeno

consiste

em

uma

elevação persistente e generalizada dos preços, quer seja oriunda de problemas monetários

(como

defendem

os monetaristas), quer seja devido a problemas estruturais (para os

estruturalistas).

A

inflação é

em

qualquer circunstância

um

imposto que atinge

desigualmente os indivíduos e as empresas, provoca a redistribuição da renda,

transferindo recursos do conjunto

dasociedade

para

um

grupo privilegiado.

Guimarães

(1963, p. 7) afirma

que

“A inflação

começa

confiscando dos pobres

em

proveito dos ricos e

acaba

confiscando pobres e ricos,

em

proveito

exclusivo dos muito ricos”.

Muitos economistas

entendem

que a inflação só traz malefícios para a

economia

e por conseqüência para o conjunto da sociedade, por isso deve ser

combatida a qualquer custo. Outro grupo entende

que

a inflação é o preço

que

a sociedade deve pagar para manter o progresso econômico contínuo, portanto

qualquer luta contra a inflação supõe

um

custo (a redução do nível inflacionário

aumenta

o desemprego, reduz a atividade econômica, etc.).

Um

terceiro grupo

é defensor

do

processo inflacionário

como

instrumento de política econômica.

Para este grupo a inflação é

um

mecanismo

de defesa

da

economia,

sem

ela a

economia

entraria

num

processo de estagnação e crise contínuo, além

de

ser

um

excelente instrumento de acumulação permanente de capital, fundamental para financiar o progresso econômico constante.

Sob

esta ótica a inflação

não

é

um

problema é sim a solução para as crises econômicas (é melhor ter

inflação e ter

emprego

ou não ter inflação é estar desempregado?, é melhor ou

menos

ruim ser “empresário”

com

inflação ou ser

um

empresário falido

sem

inflação?). Portanto não se deve combater a inflação, deve-se

apenas

procurar

mantê-la sob controle. Por último

temos

um

grupo

que

defende a tese

de que

não

existe progresso

sem

inflação.

(22)

2.1.

A

ORIGEM

DA

INFLAÇÃO

Ninguém

planejou o surgimento da Inflaçao. Ela' surgiu e se

institucionalizou, historicamente

porzum

processo inteiramente inconsciente,

como

surgiram na natureza as espécies vegetais e animais. Para Rangel

(1986, p.81),

“...na origem

vamos

encontrar o acaso, o acidente aristotélico.

Assim

como

a matéria inorgânica, sintetizando-se e analisando-

se espontaneamente, milhões de vezes, sob inúmeras formas,

nas

mais variadas circunstâncias,

chegou

a formar

em

alguns

casos

compostos

dotados de certas propriedades inéditas, os

quais,

sem

serem

ainda vivos, tão

pouco eram não

vivos...".

Nas

palavras de Hutton (1962, p.12 e 105),

São

ilustrativas as seguintes

afirmações:

Ia inflación surge de forma obvia

y

automática”.

“La inflación, al igual que el sentimiento, es una palabra

que

puede

admitir dos significados' uno matizado

y

otro sin matizar.

Ambos

significados

hacen

referencia a un estado de cosas

que

el dinero llega a ser

más

abundante

que

los bienes en que

puede

gastar, a /os precios que rigen en los mercados.”

2.2.

A

|NFLAçÃo

NA

|DAoE

ÀNT|GA

(eRÉc|A

E

RoMA›

A

inflaçao nao é

um

fato novo.

Um

dos períodos mais remotos de rápido

aumento do

nível de preços, de que se

tem

registro, ocorreu na antiga Grécia, por volta

de

330 a.C., no reinado de Alexandre, o Grande, após a conquista

da

Pérsia. Esta inflação foi provocada pelo súbito

aumento

do volume de

moeda

em

circulação.

Segundo

alguns historiadores, Alexandre

pagava

suas legiões

com

ouro

acumulado

durante dois séculos, no erário de Arquimedes. Outros

entendem que

este ouro foi resultado da conquista da Pérsia. Controvérsias à

parte, o fato é

que

o ouro substituiu a prata

como moeda

e os preços e salários

elevaram-se por todo o Império Helênico.

Toynbee

apud Moulton (1958, p.9)

(23)

13

o súbito

aumento

do volume

de

moeda

provocou a miséria

entre os

camponeses

e os trabalhadores.

Os

preços se

elevaram extraordinariamente e a

desordem

finanoeira levou ao

pauperísmo

uma

sociedade que até então gozava de relativa

segurança”. .

