CM
409
RAFAEL
WILLAIN LOPES
~O
USO DE
CONIPUTADORES
ENTRE
OS
ESTUDANTES
DO
'CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
MEDICINA
DA
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
Trabalho apresentado à Universidade Federal
de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.FLQRIANÓPOLIS
RAFAEL
WILLAIN LOPES
O
USO DE
COMPUTADORES
ENTRE
OS
ESTUDANTES
DO
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
MEDICINA
DA
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
Trabalho apresentado à Universidade Federal
de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.Presidente do Colegiado do Curso: Prof. Dr. Edson José Cardoso
Orientador: Prof. Dr. Roberto Henrique Heinisch
Co-orientador: Prof. Dra. Liana Mirian Miranda Heinisch Dr. Li Shih-Min
FLORIANÓPQLIS
GG Pode-se viver
no
mundo
uma
vida magnífica, quando se sabe trabalhar e amar: trabalh pelo que seama
eamar
aquiloem
que se trabalha. ” (L. Tolstoi)DEDICATÓRIA
Aos
meus
pais,Waldir “fe Iracema
Aos
meus
avós,Horato e
Maria
Meus
segimdos paisAo
meu
orientador,Dr. Roberto
A
um
grande professor,Dr.
Cehno
Celeno PortoDedico
este trabalho,também,
às pessoas que, deuma
maneiraou
deoutra, compaitilharam
comigo algum
momento
em
minha
vida, porserem
elasAGRADECIMENTOS
Agradeço,
em
primeiro lugar a Deus,que
me
permitiu seguirmeu
própriocaminho
eque
nosmomentos
mais dificeisnunca
me
abandonou.Serei eternamente grato aos
meus
pais, Waldir e Iracema, por todo carinho,atenção,
amor
amim
dispensados e porserem
os responsáveis pormoldar
meu
caráter e
minha
moral e transformarem-meno
homem
que
hoje sou.Aos
meus
avós quesempre foram
meus
segimdos pais.Aos
meus
tios e primos pelacompreensão
deminhas
inúmeras ausências nas reuniões de família.Ao
meu
orientador, Dr. Roberto e co-orientadores, Dra. Liana e Dr. Li,competentes profissionais e verdadeiros amigos,
que
aceitaram odesafio
deauxiliar-me neste trabalho, dedicando horas preciosas de seu trabalho e convívio
familiar à orientação, leitura e discussão deste estudo,
dando
valorosas contribuições para transformaruma
idéiaem
realidade.À
minha
namorada, Claudia,quem
me
apoiouem
todos osmomentos
dificeis.
À
minha amiga
e dupla de internato, Cristiane, que pacientemente, dia apósdia, ouvia-me comentar sobre
minha
evoluçãono
trabalho.Aos
meus
amigos, Gláucio e Maximiliano,com
quem
troquei iníuneras idéias e dúvidas.Aos meus
amigos, Alexandre,Mauro,
Luiz, Fábio, Felipe, Paula e Letícia,os quais
em
váriosmomentos fizeram
valer o significadoda
palavra amigo.Ao
amigo
e colega Ricardo Philippi de los Santos.5
À
toda comissão organizadorada
XXXII
Jomada
Catarinense de DebatesCientíficos e Estudos Médicos.
Ao
Dr. Maurício Pereima, por sua ajuda,não
só amim,
mas
a toda turma, pela disposição de,em
seu horário livre, ministrar aulas sobre a confecção detrabalhos científicos, contribuindo assim para praticamente todos os trabalhos.
Ao
Dr.Odi
J osé Oleininsk por sua amizade.A
todos osmédicos
e residentes que, dealguma
forma, incentivaram-mecom
palavras de apoio e contribuíramcom
sugestões.Aos
amigos
e conhecidos aquinão
citados,mas
aquem também
devo
minha
gratidão.A
todoso
meu
sincero muito obrigado.IINTRODUCÃO
... ..2.oBJETIVos
... ._3.IvIÊToDo
... ..4.RESULTADOS
... .. . . . . - - . z - . . . . ..ÍNDICE
5.DIsCUssÃo
... .. ~ó.CoNCLUsoEs
... _.7.REPERÊNCIAs
... ..RESUMO
... ..APÊNDICE
1 ... ..APÊNDICE
2 ... ..APÊNDICE
3 ... ..NORMAS
ADOTADAS
... ..SUMMARY
... .. . . . . .. . › « . - . z . z . › . . . .. . - ‹ - - - z - ‹ . z . . .U1.
rNTRoDUÇÃo
É
inegável que nas últimas décadas o conhecimentohumano
cresceu maisque
em
vários séculos e que a cada dia ele cresce tantoem
quantidadecomo
em
velocidade, e é importante nos atentarmos parao
papelque
a informáticatem
neste fato.
Gradativamente, os computadores
foram
sendo incorporados à nossa vida,aperfeiçoando-se, e
com
o passardo tempo
deforma
cada vez mais veloz. Elesdeixaram de ser
máquinas
grandes e de aparência estranha, epassaram
aincorporar a lista de eletrodomésticos de inúmeras residências e integrar urna
enorme
variedade de nossas atividades cotidianas e profissionais.Estas
máquinas
são usadas hoje por profissionais dos mais diversoscampos
do
conhecimentohumano,
dentro deles a medicina,com
grandesperspectivas para
o
futuro.Na
medicina os computadores associados à inforrnátiçatêm
aplicaçãopotencial
em
várias áreas,como
pode
ser vistono Quadro
I.O
registromédico
computadorizado consisteno armazenamento
de todasas informações pertinentes ao histórico de
um
paciente, sob aforma
de pastas de arquivos nosbancos
de dadosdo computador
e apresenta várias vantagens.A
fonna
tradicional de registroem
papel é por inúmeras vezes desorganizado enão
padronizado, sendo
uma
fonte pobre de informaçõesem
constantes mudanças.Em
contrapartida, o registro computadorizado,além
de organizado epadronizado,
ocupa
um
espaço reduzido para seuarmazenamento
pornão
estarcontido sob a
fonna
fisica, o quetambém
o
permite ser disponibilizado por váriass
Quadro
I.Áreas de
aplicaçãoda
informáticana
medicina0 registro
médico
computadorizado0 processamento digital de sinais biológicos
0 processamento digital de imagens médicas
0 aplicações
no
laboratório clínico (performance dos testes e resultados dosmesmos)
0 sistemas de apoio à decisão
médica
0 terapia rnédica0 ensino
médico
(uso de multimídia)0 pesquisa médica,
0 epidemiologia e bioestatística
0 acesso à informação
em
bancos de dados, correio eletrônico e redes (internet-rede mundial de computadores)
0 administração das
finanças
edo
consultório0 processamento de textos e coleta
da
história clínicaFontes: 1`7
O
processamento de sinais biológicos consistena
captação, exibição earmazenamento
de sinais biológicoscomo,
por exemplo, os monitores cardíacos eo Holter, aparelho
que
monitora eletrocardiograficamenteum
paciente porum
período determinado de tempo4.
