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Aditivos zootécnicos na alimentação de suínos – Revisão de Literatura / Zootechnical additives in feed for swine – Review

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p.45880-45895 jul. 2020. ISSN 2525-8761

Aditivos zootécnicos na alimentação de suínos – Revisão de Literatura

Zootechnical additives in feed for swine – Review

DOI:10.34117/bjdv6n7-276

Recebimento dos originais: 03/06/2020 Aceitação para publicação: 13/07/2020

Flávio Medeiros Vieites

Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.

Endereço: Rua Espírito Santo, 993, Centro, Juiz de Fora- MG, Brasil E-mail: fmvieites@yahoo.com.br

Christiane Silva Souza

Doutora em Bioquímica Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ

Endereço: BR465, km 47, Seropédica – RJ, Brasil E-mail: christianessouza@gmail.com

Antônio Carlos Santana Castro

PHD Animal Sciences

Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

Endereço: Rua Espírito Santo, 993, Centro, Juiz de Fora-MG, Brasil E-mail: antoniocarlos.castro@ufjf.edu.br

Anderson Machado de Melo Júnior

Graduação em Medicina veterinária pela Universidade Federal de Juiz de Fora Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

Endereço: Rua Espírito Santo, 993, Centro, Juiz de Fora-MG, Brasil E-mail: andersonjrjf@gmail.com

Mariana Hallak Ferreira

Graduação em Medicina veterinária pela Universidade Federal de Juiz de Fora Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

Endereço: Rua Espírito Santo, 993, Centro, Juiz de Fora-MG, Brasil E-mail: marianahallak98@gmail.com

Sabrina Evelin Ferreira

Graduação em Medicina veterinária pela Universidade Federal de Juiz de Fora Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

Endereço: Rua Espírito Santo, 993, Centro, Juiz de Fora-MG, Brasil E-mail: ferreirasabrinaagro99@gmail.com

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p.45880-45895 jul. 2020. ISSN 2525-8761 Gabriel Oliveira Malta Varella

Graduação em Medicina veterinária pela Universidade Federal de Juiz de Fora Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

Endereço: Rua Espírito Santo, 993, Centro, Juiz de Fora- MG, Brasil E-mail: varella.gabriel@yahoo.com.br

Girlaine Pereira Oliveira

Doutora em Fitotecnia pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, Brasil

Endereço: Alto universitário, s/n, Guararema, Alegre- ES, Brasil E-mail: layneagro@gmail.com

RESUMO

Na atualidade, a busca por alternativas para substituir o uso de antibióticos como promotores de crescimento nas dietas para suínos, tornou-se uma prioridade, pois o referido uso está cada vez mais limitado. Tal restrição se baseia nos possíveis efeitos do uso desses agentes, como: resíduos na carcaça, desenvolvimento de cepas bacterianas resistentes aos antimicrobianos usados na produção animal e resistência aos usados também na medicina humana; bem como às exigências de legislações e mercados consumidores. Objetivou-se com essa revisão discutir os efeitos da ação dos prebióticos, probióticos e da suplementação enzimática em substituição aos antibióticos na alimentação animal, e suas consequências na digestibilidade de nutrientes, na morfologia intestinal e no desempenho produtivo de suínos. A metodologia adotada foi o estudo bibliográfico, sendo as informações obtidas em fontes documentais. O uso dos aditivos zootécnicos probióticos, prebióticos, simbióticos e xilanase nas dietas fornecidas para suínos desmamados, nas fases de creche, crescimento e terminação se mostrou eficiente para resultados de ganho de peso diário, conversão alimentar, redução de bactérias patogênicas e aumento de microrganismos benéficos ao organismo, além de melhorar aspectos imunológicos dos animais. As características intestinais apresentadas pelos animais alimentados com os referidos aditivos foram: aumento da digestibilidade de nutrientes devido ao maior número de vilosidades, redução do pH e viscosidade do trato digestório.

