Físico-Química IV
Físico-Química IV
Química Quântica & Espectroscopia
Química Quântica & Espectroscopia
Estrutura Atômica e Molecular
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Otávio Santana
Otávio Santana
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
CONTEÚDO
– Introdução à Mecânica Quântica.
–Estrutura Atômica e Molecular:
•Átomos Hidrogenoides: Orbitais Atômicos, Energias e Transições Eletrônicas, Regras de Seleção e Momento de Dipolo de Transição; Átomos Polieletrônicos: Aproximação Orbital e Termos Atômicos; Estrutura Molecular: Aproximação de Born-Oppenheimer; Teoria da Ligação de Valência: Moléculas Diatômicas Homonucleares e Moléculas Poliatômicas; Teoria do Orbital Molecular: Moléculas Diatômicas Homonucleares e Moléculas Diatômicas Heteronucleares.
– Espectroscopia Rotacional, Vibracional e Eletrônica. Programa da Disciplina: Conteúdo
Parte 1 Parte 2 Parte 3
Cont. Parte 4
8
Otávio Santana
Otávio Santana
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Centro de MassaCentro de Massa: Separação do Movimento Interno
• Este procedimento é útil na resolução do problema do átomo de hidrogênio e pode ser estendido ao problema de muitos corpos.
• Considere-se o sistema constituído por duas partículas intera-gentes de massas m1 e m2 e coordenadas (vetoriais) r1 e r2.
➔Coordenadas do Centro de Massa :Coordenadas do Centro de Massa
Coordenadas Relativas
Coordenadas Relativas (ou InternasInternas): Átomos Hidrogenoides
⃗
r= ⃗r2− ⃗r1⇒x=x2−x1,...
⃗
R=m1⃗r1+m2⃗r2
m1+m2
⇒X =m1x1+m2x2
m1+m2
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Otávio Santana
Otávio Santana
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Centro de MassaCentro de Massa: Separação do Movimento Interno
• Este procedimento é útil na resolução do problema do átomo de hidrogênio e pode ser estendido ao problema de muitos corpos.
• Para determinar o que ocorre com o Hamiltoniano sob estas transformações, considere-se a energia cinética EK:(*)
Primeiro termo
Primeiro termo: energia cinética do do centro de massa.
Segundo termo
Segundo termo: energia cinética do movimento relativo. Átomos Hidrogenoides
(*) O procedimento com operadores é idêntico.
EK=
1 2m1|⃗r1'|
2
+1
2m2|⃗r2'| 2
,⃗ri'= dr⃗i
dt
=1
2M|R⃗' | 2+ 1
2μ|⃗r'| 2, M=m
1+m2,μ= m1m2
m1+m2
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Otávio Santana
Otávio Santana
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Centro de MassaCentro de Massa: Separação do Movimento Interno
• Este resultado pode ser interpretado como o correspondente a dois sistemas não interagenres, um de massa M e outro de massa μ.
➔O movimento relativo engloba a vibração (variação no módulo) e de rotação (variação no sentido do vetor r).
• Este resultado é útil quando a energia potencial depende apenas do movimento relativo, quando é possível escrever:(*) Átomos Hidrogenoides
EK=
1 2M|P⃗M'|
2+ 1 2μ|⃗pμ'|
2
H= 1
2M|P⃗M'|
2+
[
12μ|⃗pμ' |
2+ V(⃗r)
]
(*) Em geral o potencial depende apenas da distância relativa r.
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Otávio Santana
Otávio Santana
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico
• Em um átomo monoeletrônico (hidrogenoide) o Hamiltoniano assume a forma:
• Como o potencial em um átomo monoeletrônico é esferossimétrico (função apenas de r), utiliza-se o Laplaciano na forma:
➔A consideração da simetria do potencial pode auxiliar na separação
de variáveis? Átomos Hidrogenoides
^
H
= −
ℏ
2
2
μ
∇
2+
V
(
r
)
, V
(
r
) = −
Z e
24
π ε
0r
∇
2= ∂
2∂
r
2+
2
r
∂
∂
r
+
1
r
2Λ
2
Λ2 = Legendriano
Λ2= 1
senθ
∂
∂θ
(
senθ∂∂θ)
+sen12θ∂2
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Otávio Santana
Otávio Santana
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico
• Em um átomo monoeletrônico (hidrogenoide) o Hamiltoniano assume a forma:
• Devido a simetria do potencial e a forma do Hamiltoniano adotado, pode-se supor que a função de onda seja fatorável na forma:
de modo que a Equação de Schrödinger seja separável em suas partes radial e angulares. Esta hipótese deve ser verificada... Átomos Hidrogenoides
^
H
= −
ℏ
2
2
μ
(
∂
2∂
r
2+
2
r
∂
∂
r
+
1
r
2Λ
2
)
+
V
(
r
)
, V
(
r
) = −
Z e
24
πε
0r
ψ(
r ,
θ
,
φ) =
R
(
r
