3º Trimestre de 2008
14 de Novembro de 2008
Data: Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008
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Faturamento bate novo recorde e EBITDA avança 42,9%
Barretos, 14 de novembro de 2008 – O Minerva (BOVESPA: BEEF3; Bloomberg: BEEF3.BZ;
Reuters: BEEF3.SA), um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne in natura, couros e boi vivo, anuncia hoje seus resultados referentes ao 3º trimestre de 2008 (3T08). As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em BRGAAP e em Reais (R$), e as comparações referem-se ao mesmo período de 2007.
A Companhia finalizou o trimestre com disponibilidade em caixa e equivalentes de R$ 565,5milhões, representando três vezes os vencimentos da dívida de curto prazo. Em termos de
prazo, 83% do endividamento bruto está no longo prazo, apresentando uma melhora se comparado com junho, o que minimiza riscos de refinanciamento provando que mesmo num período de maior volatilidade a empresa apresentou credibilidade para novas captações alongando o perfil da dívida.
Mesmo com o período altamente turbulento nos mercados financeiros mundiais, o Minervaatingiu um novo recorde de faturamento líquido no 3T08 de R$ 624,5 milhões, ou
crescimento orgânico de 53,9% em relação ao 3T07 impulsionado pelas vendas da divisão carnes no mercado interno que avançaram 103,9% no mesmo período, demonstração da contínua forte performance do consumo interno no país. No 4T08, a Companhia inaugura centros de distribuição em dois novos estados brasileiros.
O preço médio da carne in natura avançou 46% (68% em dólar) e 41% no mercado externo edoméstico, respectivamente. O sucesso no repasse de preços reflete a eficiente política
comercial de distribuição pulverizada, atingindo o pequeno e o médio varejo no mercado interno, e o sólido posicionamento nos mercados crescentes e rentáveis como Oriente Médio, Ásia e Venezuela.
Apesar dos maiores custos de produção, o EBITDA apresentou forte crescimento orgânicode 42,9% no 3T08 em relação ao 3T07, e 48,1% nos 9M08. A contração de margem no trimestre
reflete a valorização do real (13% taxa média), aumento do custo da matéria prima, maiores despesas com marketing e ajustes não recorrentes com PDD (R$3,1 milhões).
O efeito da variação monetária e cambial da Companhia em moeda estrangeira, decorrenteda desvalorização do real no final de setembro, resultou numa despesa de R$80,7 milhões, um efeito contábil (não caixa), que fez com que o resultado líquido ficasse negativo em R$ 55,2 milhões ante um lucro líquido ajustado de R$ 14,6 milhões registrado no 3T07.
Principais Indicadores
3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Cabeças de Gado Abatidas (em milhares) 283 232 22,0% 826 667 23,8% 1.072 892 20,2% Volume de Vendas (em milhares de tons) 71,1 58,2 22,1% 206,6 168,8 22,4% 268,5 232,0 15,8%
Financeiros (R$ milhões) Receita Bruta 678,7 436,9 55,3% 1.799,5 1.132,3 58,9% 2.287,3 1.538,0 48,7% Mercado Interno 238,9 126,9 88,2% 642,2 300,6 113,6% 818,0 393,9 107,6% Mercado Externo 439,8 310,0 41,9% 1.157,4 831,7 39,2% 1.469,3 1.144,0 28,4% Receita Líquida 624,5 405,8 53,9% 1.655,3 1.016,0 62,9% 2.101,9 1.378,3 52,5% EBITDA Ajustado** 40,7 28,5 42,9% 123,9 83,6 48,1% 160,9 117,3 37,2% Margem EBITDA (%) 6,5% 7,0% -0,5 p.p 7,5% 8,2% -0,7 p.p 7,7% 8,5% -0,9 p.p
Lucro Líquido Ajustado** (55,2) 14,6 NA (35,8) 47,1 NA (20,5) 72,1 NA
Margem Líquida (%) -8,8% 3,6% -12,4 p.p -2,2% 4,6% -6,8 p.p -1,0% 5,2% -6,2 p.p
* Acumulado de 12 meses
** Excluídas as despesas com IPO e emissão do Bond (e seu efeito tributário) no 3T07
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A sólida política financeira mantida pelo Minerva e sempre pautada em um conservadorismo saudável que prioriza a preservação de elevada liquidez se mostra, mais uma vez, como uma estratégia acertada. A empresa se preparou para este momento financeiro turbulento e mesmo diante do cenário adverso tem fôlego para o crescimento e para aproveitar as oportunidades do mercado. O Minerva fecha o terceiro trimestre do ano com uma forte posição de caixa, sem derivativos alavancados e com 83% de sua dívida concentrada no longo prazo, o que garante uma posição confortável, perante a crise financeira internacional.
