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JOSÉ SWAMI PAIS DE MEL O MODELO VERSATIL PARA ESTIMAR AS PROBABILIDADES DE DIAS CHUVOSOS EM INTERVALOS MENSAIS E DE ALTURAS DIARIAS DE CHUVAS

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Texto

(1)

MODELO

VERSATIL

PARA ESTIMAR

AS PROBABILIDADES

DE

DIAS CHUVOSOS

EM INTERVALOS

MENSAIS

E DE

ALTURAS

DIARIAS

DE CHUVAS

Tese ApresentadaonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà Universidade Federal de Viçosa, como Parte das

Exi9~ncia5 do Curso de Meteorologia Agrícola, para Obtenção do Título de "Maglster Scientiae"

VICOSA

(2)

Fi c h a c a t a l o g r á f i c a p r e p a r a d a p e I a Á r e a d e c a t a l o g a ç ã o e C l a s s i f i c a ç ã o d a B i b l i o t e c a C e n t r a l d a UFV

T

M 5 2 8 m 1 9 8 9

M 2 1 o , J o s é S w C i l l l Í P a i s d e .

M o d e l o v e r s á t i l p a r a e s t i m a r a s p r o b a b i l i d a d e s d e d i a s c h u v o s o s e m i n t e r v a l o s m e n s a í . s e d e a l t u -r a s d i á r i a s d e c h u v a s . V i ç o s a . , UFV, 1 9 8 9 . f

9 3 p .

I

T e s e (M.S.) - UFV

I

1. C l i r r a t o l o g i a . 2 . C h u v a s - P r o b a b i l i d a d e s d e

I

d i a s c h u v o s o s . 3 . P r e c i p i t a ç ã o ( M 2 t e o r o l o g i a ) -D 2 p e n d e n t e s d i á r i a s . 4 . C h u v a s - P r o i l l b i l i d a d e s -M 2 t c d o s e s t a t i s t i c n s . 5 . M 2 t e o r o l o g i a . I . U n iv e r

-s i d a d e F e d e r a l d e V i ç o s a . . 1 1 . T i t u l o .

e m - 1 8 . e d .

mD -

1 9 . e d .

5 5 1 . 6 5 5 1 . 6

(3)

-MODELO VERSÁTIL PARA ESTIMAR AS PROBABILIDADES DE

DIAS CHUVOSOS EM INTERVALOS MENSAIS E DE

ALTURAS DIÁRIAS DE CHUVAS

Tese ApresentadaonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà Universidade

Federal de Viçosa, como Parte das

Exigências do Curso de Meteorologia

Agrícola, para Obtenção do Título

de "Magistet- Scientiae"

APROVADA 20 de dezembro de 1988xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

, ~

---/P ro f . Márcia Mata Ramos

~ \ ~ ~, .

(\A\...L~_ ',,',.i-iA J,,-c..--c..---HGFEDCBAÇ 2 ~ ~

~-~---'r'-fof. Dir-ceu Teix eir a Coelho

(Conselheiro)

~ { b

~

e

b , '

a

Yl/t

Cr---.-~~---- ----

---Prof $llbe o C.h ,haku Sedl~ama

I 01 \L ' ,

/ í ,rlen{/aaOr;

I '

J

' ! I I I \

\ .

(4)

Aos meus pais (in memoriam)JonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A minha mulher TamarJ

Aos meus filhos PaulaJ

Rafael e Lívia.xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(5)

A Universidade Federal de Viçosa, em seu Programa de Pós-Graduação

pela minha inclusão

A Universidade Federal Rural de Pernambuco, pela

compreensao, apoio e incentivo.

Ao Departamento de Engenharia Agrícola e a Central de

Processamento de Dados da Universidade Federal de Viçosa, pelo

apOIO técnico.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES), pelo suporte financeiro.

Ao Professor Gilberto Chohaku Sedi~ama, pela

orientação, paCiência e compreensão.

Aos Professores Adil Rainier Alves e Dirceu Tei><eira

Coelho, membros do Comitê de Orientação, pelas críticasonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe

sugestões.

Aos Professores Luiz Claudio Costa e Márcio Mota Ramos,

pelas

tese.

críticas e sugestões no transcorrer da defesa desta

(6)

iv

Ao estudante Jarbas Peixoto Filho, pela colaboração na

fase de processamento de dados.xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

À Comunidade Viçosense, por sua hospitalidade e

generosidade.

Aos meus colegas de curso, pelo carinho e saudável

. ~ .

conVlvenCla.

À minha mulher e aos meus filhos, pela compreensão,

estímulo e tolerância.

A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para

(7)

JOsr SWAMI PAIS DE MELO, filho de Jos~ Pais de MeIo e

Nair Wanderle:J Barbosa Pais de MeIo, nasceu em Recife,

Pernambuco, em 16 de março de 1952.

Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde iniciou os estudos

de 20 grau no Colégio Pedro lI, concluindo-o em 1971.

Em 1976, licenciou-se em Física pela Universidade

Federal do Rio de Janeiro.

Em 1977, retornou a Recife, ingressando-se no quadro

docente do Departamento de Física da Universidade Católica de

Pernambuco.

No período de 1978 a 1980 ingressou, mediante concurso

público, no Instituto Nacional deonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAMeteorolog1a/3. o DISME, desempenhando a função de meteorologista.

Nesse mesmo período, atuou como professor, em regime

parcial, no Departamento de Agronomia da Universidade Federal

Rural de Pernambuco.xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(8)

vi

De outubro a dezembro de 1980 freqUentou, em Israel, o

11xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA0 Curso Internacional de Meteorologia Agrícola, patrocinado

pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Estado de Israel.

Desde 1981, tem-se dedicado, em regime de dedicação

exclusiva, as atividades de professor no Departamento de

Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

No primeiro semestre de 1986, matriculou-se no Curso de

Mestrado em Meteorologia Agrícola,

Viçosa, em Viçosa-MG.

(9)

Página

LISTA DE QUADROS .xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA1X

LISTA DE FIGURAS xi

EXTRATO . xii

1. INTRODUç:~O 1

2. REVIS~O DE LITERATURAonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA3

2.1. Distribuição de Probabilidade de Dias Secos

e/ou Chuvosos em Dias Consecutivos, para

Intervalos Mensais .. . .. . . 3

2.2. Distribuição de Probabilidades de

Diários de Precipitação .

Totais

1 0

2.3. Precipitações Dependentes Diárias 15

3. MATERIAIS E METODOS 1 7

3 .1 . Distribuições

Consecutivos,

de Dias Chuvosos em

para Intervalos Mensais

1 0 Dias

1 9

3.2. Precipitações Dependentes Diárias .... 23

(10)

Vlll

PáginaxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

4. RESULTADOS E DI SCUSS?!íO . 27

4.1. Distribuição de Probabilidades de Dias e/ou Chuvosos em 10 Dias Consecutivos,

Períodos Mensais . .

Secos para

28

4.2. Precipitações Dependentes Diárias 34

4.3. Precipitações Dependentes para Intervalos de 10

Dias . . . ... . .onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA4 0

5. RESUMO E CONCLUSDES ... 42

BIBLIOGRAFIA ... 46

APrNDICES . 49

A - Distribuições de Probabilidades de Dias Chuvosos em

10 Dias Consecutivos, para Intervalos Mensais 50

(11)

QUADRO

1 Coordenadas Geográficas e Períodos de Observação

nas Estações Climatológicas Estudadas .