)Θ(θ)Φ(ϕ)
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico
• Em um átomo monoeletrônico (hidrogenoide) o Hamiltoniano assume a forma:
• Para verificar que a Equação de Schrödinger pode ser separável em suas partes radial e angulares, tem-se:
Átomos Hidrogenoides
^
H
= −
ℏ
2
2
μ
(
∂
2∂
r
2+
2
r
∂
∂
r
+
1
r
2Λ
2
)
+
V
(
r
)
, V
(
r
) = −
Z e
24
πε
0r
−
ℏ
22
μ
(
∂
2∂
r
2+
2
r
∂
∂
r
+
1
r
2Λ
2
)
R
Θ Φ +
V
(
r
)
R
Θ Φ =
ER
Θ Φ
[
×
r
2R
ΘΦ
]
−
ℏ
22
μ
R
(
r
2d
2R
d r
2+
2r
d R
d r
)
+
r
2
[
V
(
r
) −
E
]
=
ℏ
22
μ
Y
Λ
2Y
=
β
Função de r (Radial) Função de θ e φ (Angular)
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico: Soluções Angulares
• A parte angular deve satisfazer a: Átomos Hidrogenoides
Λ
2Y
=
(
2
μβ
ℏ
2)
Y
⇒
Y
ℓ , mℓ(θ
,
φ) = Θ
ℓ(θ)Φ
mℓ(φ)
-ε = -ℓ(ℓ+1) Harmônicos Esféricos
∴ d 2
dφ2Φmℓ(φ) = −mℓ
2
Φmℓ(φ),
senθ
Θ
d dθ
[
senθd
dθΘℓ(θ)
]
+εsen2 θ=mℓ
2
∴
sen
Θ
θ
d
d
θ[
sen
θ
d
d
θ
Θ
]
+
ε
sen
2
θ +
1
Φ
d
2
d
φ
2Φ =
0
Função de θ Função de φ = -mℓ
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Otávio Santana
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico: Soluções Radiais
• Com isso, a parte radial deve satisfazer: Átomos Hidrogenoides
−
ℏ
22
μ
R
(
r
2d
2R
d r
2+
2
r
d R
d r
)
+
r
2
[
V
(
r
) −
E
]
=
ℏ
22
μ
Y
[−
ℓ
(
ℓ
+
1
)
Y
]
[
×
R
r
2]
∴Rn ,ℓ(r) =?
∴
d
2R
d r
2+
2
r
d R
d r
+
2
μ
ℏ
2(
E
−
V
ef)
R
=
0
[
V
ef= −
Z e
24
π ε
0r
+
ℓ
(
ℓ
+
1
)ℏ
22
μ
r
2]
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico: Soluções Radiais
• Uma análise qualitativa das soluções R(r) pode ser feita com base na forma do potencial efetivo Vef.
➔A primeira parcela do potencial efetivo provém da energia coulombiana do elétron no campo elétrico produzido pelo núcleo.
➔A segunda provém da força centrífuga (quantizada) devida ao momento angular do elétron em torno do núcleo.
ℓ = 0: Momento angular nulo potencial puramente coulombiano.→ ℓ ≠ 0: Força centrífuga positiva potencial repulsivo no núcleo.→ Átomos Hidrogenoides
V
ef= −
Z e
24
π ε
0r
+
ℓ
(
ℓ
+
1
)ℏ
22
μ
r
218
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico: Soluções Radiais
• Uma análise qualitativa das soluções R(r) pode ser feita com base na forma do potencial efetivo Vef.
Átomos Hidrogenoides
V
ef= −
Z e
2
4
π ε
0r
+
ℓ
(
ℓ
+
1
)ℏ
2
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico: Soluções Radiais
• Uma análise qualitativa das soluções R(r) pode ser feita com base na forma do potencial efetivo Vef.
➔No limite r 0→ : a contribuição centrífuga (~1/r2, exceto quando ℓ = 0) domina a coulômbica (~1/r): soluções diferentes.
➔No limite r →∞: a contribuição coulômbica domina a centrífuga (independente de ℓ): soluções similares.
Átomos Hidrogenoides
V
ef= −
Z e
24
π ε
0r
+
ℓ
(
ℓ
+
1
)ℏ
22
μ
r
2R
n ,ℓ(
r
) =
r
ℓ×
(
Polinômio em r
)
×
(
Decaimento em r
)
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Potencial EsferessimétricoPotencial Esferessimétrico: Soluções Radiais
• Com isso, a parte radial deve satisfazer: Átomos Hidrogenoides
Raio de Bohr ∴ρ=2Zr
a0
, a0=
4πε0ℏ 2 μe2 ≃
4πε0ℏ 2 m2e
2 ≃52,9177pm
d
2R
d r
2+
2
r
d R
d r
+
2
μ
ℏ
2(
E
−
V
ef)
R
=
0
[
V
ef= −
Z e
24
π ε
0r
+
ℓ
(
ℓ
+
1
) ℏ
22
μ
r
2]
∴
R
n , ℓ(
r
) =
N
n, ℓ(
ρ
n
)
ℓ
L
n , ℓ(ρ)
e
−ρ/2n[
E
n= −
Z
2μ
e
432
π
2ε
0 2ℏ
2n
2]
Polinômios Associados de Laguerre
24
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
25
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
Átomos Hidrogenoides
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
Átomos Hidrogenoides
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Ex.#1: Densidade de Probabilidade no Núcleo
– (a) Para um elétron 1s (n = 1, ℓ = 0, mℓ = 0):
(b) Para um elétron 2s (n = 2, ℓ = 0, mℓ = 0):
Átomos Hidrogenoides
Resp.: Questão teórica... ψ1s(r ,θ,φ) =R1,0(r)Y0,0(θ,φ) =
[
2(
Z a0
)
3/2 e−ρ/2
]
[
(
1 4π)1/2
]
∴|ψ1s(0,θ,φ)|
2= Z3
πa03≃2,15×10⁻⁶pm⁻³ (Z=1,a0≃52,9177pm)
ψ2s(r ,θ,φ) =R2,0(r)Y0,0(θ,φ) =
[
1 2(2)1/2(
Z a0
)
3/2
(
2−12ρ
)
e−ρ/4
]
[
(
1 4π)
1/2
]
∴|ψ2s(0,θ,φ)|
2= Z3
28
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Ex.#1: Densidade de Probabilidade no Núcleo
(c) Para um elétron 2p (n = 2, ℓ = 1, mℓ = 0):
(d) Para um elétron 3d (n = 3, ℓ = 2, mℓ = 0):
Átomos Hidrogenoides
Resp.: Questão teórica...