Palavras-chave: Antibióticos, Morfologia intestinal, Prebióticos, Probióticos, Xilanase. ABSTRACT

In recent years, the search for alternatives to replace the use of antibiotics as growth promoters in swine diets has become a priority, since the said use is increasingly limited. Such restriction is based on the possible effects of using these agents, such as: residues in the carcass, development of bacterial strains resistant to the antimicrobials used in animal production and resistance to those also used in human medicine; as well as the requirements of legislation and consumer markets. The aim of this review was to discuss the effects of the action of prebiotics, probiotics and enzyme supplementation to replace antibiotics in animal feed, and their consequences on nutrient digestibility, intestinal morphology and swine productive performance. The methodology adopted was the bibliographic study, and the information was obtained from documentary sources. The use of probiotic, prebiotic, symbiotic and xylanase zootechnical additives in the diets provided for weaned pigs, in the nursery, growth and finishing phases proved to be efficient for results of daily weight gain, feed conversion, reduction of pathogenic bacteria and increase of beneficial microorganisms to the organism, in addition to improving immunological aspects of animals. The intestinal characteristics presented by the animals fed with these additives were: increased digestibility of nutrients due to the greater number of villi, reduced pH and viscosity of the digestive tract.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p.45880-45895 jul. 2020. ISSN 2525-8761 1 INTRODUÇÃO

A suinocultura constitui um importante segmento do agronegócio no Brasil e no mundo. Para manter a competitividade, faz-se necessário reduzir custos e otimizar a produção, sem o comprometimento da saúde dos animais e do meio ambiente. Em 2019, foram produzidas 3,98 milhões de toneladas de carne suína no Brasil e o consumo per capita foi de 15,3 kg/habitante (Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA, 2020).

Dentre os principais países produtores de suínos, destacam-se China, Estados Unidos, e Rússia (ABPA, 2020). A Peste Suína Africana (PSA) ocorrida na China em agosto de 2018, fez com que o Brasil ganhasse ainda mais importância no mercado internacional com a exportação de sua carne (MARTINS et al., 2018). Consequentemente, a produção suinícola brasileira tende a aumentar e, para tal, os antibióticos atuando para promover o crescimento ainda são utilizados nos sistemas de criação.

Diante deste contexto, com a presente revisão bibliográfica, objetivou-se apresentar os efeitos do uso de aditivos zootécnicos nas rações para suínos.

2 METODOLOGIA

O presente estudo apresentou-se como descritivo (PRODANOV & FREITAS, 2013), sendo realizada pesquisa bibliográfica (ZAMBELLO et al., 2018) acerca do uso e efeitos de aditivos zootécnicos em dietas de suínos.

Os trabalhos científicos utilizados nesta revisão foram retirados de diferentes bases de dados: Capes, Elsevier, Google Scholar, Pubmed, Scielo, Science Direct e Scopus, com recorte temporal das últimas quatro décadas. Os principais termos de busca foram: xilanase/enzimas para suínos; probióticos, prebióticos e simbióticos na alimentação de suínos; morfologia intestinal de suínos e antibióticos na suinocultura.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 CARACTERÍSTICAS DO TRATO GASTROINTESTINAL DOS SUÍNOS

Os suínos possuem apenas um compartimento gástrico, estômago simples, apresentando um trato digestório pequeno e, consequentemente, menor capacidade de acumular alimentos (OLIVEIRA, 2018). Sabe-se que o pH estomacal é entre 2,0 e 3,5, proporcionando uma proteção ao intestino delgado contra microrganismos patogênicos, como E.coli e Salmonella spp., que produzem enterotoxinas levando o animal a quadros de diarreia (CHAMONE, 2010).

O intestino possui grande vulnerabilidade à entrada de microrganismos patogênicos devido à sua elevada carga microbiana, à microbiota intestinal, e à sua grande área de extensão (SANTOS, 2011). Esse órgão é responsável por continuar a digestão e pela intensa absorção de nutrientes através

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das células epiteliais de revestimento, que possuem em sua estrutura as vilosidades ou vilos. Entre essas estruturas, há pequenas aberturas de glândulas tubulares, denominadas criptas (BANKS, 1993). Segundo Jeurissen et al. (2002), criptas menos profundas demonstraram melhor condição de saúde intestinal.

Um dos fatores responsáveis por afetar a relação altura de vilosidades:profundidade de criptas no íleo é a ingestão de dietas ricas em polissacarídeos não amiláceos (PNAs), provenientes da dieta contendo trigo e cevada, em comparação a dietas formuladas com milho e soja (WILLAMIL et al., 2012).