2 Distribuição de Probabilidade de Dias Chuvosos em 10 Dias Consecutivos, no Mês de Janeiro, em Catalão (GO)

3 Coeficientes das Retas de Regressão Ajustadas às Probabilidades Condicionais de Ocorrência de Um

Dia Chuvoso, Dado que o Dia Antecedente Fora

Seco, em Fração Média Mensal de Dias Chuvosos (P(C/S)onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

=

ao + bo P(C»

4 Número de Amostras Aleatórias de Totais Diários

de Precipitação Empregadas no Ajustamento da

Distribuição Gama de Dois Parâmetros

5 Coeficientes das Retas de Regressão, Ajustadas aos Parâmetros de Escala da Distribuição Gama,

em Função das Alturas Médias Mensais de

Precipitação dos Dias Chuvosos

<S

=

a

1 + b1 H)

lX

Página

1 8

2 9

3 3

35

(12)

QUADROxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 2A 3A 4A 5A 6A 2B 3B 4B 5B 6B

iA Distribuição de Probabilidade de

em 10 Dias Consecutivos, para

Mensais, em Cat a lonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAão (GO) Dias Chuvosos

Intervalos

Distribuição de Probabilidade de Dias Chuvosos

em 10 Dias Consecutivos, para Intervalos

Mensais, em Goiânia (GO) .

Distribuição de Probabilidade de Dias Chuvosos

em 10 Dias Consecutivos, para Intervalos

Mensais, em Lavras (MG) .

Distribuição de Probabilidade de Dias Chuvosos

em 10 Dias Consecutivos, para Intervalos

Mensais, em Patos de Minas (MG) .

Distribuição de Probabilidade de Dias Chuvosos

em 10 Dias Consecutivos, para Intervalos

Mensais, em Uberaba (MG) .

Distribuição de Probabilidade de Dias Chuvosos

em 10 Dias Consecutivos, para Intervalos

Mensais, em Viçosa (MG) .

1B Precipitações

(GO) .

Dependentes Diárias para Catalão

Precipitações

(GO) .

Dependentes Diárias para Goiânia

Precipitações (MG)

Dependentes Diárias para Lavras

Precipitações Dependentes Diárias para Patos de

Minas (MG) .

Precipitações

(MG) .

Dependentes Diárias para Uberaba

Precipitações

(MG) .

Dependentes Diárias para Viçosa

(13)

FIGURA

1 Localização das Estações ClimatológicasonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2 Variação Mensal das Probabilidades de Transição

e das Frações Médias Mensais de Dias Chuvosos,

em Catalão (GO) . .

3 Variação Mensal das Probabilidades de Transição

e das Frações Médias Mensais de Dias Chuvosos, em Viçosa (MG)

4 Diagrama para Determinação das

de Transição, em Função das

Mensais de Dias Chuvosos

Probabilidades Frações Médias

5 Variação Mensal dos Parâmetros de Forma (~) e de

Escala (8) da Distribuição Gama e das Alturas Médias Mensais de Precipitação Diária dos Dias

Chuvosos (H), em Catalão <GO) .

6 Variação ~ensal dos Parâmetros de Forma

<~)

e de

Escala (8) da Distribuição Gama e das Alturas Médias Mensais de Precipitação Diária dos Dias

Chuvosos (H ), em Viçosa (MG) .

7 Diagrama para Determinação dos

Distribuição Gama, em Função das Mensais de Precipitação dos Dias

Parâmetros da A1turas Médias Chuvosos

xi

Página

1 9

3 1

32

34

3 6

37

(14)

EXTRATO

MELO, José Swami Pais de, M.S., Universidade Federal de Viçosa, julho deonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA1 9 8 9 . Modelo Vers~til para Estimar as Probabilidades

de Dias Chuvosos em Intervalos Mensais e de Alturas Diárias de Chuvas Professor Orientador: Gilberto Chohaku Sedi~ama.

Professores Conselheiros Dirceu Teixeira Coelho e Adil

Rainier Alves.

Com serles de totais di~rios de chuva registrados em

selS estações climatológicas (Catalão (GO) r Goiânia (GO),

Lavras (MG), Patos de Minas (MG), Uberaba (MG) e Viçosa (MG»,

ajustaram-se modelos estocásticos às distribuições de dias

chuvosos em 1 0 dias consecutivos, para intervalos mensais, e

as distribuições de freqüências de totais diários de chuva

agrupados em períodos mensalS.

Em tais modelos, as varlaVe1.S aleatórias, associadas

àqueles fenômenos, foram tratadas, respectivamente, como

varlavels discretas (binária) e contínuas No primeiro caso,

tais variáveis foram subordinadas a modelos baseados na cadeia

Markov de dois estados. No segundo caso, considerando as

alturas diárias de precipitação independentes, ajustaram-se

essas vari~veis à distribuição gama de dois parâmetros

(15)

Tendo em vista a dificuldade de aquisi~ão de dados

climat610gicos referentes a longos períodos de observação e o

reduzido numero de esta~ões alocados nas regiões tropicais,

demonstra-se que os parâmetros das distribuições gama e da

cadeia de Markov de dois estados podem ser facilmente

(16)

1. INTRODUC~O

Os conhecimentos acerca das distribuições das

preclpitações pluviais no espaço e no tempo desempenham papel

relevante no planejamento das atividades produtivas. TalonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAé a

importância desses conhecimentos, que condicionam decisões,

seJam de ordem tática ou estratégica, em atividades como

agropecuarla, construção civil, transportes, turismo e outras

exercidas ao ar livre

De um lado, a caracterização dessas dlstribulções por

melo de técnicas estatísticas tradicionais fica prejudicada,

em função da dificuldade de aquisição de dados diários de

chuva referentes a longos períodos de observação, para a

maioria das localidades brasileiras. De outro lado, essas

técnicas envolvem a manipulação e o processamento de uma

quantidade considerável de dados.

Tendo em vista a superaçao dessas dificuldades, o

presente trabalho foi desenvolvido com o intuito de demonstrar

modelos estocásticos simplificados para estimar, independentexwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(17)

do tempo e do espaço, as probabilidades de dias chuvosos em

(18)

r:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2. REVIS~O DE LITERATURAxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2.1. Distribuição de Probabilidade de Dias Secos e/ou Chuvosos em Dias Consecutivos, para Intervalos Mensais

A observação de um dia chuvoso depende da ocorrenCla de

chuvas

chover

em dias anteriores, uma vez que a probabilidade de

em determinado dia sera maIor em caso de ocorrenCla de

chuva no dia precedente. De acordo com BROOKS e CARRUTHERSHGFEDCBA

( 3 ) I tal fenômeno, conhecido como "persistência", manifesta-se

com menos clarezaonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà medida que o intervalo de tempo entre dois eventos sucessivos aumenta.

Gabriel e Neumann, citados por COE e STERN ( 6 ) , observaram tal fenômeno em seqUências semanais de dias secos e/ou chuvosos em Tel Aviv, para intervalos superiores a um mes. Em circunstâncias distintas, FEYERHERM (7) e THODOROVIC e WOOLHISER (18) também notaram que a hipótese

eventos

de independência estatística dessa categoria de fica prejudicada e, em tais casos, recomendaram a aplicação do modelo estocástico, conhecido como cadeia de Markov de dois

(19)

estados, para prognosticar a ocorrência de seqüência de dias

secos e/ou chuvosos em diferentes intervalos de tempo.

parâmetros a ser estimado e a possibilidade de emprego, mesmo

Segundo COE e STERN (6), a aplicação desse modelo

apresenta como vantagens a redução, ao mínimo, do número de

quando não se dispõem de séries de precipitação referentes a

longos períodos de observação. Tal emprego, entretanto,

limita-se a sistemas nos quais o resultado de uma tentativa

depende do último resultado somente deste último e não dos

anteriores. Todavia, esses pesquisadores alertaram que as

ordens mais elevadas podem ser necessarlas na análise de

distribuições de dias secos e/ou chuvosos em dado período.