O
processamento deimagens
médicas,da
mesma
forma
que dos sinaisbiológicos, constitui-se
da
captação, processamento, exibição earmazenamento
de imagens,
como
exemplos
podemos
citar a angiografia por subtração digital e a9
As
aplicaçõesnos
diversos laboratórios clínicoscomo,
por exemplo,química clinica, anatomia patológica/citologia, hematologia, imunologia,
microbiologia e parasitologia clínica, .e
banco de
sanguepodem
ser destacadas4:0 Solicitação de
exames
e busca dos resultados. 0 Gestãodo
fluxo
de trabalhono
laboratório.0 Entrada, processamento e
armazenamento
de dados. 0Produção
de laudos e relatórios de resultados.0 Controle de qualidade e auditoria médica.
0 Estatística e relatórios gerenciais.
0 Gestão administrativa e financeira.
Sistemas de apoio à decisão são sistemas que auxiliam o
médico
em
alguma
das fasesdo
processo detomada
de decisão, quer esta seja referente àinterpretação e análise
do
diagnóstico, conduta terapêutica, prognóstico, seleçãoou
planejamento4°8`1°.As
aplicaçõesda
informáticana
terapiamédica
constituem-se de software dedocumentação
eacompanhamento
de terapia medicarnentosa, bancos dedados
sobre medicamentos, planejamento de terapias de .radiação fisicza, planejamento e
documentação
de cirurgias, utilizaçãoem
biônica e próteses artificiaisinteligentes”.
No
ensinomédico
as áreas de aplicação .são a educação baseadaem
computadores,
manejo
baseadoem
computadores, aprendizado assistido porcomputador
e instrução assistida por computadores, todos integrando utilizaçãode multimídia”.
Na
pesquisa médica, epidemiologia e bioestatística, .a informática éutilizada param:
0 Planejamento, coleta, entrada, processamento e análise estatística dos dados.
10
0 Controle
de
experimentos.0
Automação
do
laboratóriode
pesquisa. °Gerenciamento
de
projetos .de pesquisa. 0Acesso
à literatura e bancos de dados. 0 Elaboraçãode
teses, livros e .artigos0
Apoio
à apresentação científica, pôster eletrônico.0
Documentação
científica, .publicações eletrônicas. Revistasem
CD-ROM.
0
Modelagem
e simulação apoiados por computador.No
acesso à informação a grande aplicação é a internet eo
correioeletrônico, .através dos quais .se permite
a
troca de dados entre profissionais detodo o
mundo”.
Na
administraçãomédica
a informáticapode
ser usada para controle de~
agendamento
e recepção,automaçao do
cadastrodo
paciente eanamnese
automatizada4.
O
processamento de texto e a coleta de .história clínica jáforam
citadosno
registro .médicoe
na
administração medical_O
uso .da informáticano
ensinomédico
tem
sidoum
-campoem
francodesenvolvimento
em
muitas escolas médicas, principalmenteem
paísesdesenvolvidos.
A
introdução desta tecnologia veio auxiliar osmédicos
a manejar ainformaçãode forma
mais -efetival 1. -e suas implicaçõesna
medicina referem-seao surgimento de
uma
série de ferramentas de apoio à prática rnédica, das quais osmédicos
devem
tomar
conhecimento epromover o
seu desenvolvimento emanutençãol.
Na
educação médica, estas implicações são mais nítidas, ao passoque
algumas escolascomeçam
a
exigir de seus alunos habilidades básicasem
informática, assim
como
.a capacidade de acessar, buscar e disponibilizardados
na
internet, e atémesmo
.a .necessidade de possuirum
conrputador para serll
A
educaçãoem
informáticamédica tomou-se
parte integranteda
educaçãoe treinamento de médicos, enfermeiras e administradores
da
áreada
saúdeem
vários países por todo
o
mundo”.