Além das alterações morfológicas, as dietas que apresentam alto teor de polissacarídeos não amiláceos exercem influência no ambiente intestinal através da redução do pH e do tempo de trânsito intestinal, o que aumenta a quantidade de substratos, e esses, são degradados lentamente pela microbiota do intestino grosso (MURPHY et al., 2012).

A saúde intestinal é dada por cinco critérios: digestão e absorção eficazes de alimentos, ausência de doença gastrointestinal, microbiota intestinal normal e estável, eficiente estado imunológico e, por fim, bem-estar animal (BISCHOFF, 2011). Tais conceitos são importantes e de grande visibilidade na suinocultura e tem-se a microbiota deste órgão como fator crucial para o equilíbrio intestinal do animal hospedeiro (ROJO et al., 2017).

Formada por diferentes microrganismos, a microbiota do intestino é regida por uma relação de simbiose entre os mesmos, e tal relação é estabelecida a partir do nascimento do animal (ROJO et al., 2017). Por definição, simbiose significa uma associação promovida a longo prazo entre organismos de diferentes espécies e vivendo de maneira adaptada (MOYA et al., 2008; LHOTSKY, 2011). A partir dessa terminologia, o equilíbrio da microbiota é dado como eubiose e seu desequilíbrio, disbiose (MOYA & FERRER, 2016; HOOKS & O’MALLEY, 2017).

Após o nascimento, a microbiota intestinal dos leitões é desenvolvida devido à exposição do animal a uma variedade de microrganismos oriundos da mãe e do ambiente (HEO et al., 2013; FRESE et al., 2015). Conforme o animal cresce e entra na fase pós desmame, a população microbiana é modificada devido aos novos desafios enfrentados pelos leitões, como a transição de uma alimentação líquida para sólida, a separação da mãe, a entrada do animal na creche e a mistura da leitegada. Todos esses fatores predispõe o animal a uma disbiose (LALLÈS et al., 2007).

Outro fator importante que favorece a disbiose nos animais refere-se à administração via oral de antibiótico como promotores de crescimento, uma vez que, devido ao seu amplo espectro de ação, os agentes antimicrobianos podem eliminar ou diminuir o crescimento de microrganismos no intestino, podendo ser patogênicos ou benéficos ao animal (GRESSE et al., 2017).

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3.2 ADITIVOS SUBSTITUTOS AOS ANTIMICROBIANOS PROMOTORES DE CRESCIMENTO NAS RAÇÕES

O uso de antibióticos na alimentação animal teve início na década de 50 com o objetivo de otimizar o desempenho dos animais (CHIQUIERI, 2003). Como resultado da administração desses fármacos, Cromwell (1991), citou o crescimento, maior conversão alimentar, prevenção de infecções e redução nas taxas de mortalidade e morbidade como os principais motivos de seu uso pelos produtores.

A suinocultura industrial fazia uso de antibióticos, em subdoses, tanto para prevenção de possíveis enfermidades que acometem os animais em situações de estresse, quanto para atuarem como promotores de crescimento, diminuindo os microrganismos com potencial patogênico ao longo de todo o trato gastrointestinal (LIMA, 1999). Mesmo cumprindo os objetivos já citados, o uso desses agentes tem sido questionado a respeito da possível resistência bacteriana a alguns antimicrobianos, também usados na medicina humana. Além disso, o uso dos antibióticos pode promover o desenvolvimento de cepas bacterianas resistentes a esses fármacos já utilizados ao longo de toda a cadeia produtiva dos animais. A partir dessa preocupação, a substituição dos antibióticos sem prejudicar o ganho zootécnico (por tecnologias enzimáticas e uso de probióticos e prebióticos) vem sido estudada a fim de atender à nova demanda social (LIMA, 1999).

Com o passar dos anos, começaram a surgir preocupações em relação ao uso de antibióticos na cadeia produtiva animal, tais como: resistência das bactérias aos antibióticos, resíduos na carcaça e nos alimentos derivados de origem animal e reações alérgicas em pessoas previamente sensíveis (SMITH, 1975).