∴|ψ2p(0,θ,φ )|
2=0
ψ3d(r ,θ,φ) =R3,2(r)Y2,0(θ,φ) =
[
1 81(30)1/2(
Z a0
)
3/2 ρ2e−ρ/6
]
[
3cos2θ−1]
∴|ψ3d(0,θ,φ )|
2=0
ψ2p(r ,θ,φ) =R2,1(r)Y1,0(θ,φ) =
[
1 4(6)1/2(
Z a0
)
3/2 ρe−ρ/4
]
[
(
3 4π)1/2 cosθ
]
29
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Energias
• Um “orbital atômico” é uma função de onda monoeletrônica, caracterizada por 3 números quânticos:
➔Nº Quântico Principal (n): 1, 2, 3,... ∞
Determina a energia do elétron no átomo hidrogenoide: E∝1/n2. Associado ao conceito de “camadas” (K, L, M, N,...).
➔Nº Quântico de Momento Angular Orbital (ℓ): 0, 1, 2,... n-1
Determina a momento angular do elétron: L = [ℓ(ℓ+1)]1/2ħ. Associado ao conceito de “subcamadas” (s, p, d, f,...).
➔Nº Quântico Magnético (mℓ): 0, ±1, ±2,... ±ℓ
Determina a componente z momento angular: Lz = mℓħ.
Átomos Hidrogenoides
30
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Energias
• Um “orbital atômico” é uma função de onda monoeletrônica, caracterizada por 3 números quânticos.
• A definição completa do estado do elétron em um átomo é obtida com a especificação do estado de spin: ψn,ℓ,mℓ,ms ou (n,ℓ,mℓ,ms).
• A “energia de ionização” é obtida fazendo-se n →∞ (na qual a energia é nula; valores positivos correspondem ao elétron livre):
No caso do átomo de hidrogênio: I ≈ 13,60 eV. Átomos Hidrogenoides
E
n= −
Z
2e
4μ
32
π
2ε
0 2ℏ
2n
2⇒
I
= Δ
E
1→∞⇒
I
=
Z
2e
4μ
32
π
231
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Energias
• As energias quantizadas em um átomo são negativas.
• O valor correspondente a n = ∞ é nulo, e corresponde ao elétron livre.
• Valores positivos correspondem à energia cinética do elétron livre. Átomos Hidrogenoides
E
n= −
Z
2e
4μ
32
π
2ε
0 2
ℏ
2n
233
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Ex.#2: Medida da Energia de Ionização
– O espectro do átomo de hidrogênio exibe as seguintes linhas (em cm-1): 82.259, 97.492, 102.824, 105.292, 106.632 e 107.440 (transições para o estado fundamental). Determine: (a) o valor experimental da constante de Rydberg e (b) a energia de ionização.
Dado: 1 eV = 1,602×10-19 J. Átomos Hidrogenoides
Resp.: (a) 109.679 cm-1, (b) 13,60 eV. ΔEni→nf=
hc λ =
(
Z2e4μ 32π2ε
0 2ℏ2
)
(
1 nf
2− 1 ni
2
)
⇒ ~ν = 1 λ=RH(
1 nf
2− 1 ni
2
)
RH= Z 2
e4μ 32π2ε
0 2 ℏ2
hc
~ν =RH−RH
(
1 n2)
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Ex.#2: Medida da Energia de Ionização
– O espectro do átomo de hidrogênio exibe as seguintes linhas (em cm-1): 82.259, 97.492, 102.824, 105.292, 106.632 e 107.440 (transições para o estado fundamental). Determine: (a) o valor experimental da constante de Rydberg e (b) a energia de ionização.
Dado: 1 eV = 1,602×10-19 J. Átomos Hidrogenoides
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares Átomos Hidrogenoides
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares Átomos Hidrogenoides
38
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares Átomos Hidrogenoides
ψ
2s=
1
2
(
2
)
1/2(
Z
a
0)
3/2
(
2
−
1
2
ρ
)
e
−ρ/4
(
1
4
π
)
1/2=
(
Z
332
π
a
0 3)
1/2
(
2
−
Zr
a
0)
e
−Zr/2a0ψ
1s=
2
(
Z
a
0)
3/2
e
−ρ /2(
1
4
π
)
1/2
=
(
Z
3π
a
0 3)
1/2
e
−Zr/a0ρ =2Zr a0
Nó: 2−Zr a0
=0⇒r=2a0 Z Nó: Ausente
40
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares Átomos Hidrogenoides
ψ
3s=
1
9
(
3
)
1/2(
Z
a
0)
3/2
(
6
−
2
ρ+
1
9
ρ
2)
e
−ρ/6(
1
4
π
)
1/2=
(
Z
3
972
π
a
0 3)
1/2
(
6
−
4Zr
a
0+
4Z
2r
29a
02)
e
−Zr/3a0
ψ
1s=
2
(
Z
a
0)
3/2
e
−ρ /2(
1
4
π
)
1/2
=
(
Z
3π
a
0 3)
1/2
e
−Zr/a0Nós: r1=
1,9a0 Z
r2= 7,1a0
Z ρ =2Zr
a0
Nó: Ausente
41
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares
• Ex.: orbitais 2p, para os quais há 3 valores de mℓ.