De acordo com GNEDENKO (1), uma seqUência de resultados

de um conjunto de tentativa forma uma cadeia de Markov dexwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

K estados, se a probabilidade condicional do evento

(s + 1) A

1 (i

=

1 , 2 , 3 , ••• J na (s + 1)-ésima tentativa

(s

=

1 , 2 , 3 , ... ), dado que um evento A.S

1 tenha ocorrido na

s-eslma tentativa, depender apenas do evento que ocorreu na

s-eslma tentativa e, em nenhuma hipótese, tor modificada por

resultados ocorridos em tentatlvas precedentes. Uma vez

ocorrido o evento A.s na s-ésima tentativa,

1 a probabilidade

(s + 1)

condiclonal de ocorrenCla do evento A. na (s + 1)-ésima

1

tentativa, que é independente do número de ordem da tentativa,

(20)

encontrar-se-á, apos (s +1)-~sima tentativa exwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAJ o estado

do sistema observado na tentativa precedente

o

conjunto de todas as probabilidades de transição de

uma cadeia de Markov de K estados pode ser arranjado na forma ~

matricial :

P11 P12 P1K

P<i/j)onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA= P

21 P22 P21(

P

K1 PK2 Pt(K

Os prImeiros modelos de distribuição de probabilidade

de ocorrenCla de K dias chuvosos em seqüências de N dias em

períodos mensais (I(

i

N), fundamentados na cadeia de Markov de

dois estados, foram desenvolvidos por Gabriel, citado por KATZ

(13), e, posteriormente, testados, sob diversos climas, por

Gabriel e Neumann, citados por THODOROVIC e WOOLHISER ( 18) ,

COE e STERN (5) e ESSENWANGER (7) Segundo esses modelos, a

distribuição de probabilidades de ocorrenCla de K dias

chuvosos em uma seqUência de N dias, precedida de um dia

chuvoso, é dada pela função densidade de probabilidade.

W

1 (KjN)

=

p(C/C)K C1-PCC/S) +

C

=

1 a b-1 1-P(C/S)

PCC/S) a

( )

P(C/C)

K N-I(-1

)

1-PCC/C) b

( )

+

eq . 1

em que:

W. (KjN) = probabilidade condicional de ocorrenCla de K

(21)

determinado mes, dado que o dia antecedente

ao prImeIro dos N dias fora chuvoso;

P(C/C)

=

probabilidade de transição de um dia ser

chuvoso, desde que o dia precedente fora

chuvoso;

P(C/S)

=

probabilidade de transição de um dia ser

chuvosoj dado que o dia precedente fora

seco;

a, b

=

constantes a serem determinadasj e

NxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+ 0,5 - 2K - N + 0,5 I, se K < N

0, se K

=

N.

De modo análogo, a distribuição de probabilidade de K

dias chuvosos em seqüências de N dias, antecedidos de um dIa

seco, pode ser determinada pela função

W (KjN)

=

P(C/C)K (1-PCC/S)N-K +

o

+

c

.,0 K-1

( )

b-1

N-K

( )

a

l-PCC/C) a

C )

l-PCC/S)

P(C/S) b

( )

P(C/C)

c

=

1

eq . 2

em que.

W (KjN)

=

probabilidade condicional de ocorrenCla de K

o

dias chuvosos em N dias consecutIvoS em

determinado mes, dado que o dia antecedente

(22)

7

c

=

oxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

0, se K = 0.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

N + 0,5 - 2K - N + 0,5 I, se K ) N

De acordo com THODOKOVIC e WOOLHISER (17), os valores

das constantes a e b, que figuram nas equações 1 e 2. podem

ser determinados. respectivamente, como os valores int e ir c ..·

A partir

que 0,5 (c

1 - 1)

das equaçoes 1

e maiores

e 2 ,

que 0,5 c1

-distribuição de IguaIs ou maIores

a

probabilidades de ocorrência de exatamente K dias chuvosos em

N dias pode ser estimada pela função densidade de

pr-obab i1idade, dada por.

(KjN) + (i-PCC) W CKjN),

o eq. 3

em que.

W (KjN)

=

probabilidade de ocorrencla de exatamente K

dias chuvosos em

N

dias consecutivos, em

intervalos mensais; e

P(C)

=

probabilidade de ocorrência de um dia chuvoso

no mes considerado.

As dificuldades de aplicação desses modelos levaram ao

desenvolvimento de uma fórmula de recorrência, apresentada por

Helgert, citado por KATZ (12), que facilita os procedimentos

de cálculos daquelas probabilidades, mediante o emprego de

métodos computacionals. De acordo com KATZ Ci2) , as

distribuições de probabilidades condicionais de ocorrência de

K dIas chuvosos em N dIas consecutivos (Equações 1 e 2) podem

(23)

W0 (KHGFEDCBAj N)

=

(1-P(C/S».W (K;N-1)xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+ P(C/S)

o

,W

1 (K-1;N-1)

W

1 (Kj N)

=

(1-P(C/S».W (KjN-1) + P(C/S) •

o

,W

1 (K-1;N-1)

e c . 4

em que:

K

=

0. 1. 2. .• Nj

N

=

1. 2. 3. .

.

W

o ( 0 j 0 ) = W

1 ( 0 j 0 ) = 1 (condições í nic í aisi . e

W (NjN-1) = W (-1jN-1) = 0 (convenções)

o 1

As estimativas dos parâmetros dessas distribuições

(Equações 1 . 2 e 3) podem ser determinadas empiricamente.

desde que as ocorrências de chuva em dada localidade sejam

razoavelmente homogêneas em intervalos mensais

Com base nessa hipótese, a probabilidade de chover no

m-eslmo (m

=

2. 3 , . ) dia do mes deve ser igual a

probabilidade de chover no (m - 1)-ésimo dia. Denotando-se

tais probabilidades. respectivamente.

essas aproximações formalmente podem ser escritas como:

eq. 5

em que:

P (C)

=

probabilidade de ocorrenCla de chuva no m-ésimo m

dia do mês;

P

m-1 (C)

=

probabilidade de

(m-1)-ésimo dia do meSj

(24)

9zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

P(C)

=

probabilidade de ocorrenCla de chuva em qualquer

dia, em intervalo mensal, isto e, a fração média

mensal de dias chuvosos;

m

=

2 , 3 , • - • J

M;

e

M

=

número de dias do mes considerado.

Desde que essas condições seJam satisfeitas, a

probabilidadexwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAp(C) pode ser estimada, empiricamente, pelo

numero médio mensal de dias chuvosos em n anos observados,

isto e, pela fração média mensal de dias chuvosos.

Conforme observaram Anderson e Goodman, citados por

ESSENWANGER (7 ), e FEYERHERM e BARK (S), os valores empíricos

das probabilidades de transição P{C/S) e P(C/C) podem ser

empregados como aproXlmaçao dos estimadores

verossimilhantes dos parâmetros da cadeia de Markov de dois

estados. Além disto, Garbutt ~ alii, citados por COE e STERN

(6), observaram indícios de relacionamento entre os

estimadores desses parâmetros em 11 localidades da Africa

Oriental.

Por outro lado, GENG

ª

alii ( 1 0 ) , verificando

fenômenos semelhantes em localidades dos Estados Unidos,

Holanda e Filipinas, propuseram um método simplificado para

estimar probabilidades de transição. De acordo com tal método,

a probabilidade P(C/S) em dado mês pode ser estimada por

intermédio da equação de regressão linear

P(C/S)

=

a + b P(C)

(25)

Por força de definição. as probabilidades de transição

apresentam as mesmas propriedades das probabilidades

condicionais, e, em decorência disto, a probabilidade de

ocorrenc1a de chuva no m-eS1mo dia do mês pode ser expressa

por:xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

P (C) = P (HGFEDCBAC / S )onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

m (1-Pm_1(C) + P(C/C) Pm-1(C) eq . 7

Mediante a aplicação das equaçoes 5 e 6 na equação 7 e

as manipulações algébricas apropriadas, GENG d alii (10)

demonstraram que a probabilidade P(C/C) pode ser determinada

por:

P(C/C)

=

1 - (1-P(C» eq . 8

2.2. Distribuição de Probabilidades de Totais Diários de

Precipitação

A distribuição gama de dois parâmetros tem sido

empregada no ajustamento de freqüências de totais de

precipitação, observados sob diferentes condições de clima, em

intervalos diários, semanais, quinzenais e mensais.