A partir dos receios ao uso indiscriminado de antibióticos, a maioria dos países europeus aboliu o uso desses agentes na produção animal (PENZ JR., 2003). Tal fato surtiu ao Brasil a necessidade de reavaliar sua legislação, assim, em 2018 os antibióticos tilosina, loncomicina, virginiamicina, bacitracina e tiamulina foram proibidos pela portaria nº 171 da Secretaria de Defesa Agropecuária, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2018).

3.3 PROBIÓTICOS

Segundo Fuller & Cole (1988), probióticos são aditivos que contêm microrganismos vivos não patogênicos que atuam em benefício do hospedeiro ao melhorar o equilíbrio intestinal. Dentre seus benefícios: não deixam resíduos na carcaça, atuam em distúrbios gastrointestinais e não promovem resistência dos microrganismos patogênicos (CHIQUIERI, 2003). Robles-Huaynate et al. (2013) citaram a melhora de 10% no ganho de peso diário e 15% na conversão alimentar de leitões recém-desmamados suplementados com probióticos compostos por bactérias e levedura (Bacillus spp.,

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p.45880-45895 jul. 2020. ISSN 2525-8761 Lactobacillus spp., Streptococcus spp. e Saccharomyces cerevisiae), nas quantidades de 200 e 300

mg/kg de ração.

Os probióticos têm como características principais: a capacidade de colonizar o trato intestinal; possuírem alto poder de crescimento mesmo em baixa disponibilidade de nutrientes e têm a capacidade de sobrevivência durante o processamento da ração. Todos esses fatores possibilitam aos probióticos modular a população microbiana intestinal, promovendo sempre seu equilíbrio (LANGE et al., 2010).

Existem dois mecanismos de ação dos probióticos: o primeiro se dá por uma competição no trato digestório entre as bactérias patogênicas e os microrganismos probióticos pelo sítio de ligação nas vilosidades intestinais, dessa forma, os probióticos protegem a superfície de absorção intestinal (NICOLI & VIEIRA, 2000); o segundo é explicado pela ação antimicrobiana desses agentes através da produção dos ácidos lático e acético, por algumas bactérias. Esses ácidos causam redução do pH intestinal e permitem a proliferação de microrganismos benéficos (Lactobacillus).

Bon et al. (2010) estudaram que leitões na fase de creche e de crescimento, alimentados com ração e probióticos contendo cepas de Pedicoccus acidilactici e Saccharomyces cerevisiae ssp.

bouladii, na quantidade de 2 x 10⁹ UFC/ kg de ração, tiveram melhor conversão alimentar em relação

aos animais que não receberam tal aditivo. Situações como o desmame, por volta do vigésimo quarto dia, em que o animal sofre mudança brusca na dieta, de líquida para uma sólida baseada em produtos e subprodutos de origem vegetal, e uma mudança no ambiente, fazem com que a microbiota intestinal sofra um desequilíbrio (disbiose), favorecendo o desenvolvimento de bactérias patogênicas (KIL & STEIN, 2010).

Segundo Chiquieri (2003), probióticos atuam como biorreguladores intestinais ao promoverem ações preventivas e curativas, objetivando aprimorar a saúde geral do animal bem como seu desempenho zootécnico. Os probióticos a base de Bacillus são os mais usados na formulação dessas substâncias devido à capacidade desse gênero de bactérias em formar esporos, que são resistentes ao calor do processamento das rações (SCHALLMEY et al., 2004), diferentemente das bactérias ácido-láticas (LANGE et al., 2010). O mecanismo de ação desses gêneros também difere, uma vez que as bactérias bacilares (sp subtilis) agem no lúmen intestinal (COPPOLA & TURNES, 2004).

No período da creche, os resultados com o uso dos probióticos nos leitões, principalmente com

Bacillus subtilis, foram diferentes dos resultados obtidos na fase de crescimento desses animais. Tal

premissa justifica-se pelo fato de que suínos em condições de estresse sofrem mais a ação do probiótico, principalmente formulado com Bacillus subtilis (GIANG et al., 2011).

