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O PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO EM MATO GROSSO: UMA ANÁLISE DE DOIS CICLOS COMPLETOS DO ENADE (2008 A 2013)

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O PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO

EM MATO GROSSO: UMA ANÁLISE DE DOIS CICLOS COMPLETOS DO

ENADE (2008 A 2013)

Jhessica Letícia Kirch – UFMT

jhessicakirch@hotmail.com

Tereza Christina Mertens Aguiar Veloso – UFMT

tecmav@terra.com.br

Eixo 5: Acesso e permanência na expansão da educação superior Resumo: O texto tem por objetivo trazer uma análise descritiva do perfil do concluintes dos cursos de graduação presencial em Mato Grosso, por meio dos microdados do questionário do estudante de dois ciclos completos do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE (2008 a 2010 e 2011 a 2013), disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Para isso foram considerados os percentuais de concluintes por turno, cor/raça, renda mensal familiar, tipo de escola em que o estudante concluiu o ensino médio (pública ou privada) e escolarização dos pais nas universidades públicas e as instituições privadas do estado. Constatou-se um aumento percentual do número de concluintes egressos de escola pública entre os ciclos, influenciado pelas políticas educacionais implementadas.

Palavras-chave: Educação superior; ENADE; Perfil socioeconômico.

INTRODUÇÃO

Na última década, a educação superior vem sofrendo constantes mudanças devido a implantação de políticas públicas de expansão e de democratização do acesso ao ensino superior no país. Para este estudo destacam-se o Programa Universidade Para Todos - PROUNI (2005) e o Programa de Apoio a Planos e Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI (2007). O PROUNI é um programa criado pelo Governo Federal que oferece bolsas de estudo integrais ou parciais em instituições privadas de ensino superior para estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou privada, na condição de bolsistas integrais (BRASIL, 2005). O programa REUNI foi instituído com o objetivo de criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, sendo uma de suas diretrizes o aumento de vagas de ingresso em instituições públicas federais, especialmente no período noturno (BRASIL, 2007).

Buscando identificar os possíveis efeitos dessas políticas, este estudo trás, por meio da análise dos microdados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE, os percentuais de concluintes por turno e cor/raça e renda mensal da família do estudante nas instituições de ensino superior públicas e privadas do estado de Mato Grosso. Além disso,

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e se pelo menos um dos pais do concluinte possui ensino superior completo. Para verificar se houve alteração do perfil dos concluintes, consideraremos dois ciclos completos de aplicação do ENADE, de 2008 a 2010 e de 2011 a 2013.

O ENADE EM MATO GROSSO

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES foi instituído pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004 e tem o objetivo assegurar o processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE é um instrumento complementar do SINAES, utilizado para a avaliação do desempenho dos estudantes dos cursos de graduação. (BRASIL, 1996).

O ENADE é operacionalizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Anísio Teixeira – INEP e, juntamente com o exame de avaliação, é disponibilizado, por meio eletrônico, um questionário socioeconômico, como instrumento para analisar o perfil dos estudantes, sendo que o preenchimento do mesmo é obrigatório e deve ser realizado no prazo de 30 dias que antecedem a realização do ENADE. O estudante que não responde ao questionário socioeconômico é considerado em situação irregular junto ao ENADE.

O exame é aplicado anualmente em cursos de graduação e é aplicado em concluintes selecionados por meio de técnicas amostrais. Os cursos avaliados são selecionados por meio de ciclos por área de conhecimento, que se repetem a cada três anos. Este estudo considera os dados do questionário socioeconômico preenchido pelos estudantes concluintes no estado de Mato Grosso dos cursos das áreas analisados em dois ciclos completos do ENADE, de 2008 a 2010 e de 2011 a 2013. No primeiro ciclo completo foram analisados os cursos das seguintes áreas:

2008 – Arquitetura e Urbanismo, Biologia, Ciências Sociais, Computação, Eletrotécnica, Engenharia Agrícola, Engenharia de Alimentos, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia Florestal, Engenharia Sanitária, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia, Química, Tecnologia em Alimentos, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Tecnologia em Automação Industrial e Tecnologia em Redes de Computadores.

