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Ministério da Educação. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

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Ministério da Educação

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Sertãozinho Junho/2017

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PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Michel Miguel Elias Temer Lulia

MINISTRO DA EDUCAÇÃO

José Mendonça Bezerra Filho

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

Eline Neves Braga Nascimento

REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

Eduardo Antonio Modena

PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E INFORMAÇÃO

Whisner Fraga Mamede

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO

Paulo Fernandes Júnior

PRÓ-REITOR DE ENSINO

Reginaldo Vitor Pereira

PRÓ-REITORA DE PESQUISA, INOVAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

Elaine Inácio Bueno

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO

Wilson de Andrade Matos

DIRETOR-GERAL DO CÂMPUS

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RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO CURSO

Profª Esp. Andréa dos Santos Lopes Prof Me. Altamiro Xavier de Souza Profª Esp. Bruna Gomes Delanhese Profª Dra. Juliana Cristina Perlotti Piunti Prof. Dr. Márcio José dos Reis

Profª Me. Patricia Horta

Colaborador:

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SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO... 8 1.1.IDENTIFICAÇÃO DO CÂMPUS ... 9 1.2.MISSÃO ... 10 1.3.CARACTERIZAÇÃO EDUCACIONAL ... 10 1.4.HISTÓRICO INSTITUCIONAL ... 10

1.5.HISTÓRICO DO CÂMPUS E SUA CARACTERIZAÇÃO ... 12

2. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO ... 15

3. OBJETIVOS DO CURSO ... 17

3.1.OBJETIVO GERAL ... 17

3.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 17

4. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ... 18

4.1.HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO LICENCIADO ... 18

5. FORMAS DE ACESSO AO CURSO ... 19

6. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA ... 20

6.1FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: COMUM A TODOS OS CURSOS SUPERIORES ... 20

6.2.LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL ... 21

6.3.LEGISLAÇÃO PARA OS CURSOS DE LICENCIATURA ... 22

6.4.LEGISLAÇÃO PARA O PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA ... 23

7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ... 23

7.1.IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ... 26

7.2.REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL DE FORMAÇÃO ... 27

7.3.ESTRUTURA CURRICULAR ... 28

7.4PRÁTICAS ... 29

7.5.INICIAÇÃO À DOCÊNCIA ... 29

7.6.PRÉ-REQUISITOS ... 30

7.7.EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA ... 30

7.8.EDUCAÇÃO AMBIENTAL ... 32

7.9.DISCIPLINA DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS ... 32

7.10.PLANOS DE ENSINO ... 33

8. METODOLOGIA ... 61

9. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ... 61

10. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ... 64

11. ATIVIDADES TEÓRICO-PRÁTICAS ... 68

12. ATIVIDADES DE PESQUISA ... 72

13. ATIVIDADES DE EXTENSÃO ... 72

14. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ... 73

14.1.CRITÉRIOS DE EXTRAORDINÁRIO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ... 74

15. APOIO AO DISCENTE ... 74

16. AÇÕES INCLUSIVAS ... 77

17. AVALIAÇÃO DO CURSO ... 77

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18.1.NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ... 78

18.2.COORDENADOR DE CURSO ... 79

18.3.COLEGIADO DE CURSO ... 80

18.4.CORPO DOCENTE... 81

18.5.CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO /PEDAGÓGICO ... 82

19. BIBLIOTECA ... 84

20. INFRAESTRUTURA FÍSICA ... 86

20.1.ACESSIBILIDADE ... 86

20.2.LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA ... 87

21. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 88

22. MODELOS DE CERTIFICADOS E DIPLOMAS ... 91

ANEXOS ... 92

ANEXO 1:FORMULÁRIO DE REGISTRO DAS ATIVIDADES TEÓRICO-PRÁTICAS... 92

ANEXO 2:TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO ... 93

ANEXO 3:CRONOGRAMA DE ESTÁGIO ... 96

ANEXO :FORMULÁRIO DE OBSERVAÇÃO ESTRUTURAL E DOCUMENTAL ... 97

ANEXO 6:FORMULÁRIO DE OBSERVAÇÃO DE AULAS ... 98

ANEXO 7:FORMULÁRIO DE REGÊNCIA ... 99

ANEXO 8:PORTARIA SRT.0117/2016-NDE DO CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA ... 100

ANEXO 9:PORTARIA SRT.0116/2016–COLEGIADO DO CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA ... 101

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1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo SIGLA: IFSP

CNPJ: 10882594/0001-65

NATUREZA JURÍDICA: Autarquia Federal

VINCULAÇÃO: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (SETEC)

ENDEREÇO: Rua Pedro Vicente, 625 – Canindé – São Paulo/Capital

CEP: 01109-010

TELEFONE: (11) 3775-4502 (Gabinete do Reitor) FACSÍMILE: (11) 3775-4501

PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://www.ifsp.edu.br ENDEREÇO ELETRÔNICO: gab@ifsp.edu.br

DADOS SIAFI: UG: 158154 GESTÃO: 26439

NORMA DE CRIAÇÃO: Lei nº 11.892 de 29/12/2008

NORMAS QUE ESTABELECERAM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ADOTADA NO PERÍODO: Lei Nº 11.892 de 29/12/2008

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9

1.1. Identificação do Câmpus

NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo- Câmpus Sertãozinho

SIGLA: IFSP - SRT

CNPJ: 39.006.291/0001-60

ENDEREÇO: Rua Américo Ambrósio, 269 – Jardim Canaã, Sertãozinho - SP

CEP: 14169-263

TELEFONES: (16) 39461170

PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: www.ifsp.edu.br ENDEREÇO ELETRÔNICO: http://srt.ifsp.edu.br

DADOS SIAFI: UG: 153026

GESTÃO: 15220

AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: Portaria Ministerial n. 127, de 29/01/2010

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1.2. Missão

Consolidar uma práxis educativa que contribua para a inserção social, a formação integradora e a produção do conhecimento.

1.3. Caracterização Educacional

A Educação Científica e Tecnológica ministrada pelo IFSP é entendida como um conjunto de ações que buscam articular os princípios e aplicações científicas dos conhecimentos tecnológicos à ciência, à técnica, à cultura e às atividades produtivas. Esse tipo de formação é imprescindível para o desenvolvimento social da nação, sem perder de vista os interesses das comunidades locais e suas inserções no mundo cada vez definido pelos conhecimentos tecnológicos, integrando o saber e o fazer por meio de uma reflexão crítica das atividades da sociedade atual, em que novos valores reestruturam o ser humano. Assim, a educação exercida no IFSP não está restrita a uma formação meramente profissional, mas contribui para a iniciação na ciência, nas tecnologias, nas artes e na promoção de instrumentos que levem à reflexão sobre o mundo, como consta no PDI institucional.

1.4. Histórico Institucional

O primeiro nome recebido pelo Instituto foi o de Escola de Aprendizes e Artífices de São Paulo. Criado em 1910, inseriu-se dentro das atividades do governo federal no estabelecimento da oferta do ensino primário, profissional e gratuito. Os primeiros cursos oferecidos foram os de tornearia, mecânica e eletricidade, além das oficinas de carpintaria e artes decorativas.

