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ANEXO 8 ORDENAMENTO E CONDICIONANTES

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Academic year: 2021

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EN 125 – CIRCULAR DE OLHÃO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL – ANEXO 8

ESTUDO PRÉVIO 0518 EP EIA T3 AX v01

ANEXO 8

(2)
(3)

EN 125 – CIRCULAR DE OLHÃO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL – ANEXO 8

ESTUDO PRÉVIO 0518 EP EIA T3 AX v01.docx

ANEXO 8.1 Plano Diretor Municipal

(4)
(5)

ROT A0/B0 1+000 0+000 PI 2A ROT. A1 ROT. A3 PI 1A PI 3A ROT. A2/B4 2+000 3+000 4+000 5+000 6+000 ROT. A4/B6

LIG. A-B-2 LIG. A-B-3

LIG. A-B-1 ROT B3 ROT. B2 ROT. B5 ROT. B1 5+000 4+000 3+000 2+000 1+000 0+000 LIG. B-A-1

LIG. B-A-2 LIG. B-A-3

N

Extrato da Planta de Ordenamento Folha Data Escalas Ficheiro EPSG 3763 (PT-TM06/ETRS89 - European Terrestrial Reference System 1989)

1/1 A Agosto 2018 A3 - 297x420 0 200 400 1:20.000 m Formato 24000

Fonte: (Cartografia Base)

-292000

-293000

-290000

(6)

ROT A0/B0 1+000 0+000 PI 2A ROT. A1 ROT. A3 PI 1A PI 3A ROT. A2/B4 2+000 3+000 4+000 5+000 6+000 ROT. A4/B6

LIG. A-B-2 LIG. A-B-3

LIG. A-B-1 ROT B3 ROT. B2 ROT. B5 ROT. B1 5+000 4+000 3+000 2+000 1+000 0+000 LIG. B-A-1

LIG. B-A-2 LIG. B-A-3

N

Extrato da Planta de Condicionamentos

Folha Data Escalas Ficheiro EPSG 3763 (PT-TM06/ETRS89 - European Terrestrial Reference System 1989)

1/1 A Agosto 2018 A3 - 297x420 0 200 400 1:20.000 m Formato 24000

Fonte: (Cartografia Base)

-292000

-293000

-290000

(7)

ROT A0/B0 1+000 0+000 PI 2A ROT. A1 ROT. A3 PI 1A PI 3A ROT. A2/B4 2+000 3+000 4+000 5+000 6+000 ROT. A4/B6

LIG. A-B-2 LIG. A-B-3

LIG. A-B-1 ROT B3 ROT. B2 ROT. B5 ROT. B1 5+000 4+000 3+000 2+000 1+000 0+000 LIG. B-A-1

LIG. B-A-2 LIG. B-A-3

Extrato da Planta de Folha Data Escalas Ficheiro EPSG 3763 (PT-TM06/ETRS89 - European Terrestrial Reference System 1989)

1/1 A A3 - 297x420 0 200 400 1:20.000 m Formato Fonte: (Cartografia Base)

N 24000 -292000 -293000 -290000 26000 28000 Agosto 2018

(8)

ROT A0/B0 1+000 0+000 PI 2A ROT. A1 ROT. A3 PI 1A PI 3A ROT. A2/B4 2+000 3+000 4+000 5+000 6+000 ROT. A4/B6

LIG. A-B-2 LIG. A-B-3

LIG. A-B-1 ROT B3 ROT. B2 ROT. B5 ROT. B1 5+000 4+000 3+000 2+000 1+000 0+000 LIG. B-A-1

LIG. B-A-2 LIG. B-A-3

N Extrato da Planta de Folha Data Escalas Ficheiro EPSG 3763 (PT-TM06/ETRS89 - European Terrestrial Reference System 1989)

1/1 A Agosto 2018 A3 - 297x420 0 200 400 1:20.000 m Formato 24000

Fonte: (Cartografia Base)

-292000

-293000

-290000

(9)

EN 125 – CIRCULAR DE OLHÃO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL – ANEXO 8

ESTUDO PRÉVIO 0518 EP EIA T3 AX v01

ANEXO 8.2 Parque Natural da Ria Formosa

(10)
(11)
(12)
(13)
(14)
(15)
(16)
(17)
(18)
(19)
(20)
(21)
(22)
(23)
(24)
(25)
(26)
(27)
(28)
(29)
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
(36)
(37)
(38)
(39)
(40)
(41)
(42)
(43)
(44)
(45)
(46)
(47)
(48)
(49)

! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ! ! ! ! ! ! ! ! ! ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ! ! ! ! ! ! ! ! ( ( ( ( ( ( ( ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

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Projecção de Gauss-Krüger, Elipsóide Hayford, Datum de Lisboa, coordenadas militares.

Base cartográfica: IGEOE, Cartas Militares de Portugal, folhas 599, 600, 606, 608, 610, 611, 612.

CCDR Algarve. Trabalho de Campo.

PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DA RIA FORMOSA PLANTA DE SÍNTESE DO PARQUE NATURAL DA RIA FORMOSA

(FOLHA 1/2) Fase do trabalho: PROPOSTAS Projectou Desenhou Verificou Aprovou Ficheiro Rosemaire Luis POPNRF_sintese_poente_21junho09.mxd Junho 2009 Desenho n.º Substitui des. n.º

Substituído pelo des. n.º

Escalas:

1 1: 25 000

0

500

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

Metros

REGIME DE PROTECÇÃO

Área Costeira e Lagunar - Protecção Total

Área Costeira e Lagunar - Protecção Parcial I

Área Costeira e Lagunar - Protecção Parcial II

Área Costeira e Lagunar - Protecção Complementar

Espaços Edificados a Reestruturar

Área Terrestre - Protecção Parcial

Área Terrestre - Protecção Complementar I

Área Terrestre - Protecção Complementar II

Canal de Navegação Principal

Canal de Navegação Secundário

( (

( ! !

!

Área de intervenção específica do Ludo e Pontal

Áreas não abrangidas por regimes de protecção

Limites do Parque Natural da Ria Formosa

(50)
(51)

EN 125 – CIRCULAR DE OLHÃO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL – ANEXO 8

ESTUDO PRÉVIO 0518 EP EIA T3 AX v01

ANEXO 8.3 Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Olhão

(52)
(53)
(54)
(55)
(56)
(57)

EN 125 – CIRCULAR DE OLHÃO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL – ANEXO 9

ESTUDO PRÉVIO 0518 EP EIA T3 AX v01

ANEXO 9

PATRIMÓNIO

(58)
(59)

RELATÓRIO

DE TRABALHOS

ARQUEOLÓGICOS

Descritor de Património

Estudo de Impacte Ambiental

(Estudo Prévio)

Variante de Olhão

(Olhão)

Promotor do projeto: INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL, S.A.

Entidade Contratante: AGRIPRO AMBIENTE CONSULTORES, S.A.

Entidade Executante: TERRALEVIS, PATRIMÓNIO, ARQUEOLOGIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, LDA

(60)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 2

1 Resumo

O levantamento de informação bibliográfica e as prospeções arqueológicas sistemáticas seletivas executadas no âmbito do Descritor Património para o Estudo de Impacte Ambiental (Estudo Prévio) da Variante de Olhão (Olhão), contribuíram para o registo de 20 ocorrências patrimoniais na área de incidência do projeto e 22 ocorrências na área de enquadramento histórico. O conjunto patrimonial é formado por 1 nora (n.º 1), 2 necrópoles (n.º 2 e n.º 6), 8 locais com vestígios arqueológicos à superfície (n.º 3, n.º 7, n.º 12, n.º 13, n.º 14, n.º 17, n.º 18 e n.º 20), 3 conjuntos edificados (n.º 4, n.º 11 e n.º 19), 1 forno de cal (n.º 5), 1 silo escavado na rocha (n.º 8), 1 edifício (n.º 9), 1 casa de apoio agrícola (n.º 11), 1 eira (n.º 15) e 1 cemitério (n.º 16).

A distribuição linear destas 20 ocorrências pelas 2 soluções em estudo é a seguinte: Solução A – 15 registos; Solução B – 15 registos.