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2009 – Administração, Biblioteconomia, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Direito, Música, Psicologia, Secretariado Executivo, Turismo, Tecnologia em Design de Moda, Tecnologia em Gastronomia, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Tecnologia em Gestão Financeira, Tecnologia em Marketing e Tecnologia em Processos Gerenciais.

2010 – Agronomia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Tecnologia em Agroindústria, Tecnologia em Agronegócio, Tecnologia em Gestão Hospitalar, Tecnologia em Gestão Ambiental, Tecnologia em Radiologia e Zootecnia. No segundo ciclo, correspondente aos anos de 2011 a 2013, os cursos analisados foram praticamente os mesmos do primeiro ciclo, com algumas alterações: em 2011 foram acrescentados cinco cursos: Educação Física, Música, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção e deixaram de ser analisados os cursos de Eletrotécnica, Engenharia Agrícola e Engenharia Sanitária. No ano de 2012, os cursos de Biblioteconomia, Comunicação Social, Música, Tecnologia em Design de Moda e Tecnologia em Gastronomia deixaram de ser observados, mas foram acrescentados os cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Tecnologia em Logística e Tecnologia em Gestão Comercial. É interessante notar que o curso de Música sofreu uma alteração relativa a área do curso entre os dois ciclos, uma vez que no primeiro ciclo foi analisado na segunda área de cursos e no segundo ciclo ele foi adicionado a primeira área. Para 2013, foi retirado apenas o curso de Tecnologia em Agroindústria.

Deve-se destacar que os cursos citados são apenas aqueles que foram analisados no estado de Mato Grosso, uma vez que em cada ciclo houveram cursos em que foram aplicados o ENADE, porém estes cursos não eram oferecidos em nenhuma Instituições de Ensino Superior (IES) no estado de Mato Grosso, sendo assim, não foram incluídos neste estudo.

O PERFIL DOS CONCLUINTES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM MATO GROSSO

Segundo as Sinopses da Educação Superior, o estado de Mato Grosso possuía, em 2008, 61 instituições de ensino superior (IES), sendo entre elas 3 públicas e 58 instituições

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(UFMT), a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). No ano de 2013, haviam novamente 61 IES, porém eram elas 57 instituições privadas e 4 instituições públicas, pois desde 2012 a União do Ensino Superior de Nova Mutum (UNINOVA) começa a ser caracterizada como uma instituição pública (BRASIL, 2013). Este estudo busca apontar, com base nas respostas do questionário socioeconômico, o perfil dos concluintes discriminando cada uma das instituições públicas e contrapondo-as com o perfil observado nas instituições privadas do estado.

Para a comparação por ciclos dos ENADE, é necessário que a prova tenha sido aplicada em todos os anos dos ciclos, porém isso não ocorreu nas instituições UNINOVA e IFMT, uma vez que a prova e, consequentemente, o questionário socioeconômico não foi aplicado no IFMT em 2009 e a UNINOVA passou a ser caracterizada pelo INEP como instituição pública apenas em 2012. Portanto, para esse tipo de comparação, utilizaremos apenas os dados das instituições privadas e das universidades federal e estadual públicas de Mato Grosso (UFMT e UNEMAT).

No primeiro ciclo analisado 33.062 discentes foram inscritos no ENADE, destes 13.143 eram concluintes e apenas 8.330 responderam ao questionário socioeconômico. No segundo ciclo foram inscritos 17.720 concluintes e 14.713 deles responderam ao questionário socioeconômico. Em números percentuais, temos que no primeiro ciclo 63,38% dos concluintes responderam ao questionário e no segundo ciclo esse percentual subiu para 83,03%. Isto se deve ao fato de que nos anos de 2008 até 2010 o preenchimento do questionário socioeconômico do ENADE era de participação voluntária, segundo o manual dos estudantes desses anos. O questionário era enviado para o endereço do concluinte por meio de correspondência postal juntamente com o Cartão de Informação do Estudante, devendo o gabarito do questionário ser entregue no local da prova. A partir de 2011 o questionário socioeconômico passou a ter caráter obrigatório e a ser preenchido eletronicamente, com isso o concluinte só poderia ter acesso ao Cartão de Informação do Estudante que continha o local de prova após o preenchimento do questionário. Neste estudo são considerados apenas os percentuais dos que responderam ao questionário socioeconômico.