O ensino no Brasil passou por uma nova estruturação administrativa e funcional no ano de 1937 e o nome da Instituição foi alterado para Liceu Industrial de São Paulo, denominação que perdurou até 1942. Nesse ano, por meio de um Decreto-Lei, introduziu-se a Lei Orgânica do Ensino Industrial, refletindo a decisão governamental de realizar profundas alterações na organização do ensino técnico.

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11 A partir dessa reforma, o ensino técnico industrial passou a ser organizado como um sistema, passando a fazer parte dos cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação. Um Decreto posterior, o de nº 4.127, também de 1942, deu-se a criação da Escola Técnica de São Paulo, visando a oferta de cursos técnicos e de cursos pedagógicos.

Esse decreto, porém, condicionava o início do funcionamento da Escola Técnica de São Paulo à construção de novas instalações próprias, mantendo-a na situação de Escola Industrial de São Paulo enquanto não se concretizassem tais condições. Posteriormente, em 1946, a escola paulista recebeu autorização para implantar o Curso de Construção de Máquinas e Motores e o de Pontes e Estradas.

Por sua vez, a denominação Escola Técnica Federal surgiu logo no segundo ano do governo militar, em ação do Estado que abrangeu todas as escolas técnicas e instituições de nível superior do sistema federal. Os cursos técnicos de Eletrotécnica, de Eletrônica e Telecomunicações e de Processamento de Dados foram, então, implantados no período de 1965 a 1978, os quais se somaram aos de Edificações e Mecânica, já oferecidos.

Durante a primeira gestão eleita da instituição, após 23 anos de intervenção militar, houve o início da expansão das unidades descentralizadas – UNEDs, sendo as primeiras implantadas nos municípios de Cubatão e Sertãozinho.

Já no segundo mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso, a instituição tornou-se um Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), o que possibilitou o oferecimento de cursos de graduação. Assim, no período de 2000 a 2008, na Unidade de São Paulo, foi ofertada a formação de tecnólogos na área da Indústria e de Serviços, além de Licenciaturas e Engenharias.

O CEFET-SP transformou-se no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) em 29 de dezembro de 2008, por meio da Lei nº 11.892, sendo caracterizado como instituição de educação superior, básica e profissional.

Nesse percurso histórico, percebe-se que o IFSP, nas suas várias caracterizações (Escolas de Artífices, Liceu Industrial, Escola Industrial, Escola Técnica, Escola Técnica Federal e CEFET), assegurou a oferta de trabalhadores qualificados para o mercado, bem como se transformou numa escola integrada no nível técnico, valorizando o ensino superior e, ao mesmo tempo, oferecendo

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12 oportunidades para aqueles que não conseguiram acompanhar a escolaridade regular.

Além da oferta de cursos técnicos e superiores, o IFSP – que atualmente conta com 37 câmpus – contribui para o enriquecimento da cultura, do empreendedorismo e cooperativismo e para o desenvolvimento socioeconômico da região de influência de cada câmpus. Atua também na pesquisa aplicada destinada à elevação do potencial das atividades produtivas locais e na democratização do conhecimento à comunidade em todas as suas representações.

1.5. Histórico do Câmpus e sua caracterização

A história do Câmpus Sertãozinho, do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo, começou em 1996, por meio de um convênio de Cooperação Técnica envolvendo a Prefeitura de Sertãozinho, a Secretaria de Educação Média e Tecnológica e o então Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo. Com esse acordo, foi criada uma Unidade do Centro Federal de

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13 Educação Tecnológica de São Paulo na cidade, oferecendo cursos de qualificação profissional.

A partir de 1999, a Escola passou a oferecer o Curso Técnico em Mecânica. No modelo integrado, esse curso garantia o diploma Técnico em Mecânica e a conclusão do Ensino Médio, possibilitando a continuidade dos estudos em nível superior. Em paralelo, continuaram a ser oferecidos cursos de qualificação profissional, alguns deles realizados em parcerias com entidades não governamentais, como é o caso da Associação para Proteção dos Adolescentes Trabalhadores - ADOT.

No ano 2000, a Unidade passou a oferecer o curso Técnico em Automação Industrial, na modalidade concomitante ou subsequente, não sendo mais ofertado o Curso Técnico Integrado em Mecânica. Dadas as diretrizes legais vigentes na época, o Curso Técnico em Automação Industrial não oferecia a formação de nível médio, mas somente a formação técnica, e poderia ser cursado por aqueles que estivessem cursando o ensino médio em outra instituição ou que já possuíssem esse diploma.

De 1996 a 2002, não houve, por parte do MEC, uma definição clara acerca da forma de gestão de uma entidade que não apresentava uma conformação institucional definida. Esta situação impediu a estruturação da Escola, do ponto de vista de recursos materiais e humanos.

Em 2002, a alternativa apontada pelo MEC para a manutenção da Escola foi a apresentação de um Projeto PROEP, via segmento comunitário, e nesse contexto foi criada a Fundação para o Desenvolvimento Educacional e Cultural da Alta Mogiana - FUNDAM, cuja finalidade principal foi de manter o "Centro de Educação Tecnológica Professor Carlos Alberto Sarti", entidade na qual deveria ser transformada, segundo proposto no Projeto PROEP, a UNED - Sertãozinho do CEFET - SP. O Governo Federal cancelou o Projeto aprovado para a construção do "Centro de Educação Tecnológica Professor Carlos Alberto Sarti", por reconhecer a não necessidade de transformação da Unidade de Ensino Descentralizada de Sertãozinho, entendendo tratar-se, de fato, de uma Escola pertencente à rede federal de ensino.

Após a estruturação da escola, e com o apoio da Secretaria de Estado da Educação, por meio de convênio, a escola passou a oferecer, além do Técnico Industrial em Automação Industrial e outros cursos de qualificação profissional, o Curso Técnico em Gestão Empresarial e Qualificação Profissional de Nível Técnico para a formação de Soldadores, Caldeireiros e Mecânicos de Produção e de Manutenção.

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14 Nos anos 2003 e 2004, houve a oferta do Programa Especial de Formação Pedagógica, ministrado em convênio com a Associação de Pais e Mestres de Apoio Institucional ao CEFETSP-APM/CEFETSP. Esse programa destinava-se à formação de docentes para atuação no magistério da Educação Profissional, atendendo a demanda de profissionais da rede federal e estadual de educação profissionalizante.

Apenas no ano de 2004 a Escola passou a contar com professores do quadro do CEFETSP, num total de 15 docentes. Em 2005, foi reiniciado o Curso Técnico em Mecânica e em 2006 implementados os Cursos Técnicos Integrados na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, em Administração e Mecânica.

Em 2008, com a mudança e ampliação da sede da instituição, passam a ser oferecidos os Cursos de Tecnologia em Fabricação Mecânica e Tecnologia em Automação Industrial, em nível superior, bem como o Curso de Licenciatura em Química. O Curso Técnico em Automação Industrial é convertido em Curso Técnico Integrado em Automação Industrial, na modalidade Regular, e é criado o Curso Técnico Integrado em Química, também na modalidade regular.