A empresa também manteve o foco em suas atividades ligadas à carne bovina já que em um momento de crise o Minerva acredita que é sempre importante manter um foco e bem direcionado. Isto permitiu um trimestre com crescimento orgânico de receita líquida, atingindo recorde de faturamento líquido, ganho de market share nos mercados interno e externo e forte crescimento do EBITDA de 43% na comparação com o mesmo período o ano anterior. Mantido o cenário de câmbio atual, a receita líquida de vendas tende a se beneficiar com o dólar mais valorizado, uma vez que aproximadamente 65% desta está vinculada à moeda americana. Esse efeito ainda não foi visto no 3T08
O mercado interno foi mais uma vez um destaque no contexto geral da companhia no período e tem sido priorizado. O mercado brasileiro será menos afetado pela crise que afeta vários mercados do mundo, o que mostra mais uma vez, os acertados passos dados pelo Minerva que tem investido neste nicho aumentando sua atuação e consequentemente ganhando em market share. No 4T08 serão inaugurados mais dois Centros de Distribuição dando início às atividades da Companhia em dois novos estados brasileiros: Espírito Santo e Santa Catarina, que por sua vez se mostram mercados promissores. Já nas exportações também houve ganho de market share e um crescimento de receita considerado acima da média do setor.
Outro ponto a ser destacado neste 3T08 é que mesmo em um momento de escassez de matéria-prima para as indústrias do setor, natural no momento de entressafra da pecuária, o Minerva apresentou ganho de market share de abates: passou de 3,7% no 3T07 para 5,2% no 3T08, o que representa um ganho de 40%. A utilização da capacidade instalada da Companhia também ficou acima da média do setor: 82%. Enquanto isso, a maior parte do setor apresentou ociosidade, como já vinha acontecendo. Estes resultados ressaltam que o Minerva continua sendo uma empresa de grande credibilidade junto aos fornecedores, o que garante o fornecimento de animais mesmo no período de escassez. A diversificação geográfica dentro do país também é outra vantagem apresentada pela Companhia.
Mesmo com o momento sazonalmente fraco, o Minerva também acredita e reitera que o Brasil está bem posicionado e é o melhor país para se estar atualmente: é um grande produtor, a pecuária tem apresentado importantes avanços e demonstra força de investimento mesmo em um cenário de crédito restrito. Recentes estudos da União Européia, ou mesmo do Ministério da Agricultura coloca o share do Brasil no comércio externo de carne bovina nos próximos 10 anos entre 47% e 60%, respectivamente, significativamente acima dos atuais 30%.
O 3T08 também foi marcado pelo início das operações da Companhia no Paraguai. Mesmo sendo cedo para apresentar resultados (consolidação contábil no 4T08), existe uma boa expectativa com relação às atividades no país vizinho, que tem portas abertas para importantes mercados como o Chile e a União Européia.
Também neste período foi iniciada a fase de testes da fábrica da joint venture Minerva Dawn Farms. Mesmo com a crise internacional, o segmento de Food Service se mostra fortemente demandador de produtos customizados. A nova fábrica, localizada em Barretos (SP), junto a sede da Companhia, manteve as perspectivas juntos aos principais clientes nacionais e internacionais, que estão trabalhando conjuntamente no desenvolvimento de produtos especiais, dentro desta que será a mais moderna e versátil planta de proteínas para o segmento de Food Service no Brasil.
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Com uma política financeira que tem como meta a manutenção de sua liquidez através da conservação de um elevado saldo de caixa e aplicações financeiras de curto prazo, o Minerva não sofrerá impacto durante a turbulência que está afetando o mercado financeiro nas últimas semanas.
Alta Liquidez
A manutenção da liquidez foi atingida principalmente através da confortável posição de caixa e aplicações financeiras de curto prazo, fechando o mês de setembro com R$ 565,5 milhões, três vezes o montante de dívida de curto prazo e mais que o dobro das disponibilidades registradas em junho. Ressaltamos que o Minerva aplica seus recursos em instrumentos financeiros conservadores, em instituições sólidas e já tem aproximadamente 25% do montante denominado em dólares americanos.
R$ milhões 3T08 2T08 Var. % 3T07 Var. %
Dívida de Curto Prazo 185,8 165,3 12,3% 61,4 202,8% % Dívida de Curto Prazo 17,0% 23,6% -6,6 p.p 10,9% 6,1 p.p
Moeda Nacional 76,5 17,9 327,4% 8,6 788,2% Moeda Estrangeira 109,2 147,5 -25,9% 52,7 107,2%
Dívidas de Longo Prazo 905,3 535,1 69,2% 500,3 81,0% % Dívida de Longo Prazo 83,0% 76,4% 6,6 p.p 89,1% -6,1 p.p
Moeda Nacional 149,6 21,4 599,2% 25,9 478,1% Moeda Estrangeira 755,7 513,7 47,1% 474,4 59,1% Dívida Total 1.091,1 700,4 55,8% 561,6 94,3% Moeda Nacional 226,1 39,3 475,4% 34,5 555,6% Moeda Estrangeira 864,9 661,1 30,8% 527,8 63,9% (Disponibilidades) (565,5) (251,3) 125,0% (462,6) 22,2% (Recompra do Bond)* (9,6) (8,0) 20,3% - NA Dívida Líquida 516,0 441,2 17,0% 99,0 421,1% Divida Líquida/EBITDA 3,21 X 2,97 X 0,24 0,85 X 2,36
* Recompra de 5.000 mil USD valor nominal do dólar final de compra.