A suplementação com probioticos formulados com Bacillus em suínos em crescimento, com redução de 3% da energia líquida, com base na exigência e dieta com cevada, trigo e farelo de soja,

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potencializou o ganho de peso diário bem como a conversão alimentar dos animais em relação ao grupo de animais que recebeu a dieta sem o probiótico (JØRGENSEN et al., 2016).

A administração de probióticos contendo Lactobacillus spp., Bifidobacterium spp.,

Enterococcus spp., Candida spp. e Aspergillus spp. em fêmeas na prenhez, durante a lactação das

crias e, posteriormente, na ração dos leitões já nascidos dos 14 aos 35 dias, fez com que Mori et al. (2011) concluísse que a oferta de probióticos às fêmeas gestantes beneficiava a microbiota dos leitões na fase do desmame, devido à lactação. Reforçando esse resultado, Silva et al. (2010) também observaram melhor desempenho dos leitões desmamados após suas mães receberem probióticos (250 ppm) compostos por Lactobacillus spp., Bifidobacterium spp. e Enterococcus spp. durante a prenhez e lactação.

Na suplementação com Lactobacillus acidophilus em rações a base de milho, farelo de soja e farelo de trigo para suínos na fase de crescimento e terminação, a contagem de E. coli e Clostridia nas fezes dos animais, diminuiu em comparação ao grupo controle sem o probiótico (DOWARAH et al., 2017). De modo similar, Jasek (1992) evidenciou melhoria no desempenho dos suínos e uma diminuição da contagem de E. coli nas fezes dos animais. Ross et al. (2010) também observaram melhoria no desempenho dos animais desmamados aos trinta e cinco dias, durante a fase de creche. De acordo com Dowarah et al. (2017) em dietas formuladas com milho, farelo de soja e farelo de trigo para suínos da fase do desmame até a terminação, a adição de Pedicoccus acidilactici associado ao Lactobacillus acidophilus nas rações, resultou em maior ganho de peso para os animais suplementados em comparação àqueles sem alimentação com o probiótico.

Kornegay & Risley (1996) não obtiveram resultados significativos no ganho de peso e na conversão alimentar dos animais também nessa fase. Corroborando os resultados descritos, Giang et al. (2011) mostraram que a suplementação de Bacillus e Saccharomyces não modificou a microbiota (já estável nesta fase), o sistema imunológico e a digestibilidade dos suínos nas fases de crescimento e terminação.

Quanto à morfologia intestinal, suínos suplementados com probióticos obtiveram maior quantidade de vilosidades intestinais e não apresentaram alterações em seu tamanho em relação ao grupo controle (JONSSON & HENNINGSSON, 1991). Além disso, o probiótico formulado com

Enterococcus faecium, em dieta a base de cevada e farelo de trigo para suínos em terminação, não

resultou em diferenças significativas nos padrões: altura das vilosidades, profundidade das criptas e relação altura das vilosidades: profundidade das criptas no jejuno, comparando-se ao grupo que não recebeu o aditivo (GIANNENAS et al., 2016).

Fedalto et al. (2002) demonstraram que o uso de Bacillus toyoi como probiótico, não resultou em melhor desempenho dos animais quando analisadas as variáveis: consumo de ração, ganho de

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peso diário e conversão alimentar. Porém, concluiu-se que o tratamento com probiótico e antibiótico obteve melhores resultados como promotores de crescimento; mesmo assim, faz-se necessários mais estudos devido às exigências de mercado pela proibição dos antibióticos.

3.4 PREBIÓTICOS

Roy & Gibson (1998) definiram prebióticos como substâncias não digestíveis, hidrolisadas e absorvidas na porção proximal do trato gastrointestinal, tornando-se benéficas ao hospedeiro, pois estimulam o crescimento e a atividade de determinadas bactérias benéficas, melhorando a característica da microbiota intestinal. Os oligossacarídeos são os principais representantes dos prebióticos e possuem a ação de impedir o estabelecimento de determinados microrganismos patogênicos e aumentam a área de absorção intestinal, melhorando sua morfologia (HOUDIJK et al., 1999).