Em

Roma,

nos duzentos anos

que

procederam as Guerras Púnicas, a

moeda

de

cobre do Império foi desvalorizada.

Nos

duzentos anos seguintes,

em

que

foi introduzida a prata, tanto o cobre

como

a prata foi desvalorizada

pela

cunhagem

de

uma

proporção crescente de ligas.

O

ouro foi introduzido

pela primeira vez

como

parte da

cunhagem

de

moedas

por Augusto, cerca

de

30 a.C. e,

desde

então até a

queda do

Império ocorreram diversas

desvalorizações e inflação.

A

desvalorização mais séria ocorreu no reinado

de

Galiano (235-268 d.C.), esta desvalorização foi

segundo

Porteous

apud

Griffiths (1981, p.16) foi tão intensa quanto à registrada na

Alemanha

em

1923

e

de

maior extensão.

Mesmo

depois deste período, a inflação alastrou-se e foi

um

dos principais fatores

que

determinaram a reforma da

moeda

realizada por

Dioclesiano (301 d'.C.).

No

primeiro século da era cristã Wells

apud

Moulton

(1958, p.10) relata o ocorrido:

“A

moeda

era nova e rebelde na experiência

humana.

Ninguém

podia controla-Ia. Flutuava desmesuradamente. Ora era

abundante, ora escassa.

Os homens

traçavam os mais astutos

e rudimentares planos para açambarca-la, amea/há-la e

aumentar

os preços, lançando

no

mercado

os metais entesousarados.

Pequeno

grupo constituído de

homens

muito

sagazes se tornava

imensamente

rico”.

Outro indicador das diferentes taxas de inflação na Grécia e

em Roma

consiste nos diversos níveis de juros sobre empréstimos.

Na

Grécia a taxa

de

juros caiu cerca de

16%

no ano de 550 ,a.C. a

6%

no

ano

de

250

a.C. e, a

partir

de

então, manteve-se virtualmente constante até 50 a.C., ao passo

que

no império

Romano,

elevou-se

de

um

nível de

4%

ao

ano

em

50 d.C., para

mais

de

12%

em

250 d.C.

Embora

as taxa de Juros sofram a influência de

muitos fatores

que

não a inflação, não se pode deixar

de

sentir o fato de

que

(24)

A

inflação

Romana

produziu claros efeitos sobre sua sociedade.

Seus

efeitos perduraram,

mas

que

a sociedade.

A

inflação

romana marcou

profundamente muita das comunidades locais, feudais e agrárias, sobre as

quais se fundaram mais tarde as nações européias bárbaras.

Os

efeitos

da

inflação

romana

fizeram sucumbir as cidades e o comércio

em

larga escala e

continuaram durante os períodos merovíngio, carolingio e dos capetos na

França. Durante o período feudal na Europa ocidental, na Inglaterra dos

normandos

e dos angevinos e na Itália dos lombardos.

As

conseqüências

dessa inflação ocorrida muito antes do surgimento

de

uma moeda

internacional

de

reconhecido prestígio foram sentidos durante todo o primeiro

período

do

renascimento até o surgimento das primeiras cidades modernas.

Considerando a clareza da exposição, a riqueza de detalhes e

atualidade das conseqüências, transcrevemos a seguir as principais causas e

efeitos (o estado centralizado, a política de favorecimento e

Governo de

conveniência) da inflação romana, nas palavras de Hutton (1958, p.14-15),

sobre a situação

do

Estado as vésperas da queda: L

“El Estado centralizado

En

primer lugar, el gasto estatal

de

Imperio //egó a ser intolerarable e ineficazmente gravoso con el

aumento de

los

impuestos. Estos tuvieron

que

elevarse desmesuradamente,

porque la

mayor

parte del comercio masivo, transporte, defensa

leyes, finanzas

y

administración civil se convirtieron, sin

remordimiento alguno de conciencia, en

empresas

estata/es

mono/íticas.

Las

excepciones

que

permitieron el comercio

privado fueron pocas,

y

fueron progresivamente reduciéndose

y

haciéndose

más

loca/es. El clásico advenedizo, el

emancipado

Trimalchio en el Satiricón de Petronio estaba “haciéndolo

muy

bien” con los monopolios imperiales. Los trabajadores urbanos

y

rurales tenían

que

“eternizarse” en sus profesiones,

que

pronto se hicieron hereditarias - otra proyección del feudalismo

-. Los mercaderes

y

comerciantes en la esfera económica, al

igual

que

las legiones en la en la militar, solo podían progresar

como

funcionarios estata/es

y

con frecuencia su status se hizo

hereditario.