A distribuição dos potenciais impactes patrimoniais pelas 2 soluções em estudo é a seguinte: Solução A – 4 registos (n.º 3, n.º 12, n.º 14 e n.º 18); Solução B – 4 registos (n.º 3, n.º 5, n.º 17 e n.º 18).

Tendo em conta a distribuição das ocorrências patrimoniais pelos 4 troços em estudo, considera-se na análise do fator património que o corredor menos prejudicial é o seguinte: Troço 1 - Solução A; Troço 2 – Solução A ou Solução B (sem ocorrências com potenciais impactes negativos); Troço 3 – Solução B; Troço 4 – Solução A.

Perante os resultados obtidos nas prospeções de campo, existem importantes condicionantes patrimoniais (em qualquer uma das soluções propostas), para o normal decorrer desta obra, sendo necessário assegurar o cumprimento das medidas de mitigação específicas (sondagens arqueológicas de diagnóstico, escavação integral dos contextos arqueológicos com afetação direta e, eventualmente, o registo exaustivo de edificado a demolir).

As medidas de minimização patrimonial de impacte serão também genéricas, designadamente o acompanhamento arqueológico permanente e presencial durante as operações que impliquem todo o tipo de movimentação de terras (desmatação, escavações, terraplanagens, depósitos e empréstimo de

inertes), quer estas sejam feitas em fase de construção, quer nas fases preparatórias, como a instalação de estaleiros, abertura de caminhos ou desmatação.

Após a desmatação do terreno, será necessário proceder a novas prospecções arqueológicas sistemáticas, no solo livre de vegetação, para confirmar as observações constantes neste texto e identificar eventuais vestígios arqueológicos, numa fase prévia à escavação.

(61)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 3

2 Índice

1 RESUMO 2 2 ÍNDICE 3 3 INTRODUÇÃO 5

3.1

BREVE CARATERIZAÇÃO DO PROJETO

5

4 SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA 8

4.1

METODOLOGIA

8

4.1.1 Levantamento de informação 8

4.1.1.1 Escala de análise espacial 8

4.1.1.2 Recolha bibliográfica 9 4.1.1.3 Análise toponímica 10 4.1.2 Prospeção arqueológica 10 4.1.2.1 Visibilidade do terreno 11 4.1.2.2 Ficha de sítio 11 4.1.2.3 Registo fotográfico 13 4.1.2.4 Registo cartográfico 13 4.1.3 Valor patrimonial 14

4.2

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E ADMINISTRATIVA

17

4.3

BREVE ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

18

4.4

FATOR DE PATRIMÓNIO

21

4.4.1 Caraterização da paisagem e do terreno 21

4.4.2 Caraterização patrimonial 23

4.4.2.1 Solução A 24

4.4.2.2 Solução B 25

5 AVALIAÇÃO DE IMPACTE PATRIMONIAL E AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE

SOLUÇÕES 26

5.1

METODOLOGIA

26

5.1.1 Caraterização e avaliação de impactes 26

5.1.2 Valor de impacte patrimonial 27

5.2

ANÁLISE DE IMPACTES PATRIMONIAIS

28

5.2.1 Fase de execução 28

5.3

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DAS SOLUÇÕES

30

5.4

SÍNTESE DE IMPACTES

30

6 MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO PATRIMONIAL 32

(62)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 4

6.2

FASE PRÉVIA À OBRA

32

6.2.1 Sondagens arqueológicas de diagnóstico 32

6.2.2 Registo exaustivo de edifícios 33

6.3

MEDIDAS GENÉRICAS

33

6.3.1 Fase de construção (acompanhamento arqueológico) 33

7 BIBLIOGRAFIA 36

8 FICHA TÉCNICA 38

ANEXO I: DOCUMENTAÇÃO GRÁFICA 39

ANEXO II: FICHAS DE SÍTIO 41

ANEXO III: INVENTÁRIO DE FOTOGRAFIAS 43

ANEXO IV: INVENTÁRIO DE FOTOGRAFIAS IMPRESSAS ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

(63)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 5

3 Introdução

A Terralevis, Património, Arqueologia e Sistemas de Informação, Lda foi

contratada pela empresa AGRIPRO Ambiente Consultores, S.A. para fazer o Descritor Património do Estudo de Impacte Ambiental (Estudo Prévio) da Variante de Olhão (Olhão).

Os principais objetivos deste texto consistem na apresentação das principais condicionantes patrimoniais desta nova rodovia, que deverá ter

aproximadamente 6 kms de extensão, e irá criar uma alternativa à EN 125, que circunde a vila de Olhão, com particular incidência nas 2 Soluções em estudo.

A estratégia aplicada neste estudo dividiu-se em três etapas:

1. Planeamento e levantamento bibliográfico de toda a informação

disponível.

2. Realização de prospeções arqueológicas sistemáticas em toda a

extensão dos corredores em estudo. 3. Elaboração de um relatório final. O presente texto tem com principais objetivos:

1. Caraterização dos locais com valor patrimonial identificados nas duas soluções alternativas em estudo.

2. Proceder à avaliação de impactes patrimoniais de cada solução

alternativa;

3. Hierarquizar a solução com maior/menor grau de impacte

patrimonial;

4. Apresentar medidas de mitigação patrimonial para a totalidade

do projeto.

O relatório final dos trabalhos arqueológicos deverá ser entregue dentro dos prazos previstos na legislação em vigor, após a aprovação do promotor deste estudo (Infraestruturas de Portugal, S.A.).

3.1

Breve caraterização do projeto

O projeto da EN125 – Circular de Olhão apresenta duas soluções alternativas para o seu desenvolvimento, embora como referido e da possibilidade de ligação entre elas em três pontos distintos em cada solução, resultem 16 combinações possíveis para o traçado (8 por solução).

Globalmente, a Solução A corresponde ao traçado que se desenvolve mais a poente e mais a norte de Olhão, com exceção do trecho entre o km 2+850 e a rotunda A2 em que é o traçado que se desenvolve mais a sul. Por esta razão é o traçado que apresenta maior distância relativamente ao centro da cidade e por isto é o mais extenso, possuindo um comprimento total de cerca de 6,145 km. Tem uma área de ocupação de 14,1 ha. Em cerca de 0,9 km desenvolve-se sobre vias existentes que serão adaptadas para a sua

(64)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 6

instalação, situação que foi viabilizada entre a IP e a Câmara Municipal de Olhão.

Apresenta 4 interseções de nível do tipo rotunda apenas com as vias de hierarquia superior nomeadamente a EN125 (inicio do projeto), EN2-6, a EM516-3 e a estrada de Quelfes (Rotunda A0 a Rotunda A3, sendo que a Rotunda A4 corresponde à rotunda existente da EN125 junto à zona industrial de Marim, no final do traçado). As interseções com as vias de hierarquia inferior são feitas de forma desnivelada através de 4 restabelecimentos, dos quais três deles cruzarão a via circular através de passagens inferiores (PI 1A, PI 2A e PI 3A) e um será paralelo à mesma via.

O restabelecimento A1 interseta a via circular ao km 2+255 através da obra de arte PI 1A e refere-se ao caminho rural que liga a EN2-6 a Queijeira.

Associado a ele há o restabelecimento paralelo A1-A que permite a

acessibilidade a Arrochela, também a partir da EN2-6. O restabelecimento A2 cruza inferiormente a via circular através da obra de arte PI 2A ao km 3+004. Trata-se de um caminho municipal pavimentado que liga os bairros novos da parte norte da cidade de Olhão a Brancanes. O restabelecimento A3 interseta a via circular ao km 3+401 através da obra de arte PI 3A e trata-se de um caminho municipal pavimentado que igualmente permite as acessibilidades entre os bairros da parte norte da cidade de Olhão com a localidade de Brancanes. No entanto, ao longo do seu percurso confere acessibilidade a algumas quintas, do seu lado nascente e a pequenos lotes de terreno já urbanizados, do seu lado poente.

O traçado da Solução B é o que se aproxima mais do traçado do projeto de execução da subconcessão Algarve Litoral, nomeadamente da Alternativa 1 desse projeto e que foi anteriormente submetido a procedimento de AIA. A exceção regista-se no seu troço inicial, entre o km 0+000 e a rotunda B1 (km 1+200) em que o traçado agora estudado se sobrepõe ao da estrada de Bela-Mandil, equivalendo ao traçado do Corredor Alternativo 1 que surgiu na sequência da solicitação da Comissão de Avaliação do processo de AIA

anterior, para minimizar a afetação das áreas de proteção do Parque Natural da Ria Formosa. É também o traçado que segue no essencial o corredor do PDM.