Em função da flexibilidade nesses ajustamentos,

Friedman e James, citados por WEAVER e MILLER (21), e ISDN

gl

alii (12) empregaram tais modelos às freqUências de totais

mensais de precipitação, observados em várias estações dos

Estados Unidos. Moole~, citado por ESSENWANGER (7), demostrou

ser a distribuição gama de dois parâmetos adequada para a

(26)

11

diversas localidades da Asia. AZEVEDO (1) também comprovou o

ajustamento desse modelo às freqUências de totais mensais de

precipitação em dezenas de esta~ões, em todas as regiões

brasileiras. BERNARDO (2), SEDIYAMA ~ ~ (17), FRIZZONE

(9), CASTRO NETO ~ alii (4), MAROUELLI (15) e CASTRO NETO e

SILVEIRA (5), por outro lado, ajustaram esse modelo à

distribuição de freqUências de totais de chuva em período de

10 dias, para várias localidades brasileiras.

Para dados agrupados em 13 períodos de quatro semanas,

referentes a três esta~ões dos Estados Unidos, ISDN ~ alii

(12) ajustaram famílias de funções gama para descrever as

distribui~ões de freqUências de totais diários de precipitação

e, por intermédio desses ajustamentos, estudaram as variações

sazonais em seus parâmentros. GENG ~ alii (10) também

aplicaram tais distribui~ões às freqUências de totais diários

de chuva,

estações,

agrupados em períodos mensais,

sendo c~nco nas Estadas Unidos,

referentes a sete

uma na Holanda e

outra nas Filipinas.

Por outra lado, considerando famílias de distribuição

gama ajustadas às freqUências de totais diãrios de chuvas,

agrupadas em 28 períodos de 13 dias, em três esta~ões dos

Estados Unidas, YEVJEVICH (22) verificou forte assimetria

nessas distribuições, com base em dados registrados nas

esta~ões de Fort Colins (Colorado), Durango (Colorado) e

Austin (Texas), todas nas Estados Unidas.

De acordo com THOM (20), essas distribuições podem ser

(27)

1 YIX -i e-y /$xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA,0{Y{N

r

IX

(IX )$

eq. 9 0, para outros valores de Y

com IX ) 0,

s

>

0 e

r

(IX )

>

0,

em que:

IX

=

parâmetro de forma (adimensional)j

$

=

parâmetro de escala (mm)j e

Y

=

total de precipitação Cmm ) :

r

eoHGFEDCBA

(" ')--J

"-

t

l X -1 e-t dt (função gama)

o

eq. 9a

Segundo Shenton e Bowman, citados por ESSENWANGER (7),

os estimadores verossimilhantes dos parâmetros de forma (IX ) e

de escala (8) propostos por THOM (19) apresentam tendência

para valores do parâmetro de forma inferior à unidade. Por

este motivo, Greenwood e Durand, citados por GENG

gt

alii

(10), sugeriram o emprego das seguintes estimativas:

a) Parâmetro de forma

~ =

(0,5000876 + 0,16488552 A - 0,0542744 A2)/A,

(28)

1 3zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

em que:

A

=

ln Y. - ln Y.xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 1

b) Parâmetro de escala

.•. Y.HGFEDCBA

f i =-L

A eq . 1 1

Com relaG:ão às estimativas desses parâmetros nos

ajustamentos da distribuição gama aos totais diários de

precipitação, ISDN ~ alii (12), YEVJEVICH (22) e GENG ~ alii

(10) constataram forte assimetria (a:< 1,00) e verificaram

que, ao contrário do parâmetro de forma, o parâmetro de escala

apresentou variações sazonais bastante significativas.

Contrastando com GENG ~ alii (10), que empregaram as

equações 10 e 11, ISDN ~ alii (11) e YEVJEVICH (22)

serviram-se das estimativas desses parâmetros propostas por THOM (19).

Apesar dessas diferenças metodológicas, os resultados obtidos

por esses pesquisadores indicam que a forma da distribuição

gama ajustada às freqUências de totais diários de precipitação

apresentam forte assimetria (Ir"

<

1 ,00) . Buscando uma explicação para esses fatos, GENG ~ alii (9) observaram que

os estimadores verossimilhantes do parâmetro de forma

associaram-se aos pequenos valores de precipitação, enquanto

os estimadores dos parâmetros de escala indicavam em que

medida chuvas intensas podem ocorrer em determinadas

localidades. Com base nessas constatações, esses autores

(29)

parâmetro de escala pode ser estimado em fun~ão da altura

média mensal de precipita~ão dos dias chuvosos.

apresentam formas características. No caso de 0 ( a ( 1 . a

De acordo com LARSEN e PENSE (14), os gráficos das

reportadas pela distribui~ão gama (Equa~ão 9)

forma dessa distribuição assemelha-se a umxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA"j" reverso no

primeiro quadrante. com comportamento assintótico em ambos os

eixos coordenados. Para va1ores a

2.

1 , tais distribuições

exibem, no primeiro quadrante, formas semelhantes às de um

sino, podendo ou nao apresentar comportamento assintótico em

relação ao eixo das abscissas. Em ambas as situações,

entretanto, as curvas representativas dessas distribuições

apresentam assimetrias positivas e aproximam-se da origem do

sistema de coordenadas.

Forçando-se a passagem de tais curvas sobre a orlgem do

sistema de coordenadas, a integra~ão da equação 9 no intervalo

fornece as probabilidades de ocorrência totais de

precipita~ão iguais ou inferiores a um dado valor de Y0 (mm):

P (Y i. Y ) = (Y 0

Y 0 )0

eq . 1 2

De acordo com Thom, citado por NIMER ( 1 6 ) , a

substituição da variável Y por b = Y //5 permite reescrever a

equa~ao como:

1

J

Y0/~HGFEDCBA

P - 1 -b

Py (y ( Y 0) = b e db eq. 1 3

(30)

15zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Segundo NIMER (16), a expansão em serle hipergeométrica

da equaçao anterior permite a determinação das probabilidades

com suficiente aproximação, mediante o emprego da

seguinte fórmula:

ba:

b b2xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Py (y i. y )

=

( 1 + + +

o

r

(o: 1) b (a: 1) (o:

+ 1) (o: + 2)

+ e +

b3

+ . . . )

(u: + 1) (o.: + 2) (o:: + 3)

eq . 14

2.3. Precipitações Dependentes Diárias

Tomando por base as aprOXlmaçoes. ~ apresentadas na

equaçao 14, WEAVER e MILLER (21) desenvolveram um programa de

computação capaz de determinar totais de precipitação,

associados a nlvelS selecionados de probabilidade Py(Y

i

Y 0),

mediante a extração das raizes da equação 14 pelo método de

Newton-Rapheson. Como sugeriram esses pesquisadores, as raizes

b (Equar;ão 14) ,

A

que devem ser multiplicadas por

S

para

determinar os totais de precipitação Y

0 associados aos níveis

de probabilidade PyCY > Y0) (precipitações dependentes), podem

(31)

[

b. b. b.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA2

b . 1

=

b. - 1 + ( 1 + 1 + 1 +

1+ 1 ,. .•. .•..

O:: (O:: + 1) (IX + 1) (IX + 2)

3

)

]

-r

,. b

b.

Py<Y

>

Y0)

(O :: ) e

i

1 .+

di

-1)

.•. "- A

(o: + 1) (a: + 2) (o: + 3) b.

1

(32)

3. MATERIAL E M~TODOS

A base de dados para o ajustamento dos modelos,

neste trabalho, constitui-se

precipitação

de séries temporais de

usados

totais

diários de registrados nas estações

climatológicas de Catalão (GO), Goiânia (GO), Lavras (MG),

Patos de Minas (MG), Uberaba (MG) e Viçosa (MG).

As coordenadas geográficas dessas estações, bem como o

período de registros analisados, encontram-se discriminadas no

QuadroxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA1.