A partir da lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, a UNED Sertãozinho passa a ser entendida como Câmpus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Em 2010, foi realizado o 1º pleito democrático, que elegeu o Prof. Lacyr João Sverzut como Diretor Geral. Ao longo da gestão deste dirigente, dentre as novidades, o câmpus recebeu o curso de Engenharia Mecânica.

No ano de 2015, como vem sendo realizado nos últimos anos, na edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o câmpus contou com mais de 40 atrações focadas principalmente nas áreas dos cursos oferecidos no Câmpus Sertãozinho. Na oportunidade, 1.100 alunos de escolas de Sertãozinho e região, além da comunidade interna e externa, visitaram a feira e os projetos apresentados.

A instituição encontra-se estruturada por meio de uma proposta inovadora de gestão: a parceria entre o poder público, federal e municipal, e a sociedade civil organizada, que tem apresentado resultados positivos do ponto de vista de sua solidificação junto ao município de Sertãozinho e região.

Atualmente, com vinte anos de história, inaugurou recentemente um novo bloco para salas de aula, laboratórios e salas de atendimento de professores; recebeu, ainda, a doação de um novo espaço do poder público municipal para a construção de um auditório para atender às suas atividades acadêmicas. A expansão permitiu a abertura de cinco novos cursos no Câmpus: dois técnicos na modalidade

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15 concomitante/subsequente – Técnico em Administração e Técnico em Eletrônica, duas graduações – Engenharia Elétrica e Licenciatura em Letras e um Mestrado Profissional – Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica.

2. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO

Justificativa

A ampla estrutura do IFSP, com reflexo em cada um dos seus câmpus, abriga uma diversidade grande de servidores, para as diferentes funções que devem ser desempenhadas no processo educacional, e também uma grande quantidade de professores, com diferentes formações e históricos profissionais.

Existem, no quadro do IFSP, professores de diversas disciplinas, principalmente do que é considerado o núcleo comum – Português, Inglês, Espanhol, Artes, Educação Física, Física, Química, Matemática, Biologia, História, Geografia, Sociologia e Filosofia – formados em cursos de Licenciatura Plena e que possuem pós-graduação, lato e stricto sensu, Mestrado e Doutorado, na área de Educação ou sobre o ensino de sua própria disciplina. Geralmente estes mesmos professores possuem uma história ligada à Educação Básica, com experiência no ensino de nível Fundamental e Médio em escolas da rede pública e particular de ensino.

Por outro lado, existem também no IFSP professores com trajetória profissional bastante distinta, mas que acabaram por encontrar a sala de aula como atividade principal ou secundária. Engenheiros, administradores ou bacharéis das diversas áreas, que possuem um histórico de atividade em indústrias, serviços ou comércio, e que atualmente fazem parte dos profissionais da educação.

Para um melhor desempenho de seus objetivos institucionais, é importante que o IFSP ofereça a todos os seus servidores a capacitação que lhes falta para a completa adaptação à realidade própria de uma instituição cuja finalidade é a formação técnica e tecnológica, de cidadãos críticos e conscientes de sua participação no mundo e na sociedade, em diferentes níveis de ensino.

Em relação aos profissionais oriundos do mercado de trabalho industrial ou comercial, mesmo que com experiência em sala de aula, muitas vezes lhes faltam as discussões próprias da pedagogia. O desenvolvimento de conhecimentos, competências e habilidades relacionados à história, sociologia e filosofia da educação,

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16 bem com uma compreensão mais ampla sobre a estruturação da educação nacional e sobre as políticas públicas adotadas para a área de educação pode servir para aprimorar a atuação docente e a participação no processo educacional como um todo. Um professor consciente da complexidade de seu trabalho, enquanto mediador de conhecimentos e formador de cidadãos preparados para enfrentar o mercado de trabalho e outros aspectos da vida adulta, pode contribuir de forma mais eficaz para a transformação da sociedade.

Demanda

Os cursos oferecidos pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo, câmpus Sertãozinho, concentram-se nas áreas tecnológicas de Mecânica, Automação Industrial, Química e Administração, nos níveis médio e superior. Em todas estas áreas existem diversas disciplinas bastante específicas, que exigem um docente habilitado em curso para o qual as Universidades tradicionalmente oferecem apenas o bacharelado, tais como Engenharia, Direito ou Administração.

Por esse motivo, diversos professores efetivos do câmpus são habilitados em cursos de bacharelado, ou mesmo cursos tecnológicos, mas quando ingressam na Instituição recebem como atribuição ministrar aulas para o nível médio, sem possuírem a devida formação pedagógica.

Essa realidade não é restrita ao câmpus de Sertãozinho e existem diversos outros câmpus na região que se encontram na mesma condição, com professores habilitados através de cursos de bacharelado ministrando aulas em cursos técnicos de nível médio, sem capacitação em questões didáticas e metodológicas apropriadas. A região ainda conta com várias unidades do Centro Paula Souza, FATECs e ETECs – em Sertãozinho, Ribeirão Preto, Franca, Jaboticabal, São Carlos. Ainda que esteja vinculada à rede estadual de educação, o que ocorre com os professores no Centro Paula Souza não difere do que acontece nos Institutos Federais. Os cursos das ETECs e FATECs, que enfatizam a formação profissional em nível médio e superior, respectivamente, necessitam de professores habilitados em áreas específicas, geralmente bacharéis, que não possuem formação em licenciatura.

Outro aspecto que merece destaque é o interesse dos servidores técnico-administrativos do IFSP, em especial do câmpus Sertãozinho, nessa formação pedagógica complementar. Ainda que não seja legalmente necessária aos que trabalham na secretaria, na administração e no setor de extensão, a formação em

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17 licenciatura pode contribuir com o desempenho das atividades para estes profissionais, que passam a possuir uma compreensão melhor sobre o processo educativo.

3. OBJETIVOS DO CURSO

3.1. Objetivo Geral

Conforme Resolução nº 02, de 1º de julho de 2015, do Conselho Nacional de Educação, que dispõe, em seu Art. 14, sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes, este curso é destinado a formar docentes portadores de diploma graduação não licenciados para as disciplinas que integram as quatro séries finais do Ensino Fundamental, o Ensino Médio e a Educação Profissional.

Para tanto o curso deve fornecer os conhecimentos, as vivências, e as discussões necessárias à compreensão do processo de ensino-aprendizagem em todas as duas dimensões, envolvendo desde questões cognitivas e metodológicas até aspectos relacionados ao currículo escolar e à estrutura de funcionamento da educação nacional.

De forma especial, as atividades do curso têm por objetivo formar um professor capaz de enfrentar, de forma crítica, participativa e produtiva, a realidade do processo educacional, contribuindo para a construção de uma cidadania efetiva, ampla e consciente, base de uma sociedade realmente democrática.