O traçado da Solução B é o menos extenso dos dois estudados, possuindo um comprimento total de cerca de 5,708 km, ou seja, menos 436 m do que o da Solução A. Tem uma área de ocupação de 12,9 ha. Em cerca de 1,9 km desenvolve-se sobre vias existentes que serão adaptadas para a sua instalação.

Trata-se de um traçado que se implanta mais próximo do limite urbano da cidade de Olhão, nas proximidades das localidades de Bela-Mandil, Arrochela, Quinta do Major, Casinha de Gala e Piares e contornando por sul o cemitério de Quelfes (km 4+500), ao invés da Solução A que o faz por norte.

Esta solução apresente sempre soluções de nível do tipo rotunda (6) para articulação com as vias intercetadas (Rotundas B0 a B5), não só com as vias de hierarquia superior, nomeadamente a EN125 (inicio do projeto), EN2-6

(65)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 7

(rotunda B2), a EM516-3 (rotunda B4) e a estrada de Quelfes (rotunda B5), mas ainda com duas vias de hierarquia inferior, nomeadamente com um caminho municipal que entronca com a estrada de Bela-Mandil e que dá origem à rotunda B1 e com um dos caminhos municipais que ligam Olhão a Brancanes e que dá origem à rotunda B3. A Rotunda B6 corresponde à rotunda existente da EN125 junto à zona industrial de Marim, no final do traçado).

(66)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 8

4 Situação de Referência

4.1

Metodologia

Os trabalhos arqueológicos que aqui se propõem serão executados segundo o Regulamento dos Trabalhos Arqueológicos (Decreto-Lei n.º 164/2014 de 4 de Novembro de 2014), o Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de Outubro,

(Regulamentação dos Procedimentos de AIA), os Decretos-lei n.º 114/2012 e n.º 115/2012, de 25 de Maio de 2012 (Lei orgânica das Direções Regionais de Cultura e da Direção-Geral do Património Cultural, respetivamente) e

pretendem cumprir os termos de referência para o descritor património arqueológico em estudos de Impacte Ambiental (Circular do ex-Instituto Português de Arqueologia, de 10 de Setembro de 2004).

O pedido de autorização de trabalhos arqueológicos (P.A.T.A.) foi enviado à Direção Geral de Património Cultural, no dia 13 de Abril de 2018, com a direção científica de João Albergaria, tendo tido parecer favorável, por parte da Direção Regional de Cultura do Algarve, conforme o ofício enviado no dia 21 de Maio de 2018 (DRF/2009/08-10/278/PATA (CS 172617)).

Os trabalhos realizados não se sobrepõem com outros trabalhos aprovados pelas Direções Regionais de Cultura e pela Direção Geral de Património Cultural. A equipa técnica teve uma afetação de 100% a este projeto.

4.1.1 Levantamento de informação

4.1.1.1

E

SCALA DE ANÁLISE ESPACIAL

A situação atual do factor Património circunscreve uma pequena área de enquadramento histórico (corredor com 400m de largura e aproximadamente 6 kms de extensão), que tem a finalidade de estabelecer os limites para a recolha de informação bibliográfica, de contribuir para o conhecimento do contexto histórico do território abrangido por este projeto e de integrar os elementos patrimoniais registados nas prospeções arqueológicas.

A área de incidência de projeto corresponde às 2 soluções, que constituem os corredores alternativos em análise. Cada um destes troços tem 200m de largura e a sua extensão é variável: 6.145 kms na Solução 1 e 5.708 kms na Solução 2.

Deve-se ainda referir que os sítios registados no interior ou junto dos limites dos troços foram anotados com a respetiva quilometragem e que a sua distância ao eixo da linha foi calculado a partir do limite máximo de cada local.

Considera-se como área de impacte directo a faixa de terreno a expropriar no âmbito da empreitada. A área de impacte indirecto consiste no corredor existente entre o eixo da via e a distância de 50m. A área de impacte nulo consiste na faixa de terreno existente entre o limite anterior e os 100m (de cada lado do eixo da via).

(67)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 9

Deve-se ainda referir que a distância dos sítios com valor patrimonial ao eixo da via foi calculado a partir do limite máximo conhecido de cada local.

4.1.1.2

R

ECOLHA BIBLIOGRÁFICA

O levantamento da informação de cariz patrimonial e arqueológico incidiu sobre os seguintes recursos:

Portal do Arqueólogo: Sítios (Base de Dados Nacional de Sítios

Arqueológicos, doravante designada Endovélico)1 da

responsabilidade da Direcção Geral do Património Cultural (DGPC).

Ulysses, sistema de informação do património

classificado/DGPC 2 da responsabilidade da Direcção Geral do

Património Cultural (DGPC).

SIPA, Sistema de Informação para o Património Arquitetónico3

do Instituto da responsabilidade da Direcção Geral do Património Cultural (DGPC).

Património Geológico de Portugal: Inventário de geossítios de

relevância nacional da responsabilidade da Universidade do Minho4.

• IGeoE-SIG: Instituto Geográfico do Exército5. • Googlemaps6.

Plano Director Municipal de Olhão, ratificado pela Resolução do

Conselho de Ministros nº 50/95, Diário da República, 1ª Série B, n.º 126, de 31/05/1995, 3409-3426 alterado pela Resolução do

Conselho de Ministros nº 143/97, Diário da República, 1ª Série B, n.º 199 de 29/08/1997 e pelo Regulamento n.º 15/2008, Diário da República, 2.ª série, n.º 7 de 10/01/2008, 1263 – 1284.

Plano de Pormenor de Ocupação Turístico — Cultural de Marim,

Olhão, publicado pelo Aviso n.º 1858/2008, Diário da República, 2.ª série, n.º 16 de 23/01/2008, 3327 – 3335.

Revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria

Formosa ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 78/2009, Diário da República, 1ª Série, n.º 170 de 02/09/2009, 5811- 5848.

Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura-Vila Real De

Santo António ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros nº

103/2005, Diário da República, 1ª Série B, n.º 121 de 27/06/2005, 3966- 3992 e alterado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 65/2016, Diário da República, 1ª Série, n.º 201 de 19/10/2016.

Município de Olhão: Áreas de Atuação: Urbanismo: Planos

Municipais de Ordenamento do Território (http://www.cm- olhao.pt/areasatuacao/urbanismo/planos-municipais-de-ordenamento-do-territorio, 04/05/2018). 1 http://arqueologia.igespar.pt/index.php?sid=sitios 2 http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/ 3 http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/Default.aspx 4 http://geossitios.progeo.pt/index.php 5 http://www.igeoe.pt/ 6 https://maps.google.pt/

(68)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 10

Município de Olhão: Conhecer Olhão: Monumentos e Locais de

Interesse

(http://www.cm-olhao.pt/conhecer-olhao/monumentos-e-locais-interesse, 04/05/2018).

Município de Olhão: Emissão de Plantas de Localização

(http://mapa.cm-olhao.pt/, 04/05/2018)

• Bibliografia publicada sobre a região.

Nos arquivos da Direção Geral de Património Cultural foram ainda consultados os seguintes processos, no dia 20-4-2011, 25-5-2011, 14 e 22-9-2011:

• S-583 – Quinta de Marim

• S-6251 – Torrejão Velho

• 2000/1(707) - EIA Via do Infante / Zona industrial de Olhão

• 2004/1(753) – Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve

• 2008/1(221) - Empreendimento Turístico Quinta de Bela Mandil –

Olhão

4.1.1.3

A

NÁLISE TOPONÍMICA

A análise dos topónimos recenseados na CMP 1:25000 verificou a presença dos seguintes topónimos com potencial significado arqueológico na área de

projecto e nas suas imediações. Estes encontram-se discriminados no quadro seguinte, conforme as categorias propostas por Ferreira e Soares, 1994.7

Tipo de Vestígios Topónimo

Estruturas defensivas Torrejão

Arqueológicos strictu sensu Quinta do Calhau

Quadro 1 – Topónimos na área de projecto com potencial significado arqueológico

A localização destes topónimos foi tida em consideração na programação e execução da prospecção arqueológica realizada no âmbito deste trabalho.