Átomos Hidrogenoides
ψ2p0=
R2,1(r)Y1,0(θ,φ ) =
[
1 4(6)1/2(
Z a0
)
3/2 ρe−ρ /4
]
[
(
3 4π)
1/2 cosθ
]
=
[
1 4(2π)1/2(
Z a0
)
5/2 e−Zr/2a0
]
rcosθ ψ2p±1=R2,1(r)Y1,±1(θ,φ) =
[
1 4(6)1/2(
Z a0
)
3/2 ρe−ρ /4
]
[
∓(
3 8π)1/2 senθe± iφ
]
=
[
∓1 8π1/2(
Z a0
)
5/2 e−Zr/2a0
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares
• Ex.: orbitais 2p, para os quais há 3 valores de mℓ.
➔O orbital com mℓ = 0 tem Lz nulo (eixo z arbitrário).
➔|ψ|2 cos∝ 2θ: máx. θ = 0° e 180°, nó em θ = 90°.
➔O plano perpendicular ao eixo z é um plano nodalplano nodal.
➔O plano nodal corresponde a um nó angular.nó angular ➔A expressão para ψ2p0 tem a forma: Átomos Hidrogenoides
ψ2p0=R2,1(r)Y1,0(θ,φ ) =
[
1 4(6)1/2
(
Z a0
)
3/2 ρe−ρ /4
]
[
(
3 4π)
1/2 cosθ
]
=
[
1 4(2π)1/2(
Z a0
)
5/2 e−Zr/2a0
]
rcosθψ2pz=z f(r)
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares
• Ex.: orbitais 2p, para os quais há 3 valores de mℓ.
➔Os orbitais com mℓ = ±1 tem Lz não-nulo (horário e anti-horário).
➔|ψ|2 sen∝ 2θ: zeros em θ = 0° e 180°, máximo em θ = 90°.
➔A expressão para ψ2p±1 não possui orientação nos eixos x e y.
➔Funções p podem ser transformadas por combinações lineares... Átomos Hidrogenoides
ψ2p±1=R2,1(r)Y1,±1(θ,φ) =
[
1 4(6)1/2
(
Z a0
)
3/2 ρe−ρ /4
]
[
∓(
3 8π)1/2 senθe± iφ
]
=
[
∓1 8π1/2(
Z a0
)
5/2 e−Zr/2a0
]
rsenθe±iφ44
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Otávio Santana
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares
• Ex.: orbitais 2p, para os quais há 3 valores de mℓ.
➔Soluções p expressas como combinações lineares: Átomos Hidrogenoides
ψ2p±1=
R2,1(r)Y1,±1(θ,φ) =
[
1 4(6)1/2(
Z a0
)
3/2 ρe−ρ /4
]
[
∓(
3 8π)1/2 senθe± iφ
]
=
[
∓1 8π1/2(
Z a0
)
5/2 e−Zr/2a0
]
rsenθe±iφψ2px= −
1
21/2(ψ2p+1−ψ2p−1) =rsenθcosφf(r) =x f(r) ψ2py= +
i
21/2(ψ2p+1+ψ2p−1) =rsenθsenφ
45
Otávio Santana
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares Átomos Hidrogenoides
ψ2pz=ψ2p0
=z f(r)
ψ2px=2 −1/2(ψ2
p+1+ψ2p−1)
=x f(r)
ψ2py= −
i2−1/2(ψ2
p+1−ψ2p−1)
=y f(r)
46
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Nós Radiais e Angulares Átomos Hidrogenoides
ψdxy=
xy f(r)
ψdxz=xz f(r)
ψdyz=yz f(r)
ψd
z
2= (3z 2
−r2
)f(r)
ψdx2−y2= (x 2
−y2 )f(r)
47
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
53
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Função de Distribuição Radial
• A densidade de probabilidade |ψ|2 possibilita obter a probabilidade em uma região do espaço de volume dτ.
• A densidade |ψ|2 diminui exponencialmente com a distância, mas é constante em uma casca esférica em orbitais esferossimétricos.
➔Nota: No caso geral, a
probabilidade depende dos ângulos θ e φ. Átomos Hidrogenoides
54
Otávio Santana
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Função de Distribuição Radial
• A densidade de probabilidade relativa a casca esférica de raio r é a
função de distribuição radial
função de distribuição radial P(r).
• O produto P(r)dr fornece a probabilidade de localização do elétron na casca esférica.