Segundo Chiquieri (2003), oligossacarídeos são cadeias curtas compostas de 3 a 10 unidades de glicose. Dentre eles, os mais usados como prebióticos são os frutoligossacarídeos, mananoligossacarídeos e os glucolideossacarídeos (PREZZI, 2011). Menten (2001) descreveu três características fundamentais dos prebióticos: indução de efeitos benéficos sistêmicos na luz intestinal, capacidade de alterar a microbiota intestinal de forma favorável ao animal e devem atuar como substratos para os microrganismos intestinais benéficos.

Para criar um meio patogênico, as bactérias se aderem às glicoproteínas presentes na superfície epitelial do trato intestinal. Assim, os oligossacarídeos são usados para intermediarem essa ligação (bactéria-superfície intestinal) e não causarem danos ao hospedeiro, fazendo com que as bactérias sejam eliminadas junto com a digesta (COLLET, 2000).

Os prebióticos podem ser obtidos, de forma natural, a partir de sementes e raízes de chicória, grão-de-bico, alcachofra e cebola, por exemplo; através do cozimento, ação enzimática ou pela fermentação alcoólica; de forma sintética através da polimerização de determinados dissacarídeos da parede celular de leveduras e pela fermentação de polissacarídeos (CHIQUIERI, 2003; SILVA & NORNBERG, 2003).

A produção animal utiliza os prebióticos na alimentação por melhorarem a integridade da mucosa intestinal, diminuírem a incidência de infecções e por fornecerem nutrientes para os microrganismos desejáveis, otimizando o funcionamento do intestino (TUCCI, 2003).

Houdijk et al. (1998) constataram que frutoligossacarídeos fornecidos em doses acimas das recomendadas (7,5 e 15g/kg) podem causar efeitos antinutricionais (redução no ganho diário de peso, por exemplo) em leitões. Porém, para Gebbink et.al (1999), leitões na fase de creche obtiveram

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melhor conversão alimentar quando suplementados com doses elevadas de frutoligossacarídeo em relação ao uso de virginamicina.

Bellé et al. (2009) relataram que a administração de frutoligossacarídeos somados a mananoligossacarídeos promoveram efeitos benéficos no desempenho dos suínos nas fases de crescimento e terminação quando associados ou não à apramicina. Além de atuarem no trato digestivo, os prebióticos estimulam o sistema imune do hospedeiro ao induzirem o crescimento de bactérias benéficas como Lactobacillus e Bifidobacterium. Tais microrganismos produzem substâncias imunoestimulatórias, secretando citocinas, induzindo a fagocitose por macrófagos e liberando imunoglobulinas em grandes quantidades, em especial a IgA (SILVA & NORNBERG, 2003).

3.5 SIMBIÓTICOS

Segundo Menten (2001), simbióticos são aditivos que unem o conceito de microrganismo vivo e a condição ideal para seu desenvolvimento, ou seja, substâncias compostas por probióticos e prebióticos, respectivamente. Há ainda a possibilidade de os simbióticos agirem de maneira específica para cada local do trato gastrointestinal (BRITO et al., 2014).

Além dos efeitos de melhoria zootécnica em leitões na fase pós desmame suplementados com simbióticos (JUNQUEIRA et al., 2009; GIANG et al., 2010), a suplementação fornece aos animais efeitos no sistema imunológico, como controle à Salmonella (UPADHAYA et al., 2017).

Chiquieri (2003) descreveu que o uso de simbiótico (Saccharomyces cerevisiae e mananoligossacarídeo) em suínos nas fases de crescimento e terminação não prejudicou o desempenho ou as características hematológicas e de carcaça dos animais. O autor também observou que não houve diferença significativa na altura das vilosidades, provando que os simbióticos podem substituir o uso de antibióticos na produção animal já que esses não causaram prejuízos na morfologia intestinal.

3.6 TECNOLOGIA ENZIMÁTICA – XILANASE

Dentre os ingredientes mais utilizados nas formulações de dietas para os suínos, estão o milho e a soja, com cerca de 10 e 19% de polissacarídeos não amiláceos (PNAs) em sua estrutura, respectivamente (CLASSEN, 1996; KNUDSEN, 1997). Visto que os suínos não são capazes de hidrolisar polissacarídeos não amiláceos através da sua fisiologia (BARRERA et al., 2004), faz-se necessária a suplementação enzimática exógena.

