GRACIELA TALHETTI BRUNI
RESTAURAÇÕES
CERÂMICAS
IPS EMPRESS
E
IPS EMPRESS 2
GRACIELA TALHETTI BRUM
RESTAURAÇÕES CERÂMICAS
IPS EMPRESS
E
IPS EMPRESS
2
Trabalho apresentado ao Curso de
Especializaçãoem
DentisticaRestauradora, da
Escola de
AperfeiçoamentoProfissional
— ABOSC,como requisito parcial para
conclusãodo curso.
Orientador:
Prof. Dr.
SylvioMonteiro
JúniorINTRODUÇÃO 04
REVISÃO DE LITERATURA 06
DISCUSSÃO 24
CONCLUSÃO 17
INTRODUÇÃO
Durante o último século observaram-se muitas mudanças em relação aos cuidados com a saúde bucal, sendo que até a década de sessenta, a perda dental era considerada como parte normal do processo de envelhecimento. Com o passar dos anos, ocorreu grande progresso no conhecimento em relação As causas do desenvolvimento das lesões cariosas e das doenças periodontais. Levando a uma redução na prevalência da cárie dental, após a adoção de programas preventivos, na maioria dos países industrializados. 1.2
Nas décadas seguintes, a manutenção dos dentes naturais, bem como, a substituição dos dentes perdidos, passou a ser considerado um fator importante e, até mesmo, uma característica de melhor condição socia1. 3
Em nossos dias, além da preocupação com a funcionalidade, questões relacionadas ao resultado estético, nos tratamentos restauradores, têm se tornado uma situação freqüente, como observado na escolha do material restaurador pela maioria dos pacientes. 4
Para atender esta nova realidade, vários tipos de materiais restauradores têm sido criados e testados, sendo o grupo das cerâmicas odontológicas o que mais se aproxima A aparência dos dentes naturais, porém a baixa tolerância A fratura, forçou a utilização das mesmas em combinação com materiais metálicos, o que forneceu um maior ganho de resistência levando, entretanto, a alterações cromáticas na gengiva e impossibilitando a reprodução satisfatória da translucidez e luminosidade de um dente natura1. 5
pura, porém devido sua baixa resistência flexural não é possível a confecção de próteses parciais fixas, fato que incentivou a pesquisa e propiciou o desenvolvimento de uma cerâmica
reforçada por cristais de dissilicato de lítio (IPS Empress 2 — Ivoclar), a qual tem permitido a realização de pontes fixas envolvendo até 3 elementos. 3
O progresso continuo nas pesquisas
odontológicas
em busca de um material que preenchesse os requisitos de resistênciae ótima
estética, conduziu ao desenvolvimento dascerâmicas
"reforçadas",
dentre as quais destaca-seo
IPS Empress(Ivoclar),
desenvolvido na Universidade de Zurique(Suíça)
em1988.6' 7
' 8 ' 9O IPS Empress pertence ao grupo das
cerâmicas
vitreas,6' 10
as quaissão definidas
como um material
vítreo
cristalino que consiste de pelo menos uma fasevitrea
e
uma fase cristalina.0
material de base parao
produtoé
um vidro no qual cristais são formados pornucleação
e
cristalização
controladas.0
produtocerâmico vítreo
finalizado
é
caracterizado por nomínimo
um tipo de cristal especial queé incluído
em pelo menos uma matrizvitrea. 11
O sistema IPS Empress
é
apresentado, pelo fabricante, no estado pré-prensado, em lingotes, nos quais encontramoscristais
deleucita
e
não óxido
dealumínio
como em outrascerâmicas,
repartidos homogeneamente em uma fasevítrea,
sendoentão
denominado"cerâmica
leucito-reforçada",
o
quelhe
confere maiortranslucidez
e
naturalidade Aspeças.6. i°
Este material
é
derivado do sistemaquímico
Si02-A1203-K20.
Os cristais deleucita
representam estruturas de
silicato
com afórmula
química
KA1Si206.
Dependendo do tipo de produto dacerâmica vítrea
IPS Empresso
conteúdo
de cristais varia entre30%
a40%
em volume. Uma matrizvítrea
desilicato compõe
a parterestante."
O material
cerâmico
prensado destaca-se pelaótima
homogeneidade,não
ocorrendo
porosidades
nemcontrações responsáveis
pelasfraturas
das peças como ocorre com ascerâmicas
convencionais encontradas nomercado. 6'
12
Tem sido sugerido que os cristais deleucita
incorporados reforçamo
material, prevenindo apropagação
deAs principais propriedades do sistema IPS Empress incluem uma resistência a
flexão de
120 MPa(material de base) ou de aproximadamente
200 MPa(com o
glazeamentoe
o material de
coloração),a resistência a
fraturade
1,3 MPa m6.5,com um
coeficientede
expansãotérmica linear relativamente alto de
14,90 ± 0,5.10-6ICI
m/ma
18,25 ± 0,5.10-6 m/m, umasolubilidade menor que
200 ptg/cm3.Em
urnatemperatura de
1075°C(técnica de
maquiagem) a
1180°C(técnica
estratificada),o lingote de cerâmica de vidro
torna-seviscoso,
o qual é prensado em um molde para formar a
restauração dentária.Quando empregada a
técnica estratificada, camadas de cerâmica de
leucita (materiaisde
dentinae esmalte),
são sinterizadassobre a
superficieda estrutura a uma temperatura de
910°C.Previamente a
indicaçãode uma
restauraçãode cerâmica pura alguns
parâmetros,que comumente
influenciamo índice de longevidade para todas as
restaurações fixasfabricadas em
laboratório,devem ser observados e podem ser divididos em:
Fatores
relacionados ao paciente:- Atividade
e
risco de caries,estando incluídos neste item pacientes que
apresentam alto
númerode bactérias
cariogênicas,baixa
ingestão
localde flúor,
alta ingestãode
açúcare baixo índice de
fluxosalivar;
-
Risco de
periodontite,ressaltando-se,
pacientes corn higieneoral deficiente,
tabagistas,e com
periodontitede
progressão rápida;-
Portadores de
bruxismo;-
Praticantes de esporte de contato.