➔Nota: P(r)dr corresponde a probabilidade total de localização na casca esférica, que é independente de θ e φ. Átomos Hidrogenoides
55
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Função de Distribuição Radial
• A densidade de probabilidade P(r) de localização de um elétron em uma casca esférica em um orbital esferossimétrico (ℓ = 0, mℓ = 0):
Átomos Hidrogenoides
P
(
r
) =
∫
0π
∫
0 2π
|
ψ
n,0,0(
r
)
|
2r
2sen
θ
d
θ
d
φ
=
r
2|R
n , ℓ(
r
)
|
2
=
|
ψ
n,0,0(
r
)
|
2
∫
0π
∫
0 2π
r
2sen
θ
d
θ
d
φ
⏟
Área da casca esférica de raio r
=
|R
n,0(
r
)
|
2|Y
0,0(θ
,
φ)
|
2⏟
1/4π
56
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Orbitais AtômicosOrbitais Atômicos: Função de Distribuição Radial
• A densidade de probabilidade P(r) de localização de um elétron em uma casca esférica de raio r e espessura dr é calculada como: Átomos Hidrogenoides
P
(
r
) =
∫
0π
∫
0 2π
|
ψ
n , ℓ ,mℓ(
r ,
θ
,
φ)
|
2
r
2sen
θ
d
θ
d
φ
=
∫
0π
∫
0 2π
|R
n , ℓ(
r
)
|
2|Y
ℓ ,mℓ
(θ
,
φ)
|
2
r
2sen
θ
d
θ
d
φ
=
r
2|R
n , ℓ
(
r
)
|
2
∫
0π
∫
0 2π
|Y
ℓ ,mℓ(θ
,
φ)
|
2
sen
θ
d
θ
d
φ
⏟
1
=
r
2|R
n , ℓ(
r
)
|
2
58
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Ex.#3: Cálculo do Raio Médio
– Calcule o raio médio de um orbital atômico (a) 1s e (b) 3p. Dado:
Nota #1
Nota #1: O raio médio diminui com Z.
Nota #2
Nota #2: É possível mostrar que: Átomos Hidrogenoides
Resp.: (a) (1,5/Z)a0, (b) (12,5/Z)a0.
∫
0
∞
xne−axdx= n!
an+1
⟨rn ,ℓ⟩ =
[
3n2−ℓ(ℓ+1) 2Z
]
a060
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Ex.#4: Cálculo do Raio mais Provável
– Calcule o raio mais provável de um orbital (a) 1s e (b) 2s. Dados:
Nota #1
Nota #1: O raio mais provável diminui com Z. Átomos Hidrogenoides
Resp.: (a) a0/Z, (b) 5,2 a0/Z.
R
2s(
r
) =
1
2
(
2
)
1/2(
Z
a
0)
3/2
(
2
−
Z
a
0r
)
e
−Zr/2a0R
1s(
r
) =
2
(
Z
a
0)
63
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Transições EspectroscópicasTransições Espectroscópicas: Regras de Seleção
• Quando um elétron sofre uma “transição” de um estado inicial para outro, o átomo sofre uma variação de energia.
• A variação de energia ΔE aparece na forma de um fóton absorvido ou emitido de frequência ν, e devido a conservação da energia :
• No entanto, a conservação da energia não é o único critério, pois o fóton possui momento angular intrínseco (spin, s = 1).
• Variação do momento angular do elétron Momento angular do ↔ fóton emitido ou absorvido: conservação do momento angular . Átomos Hidrogenoides
Δ
E
átomo=
h
ν
fóton64
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•
Átomos Monoeletrônicos
–Transições EspectroscópicasTransições Espectroscópicas: Regras de Seleção
• A conservação do momento angular implica em que algumas transições são “permitidas” e outras são “proibidas”.
➔Exs.: d(ℓ=2) →s(ℓ=0): Proibida.
s(ℓ=0) →s(ℓ=0): Proibida.
s(ℓ=0) →p(ℓ=1): Permitida.
•Regra de Seleção: Condição para a ocorrência de uma transição. Regra de Seleção
No caso de átomos hidrogenoides:
➔O número quântico n pode variar arbitrariamente, pois não se relaciona com o momento angular.
Átomos Hidrogenoides
Δ
ℓ
= ±
1,
Δ
m
ℓ=
0,
±
1
65
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Transições EspectroscópicasTransições Espectroscópicas: Regras de Seleção
• Esta condição reside no fato de que a velocidade da transição depende do quadrado do momento de dipolo de transiçãomomento de dipolo de transição μfi.
➔A transição ocorrerá se esta produzir um campo elétrico oscilante
na frequência ν do campo elétrico interagente.
➔O momento de dipolo de transição entre os estados inicial (i) e
final (f) é calculado a partir da expressão:
onde as componentes devem ser calculadas separadamente. Para que uma transição ocorra, é necessário que μfi ≠ 0. Átomos Hidrogenoides
μ
fi=
∫
ψ
f *^μ ψ
id
τ = −
e
∫
ψ
f *66
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Transições EspectroscópicasTransições Espectroscópicas: Regras de Seleção
• Esta condição reside no fato de que a velocidade da transição depende do quadrado do momento de dipolo de transiçãomomento de dipolo de transição μfi.
➔A transição ocorrerá se esta produzir um campo elétrico oscilante na frequência ν do campo elétrico interagente.
➔Ex.: (a) Não há momento de dipolo associado a uma migração esférica de carga.
(b) Há uma dipolo associado a migração de carga: consequência da troca de sinal da função de onda. (+ + +) (- - +)→ Átomos Hidrogenoides
z
+
-+
-+
67
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Transições EspectroscópicasTransições Espectroscópicas: Regras de Seleção
• Para a determinação das regras de seleção é necessário apenas verificar as condições para que o dipolo seja não-nulo.
➔As componentes do momento de dipolo μfi podem ser calculadas facilmente a partir das propriedades dos harmônicos esféricos:
a menos que: Átomos Hidrogenoides
Y1,0=
(
3 4π)
1/2 cosθ
Y1,±1=
(
3 8π)1/2 senθe± iφ
⇒z=
(
4π3
)
1/2r Y1,0=rcosθ
⇒x=1
2
(
8π3
)
1/2r(Y1,+1+Y1,−1) =rsenθcosφ
∫
0
π
∫
0 2π
Yℓ1, m1(θ,φ) *
Yℓ2, m2(θ,φ)Yℓ3,m3(θ,φ)senθdθdφ=0
ℓ1=|ℓ2±ℓ3|, m1=m2+m3
72
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Ex.#5: Identificação das Transições Permitidas
– (a) Para quais orbitais um elétron 4d pode efetuar transição? (b) Para quais orbitais um elétron 4s pode efetuar transição?