4.1.2 Prospeção arqueológica

As prospeções arqueológicas realizaram-se no dia 27 de Agosto de 2018, em toda a extensão das 2 soluções em estudo, num faixa de 200m de largura. Conforme consta no Formulário que acompanha o Pedido de Autorização de Trabalhos Arqueológicos, o técnico responsável foi devidamente autorizado pelo promotor do Estudo Ambiental para realizar prospeções arqueológicos nos terrenos e responsabiliza-se por eventuais danos causados pela atividade arqueológica. A sinalização e segurança foi efetuada conforme a legislação prevista para este tipo de trabalhos de campo.

A documentação recolhida nos trabalhos de campo foi integralmente transposta para o atual relatório. Como não foram recolhidos materiais arqueológicos no decorrer das prospeções arqueológicas, não há necessidade de fazer qualquer depósito de matérias.

7

Consideram-se aqui só as categorias que potencialmente indicam a ocorrência de vestígios arqueológicos.

(69)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 11

4.1.2.1

V

ISIBILIDADE DO TERRENO

O descritor de visibilidade do terreno encontra-se organizado em duas categorias subordinadas: a primeira consiste numa análise geral da

visibilidade do terreno, que nos permite distinguir as grandes unidades de observação; a segunda distingue-se pela necessidade de pormenorizar o grau de visibilidade boa do terreno (ver Quadro 3).

Visibilidade má do terreno 1 Intransponível ao percurso pedestre.

Visibilidade mista do terreno 2 Arvoredo denso, mas com o mato medianamente limpo.

Facilita o percurso pedestre e a observação geral do terreno.

Visibilidade média do terreno 3 Arvoredo pouco denso e com vegetação acima do joelho.

Facilita o percurso pedestre e a observação de construções.

Visibilidade boa do terreno 4 Arvoredo pouco denso e com vegetação abaixo do joelho.

Facilita o percurso pedestre, a observação de construções e de materiais arqueológicos. Solo urbano 5 Sem arvoredo, com vegetação abaixo do joelho,

grande quantidade de entulho e de lixo recente. Observação de construções, mas superfície de solo original sem qualidade de observação.

Aterros e escavações 6 Sem arvoredo, sem vegetação e com o terreno completamente revolvido.

Superfície do solo original sem qualidade de observação.

Área vedada 7 Intransponível ao percurso pedestre.

Terreno de forte inclinação 8 Percurso pedestre dificultado por questões de segurança.

Áreas de fogo e de desmatação 9 Arvoredo pouco denso e vegetação rasteira Facilita o percurso pedestre, a observação de construções e de materiais arqueológicos. Quadro 2 – Graus de visibilidade do terreno

Visibilidade mínima da superfície do solo

4.1 Vegetação rasteira a cobrir a quase totalidade do solo. Observação facilitada de construções, mas com

identificação difícil de materiais arqueológicos. Visibilidade intermédia da

superfície do solo

4.2 Vegetação rasteira a cobrir parcialmente o solo. Observação facilitada de construções e identificação razoável de materiais arqueológicos.

Visibilidade elevada da superfície do solo

4.3 Solo limpo por trabalhos agrícolas recentes.

Observação facilitada de construções e de materiais arqueológicos.

Quadro 3 – Grau de diferenciação do descritor 4

4.1.2.2

F

ICHA DE SÍTIO

O registo dos sítios com valor patrimonial identificados no decorrer dos trabalhos de campo é feito numa ficha criada para este efeito.

A Ficha de Sítio encontra-se organizada em cinco grupos de descritores relacionados com os seguintes objetivos:

(70)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 12

• Identificação.

• Localização administrativa e geográfica.

• Descrição da Paisagem.

• Caracterização do material arqueológico.

• Caracterização das estruturas.

• Avaliação e classificação do valor patrimonial.

• Avaliação e classificação do Valor de impacte patrimonial.

Número Numeração sequencial dos sítios identificados. Designação Nome do lugar identificado ou do topónimo mais próximo situado na mesma freguesia. CNS Classificação Numérica de Sítios, atribuída na Base de Dados

Endovélico (DGPC).

Tipo de sítio Utilização de listagem existente na Base de Dados Endovélico (DGPC). Período Utilização de listagem existente na Base de Dados Endovélico (DGPC). Tipo de trabalhos

realizados

Utilização de listagem existente na Base de Dados Endovélico (DGPC).

Classificação oficial Tipo de Classificação Oficial.

Legislação Decreto-Lei que define a Classificação Oficial. ZEP Zona Especial de Proteção, com o Decreto-Lei que a define. Quadro 4 – Grupo de descritores relacionado com a identificação de sítio

Topónimo Topónimo na CMP 1:25000 mais próximo situado na mesma freguesia. Lugar Nome do lugar situado mais próximo, considerando sempre as fontes orais.

Freguesia Freguesia onde está localizado.

Concelho Concelho onde está localizado.

Sistemas de Coordenadas

Datum Lisboa.

C.M.P. Número da folha da Carta Militar de Portugal esc. 1:25000 Quadro 5 – Grupo de descritores relacionado com a localização de sítio

Acessibilidade Tipo de Acessos e respetiva inventariação. Âmbito geológico Caracterização geológica sumária do local de implantação do sítio. Relevo Descrição sumária do relevo onde o sítio se encontra

implantado. Coberto vegetal Descrição sumária da vegetação que cobre e circunda o sítio.

Uso do solo Descrição do uso do solo no local implantação do sítio. Controlo Visual da Paisagem Descreve a amplitude da paisagem observável a partir do sítio.

Tipo de vestígios identificados

Caracterização dos vestígios que permitiram a identificação do sítio. Quadro 6 – Grupo de descritores relacionado com a descrição da paisagem envolvente

(71)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 13

Área de dispersão Caracterização da área de dispersão do material arqueológico. Tipo de dispersão Caracterização da forma como o material arqueológico se distribui pela área do sítio. Tipo de material presente Recenseamento dos tipos de material arqueológico observados no sítio. Características do material

identificado

Descrição mais pormenorizada do material arqueológico observado. Cronologia do material

identificado

Caracterização cronológica do material arqueológico observado. Quadro 7 - Grupo de descritores relacionado com a caracterização do material arqueológico

Estado de conservação Caracterização do estado de conservação das estruturas. Descrição da planta e relação

espacial das estruturas

Descrição da forma como as estruturas identificadas se organizam espacialmente. Modo de Construção Descrição do modo de construção de cada estrutura. Materiais de Construção Descrição dos materiais usados na construção de cada estrutura. Descrição das estruturas Descrições das características de cada estrutura que não tenham sido assinaladas nos campos anteriores. Interpretação funcional das

estruturas

Proposta da função de cada estrutura.

Elementos datantes da estrutura Registo de eventuais elementos datantes intrínsecos a cada estrutura. Quadro 8 - Grupo de descritores relacionado com a caracterização das estruturas

4.1.2.3

R

EGISTO FOTOGRÁFICO

O registo fotográfico realizado teve como objetivos a obtenção de imagens dos sítios com valor patrimonial na área que será afetada por esta obra.

4.1.2.4

R

EGISTO CARTOGRÁFICO

A área de projecto foi demarcada na Carta Militar de Portugal (Anexo I, Figura 1; escala 1:25.000), designadamente na folha n.º 611.

As ocorrências patrimoniais foram apresentadas no cartografia de projeto, à escala 1: 5000 (Anexo I, Figura 2) e os graus de visibilidades têm o mesmo suporte cartográfico (Anexo I, Figura 3).