Fatores relacionados com os profissionais:
- Diagnóstico deficiente
(como urna
avaliação incorreta dorisco de dries e
periodontites);-
Tratamento
pré-operatórioinadequado, isto
6, nãocorrigir os riscos existentes e
não realizara
instruçãode higiene oral adequadamente;
- Preparação
inadequada,
exemplificadapor preparo
não retentivo,em conjunto
com
cimentaçãoconvencional,
redução oclusalminima, preparo
subgengivale
biselamento;- Estética não apropriada para as medidas do paciente;
- Confecção inadequada no laboratório, evidenciada pela presença de excessos e uma conformação não fisiológica da ameia interdental;
- Falhas na detecção de problemas por não cumprir adequadamente as etapas tais como teste da cor (try-in), controle da umidade e processamento correto dos materiais;
- Acompanhamento inadequado.
Portanto, como visto, o profissional é responsável pela maioria das falhas. 3
Considerando as características do IPS Empress, tem-se como indicações deste sistema a utilização para confecção de coroas unitárias, facetas (as quais são utilizadas no tratamento de dentes descorados, para fechar diastemas, para otimizar a posição da borda incisal, e esteticamente, para restaurar dentes fraturados), inlays e onlays,3 13 não sendo recomendada para realização de próteses parciais fixas. 14 Outro fator a ser considerado, relaciona-se ao uso de coroas de IPS Empress em áreas posteriores, as quais devem ser
limitadas a bicitspides devido ao potencial de fratura quando comparado aos sistemas metalocerdmicos, como descrito por Fradeani em 1996.
0 procedimento clinico habitualmente sugerido na realização de coroas de IPS Empress, inclui a redução do dente de 1 a 1,5mm wdalmente e 1,5 a 2mm oclusalmente. Esteticamente, uma espessura "facial" adequada da coroa (1,2 a 1,5mm) é necessária para mascarar dentina escura ou descorada. 15 Um estudo mais recente sugere que para encobrir diferentes substratos com diferentes cores é necessário uma espessura de 2 mm. 16
Durante a realização de facetas laminadas, um tratamento conservador é sugerido, sendo que a redução do esmalte deve ser parcial (0,5 a 0,6mm), evitando ou minimizando a exposição da dentina, especialmente no terço cervical onde a espessura do esmalte, dos dentes anteriores, varia de 0.3 a 0.5mm, já que a cimentação com agente adesivo é mais previsível em esmalte. 19 A necessidade de fornecer ao técnico um preparo com espessura adequada, para fabricar laminados estéticos poderá levar à extensão do desgaste até a dentina. A espessura minima obtida com o IPS Empress, unida a excelente translucidez, capacitam o clinico a realizar um preparo supragengival limitado ao esmalte, facilitando as medidas de higiene oral e aumentando a saúde dos tecidos. 0 preparo de um chanfro suave deve ser realizado na cervical e estendido para a Area interproximal, os contatos com os dentes vizinhos, se possível, devem ser preservados, mantendo as margens da restauração ocultas. Uma modificação incisal 6, algumas vezes, necessária quando houver uma dentição desgastada ou quando a espessura vestíbulo-lingual da margem incisal do dente for muito delgada. A extensão do preparo em direção a superficie lingual com um minichanfro é necessário para aumentar a resistência e a adesão das facetas. Além disso, irá produzir um guia de inserção, aumentando a estabilidade da mesma. 20 Os passos para preparação das facetas podem ser sumarizados como:
- Leve redução vestibular de 0.5 a 0.6mm;
- Preparação interproximal;
- Redução incisal;
- Possível extensão lingual.
Quando do emprego da técnica estratificada para facetas, habitualmente, após a
cobertura adequada de dentina e esmalte, uma espessura de no mínimo 0.8mm é inevitavelmente alcançada. 21
Durante a realização de inlays e onlays com o sistema IPS Empress as orientações a serem seguidas são as mesmas que para outros sistemas cerâmicos. Uma broca diamantada
preparação. É necessário evitar o preparo da cavidade além da junção amelocementdria, mantendo a margem, se possível, inteiramente no esmalte, para limitar microinfiltrações nesta drea. 21 Em resumo, durante a preparação da cavidade, as seguintes características devem ser observadas:
- Redução oclusal de 1,5 a 2,0mtn;
- Ombro arredondado sem qualquer chanfro cavossuperficial;
- Convergência de aproximadamente 10';
- Ângulos e margens internas arredondadas;
- Localização da margem interproxit-nal, se possível, em esmalte.