➔ (a) 4d: ℓ = 2 Transições para ℓ = 1 ou 3.→
Transições Permitidas: um elétron 4d pode efetuar transição para qualquer orbital np ou nf (desde que Δmℓ = 0 ou ±1).
Transições Proibidas: um elétron 4d não pode efetuar transição para qualquer orbital ns ou nd (independente de Δmℓ).
➔ (b) 4s: ℓ = 0 Transições para ℓ = 1.→
Transições Permitidas: um elétron 4s pode efetuar transição para qualquer orbital np (desde que Δmℓ = 0 ou ±1).
Transições Proibidas: um elétron 4s não pode efetuar transição para qualquer orbital nd ou nf (independente de Δmℓ).
Átomos Hidrogenoides
73
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Monoeletrônicos
–Transições EspectroscópicasTransições Espectroscópicas: Regras de Seleção
• As regras explicam a estrutura do
Diagrama de Grotrian
Diagrama de Grotrian :
Estados e Transições Permitidas. Átomos Hidrogenoides
74
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
Átomos Hidrogenoides
Fim da Parte 1
Fim da Parte 1
Átomos Hidrogenoides e Polieletrônicos
75
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Hamiltoniano PolieletrônicoHamiltoniano Polieletrônico
• A equação de Schrödinger é muito mais complexa no caso de átomos polieletrônicos (2 ou mais elétrons).
➔Isto ocorre devido aos termos de interação entre os elétrons, razão pela qual não existem soluções analíticas para orbitais e energias.
➔Ex.: No caso do He: Átomos Polieletrônicos
^
H
=
∑
i
−
ℏ
22m
e∇
i2−
∑
i
Ze
24
π ε
0r
i+
∑
i<j
e
24
πε
0r
ij^
H
= −
ℏ
2
2m
e∇
1 2−
ℏ
2
2m
e∇
2 2−
Ze
24
πε
0r
1−
Ze
2
4
π ε
0r
2+
e
2
76
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Hamiltoniano PolieletrônicoHamiltoniano Polieletrônico: Aproximação Orbital
• Nesta aproximação a função de onda total Ψ(r1,r2,...) é aproximada admitindo-se que cada elétron “i” ocupa seu próprio orbital ψ.
➔Sendo ri o vetor posição do elétron “i”, com origem no núcleo,
pode-se escrever:
em geral se assume que cada função ψi se assemelha a um orbital
hidrogenoide com cargas nucleares efetivas Zef (blindagem).
➔Quando escrita nesta forma a função de onda é denomina
Produto de Hartree
Produto de Hartree:(*) partículas independentes. Átomos Polieletrônicos
Ψ(⃗
r
1,
⃗
r
2,
...
) =
ψ
1(⃗
r
1)ψ
2(⃗
r
2)
...
(*) Douglas Rayner Hartree, matemático e físico inglês (1897-1958): Proc. Cambridge Phil. Soc., 24 , 89 (1928).
77
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Hamiltoniano PolieletrônicoHamiltoniano Polieletrônico: Aproximação Orbital
• Nesta aproximação a função de onda total Ψ(r1,r2,...) é aproximada admitindo-se que cada elétron “i” ocupa seu próprio orbital ψ.
➔Sendo ri o vetor posição do elétron “i”, com origem no núcleo,
pode-se escrever:
➔Esta aproximação permite expressar a estrutura de um átomo pela identificação dos orbitais ocupados (fundamental ou excitado).
➔Este modelo corresponde a descrição de partículas totalmente independentes: movimento não-correlacionado.
Átomos Polieletrônicos
Ψ(⃗
r
1,
⃗
r
2,
...
) =
ψ
1(⃗
r
1)ψ
2(⃗
r
2)
...
80
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• Procedimento geral para a ocupação dos orbitais hidrogenoides:
Princípio da Construção
Princípio da Construção / Estruturação / Estruturação AufbauAufbau.
➔As configurações eletrônicas são determinadas experimentalmente por medidas espectroscópicas e magnéticas.
➔A ordem (aproximada) de preenchimento é dada pelo conhecido Diagrama de Pauling (ordem de preenchimento ≠ energética).
➔Nota #1: a ordem energética dos orbitais varia ao longo da tabela periódica. Ex.: 4s3d entre K e Ca; 3d4s entre Sc e Zn.
81
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• Procedimento geral para a ocupação dos orbitais hidrogenoides:
Princípio da Construção
Princípio da Construção / Estruturação / Estruturação AufbauAufbau. Átomos Polieletrônicos
84
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• Primeira condição: para a definição da configuração eletrônica de um átomo observa-se o Princípio da Exclusão de PauliPrincípio da Exclusão de Pauli (1925):(*)
“Um orbital não pode ser ocupado por mais do que dois elétrons,
cujos spins devem estar emparelhados.”
