Introdução
No Brasil as mulheres, não excluindo os homens dessa – que atualmente - são grandes adeptos das madeixas lisas, são grandes usuárias dos procedimentos de alisamento dos fios capilares. Mesmo com o crescimento da adoção dos cabelos naturais, a modalidade de alisamento popularmente conhecida como progressivas são uma das queridinhas nacionais.
Os motivos que levam as mulheres a realizar o procedimento são vários, desde insatisfação com ressecamento e pontas duplas, como para redução de volume ou facilidade para o cuidado no dia a dia. O problema são alguns riscos desnecess
Logo abaixo revelamos a história e os procedimentos utilizados na maioria das marcas disponíveis no mercado.
Histórico
O conhecido ditado “linda e lisa” nem sempre foi objetivo fácil de alcançar para nós brasileiras, em pesquisa recente foi divulgado que 70% das brasileiras possuem cabelos cacheado, e entre essas a cada cinco , duas possuem algum alisamento.
Nesse cenário as progressivas explodiram no subúrbio do Rio de Janeiro e se espalhando para o restante do Brasil, nessa iniciativa surgiam cabelos lisos e brilhantes por três meses.
As moças entravam nos salões encaracoladas, cacheadas ou , quem sabe, com cabelos indefinidos e dali saiam completamente alisadas, com um indiscutível brilho e um aparentemente sedosos. Desse modo a moda dos antes e dos depois com diferenças gritantes apareciam para todos os lados. E todas desesperadas querendo descobrir qual era o milagre. Além das questões estéticas visíveis era claro que a facilidade em arrumar os cabelos no dia-dia era um dos benefícios mais procurados.
E nessa busca por beleza, deixavam de se fazer a pergunta essencial e vai além da beleza. Qual o real custo daqueles alisamentos milagrosos.
Do milagre ao descaso com a saúde
Depois da febre descrita acima, foi então que, ainda sob a euforia da descoberta de uma técnica tão poderosa para alisar os cabelos, aos poucos surgiram as notícias acerca dos males causados pela progressiva em decorrência da aplicação do seu principal produto – o formol.
Na grande mídia, casos graves acabaram sendo divulgados e com certa frequência. As reportagens apresentavam os depoimentos de mulheres cujos cabelos caíram, que se intoxicaram ao respirar os vapores liberados pela substância, ou com o couro cabeludo queimado. Matérias especiais foram elaboradas por jornais e revistas eletrônicas no propósito de esclarecer a população interessada, sem contar todos os outros meios de comunicação por intermédio dos quais os alertas se propagaram, chegando a ser publicada a resolução que proíbe a comercialização do formol em estabelecimentos como drogarias, farmácias, supermercados, empórios, lojas de conveniências e drugstores.
É importante ressaltar que de acordo com a Agência de Vigilância Sanitária
(ANVISA), a quantidade de formol que pode ser aplicada em cosméticos – xampus e condicionadores, por exemplo – é de 0,2%. Porém, nesta porcentagem permitida, a utilização do formol não é capaz de obter como resultado o alisamento das madeixas.
Com a proibição do formol, o mercado investe em fórmulas alisantes livres dele. É o caso do alisamento light, dos redutores de volume, realinhamento térmico e escovas definitivas. Entretanto, a Anvisa está sempre atenta. Após surgir como um dos substitutos do formol, o ácido glioxílico foi proibido em 2014. O motivo? Ao esquentá-lo com a prancha, ele libera formaldeído! Os cabeleireiros precisam ficar atentos para usar ativos registrados e aprovados pela Anvisa. Hoje, as substâncias permitidas são: tioglicolato de amônio, carbonato de guanidina, hidróxido de guanidina, de sódio, potássio, lítio e cálcio.
Como funciona a progressiva na estrutura capilar
A atuação da progressiva no cabelo: entenda melhor a quebra das cadeias e das fibras internas dos fios, a principal substância encontrada no cabelo é a queratina, proteína responsável pelo seu crescimento e vitalidade. Tecnicamente falando (embora de modo muito sucinto), a proteína é formada por aminoácidos. Estes, em suma, são os grandes
responsáveis pela solidez e insolubilidade da queratina – que, por sua vez, mantém a sua estrutura modelada e fixa por meio de determinadas ligações químicas, dentre as quais as consideradas mais fortes são aquelas que se dão pelos átomos de enxofre ou dissulfeto.
O que acontece em relação à progressiva e que, para modificar a forma das madeixas (de encaracoladas/cacheadas para lisas), é necessário que um certo número de ligações de dissulfeto seja alterado.
Em contato com o alisante, as cutículas do cabelo se abrem, e o formol forma uma espécie de “filme endurecedor” ao longo dos fios, impermeabilizando-os e mantendo-os rígidos e lisos.
Porém, uma vez que as ligações de enxofre são rompidas, o cabelo se debilita, podendo quebrar em decorrência de atos simples que, para ele, tornam-se “traumáticos”, como, por exemplo, o próprio fato de penteá-lo.
Não existe uma fórmula para se desfazer a ação da progressiva: o que existem são maneiras de melhorar a aparência dos fios, por meio de tratamentos eficazes. Fonte: UOL
1- A escova progressiva economiza mesmo tempo em frente ao espelho?