- No laboratório a forma de utilização do IPS Empress é baseada na tradicional técnica da cera perdida, sendo que a estabilidade do material é obtida no processo de prensagem e subseqüente tratamento térmico (1075 ou 1180°C a vácuo) no forno computadorizado EP500 (Ivoclar) sob uma pressão de 0,3 a 0,4MPa.' I
0 material restaurador pré-ceramizado pelo fabricante é disponível em uma variedade de matizes, as quais podem ser esteticamente otimizadas pelo recobrimento através das técnicas de maquiagem ou estratificada. Esta última, sendo utilizada na fabricação de coroas anteriores, indicando-se a utilização de corantes para coroas posteriores, inlays e onlays, nos quais os detalhes funcionais e oclusais podem ser reproduzidos no trabalho
final», 24 Quando os lingotes de matiz e opacidade apropriados são selecionados, duas ou três
camadas de corantes são suficientes para obter o tom desejado. 25' 26
As facetas podem ser realizadas utilizando-se ambas as técnicas, dependendo da situação clinica e do grau de alteração de cor desejada. Quando a espessura varia de 0.4 a 0,6mm dá-se preferência para o procedimento de maquiagem, pois esta pequena dimensão pode não permitir a utilização da técnica estratificada, sem que ocorra sobrecontorno. De fato, a peça não pode ser reduzida além de 0,4 a 0,5inm sem comprometer seriamente sua resistência. 2 '
Na técnica estratificada, na confecção de coroas, a estrutura básica é prensada, e
então seqüencialmente coberta com porcelanas de dentina e esmalte para imitar a estrutura dentária. Outro autor relata preferência, por obter a forma completa da restauração, e após
prescritos para o laboratório. 0 enceramento da restauração é realizado para alcançar espessura suficiente para resistência ótima (minima de 1.1mm). A posição do canal de alimentação é muito importante, nesse respeito, para garantir uma prensagem adequada. Em restaurações posteriores, para não modificar os contatos cêntricos, o mesmo deve ser localizado sobre uma cúspide não funcional com uma inclinação que permita ao material prensado expandir-se uniformemente. Nas restaurações anteriores o canal de alimentação é posicionado incisalmente ao longo do eixo longitudinal do preparo do dente, permitindo que o material de vidro difunda-se homogeneamente através das paredes da restauração. Desta maneira um potencial de fraturas no revestimento é evitado. Após o resfriamento, a fundição é demuflada e o canal de alimentação é seccionado em um Angulo, externamente à restauração, evitando danos para a mesma. Alternativamente, na técnica de maquiagem a forma completa da restauração é diretamente moldada, e então prensada utilizando lingotes de IPS Empress de cor e opacidade variada. A restauração é completada através da pintura superficial para combinar com os dentes adjacentes. 2I Após o polimento e o glazeamento o IPS Empress, apresenta as mesmas propriedades do esmalte dental, evitando desgaste abrasivo dos antagonistas, e mantendo translucidez similar a dos dentes naturais. I 1' 23
Para inlays e onlays durante a fase de escultura em cera, uma espessura minima de 1,5mm deve ser obtida para resistir A fratura. Com o objetivo de obter ótima preservação da morfologia oclusa!, das restaurações posteriores, durante a fundição, o canal de alimentação é posicionado interproximalmente. 26 Quando a restauração não tem extensão interproximal, o canal de alimentação é colocado na base da superficie interna e então ajustado para inserção. Para facetas, o mesmo é posicionado sobre a borda incisal, quando presente, ou na Area facial.
Durante a fase de assentamento da coroa, a prova da restauração é realizada para verificar a acurAcia marginal e para ajustar a oclusão. Tanto para coroas, inlays, onlays, como para laminados o teste da restauração sobre a matiz deve ser realizado com o máximo cuidado para evitar fratura nas Areas marginais. 0 uso de uma pasta de teste (try-in) é sempre recomendado previamente a cimentação definitiva para adequar a cor do cimento.
Fradeani e Barducci, em 1996, recomendaram a utilização de bases de ionõmero de vidro principalmente em cavidades profundas para proteger a polpa e reduzir sensibilidade
pós-operatória. 21
Coroas, inlays,
onlays e
facetas devem ser cimentados com cimento resinoso usando a técnica de ataqueácido e
um agente adesivo de boa procedência (efetividadecomprovada). 27
0
protocolo dechnentação
inclui:1 .Tratamento
acuradoe
condicionamento dasuperficie
do dente:-
Evitaro
uso de cimento deeugenol
pararestaurações provisórias;
- Idealmente, usar um dique de borracha;
-
Limpar a cavidade com pasta de pedra pomes;-
Testar arestauração
(somenteadequacidade interna);
- Condicionar
o
esmaltee dentina
comAcido fosfórico 35%
gel por20
segundos, lavare
secar a cavidade.2.
Condicionamento darestauração:
-
Condicionar asuperficie interna
comAcido hidrofluoridrico
de baixaconcentração
por1
minuto;- Lavar
e
secar;- Aplicar
uma
camada desilano
por1
minutoe
secar;-
Asilanização
darestauração
deve ser feita imediatamente antes do assentamento para evitar acontaminação.
3.