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O TURNO DOS CONCLUINTES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM MATO GROSSO

O programa REUNI tem, como uma de suas diretrizes, a redução das taxas de evasão, ocupação de vagas ociosas e aumento de vagas de ingresso, especialmente no período noturno (BRASIL, 2007), assim, analisando os dados do ENADE por turno, é possível observar se houve ou não um impacto relativo ao turno do curso de graduação no estado. Deve-se atentar ao fato de que o este estudo contempla apenas os concluintes, portanto os discentes que ingressaram na educação superior após a implementação do REUNI estão incluídos no segundo ciclo analisado do ENADE.

Para a declaração do turno do curso, foram considerados como noturno, apenas os cursos que eram inteiramente ministrados no período noturno, os cursos que eram ministrados no período matutino ou vespertino foram caracterizados como diurno e aqueles que eram ministrados em dois ou três períodos (matutino, vespertino e noturno) foram considerados como integral.

A Figura 1 mostra um aumento da distribuição percentual dos concluintes dos cursos noturnos, passando de 56,97% no primeiro ciclo para 61,76% no segundo. Os concluintes de cursos que eram diurnos foram de 15,37 para 13,30% e os integrais de 27,66 para 24,94% entre os ciclos, porém, essa distribuição não é análoga na UFMT, UNEMAT e nas instituições privadas. Como pode ser observado pela Figura 2, as instituições privadas são aquelas que retém o maior percentual dos concluintes em cursos noturnos, onde 74,5% dos seus concluintes eram do noturno no primeiro ciclo do ENADE e 81,32% no segundo ciclo, apresentando também 14% dos seus concluintes no período diurno em ambos os ciclos e, para os cursos integrais, o percentual era de 10,68% no primeiro ciclo e 3,97% no segundo.

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FIGURA 1 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CONCLUINTES POR TURNO EM MATO GROSSO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

Nas universidades federal e estadual de Mato Grosso, o percentual de concluintes por turno se dá de maneira desigual entre as IES, uma vez que a UNEMAT tem uma distribuição dos concluintes por turnos equilibrada, principalmente no segundo ciclo, onde possuía 39,29% dos concluintes no período noturno, 33,03% do diurno e 27,68% no integral. Ainda pela Figura 2, podemos observar a diferença dissonante entre os concluintes por turno da universidade federal do estado (UFMT), tendo a mesma 81,95% dos seus concluintes que cursaram sua graduação no período integral no primeiro ciclo e, no segundo ciclo, este percentual passa a ser de 93,13%, também sendo possível observar uma diminuição dos concluintes dos cursos noturnos, passando de 7,14 para 0,13% entre os ciclos.

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FIGURA 2 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CONCLUINTES POR TURNO NA UFMT, UNEMAT E NAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE MATO GROSSO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

É necessário destacar novamente que os dados analisados são de concluintes dos cursos/áreas que foram analisadas pelo ENADE, porém, segundo os microdados do Censo da Educação Superior do INEP, o percentual de vagas oferecidas na UFMT para o período noturno era de 21,61%, somando-se os anos correspondentes ao segundo ciclo (2011, 2012 e 2013), desta forma torna-se necessário estudos específicos para identificar a causa dessa diferença percentual entre as vagas oferecidas para os cursos noturnos (21,61%) e os concluintes do mesmo período (0,13%) no segundo ciclo na UFMT.

Na Universidade Federal de Mato Grosso, podemos explicar o baixo percentual de concluintes do turno noturno pelo número de cursos noturnos analisados, uma vez que no primeiro ciclo, os únicos cursos noturnos na UFMT foram Biblioteconomia, Ciências Contábeis, Ciências Sociais, Direito, Geografia e História e no segundo ciclo foram Jornalismo e Licenciatura em Biologia, Física, Letras, Matemática e Química. Ainda assim, o total de concluintes que responderam ao questionário socioeconômico do turno noturno foram apenas 125 no primeiro ciclo e 25 no segundo ciclo.