Os PNAs possuem em sua composição a celulose, a pectina e a hemicelulose, que só são disponibilizadas para o organismo através da digestão enzimática exógena, como a pectinase e a

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celulase, ou pela fermentação bacteriana no intestino grosso (ALMIRALL et al., 1995). Além disso, os PNAs encapsulam determinados nutrientes agindo como uma barreira física, causando prejuízos à digestibilidade no intestino delgado dos animais (NORTEY et al., 2007).

A tecnologia enzimática é utilizada na alimentação animal por aumentar o valor nutritivo dos ingredientes oferecidos na dieta, ao: fragmentar fatores antinutricionais presentes em determinados alimentos de origem vegetal; elevar a disponibilidade de proteínas, minerais e amido, que são encapsulados em paredes celulares; hidrolisar ligações químicas, uma vez que enzimas endógenas do animal não são capazes de hidrolizá-las e, por fim, complementar a coleção enzimática, beneficiando nos processos de digestão e absorção (OWUSU-ASIEDU et al., 2010).

Definida como uma enzima hidrolítica, a xilanase quebra a ligação ß-1,4 do polissacarídeo xilana, presente na parede celular vegetal (COLLINS et al., 2005) dos principais alimentos e seus subprodutos utilizados na formulação de dietas de suínos. Masey et al. (2012) explicaram que o modo de ação para degradar as fibras baseia-se na degradação de polissacarídeos na parede celular e Garcia et al. (2008), na redução da viscosidade da digesta.

O uso de xilanase como suplemento pode não resultar em aumento de digestibilidade de nutrientes (BARRERA et al., 2004), pois essa sofre influência da composição da dieta, da fisiologia do animal e do tipo e dose da xilanase (FANG et al., 2007). O experimento realizado por Kiarie et al. (2012) com marrãs em fase de crescimento alimentadas com dietas formuladas a base de grãos mistos e seus subprodutos e com a suplementação de xilanase e b-glucanase, mostrou melhor ganho de peso médio diário desses animais em relação ao grupo controle que não recebeu as carboidrases.

No que tange à morfometria intestinal, Pascoal et al. (2008), ao fornecer uma dieta a base de milho e farelo de soja com complexo enzimático suplementar contendo xilanase para leitões desmamados aos 21 dias, não observaram diferenças relevantes na altura das vilosidades nos segmentos do intestino delgado, jejuno e íleo, assim como nas profundidades de cripta do duodeno e íleo e, por fim, na relação altura de vilosidade:profundidade de cripta na porção proximal do intestino delgado.

Passos et al. (2015) observaram que aumentar a xilanase de 0 para 1400 LXU/kg em dietas de leitões na fase de creche não interferiu na performance de crescimento e, tampouco, na altura de vilosidades, profundidade de criptas e na relação entre essas, mas encontrou redução da viscosidade da digesta no jejuno. Entretanto, Lee et al. (2018) concluíram que a suplementação melhorou a digestibilidade de nutrientes e a performance dos suínos na fase de terminação, além de reduzir E.

coli fecal e ileal. Por fim, um dos tratamentos estudados por Oliveira (2018) contendo apenas xilanase

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apresentou menor população média (log10 UFC) de Enterobacteriaceae na porção do íleo quando comparado ao grupo controle sem adição da enzima.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso dos aditivos zootécnicos probióticos, prebióticos, simbióticos e xilanase nas dietas fornecidas para suínos desmamados, nas fases de creche, crescimento e terminação se mostrou eficiente para resultados de ganho de peso diário, conversão alimentar, redução de bactérias patogênicas e aumento de microrganismos benéficos ao organismo, além de melhorar aspectos imunológicos dos animais. As características intestinais apresentadas pelos animais alimentados com os referidos aditivos foram: aumento da digestibilidade de nutrientes devido ao maior número de vilosidades, redução do pH e viscosidade do trato digestório. Desse modo, utilizar os referidos aditivos nas dietas constitui uma estratégia promissora, já que, problemas como a resistência bacteriana e uso indiscriminado de substâncias proibidas podem sofrer redução no cenário suinícola mundial, resultando não apenas em melhorias ao animal, mas também ao consumidor de seus produtos.

REFERÊNCIAS

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