A progressiva é um redutor de volumes, então em muitos casos ela consegue reduzir consideravelmente o tempo em frente ao espelho. Contudo, alguns cuidados devem ser tomados como secar os fios com secador sempre que possível, hidratar os cabelos com frequência, evitar prender nos primeiros dias para que não fique marcado. Seguir essas dicas podem fazer o seu resultado ser muito mais duradouro.
2- O procedimento é indicado para qualquer tipo de cabelo? Não. Em alguns casos existem outros procedimentos que
podem atingir um resultado melhor do que o esperado. Cada caso é um caso e não é possível obter esse tipo de informação via internet. É válido uma visita ao salão de sua preferência. 3- Cabelos danificados podem fazer progressiva?
É muito importante procurar um profissional e verificar se os fios aguentam os
procedimentos ou se é necessário trata-los de outras formas antes de realizar esse tipo de procedimento. Agredir com qualquer tipo de química os fios pode ocasionar a quebra ou queda parcial/total dos cabelos.
4- As mulheres que já têm algum tipo de química no cabelo podem fazer a progressiva?
Depende da química. É necessário procurar um salão e o profissional poderá realizar algum teste capilar e indicar a melhor solução. Se souber todos os procedimentos realizados recentemente, é muito importante passar essas informações ao seu cabeleireiro.
5- Cabelos sem química não se beneficiam tanto quanto os tingidos da progressiva? O efeito da progressiva pode ter efeito diferente do esperado em cabelos que nunca tiverem nenhum procedimento químico realizado anteriormente. É necessário conversar com um profissional qualificado na área para que ele veja se é a melhor solução e fazer os devidos testes se possível. 6- Segundo a ANVISA, quais os limites permitidos para utilização do formol? Quais os riscos na sua utilização?
O limite máximo permitido nas fórmulas dos produtos é de 0,2 %. Segundo alguns relatos e estudos, o uso excessivo pode causar falta de ar, queimaduras no couro cabeludo, quebras e quedas de cabelo além de fortes reações alérgicas. Por se tratar de um procedimento químico, é muito importante que seja realizar o procedimento num salão.
8- O formol tem substitutos? Eles prejudicam o cabelo de alguma forma? Tioglicolato de Amônio e a Etalonamina. Ambos não prejudicam o cabelo como o formol. O cabelo é regido por um pH, quando ele está ácido as escamas ficam fechadas e quando ele está alcalino as escamas ficam abertas. No procedimento da progressiva, utilizamos um shampoo anti-resíduos é utilizado para abrir as escamas capilares, retirar os sais minerais e deixar o formol atuar, quebrando as cadeias e fibras internas dos fios e diminuindo o volume do cabelo. No entanto, as duas substâncias substitutas do formol não danificam o cabelo.
9- Se realizada da maneira correta, a progressiva hidrata e dá brilho aos fios? A escova progressiva sela os fios do cabelo. Num primeiro momento, esse efeito poderá ser notado, mas é importante verificar procedimentos para hidratação capilar, pois após a primeira lavagem os fios poderão dar sinais de ressecamento.
10- Quem tem algum tipo de alongamento pode fazer a progressiva? O ideal quando se vai fazer algum tipo de alongamento ou
extensão capilar como Mega Hair é encontrar um cabelo mais próximo possível do seu. No cabelo antes da colocação de qualquer tipo de extensão é mais recomendável que no novo cabelo. É sempre importante conversar com seu profissional e analisar sua opinião.
11- Fica bom alisar apenas uma parte do cabelo, como a franja?
Pode funcionar, mesmo não sendo muito recomendado esse tipo de procedimento, uma vez que pode parecer um efeito artificial e destoante do restante do cabelo. É
imprescindível conversar com o seu profissional antes da escolha desse tipo de procedimento, muitas vezes ele pode encontrar alguma solução com resultado mais efetivo.
12- Como fazer para o resultado da progressiva ficar mais natural e não tão escorrido?
Não é possível precisar o resultado da progressiva. O mesmo produto pode ter resultado e duração diferente em cada cabelo. É muito importante lembrar que quanto mais vezes lavado, menor será a duração pois com as lavagens se perde muito do produto.
13- Existem no mercado diversas opções de escova progressiva: de flores, mel, chocolate, leite, marroquina... Qual a principal diferença entre elas?
As diferenças vão desde cheiro a percentual de alisante. Em geral cada profissional e salão é habituado com um determinado produto e irá instruir sobre a melhor maneira para cuidar dos fios posteriormente.
14- Como para fazer a progressiva durar mais?
Uma das principais dicas para fazer a progressiva durar mais é evitar prender os cabelos para não deixa-los marcado. O profissional também irá passar orientações sobre
hidratações para que os fios permaneçam hidratados. É muito importante seguir as orientações para que o efeito dure por muito mais tempo.
15- Com qual frequência devo fazer a progressiva? Atualmente o procedimento é realizado sem a utilização do formal. O esperado é que não seja realizado outro
procedimento sem o intervalo mínimo de 2 meses. Caso tenha alguma dúvida ou seja necessário de uma forma pontual realizar o procedimento antes disso, verifique com seu profissional a possibilidade e os riscos.