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A COR/RAÇA DOS CONCLUINTES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM MATO GROSSO

O ENADE não adota as mesmas categorias de “cor ou raça” utilizadas pelo IBGE, são elas: branca, preta, parda, amarela e indígena. No questionário socioeconômico do ENADE, a pergunta destinada a essa finalidade foi em todos os anos: “Como você se considera?”, seguido das alternativas: branco(a), negro(a), pardo/mulato(a), amarelo(a) (de origem oriental) e indígena ou de origem indígena. Segundo Osorio (2003), os negros constituem na agregação de pessoas pretas e pardas. Sendo assim, esta classificação de cor ou raça pode levar a ambiguidades de respostas, porém, tendo em vista que não existe um documento oficial do ENADE justificando essa classificação, optou-se por manter as categorias predefinidas no questionário.

FIGURA 3 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CONCLUINTES POR COR/RAÇA EM MATO GROSSO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

A Figura 3 nos mostra que o percentual de concluintes que se autodeclararam brancos diminuiu de um ciclo para o outro, indo de 51,76% para 48,69% entre os ciclos estudados e os pardos/mulatos foram os que tiveram a maior diferença percentual, pois no primeiro ciclo eram 34,37% dos concluintes e no segundo, 38,18%. Os que se autodeclararam negros foram de 10,05% para 10,44% e para amarelos foi de 2,00 para 1,99%.

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Os indígenas tiveram uma diminuição percentual entre os ciclos, de 1,04 para 0,60%, porém é importante mencionar que o número de indígenas não diminui, mas sim perdeu representatividade percentual pois não cresceu na mesma proporção que os brancos, negros e pardos/mulatos. Já a subnotificação de cor/raça (aqueles que não declararam sua cor/raça) veio sim a diminuir, de 65 para 14 concluintes entre ciclos (de 0,78 para 0,10%).

A diminuição percentual do número de concluintes autodeclarados brancos de primeiro para o segundo ciclo do ENADE pode ser explicada como resultado das políticas públicas implementadas na educação superior na última década, porém quando analisamos separadamente as instituições privadas e públicas, vemos pela Figura 4 que a maior diferença percentual foi observada na UNEMAT, passando de 52,68% de autodeclarados brancos no primeiro ciclo para 45,91% no segundo ciclo. Na UFMT o percentual de autodeclarados brancos passou de 52,43 para 50,19% entre os ciclos analisados, sendo assim, teve uma diferença percentual menor que a observada nas instituições privadas (de 51,44 para 48,64%).

FIGURA 4 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CONCLUINTES AUTODECLARADOS BRANCOS E NÃO BRANCOS NA UFMT, UNEMAT A NAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE MATO GROSSO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

Segundo o Censo Demográfico do IBGE de 2010, 37,17% da população do estado de Mato Grosso se autodeclarados brancos, 62,79% autodeclarados não brancos (pretos,

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acentuada nos percentuais, mesmo quando comparamos diretamente com os dados dos concluintes do ENADE de 2010, no quais 57,10% se autodeclararam brancos, sendo este o maior percentual da categoria entre os anos estudados. Deve-se atentar ao fato de que não é correto fazer uma comparação direta entre o Censo Demográfico e os microdados do ENADE, pois este último é feito por meio de amostras população específica: os concluintes de graduação em Mato Grosso, mas pode-se questionar a diferença gritante entre os percentuais de concluintes de graduação em 2010 que se autodeclararam brancos e o percentual destes na população do estado.

Os cursos com maior percentual de concluintes autodeclarados brancos em Mato Grosso no primeiro ciclo foram Medicina Veterinária e Psicologia, ambos com um percentual de 71,11 e no segundo ciclo foi o curso de Bacharelado em Química (78,95%). O curso de Medicina Veterinária, que apresentou um percentual de 71,11% dos concluintes autodeclarados brancos no primeiro ciclo, caiu para 65,48% no segundo ciclo, tendo assim uma diminuição percentual de aproximadamente 5% entre os ciclos. O curso de Psicologia, que também foi observado entre aqueles com maior percentual de concluintes autodeclarados brancos no primeiro ciclo, apresentou também um percentual inferior no segundo ciclo, sendo estes de 55,93%. Entretanto, o curso com o maior percentual de autodeclarados brancos no segundo ciclo, teve um percentual maior do que qualquer outro curso do segundo ciclo, isto é, o curso de bacharelado em Química apresentou um percentual de 78,95% de autodeclarados brancos no segundo ciclo, enquanto este percentual foi de 43,75% no primeiro ciclo, o que representa uma taxa de crescimento de cerca de 80% entre os ciclos.