3.2. Objetivos Específicos

Para atingir sua finalidade principal, o curso de formação pedagógica oferecido pelo IFSP, campus Sertãozinho espera formar docentes capazes de:

 compreender os processos históricos que influenciam as práticas e as concepções educacionais e pedagógicas;

 discutir a realidade da educação brasileira, a situação da escola e da prática profissional docente;

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18  compreender-se como agente social e de formação de futuros cidadãos;  compreender a importância da escola como instância formadora da

sociedade;

 construir uma práxis docente que incorpore às atividades práticas em sala de aula as teorias pedagógicas estudadas no curso.

4. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO

O egresso do Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica estará habilitado a trabalhar como professor e terá competências para planejar, organizar e desenvolver atividades e materiais relativos ao ensino da área na qual possui graduação.

Será apto a elaborar, analisar e revisar materiais didáticos, como livros, textos, vídeos, programas computacionais, ambientes virtuais de aprendizagem.

Sua principal atribuição é a docência na Educação Básica, que requer sólidos conhecimentos sobre estrutura e funcionamento da educação escolar, sobre seu desenvolvimento histórico e suas relações com diversas áreas, e sobre estratégias para transposição do conhecimento científico e acadêmico em saber escolar.

O Licenciado realiza pesquisas em educação básica e ensino profissional e tecnológico, coordena e supervisiona equipes de trabalho.

Em sua atuação, prima pelo desenvolvimento do educando, sua formação ética, a construção de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico.

4.1. Habilidades e competências do licenciado

O egresso do Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica apresenta as seguintes habilidades e competências:

 sólido conhecimento da Educação Profissional e Tecnológica, sua estrutura, funcionamento e demandas atuais;

 capacidade de atuar como orientador e mediador no processo de aprendizagem dos alunos, sendo sensível à diversidade existente no ambiente educacional;

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 habilidade para desenvolver, nos futuros alunos, hábitos de colaboração e trabalho em equipe;

 capacidade para selecionar e criar experiências de aprendizagem relevantes para a Educação Básica, atuando na transposição do conhecimento em saber;

 visão crítica das perspectivas teóricas adotadas nas investigações de suas áreas de graduações específicas, que fundamentam a formação profissional;

 percepção de diferentes contextos interculturais, e utilização das tecnologias de informação e comunicação aplicadas ao ensino;

 domínio de métodos e técnicas pedagógicas que permitam a transposição dos conhecimentos para os diferentes níveis de ensino.

5. FORMAS DE ACESSO AO CURSO

O Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica oferecerá anualmente 40 vagas para o período diurno, com aulas presenciais em um dia da semana (manhã e tarde), a ser definido no edital do processo seletivo.

Os candidatos às vagas deverão ter concluído curso de graduação, exclusivamente nas modalidades de Bacharelado ou Curso Superior de Tecnologia.

A habilitação que será concedida ao egresso do curso será determinada no processo seletivo, de acordo com a graduação especificada no diploma do candidato. O total de vagas oferecidas deverá ser preenchido por meio de processo seletivo específico, disciplinado por edital público, divulgado no endereço eletrônico: srt.ifsp.edu.br.

O edital do processo seletivo deverá prever que a seleção seja efetuada por comissão específica para esse fim, de no mínimo três servidores, preferencialmente membros do NDE, nomeada pelo Diretor-Geral do Câmpus e presidida pelo Coordenador do Curso ou servidor por ele indicado.

Será responsabilidade da Comissão:

1. Classificar os candidatos de acordo com as normas e os prazos estabelecidos no edital específico;

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20 2. Indicar a habilitação a que fará jus o candidato quando da conclusão do

curso, de acordo com sua graduação.

6. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA

6.1 Fundamentação Legal: comum a todos os cursos superiores

 LDB: Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional.

 ACESSIBILIDADE: Decreto nº. 5.296 de 2 de dezembro de 2004 - Regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

 Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências.

 Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes.

 Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA: Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004.

 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002 - Regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

 Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis no 10.048, de 8 de novembro de 2000, dando prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências.

 Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS): Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005 - Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre

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21 a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

 Portaria MEC nº 40, de 12 de dezembro de 2007, reeditada em 29 de dezembro de 2010. Institui o e-MEC, processos de regulação, avaliação e supervisão da educação superior no sistema federal de educação, entre outras disposições.  Resolução CNE/CES nº 3, de 2 de julho de 2007 - Dispõe sobre procedimentos

a serem adotados quanto ao conceito de hora-aula, e dá outras providências.  Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das

funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino.

 Decreto nº 8.368, de 02 de dezembro de 2014, que regulamenta a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

 Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004, que dispõe sobre a educação das relações étnico-raciais e história e cultura afro-brasileira e indígena.

 Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de maio de 2012, Parecer CNE/CP nº 8, de 06 de março de 2012, que estabelecem Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.

 Resolução CNE nº 3, de 14 de outubro de 2010, que dispõe sobre normas e procedimentos para credenciamento e recredenciamento de universidades do Sistema Federal de Ensino.

 Portaria Normativa nº 40 de 12/12/2007, alterada pela Portaria Normativa MEC nº 23/2010.

 Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura – abril de 2010.

 Parecer CNE/CP nº 9/2001, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de Graduação plena.

 Parecer CNE/CP no 28/2001 – que implementa a prática como componente curricular.

6.2. Legislação Institucional

 Portaria nº. 1204/IFSP, de 11 de maio de 2011, que aprova o Regulamento de Estágio do IFSP.

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22  Estatuto do IFSP: Resolução nº 872, de 04 de junho de 2013.

 Organização Didática: Resolução nº 859, de 07 de maio de 2013.

 Resolução nº 866, de 04 de junho de 2013, que aprova o Projeto Pedagógico Institucional (PDI).

 Resolução n° 283, de 03 de dezembro de 2007, do Conselho Diretor do CEFETSP, que aprova a definição dos parâmetros dos planos de cursos e dos calendários escolares e acadêmicos do CEFETSP (5%).

 Resolução nº 26 de 11 de março de 2014 – Delega competência ao Pró-Reitor de Ensino para autorizar a implementação de atualizações em Projetos Pedagógicos de Cursos pelo Conselho Superior.

 Resolução nº 22, de 31 de março de 2015, que define os parâmetros de carga horária para os cursos Técnicos, PROEJA e de Graduações do IFSP.

 Resolução n° 125, de 08 de dezembro de 2015, que define os parâmetros de carga horária para os cursos Técnicos, cursos Desenvolvidos no âmbito do PROEJA e cursos de Graduação do IFSP.

6.3. Legislação para os Cursos de Licenciatura

 Parecer CNE/CP nº 28, de 2 de outubro de 2001, que dá nova redação ao Parecer CNE/CP no 21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

 Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002 - Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

 Resolução CP/CNE nº 2, de 18 de fevereiro de 2002 - Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior.

 Resolução CNE/CP nº 2, de 01 de julho de 2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada.

 Parecer CNE/CP nº 02 de 09/06/2015 sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica.

(21)

23

6.4. Legislação para o Programa Especial de Formação de

Docentes para a Educação Básica

 Parecer CNE/CP nº 4, de 11 de março de 1997 - Proposta de resolução referente ao programa especial de formação de Professores para o 1º e 2º graus de ensino - Esquema I.

 Resolução CNE/CP nº 2, de 26 de junho de 1997 - Dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio.