Dentre estas grandes aplicações potenciais, a
que
maisnos motivou
aproduzir este ensaio cientifico, foi a utilização dos computadores e
da
informáticana formação do
profissional médico, desde seu ensino de graduação.A
infonnáticamédica
como
disciplina já faz partedo
currículo de algumas escolas de medicina. Sobre esse fatoum
relatórioda
AssociaçãoAmericana
deFaculdades de Medicina, publicado
em
1984,desafia
as escolasmédicas
apromoverem
um
uso efetivoda
tecnologia dos computadores e das ciênciasda
informação
na
educação profissionalizantedo
médico,recomenda que
elastreinem seus estudantes para
o
uso dasmesmas
e afirma:“Em
menos
deuma
década,
a
maioria dos estudantesque entram nas
faculdades terãoalguma
experiência
com
computadores.Devemos
começar
agora
a
identificar ashabilidades
de
processamento
de informiaçãoque
eles precisarãocomo
médicos, desenvolvendo recursosque
serão necessáriospara
o ensino dessas habilidades e planejar manzei-rasde
incorpora-lasao
currículo.”2°.Em
1986, a AssociaçãoAmericana
de Faculdades deMedicina
definiu a informáticamédica
como
sendoum
conjunto de conhecimentos e .técnicasem
desenvolvimento que
concemem
à organização emanejo
da
informaçãoem
suporte
ao
cuidadodo
paciente, pesquisae educação
médicazl.A
introduçãoda
informáticamédica
para os estudantes de medicina estáprogressivamente sendo incorporada nas escolas
médicas
de vários países evárias organizações nacionais, e
tem
recomendado
sua integração ao currículo médico22`3.A
justificativa para essamedida
residena
crença de que: maisinformações sobre computadores
,podem
ajudarna
implementação,com
sucesso,l2
está se
tomando
mais freqüente e osmédicos
devem
estar preparados para usá-los e
que
a educação assistida por computadores está setomando
largarnentedisponível e os estudantes
devem
se familiarizarcom
os computadores a firn deque
possam
melhor
usufruir deste material22`3.Diante
da
realidade destes fatos, éque
as escolas médicas estãopropondo
a inclusão de ferramentas de ensino/aprendizado auxiliados por
computadores2°22`7, de cursos de informática
médica
para estudantes de medicina3°`3,ou
mesmo
da
disciplina de informáticamédica
em
seusciurículos“*3°'34`5 e até de
Educação
Médica
Continuada36.Há
várias razõesque
justificam a lentidãona
introduçãoda
informáticamédica
ao currículo7.A
maioria dos curriculosmédicos
estão sobrecarregados dedisciplinas e talvez por isso a informática
médica não
tenhaganho
o seu espaço7.Não
há
inn consensodo que
ensinar;o
campo
da
informáticamédica
está sedesenvolvendo a
uma
grande velocidade e diferentes gerações de sistemas deinformação
sucedem
umas
às outras rapidamente7.Há
carência deprogramas
detreinamento para educação dos professores neste
campo
e relacionado a ele.Há
falta de material de ensino básico
em
informáticamédica
para o currículo médico,apesar
da
disponibilidade debons
livros para ensino avançado7. Para alcançar posição nos currículos, a informáticamédica
deve demonstrar sua relevância para a práticado
cuidado médico7. Istopode
ser feitodemonstrando que
os sistemasdesenvolvidos são adotados pela
comunidade
médica;que
o ensinoda
informática
médica
é importante para a atitude e profissão dosmédicos
como
provedores de cuidados e
como
pesquisadores médicos;que
a atençãocolaborativa e
o
suporte a decisões,melhoram
a qualidade e talvez diminua os custosdo
cuidado médico7.Para iniciarmos
uma
linha de pesquisaem
informáticamédica no
13
Federal de Santa Catarina,
procuramos
saber dados básicos,como
foi feitoem
várias escolas médicas29”35 3741.
Buscamos
verificar a disponibilidade, pelos graduandos de nossa escola,da
ferramenta necessária para pensar
na
implementação de qualquer atividadeou
projetoque
vincule o ensinomédico
ao usoda
informática e elucidarmos o uso2.
OBJETIVOS
Em
uma
amostra de estudantesdo Curso
deGraduação
em
Medicina da
Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC)
obj etivamos:1. Avaliar a utilização de recursos computacionais.
2. Verificar a freqüência
do
usodo
computador, o tipo, os acessórios e osprogramas
(softwares) mais utilizados.3.
Documentar
o grau de conhecimento de informática. 4. Avaliar o acesso à internet ecom
qual objetivo é feito. 5.Conhecer
a visão sobre informáticana
área médica.6. Verificar o potencial de introdução de recursos didáticos computacionais para
futuro laboratório de produção e uso de softwares educativos na. área médica.
7. Elaboração de
um
projeto para implantação deum
curso de ensino apoiadopor multimídia
na
disciplina de cardiologiado
curso de medicinada
UFSC,
para3.
MÉTODO
Foi realizado
um
estudo descritivo, observacional,não
controlado, individual, contemporâneo,do
tipo transversal e para tantoum
questionário foielaborado e incorporado à
uma
ficha
de coleta dos dados, sendo este aplicado duranteo
último diada
XXXII
Jornada Catarinense deDebates
Científicos eEstudos Médicos,
ou
seja, 16 de outubro de 1998,da
qual participavam 143estudantes
do Curso
deGraduação
em
Medicina da
UFSC.
A
amostra consistiude 56 estudantes de diversas fases
do
curso de graduaçãoem
Medicina, deambos
os sexos. “
As
fichas
constituíram-sedo
cabeçalho de identificaçãocom
Nome,
Idade, Fase e Data, edo
questionáriocom
onze questões de múltipla--escolha,podendo
ser assinaladas mais deuma
altemativacomo
resposta a algumas pergimtas euma
questão discursiva
com
espaço apropriado para a opiniãodo
entrevistado.As
trêsprimeiras pergimtas
buscavam
informações a respeitodo
uso, freqüência,dando
as opções de até 2 vezes, de 2 a 5 vezes e mais de 5 vezes por semana, e intenção de utilização de computadores; as duas seguintes,
visavam
levantaro
tipo decomputador, sendo as opções fo 386, 486, o pentium e outros., assim
como
osacessórios
do
mesmo
entre kit multimídia,Fax-Modem,
impressora e scanner.A
sexta pergrmta propunha-se auma
auto-avaliaçãodo
grau de conhecimento de informática dos estudantes, oferecendo-lhes as opções: escasso (já utilizei),moderado
(utilizo regularmente) e grande (poderia ensinar sobre)29.As
duaspróximas pergrmtas tinham
como
objetivo esclarecer as finalidadesdo
usodo
computador
entre divertimento, estudos/trabalhos eambos
e os principaisprogramas
utilizados para estudos/trabalhos entre o processador de texto, planilha16
sobre acesso à internet
ou
não, objetivodo
acesso: diversão, estudos e obtenção desofiwares
e motivodo não
acesso:não
saber usar,não
ter interesseou não
saber
do
laboratóriodo
Centro de Ciênciasda
Saúde.A
argüição discursivapretendia dar-nos
uma
noção da
ótica dos estudantes referente à utilidadeda
informática
na
área médica.(Apêndice. 1)Todos
os presentes às palestras daquele diareceberam
os questionários, aoentrarem
no
auditórioda
Reitoriada
Universidade Federal de Santa Catarina,onde
o evento realizou-se,com
total de 63 questionários eno
fim
do
dia obtiverarn-se 56 questionários respondidos.Os
dados
obtidosforam
analisadoscom
auxíliodo
Excel®
e Epinfo®.Com
osdados
obtidos foi elaboradoum
projetobaseado
no
formuláriodo
Fundo
deApoio
ao Ensino deGraduação-FUNGRAD,
que
tem
por objetivoapoiar,
no
todoou
em
parte, projetos de ensinoque visem
à melhoriaou
implantação de laboratórios de ensino de graduação, implantação de
novas
tecnologias de ensino e otimização de
meios
e recursoshumanos
na
área deensino,
propondo
a implantação deum
curso de ensino de valvulopatias,apoiado por multimídia,
na
disciplina de cardiologiado
curso de graduaçãoem
4.