Átomos Polieletrônicos
(*) Wolfgang Ernst Pauli, físico austríaco (1900-1958). Spins emparelhados = Spin total (resultante) S nulo
→Vetores orientados nos respectivos cones
85
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• Primeira condição: para a definição da configuração eletrônica de um átomo observa-se o Princípio da Exclusão de PauliPrincípio da Exclusão de Pauli (1925):(*) • O Princípio da Exclusão é um caso particular de um princípio mais
geral, denominado Princípio de Pauli:Princípio de Pauli
“Quando os índices de dois férmions idênticos forem permutados,
a função de onda total muda de sinal (função antissimétrica).”
“Quando os índices de dois bósons idênticos forem permutados,
a função de onda total mantém o sinal (função simétrica).”
➔Nota: A função de onda total inclui o spin. Átomos Polieletrônicos
86
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• Uma forma de se incluir o spin na função total consiste nas seguintes combinações entre estados α ( ) e ↿ β ( ):⇂ Átomos Polieletrônicos
σ
2 +=
β(
1
)β (
2
)
Indistinguibilidade dos Elétrons
Indistinguibilidade dos Elétrons: Probabilidades iguais para qualquer elétron ser α ou β.
σ
1+
=
α(
1
)α (
2
)
σ
3 +=
1
√
2
[
α (
1
)β (
2
) +
β(
1
)α(
2
)
]
σ
4-=
1
√
2
[
α(
1
)β(
2
) −
β(
1
)α(
2
)
]
87
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• A função de onda total é o produto da parte espacial (orbital, φ) pela de spin (σ).
• Admitindo que os dois elétrons ocupam o mesmo orbital φ, a única solução aceitável (antissimétrica) é:
pois: Átomos Polieletrônicos
Ψ (
2,1
) =
ϕ(
2
)ϕ(
1
)
1
√
2
[
α(
2
)β(
1
) −
β(
2
)α (
1
)
]
= −Ψ (
1,2
)
Ψ (
1,2
) =
ϕ(
1
)ϕ(
2
)σ
-(
1,2
)
=
ϕ(
1
)ϕ(
2
)
1
√
2
[
α(
1
)β(
2
) −
β(
1
)α(
2
)
]
88
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• A função de onda total é o produto da parte espacial (orbital, φ) pela de spin (σ).
• Admitindo que os dois elétrons ocupam o mesmo orbital φ, a única solução aceitável (antissimétrica) é:
Se os elétrons ocuparem o mesmo orbital com o mesmo spin: Átomos Polieletrônicos
Nota
Nota: os dois elétrons podem possuir o mesmo spin, com σ+ = α(1)α(2) ou β(1)β(2), se a parte espacial for antissimétrica, construída com orbitais diferentes.
Configuração Excluída
Ψ (
1,2
) =
0
Ψ (
1,2
) =
ϕ(
1
)ϕ(
2
)σ
-(
1,2
)
=
ϕ(
1
)ϕ(
2
)
1
89
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• A função de onda total é o produto da parte espacial (orbital, φ) pela de spin (σ).
• Admitindo que os dois elétrons ocupam o mesmo orbital φ, a única solução aceitável (antissimétrica) é:
➔Pode-se concluir que a antissimetria da função de onda satisfaz a dois critérios importantes:
Átomos Polieletrônicos
Indistinguibilidade
Indistinguibilidade ↔AntissimetriaAntissimetria ↔Exclusão (Aprox. Orbital)Exclusão (Aprox. Orbital)
Ψ (
1,2
) =
ϕ(
1
)ϕ(
2
)σ
-(
1,2
)
=
ϕ(
1
)ϕ(
2
)
1
√
2
[
α(
1
)β(
2
) −
β(
1
)α(
2
)
]
90
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• A função de onda total é o produto da parte espacial (orbital, φ) pela de spin (σ).
• Admitindo que os dois elétrons ocupam o mesmo orbital φ, a única solução aceitável (antissimétrica) é:
Átomos Polieletrônicos
Spins emparelhados = Spin total (resultante) S nulo
→Única forma de se obter este arranjo: singletosingleto
σ- = 1/√2[α(1)β(2)-β(1)α(2)]
96
Otávio Santana
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• Segunda condição: os elétrons ocupam orbitais diferentes de uma mesma subcama antes de os ocuparem duplamente.
➔Isto reduz as repulsões elétron-elétron, uma vez que os elétrons ocupam regiões espacialmente distintas. Neste caso...
• Terceira condição: o estado fundamental corresponde a configuração com o máximo de elétrons desemparelhados.
➔1ª Regra de Hund1ª Regra de Hund(*)(†) (ou Princípio de Máxima Multiplicidade ), Princípio de Máxima Multiplicidade cuja causa reside no efeito de correlação de spins ( antissimetria).→
➢ Multiplicidade = 2S + 1 (S = Spin Total).
S = 0 Mult = 1 (Singleto); → S = 1 Mult = 3 (Tripleto).→ Átomos Polieletrônicos
97
Otávio Santana
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• A 1ª Regra de Hund pode ser compreendida a partir da conside-ração de que uma função antissimétrica pode ser obtida como:
onde “+” se refere a uma função simétrica, “-” a antissimétrica, e sendo φ± (espacial) e σ∓ (spin) funções da forma:
Se f = f1 = f2, tem-se também: Átomos Polieletrônicos
Ψ
-(
1,2
) =
ϕ
±(
1,2
)σ
∓(
1,2
)
f
±(
1,2
) =
f
1(
x
1)
f
2(
x
2)
± f
2(
x
1)
f
1(
x
2)
f
+(
1,2
) =
f
(
x
1)
f
(
x
2)
Nota
Nota: vimos isto na construção da função de onda antissimétrica na fundamentação do Princípio de Pauli.