Adequado assentamento:-
Use um agente dechnentação
adesivo micro-híbrido
dual;- Aplique uma camada de agente adesivo na cavidade
e
nasuperficie interna
dacerâmica,
em seguida, aplicar ar levemente;- Não polimerizar o
agente adesivo nesteestagio,
pois istopoderá
impedira
inserção completa (seguir as
instruções
do fabricante);-
Coloque cimento adesivo dual na cavidade(ou
sobre o preparo vestibular parafacetas)
e
assente arestauração;
-
Removao
excesso com um pincele interproximalmente
com fio dental;- Fotopolimerizar 40 segundos cada lado, direcionando a luz as margens;
- Refine as margens usando brocas de acabamento;
- Verificar a oclusdo. 21
Ainda que
o
sistema IPS Empress apresentasse várias vantagens em relação aos sistemas decerâmica
convencional, algumas lacunas persistiam, como a impossibilidade da sua utilização na confecção de pontes de três unidades devido a sua baixa resistência flexural. Conseqüentemente,o
principal objetivo parao
desenvolvimento do IPS Empress 2 foi produzir um material como
qual este tipo de trabalho pudesse ser realizado. Este novo material incluio
grupo dascerâmicas
prensadas que estãodisponíveis
em diferentes cores,e
as cerâmicas sinterizadas que são utilizadas em diferentes produtos, tais como os materiais "Dentina", "Incisal", "Transpa", "Effect"e
"Impulse". Ascerâmicas
vítreas prensadas são produzidas como lingotes monolíticose
ascerâmicas sintetizadas
na forma de pós, sendo que a combinação de ambas fornece suporte adequado com propriedades ótimas de translucEncia, brilho, opalescênciae
fluorescência. 3' 110 sistema
cerâmico
IPS Empress 2 não mantém nenhuma semelhança com acerâmica
IPS Empress no que diz respeito a ciência dos materiais, apresentando-se como umacerâmica
vítrea de dissilicato litio,e
a basequímica
parao
materialé o
sistema Si02 — Li02, sendo queo
conteúdo de mais de 60% em volume destes cristais alongados, medindo 0.5 a 5p.m, é consideravelmente maior queo
conteúdo dacerâmica vítrea
leucita. A presençadesses cristais evitam a propagação de microfraturas
e
contribuem para uma translucidez muito próxima do dente natural. 0 ortofosfato de litio, Li 3PO4, ocorre como uma fasesecundária
de cristais a parte do dissilicato de litio. Os cristalitos desta fase são relativamente pequenos, medindo 0.1 a 0.3pm.Tabela
1: Composição da CerâmicaIPS Empress
2 desenvolvida para o procedimentoVítrea
Prensada de
Dissilicatode
Litiode calor sob
pressão:"SI02 57- 80
A1203 0- 5
La203 0.1-6
MgO 0-5
ZnO 0-8
K20 0- 13
Li20 11-19
P205 0-11
As
cerâmicas vítreas
sinterizadas, contém cristais de fluorapatita, os quais podem aumentar a biocompatibilidade do materiale
facilitaro
controle das propriedades ótimas da restauração. A composiçãoquímica
do material usado nacerâmica
sinterizada, varia como apresentado na tabela 2: 11Tabela 2: Composição da Cerâmica Vítrea Apatita IFS Empress 2 desenvolvida para a classificação da Cerâmica Vítrea Sintetizada:
Componentes t`!/ porcentagem em eso)
Si02 A1203
P205 K20 Na20
CaO
Componentes adicionais: B203, La203, Li20, BaO, MgO, ZnO, Sr0, TiO2, Zr02, Ce02, aproximadamente
10% em volume
45- 70 5- 22 0.5- 6.5
3- 9 4-13 1-11,0 0,1-2,5
0 aumento de resistência da nova
cerâmica
vitrea em comparação com acerâmica
do IPS Empress, superou as expectativas. A resistência flexural média parao
sistema de dissilicato de litio, testado apóso
procedimento de prensagem, foi de 350 + 50 MPa. Além disso, uma resistência A fratura muito alta foi obtida com este material (Kic de 3,2 +1- 0,3 MPa . m115).28' 29' 30 A resistência ao desgaste deste materialé
similar aquele do sistema IPSEmpress
e
por conseqüência ao dos dentes naturais. 31Em
relação
As propriedades do IPS Empresse
IPS Empress 2 existem vários relatos comprovando os resultados entre estes sistemase
outros comumente empregados.700- 600- 500- 400- 300- 200- 100- 1-11
O is - (ri
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4§
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Fonte: Kappert (1998): Tabla comparativa de las resistencias a la torsi& biaxial de distintas cerdmicas sin metal (todas, materiales de estructuras).
0 mesmo autor comparou a resistência à fratura das pontes do Empress 2, corn outras
cerâmicas
sem apoio metálico, assim como, com outros materiais de referência, demonstrando uma excelente resistência. 32Gráfico 2
1400-1200-'
1000-' 800-' 600-1
400-' 200--•
Optec Dicor In ceram Empress 2
(blindada)
In ceram (celay)
Analisando a
abrasão própria
dos sistemas decerâmica
deleucita
e dedissilicato
de
lftio, Pelka
em1998,
encontrou um comportamento abrasivo similar entre os mesmos,porém
menos intensa que a ocorrida no ouro, noamalgama
ou noscompósitos.
A
abrasão
do antagonistaquando
estudado porPelka, B
utilizando dois métodos diferentes de análise "in vitro", encontrou que o IPS Empress2
apresenta um comportamento abrasivo similar a das cerâmicas dentais convencionais, incluindo o IPS Empress.Em outro estudo, do mesmo ano, Sorensen e
Cols,34
encontraram que o IPS Empress2
apresenta uma abrasão das cúspides antagonistas, muito baixas,quando
comparada com outrascerâmicas.
Gráfico 3
• ,c) ‹c0 • \c't•
' clb
c
e
l1/4.
4e.C' „1/4.1?e k•se Ck‘sr)
,
4\
ooe
<S9
Fonte: Sorensen et a. (1998): Superficie media con abrasión en antagonistas de esmalte causada por distintas ceramicas sin apoyo metálico.
Estudos têm demonstrado que uma adesão
ótima
é obtidaquando
umacerâmica
vítrea prensada é condicionada com gel de
ácido fluoridrico, silanizado
e submetido aaplicação
do adesivo. Outra característica relevante é o coeficiente deexpansão
térmica do material IPS Empress2,
o qual por ser consideravelmente mais baixo que o do sistema IPS Empresstorna-os
incompatíveis. Devido sua excelente durabilidade química acerâmica
vítrea satisfaz os requisitos para cobertura eaplicação
em camadas bem como paraaplicações
emDentre as principais propriedades da
cerâmica
vitrea sinterizada IPS Empress 2, destaca-se um coeficiente de expansão térmica de 9.7 +/- 0.5 . 10 -6 ICI m/m (100 a 400°C). Portanto estascerâmicas
de vidro sãocompatíveis
com acerâmica vítrea
de dissilicato de litio, mas não com acerâmica vítrea
de leucita. Além disso, apresenta excelente durabilidadequímica.