N.º Designação Concelho Freguesia M P

01 Bela Mandil 3 Olhão Pechão 224003 7349 2 Bela Mandil/Belamandil Olhão Pechão 223737 7445 3 Terraços de Bela Mandil Olhão Pechão 224160 7960 4 Quinta de Bela Mandil Olhão Pechão 223748 7789 5 Bela Mandil 4 Olhão Pechão 224120 8157 6 Belo Monte de Cima Olhão Pechão 224200 8700 7 João de Ourém 1 Olhão Pechão 224581 8865 8 João de Ourém Olhão Pechão 224600 9000 9 Arrochela 1 Olhão Pechão 224658 9293 10 Arrochela 2 Olhão Pechão 224919 9184

(72)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 14

N.º Designação Concelho Freguesia M P

11 Quinta do Calhau 1 Olhão Pechão 225198 9150 12 Quinta do Calhau 2 Olhão Quelfes 225492 9210 13 Quinta do Major 2 Olhão Quelfes 225781 9417 14 Quinta do Major 1 Olhão Quelfes 226085 9348 15 Quinta do Major 3 Olhão Quelfes 226160 9544 16 Cemitério de Olhão Olhão Quelfes 227113 9449 17 Casinha da Glória Olhão Quelfes 227247 9287 18 Piares 1 Olhão Quelfes 227524 9053 19 Piares 2 Olhão Quelfes 227629 9048

20 Piares Olhão Quelfes 227951 8668

21 Torrejão Olhão Pechão 223701 7101

22 Torrejão Velho 2 Olhão Pechão 223821 7090

Quadro 9 – Localização das Ocorrências Patrimoniais identificadas na área de estudo

4.1.3 Valor patrimonial

O processo de avaliação de impactes começa com a avaliação do Valor Patrimonial de cada sítio localizado exclusivamente nos troços alternativos, sendo importante referir que não se fez a avaliação patrimonial dos sítios que não foram relocalizados ou observados no terreno.

A avaliação do Valor Patrimonial é obtida a partir dos descritores

considerados mais importantes para calcular o valor patrimonial de cada sítio. O seu valor patrimonial é obtido usando as categorias apresentadas no Quadro 10, às quais é atribuída uma valoração quantitativa.

Valor da Inserção Paisagística 2 Valor da Conservação 3 Valor da Monumentalidade 2 Valor da raridade (regional) 4 Valor cientifico 7 Valor histórico 5 Valor Simbólico 5

Quadro 10 – Fatores usados na Avaliação Patrimonial e respetiva ponderação

Por Valor da Inserção Paisagística entende-se a forma como o sítio se relaciona com o espaço envolvente, se esta relação acrescenta ou não valor ao sítio, assim como a avaliação da qualidade desse espaço. Se, por exemplo, a paisagem onde o sítio se encontra se apresentar semelhante à paisagem original, entenda-se a paisagem contemporânea da construção e utilização do sítio, a sua inserção paisagística será considerada “com interesse”.

Se não for possível determinar este valor, o mesmo não contribuirá para o cálculo do Valor Patrimonial.

(73)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 15

Com Interesse 5 Com pouco interesse 2 Sem Interesse 1 Indeterminável Nulo

Quadro 11 - Descritores do Valor da inserção paisagística e respetivo valor numérico

O Valor da Conservação avalia o estado de conservação da incidência

patrimonial em questão. Do valor deste item pode depender uma decisão de conservação e/ou restauro de um sítio, já que é mais profícuo, se todas as outras variáveis forem iguais, investir na conservação de um sítio em bom estado do que num sítio em mau estado.

O nível de conservação de um sítio soterrado é desconhecido, portanto este critério não será tido em conta na determinação do Valor Patrimonial.

Bom 5

Regular 2 Mau 1 Desconhecido Nulo

Quadro 12 - Descritores do Valor da Conservação e respetivo valor numérico

O Valor da Monumentalidade considera o impacto visual da incidência patrimonial no meio envolvente, dadas as suas características arquitetónicas e artísticas. Avalia simultaneamente o impacto que resulta de uma intenção evidente dos construtores do sítio em questão e o impacto que é atualmente observável, que decorre da evolução do sítio e da paisagem onde se insere, assim como da evolução das categorias culturais que reconhecem, ou não, a monumentalidade de um sítio.

É claro que a atribuição deste valor deve ser avaliada regionalmente. A

valorização das suas características arquitetónicas e artísticas será feita tendo em consideração a sua relevância a nível regional.

Também neste caso não será possível determinar o Valor da Monumentalidade de um sítio totalmente enterrado e nesse caso este critério não será tido em conta na determinação do Valor Patrimonial.

Elevado 5 Médio 2 Reduzido 1 Indeterminável Nulo

Quadro 13 - Descritores do Valor da Monumentalidade e respetivo valor numérico

O Valor da Raridade é determinado pela quantidade de ocorrências patrimoniais com as mesmas características daquela que se encontra em avaliação na região em estudo. Haverá situações, por incapacidade de

caracterizar convenientemente o objeto em estudo, em que se desconhecerá a raridade do mesmo. Nesse caso este critério não será tido em conta na determinação do Valor Patrimonial.

(74)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 16 Único 5 Raro 4 Regular 2 Frequente 1 Desconhecido Nulo

Quadro 14 - Descritores do Valor da Raridade e respetivo valor numérico

O Valor científico é o resultado do potencial que se atribui, ao sítio em avaliação, para o conhecimento das sociedades que o construíram e

utilizaram. Este valor é independente da antiguidade atribuída à incidência patrimonial em questão.

Mais uma vez, se este valor for indeterminável, não será tido em conta na determinação do Valor Patrimonial.

Elevado 5 Médio 2 Reduzido 1 Indeterminável Nulo

Quadro 15 - Descritores do Valor científico e respetivo valor numérico

No Valor histórico valoriza-se a importância que a incidência patrimonial tem como objeto representativo de um determinado período histórico na região em questão. Neste caso a antiguidade do objeto já será considerada, visto que, em geral, conservam-se menos vestígios dos períodos históricos mais recuados, o que aumenta a importância de cada vestígio singular.

Também é considerado na atribuição deste valor que para o conhecimento das sociedades pré-históricas, assim como para o conhecimento de muitos aspetos das sociedades históricas e mesmo contemporâneas, os vestígios materiais são a única fonte de informação disponível.

Também neste caso é possível que este valor seja indeterminável e consequentemente não será utilizado no cálculo do valor patrimonial.

Elevado 5 Médio 2 Reduzido 1 Indeterminável Nulo

Quadro 16 - Descritores do Valor histórico e respetivo valor numérico

Com o Valor simbólico pretende-se avaliar a importância que a incidência patrimonial tem para as comunidades que usufruem dela atualmente. A atribuição deste valor depende da perceção do lugar do objeto na identidade comunitária, da relação afetiva que as populações mantêm com ele, da importância na sua vivência social e religiosa. Se não for possível determinar este valor, o mesmo não será usado para calcular o Valor Patrimonial.

Elevado 5 Médio 2 Reduzido 1 Indeterminável Nulo

(75)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 17

O Valor Patrimonial resulta pois da avaliação dos sete fatores anteriormente descritos. Esta avaliação decorre da observação do sítio e análise da

informação existente sobre o mesmo. Classifica-se cada sítio segundo um determinado “valor” (Inserção Paisagística, Conservação, Monumentalidade, etc.), através de uma valoração qualitativa (Elevado, Médio, Reduzido, por exemplo) à qual é atribuído um valor numérico conforme os quadros

anteriores.

Como se considera que os ditos fatores não devem pesar da mesma forma no Valor Patrimonial, são ponderados de forma diferenciada, conforme os valores apresentados no Quadro 9.

Assim, o Valor Patrimonial é um índice que resulta da soma dos produtos dos vários critérios apresentados com o valor de ponderação, dividida pelo

número total de categorias consideradas, ou seja:

(Valor da Inserção Paisagística*2) + (Valor da Conservação*3) + (Valor da Monumentalidade*2) + (Valor da raridade*4) + (Valor cientifico*7) + (Valor histórico*5) + (Valor Simbólico*5) / 7

Se todos os fatores forem considerados, o Valor Patrimonial mais baixo atribuível será igual a 4, enquanto o valor mais alto será igual a 20. Só será obtido um valor patrimonial inferior a 4, o que corresponde à Classe E de Valor Patrimonial, se os únicos fatores considerados no cálculo do Valor

Patrimonial forem aqueles cujo grau de ponderação é o mais baixo, a saber, o Valor da Inserção Paisagística, o Valor da Conservação e o Valor da

Monumentalidade. Num caso destes, o Valor Patrimonial obtido reflete

sobretudo o desconhecimento acerca da incidência patrimonial em questão e portanto deve ser manuseado com muita cautela.