Exceto a estação de Viçosa, situada na Zona da Mata

mineira, as demais estações encontram-se em região de cerrados

(savana) Segundo a classificação climática de Kappen, as

localidades de Catalão, Goiânia e Uberaba apresentam climas

Minas (Cwa) , Viçosa (Cwa)onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe Lavras

os climas de Patos de

(Cwb) enquadram-se na tropicais chuvosos (Aw) Em contraste,

categoria de climas tropicais de altitude (Figura i).

Os dados de chuva, organizados em seqUências mensais,

foram recuperados a partir de fitas magnéticas,

e

obtidas junto

Instituto de

ao Instituto Nacional de Meteorologia ao

(33)

Pesquisas Espaciais, e processados na Central de

Processamentos de Dados da Universidade Federal de Viçosa

Para todos os efeitos, as seqüÊncias mensais que

apresentaram falta de um ou mais elementos foram descartadas e

os últimos elementos de seqüências referentes aos meses de

fevereiro em anos bissextos, ignorados.

QUADRO 1 - Coordenadas Geográficas e Períodos de Observação nas Estações Climatológicas Estudadas

Esta~ãc Loca 1 LatitudexwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(5)

Longitude

(11/)

Altitude

(m)

Período

Catalão 18°10' 47°58' 846 1961-1978

2 Goiânia 16°48' 49°15' 741 1961-1978

3 Lavras 21°14' 45°00' 910 1968-1986

4 Patos de Minas 18°36' 46 °3: ' 896 1961-1980

5 Uberaba 19°45' 47°55' 743 1965-1985

(34)

1 9

LEGENDA:HGFEDCBA

I .xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBACatalõo

2 . Goiônia

3. Lavras

4 . Patos de Minas

. 5 . Uberaba

6 . ViçosazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

FIGURA 1 - Localização das Estações Climatológicas.

3 .1 . Distribuição de Dias Chuvosos em 1 0 Dias Consecutivos. para Intervalos Mensais

ocorrência

Para análise das distribuições de probabilidades de

de dias em 1 0 dias consecutivos, para intervalos mensals, tomaram-se como amostras conjuntos de seql.lências

menos 10

mensais de totais diários de precipitação registrados, em pelo

em cada uma das esta~ões

estudadas (Quadro 1)

anos de observa~ão,

Com o objetivo de ajustar essas distribuições (Equações

1 , 2 e 3),

mensal, uma

assume valor

uma seql.lência associou-se, a cada elemento de

variável aleatória discreta (binária)

x ,

que m

(35)

m-eslmo dia do mes (monmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA= i, 2, 3, ... ) seja igualou superior a

0 ,1 mm (dia chuvoso), ou nulo, no outro caso (dia seco). Os

conjuntos dessas variáveis CX , m

=

i, 2, 3,

m }, referentesxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

a· quaisquer dos meses, foram considerados processos

estocásticos dependentes, representáveis por cadeias de Markov

de dois estados.

Denotando-se por x os valores observados da variável

m

X ,

m registrados em um mes, e localidade particular, o numero

de dias chuvosos em quaisquer das seqUências observadas foi

determinado pela expressão:

M

=

r·HGFEDCBAL X

1 m

m =

eq. 1 6

em que:

N

l

=

numero mensal de dias chuvosos observados em dada

localidade;

x

=

valor observado da variável X no m-ésimo dia do

n m

meSj

m

=

1 , 2, 3 , .. . ,

M;

e

M

= numero de dias do mes.

Os parâmetros necessarlos para o ajustamento dessas

d ist r í buic õe s (Equac;ões i, 2 e 3) foram estimados,

empiricamente, em cada mês e localidade estudados. Para isto,

procedeu-se da seguinte maneira:

a) Cálculo das probabilidades de ocorrencl.a de um dia

(36)

2 1xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

L

1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

=

1

N 1

p(C )

=

eq , 1 7

L.H

em que:

P(C)

=

probabilidade de ocorrenCla de um dia chuvoso no mes

considerado, isto é, a fração média mensal de dias

chuvosos;

N. = numero mensal de dias chuvosos em dada localidade;

1

1 = 1 , 2 , 3 , ...

,

Lj

L = numero de amostrasj e

M = numero de dias do mes considerado

b) Determinação das probabilidades condicionais de um

dia ser chuvoso, dado que o dia precedente fora

seco, mediante a aplicação da seguinte fórmula:

Número de dias secos seguidos de dias chuvosos em todas as amostras

P<C/S) = eq . 1 8

Número de dias secos em todas as amostras

em que:

P(C/S)

=

probabilidade de transição de um dia ser

chuvoso, dado que o dia anterior fora seco.

c) Cálculo das probabilidades condicionais de um dia

ser chuvoso, dado que o dia precedente fora chuvoso,

(37)

Número de dias chuvosos seguidos de dias chuvosos em todas as amostras

P(C/C)onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

=

exwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAq . 1 9

Número de dias chuvosos em todas as amostras

em que:

PCC/C)

=

probabilidade de transição de um dia ser

chuvoso, dado que o dia anterior fora chuvoso.

As probabilidades condicionais de ocorrência de

K

dias

chuvosos (K

=

0, t, 2, 10) em seqUências de 10 dias para

intervalos mensa~s (Equações 1 e 2), foram determinadas para

cada localidade estudada. Para t an to, desenvolveu-se um

programa (FORTRAN-77) capaz de resolver a fórmula de

recorrenc~a apresentada por KATZ (12) (Equação 4)

Uma vez calculadas essas probabilidades, as

probabilidades de ocorrência de exatamente

K

dias chuvosos em 10 dias, para intervalos mensais, puderam ser obtidas através

da substituição desses valores, juntamente com os valores das

probabilidades PCC), na equaçao apropriada (Equação 3)

Os valores da função densidade de probabilidade

acumulada das distribuições de

K

dias chuvosos em 1 0 dias

consecutivos, para intervalos mensa~s, foram calculados

através da relação:

W (K i. k , N) = eq. 20

K i. k

Por outro lado, as probabilidades de ocorrência de K

dias chuvosos, sendo K ma~or que determinado k, foram

(38)

2 3xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

W (K

>

k j N)

=

1 - W (K i. k j N)zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAeq. 21

Através de estudos de regressao e de correla~ão, os

parâmetros P(C/S) e P(C/C) foram relacionados com as

probabilidades P(C), em cada localidade e no conjunto de

localidades estudadas. Para este fim, empregou-se um programa

(aplicativo) conhecido como SAEG (Sistema de Análises

Estatísticas e Genéticas), desenvolvido pela Central de

Processamento de Dados da Universidade Federal de Viçosa.

3.2. Precipitações Dependentes Diárias

Com a finalidade de ajustar a distribuição gama de dois

parâmetros às freqtiências de totais diários de precipitação em

cada um dos meses e localidades analisados, os valores nulos

desses elementos, nas seqtiências mensais observadas, foram

separados dos valores maiores ou iguais a 0 ,1 mm (dia

chuvoso) .

Após essa separa~ao, as alturas de chuva maiores ou

iguais a 0 ,1 mm, constantes em cada uma das seqtiências

originais, foram agrupadas em seqüências ~ 1 ' ~2' .

,

~. de

J

valores observados de uma variável aleatória contínua, Y ., em J

que o índice subscrito denota a ordem do elemento nos grupos (j ~ número de dias do mês)

De acordo com esse procedimento, as alturas médias

mensais de precipitação por dia chuvoso foram calculadas, para

(39)

G JxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

,.

E

~.

s:

=

1

=

1 J

- 9 J

H = eq . 22

G

E N

g = 1 g

em que:

-H

=

altura média mensal de precipitacão dos dias

chuvosos (mm/dia)j

~.

=

altura diâria de

J precipitaç:ão registrada no

9-eSlmo agrupamento;

N

=

N

1

=

numero de dias chuvosos no g-eslmo

9

agrupamento;

J

=

numero de e1ementos no g-ésimo agrupamentoj e

G

=

numero de agrupamentos considerados.