Após tratamento com acido acético a 4%,o
material apresenta uma perda em massa muito pequena, de menos de 100 úm/cm2. Aabrasão
dos materiaisé
similar aquela dacerâmica
vitrea prensada. A tabela abaixo demonstra as principais propriedades.Tabela 3: Propriedades da
Cerâmica Vítrea
Prensada IPS Empress comparadas com aquelas daCerâmica Vítrea
IPS Empress 2:Propriedades IPS Empres I I > Impess 2
Mecânicas:
Resistência
Flexural Resistência a Fratura Comportamento aabrasão
Ópticas:Translucidez Térmicas:
Coeficiente de expansão linear térmica (a)
Químicas:
Solubilidade Térmicas:Temperatura de prensagem Aplicação da
cerâmica vítrea
sinterizada (dentinae
materiais incisais)120 MPa 1,3 MPa
Similar a dos dentes naturais
Similar a dos dentes naturais
14,90 +/- 0,5.10-6
mim
ou 18,25+/- 0,5.1e K-1 mim<200 lig/cm2
1075 ou 1180°C 910°C
350 +/- 50 MPa 3,2 +/- 0,3 MPa m 0.5
Similar a dos dentes naturais
Similar a dos dentes naturais
10,6 +/- 0,5 .10-6 K-1 m/m
<100 i_tg/cm 2
920°C 800°C
conector exigida para a estrutura da cerâmica com a ponte se requer, depois da preparação dos pilares, uma altura minima do munhão de 4 a 5rnm.
Nos pacientes com doenças periodontais existentes ou resistentes ao tratamento, bem como os portadores de alergias aos componentes dos adesivos dentinArios ou aos compósitos de fixação deve-se contra-indicar a utilização de uma cimentação adesiva. 35
Uma vez decidido pela realização de uma restauração de cerâmica pura, o dentista deve certificar-se que existe espaço suficiente para o material cerâmico na Area oclusal e para os conectores do põntico. Devido a certas características do material (fragilidade e baixa resistência flexural, em comparação com os metais), certas restrições do "'design - devem ser consideradas. 3 Sorensen e coLs., 36 sugerem que na substituição do primeiro pré-molar, a dimensão do conector entre o segundo pré-molar, e o põntico deve ser de 5mm oclusogengival e 4,5mm vestíbulo -lingual. 0 tamanho do conector entre o canino e um incisivo lateral põntico deveria ter 4mm oclusogengivalmente e 4mm vestibulolingualmente. Conforme o fabricante (Ivoclar), quando realizada a substituição do 1° pré-molar, os conectores com o põntico devem medir no mínimo 16 mm2 (melhor seria 20 mm2) na região de pré-molares, e 12mm2 na região anterior. Caso não seja possível alcançar estas dimensões, está contra-indicado o uso da cerâmica vitrea IPS Empress 2 para fabricação de uma ponte. A extensão "maxima" do põntico deve ser em torno de 9mm para substituição em regiões posteriores (largura média de um pré-molar). Na regido anterior esta dimensão deve ser em tomo de 1 1 mm (largura média de um incisivo central). 36 Diferente da orientação fornecida pela Ivoclar, a qual descreve que a extensão do põntico não deveria ser maior que 7 a 8mm.
Na realização de coroas de cerâmica pura a extensão do preparo depende da situação clinica, como restaurações existentes e os defeitos das caries. A técnica adesiva, por exemplo, permite preparo invasivo mínimo. Além disso, dependendo do tipo de preparo selecionado, o método de cimentaçã'o sera determinado (antes ou durante o preparo).
São indicações da cimentaç .ão convencional (cimento de ionõmero de vidro):
- Preparo subgegival;
- Controle deficiente da umidade;
- Preparo retentivo (este preparo é essencial caso a restauração seja cimentada convencionalmente).
- Preparo não retentivo;
- Na regido visível em combinação com o preparo supragengival para ocultar a transição entre a restauração e preparo.
Uma vez decidido pela cimentaçao convencional, devemos ter uma superticie de contato relativamente ampla para suportar a alta carga que ocorre na regido marginal. Isto é alcançado através do preparo de um ombro e margens internas arredondadas, como também um preparo de um chanfro amplo. 37' 38 0 ombro deve apresentar no mínimo lmm de largura,
o que é facilmente alcançado quando um instrumento adequado é utilizado (broca diamantada
cilíndrica). Para retenção mecânica adequada, classicamente, tem-se indicado que o ângulo de
convergência não seja maior que 10 0. Na prática, as especificações desse tipo não são
geralmente viáveis, com este ângulo aproximando-se de 20 0.3940 Quando a retenção mecânica
não é assegurada, sulcos verticais na estrutura dental podem aumentar a retenção. Preferencialmente a margem do preparo deve estar localizada supragengivalmente ou pelo menos equigengivalmente, pois o preparo subgengival dificulta os passos seguintes na realização da restauração e a higiene pelo paciente. 41. 42 A redução oclusal deve ser de 2mm em toda a superficie oclusal. Na regido proximal a cerâmica deve ter 1,0 a 1,5mm de espessura.