 Parecer CNE/CP nº 26, de 2 de outubro de 2001 - Responde consulta, tendo em vista a Resolução CNE/CP no 02/97, que dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio.

 Parecer CNE/CP nº 25, de 3 de setembro de 2002 - Responde consulta tendo em vista a Resolução CNE/CP no 2/97, que dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio.

 Parecer CNE/CP nº 20, de 1º de dezembro de 2003 - Responde consulta sobre a Resolução CNE/CP no 02/97, que dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio.

 Parecer CNE/CP nº 5, de 4 de abril de 2006 - Aprecia Indicação CNE/CP nº 2/2002 sobre Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Formação de Professores para a Educação Básica.

 Parecer CNE/CP nº 2/2015, aprovado em 9 de junho de 2015 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica.

 Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015 - Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada.

7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A organização curricular do Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica observa as determinações legais presentes na Lei de

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24 Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN nº 9.394/96, na Resolução CNE/CP no 02/2015 de 01 de julho de 2015 e na Organização Didática dos Cursos ofertados pelo IFSP.

A estrutura curricular do curso totaliza 1.013 horas de carga horária, garantindo carga superior à mínima prevista pela legislação (Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015). O curso contempla um total de 513 horas relacionadas a conhecimentos específicos, 300 horas de estágio curricular supervisionado e 200 horas de atividades teórico-práticas (ATPs).

No cálculo da carga horária do curso, cada aula tem a duração de 45 minutos; cada dia letivo possui, no máximo, doze aulas e cada semestre tem 19 semanas com um dia letivo.

A organização curricular do curso busca mediar uma formação consolidada em princípios que resguardem uma qualidade educativa nos espaços cultural, histórico e social, construindo uma proposta curricular que proporcione aos professores ingressos uma formação consolidada na pedagogia como um campo científico e profissional.

Dessa forma os princípios norteadores da organização curricular aqui apresentada, primam pela articulação entre teoria e prática, compreendendo o ensino como uma práxis cultural que se constrói a partir da vivência concreta, pelo estudante do curso, da complexidade do processo educacional embasada nos conceitos pedagógicos discutidos em aula.

Para tanto, os formadores, responsáveis pelos componentes curriculares responsabilizam-se coletivamente pela integração dos conteúdos, a fim de trabalhar com o professor-estudante a interlocução destes conhecimentos. Responsabilizam-se também pela integração dos conteúdos abordados com o meio escolar no qual o professor-estudante irá realizar os seus estágios, ou a sua prática profissional, uma vez que o objetivo é proporcionar o contato com os saberes da experiência na prática profissional.

Espera-se, portanto, a participação dos professores-estudantes como atores responsáveis pela sua própria prática, seja como professores em exercício ou como estagiários, pelo princípio da pesquisa na formação, na qual a ação é também formadora e objeto de análise à luz dos conhecimentos estudados/ construídos. Para tanto o estudante-profissional estará em processo de avaliação contínua, como parte

(23)

25 integrante do cotidiano do curso, através de reuniões sistemáticas de todos os professores-formadores.

Em cada semestre, serão desenvolvidas 85,5 horas de conteúdos teóricos, divididos em dois componentes curriculares, e outras 85,5 horas de oficinas didático-pedagógicas, com caráter de prática como componente curricular, nas quais o estudante discutirá a teoria e as práticas, trocará experiências e refletirá sobre a atuação docente.

No último semestre do curso, as oficinas didático-pedagógicas são divididas em quatro componentes curriculares eletivos por áreas, de forma que o estudante será direcionado para as oficinas da área correspondente à sua futura habilitação.

Os componentes são organizados em núcleos estruturadores, conforme a orientação do Art. 12 da Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015, da seguinte forma:

 Ao núcleo I (estudos de formação geral, das áreas específicas e interdisciplinares, e do campo educacional, seus fundamentos e metodologias, e das diversas realidades educacionais) pertencem os componentes curriculares: Fundamentos da Educação, História e Legislação da Educação Brasileira, Didática, Escola e Currículo, Educação em Direitos Humanos, Língua Brasileira de Sinais, compondo um total de 256,5 horas de estudo;

 Ao núcleo II (aprofundamento e diversificação de estudos das áreas de atuação profissional, incluindo os conteúdos específicos e pedagógicos) pertencem as oficinas didático-pedagógicas desenvolvidas em todos os semestres, compondo um total de 256,5 horas de estudo;

 O núcleo III é formado pelas Atividades Teórico-Práticas de Aprofundamento (ATPAs), compondo um total de 200 horas.

Desse modo, o estudante terá oportunidade de enriquecer as discussões e reflexões sobre a prática docente num ambiente multidisciplinar e, depois, poderá conhecer as especificidades de sua área de atuação.

(24)

26

7.1. Identificação do Curso

PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

CÂMPUS Sertãozinho

PREVISÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DA REFORMULAÇÃO

2º semestre de 2017

PERÍODO Diurno (manhã e tarde)

VAGAS ANUAIS 40 vagas

Nº DE SEMESTRES 3 semestres

CARGA HORÁRIA MÍNIMA OBRIGATÓRIA

MÍNIMA OBRIGATÓRIA

1.013 horas

DURAÇÃO DA HORA-AULA 45 minutos

(25)

27

(26)

28

7.3. Estrutura Curricular

A estrutura curricular do Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica é apresentada na Tabela abaixo:

Todas as disciplinas foram identificadas por um código de cinco caracteres (posições alfanuméricas), sendo que as três primeiras posições dizem respeito à disciplina, a quarta simboliza o curso e a posição final indica o semestre em que a disciplina será ofertada.

Total

Aulas

Fundamentos da Educação FDEF1 T 1 3 57 42,8

Hisória e Legislação da Educação Brasileira HLEF1 T 1 3 57 42,8

Ofícinas Didático-Pedagógicas I OFPF1 T/P 2 6 114 85,5

Subtotal 12 228 171

Didática DIDF2 T 1 3 57 42,8

Escola e Currículo ESCF2 T 1 3 57 42,8

Oficinas Didático-Pedagógicas II OFPF2 T/P 2 6 114 85,5

Subtotal 12 228 171

Educação em Direitos Humanos EDHF3 T 1 3 57 42,8

Língua Brasileira de Sinais LIBF3 T/P 1 3 57 42,8

Oficinas Didático-Pedagógicas da Área de Linguagens (eletiva) OFLF3 T/P 1 6 114 Oficinas Didático-Pedagógicas da Área de Ciências Humanas

(eletiva) OFHF3 T/P 2 6

114 Oficinas Didático Pedagógicas das Áreas de Ciências da Natureza

e Matemática (eletiva) OFNF3 T/P 2 6

114 Oficinas Didático Pedagógicas da Área de Educação Profissional

(eletiva) OFTF3 T/P 2 6 114 Subtotal 12 228 171 684 513 200 300 1013

Resolução de autorização do curso no IFSP: 356/2011, de 29 de julho de 2011 Carga horária de efetivo trabalho acadêm ico

Base Legal: Resolução CNE/CP nº 2. de 01/07/2015

19 sem anas/sem estre,

aulas de 45 m in.