O percentual de concluintes autodeclarados brancos foi, em média, maior no primeiro ciclo. A média destes concluintes foi de 49,52% no primeiro ciclo e de 47,63% no segundo ciclo, com um desvio padrão de cerca de 12% no primeiro ciclo e 14% no segundo ciclo, ou seja, apesar de apresentar uma média menor de autodeclarados brancos no segundo turno, a diferença entre os cursos foi maior quando comparada ao primeiro ciclo. Ainda assim, a diminuição da média é um bom indicativo de uma maior igualdade racial dos cursos mesmo não sendo ainda em um valor ideal que represente o percentual de cor/raça da sociedade.

A RENDA TOTAL FAMILIAR DOS CONCLUINTES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM MATO GROSSO

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A renda total familiar do estudante é dividida no questionário socioeconômico aplicado pelo ENADE em categorias de número de salários mínimos, porém algumas destas categorias foram alteradas durante os anos, podendo ser retiradas, inseridas ou ainda mesclada com outras categorias. Neste estudo foram consideradas cinco categorias: até 3 salários mínimos (SM), de 3 a 10 SM, de 10 a 30 SM, mais de 30 SM e a categoria “Não informado”, que inclui aqueles que não responderam ou que informaram não ter nenhuma renda familiar (categoria que foi utilizada pelo ENADE em alguns dos questionários socioeconômicos). Pela Figura 5 é possível observar uma diferença percentual pequena nas categorias de renda entre os ciclos, entretanto nota-se que essa diferença foi de um aumento percentual nas categorias de até 3 salários mínimos (33,69 para 38,60%) e de 3 a 10 SM (47,18 para 49,71% entre os ciclos) e de uma diminuição percentual nas categorias de 10 a 30 SM (de 12,48 para 8,21%) e mais de 30 salários mínimos (2,70 para 1,80% entre os ciclos).

FIGURA 5 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CONCLUINTES POR RENDA FAMILIAR EM MATO GROSSO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

A Universidade Federal de Mato Grosso e as instituições privadas se comportaram de forma semelhante ao total do estado, isto é, houve um crescimento percentual nas categorias de Até 3 SM e de 3 a 10 SM e uma diminuição percentual nas categorias de 10 a 30 e de Mais de 30 SM, como pode ser observado pela Figura 6. De forma distinta, a UNEMAT apresentou

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deve-se destacar que em números absolutos, a quantidade de concluintes que declararam ter uma renda familiar de Até 3 SM aumentou de 515 para 924 discentes.

FIGURA 6 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CONCLUINTES POR RENDA FAMILIAR NA UFMT, UNEMAT E NAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE MATO GROSSO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

No estado de Mato Grosso, o curso de graduação com maior percentual de concluintes com renda familiar de Mais de 30 salários mínimos em ambos os ciclos foi Medicina, sendo este de 18,49% no primeiro ciclo e de 25,64% no segundo ciclo, isto é, apresentou um crescimento percentual de cerca de 7% entre os ciclos analisados nesse estudo. Os cursos de Tecnologia em Design de Moda (18,18%), Tecnologia em Gastronomia (13,16%) foram os outros cursos com maior percentual com renda de Mais de 30 SM no primeiro ciclo e os cursos de Arquitetura e Urbanismo (25,64%) e Engenharia Civil (9,20%) no segundo ciclo. Apesar disso, a média dos percentuais de concluintes com renda de Mais de 30 SM caiu de 2,86 para 1,55% entre os ciclos, isto devido ao fato de que houveram 19 cursos no primeiro ciclo que não possuía nenhum concluinte com renda de Mais de 30 SM e 28 cursos no segundo ciclo.