Caso o método adesivo seja empregado, a retenção macromecânica proporcionada pela estrutura é secundária, pois a restauração é primariamente mantida no local pelo agente que media a adesão entre a restauração e a estrutura dentária. Em relação aos demais itens, as mesmas diretrizes de preparo se aplicam como para o método convencional. A técnica adesiva permite uma redução axial, durante o preparo, minima. A profundidade do preparo depende da cor do dente, da estrutura e do sistema de cerâmica pura.
Para obtermos uma adesão ótima entre o esmalte e a resina composta utilizando a técnica do condicionamento ácido é imprescindível que os prismas de esmalte sejam cortados em angulo durante o preparo. No caso de secção paralela aos prismas poderemos ter infiltração, descoloração, 43 irritação pulpar, 44 e possivelmente caries secundárias, podendo, até mesmo ocorrer deslocamento da restauração relacionada com a retenção inadequada. A orientação dos prismas de esmalte é muito variável e depende da localização dos prismas no dente bem como do tipo de dente envolvido. 3
Recentemente, foi encontrado na literatura a preferência, cada vez maior pela proteção do complexo dentina-polpa através do condicionamento
ácido
total da cavidadee
aplicação de um adesivo dentindrio apropriado. 47 0 total selamento da dentinae
dos tilbulosé
importante na prevenção da sensibilidade pós-operatóriae
irritação pulpar, pois isto protege contra as influências da cavidade oral. 45,46,48 ,Concluído o
preparo, restaurações temporárias para coroase
pontes deveriam ser realizadas, com um material resinoso durável até a colocação definitiva da peça. 3 Restaurações provisórias, deficientemente adaptadas, aumentamo
risco de gengivitee
dificultam a colocação das restaurações devido ao sangramento. 49Além disso, elas também aumentamo
risco de infil
tração bacteriana, que podem irritar a polpa. 5° Por isso as reconstruções temporárias devem apresentar um alto grau de fidelidade marginal na região cervical.Considerando a fase laboratorial, para confecção da estrutura, as pastilhas do sistema Empress 2
estão disponíveis
em cinco cores básicas da guia Chromascop (Ivoclar) assim como em dois tamanhos. As menores servem para injeção de coroas individuais, ainda que os maiores se utilizam para pontes de três unidades ou para a injeçãosimultânea
de várias coroas. Para a realização da sinterização dacerâmica
na técnica estratificada estãodisponível
vinte cores Chromascop. 35 Uma vantagem do IPS Empress 2é
a facilidade no processamento deste material queé
realizado em um procedimento de prensagem no forno EP 500, ondeo
material passa por fluido viscoso a 920 °C.Como visto, os lingotes de
cerâmica vítrea
IPS Empress 2 são processados no mesmo fornoe
de forma semelhante acerâmica vítrea
IPS Empress. Algumas diferenças, no entanto, devem ser observadas:1- Menor temperatura de prensagem, a qual pode ser precisamente estabelecida pela calibragem do forno.
2- Dissimilar comportamento de prensagem devido a diferente
função
temperatura-viscosidade existente entre os sistemas IPS Empress 2. Sendo assim, temperaturas de prensagem excessivamente altas ou baixas, sãodesfavoráveis
para as propriedades do produto final.ter em nenhum caso espessura inferior a 0,8mm para não diminuir a resistência) 35 a uma temperatura de 800°C no forno Programat P80 (Ivoclar AG). Como
o
objetivo foio
desenvolvimento de umacerâmica vítrea
apatita que fossecompatível
com ascerâmicas
de dissilicato de lítio, a composiçãoquímica
da mesmaé
diferente daquela dacerâmica
vitrea de leucita sinterizada desenvolvida parao
sistema IPS Empress. Os cristais de apatita permitem que propriedades ótimas, tais como translucidez, brilhoe dispersão
luminosa do material em camadas, sejam controladas, possibilitando que a restauração inteira seja realizada de forma a se assemelhar muito a estrutura dental natural.Em relação aos conectores, deve-se aplicar a menor quantidade
possível
de cerâmica estratificada na região lingual da zona de conexão para garantir que a estrutura mais forte dacerâmica
vítrea (dissilicato de lítio) absorva a maior parte da carga. Como estes conectores estão submetidos A carga de tensão máxima, os mesmos não devem ser cortados ou separados com instrumentos rotatórios,o
que poderia levar a uma falha pré-matura sob tensão.Os cuidados durante
o
procedimento de desgaste devem ser mantidos no sistema IPS Empress 2 tanto na técnica de maquiagem como na estratificada, poiso
aquecimento local pode gerar microfendas, justificandoo
uso de refrigeração em trabalho de desgastes extensos.Durante a prova intra-oral se deve prestar atenção ao exato ajuste da estrutura ao munhão, assim como adaptação marginal
e
ajuste oclusal. Certificando-se de que a moldageme o
trabalho laboratorial apresentem exatidão. 51 Inicialmente deve-severificar
a precisão de adaptação sobreo
modeloe após
na boca.52' 53A fixação das restaurações IPS Empress 2 pode ser realizada mediante cimentação convencional ou cimentação adesiva.