Implantação: 2o. Semestre de 2017 DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Total horas Código profs. aulas por sem ana SEMESTRE COMPONENTE CURRICULAR

T e ó ric a / P rá t ic a

( T , P , T / P )

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO (Criação: Lei nº 11.892 de 29/12/2008)

Carga horária mínima do curso: 1.013 h Câmpus Sertãozinho

ESTRUTURA CURRICULAR DO PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO

2

3

1

85,5

CARGA HORÁRIA TOTAL MÍNIMA

Atividades Teórico-Práticas de Aprofundamento (ATPAs) - Obrigatório TOTAL ACUMULADO DE HORAS

TOTAL ACUMULADO DE AULAS

(27)

29

7.4 Práticas

De acordo com a Resolução CNE/CP no 02, de 01 de julho de 2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior dos cursos de licenciatura, dentre os princípios que norteiam a base comum nacional para a formação inicial e continuada devem constar a sólida formação teórica e interdisciplinar, a unidade teoria-prática e o trabalho coletivo e interdisciplinar. Em consonância com esses pressupostos, o presente Programa Especial de Formação de Docentes procura articular todos os componentes curriculares previstos em sua matriz. Nesse sentido, os componentes curriculares de oficinas didático-pedagógicas têm papel fundamental. Ainda que a referida Resolução não obrigue carga horária específica para a prática como componente curricular nos cursos de formação pedagógica para graduados, as oficinas conferem ao licenciando a oportunidade de discutir as práticas pedagógicas e aliar suas experiências profissionais ou de estágio aos conhecimentos teóricos da área de educação, bem como a suas vivências.

7.5. Iniciação à Docência

O estudante do Programa Especial de Formação de Docentes poderá participar de atividades específicas de iniciação à docência como, por exemplo, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica. Programas como este, além de outros que venham a surgir com apoio institucional, contribuem para o desenvolvimento profissional do professor, especialmente dos licenciandos que já possuem formação específica na área de graduação, porém são iniciantes na atividade docente.

(28)

30

7.6. Pré-requisitos

A sequência curricular prevê um desenvolvimento do curso numa perspectiva de aumento de complexidade. Não obstante, não foram previstos pré-requisitos para que o estudante curse as disciplinas.

7.7. Educação das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena

Nas últimas décadas, o debate sobre a dinâmica das relações raciais tem se ampliado em várias esferas da sociedade brasileira. O mundo do trabalho, a grande mídia, a produção cultural, a educação escolar, os governos e, mesmo as redes sociais, têm sido marcados pelas discussões sobre as desigualdades entre negros e brancos no Brasil.

Nesse cenário, considerou-se a educação o dispositivo essencial de conscientização cidadã acerca da multiculturalidade e plurietnia do Brasil, objetivando relações étnico-sociais mais positivas. O protagonismo da ação educativa escolar na busca de uma sociedade mais justa se revela na inclusão obrigatória de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo oficial da rede de ensino (Lei no 10.630/03) e na instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira (Resolução CNE/CP no 1/04).

Muitos desafios se impuseram para a implementação dessas leis e ainda serão enfrentados pelo presente curso de Formação de Docentes. O primeiro deles diz respeito aos conteúdos a serem desenvolvidos, sobretudo nas áreas de Ciências Humanas e de Linguagens, o que se revela nas escolhas em relação ao currículo.

Para Ana Lúcia Lopes:

O currículo não é um elemento neutro e desinteressado na transmissão de conteúdos do conhecimento social. Ele esteve sempre imbricado em relações políticas de poder e de controle social sobre a produção desse conhecimento e, por isso, ao transmitir visões de mundo particulares, reproduz valores que irão participar da formação de identidades individuais e sociais e, portanto, de sujeitos sociais (LOPES, 2008, p. 43).

(29)

31 Nesse sentido, as escolhas curriculares na educação básica foram e ainda são muito marcadas por uma visão eurocêntrica e branca, desde a formação profissional dos docentes. Por isso, trazer para o currículo conteúdos de história, arte, literatura e cultura afro-brasileiras em igualdade de valores com a cultura europeia demandará dos docentes responsáveis pelo curso um esforço de conscientização e de pesquisa permanente.

A educação das relações étnico-raciais, no entanto, não se restringe à transmissão de conteúdos. Deverá ser desenvolvida também por meio de atitudes e valores, a serem estabelecidos pelo IFSP, o Câmpus Sertãozinho e seus servidores, e desenvolvidos por meio de ações que realizem a importância das Leis no 10.639/2003 e no 11.645/2008, entendidas como:

um ponto de chegada de uma luta histórica da população negra para se ver retratada com o mesmo valor dos outros povos que para aqui vieram, e um ponto de partida para uma mudança social (BRASIL, 2004, p. 32).

De maneira específica, o Programa Especial de Docentes para a Educação Básica desenvolverá conteúdos relativos à história e cultura africanas e afro-brasileiras nos componentes curriculares de: História e Legislação da Educação Brasileira e Educação em Direitos Humanos, além de serem debatidos nas Oficinas Didático-Pedagógicas.

Além disso, poderão ser propostos projetos no âmbito do curso que desenvolvam, além dos conteúdos específicos, o senso crítico sobre a identidade cultural brasileira, a conscientização sobre a importância das relações étnico-raciais, atitudes positivas em relação à cultura negra e africana. Esses projetos poderão abranger: a iniciação à docência, a extensão (num envolvimento entre comunidade e câmpus), a iniciação científica e projetos culturais.

Os estudantes e professores do Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica também participarão de ações articuladas promovidas no câmpus, que envolvam os diversos níveis de ensino aqui desenvolvidos, como as que são organizadas pelo Comitê de Direitos Humanos, Igualdade Étnico-Racial e de Gênero do Câmpus Sertãozinho.

Por fim, um dos principais objetivos da educação das relações étnico-raciais no Programa Especial de Docentes para a Educação Básica será capacitar futuros

(30)

32 docentes para incluir e desenvolver essa temática nos cursos da educação básica e técnica, de forma consciente, crítica e transformadora de si e da sociedade brasileira.

7.8. Educação Ambiental

Considerando a Lei nº 9.795/1999, que indica que “A educação é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”, determina-se que a educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente também no ensino superior.

Com isso, prevê-se neste curso a integração da educação ambiental às disciplinas do curso de modo transversal, contínuo e permanente (Decreto no 4.281/2002), por meio da realização de atividades curriculares e extracurriculares, desenvolvendo-se este assunto diretamente nas disciplinas de História e Legislação da Educação Brasileira, Oficinas Didático-Pedagógicas I, Escola e Currículo, Oficinas Didático-Pedagógicas na Área de Ciências da Natureza e Matemática e Oficinas Didático-Pedagógicas na Área de Educação Profissional, e quando possível em todas as disciplinas do curso.

Atualmente, o Câmpus desenvolve atividades de coleta seletiva de lixo, desenvolvimento de produção de adubo por meio de compostagem, minimização do uso de descartáveis, reaproveitamento de papel impresso com reimpressão (uso de papel já impresso em nova impressão), entre outros projetos, palestras, apresentações, programas e ações coletivas.