Os estimadores verossimilhantes dos parâmetros de forma

e de escala foram determinados, conforme sugeriram Greenwood e

Duran, citados por GENG ~ alii (10), da seguinte maneira

a) Parâmetro de forma

~ =

(0,5000876 + 0, 16488552A - 0,0542274A2)/A

eq. 23

em que.

G

'<:"

"-9

=

1

I

'-'

,.

j

=

1

1 ~.

n J

-A

=

1

H-n

G

9

=

1

N

(40)

b) Parâmetros de escalaxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.•.

H

to'onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

=

eq 24

f-' .•.

ir

em que: ...•

8

=

parâmetro de escala da distribuiç~o gama (mm/dia);

H

=

altura média mensal de precipitaç~o por dia chuvoso

(mm/dia)HGFEDCBAj e

.•.

a parâmetro de forma da distribuição gama

Uma vez determinados esses parâmetros, procedeu-se ao

ajustamento das equaçoes iterativas (Equaç~o 13) para cada m~s

e localidade analisada, mediante a expansao da serle entre

parênteses até o termo e a substituiç~o dos

correspondentes dos parâmetros de forma

Após o ajustamento dessas equações, calcularam-se, por

métodos computacionais, as precipitações diárias dependentes,

no espectro de probabilidades compreendido entre 0,05 e 0,95.

Para tanto, tomaram-se como estimativas inICIais das raízes b

(Equação 13) as razoe~ entre o parâmetro de forma e os

parâmetros de escala correspondentes a cada mes e localidade

particular. Para todos os efeitos, nas 1.368 equaçoes

ajustadas, consideraram-se suficientes 30 iterações com erro

nas estimativas das raizes da ordem de 1 0-4.

Concluído o processo iterativo, os valores das raIzes b

foram multiplicados pelos respectivos valores de para

determinação das probabilidades dependentes nos nIvelS de

(41)

Através de gráficos, analisaram-se, no tempoonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe no

espac;::o, os comportamentos dos parâmetros de forma, dos

de

parâmetros de escala e das alturas médias mensaIs

precipitação dos dias chuvosos.

As evidências de relacionamento entre os parâmetros de

escala e as alturas médias mensais de precipitaç:ão dos dias

chuvosos foram investigadas por meio de estudos de regressao

simples e correlação entre essas variáveis, com o auxílio do

(42)

4_ RESULTADOS E DISCUSSOES

Com base em dados diários de precipitação, registrados

nas estações climatológicas de Catalão, Goiânia, Lavras, Pato

de Minas, Uberaba e Viçosa, determinaram-se as probabilidades

de ocorrência de dias chuvosos em 10 dias consecutivos, para

períodos mensais,onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe, também, as precipitações dependentes

diárias, em níveis selecionados de probabilidades, para

agrupamentos mensais de alturas diárias de chuva_

Para gerar valores das probabilidades de dias chuvosos

em 10 dias consecutivos para intervalos mensais (Equação 3),

empregaram-se modelos propostos por Gabriel, citado por KATZxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

( 13) , que condicionam tais probabilidades à ocorrencla de

chuva no dia antecedente ao primeiro dia de qualquer seqUência

de 10 dias, arranjada em intervalos mensais (Equações 1 e 2)_

As precipitações dependentes diárias foram determinadas

em nlvels de probabilidade compreendidos entre 0,05 e 0,95,

mediante o ajustamento da dlstribuição gama de d 0 1 S

parâmetros_

(43)

ComonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAa finalidade de facilitar as estimativas

verossimilhantes dos parâmetros dessas distribuições,

estabeleceram-se rela<;:ões funcionais (empíricas) capazes de

determinar tais parâmetros, independente do tempo e do espaço,

a partir de sumários climatológicos mensais.

4.1. Distribuic~o de Probabilidades de Dias Secos e/ou

Chuvosos em 10 Dias Consecutivos, para Períodos Mensais

As probabilidades, associadas as distribuições de dias

secos e/ou chuvosos, em seqUências de 10 dias, para intervalos

mensals, foram arranjadas em forma de tabelas (Quadros iA axwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

6A) . Nestes quadros, tais probabilidades podem ser

determinadas a partir de qualquer dia do mês, desde que dele

se possa projetar uma seqUência de 10 dias. Para ilustrar a

. ~

organlzaçao daquelas tabelas, no Quadro 2 apresentam-se os

valores das probabilidades, gerados pelos modelos propostos

por Gabriel, citado por KATZ (12), para Ca ta lão (GO), no mês de janeiro.

Quanto ao ajustamento dos modelos de distribuiç~o, as

mal ores dificuldades relacionam-se com as estimativas das

probabilidades de transição, porque envolveram contagens dos

secos seguidos de dias chuvosos e do número de dias

chuvosos antecedidos de dias chuvosos, em uma quantidade de

dados constituída de cerca de 4 X 104 registros de totais

(44)

QUADRO 2 - Distr'ibui~ão de Probabilidade de Dias Chuvosos em 10 Dias Consecutivos, no Mês de Janeiro, em Catalão (GO)

i .---... i

Probabilidade de ocorrência de um

dia chuvoso em 10 dias consecutivos,

desde que o dia antecedente ao

primeiro desses 10 dias seja seco.

W1<KiN) W(KiN)

Loc a l :

N K W0(kiN)

10 0 \ 0,004 0,002 0,003 \ 0,003

1 0,015 0,008 0,011 0,013

2 0,037 0,024 0,029 0,043

3 0,073 0,053 0,061 0,103

4 0,117 0,094 0,103 0,206

5 0,158 0,139 0,147 0,353

6 0,181 0,175 0,177 0,530

7 0,172 0,185 0,180 0,710

8 0,134 0,160 ;0, 150 0,860

9 0,079 0.109 0,097 0,957

10 0,029 0,051 0,043 1,000

Probabilidade de ocorrincia de quatro dias

chuvosos em 10 dias consecutivos. desde

que o dia antecedente ao primeiro desses

10 dias seja chuvoso.

Probabilidade de ocorrência de três

ou menos dias chuvosos em 10 dias

consecutivos.

Mês: Janeiro

W(K> kiN)

0,997 0,987 0,957 0,897 0,794 0,647 0,470 0,290 0,140 0.043 0,000

Probabilidade de ocorrência

de mais de sete dias chuvosos

em 10 dias conse~utivos.

Probabilidade de ocorrência de

oito dias chuvosos em 10 dias

consecutivos.

(45)

Na tentativa de contornar esses problemas, procurou-se

estabelecer rela,ões entre as probabilidades de transição e as

fra<;:ões médias mensais de dias chuvosos. Para ist o,

construíram-se gráficos de P(C/S) versus mes, de P(C/C) versus

mês e de P(C) versus mês,

localidades estudadas.

Em tais gráficos,

com dados referentes a cada uma das

observou-se que, independente do mes

ou da localidade, os valores dessas probabilidades aumentaram

ou diminuíram no mesmo sentido.onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

comportamento dessas probabilidades, manifestado pelo paralelismo entre suas curvas

representativas no tempo, forneceu indícios de dependência

funcional entre as probabilidades de transição P(C/S) e P(C/C)

e as probabilidades (empíricas) de ocorrência de um dia

chuvoso, em intervalos mensais. Exemplos de tais

comportamentos foram mostrados nos gráficos referentes a

Catalão (Figura 2) e Viçosa (Figura 3)

Com o objetivo de aprofundar as investiga<;:ões dessas

relações, procederam-se aos estudos de regressão e correlação,

envolvendo arranjos dessas probabilidades, tomadas duas de

cada vez, em cada localidade, no conjunto de localidades

estudadas. Com os resultados desses estudos, constatou-se que

a dependência funcional entre as probabilidades de transição

P(C/S) e as probabilidades P(C) podem ser expressas, em cada

localidade, por intermédio de retas de regressão (Quadro 3)

Do mesmo modo, observou-se a dependência entre as

probabilidades de transição P(C/C) e P(C), porem com variações

mais acentuadas nas probabilidades P(C/C), quer entre meses,

(46)

1,0

0,9

0,8

n.7

'" 0,6onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

4J

'O

'"

"O

0,5

.D tO .D

0.4 o

'-a .