Mucho

antes de

que

llegara a ser cierta la

afirmación de Plinio de que “los latifundios perdieron a Roma”,

alguna causa había originado ya las grandes propiedades, los

latifundios, así

como

una proliferación sorprendentemente

rápida

de

rigideces, controles

y

supen/isores. Esta causa fue la

(25)

15 agricultores principalmente, hasta ahora independientes,

hombres

modestos, para

que

suportaran el gasto creciente

de

la veloz expansión dela maquinaria estatal”.

Esta situação conduziu a eliminação da independência dos

pequenos

fazendeiros e comerciantes. Levou os

pequenos

agricultores a depender

de

outros, mediante sua notória fuga da escravidão e vassalagem, por

um

método

de

amalgama

com

agricultores vizinhos,

com

maior escala de produção e

conseqüentemente,

mas

poderosos. lmpulsionou

também

os

pequenos

artesões e comerciantes a similares dependências,

bem

como

escravos

urbanos e

com

maior freqüência os

membros

de grandes “coletividades” ou

“colégios” de profissões,

que

dizer o protótipo dos grêmios

da

Idade Média.

A

cobrança de impostos para financiar a

maquina

estatal elevou-se a tal ponto,

que quase

eliminou a capacidade das pessoas de possuírem bens.

Nas

palavras

de

Nero, imperador romano, tem-se

uma

noção clara desta situação

“Procuremos

quem

possua alguma coisa”. Porém, foi Calígula

quem

levou esta

imposiçao a magnitudes ilimitadas, Hutton (1958, p.15):

“No

hubo

ninguna clase de bienes o de personas sobre los

que

no

estableciera algún impuesto... sobre todos los comestibles

vendidos en cualquier parte de la ciudad establecía un

gravamen

f/jo

y

definitivo; sobre todas las acciones judicia/es

y

procesos /egales que tuvieran lugar, se gravaba una cuaita

parte de la

suma

en litígio, imponiendo una sanción a quien se

declarara culpable de avenencia o de

abandono

de una acción;

gravaba también, con una octava parte, los salarios diarios de

un porteador, sobre /os ingresos de las prostitutas,

una

suma

equivalente a la que recibía cada una por un abrazo;

y

se

añadía

una

cláusula a este capítulo de la ley por la

que

aquellas

que

hubieran sido alguna vez prostitutas o actuado

como

alcahuetas deberían ser sometidas al impuesto público,

y

que

incluso el matrimonio no debía quedar exento”.

A

queda

do império

romano

começou,

quando

tudo parecia estar muito

bem.

Quando

os pedidos dos trabalhadores eleitores por comida e diversão e

os exércitos por maiores salários, elevaram-se acima da arrecadação

de

impostos.

Começou uma

espécie de “subcasta holandesa” de votos. Terminou

convertendo o exercito no único eleitor dos imperadores e assassino da maioria

(26)

A

desocupação

do

campo

acompanhou

a urbanização dos primeiro

tempos

do Império.

Na

medida

em

que

enfraquecia o comércio internacional

com

a progressiva inflação, e seus reflexos se fizeram sentir nas cidades

que

agora estavam atrás

de

muralhasdefensivas.

Quando

o dinheiro perdeu o valor

e se multiplicaram os soldados e os burocratas, convertendo-se

em

uma

classe

privilegiada do estado, e as

massas

urbanas, constituídas por

desempregados

na sua maioria, tiveram então

que

ser alimentados pelo Estado benfeitor.

A

antiga classe governante das cidades (classe senatorial) se retirou para os

seus Iatifúndios, cada vez maiores, à medida

que

cresciam seus poderes

estatais no centro e nas cidades.

Os

imperadores ficaram

numa

posição

de

dependência cada vez maior

em

relação ao apoio

do

exercito e dos votos

dessa plebe ociosa

comprada

ambas

mediante maiores impostos

da

debilitada classe dos contribuintes. V

Nas

palavras

de

Hutton (1958, p.17),

temos

uma

idéia de

como

ocorreu

a

queda

do império

romano

e as conseqüências desta queda: V

“Cuando

el unitario territorio económico, defensivo,

administrativo

y

legal Del Imperio

comenzó

a desintegra-se es

civitates feudales autosuficientes, alrededor de las ciudades

recién amuralladas, -se desintegro con ello toda una civilización.