RESULTADOS
Observou-se que nesta amostra de estudantes
do
curso de graduaçãoem
medicina
da
UFSC
participantesda
XXXII
Jomada
Catarinense de DebatesCientíficos e Estudos Médicos, 50 (89,3%) utilizam computadores e nos que
não
o fazem, apenas 1 (16,6%) possuía computador, os 5 (83,33%) restantes não.
(Figura. 1 _)
ó(1o,7°/0)
I
SimI
Não5o(s9,3%)
Figura.1:
Uso
de computadores entre os estudantesdo
curso de graduaçãoem
Medicina
daUFSC.
Quando
perguntadoscom
relação à freqüência de uso, obteve-se49
(87,5%)
questionárioscom
respostas, destes, 17 (34,7%)afinnaram
utiliza-lo até2 vezes por semana, 21 (42,8%) entre 2 e 5 vezes e ll (22,5%) mais de 5 vezes
por semana. (Figura.2)
No
que
conceme
à intenção de uso decomputador
nos próximos meses,18 EAté2 25 vezes/ semana 20 21 (423%) 17(34.7%) l l(22.5 A›) 'äii . :"1;~. Z-‹.¬-:.:..;".›`:›:'‹ fi".:H^ä'€1=1¡.'k tÍfi:*:í:”:L'-ffëil
I
Entre 2 e 5 I5 vezes/semana * 10 q EI Mais de 5 5 vezes/semana ¡Ê:f'2;¡;¡'^*š›É:Eë:: t.,›¬.›~.›.›.¿›..‹.› ~^ iv' ;*‹.-zii ._¡.,.-., `_.,.;.L .'.°...r¬ ¬. ‹~'="'r::':š:'.I"' O 1›'+à~1f=..¬'z'z;‹".,._
i Freqüência de usoFigura.2: Freqüência
do
uso de computadores entre os estudantesdo
curso degraduação
em
Medicina da
UFSC.
Constatou-se que dentre os que possuíam computadores, 50 (89,3%)
entrevistados, o tipo mais presente foi o Pentimn,
com
34
(6~6,7%) citações; osegundo foi o
IBM486,
com
15 (29,4%) respostas, sendo que oIBM386
e Outrosforam apontados por 1 (1,9%) estudante cada um. (Figura.3)
sou 00,0%) 100,0% › 80.0% 60.0% entium |
I
IBM486 34(óó,'/%› ||:| tuM3só 1 40,0% (EI Outros 0I
Total 209%r'
*__
0,0% lz:z,~.;z:›:z!.».L.:.-nã \1fä›z=í~“:1?-z';~.*Êí [^¡:zp4z.3¡izí5f¡.¿:t¿¡ .Í~*"f¡!~1Ê*¡:“§íi.£ 15(29.4%)I
l(2,0%) l(2-0%) i Tipos de ComputadoresFigura.3: Tipos de computadores especificados pelos estudantes
do
curso degraduação
em
Medicina da
UFSC.
Ao
se inquirir aos entrevistados sobre os acessórios de seuscomputadores, obtivemos
48
(85,7%) respostas, que apontaram a associação19
22 (45,8%), seguida pelo conjunto
acima
citado acrescido da presença deum
scanner,com
8 (l6,7%), aparecendo posteriormentecom
7 (14,6%)
o pacote dekit multimídia e impressora e a impressora isoladamente
também
com
7 (l4,6%), seguindo-sedo agrupamento
de placafax-modem
e impressoracom
3 (6,2%) e,por
fim,
apareceu o kit multimídia juntocom
aplacafax-modem
que apresentouum
índice de 1 (2,l%). (Tabela I)Tabela I. Distribuição dos conjuntos de acessórios integrantes dos computadores
utilizados entre os estudantes
do
curso de graduaçãoem
medicina daUFSC.
Conjunto de acessórios
Número
Porcentagem
Kit Multimídia
+fax-modem
+
impressora 22 45,8Kit multimídia
+ fax-modem +
impressora+
8 16,7scanner
Kit multimídia
+
impressora 14,6Impressora 14,6
Fax-modem +
impressora 6,2Kit multimidia
+_ƒax-modem
2,1-~bJ\l\l
Total
48
l OOFonte: Ficha de coleta de dados.
Analisando estes dados por
uma
outra ótica, atentando para cada acessório isoladamente,podemos
perceber que ocomtun
é a impressoracom
47
( 39,7%), aseguir o kit multimídia
com
38 (30,6%), logo após aparece a placafax-modem
com
31(25%)
e ao final o scannercom
8 (6,5%). (Tabela II)Tabela II. Distribuição dos acessórios integrantes
do
computadores utilizadosentre os estudantes
do
curso de graduaçãoem
medicina daUFSC.
Acessórios
Número
Porcentagem
Impressora 47 37,9
Kit multimídia 3 8 30,6
Fax-modem
31 25 ,OScanner
8 6,5Total 124 100
20
Dentre os estudantes,
29
(51,8%) indicaram possuirum
conhecimentomoderado
de informática, 23 (4l,1%) classificaram-secom
um
grau escasso eapenas 4 (7,1%)
afirmaram
possuirum
grande entendimento de informática.(Figura.4) 29(5 1,8%) lI liscasso 1
I
Moderadoi iIGran_dsí_ _ 4(7.l%) 23(4l.l%)Figura.4: Distribuição
do
grau de conhecimento de informática entre os estudantes de medicina daUFSC.