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O TIPO DE ENSINO MÉDIO CURSADO PELOS CONCLUINTES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM MATO GROSSO

Segundo Silva, Luz e Nogueira (2013), o PROUNI é destinado a concessão bolsas parciais ou integrais de estudos em instituições privadas para estudantes egressos do ensino médio público ou privado (na condição de bolsista) considerando a renda e a cor/raça do estudante. De forma semelhante, a Lei nº 12.711 de 29 de agosto de 2012 (Lei de Cotas) decreta que as instituições federais de educação superior reservarão em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 50% de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Desta forma, espera-se que se manifeste um aumento no percentual do número de concluintes que cursaram todo o ensino médio em escola pública.

FIGURA 7 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CONCLUINTES POR TIPO DE ENSINO MÉDIO EM MATO GROSSO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

No estado de Mato Grosso, o percentual de concluintes que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas foi de 60,77% no primeiro ciclo para 69,20% no segundo ciclo, apresentando assim um aumento de quase 8,50%, como pode ser observado pela Figura 7. Entre os estudantes que cursaram todo em ensino médio em escola particular e entre aqueles que estudaram em ambos tipos de ensino médio, observou-se uma diminuição

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Nas instituições privadas, o percentual de concluintes egressos de escola pública foi, entre os ciclos, de 61,73% para 70,57% e na UFMT este percentual foi de 49,06 para 56,03% (Figura 8). Deve-se observar que o percentual de concluintes que cursaram todo o ensino médio em escola particular foi, nos dois ciclos, maior na UFMT quando comparada com as instituições privadas de ensino superior. Na UNEMAT, o percentual de concluintes que cursaram todo o ensino médio em escola pública era de 74,90% no primeiro ciclo e, no segundo ciclo, a UNEMAT apresentou o maior percentual observado, uma vez que 80,43% dos seus concluintes eram egressos da escola pública e apenas 9,30% de escola particular.

FIGURA 8 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CONCLUINTES POR TIPO DE ENSINO MÉDIO NA UFMT, UNEMAT E NAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE MATO GROSSO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

O curso de Medicina foi, em ambos os ciclos, o curso com maior percentual de concluintes egressos do ensino médio em escola privada em Mato Grosso (84,87% no primeiro ciclo e 84,62% no segundo). O segundo curso com maior percentual de egressos de escola privada foi Engenharia Civil/Engenharia Sanitária¹ (70,59% no primeiro ciclo e 60,92% no segundo ciclo). Para os concluintes egressos de escola pública, os cursos de Biblioteconomia (100,00%), Tecnologia em Automação Industrial e Tecnologia em Agronegócios (ambos com 88,89%) apresentaram o maior percentual no primeiro ciclo, e no segundo ciclo foram os cursos de Tecnologia em Gestão Hospitalar (100,00%) Tecnologia em

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O GRAU DE ESCOLARIDADE DOS PAIS DOS CONCLUINTES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM MATO GROSSO

Segundo Ferreira e Veloso (2003), o nível de escolaridade dos brasileiros apresenta um grau elevado de persistência entre as gerações, ou seja, indivíduos com pais menos escolarizados têm um nível médio de escolaridade inferior ao de indivíduos com pais mais escolarizados. O estudo de Ferreira e Veloso foi feito com base nos dados de 1996 da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística).

A escolaridade dos pais do concluinte é mensurada pelo questionário socioeconômico do estudante através das perguntas: “Até que etapa de escolarização seu pai concluiu?” e “Até que etapa de escolarização sua mãe concluiu?”. Para este estudo consideramos os pais e/ou mães que concluíram o ensino superior ou a pós-graduação. Não foi feita distinção dos casos onde apenas um dos pais concluíram esses níveis de ensino e os casos onde ambos concluíram.

Com base na Figura 9, podemos identificar que no estado de Mato Grosso o percentual de concluintes que o pai e/ou mãe concluíram o ensino superior ou a pós-graduação foi de 29,98% no primeiro ciclo e de 28,04% no segundo ciclo, ou seja, o percentual de persistência entre as gerações é quase 30% em ambos os ciclos e, em números absolutos, estes concluintes passaram de 2497 para 4125 entre os ciclos, entretanto, o número de concluintes que os pais não chegaram a educação superior quase dobrou entre os ciclos, indo de 5790 para 10554, representando, em números percentuais,

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¹ Nos microdados do ENADE, os cursos de Engenharia são dispostos em grupos cursos da área. No caso acima, os dados se referem a Engenharia Grupo I, ao qual pertencem os cursos de Engenharia Civil e Engenharia Sanitária.

cerca de 70% dos concluintes. Isto pode ser explicado como reflexo das políticas de inclusão na educação superior já mencionadas neste estudo.