Se

disperso, a partir de/ terrible siglo tercero, en /os

ambiguos

contornos

de

las naciones europeas

modernas y

en nuestras

actuales diócesis eclesiásticas de Ia Europa occidental

y

Oriente Medio.

La

misma

palabra “diócesis” data de aque/la

época. Este proceso

de

dispersión duró Io

menos

dos sig/os,

y

hay

quien dice

que

Ilegaran a tres.

Este proceso

no

se detuvo nunca,

y

se vio acelerado

y

'

acompañado

por la presión progresiva de Ia imposición -sobre los individuos-,

más

allá de lo

que

podían soportar sus 'juicios

de valor”, a través de un estado cada vez

más

centra/izador. A/

Final, el Estado

y

la civilización se desperdigaron en

fragmentos, pero

no

por /as invasiones bárbaras

-

/os bárbaros

intentaron incluso

mantener

Ia civilización

que

admiraban-, sino

porque

no

había quien defendíera su integridad. Esta integridad

se vioinflada de ta/ forma que desapareció, siendo

de

su punto

imposible su defensa”.

Em

segundo

lugar, a política de favorecimento. Atrás da

(27)

17

existia

uma

causa política antecedente.

A

política se

ocupava

em

última

instância,

do

exército, do poder sobre os indivíduos organizados

em

sociedade

e de seu próprio poder.

A

centralização,administrativa

do

poder estatal

(em

quase

todos os aspectos da vida) prosseguiu

desde

os

tempos

de Augusto até

o colapso final,

que

ocorreu no século V,

Nao

podia manter se centralizado

unicamente mediante

um

continuo processo de favorecimento fiscal e

financeiro ao poder

que

havia elevado ao trono os imperadores, e os havia

mantido, etdepois abandoná-los bruscamente; quer dizer, o exército. Hutton

(1958, p.18) relata as conseqüências desta política:

“Los gravosos impuestos que recaían sobre una minoria de

contribuyentes,

además

de producir el envilecimento de la

moneda,

ofreció a /as /egiones

y

a la burocracia una ventaja

sobre todas /as

demás

clases, hasta

que

hicieron saltar en

pedazos

el Imperio. Solamente una

pequeña

clase privilegiada

-

la senatoria/

-

mantuvo

sus anteriores ventajes pari passu,

desprendiéndose de su tradicional tarea de gobierno

y

“volviendo a la tierra”.

Fue

así la antecesora de los señores

feudales.

La mayoría

de

/os contribuyentes vivían en las ciudades. Todos

ellos constituían una minoria pequeña, pero

economicamente

importante

y

productiva. Al .aumentar sus-cargas, los

corps

d'éIite

de

los decuriones preferían sencillamente Iaresclavitud,

la huida o Ia Ilegada de los bárbaros. Esto asestó un golpe mortal al tráfico, al comercio, al capital

y

a las ciudades. Fuera

de

las ciudades, en el campo, los legionarios en sus

campamentos

y

los

mayores

terratenientes senatoria/es en sus

latifundios,

quedaban

exentos de. impuestos.

De

esta forma, el

progresivo envilecimiento de Ia

moneda

y

la imposición V

penalizadora para asegurar el

poder y

el apoyo político, terminaron en la degradación

y

desintegración del estado.

Fue

una

gran paradoja. EI

mismo

poder, en definitiva, desertó del

estado, el centro,

y

se fue a las

pequeñas

localidades. Así

surgieron los tiempos oscuros de la

Edad

Media, de

sen/idumbre

y

de clases

A

terceira causa foi o governo de conveniência. Para debelar a inflação

os governos

acabam

quase

sempre

atuando nos sintomas superficiais

da

inflação

em

vez de combater o mal pela raiz.

O

comportamento contraditório é

um

paradoxo inerente ao processo inflacionário. Este comportamento ocorreu

no império

romano

e

em

muitos outros governos inflacionistas. Hutton (1958, p.

(28)

que

tales gobiernos deshacían con la

misma

rapidez con su

mano

izquierda lo

que

estaban tratando de hacer con la derecha. Tal fue el conocido

Edictum de

Pretiis, del

año

301

de

nuestra era, de Diocleciano,

que

proclamaba

como

crimen

capital elevar los precios en cualquier lugar del Imperio,

y nos

dejó una sobria normalización de todos los bienes de

consumo

y de

capital, sus calidades

y

precios, en todo el

mundo

-

civilizado entonces conocido.

No

obstante aquel decreto fue

abandonado

al cabo de dos años,

como

algo fracasado e

inaplicable.