A
finalidade imicamente de divertimentonão
foi apontada por nenhtun dosestudantes, enquanto que os estudos e trabalhos foram indicados por 13 (23,6%)
e a maioria, 42 (76,4%) relacionou a utilização dos computadores tanto
com
o divertimentocomo
com
estudos e trabalhos. (Figura.5)óo-í 50 Â l llzxmbosi Í 40 -l Ilistudos/Trabalho 30 1 l_“_'?iY°1?if§°f1<*_l 2° f À 10 0 -`
-_“f¬
Finalidade de usoF
igura.5: Finalidadedo
uso dos computadores entre os estudantes de medicinada
21
O
software mais utilizado foi o processador de textocom
50 (68,5%), seguido pelos gráficos juntamentecom
os específicos,ambos
com
10 ( 13,7%) eas planilhas de cálculo apresentaram apenas 3 (4,1%). (Tabela III)
Tabela III. Distribuição dos softwares utilizados entre os estudantes
do
curso degraduação
em
medicinada
UFSC.
Softwares
Número
Porcentagem
Processadores de texto 50 68,5
Gráficos
10 13,7Específicos 10 13 ,7
Planilha de cálculo 3 4,1
Total 73 100
Fonte: Ficha de coleta de dados.
Ao
analisarmos os sqƒtwares utilizados e suas associações, obtivemos osprocessadores de texto isoladamente
como
os mais freqüentescom
36
(67,9%),sendo que as associações entre processadores de texto e gráficos, e
processadores de texto e específicos, apresentaram
ambas
4 (7,5%), osespecíficos isoladamente; os conjuntos de: processador de texto, planilha de
cálculo e gráficos; e processador de texto, gráficos e específicos representaram 3
(5,7%). (Tabela IV)
A
internet estava sendo acessada por49
(87,5%) dos estudantes questionados e 7 (12,5%)não
o faziam. (Figura.6)O
acesso à internet estava sendo objetivadoem
22(50%)
dos estudantestanto pela diversão
como
pelos estudos,em
9 (20,4%) apenas pelos estudos,em
22
apenas pelo divertimento e 1 (2,3%)
afinnou
que é motivado pelos estudos e pelaobtenção de software. (Tabela
V)
Tabela IV. Distribuição das associações dos
sqfiwares
utilizados entre osestudantes
do
curso de graduaçãoem
medicina daUFSC.
Soƒíware e Associações
Número
Porcentagem
Processador de texto
36
67,9Processador de texto
+
gráficos 4 7,5Processador de texto
+
específicos 4 7,5Específicos 3 5,7
Processador de texto
+
planilha de cálculo+
3 5,7específicos
Processador de texto
+
gráficos+
específicos 3 5,7Total 5 3 l
00
Fonte: Ficha dc coleta de dados.
7( 12,5%)
làsínfg
LI Não l
49(87,5%)
23
Tabela V. Distribuição dos objetivos de acesso à Intemet entre os estudantes
do
curso de graduação
em
medicina daUFSC.
Objetivos
do
acesso àNúmero
Porcentagem
internet Diversão
+
estudos 22 50 Estudos 9 20,4 Diversão+
estudos+
8 18,2 obtenção de software Diversão 4 9,] Estudos+
obtenção de 1 2,3 software Total44
1 00Fonte: Ficha de coleta de dados.
Dos
7 estudantes queafinnaram
não
acessar a Internet, 6 especificaram o motivo, sendoque
5 (83,3%)responderam
quenão
sabiam utilizar e 1 (16,7%)que
não
tinha interesse. (Figura.7)Os
estudantes dentre as 12 fasesdo
curso de graduaçãoem
medicina queresponderam
àficha
de coleta, apresentaram a seguinte distribuição:26
(4ó,4%) pertenciam à 10° fase, organizadorado
evento, 6 (10,7%)
à 9° fase, 5 (8,9%) à 8°fase, 4 (7,1%) à 4° fase, 3 (5,4%) à 12°, à 6°à e à 5° fases respectivamente, 2
(3,6%) à 7°, à 3° e à 2° respectivamente e
não houve
respostas de graduandos da1° e 11° fases. (Tabela V1)
A
média
de idade dos graduandos foi de 21,9 anos,com
um
desvio padrão de 1,8 anos e amenor
idade obtida foi de 18 e a maior 27 anos.Ui
1000 ó(100,()%)
ÍUI_Não sei usar Í 7 1 7
5(83=3%)
80,0 -
Não tenho interesse 60,0 1
D
Não sabia do 40`0 Ium
7%) laboratório do CC 20,0 ” ' E1 total O O , 0* °)gli
Motivos de não acesso à internetFigura.7:
Motivos
paranão
acesso à internet entre os estudantesdo
curso degraduação
em
medicinada
UFSC.
Tabela VI. Distribuição segundo a fase entre os estudantes
do
curso de graduaçãoem
medicinada
UFSC.
Fase
do
cursoNúmero
de participantesPorcentagem
Primeira 0
Seglmda
2 Terceira 2 Quarta 4 Quinta 3 Sexta 3 Sétima 2 Oitava 5Nona
6Décima
26
Décima-primeira ODécima-seg1mda
3 0,00 3,6 3,6 7,1 5,4 5,4 3,6 8,9 10,7 46,4 0,00 5,4 Total 56 10025
Obtivemos 48
(85,7%)fichas
com
a área reservada para as opiniões preenchida, sendoque
estas geraram 97 opiniões sobre a utilidadeda
informáticana
área médica, queforam
categorizadasem
busca
de informaçõescom
30
(30,9%),
bancos
de dados 15 (15,5%), administração médico-hospitalar 14 (l4,4%), difusão e troca de informações ll (ll,3%), software específicos 9 (9,3%), confecção de trabalhos9
(9,3%), apoio àtomada
de decisão 4 (4,l%),melhora
da
qualidade deexames
4 (4,l%) e ensinomédico
1 (1,0%). (TabelaVII)
Tabela VII. Distribuição das opiniões sobre utilização
da
informáticana
medicinaentre os estudantes
do
curso de graduaçãoem
medicinada
UFSC.