Conforme o Valor Patrimonial cada incidência patrimonial é atribuível a uma Classe de Valor Patrimonial, correspondendo a Classe A às ocorrências patrimoniais de valor mais elevado e a classe E às ocorrências patrimoniais com menor valor.

Significado Classe de Valor Patrimonial Valor Patrimonial

Muito elevado A ≥16 ≤20

Elevado B ≥12 <16

Médio C ≥8 <12

Reduzido D ≥4 <8

Muito reduzido E < 4

Quadro 18 - Relação entre as Classes de Valor Patrimonial e o Valor Patrimonial

4.2

Localização geográfica e administrativa

Este projecto desenvolve-se no Distrito de Faro, concelho de Olhão, freguesias de Pechão e Quelfes.

(76)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 18

4.3

Breve enquadramento histórico

O estudo da ocupação humana no território onde se desenvolve este projeto tem como objetivo, no âmbito deste trabalho, compreender a evolução da ocupação humana neste espaço específico, de forma a melhor enquadrar e avaliar as incidências patrimoniais identificadas e os futuros impactos sobre a paisagem cultural que resultarão desta obra.

O período paleolítico ainda é mal conhecido no sotavento algarvio, sendo a maior parte dos sítios escavados e com estratigrafias fiáveis conhecidos principalmente na região de Vila do Bispo, Lagos, Silves (Bicho, 2006). Nas freguesias em estudo só se conhece um sítio de cronologia paleolítica em Quelfes (Cavacos, CNS 7667), uma estação de ar livre cujos materiais líticos se apresentam em posição secundária e os chamados Terraços de Bela Mandil (n.º 3) em Pechão, uma formação geológica onde apareceram materiais líticos talhados de cronologia indeterminada (Pereira et alli, 2005b), mas que pela aparência poderão ser paleolíticos.

A pré-história recente do concelho de Olhão e desta área em particular é também mal conhecida, pautando-se os sítios conhecidos por serem achados isolados, como um ídolo de calcário na freguesia de Moncarapacho atribuído ao período Calcolítico (sítio de Barria, CNS 8199) e o sítio de Piares (n.º 20, duas mós manuais). Não há referências no Endovélico a nenhum sítio Neolítico no concelho e na Idade do Bronze apenas há sítios de tipologia funerária, três necrópoles na freguesia de Moncarapacho (Foupana, CNS 7503; Canada de Bias, CNS 7670; Serro do Argil, CNS 8049).

A escassez de dados para este concelho continua para o período da Idade do Ferro, onde igualmente não há registos no Endovélico, panorama que se altera para a época romana, onde são vários os vestígios inventariados. Só na freguesia de Quelfes há seis ocorrências, estando três delas relacionadas com a produção industrial de produtos piscícolas: Quelfes e Ria Formosa

(respectivamente CNS 24363 e 2746, que são duas cetárias) e Quinta de Marim 1 (CNS 7061, um complexo industrial que inclui um “conjunto de seis tanques de salga de peixe, armazéns, duas caldeiras e um forno de cal”).

A tipologia das outras ocorrências de Quelfes e as da freguesia de Pechão relacionam-se com a vida e morte das populações que habitavam esta zona da costa algarvia: uma villa (Quinta de Marim 3, CNS 583), uma estrutura que foi

identificada como um balneário (Torrejão Velho, CNS 62518), uma ponte

(Ponte romana de Quelfes, CNS 256) e no âmbito funerário uma necrópole (Bela Mandil, n.º 2) e uma inscrição (Quinta de Marim 2, CNS 2724).

No período medieval islâmico, as ocorrências não são muito abundantes no concelho e até ao estado actual da investigação parecem concentrar-se mais na freguesia de Moncarapacho (6 em 7 ocorrências no concelho, registadas no Endovélico). Nenhuma foi identificada nestas duas freguesias em estudo.

8

Embora a cronologia atribuída no Endovélico seja “indeterminada”, a descrição das estruturas e dos materiais apontam para o período romano.

(77)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 19

Já em período cristão, as duas ocorrências registadas em Pechão relacionam-se com aspectos da vivência quotidiana: no sítio designado Paraíso (CNS

18841) identificaram-se vestígios de casas de pedra e cerâmicas à superfície e no sítio Pechão (CNS 8203) igualmente cerâmicas à superfície. Quelfes não regista no Endovélico nenhuma ocorrência medieval, embora a Torre de Quatrim (CNS 8040), dada como de cronologia indeterminada, possa ser de cronologia medieval (Marques, coord., 1995, 67).

A referência mais antiga conhecida para o nome de Olhão é de 1378, numa carta do rei D. Fernando e é no século XVII que a povoação é mencionada como tendo alguma importância. Em 1614 Olhão pertence à freguesia de São Sebastião de Quelfes e as suas habitações eram cabanas e palhotas. O

primeiro edifício de pedra foi a Ermida de nossa Senhora da Soledade, que já existe em 1665 (S.A., 1994, 6-7). Constitui-se como freguesia própria em 1695, após os seus cerca de 800 habitantes o terem assim requerido (CMO, [2011c]).

Ao longo do séc. XVIII assiste-se a um grande crescimento populacional e urbanístico de Olhão, sendo as cabanas substituídas progressivamente por construções de pedra. A frota de pesca era numerosa e os seus cerca de 2500 habitantes viviam somente dessa actividade. Após se refazer dos estragos provocados pelo terramoto de 1755, Olhão seria uma das maiores povoações do Algarve (S.A., 1994, 7).

Tendo tido um papel importante na luta contra os invasores franceses nos inícios do séc. XIX, Olhão foi elevada a vila em 1808 (Vila de Olhão da Restauração) e em 1826 foi constituído o concelho de Olhão.

A freguesia de Pechão constituiu-se por desanexação da de São Pedro de Faro,

em data indeterminada9, embora continuasse a pertencer ao seu termo. Em

1727 tinha 128 fogos e o seu território era no século XIX “(…) em grande parte occupado por montes incultos; mas nos sítios cultivados produz muitos

cereaes, alfarrobas, algum vinho, e grande abundancia de figos.” (Leal, 1875, 515).

A freguesia de Quelfes também foi criada a partir da sua desanexação da freguesia de São Pedro de Faro, cerca do ano de 1614 e também ficou a pertencer ao seu termo (CMO, [2011b]).

9

Mas anteriormente a 1680, data em que é referida a Paróquia de Pechão nos Registos Paroquiais de Santa Catarina da Fonte do Bispo (CMO, [2011 a])

(78)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 20

N.º Designação Tipo de Sítio CNS Classificação Legislação Cronologia Bibliografia

1 Bela Mandil 3 Nora --- --- --- Contemporâneo Albergaria e Quelhas, 2011a, n.º 1; Pereira et alli, 2005c, nº 10

2 Bela Mandil/Belamandil Necrópole 955

Sítio com interesse arqueológico

PDM de Olhão, art. 36º, n.º 2 e 3; Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, art. 47º e Anexo III

Romano

Alarcão, 1988; Albergaria, 2011a, n.º 14; Cartó, 2008, 4-5, 7-8, 16-18, 21, 26, 28-29, 60-62; Marques et alli, 1995, 91-93; Santos, 1972, 2: 247-248

3 Terraços de Bela Mandil Vestígios de superfície --- --- --- Paleolítico Albergaria, Quelhas, 2011a, n.º 2; Pereira et alli, 2005b, n.º 13