0,3

0,2

0,1

0,0

3 1

PIC)

P(C/S)

_... P(c/C)

M eseszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

FIGURA 2 - Variação Mensal das Probabilidades de Transição e das Frações Médias Mensais de Dias Chuvosos, em

Ca t a l ão (GOl

A reta de regressao ajustada para o conjunto de

localidades (Quadro 3) explicou 94,9Y. das variações ocorridas

independentemente da localidade e

do mês.

nas probabilidades P(C/S),

constatou-se que nenhum dos coeficientes Além disto,

lineares das retas, ajustados às probabilidades referentes a

zero, ao nível

uma localidade particular, foi significativamente diferente de

nenhum dos de SY.. De maneira idêntica,

coeficientes angulares

das probabilidades

da reta de regressao, ajustados as

referentes localidades

analisadas, foi significativamente diferente de 0,710. quaisquer

(47)

1,0

0,9zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

0.8

0 ,7

0.6

li) ~ 0,5

tilxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA :"2

15

0.4

tilHGFEDCBA

. D

o ci: 0.3

0,2

0,1

0,0

PIC)

P(e/S)

PIe/c)

J F M A M J J A s o N D

Meses

FIGURA 3 - Variação Mensal das das Frações Médias Vü:osa (MG).

Probabilidades de Transição Mensais de Dias Chuvosos

e

em

Em face desses resultados e da relação apresentada na

equaçao 8 , tais probabilidades de transição, na area de

abrangência deste estudo, podem ser estimadas pelas expressoes:

a) P(C/S)

=

0,71 P(C); e eq. 25

b) P(C/C)

=

0,29 + 0,71 P(C). eq. 2 6

Em decorrência disso, construiu-se um diagrama (Figura

3) para facilitar as

dias transição, em

chuvosos.

estimativas das probabilidades de

(48)

33

QUADRO 3 - Coeficientes das Retas de Regressão Ajustadas às Probabilidades Condicionais de Ocorrência de um Dia Chuvoso, Dado que o Dia Antecedente Fora Seco, em

Fração Média Mensal de Dias Chuvosos (P(C/S)onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

=

aoxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+ bo P(C»

Estações a

o bo

2

r cv

C ata l ão - 0,005 0,702 0,993 0,001

Goiânia - 0,020 0,841 0,995 0,005

Lavras 0,013 0,594 0,964 0,003

Patos de Minas 0,001 0,636 0,988 0,079

Uberaba 0,005 0,733 0,982 0,093

ViI:;:osa 0,036 0,578 0,927 0,086

Combinação - 0,007 0,710 0,949 0,145

A importância de tais resultados nao se traduz apenas

pela redução na quantidade de dados de entrada (30:1) e no

numero de parâmetros a serem estimados (3:1) nos modelos de

distribuição de probabilidades de dias secos e/ou chuvosos,

mas, também, por confirmarem resultados semelhantes aos

obtidos por GENG et alii (9) e Garbutt ~ alii, citados por

COE e STERN (6), em condições climáticas totalmente diferentes

(49)

0,7

P(C/CI=0,29+Q71 PICIonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 0,8

o 1/11 .~ 0,6

LI)

c

ID

.=

0,5

ou

-o 0 4

<li ' ou

-o

:2

0,3

Li

2:: Q2

o L...

a , 0.1

0.0~--+---+--_-+--+---t---I--r--t---t

Q1 0,2 Q3 Q4 Q5 0.6 0,7 0,6 0,9 to PICI

FIGURA 4 - Diagrama para Determinação das Probabilidades de Transição, em Função das Frações Médias Mensais de Dias Chuvosos.

4.2. Precipitações Dependentes Diárias

o

numero de amostras consideradas no ajustamento da

distribuição gama de dois parâmetros às alturas diárias de

precipitação agrupadas em intervalos mensais apresentou

marcantes diferenças entre os meses referentes as estações

seca e chuvosa (Quadro 4).

Considerando tais contrastes, observados em todas as

lo ca l idades estudadas, as estimativas verossimilhantes dos

parâmetros dessas distribuições devem ser encaradas com

reserva nos meses secos, em função da forte redução na

amostragem. Por causa disto, recomenda-se proceder ao exame de

adequabilidade <aderência) desses ajustamentos em futuros

(50)

35

QUADRO 4 - Número de Amostras Aleatórias de Totais Diários de

Precipitação, Empregadas no Ajustamento da

Distribuição Gama de Dois Parimelros

Estações Janeiro Fevereiro

Catalão 334

*

(18;0;0)

**

29 (18;8;0)

Goiinia 384 (18.0;0) 23 (15.9.0)

Lavras 367 (18;0,0) 53 (17,6,2)

Patos de Minas 399 (20,0,1) 41 (20;8.0)

Uberaba 334 (16,0,5) 33 (17.6;4)

Viçosa 304 (17,0.0) 125 (16;1;1)

(*) Número de amostras de totais diários de precipitação,

empregadas nas estimativas dos parimetros a e 8.

(**)

Número de anos estudados; agrupamentos separados por

falta de chuva (mês seco), e ~grupamentos descartados por

falta de um ou mais registros.

Mesmo desconsiderando possíveis tendenciosidades nas

estimativas dos parimetros de forma e de escala, nos meses

referentes a estação seca, a distribuição gama de dois

parâmetros foi ajustada às freqUências de alturas diárias de

precipitação em dias chuvosos, em lodas as localidades

analisadas. Em todos os casos, a forma dessas distribuições

"

exibiu assimetria positiva (a ( 1,00). Isto porque valores

observados das precipitações em dias chuvosos apresentaram, em

sua maioria, valores relativamente baixos, além disto, valores

excessivamente elevados (60 mm/dia ou mais) raramente foram

(51)

Os comportamentos dos estimadores dos parâmetros de

formaFEDCBA(ct )'" e de escala ($) e" das alturas médias mensais de precipitac;:ão dos dias chuvosos (H) foram analisados no tempo e

de

P

'" versus

no espaço. Para isto, construíram-se gráficos de â versus mês,

~

mes e de

H

versus mes. Em todos esses

entretanto, as curvas representativas do parâmetro de escala gráficos,

apresentaram-se praticamente paralelas as curvas das alturas

médias mensais de precipita,ão dos dias chuvosos, como se pode

ver, por exemplo, nas Figuras 5 (Catalão) e 6 (Vic;:osa).

24 22 20 1 8 16 14 '" o L

-v

12 E

f i "

: . ; 1 0 c,

{ 1 I r n r n / c i a )

_._._ R I m m / d i a )

A -1

_ _ _ _ l i x 10

8 I J A 6 4 2

o

s

o

N

M J J

M A

F

M e s e s

15 1 3 11 9 H 7 5 3 D

Variação ...Mensal Escala ( $ ) da Médias Me!lsais Chuvosos (H) em

A

dos Parâmetros de Forma (u) e de Distribui,ão Gama e das Alturas de Precipita,ão Diária dos Dias Catalão (GO).

(52)

-24 22onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 2 0 18 16 1 4 ~ 12 L - -+-CII E10

''''

L

-'

"

o...zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA8 §Irnrn/dia)

H lrnm/dia)

ó

4HGFEDCBA

. r ' '

-I

i

-'-",

/

'\. //

\ /

\

\

,1..,.---

!

- - . . ._ _- - ' . . .\ " r ••....•

"

'1

"

.

, . ~ - - - ~ . . . I

~_._.~.,...

2

o

J F M A M J J A s o N

Meses

37

14 12 10 B H ó 4 2 o D

Variação ..•Mensal Escala ( S ) da Médias Mensais Chuvosos (H) em

dos Parâmetros de Forma (â) e de

Distribuição Gama e das Alturas

de Precipitação Diária dos Dias

Viçosa (MG). FIGURA 6

-As análises desses gráficos, por outro lado, sugeriram

parâmetro a possibilidade de relacionamento funcional entre o

de escala e a altura média mensal de precipitação

chuvosos.