após a polimerização, que dura de 5 a 10 minutos, dependendo do tipo de material utilizado. Alternativamente pode-se aplicar gel de glicerina As margens imediatamente após a colocação
da restauração. 0 emprego de cimento de ionõmero de vidro
é
adequado para cimentação de pontese
coroas decerâmica
pura, com melhor desempenho que os cimentos de fosfato de zinco devido a sua baixa solubilidade, melhoradesão
à estrutura dentale
resistência flexural mais alta.54 Entretantoo
mesmo nãoé
adequado para cimentação de inlayse
coroas parciais, sendo que as fraturas nacerâmica e
a perda da retenção representam as principais razões para a falha. Os cimentos ionoméricoshíbridos
(ionõmeros de vidro reforçados com resina), apresentam propriedades fisicas superiores àquelas dos cimentos de ionõmero de vidro (altaresistência
e
desgastemínimo),
porém com uma adesão a dentina mais fraca. Idealmente um material que apresentasse baixa absorção d'águae
baixa expansão deveria ser escolhido (ex.Protec Cem — Vivadent). 55
Inicialmente, na técnica de cimentaçâo adesiva, deve-se limpar
o
dente preparadocom uma pasta profilática. Após realiza-se uma nova prova (try-in), da coroa ou ponte
utilizando um gel de glicerina da mesma cor do compósito de fixação. Podendo-se desta forma comprovar
o
efeito cromático definitivo da restauração,e
escolher a cor adequada do material de fixação. Com ajuda de finas fitas deoclusão
comprovar a ausência de contatopré-maturo na
oclusão
estáticae dinâmica.
Os contatos proximais são avaliados utilizando-sefio dental ou fita matriz.
Uma vez satisfeitos esses quesitos (funcionais
e
estéticos) deve-se realizar afixação adesiva.
Outra consideração importante
é o
controle da umidade durante aplicação dos agentes adesivos ao esmaltee
a dentina, pois as glicoproteinas bloqueiam a abertura dostiibulos dentinários
e
os poros produzidos pelo condicionamento Acido comprometendoconsideravelmente a adesão.56 Justificando, desta forma,
o
emprego de um adequadoisolamento
e o
uso de fio retrator.Estando
o
preparo livre de umidade, deve-se condicionar a face interna da peçacom ácido hidrofluoridrico de baixa concentração (ex. Vita Ceramics Etch, Vita, ou IPS Ceramic Etching gel, Vivadent, ambos com uma porcentagem máxima de 5% de HF) por 20
segundos, com posterior lavagem com Agua
e
secagem. Um agente silanoé
aplicado na facecom Acido ortofosf6rico a 37%, lavar
e
secar. 0 tratamento da dentina realiza-se mediante um sistema de adesivo dentindrio. 57 Após, a face interna da coroa é submetida a aplicação de umadesivo
compatível, o
qual tambémé
aplicado no rramllão por 20 segundose
ambos secos com ar obtendo uma fina camada. Cuidados devem ser tomados para evitar a polimerização do adesivo tanto da restauração como da peça. Em seguida deve-se misturar os componentes do compósito de fixaçãoe aplicá-los
na superficie interna da coroa evitando a formação de bolhas. Uma vez posicionada adequadamente a restauração, realiza-se estabilização da mesmae
remove-seo
excesso de cimento utilizando-se um pincele
fita dental. Polimeriza-se por 10 a 20 segundos retirando-seentão o
excesso decompósito,
mantendo-se a coroa estável. Uma vez que a restauração esteja sem excessos, aplica-se um gel de glicerina para evitar a inibição de polimerização de uma camada pelooxigênio.
Para obtermos uma ótima cura do cimento deve-se submeter todas as superficies da peça à exposição de luz durante nomínimo
60 segundos. Retira-seo
fio retrator com cuidadoe o
dique de borracha Procede-se entãoo
acabamentoe
polimento nas margensacessíveis
da restauração com brocas diamantadas finas e, caso necessário, com discose
fitas de acabamento. É de suma importância que se verifi
que a oclusãoe
os movimentos extrusivos com auxilio de papel fino de articulação. Finalmente deve-se aplicarflúor
nas margens da restauraçãoe
faces proximais dos dentes adjacentes. 35,Uma aplicação potencial para
o
sistema IPS Empress 2 éo
emprego de pontesfixas cimentadas adesivamente com incrustrações parciais nos pilares, permitindo que grande quantidade de estrutura dental fosse conservada. Estudos
clínicos
não publicados tern avaliado esta forma de tratamentoe
essencialmente as investigações que definam os parâmetrosclínicos
parao
desenho das preparações adesivas, não tem sidoconcluído.
A maioria dos artigos refere-se a relatos de casos quepropõem o
emprego de um desenho de ponte tipo "Maryland" com asas, na regido anterior,e
desenhos experimentais de pontes incluindo inlays, onlayse o
que se chamou de "pestana distal" para os caninos, sendo que, os resultadosclínicos
deste tipo de preparo tern demonstrado que a mesma proporciona pouca retençãomecânica,
fazendo que a retenção da ponte dependa quase que, exclusivamente, do mecanismo adesivo. 36Para que se possa alcançar resultados estéticos e funcionais satisfatórios com o emprego dos sistemas de cerâmica pura IPS Empress e IPS Empress 2, a seleção do paciente, bem como os princípios dos preparos, deverão ser cuidadosamente observados, como ressaltado pela literatura revisada. 3' 14' 21 ' 36 ' 35
Uma das principais vantagens dos sistemas cerâmico injetáveis, IPS Empress e IPS Empress 2, é a utilização da técnica da cera perdida, a qual é habitual e relativamente simples ao técnico de laboratório. Os processos de fabricação de outros sistemas cerâmicos são mais complexos e envolvem muitas etapas adicionais para confeccionar uma subestrutura. 36. 58
Esteticamente, segundo Fradeani, 14 a espessura adequada para mascarar uma dentina escura e descorada é de 1,2 a 1,5mm nas coroas de IPS Empress. Porém, um trabalho realizado por Vichi e Cols, I6 demonstrou que quando se utiliza a espessura da cerâmica de
1,5mm, é necessário considerar o tipo de substrato presente. Enquanto que, uma espessura acima de 2min foi capaz de encobrir diferentes substratos com diferentes cores.