4 Quinta de Bela Mandil Conjunto edificado --- --- --- Contemporâneo Gaspar, 2008, n.º 10

5 Bela Mandil 4 Forno de cal --- --- --- Contemporâneo Albergaria e Quelhas, 2011a, n.º 3; Gaspar, 2008, n.º 8

6 Belo Monte de Cima Necrópole 8045 --- --- Indeterminado Marques et alli, 1995

7 João de Ourém 1 Vestígios de superfície --- --- --- Moderno/contemporâneo Albergaria e Quelhas, 2011a, n.º 4

8 João de Ourém Silo 2568 --- --- Indeterminado Albergaria e Quelhas, 2011a, n.º 5; Marques et alli, 1995

9 Arrochela 1 Edifício --- --- --- Contemporâneo

10 Arrochela 2 Casa de apoio agrícola --- --- --- Contemporâneo

11 Quinta do Calhau 1 Conjunto edificado --- --- --- Contemporâneo

12 Quinta do Calhau 2 Vestígios de superfície --- --- --- Moderno/contemporâneo

13 Quinta do Major 2 Vestígios de superfície --- --- --- Moderno/contemporâneo Albergaria e Quelhas, 2011a, n.º 6

14 Quinta do Major 1 Vestígios de superfície --- --- --- Moderno/contemporâneo Albergaria e Quelhas, 2011a, n.º 7

15 Quinta do Major 3 Eira --- --- --- Contemporâneo

16 Cemitério de Olhão Cemitério --- --- --- Contemporâneo

17 Casinha da Glória Vestígios de superfície --- --- --- Moderno/contemporâneo

18 Piares 1 Vestígios de superfície --- --- --- Moderno/contemporâneo Albergaria e Quelhas, 2011a, n.º 8

19 Piares 2 Edifício --- --- --- Contemporâneo

20 Piares Achados Isolados --- --- --- Neo-calcolítico Albergaria e Quelhas, 2011a, n.º 9; Calado, 2000, n.º 21

21 Torrejão Núcleo de povoamento (?) 0 Património

construído

PDM de Olhão, art. 36º, n.º 1, alínea 5 e Planta de Ordenamento -síntese,

Elementos de património construído, n.º 5

Contemporâneo

22 Torrejão Velho 2 Vestígios de superfície --- --- --- Romano/Medieval Islâmico (?) Albergaria, 2011a, n.º 13; Cartó, 2008, 7, 15-16, 19-20, 26-27,

55-57 Quadro 19 - Lista de Ocorrências Patrimoniais identificadas na área de enquadramento histórico

(79)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 21

4.4

Fator de Património

4.4.1 Caraterização da paisagem e do terreno

O projecto da Variante de Olhão vai atravessar uma área com alguma ocupação humana recente, de pequena densidade. Esta situação constituiu uma importante condicionante aos trabalhos de campo devido à existência de muitas propriedades vedadas ao acesso público.

Figura 1 - Vista geral do terreno (áreas semi-urbanas, vedadas ao acesso público)

Figura 2 - Vista geral do terreno (solo urbano)

Como o relevo é pouco acentuado (predomínio de zonas planas, colinas suaves e vales muito abertos, sem ribeiros) não houve grandes obstáculos orográficos ao percurso pedestre.

A vegetação do terreno foi maioritariamente boa devido à presença de parcelas agrícolas recentes ou abandonadas há relativamente pouco tempo. Contudo, registaram-se apenas pequenas manchas de mato denso (média visibilidade) e de eucaliptal (média visibilidade).

(80)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 22

Figura 3 - Vista geral do terreno (visibilidade média do terreno)

Figura 4 - Vista geral do terreno (visibilidade média do terreno)

(81)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 23

4.4.2 Caraterização patrimonial

Os trabalhos realizados com a finalidade de proceder à seleção do corredor da rodovia contribuíram para o inventário de 20 ocorrências patrimoniais: 1 nora (n.º 1), 2 necrópoles (n.º 2 e n.º 6), 8 locais com vestígios arqueológicos à superfície (n.º 3, n.º 7, n.º 12, n.º 13, n.º 14, n.º 17, n.º 18 e n.º 20), 3 conjuntos edificados (n.º 4, n.º 11 e n.º 19), 1 forno de cal (n.º 5), 1 silo escavado na rocha (n.º 8), 1 edifício (n.º 9), 1 casa de apoio agrícola (n.º 11), 1 eira (n.º 15) e 1 cemitério (n.º 16).

A distribuição linear destas 20 ocorrências pelas 2 soluções em estudo é a seguinte: Solução A – 15 registos; Solução B – 15 registos.

Alternativa N.º Registo N.º Total

Solução A 2,3,4,5,6,9,10,11,12,14,16,17,18,19,20 15 Solução B 1,3,5,7,8,10,11,13,14,15,16,17,18,19,20 15

Total 39

Quadro 20 – Distribuição das ocorrências patrimoniais pelos corredores alternativos

Solução A Solução B

Dist Eixo Dist.Limite Dist Eixo Dist.Limite

N.º Tipo de Sítio Trecho Km Dist (m) Km Dist (m) Km Dist (m) Km Dist (m)

1 Bela Mandil 3 1 0+126 > 100 0.126 > 100 0+149 22 0+149 12

2 Bela Mandil/Belamandil 1 0+058/0+344 17 0+058/344 11 0+063/0+366 > 100 0+063/0+366 > 100 3 Terraços de Bela Mandil 1 0+700/0+969 0 0+700/0+969 0 0+446/1+024 0 0+700/0+969 0

4 Quinta de Bela Mandil 1 0+532 43 0+532 33 0+544 > 100 0+544 > 100

5 Bela Mandil 4 1 1+067 29 1+067 18 0+971 0 0+971 0

6 Belo Monte de Cima 2 1+569 83 1+569 92 1+539 > 100 1+539 > 100

7 João de Ourém 1 2 1+987 > 100 1+987 > 100 1+845 79 1+845 72

8 João de Ourém 2 2+176 > 100 2+176 > 100 1+982 29 1+982 23

9 Arrochela 1 2 2+376 65 2+376 60 2+032 > 100 2+032 > 100

10 Arrochela 2 2 2+525 73 2+525 67 2+352 59 2+352 54

11 Quinta do Calhau 1 2 2+885 73 2+885 66 2+615 (BA2) 49 2+615 (BA2) 41

12 Quinta do Calhau 2 3 3+127/3+258 0 3+127/3+258 0 2+822/3+050 > 100 2+822/3+050 > 100

13 Quinta do Major 2 3 3+515 > 100 3+515 > 100 3+282 10 3+282 2

14 Quinta do Major 1 3 3+756/3+858 0 3+756/3+858 0 3+488/3+611 63 3+488/3+611 52

15 Quinta do Major 3 3 3+933 > 100 3+933 > 100 3+691 92 3+691 85

16 Cemitério de Olhão 3 5+000 42 5+000 37 4+500 (v) 31 4+500 (v) 29

17 Casinha da Glória 4 5+160 (AB3) 17 5+160 (AB3) 6 4+739/4+772 0 4+739/4+772 0

18 Piares 1 4 5+535/5+577 0 5+535/5+577 0 5+100/5+150 0 5+100/5+150 0

19 Piares 2 4 5+629 23 5+629 4 5+208 (v) 23 5+208 (v) 4

20 Piares 4 6+137 25 6+137 18 5+699 25 5+699 15

(82)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 24

4.4.2.1

S

OLUÇÃO

A

A Solução A agrupa 15 ocorrências patrimonias com valor patrimonial: • Troço 1: n.º 2/CNS 955; n.º 3, n.º 4 e n.º 5 (2 potenciais sítios

arqueologicos, 1 conjunto edificado e 1 forno de cal).

• Troço 2: n.º 6/CNS 8045, n.º 9, n.º 10 e n.º 11 (1 potencial sítio

arqueológico e 3 edíficios com significado arquitetónico e etnográfico). • Troço 3: n.º 12, n.º 14 e n.º 16 (2 potenciais sítios arqueológicos e 1

cemitério).

• Troço 4: n.º 17, n.º 18, n.º 19 e n.º 20 (3 potenciais sítios arqueológicos e 1 antiga quinta).