Uma vez ajustadas essas distribuições, determinaram-se

as precipitar;ões no espectro

para todos os

Os valores probabilidade,

diárias dependentes

compreendido entre 0,05 e 0,95,

meses e localidades analisados (Quadros 18 e 38).

dos dias

(53)

nulos das precipitações dependentes diárias, verificados em

alguns meses, foram induzidos por aproximações resultantes da

aplicação da equação 12, que, repesentando as curvas dessas

distribuições em outro sistema coordenado com origem no ponto

zero, eliminou o comportamento assintótico das distribuiçõesxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A

gama (~ ( 1,00) nas vizinhanças do ponto 0,0 mm.

Os indícios de relacionamento entre os estimadores

"..

verossimilhantes dos parâmetros de escala

<p)

e as alturas

médias mensais de precipitação por dias chuvosos (H) foram

explorados por meio de estudos de regressao simples e de

correlação entre essas variáveis, em todas as localidades e no

conjunto de localidades analisadas (Quadro 5).

QUADROonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA5 - Coeficientes das Retas de Regressão Ajustadas aos

Parâmetros de Escala da Distribuição Gama em Função das Alturas Médias Mensais de Precipitação dos Dias

"

-ChuvososHGFEDCBA< P

=

ai + b

1 H)

Estações cv

Catalão 2,38 1, 31 0,961 0,006

Goiânia 1, 07 1, 45 0,942 0,079

Lavras 4,84 0,79 0,785 0,095

Patos de Minas 3,19 1,24 0,909 0,085

Uberaba 1,96 1, 19 0,822 0,114

"

Viçosa 3,90 1,42 0,949 0,095

(54)

39

Com base nessas análises, constatou-se que esse

relacionamento independe do tempo e do espac;:o. Assim, os

parâmetros de escala (P) podem ser estimados pela reta deonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

-regressao:

,.

p

=

3,85xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+ 1,15 H eq. 27

que explica 82,7y' das varlaçoes observadas do parâmetro de

escala em quaisquer dos meses e localidades estudadas.

Uma vez que as estimativas verossimilhantes dos

parâmetros de escala relacionam-se com as estimativas dos

parâmetros de forma (Equação 24), estes últimos podem ser

facilmente determinados, por intermédio da seguinte equac;:ao:

â

=

R

(3,85 + 1,15 H)-1 eq. 28

Esses processos de estimar os parâmetros da

distribuição gama foram resumidos por meio da construção do

(55)

40

35

30

25xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAP=48S+1.1SH

20

15

10

1/1

5 o

•..

.•... ~

E ,111

15 20 25 30 H (m m ldia)

•..

5 10

111

e ,

Q2

Q4

Q6

Q8HGFEDCBA

â =

R/.8

ta

FIGURA 7 - Diagrama para Determinação dos Parâmetros da Distribuição Gama. em Função das Alturas Médias Mensais de Precipitação dos Dias Chuvosos.

4.3. Precipitações Dependentes para Intervalos de 10 Dias

A combinação dos modelos anteriormente descritos

permite o cálculo das precipitações dependentes para

intervalos de 1 0 dias. bastando, para tanto. multiplicar o

numero dependente de dias chuvosos. nos níveis de

(56)

4 1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

colunas), pelo valor correspondente da precipitação dependente

diária (Quadros 18 a 68).

Os resultados dessas operaçoes, efetuadas com dados

referentes às localidades de Lavras e Viçosa, mostraram-se

compatíveis com os obtidos, respectivamente, por CASTRO NETO

(57)

Em

todos os setores da economia é possível encontrar exemplos nos quais os conhecimentos acerca das distribuiçoes

de chuvas no espaço e no tempo desempenham papel relevante no

processo de tomada de decisão, .quer seja em nível operacional,

quer seja em nível de planejamento.

TalonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe a importância desses conhecimentos que condicionam decisões, sejam de ordem tática ou estratégica, em

atividades como agropecuarl.a, construção civil,

transportes, turismo e outras exercidas ao ar livre.

Diversos fatores dificultam a caracterização dessas

distribuições nas regiões tropicais. Certamente, entre esses

fatores,

de dados

relacionam-se a inexistência de registros históricos

diários de chuva e o reduzido número de postos

climatológicos alocados nessas áreas.

Não obstante isso, há muitos aspectos dessas

distribuições que podem ser revelados através de análises de

serl.es temporais de dados de chuva referentes a períodos de

observação relativamente curtos.

(58)

43zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Tendo em vista esse fato, analisaram-se modelos

estocásticos representativos das distribuições de

probabilidades de ocorrência de dias chuvosos em

m~nsais e das alturas diárias de precipitação.

intervalos

Os modelos de distribuição de dias chuvosos em

intervalos mensais, baseados na cadeia de Markov de dois

estados, foram capazes de estimar, em primeira aproximação, os

valores das probabilidades de ocorrência de dias chuvosos, em

10 dias consecutivos, em todas as localidades estudadas.

Com referência às estimativas dos parâmetros para o

ajustamento desses modelos, constatou-se a existência de uma

relação linear (empírica) entre as probabilidades de transição

e as frações médias mensais de dias chuvosos, que,

aparentemente, independem do tempo e do espaço. Com base

nestes resultados, verificou-se a possibilidade de ajustar

esses modelos a partir de sumários climatológicos mensais. Em

termos práticos, isto representa reduções no numero de

parâmetros a serem estimados (3:1) e na quantidade de dados

utilizados nestas estimativas (30:1).

Com o objetivo de facilitar as determinações das

probabilidades de ocorrência de dias chuvosos em seqüências de

10 dias, para intervalos mensais, os valores gerados através

daqueles modelos foram organizados em forma de tabelas,

que o nGmero dependente de dias chuvosos podem ser,

diretamente determinados.

sendoonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA aIi,

Além dessas distribuições, também as distribuições de

(59)

analisadas. através do ajustamento da distribuição gama de

dois parâmetros às freqüências de totais diários de chuva.

Considerando que não foi realizado nenhum teste de

adequabilidade (aderência) desses ajustamentos e, também. o

fato de as estimativas de seus parâmetros terem sido afetadas

por reduções

estação seca

dependentes,

no número de amostras referentes aos meses de

(maio a outubro), os valores das precipitações

fornecidos através da aplicação desse modelo,

mostraram-se coerentes em todos os casos analisados.

Quanto aos parâmetros da distribuição gama, observou-se

relacionamento funcional entre os estimadores verossimilhantes

do parâmetro

precipitação

de escala e as alturas médias mensais de

dos dias chuvosos. Com efeito, esse

relacionamento simplifica, consideravelmente, os procedimentos

relativos aos ajustamentos dessas distribuições às freqüências

de totais diários de precipitação agrupados em períodos

mensais.

A combinação dos dois modelos anteriormente descritos

permitiu o cálculo dos totais de precipitação dependentes para

intervalos deonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA1 0 dias, bastando, para tanto, multiplicar o

número de dias chuvosos dependentes nos níveis de

probabilidades especificados pelo

precipitação dependente diária.

valor correspondente da

Em" suma, os modelos usados no presente trabalho

mostraram-se capazes de gerar, em primeira aproximação, não so

as precipitações dependentes diárias, em níveis de

(60)

dependentes de dias chuvosos, distribuídos em 10,

quaisquer dos meses e localidades estudadas.

45

(61)
(62)

BIBLIOGRAFIA

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Imagem

FIGURA 1 - Localização das Estações Climatológicas.
FIGURA 2 - Variação Mensal das Probabilidades de Transição e das Frações Médias Mensais de Dias Chuvosos, em
FIGURA 3 - Variação Mensal das das Frações Médias Vü:osa (MG).
FIGURA 4 - Diagrama para Determinação das Probabilidades de Transição, em Função das Frações Médias Mensais de Dias Chuvosos.
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