7.9. Disciplina de Língua Brasileira de Sinais

Em atendimento ao Decreto no 5.626/2005, a disciplina “Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)” consta no presente projeto do Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica como disciplina curricular obrigatória.

O componente curricular “Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)” tem foco no ensino prático, fomentando o desenvolvendo no estudante das habilidades básicas da

(31)

33 língua, além de proporcionar conhecimento da singularidade linguística e das especificidades dos alunos surdos.

Apesar de sua essência prática, o componente curricular mantém em vista a discussão sobre a importância da “Libras” no contexto educacional, bem como sobre as políticas linguísticas, educacionais e de saúde voltadas aos surdos.

7.10. Planos de ensino

1º SEMESTRE: CÂMPUS SERTÃOZINHO 1- IDENTIFICAÇÃO

CURSO: Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica Componente Curricular: Fundamentos da Educação

Semestre: 1º Código: FDEF1

Nº aulas semanais: 3 Total de aulas: 57 Total de horas: 42,8 Abordagem

Metodológica:

T ( X) P ( ) ( ) T/P

Uso de laboratório ou outros ambientes além da sala de aula? ( ) SIM (x) NÃO Qual(is)? --

2 - EMENTA:

Neste componente curricular os conteúdos serão abordados a partir da centralização do aluno e das relações de ensino-aprendizagem como ponto de partida para análise das teorias fundamentais da psicologia, sociologia e filosofia da educação. Ao articular, de maneira histórica e contextualizada, os conhecimentos fundamentais destas três áreas, o componente contribui para a formação integral e reflexiva do educador, permitindo um desenvolvimento profissional docente que supera o tecnicismo comum à profissão do professor.

3 - OBJETIVOS:

FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO

HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA OFICINAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS I

(32)

34  Conhecer pressupostos filosóficos e sociológicos da educação;

 Conhecer as principais teorias do desenvolvimento da aprendizagem sistematizadas pela psicologia da educação;

 Compreender relações de ensino e aprendizagem desencadeadas no sistema de ensino formal.

4 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

 Fundamentos filosóficos da educação: pensamento grego de Platão; liberalismo de Rousseau; teoria crítica de Adorno; teoria progressista de Paulo Freire;

 Fundamentos sociológicos da educação: pensamento clássico de Marx, Weber e Durkheim, teoria reprodutivista de Bourdieu e pós-modernismo em Foucault;

 As teorias psicológicas: o Behaviorismo, o Interacionismo de Vigotsky e a Psicologia Genética de Jean Piaget.

5 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 2ª ed revisada e ampliada. São Paulo: Moderna, 1996.

SALVADOR, César Coll et all. Psicologia do Ensino. São Paulo: Artmed, 2000.

DEMO, Pedro. Sociologia da educação: sociedade e suas oportunidades. Brasília: Plano Editora, 2004.

6 - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

DURKHEIM, E. Educação e Sociologia. São Paulo: Hedra, 2010.

FALCÃO, Gérson Marinho. Psicologia da aprendizagem. São Paulo: Ática, 2002. GUIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. Filosofia da Educação. 2ª ed.Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

NEWMAN, Fred; HOLZMAN, Lois. Lev Vygotsky cientista revolucionário. São Paulo: Loyola, 2002.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d´água, 2001.

(33)

35

CÂMPUS SERTÃOZINHO

1- IDENTIFICAÇÃO

CURSO: Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica Componente Curricular: História e Legislação da Educação Brasileira

Semestre: 1º Código: HLEF1

Nº aulas semanais: 3 Total de aulas: 57 Total de horas: 42,8 Abordagem

Metodológica:

T (X) P ( ) ( ) T/P

Uso de laboratório ou outros ambientes além da sala de aula? ( ) SIM (X) NÃO Qual(is)? --

2 - EMENTA:

O componente curricular apresenta a legislação sobre a educação básica brasileira numa perspectiva histórica, com a finalidade de levar a uma reflexão sobre as políticas educacionais no Brasil. Nesse contexto reflexivo, serão abordados também os temas e a legislação sobre: Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Ambiental. 3 - OBJETIVOS:

 Relacionar os processos educacionais a seu contexto histórico e social.  Compreender a formação do sistema educacional brasileiro.

 Conhecer a organização da educação brasileira e os principais dispositivos legais que a rege.

 Refletir sobre o papel e as características da educação profissional nas várias fases históricas da educação brasileira.

 Analisar as relações entre educação, política e mercado.

 Compreender o contexto político como fator de influência sobre as políticas públicas e suas consequências para a organização da educação brasileira.

 Refletir sobre o dualismo na educação básica brasileira.

 Conhecer as modalidades de educação profissional e refletir sobre suas possibilidades de inclusão social.

4 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

(34)

36  História da educação básica brasileira: fase colonial e jesuítica; era pombalina; era

imperial; Primeira República; era Vargas; República Democrática; Ditadura Militar; Redemocratização.

 O ensino profissional técnico em perspectiva histórica: da Era Vargas à atualidade.  Legislação da educação básica e profissional técnica de nível médio:

o Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; o Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica;

o Novas perspectivas do ensino médio brasileiro: ensino médio inovador X reforma do ensino médio;

o Base Nacional Comum Curricular;

o Legislação do ensino profissional técnico de nível médio;

o Educação de Jovens e Adultos articulada à educação profissional;

o O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC); o Plano Nacional de Educação.

 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena.

 A Educação Ambiental. 5 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

BATISTA, Eraldo Leme; MULLER, Meire Terezinha. A educação profissional no Brasil. Campinas: Alínea, 2013.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 10ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.

RIBEIRO, Maria Luísa Santos. História da Educação Brasileira. 21ª ed. Campinas: Autores Associados, 2010.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva artigo a artigo. 21ª ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

GHIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. História da educação brasileira. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGIA. Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio: documento base. Brasília, dezembro/2007.

(35)

37 MOLL, Jaqueline. Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo. Porto Alegre: Artmed, 2010.

SEPPIR / Subsecretaria de Políticas e Ações Afirmativas. Plano Nacional de

Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Brasília: 2009.

SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia Marcondes de; EVANGELISTA, Olinda. Política educacional. 4ª ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afrobrasileira e africana. Brasília:

MEC/SECAD/SEPPIR/INEP, 2004.

BRASIL. Personalidades Negras In: Fundação Palmares. Disponível em: <http://www.palmares.gov.br/?p=8470>. Brasília. MINC, 1988.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 2 de 15 de junho de 2012: Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação. Brasília: 2012.

(36)

38

CÂMPUS

SERTÃOZINHO

1- IDENTIFICAÇÃO

CURSO: Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica Componente Curricular: Oficinas Didático-Pedagógicas I

Semestre: 1º Código: OFPF1

Nº aulas semanais: 6 Total de aulas: 114 Total de horas: 85,5 Abordagem

Metodológica:

T ( ) P ( ) (X) T/P

Uso de laboratório ou outros ambientes além da sala de aula? ( ) SIM (x) NÃO Qual(is)? --

2 - EMENTA:

O componente curricular Oficinas Didático-Pedagógicas I trabalha a articulação entre os conceitos teóricos desenvolvidos nos componentes curriculares específicos (inclusive a Educação para as Relações Étnicos Raciais e Educação Ambiental) – Fundamentos da Educação e História e Legislação da Educação Brasileira, e as atividades práticas desenvolvidas no estágio, de modo a subsidiar atividades de discussão e reflexão sobre a prática docente.