No

todos los burócratas, soldados

y

policias bajo

de

os Augustos

y

dos Césares, pudieron cortas el

número de

cabezas

que

tenían

que

haber caído. Las /eyes económicas

y

la naturaleza

humana

derrotaron incluso a Diocleciano.

Hacia el

año

365 de

nuestra era el

emperador

Valentiniano I se

enfrentó incluso con peores problemas económicos, fiscales

y

administrativos

que

los

desu

gran predecesor Dioclesiano. La

carga de los impuestos sobre los decuriones de las ciudades se

había

hecho

tan

pesada que

civitates completas

-

es decir,

no

solo la ciudad amurallada, sino la amplia área suministradora

de

su alrededor- quedaron rápida

y

crecientemente sin curiae

o gobierno local alguno. La razón fue, naturalmente,

que

los

decuriones de las curiae eran responsables legal

y

personalmente

de

recaudar los impuestos.

Como

es lógico, a

medida que

crecieron las

enormes

cargas fiscales des Estado,

altamente centralizado, los decuriones “huyeron”.

Es

decir,

ellos realizaron las primeras

commendationes

reales o

sen/icios voluntarios personales de las épocas feudales.

Huyeron

hacia los ricos terratenientes de las grandes fincas

rurales. Llegaron s ser sus colonos o sus esclavos.

Huyeron

incluso hacia bárbaros;

y

se formó una fuerte quinta columna -_

como

diríamos ahora

-

con la élite

educada

de la ciudad,

correspondiente a la clase de los decuriones, ya

que

intrigaron

para

que

entraran los bárbaros en las ciudades occidentales

sucesivamente

y en

sus distritos".

2.3.

A

|N|=|.AçÃo

NA

|DADE

MÉD|A

E |v|ooERNA

(453

A

1'/ae).

Em

seguida à decadência do Império

Romano,

provocada

em

grande

parte pela inflação, a Europa desintegrou-se

numa

série de dominios bárbaros

que

se invadiam uns aos outros e a prática da pilhagem entre esses dominios

era

comum.

O

comércio internacional entrou

em

declínio e,

do

século

V

ao

século Xlll,

conhecemos

muito pouco do comportamento dos salários, preços

(29)

19

“Los tiempos oscuros de la

Edad

Media

vinieron .por lo

ocurrido entre las épocas de Augusto

y

Septímio Severo a la

anterior sociedad organizada internacionalmente, dependiente

en gran parte del comercio internacional,

basado

a su vez en

una moneda-patrón principal,

y

operado bajo un sistema

predominante de ley comercial internacional V

Neste período, a

moeda

de certa forma

quase

desapareceu

de

circulação e, a não ser no Império Bizantino e

em

certas partes do oriente, a

cunhagem

de

moeda

foi suspensa.

Sendo

reintroduzida

em

1252

em

Florença

(florins de ouro) reativando o sistema monetário da Europa. `

A

grande alta dos preços, verificada no século XVI,

em

quase toda a

Europa,

em

maior ou

menor

grau,

mesmo

onde

não havia mais “aviltamento”

da

moeda,

fez ressurgir o interesse pelo problema, de

que

as variações no

nível geral de preços talvez estivessem relacionadas

com

as variaçoes na

quantidade

de

metais preciosos.

Em

1526, Nicolau Copérnico apud Clerc (1988, p.1), relatou da seguinte

maneira os maiores problemas de sua época:

“Tão inumeráveis quantos sejam os flagelos

que

geralmente

causam

a decadência dos reinos, dos principados e das

repúblicas, os quatro seguintes são os mais temiveis na

minha

opinião: a discórdia, a mortalidade, a esteri/idade da terra e a

depreciação da

moeda”

_

Jean Bodin foi o primeiro economista a atribuir

em

grande parte a

revolução dos preços, ocorrida no século XVI ao

aumento

da quantidade

de

ouro e prata, vindos do

Novo

Mundo.

Em

1568 escreveu:

“Penso

que

os altos preços de hoje são devidos a quatro

ou

cinco causas."

A

principal, e quase única (até agora

não

assinalada por ninguém), é a abundancia

de

ouro e prata, hoje -

muito maior neste Reino do

que há

quatrocentos anos

passados.

A

segunda

é devida,

em

parte aos monopólios.

A

terceira é a escassez provocada de

um

lado pela exportação e

de outro, pelo desperdício.

A

quarta, o capricho dos reis e dos

grandes senhores,

que

aumentam

o preço dos produtos

(30)

dinheiro, rebaixado de seu antigo padrão.