Em relação a próteses parciais fixas de três unidades, confeccionadas com cerâmica de vidro de dissilicato de Rio, encontramos como recomendação do fabricante (Ivoclar), o uso de conectores com dimensão minima de 16 mm 2 na região posterior e 12 mm2 na região anterior. 3 Por outro lado, Sorensen e cols,36 durante uma investigação clinica observaram que na região de
conexão
do canino (pilar) com incisivo lateral (p8ntico) a Area de conexão poderia ser de 4 x 4 mm e sugeriram que o conector entre o primeiro pré-molar (p8ntico) e o pilar posterior, deve ter uma área de 5 x 4 mm. É importante considerar que a altura vertical da conexão tem um efeito maior na redução da deflexão da restauração, do que a largura vestíbulo -lingual. Sendo assim, temos como um dos fatores determinantes na indicação de uma prótese fixa, com IPS Empress 2, a altura ocluso-gengival dos dentes pilares, relacionada a extensão mésio-distal do Ontico.De acordo com Heintze, em 1998, 3 a distância mésio-distal do peintico, não deve exceder 7 a 8mm. Contudo, Sorensen e Cols,36 no mesmo ano, recomendam que o espaço mésio-distal máximo, na regido posterior, encontra-se ao redor de 9inm (média de um pré-molar), e em anteriores, uma distancia mésio-distal ao redor de 1 1 mm (média de um incisivo central).
Com relação, aos forramentos das restaurações, em 1996 foi recomendado por
Fradeani e Barducci,2I nos casos de inlays e onlays, especialmente em casos de cavidades profundas, a utilização de bases de ionômero de vidro para proteger a polpa, levando a uma redução da sensibilidade pós-operatória. Entretanto, Hilton (1996) 45 e Keogh (1996),46 descrevem que a utilização de bases e forramentos é desnecessário durante o preparo de inlays, caso um cimento adesivo e um efetivo adesivo dentinário (por ex. Syntac Classic), sejam utilizados, pois os mesmos selam os tfibulos dentiniarios.
Mesmo a utilização de hidróxido de cálcio, em Areas profundas, próximas a polpa parece ser supérflua de acordo com os últimos achados de Goracci e Mori em 1996.48
freqüente pela proteção do complexo dentina / polpa, por meio do selamento propiciada pelo condicionamento ácido total da cavidade
e
aplicação de um adesivo dentindrio apropriado, no momento da cimentação da restauração. Para tais casos,é
muito importante a utilização de uma restauraçãotemporária
adequada, até a cimentação da inlaydefinitiva.
Considerando a escolha do método de cimentaç'ão, observamos que as restaurações
do sistema IPS Empress podem ser conduzidas apenas pela técnica adesiva.58' 59 Todavia no sistema IPS Empress 2, em algumas situações (já citadas), deve-se empregar
o
método decimentação convencional, mas como ressaltam Pacheco
e
Bahlis60, a técnica adesiva, na maioria das vezes,é
recomendada para que se obtenhao
máximo de retenção micromecinicae
selamento marginal, no entanto,o
cirurgião-dentista não deve negligenciaro
desenho geométrico do preparo,o
qual proporciona retenção mecânica, evitando sobrecarga na interface adesiva,o
que poderia levar a fadiga da unidoe
falha na cimentação.Em relação a retenção
mecânica
adequada, para cimentação convencional,é
indicado nos livros textos, queo ângulo
de convergência não seja maior que 100.3 Porém,alguns autores 39' 40 concordam que na pratica este tipo de preparo, geralmente não
é viável,
com este
ângulo
aproximando-se de 20°.Avaliando a longevidade de Inlays
e
Onlays de Empress, estudos longitudinais como de Fradeani (1997) 61 com 4,5 anos de observaçãoe
125 restaurações, encontrou uma taxa de sobrevida de 95,6%. Em 1998, Lehner,62 com 6 anos de segmentoe
138 restaurações,relatou uma taxa de sobrevida de 94,9%. No ano seguinte Kramer,63 estudando 96 Inlays
e
Onlays por 4 anos, relatou 93% de sucesso.As perspectivas de tratamento, minimamente invasivas (pontes retidas com inlays), por seu
caráter
marcadamente experimental, limitama
sua aplicação a estudosclínicos
controlados."
35
' 36 Kerne
Strub, constataram uma taxa de fratura relativamente elevada de20% após um ano na cavidade oral." Pela ausência de resultados
clínicos
confiáveis, a longo prazo,o
emprego de pontes adesivas utilizando estes métodos, não tem sido recomendada atéo
momento.3'35 '
As atuais exigências estéticas têm estimulado a pesquisa em odontologia
e
a introdução de novos sistemas decerâmica
pura. Entre estes,o
IPS Empress,o
qual é utilizadopara confecção de coroas, inlays, onlays
e
facetas,e o
IPS Empress 2 que devido a sua resistência superior, permite, além da realização de coroas posteriores, a construção de pontes fixas de até três elementos.A utilização desses novos sistemas
cerâmicos
representa um importanteavanço
na restauração da forma,função e
estética dos dentes comprometidos. Além disso, podemos obter restaurações mais biocompativeis, já que requer menor redução axial do dentee
menor potencial de desgaste dos antagonistas, quando comparada com ascerâmicas
convencionais.Ambos os sistemas, quando respeitadas suas indicações
e
contra-indicações, têm demonstrado ser boas alternativas na substituição das tradicionais restaurações metalocerâmicas, fornecendo um resultado muito próximo ao dente natural em decorrência de sua melhor propriedade ótica de translucidez.1 MARTHALER, T. M. O'Mullane DMO, Vrbic V: The prevalence of dental caries in
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