 Responder com os alunos a questão: “Como se aprende?” e, para tanto, apresentar as teorias do Desenvolvimento da Aprendizagem.

 Conhecer os aspectos da docência e seu desenvolvimento profissional para responder: “Por que sou professor?”; “O que significa ser professor?”, “Como o professor se desenvolve (como docente e humano)?”.

 Refletir sobre a escola, sua origem e funções da educação institucionalizada.

 Conhecer o espaço físico e documental da escola e observar seus espaços não formais de aprendizagem.

 Refletir criticamente sobre as políticas escolares que tratam da educação das relações étnico-raciais e das questões da diversidade de gêneros.

(37)

39 4 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

 Desenvolvimento de dinâmicas e outras atividades práticas que contemplem as teorias de aprendizagem estudadas no curso.

 Discussões a respeito dos aspectos filosóficos, sociológicos e legais presentes na organização escolar e no desenvolvimento do professor.

 Análise de documentos legais, regimentais e políticos de unidades escolares sob a ótica da legislação educacional brasileira e seus aspectos contextuais históricos, políticos, filosóficos e sociológicos.

 Gestão da educação e do ensino, seus fundamentos e metodologias.

 Diagnóstico da inserção das temáticas da educação ambiental e da educação para as relações étnico-raciais e da diversidade de gênero nos documentos escolares e na prática docente.

5 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

BARREIRO, Iraíde Marques de Freitas; GEBRAN, Raimunda Abou. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores. 1ª ed. São Paulo: Avercamp, 2006. PIMENTA, Selma Garrido; FUSARI, José Cerchi; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.

MORIN, Edgar; SAWAYA, Jeanne. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.

6 - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

HENGEMÜHLE, Adelar. Gestão de ensino e práticas pedagógicas. 7ª ed. Petrópolis: Vozes, 2011. 245 p.

SACRISTÁN, J. Gimeno; ROSA, Ernani F. da Fonseca; GÓMEZ, A. I. Pérez. Compreender e transformar o ensino. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 396 p. PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 192 p.

FORTUNATO, Ivan; SHIGUNOV NETO, Alexandre (Org.). Educação Ambiental e formação de professores. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2016.

FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. 10ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003. 224 p.

(38)

40 WEDDERBURN, C. M. Novas bases para o ensino da história da África no Brasil. In: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Educação Antirracista: caminhos abertos pela Lei Federal no 10.639/2003. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2005. p. 133 - 166.

(39)

41 2º SEMESTRE: DIDÁTICA ESCOLA E CURRÍCULO OFICINAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS II CÂMPUS SERTÃOZINHO 1- IDENTIFICAÇÃO

CURSO: Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica Componente Curricular: Didática

Semestre: 2º Código: DIDF2

Nº aulas semanais: 3 Total de aulas: 57 Total de horas: 42,8 Abordagem

Metodológica:

T (X) P ( ) ( ) T/P

Uso de laboratório ou outros ambientes além da sala de aula? ( ) SIM (x) NÃO Qual(is)?--

2 – EMENTA:

A disciplina proporciona a interação do licenciando com o aporte teórico-metodológico que fundamenta a construção da identidade docente e a reflexão sobre os saberes necessários para sua atuação futura. Apresenta os elementos estruturantes da prática pedagógica e possibilita o debate sobre os desafios desta no contexto da diversidade.

3 - OBJETIVOS:

 Entender do papel do professor, do aluno e da escola no processo educativo.  Refletir sobre os diferentes aspectos didáticos envolvidos na relação

professor-conhecimento-aluno.

 Discutir os saberes necessários à prática docente e construção da identidade docente.

 Entender os elementos estruturantes da prática pedagógica: currículo, projeto pedagógico, planejamento, plano de curso, plano de aula, métodos de avaliação. 4 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

(40)

42  O papel da Educação e da escola na sociedade contemporânea.

 Os tipos de currículo e o processo educativo.

 Projeto Político Pedagógico: pressupostos para elaboração e implementação.  Dimensões do processo didático e seus eixos norteadores: ensinar, aprender,

pesquisar e avaliar.

 Planejamento, Plano de Ensino e Plano de Aula.  As teorias pedagógicas e a prática docente.  Organização da Aula: sentidos e dinâmicas.

 A aula como espaço-tempo de construção de conhecimento.

 A avaliação escolar. Tipos de avaliação e suas utilidades/contribuições no processo educativo.

 Profissão professor: saberes e identidade.  Metodologias ativas de ensino.

5 – BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

OLIVEIRA, Maria Rita Neto Sales. Alternativas no ensino de didática. 12ª ed. Campinas: Papirus, 2013.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2013. MACHADO, N. J. Epistemologia e didática. São Paulo: Cortez, 2005. 6 - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

CARVALHO, A. M. P.; PEREZ, D. G. O saber e o saber fazer dos professores. In: CARVALHO, A. M. P. e CASTRO A. D. Ensinar a ensinar. São Paulo: Thomson, 2001. MACHADO, Nilson José. Epistemologia e didática: as concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.

NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: uma jornada interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. 7ª ed. São Paulo: Érica, 2007.

POZO, Juan Ignacio. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

(41)

43

CÂMPUS SERTÃOZINHO

1- IDENTIFICAÇÃO

CURSO: Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica Componente Curricular: Escola e Currículo

Semestre: 2º Código: ESCF2

Nº aulas semanais: 3 Total de aulas: 57 Total de horas: 42,8

Abordagem Metodológica:

T (X) P ( ) ( ) T/P

Uso de laboratório ou outros ambientes além da sala de aula? ( ) SIM (X) NÃO Qual(is)? --

2 - EMENTA:

Fundamentos e concepções de currículo, com enfoque nas determinações sociais da história a da produção contextual do currículo, observando as relações de poder, o debate no âmbito da disciplina e da interdisciplinaridade, as práticas escolares, a ideologia do livro didático e dos documentos oficiais. Nesse contexto, serão abordados também os temas de Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Ambiental.

3 - OBJETIVOS:

 Estudar concepções de currículo na atual produção teórica.

 Estudar a história das disciplinas escolares e a interdisciplinaridade.  Analisar diferentes concepções curriculares na perspectiva histórica.  Discutir a ideologia do livro didático e dos documentos oficiais.

 Aprofundar a concepção da tradição crítica e sociológica do currículo.  Analisar a relação entre currículo e políticas públicas.

 Analisar a avaliação como instrumento de poder e revisão do currículo.

4 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

 Concepções fundamentais sobre currículo: teoria do currículo; notas históricas.  Currículo, disciplina e interdisciplinaridade.

 Currículo e prática docente: currículo e práticas pedagógicas; currículo e avaliação.  Livro didático e ideologia.

Referências

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