Opiniões
Número
Porcentagem
Busca
de infonnações30
30,9 Específicos9
9,3Bancos
dedados
15 15,5Apoio
atomada
de 4 4,1 decisões Administração médico- 14 14,4 hospitalar Difusão e troca de 11 11,3 infonnaçõesConfecção
de trabalhos 9 9,3Melhora da
qualidade de 4 4,1exames
Ensinomédico
1 1,0 Total97
10026
O
projeto para implantação deum
curso de ensino de valvulopatiasapoiado por multimídia
na
disciplina de cardiologiado
curso deMedicina da
UFSC,
foi elaborado (Apêndice 2) e oFundo
deApoio
àGraduação
5.
DISCUSSÃO
É
bem
aceito que os computadorestêm
um
importante papel, tanto para o funcionamento diário dos hospitaiscomo
parao
ensinoda
meclicina41, apesar de ainda serpouco
utilizado para estefim
em
nosso meio. Atualmente já é aceitoque qualquer pesquisa
na
áreamédica
recorra aos bancos de dados disponíveisna
internet.
Diante desta realidade, este estudo
vem
daro
primeiro passo para amodernização do
ensinomédico
dentro de nossa escola, :apresentandoum
panorama da
utilização dos computadores entres os graduandos de medicinada
Universidade Federal de Santa Catarina, possibilitando o planejamento e a
implantação futura de cursos de ensino apoiado por
computador
e,quem
sabe, atémesmo
deuma
disciplina de informáticamédica
em
nossa faculdade quepodem
trazer melhoras
na
qualidadedo
ensino e, por conseguinte, dos profissionaisformados
por ela.Ele completa ainda
uma
primeira faseda
logística para criação deum
laboratório de desenvolvimento de softwares educativos
na
área médica, voltadosàs condições e à realidade de nossa universidade.
Demonstra
também
oenorme
usoda
informática por estudantes de medicina, o potencial desta ferramenta para o ensino e també:m para a práticamédica
como
um
todo.Abre
uma
linha de pesquisaem
informáticamédica no Departamento
deClinica
Médica
do
Hospital Universitário econclama
para a realização denovos
trabalhos sobre ensino médico;
uma
áreaque
por vezes é urnpouco
esquecidamas
que é a principal responsável pela qualidade dos futuros profissionais28
Chama
a atenção dos profissionaisda
medicina parauma
nova
áreado
conhecimento, que
vem
provocando
uma
revoluçãoem
nossa sociedade ecotidiano e
pouco
apouco
está se incorporando à prática médica, sendo importante que todoscomecemos
anos
preparar para asmudanças
que elaacarretará.
Obtivemos
um
alto indice de uso de computadores,com
uma
moderada
freqüência , demáquinas
de última geração, sendo utilizados principahnente osprocessadores de texto associados à impressora,
com
a finalidade de diversão etrabalhos .
Quase
a totalidade dos entrevistados acessa a internet e o fazcom
fins
de lazer e estudos.
A
busca de informações foi apontadacomo
a principalcontribuição
da
informática para a medicina.A
entrega dos questionários foi feita pessoahnente a cadaum
dos colegasparticipantes o que
pode
explicar,em
parte, aboa
aceitação dosmesmos
(88,9%) dos presentesresponderam
asfichas
de coleta), semelhante às taxas de resposta encontradasem
estudos similares, Asgari-Jirhandeh41com
65%, Haynes”
com
80%,
90%
e86% em
três anos de estudos subseqüentes,Sancho”
com
60%
,road”
com
92%,
Gouveia-oiiv<zirz32,com
77%
e Lishih-1\/fizfificom
79%
e 0elevado índice de opiniões (85,7%), visto que , ao contrario das demais questões
que
eram
de múltipla-escolha, esta necessitava que o participante escrevesse suasidéias.
Avaliou-se
que
89,29%
dos graduandosdo
curso de medicinada
UFSC
participantes utilizam o computador, fato similar sendo verificado
na
literaturacomo
em
Kidd”
com
89,97%,
Sancho”
com
quase80,15%,
Gouveia-Oliveira”com
96%,
Asgari-Jirhandehlflcom
98%.
O
índice de utilização de computadorespermaneceu
dentrodo
intervalo de29
95,9%,
fato que respalda o resultado, assinalando que fatores extrínsecos ao estudonão
o influenciaram de maneira acomprometer
seu significado e validade.Na
amostra, o principal motivo para onão
usodo computador
foi o fato denão
possuí-lo mas,mesmo
assim, dentre aquelesque não
o possuíam, todosafimraram
que pretendiam utilizá-lo nos próximos meses, fato quetambém
foireafirmado
por vários estudantes já usuários, o que demonstraque
não
dispor deum
computador
em
casanão
éimpedimento
para o usodo
mesmo
visto, que aUniversidade disponibiliza ao estudante
o
acesso a computadores, querna
Biblioteca Central,
no
Centro de Ciênciasda Saúde
ou no
Próprio HospitalUniversitário.
Na
literatura disponivel encontramos dados que indicavam o uso doscomputadores
semanalmente
por37%41
e17%,
43%,
30%
e38%”
dosestudantes.
A
partir de nossos dados,que
apesar de estarem separadosconforme
a freqüência de uso por semana, subentendem-se
que
todos que responderam,independente
do
número
de vezes, utilizam os computadores semanalmente,levando-nos a
um
índice de87,5%
de uso semanaldo
mesmo
entre os estudantesusuários. Este elevado índice de uso semanal demonstra que os computadores
podem
serum
eficiente veículo decomunicação
entre o corpo discente e odocente, permitindo que temas de aulas,
resumos
e atémesmo
publicações deinteresse sejam sugeridas e temas
possam
ser discutidos através de correio eletrônico, expandindo para fora das salas de aula a discussão das matérias.O
computador
mais utilizado pelos graduandos é o pentium,modelo
bastante atual, sendo compatível
com
aimensa
maioria dos softwares existentesatualmente, inclusive os
da
área de infonnática médica, quer sejam de ensinomédico ou
de apoio àtomada
de decisões2=24`5=27`9=33=37.A
informáticatem
evoluído muito rapidamente, tanto é verdade, que
em
um
estudo similarem
1994, ocomputador
maisusado
erao
38635, sendoque
o486
e o pentium aindanão
30
existiam.