98
Otávio Santana
Otávio Santana
σ1+ = α(1)α(2) σ2+ = β(1)β(2) σ3+ = 1/√2[α(1)β(2)+β(1)α(2)]
Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• A 1ª Regra de Hund pode ser compreendida a partir da conside-ração de que uma função antissimétrica pode ser obtida como:
Quando elétrons ocupam orbitais diferentes da mesma subcamada, há 3 possibilidades (simétricas) de obtenção do spin total S = 1: Átomos Polieletrônicos
Ψ
-(
1,2
) =
ϕ
±(
1,2
)σ
∓(
1,2
)
Tripleto Tripleto
99
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Configuração EletrônicaConfiguração Eletrônica: Regras para a Construção
• A 1ª Regra de Hund pode ser compreendida a partir da conside-ração de que uma função antissimétrica pode ser obtida como:
Consequentemente, quando os spins dos elétrons 1 e 2 forem paralelos, a parte espacial é, obrigatoriamente, antissimétrica:
E neste caso, quando r1 ≈ r2, tem-se: Átomos Polieletrônicos
Ψ
-(
1,2
) =
ϕ
±(
1,2
)σ
∓(
1,2
)
ϕ
-(
1,2
) =
1
√
2
[
ϕ
1( ⃗
r
1)ϕ
2( ⃗
r
2) −
ϕ
2( ⃗
r
1)ϕ
1( ⃗
r
2)
]
ϕ
-(
1,2
) =
0
Ou seja
Ou seja: Probabilidade nula dos elétrons 1 e 2 se aproximarem menor repulsão.→
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Espectros de AtômicosEspectros de Atômicos:
• As linhas espectrais (absorção ou emissão) surgem quando um átomo sofre transição, com variação de energia | ΔE| = hνfóton.
• No entanto, os níveis de energia não derivam apenas dos orbitais, devido às interações dos elétrons: efeito eletrostático e magnético.
➔Efeito Eletrostático: interação elétron-elétron, do qual derivam as Efeito Eletrostático
energias dos orbitais e das configurações eletrônicas.
➔Efeito Magnético: interação entre dipolos magnéticos, que Efeito Magnético
provocam o desdobramento dos níveis de energia.
➔Os movimentos orbital ℓ e de spins provocam a geração de dipolos magnéticos μ e campo magnético B.
Átomos Polieletrônicos
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Espectros de AtômicosEspectros de Atômicos: Acoplamento Spin-Órbita
• A interação entre os momentos de dipolo magnéticos gerados pelos movimento orbital e de spin é o “acoplamento spin-órbita”.
• A intensidade do acoplamento e seu efeito sobre o desdobramento dos níveis depende da orientação dos momentos angulares. Átomos Polieletrônicos
Orientações diferentes Interações diferentes→
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Espectros de AtômicosEspectros de Atômicos: Acoplamento Spin-Órbita
• A interação entre os momentos de dipolo magnéticos gerados pelos movimento orbital e de spin é o “acoplamento spin-órbita”.
• A intensidade do acoplamento e seu efeito sobre o desdobramento dos níveis depende da orientação dos momentos angulares. Átomos Polieletrônicos
μ
B
Um dipolo magnético μ
está associado a um campo magnético B
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Espectros de AtômicosEspectros de Atômicos: Acoplamento Spin-Órbita
• Ao acoplamento spin-órbita está associado um “momento angular total” j, obtido pela soma vetorial dos momentos angulares ℓ e s.
• O momento angular total é expresso pelos números quânticos j e
mj, cujos valores permitidos são obtidos como:
Átomos Polieletrônicos
j
=
ℓ
+
s , ℓ
+
s
−
1,. .. |ℓ
−
s|
Vetores commesmo sentido
Vetores com sentidos opostos
m
j=
0,
±
1,
±
2,. ..
±
j
Para cada valor de j
A cada valor de mj
corresponde um estado
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Espectros de AtômicosEspectros de Atômicos: Acoplamento Spin-Órbita
• Ao acoplamento spin-órbita está associado um “momento angular total” j, obtido pela soma vetorial dos momentos angulares ℓ e s.
• Exs.:
s1: ℓ = 0, s = ½ ⇒j = 1/
2 (apenas spin) p1: ℓ = 1, s = ½ ⇒j = 1/
2 e 3/
2 d1: ℓ = 2, s = ½ ⇒j = 3/
2 e 5/2 (figura) d1: Para j = 3/
2 ⇒mj = ±
1/ 2, ±
3/ 2 (4 estados) d1: Para j = 5/
2 ⇒mj = ±1/2, ±3/2, ±5/2 (6...) Átomos Polieletrônicos
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Estrutura Atômica e Molecular Estrutura Atômica e Molecular
•
Átomos Polieletrônicos
–Espectros de AtômicosEspectros de Atômicos: Acoplamento Spin-Órbita
• O desdobramento dos níveis deriva das diferentes orientações entre os momentos ℓ e s e, portanto, dos valores de j.
• A interação E entre um momento magnético vetorial μ e um campo magnético vetorial B é dado pelo produto escalar: E = -μ·B.
• Como valores escalares dos momentos de dipolo são proporcionais aos momentos angulares na forma: μs -∝ s, μℓ -∝ ℓ -∝ B, tem-se:
Esta é a expressão clássica para a contribuição da variação na energia do estado de uma configuração eletrônica.
➔ Nota: embora a discussão seja relativa a um elétron, expressão semelhante é válida para muitos elétrons, como veremos adiante. Átomos Polieletrônicos