Neste grupo de ocorrências patrimoniais convém destacar a ausência de ocorrências patrimoniais com classificação oficial (Monumento Nacional, Imóvel de Interesse Público, Imóvel de Interesse Concelhio ou em Imóvel em Vias de Classificação). Contudo, o sítio de Bela Mandil (n.º2/CNS 955)

encontra-se inventariado no Plano Diretor Municipal de Olhão, classificado com sítio com interesse arqueológico (PDM de Olhão, art. 36º, n.º 2 e 3) e no Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, art. 47º e Anexo III

N.º Designação Tipo de Sítio CNS Cronologia Valor Patrimonial Classe de Valor Patrimonial

2 Bela Mandil/Belamandil Necrópole 955 Romano --- ---

3 Terraços de Bela Mandil Vestígios de superfície --- Paleolítico 12,14 C 4 Quinta de Bela Mandil Conjunto edificado --- Contemporâneo --- ---

5 Bela Mandil 4 Forno de cal --- Contemporâneo 4 D

6 Belo Monte de Cima Necrópole 8045 Indeterminado --- ---

9 Arrochela 1 Edifício --- Contemporâneo 4,28 D

10 Arrochela 2 Casa de apoio agrícola --- Contemporâneo 4 D

11 Quinta do Calhau 1 Conjunto edificado --- Contemporâneo 4 D

12 Quinta do Calhau 2 Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 5,14 D 14 Quinta do Major 1 Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 4,85 D

16 Cemitério de Olhão Cemitério --- Contemporâneo 9,14 C

17 Casinha da Glória Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 4,85 D 18 Piares 1 Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 4,85 D

19 Piares 2 Conjunto edificado --- Contemporâneo 4,71 D

20 Piares Achados Isolados --- Neo-calcolítico --- ---

Quadro 22 – Valor patrimonial das ocorrências localizadas na área de incidência do projeto (Solução A)

A análise do valor patrimonial das 15 ocorrências revela a preponderância das Classes de Valor Médio (2 registos) e de Valor Reduzido (9 registos). Os

resultados explicam-se pelo mau estado de conservação e da frequência dos conjuntos edificados e das estruturas de natureza etnográfica, bem como, do pouco valor histórico e científico dos vestígios arqueológicos identificados à superfície.

(83)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 25

4.4.2.2

S

OLUÇÃO

B

A Solução B agrupa 15 ocorrências patrimonias com valor patrimonial: • Trecho 1: n.º 1, n.º 3, n.º 5 (1 nora, 1 forno de cal e 1 potencial sítio

arqueológico)

• Trecho 2: n.º 7, n.º 8/CNS 2568, n.º 10 e n.º 11 (2 potenciais sítios arqueológicos e 2 edíficios com significado arquitetónico e

etnográfico).

• Trecho 3: n.º 13, n.º 14, n.º 15, n.º 16 (2 potenciais sítios arqueológcos arqueológicos, 1 eira e 1 cemitério).

• Trecho 4: n.º 17, n.º 18, n.º 19 e n.º 20 (3 potenciais sítios arqueológicos e 1 antiga quinta).

Neste conjunto de ocorrências patrimoniais saliente-se a ausência de ocorrências patrimoniais com classificação oficial (Monumento Nacional, Imóvel de Interesse Público, Imóvel de Interesse Concelhio ou em Imóvel em Vias de Classificação).

N.º Designação Tipo de Sítio CNS Cronologia Valor Patrimonial

Classe de Valor Patrimonial

1 Bela Mandil 3 Nora --- Contemporâneo 5,71 D

3 Terraços de Bela Mandil Vestígios de superfície --- Paleolítico 12,14 C

5 Bela Mandil 4 Forno de cal --- Contemporâneo 4 D

7 João de Ourém 1 Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 4,85 D

8 João de Ourém Silo 2568 Indeterminado --- ---

10 Arrochela 2 Casa de apoio agrícola --- Contemporâneo 4 D

11 Quinta do Calhau 1 Conjunto edificado --- Contemporâneo 4 D 13 Quinta do Major 2 Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 5,14 D 14 Quinta do Major 1 Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 4,85 D

15 Quinta do Major 3 Eira --- Contemporâneo 4,57 D

16 Cemitério de Olhão Cemitério --- Contemporâneo 9,14 C

17 Casinha da Glória Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 4,85 D 18 Piares 1 Vestígios de superfície --- Moderno/contemporâneo 4,85 D

19 Piares 2 Conjunto edificado --- Contemporâneo 4,71 D

20 Piares Achados Isolados --- Neo-calcolítico --- ---

Quadro 23 – Valor patrimonial das ocorrências localizadas na área de incidência do projeto

Como na Solução A, a análise do valor patrimonial das 15 ocorrências revela o predomínio das Classes de Valor Médio (2 registos) e de Valor Reduzido (11 registos). Os resultados explicam-se pelos mesmos motivos: a ruína e o elevado número de conjuntos edificados e de construções de natureza etnográfica; reduzido valor histórico e científico dos vestígios arqueológicos identificados à superfície do solo

(84)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 26

5

Avaliação de Impacte Patrimonial e Avaliação

Comparativa de Soluções

5.1

Metodologia

O processo de avaliação de impactes começa com a avaliação do Valor Patrimonial de cada sítio localizado exclusivamente na área de projeto. Depois, é determinado o Valor de Impacte Patrimonial, a partir da relação existente entre o Valor Patrimonial de cada sítio e a magnitude de impacte (Intensidade de afetação e Área de impacte) previsto para cada ocorrência patrimonial.

5.1.1 Caraterização e avaliação de impactes

A caracterização e avaliação de impactes patrimoniais baseiam-se em dois descritores essenciais, como a natureza do impacte e a incidência de

impacte, e descritores cumulativos, como a duração do impacte e o tipo de ocorrência.

Negativo Quando a ação provoca um efeito prejudicial na incidência patrimonial. Positivo Quando a ação provoca um efeito benéfico na incidência patrimonial.

Nulo Quando a ação não provoca qualquer efeito.

Quadro 24 – Natureza de Impacte

Direto Quando o impacte se faz sentir diretamente sobre a incidência patrimonial (faixa de expropriação do terreno). Indireto Quando o impacte produz um efeito indireto sobre a incidência patrimonial.

Nulo Quando o impacte não provoca qualquer efeito.

Quadro 25 – Incidência de Impacte

Permanente Quando o impacte é permanente.

Temporário Quando o impacte é temporário.

Nulo Quando não há impacte.

Quadro 26 – Duração de Impacte

Certo Quando existe a certeza do impacte direto na Incidência Patrimonial. Provável Quando é provável o impacte direto na Incidência Patrimonial. Incerto Quando é incerto o impacte direto na Incidência Patrimonial.

Nulo Quando não há impacte.

Quadro 27 – Tipo de Ocorrência

Local Quando há impacte local.

Regional Quando há impacte na regional.

Nacional ou supra-regional Quando há impacte nacional ou supra-regional. Nulo

Quadro 28 – Dimensão Espacial

Reversível Quando o impacte é reversível.

Irreversível Quando o impacte é irreversível.

Nulo

(85)

EIA (EP): Variante a Olhão (Olhão) 27

A avaliação de impactes patrimoniais tem de ter em consideração os múltiplos agentes de impacte associados a uma empreitada, mais concretamente a ação/tarefa que provoca o impacte negativo direto na ocorrência patrimonial.

Escavação do solo Abertura de valas Desmatação do terreno Terraplanagem da superfície do solo Aterro da superfície do solo Áreas de depósito sobre a superfície do solo Empréstimo de inertes Abertura de pedreira Abertura de acessos Alargamento de acessos existentes Circulação de maquinaria Implantação de estaleiro Quadro 30 – Agentes de impacte

5.1.2 Valor de impacte patrimonial

O Valor de Impacte Patrimonial é o índice que relaciona o Valor Patrimonial com os impactes previstos para cada sítio. Deste índice resultará a

hierarquização dos sítios no âmbito da avaliação de impactes patrimoniais e condicionará as medidas de minimização de impacte negativo propostas. O Valor de Impacte Patrimonial relaciona o Valor Patrimonial com o Grau de Intensidade de Afetação e o Grau da Área afetada. Aos dois últimos fatores é atribuído um valor numérico conforme os Quadros 28 e 29.

O Valor de Impacte Patrimonial é obtido através da seguinte fórmula: (Valor Patrimonial/2) * [(Grau de Intensidade de Afetação*1,5 + Grau da Área Afetada) /2].

Nesta fórmula reduz-se a metade o Valor Patrimonial para que seja sobretudo o peso da afetação prevista a determinar o Valor de Impacte Patrimonial. Pretende-se, assim, que a determinação das medidas de minimização a implementar dependa sobretudo da afetação prevista para determinada incidência patrimonial.

O Grau de Intensidade de Afetação é potenciado em um e meio em relação ao Grau da Área Afetada, de forma a lhe dar maior peso no Valor de Impacte Patrimonial, pois considera-se que é sobretudo daquele que depende a conservação de determinada incidência patrimonial. No entanto, ambos os valores são as duas faces da mesma moeda, e para que o seu peso não seja exagerado neste índice, o resultado da sua soma é dividido por dois.

Máxima 5 Elevada 4 Média 3 Mínima 2 Residual 1 Inexistente 0

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