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FIGURA 9 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PAIS DOS CONCLUINTES DE MATO GROSSO QUE POSSUEM PELO MENOS O ENSINO SUPERIOR COMPLETO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

A UFMT é a instituições que apresentou o maior percentual de persistência do grau de escolaridade entre as gerações, apesar disso, este percentual diminuiu entre os ciclos (42,20 para 39,48%). O UNEMAT foi a instituição de ensino superior de Mato Grosso que apresentou o maior percentual de concluintes que os pais que concluíram apenas até o ensino médio, indo de 77,23 para 79,11% entre os ciclos. Nas instituições privadas, este percentual foi de 71,85 no primeiro ciclo e de 73,53% no segundo ciclo.

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FIGURA 10 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PAIS DOS CONCLUINTES DA UFMT, UNEMAT E DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE MATO GROSSO QUE POSSUEM PELO MENOS O ENSINO SUPERIOR COMPLETO (1º E 2º CICLOS DO ENADE)

FONTE: Elaborado pela autora.

Os cursos com maior percentual de pais de concluintes que possuem pelo menos o ensino superior completo em Mato Grosso foram, no primeiro ciclo, Fonoaudiologia (83,33%), Medicina (79,83%), Engenharia Civil/Engenharia Sanitária (79,41%), Medicina Veterinária (70,00%) e Nutrição (64,18%). No segundo turno foram os cursos de Medicina (78,85%), Engenharia Grupo III² (70,83%), Arquitetura e Urbanismo (67,31%), Engenharia Civil/Engenharia Sanitária (60,92%) e Medicina Veterinária (59,52%). Para os cursos em quais os pais dos concluintes não possuem ensino superior completo, os maiores percentuais no primeiro ciclo foram História (92,52%), Biblioteconomia (90,00%), Pedagogia (89,23%) e Física (88,71%) e no segundo ciclo foram Tecnologia em Gestão Hospitalar (100,00%), Tecnologia em Agronegócio (89,06%), Licenciatura em Pedagogia (88,99%) e Licenciatura em Letras (87,69%).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados e análises contidas nessa pesquisa auxiliaram na identificação do perfil socioeconômico dos concluintes da educação superior no estado de Mato Grosso em dois ciclos completos do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE, entre os anos de 2008 a 2010 e 2011 a 2013.

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Verificou-se que, no estado de Mato Grosso, o percentual de renda familiar dos concluintes e a autodeclaração de cor/raça não apresentaram diferenças significativas entre os ciclos, assim como o percentual do grau de escolaridade entre as gerações. Constatou-se ainda um aumento percentual de 8,5% do número de concluintes egressos de escola pública entre os ciclos, de 60,77% no primeiro ciclo para 69,20% no segundo ciclo.

Entre as instituições de ensino superior analisadas, a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) foi a que apresentou o menor grau de persistência de escolaridade entre as gerações, apresentando ainda o maior percentual entre as instituições de concluintes que os pais que não possuíam o ensino superior completo, indo de 77,23 para 79,11% entre os ciclos. A UNEMAT apresentou também o maior percentual de concluintes egressos de escola pública, que era de 74,90% no primeiro ciclo e de 80,43% no segundo ciclo.

Entre os cursos de graduação, observou-se uma que o curso de Medicina foi aquele com maior percentual de concluintes com renda familiar de Mais de 30 salários mínimos em ambos os ciclos, sendo também, em ambos os ciclos, o curso com maior percentual de concluintes egressos do ensino médio em escola privada em Mato Grosso.

Conclusivamente, destaca-se a importância do questionário socioeconômico da ENADE para entender os impactos reais das políticas públicas na educação superior, permitindo observar o impacto dessas políticas nos concluintes de graduação, uma vez que a expansão da educação superior não é mensurada apenas pelo ingresso, mas também pela permanência e conclusão.

REFERÊNCIAS

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