Mais
uma
vez este estudo se mostra importante, para que se possa detemiinar o tipo de computadores acessíveis aos estudantes, para que se adote softwares de ensino compatíveis aosmesmos,
o que ainda nos remete anecessidade de
que
estudos similares sejam conduzidos periodicamente paraque
se
acompanhe
a evolução dessasmáquinas
de posse dos graduandos eda
própriauniversidade.
Na
literatura, o conhecimento de infonnática entre estudantes de medicinaé qualificado
como
mediano ou
inferiorem 56%
e elevadoem
apenas 17 %41.Em
nosso meio, mais
da metade
dos graduandos referiuum
graumoderado
de
conhecimento,
demonstrando
que nossos estudantes estão equiparados aos depaíses
com
uma
maior
culturaem
informática.O
sofiware
preferido, assimcomo
na
literatura,com
índices que variam38,9%
a89%”,
é o processador de textocom
68,5%
, e a razão para isto ébastante evidente.
Não
precisamos ir muito longe, para constatar tal fato, bastalembramos
de que todos os trabalhos de conclusão de curso estão sendoconfeccionados
com
auxílio desta ferramenta e omesmo
ocorrendocom
aulas,teses, documentos, provas entre outros.
Quanto
ao acesso à internet, a grandeo
maioriao
faz, dentre estes,compilando-se os dados dos diferentes objetivos, percebeu-se
que
91,81%
o
realiza para estudos
em
algum
momento,
edo
restante, analisando-se asfichas
decoleta de
dados
destes, percebeu-seque
28,57%
não possuíam
computadores.A
média
de idade obtidana
amostra já era esperada tendoem
vistaque o
estudo foi realizado entre estudantes.
Dentro
da
percepção dos participantes deste estudo, amaior
utilidadeda
infonnática para a medicina é
na
busca de informações, sendoque
seu usocomo
banco
de dados, para administração médico-hospitalar e para a difusão e troca de informações, tiveram significativo aparecimento dentre as opiniões, enquanto que31
o uso para
o
ensinomédico
ainda é muitopouco
lembrado.No
estudo deGouveio-Oliveira” os estudantes
quando
pergimtados,em
sua maioria,afirmaram
que os
computadores
podem
ser úteis para omédico
e quepodem
ajudarem
muitos aspectosno
manejo do
paciente(56%,
65%
respectivamente), jáem
nossa universidade, Li Shih-Min35 obteveum
percentual de39,8%,
afinnando
que
oscomputadores facilitariam
o armazenamento
e manipulação dos dados, tendoainda outras utilizações
da
infonnáticacom
um
percentual significativo etambém
o seu uso para o ensino sendo ainda
pouco
lembrado.Aqui
toma-se importante discutirmos dois dados.O
primeiro diz respeito à busca de informações ter sido considerada amaior
contribuiçãoda
informática para a medicina. Esta é urna grande verdade, eseu aparecimento era previsível visto que esta aplicação
da
informática já estábem
diftmdida,não
apenasna
área médica,mas
em
todas as demais.O
segundo dado
refere-se ao fato de que os estudanteslembram-se
muitopouco da
aplicaçãoda
informática parao
ensino médico, c› quepode
estarocorrendo por vários motivos e, dentre eles, poderíamos citar: o simples
desconhecimento,
pouco
contato e estímulo ao uso de tal tecnologia por parte dosprofessores,
que
são os grandes difusoresdo
conhecimento para os graduandos, ausência deum
laboratório e de softwares de ensino apoiados por computadoresdisponiveis
no
curso e a inexistência deuma
disciplina de informáticamédica
que apresente aos estudantes o potencial dos computadores para o ensino e
também
para a prática médica.Buscando
mudar
um
pouco
esta realidade é que elaboramosum
projeto deimplantação de iun curso de ensino de valvulopatias apoiado por
computador
na
disciplina de cardiologia e o apresentamos ao
FUNGRAD,
o qual aprovouo
projeto, ressaltando que
foram 253
projetos elaborados e apenas70
aprovados, e32
contemplados
com
os recursos para implantação, sendo queo
nosso foium
destes, após passar por
um
rigoroso processo de seleção que inclui atémesmo
consultores de outras universidades de todo o Brasil e agora
aguardamos
aliberação dos recursos por parte
do
FUNGRAD
para iniciarmos sua implantação.A
informática permitiu-nos que muitos dos contatos entre o autor e seus orientador e co-orientadores fosse realizado através de correio eletrônico,não
perdendo
contato,quando da
impossibilidade de nos encontrarmos, constitumdo-se
em
um
modo
bastante fácil de mantê-los atualizados sobre oandamento do
trabalho.
Os
computadorestomaram
possível, ainda, o contatocom
o Sr. Prof. Dr.Siegmar Starke, cardiologista e professor
da
disciplma de cardiologiada
faculdade de medicina de
Blumenau,
que contou-nos através deum
correio eletrônico, sua experiênciacom
a introdução de noções básicas de informática durante o curso de cardiologia. Isto demonstra a facilidadeque
a internet e ocorreio eletrônico disponibilizam a
comunicação
entre profissionais independenteda
distânciaque
os separa. (Apêndice 3)É
importantetambém
lembraro
fato de que sistemas de apoio atomada
de decisãomédica
já são rotinaem
muitos centross eem
um
futuronão
muitodistante esta realidade estará
chegando
a nós enada
mais prudentedo
que iniciarmos nossa preparação para ela deste já. Inúmerostambém
são os softwares~
de aprendizado para educaçao
médica
disponíveis atualmente, :nas mais diversasespecialidades”.