É

a abundância

de

ouro e prata

que

provoca a depreciação desses metais e a

carestia dos

bens

apreçados...

A

explicaçao monetária da inflaçao supoe

que

ao aumentar a quantidade de notas (moedas)

em

circulação,

sem

aumentar na

mesma

proporção às mercadorias produzidas, só

pode

provocar a alta dos preços.

O

que

determina a riqueza e o

bem

estar de

um

país é o

que

ele produz, e não a

massa

de

moeda

que circula.

Se

esta aumentar

sem

que

o produto aumente,

fatalmente a inflação se seguirá, porque a

demanda

de bens e serviços

aumentará

sem

que

a oferta (a produção) mude.

se

pode

repartir o

que

se

produz: eis

um

velho preceito da sabedoria popular que se recusa a confundir

dinheiro

com

riqueza.

Mas, no entanto, este raciocínio só é verdadeiro

quando

se

supõe

que

a

criação monetária não

tem

qualquer incidência na produção

em

si

mesma. Se

o

aumento do

volume de

moeda

permitir produzir mais, pôr

em

ação forças

de

trabalho e equipamentos até então não utilizados. Neste caso, a criação

da

moeda

aumenta

ao

mesmo

tempo, o

tamanho

do bolo e o

número de

fatias.

haverá inflação se o

segundo

efeito (aumento das despesas) prevalecer sobre

o primeiro (aumento da produçao). '

A

análise de Jean Bodin

supõe que

a

moeda

seja neutra, isto é,

que

o

aumento

(ou, eventualmente, a diminuição) da quantidade de

moeda

circulante

não tenha efeito sobre a produção. ~ »

Neutralidade da

moeda

significa

que

a economia real e a

economia

monetária são idênticas, exceto no que se refere ao instrumento: se houver

muita ou pouca

moeda

não

muda

nada,

apenas

a grandeza na qual são

expressos os preços.

Quanto

maior as quantidades de moeda, maiores serão

os preços, eis a única conseqüência de emissão de

moeda.

Exatamente

como

se,

em

vez de medir

em

metros, se decidisse fazê-lo

em

decímetros: as

grandezas aparentes

-

que

os economistas

chamam

de

nominais

-

são

(31)

21

2.4.

A

INFLAÇAO

NA

IDADE

CONTEMPORÂNEA

(1789 até hoje).

Acompanhando

a evolução dos sistemas monetários

baseados

no ouro,

a maioria dos economistas dos séculos XVIII e XIX, atribuíram as variações no

nível

de

preços,

quase que

exclusivamente aos fatores referentes à produçao

deste metal precioso. Esta concepção monetarista foi elaborada de

modo

a

abranger todas as formas de instrumentos monetários e creditícios, constitui

parte dos princípios econômicos, até hoje aceitos.

Porém, entre eles, as divergências são grandes quanto ao processo pelo

qual as alterações na oferta da

moeda

provocam

alterações correspondentes

no preço das mercadorias.

Dessas

divergências surgiram as seguintes teorias:

2.4.1. Teoria

do

valor

do

ouro.

Os

defensores desta teoria

dão

ênfase

ao

valor

do

ouro

como

fator determinante dos níveis de preços, partem

do

principio de que, sob o padrão-ouro, determinado peso de metal é considerado, legalmente

como

padrão ou medida dos valores

em

geral. Parecia evidente

que

os fatores

que

afetam o valor dos bens, adotado

como

padrão, afetariam,

automaticamente, os .preços dos bens nele expressos. Para, o economista

inglês Ricardo, “se o valor do dinheiro diminuisse, os preços das mercadorias

subiriam, pois cada comprador estaria disposto a gastar mais dinheiro

do que

antes

em

suas compras”. `

2.4.2. Teoria

da

quantidade

de moeda.

Uma

unidade de ouro não

pode

ser

comprada

com

uma

unidade de trigo,

de

tecido ou de qualquer outra

mercadoria.

O

número

total de unidades monetárias ou o numerário'

em

circulação é

comparado

com

o total das unidades de bens oferecidos

em

troca.

Esta

concepção

baseia-se na função da

moeda como

meio

de

troca. lnvés

de

pensar

em

moeda como

padrão, ou medida de valor.

Em

sua forma mais

simples, a

comparação

seria

apenas

entre a quantidade

de

moeda

em

circulação e o volume dos bens oferecidos no mercado.

Porem

verificou-se

que

a operação de troca compreendia todos os tipos de

moeda.

Deduziu-se

Referências

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