As
perspectivas para apróxima década
são de que: o progressono
processo e
na
tecnologiada
informação estámudando
nossas sociedades;há
uma
relevância
econômica
significativada
informação tecnológica para medicina e oscuidados
em
saúde; importância relevante de sua aplicação sistemática para a33
no
mínimo, aomesmo
passo de hoje; surgirá a necessidade de profissionaismédicos
bem
treinadosem
informáticamédica
eprovendo
educação de altaqualidade
no
campo
da
saúde e informática médica, ajudando consideravelmente a melhorar a qualidade e eficiência dos serviçosem
saúde”.Coieraló, coloca
um
dado
interessante,expõe
dez habilidadesque
considera essenciais para informática clinica, que
achamos
válido ressaltar:0 Entender a dinâmica e a natureza incerta
do
conhecimentomédico
e ser capazde manter as habilidades e o conhecimento pessoal atualizado.
0 Saber
como
procurar e avaliar o conhecimento de acordocom
a baseestatística das evidências científicas.
0
Compreender
alguns dos processos lógicos emodelos
estatísticosdo
processodiagnóstico.
0 Interpretar
dados
clínicos incertos e lidarcom
artefatos e erros.0 Estmturar e analisar decisões clínicas
em
termos de risco e beneficio.0 Aplicar e adaptar o conhecimento clinico para as circunstâncias individuais
dos pacientes.
0 Acessar, avaliar, selecionar e aplicar guideline, de tratamento, adaptar isto
com
circunstâncias locais, comunicar e gravar variaçõesno
plano detratamento.
0 Estruturar e gravar dados clínicos de
uma
forma
apropriada para tarefa clínicaimediata, para
comunicação
com
colegasou
para propósitos epidemiológico.0 Selecionar e operar o
método
decomunicação
mais apropriado parauma
dada
tarefa.
0 Estruturar e comunicar
mensagens
deum
modo
maisadequado
para34
Sancho”, recomenda que
faculdades de medicinacom
programas de informáticamédica
em
andamento publiquem
suas experiências, desta forma,então, qualquer escola
médica
com
boa
vontade de introduzir informáticamédica
se beneficiará destes relatos.
Basta olharmos à nossa volta,
em
nosso dia a dia, para percebermos quenosso hospital já possui computadores ligados à internet disponíveis
em
todas assuas enfennarias, ambulatórios e departamentos e, gradativamente, está sendo
informatizado, setor por setor.
Muito
importantetambém
é lembrar que jápossuimos
uma
produção de inúmeros softwares de informáticamédica
em
nossa universidade,como
por exemplo: o Sistema Diagnósticoda
Desnutrição Energético Protéica- SDDEP9,
um
sofiware
específico para cálculo de nutrição parenteralem
criançaslo, entre outros.O
estudo realizado apresentouuma
amostrapequena
em
números
absolutos,
mas
correspondente a39,2%
dos 143 estudantes de medicinada
UFSC,
inscritos e participantesdo
evento, e à9,3%
da
totalidade dos graduandosde medicina
da
UFSC
eum
viés de seleção,onde
46%
dos participantesdo
estudo pertenciam à
décima
fase organizadorado
evento, porém, abrangeu representantes de 10 das 12 fasesem
percentuais que variam de ll a 4%,
podendo
ser ressaltado que80%
delescursavam
as 6 últimas fases,ou
seja, jáhaviam
completadometade do
curso e estavamna
parte profissionalizantedo
mesmo,
oque
fazcom
que representem a visão dos profissionais a graduarem-senos próximos anos.
Apesar do
presente estudo ser limitadoem
seucampo
de observação, osresultados
demonstram
evidências de várias tendências, sendo necessário,no
entanto, a realização deste estudocom uma
amostra maior, antes que os35
Entusiastas
do
usoda
infonnáticana
medicina,não
sendo,no
entanto, partidáriosdo
tecnicismo que por vezesacompanha
a tecnologia,convidamos
osleitores a vislumbrar a
gama
das possibilidades e perspectivas quesurgem
com
estes resultados desta pesquisa.
Diante de todos os dados e fatos aqui apresentados e discutidos,
podemos
inferir que o curso de graduação
em
medicinada
UFSC
apresentaum
grandepotencial de desenvolvimento e
uma
boa
aceitação por parte dos seus estudantesda
informática médica. Entretanto, para que tal potencial possa serbem
aproveitado, faz-se necessário
um
trabalho de conscientização junto ao corpodocente e discente das aplicações
do
uso de computadores parao
ensino e oaprendizado médico, e
quem
sabe,em
um
futuro próximo, esse processopode
culminar
com
a criaçãoda
disciplina de infonnática médica, contribuindo, desta maneira, para fonnar melhor osmédicos do
séculoXXI.
ó.
coNCLUsÓEs
Nesta
amostra de estudantes de medicinada
Universidade Federal de SantaCatarina, concluímos que entre os estudantes
do
curso de graduaçãoem
medicina,89,3%
utilizam computadores e que42,9%
destes osusam
com
uma
freqüência de 2 a 5 vezes por semana, e o principalcomputador usado
é oPentium
com
66,7%
tendo a impressoracomo
o acessório maiscomtun
com
39,7%,
a qual associada aum
kit multimídia e placafax-modem
estava presenteem
45,8%
das máquinas.A
maioria dos estudantes, 51,8%, disse terum
conhecimentomoderado
deinformática, sendo que
76,4%
usa os computadores tanto para estudos e trabalhoscomo
para diversão, tendo o processador de textocomo
o softwarecom
maior
uso (68,5%).
A
internet é acessada por87,5%
dos estudantes, e sua finalidade principal é tanto a diversão quanto o estudo e o motivo maior para onão
usoda
mesma
foio fato de
não
sabercomo
fazê-lo.Na
opinião dos estudantes participantesdo
estudo, a busca de informaçõesé a maior contribuição
da
informática à medicina.A
Universidade Federal de Santa Catarina possui,em
seu curso degraduação
em
medicina,um
grande potencial para implementaçãoda
informáticamédica.
O
projeto foi elaborado e aprovado peloFUNGRAD
aguardando agora sua implantação.7.R¡‹:FERÊNCIÀs
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