Em perfeito compasso, 83,0% do endividamento da Companhia está concentrado no longo prazo, apresentando, inclusive, uma melhora no perfil do endividamento se comparado ao mês de junho quando esse índice era de 76,4%.
Em 30 de setembro de 2008, a dívida financeira líquida do Minerva totalizava R$ 516,0 milhões, representando uma relação Dívida Líquida/EBITDA de 3,21x, mantendo-se dentro do padrão aceitável no curto prazo. O crescimento do endividamento líquido no trimestre é reflexo principalmente do impacto da variação cambial sobre os empréstimos em moeda estrangeira (câmbio final -20,3%), do programa de CAPEX e necessidade de capital de giro (clientes, estoques e impostos a recuperar) decorrente do acelerado crescimento das vendas da Companhia.
Vencimentos de Curto Prazo
Na tabela abaixo, mostramos os vencimentos da dívida de curto prazo por trimestre, além das parcelas em moeda estrangeira nos mesmos períodos. Conforme ilustramos, o endividamento de curto prazo vem de uma base diversificada e representa a boa credibilidade da companhia, sendo perfeitamente possível a renovação destas linhas.
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Dívida de Curto Prazo 4T08 1T09 2T09 3T09
ACC 8,7 23,3 - 4,6 Leasing 0,0 0,0 0,0 6,3 C.C.B 1,7 1,7 1,7 1,7 F.I.N.E.P 1,8 1,2 1,2 1,2 NCE - 4,4 49,9 12,5 NPR 6,8 - - - PPE 11,8 10,6 6,4 17,8 SWAP - 0,6 - - Capital Giro - - - 9,6 Total 31,0 41,8 59,2 53,7 Moeda estrangeira 20,6 38,9 17,7 32,1
Vencimentos de Longo Prazo
Na tabela abaixo, mostramos os vencimentos de longo prazo. Podemos observar a concentração de vencimentos especialmente em 2017, minimizando riscos de refinanciamento para a Companhia. Todas as novas captações da empresa tiveram prazo médio de 3 anos.
Modalidades 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2017 Leasing 0,4 1,4 1,4 1,6 0,1 - - CCB 1,7 7,2 4,4 - - - - FINEP 1,8 5,5 5,5 1,6 0,6 - - NCE 6,7 43,7 92,9 16,6 36,7 - - Pré-embarque 16,9 99,5 66,4 54,5 47,3 6,2 1,7 Bond - - - 382,9 Total 27,5 157,4 170,7 74,2 84,7 6,2 384,5 Ratios
A Companhia também apresentou índices de liquidez bastante confortáveis, com liquidez geral de 0,95 e liquidez imediata de 0,97. A capitalização total líquida também se mantém em níveis confortáveis de 51%. Indicadores 3T08 2T08 3T07 Liquidez Geral 0,95 1,15 1,25 Liquidez Imediata 0,97 0,66 1,91 Dívida Líquida/Ebitda 3,21 2,97 0,85 Dívida Bruta/Ebitda 6,79 4,71 4,79 Cobertura de Juros Líquida 3,51 4,15 6,21 Cobertura de Juros Bruta 2,01 2,00 1,88 Capitalização Total Líquida 0,51 0,45 0,16 Capitalização Total Bruta 0,69 0,56 0,52
A política financeira conservadora da empresa, com o objetivo de prover uma posição financeira sólida e manter sua estrutura de capitais adequada aos custos de captação e acesso aos mercados de capitais, se mostrou bastante acertada, principalmente neste momento de retração de crédito, e coerente com os riscos inerente à operação do negócio e aos fatores macroeconômicos, nos garantindo plena capacidade de giro comercial e realização de investimentos no longo prazo.
Esses fatores reforçam a diminuição de riscos de refinanciamentos, além de garantir que a empresa mantenha suas atividades normalmente e ainda mantenha-se atenta para analisar as oportunidades de mercado.
5 Mercado Externo
As exportações de carne bovina in natura do Brasil totalizaram 293 mil toneladas ou US$ 1.262 milhões no terceiro trimestre do ano. O volume exportado é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado (-4,4%), devido à valorização do real (taxa média 13%) e restrições européias. No entanto, houve um significativo aumento no preço da tonelada/US$ (+53,4%) devido à contínua forte demanda mundial por proteína de origem animal brasileira, resultando em maiores receitas (+46,7%). Em outubro, as exportações brasileiras de carne in natura cresceram 21,2% em receita, e apresentou uma retração no volume de 15,4%, comparado a outubro do ano anterior. O preço médio alcançou novo recorde de US$4,42/kg, aumento de 43,3% versus o outubro de 2007. Em outubro e primeira semana de novembro, o market share do Minerva das exportações brasileiras de carne in natura estava em 17%.
Receita e Exportação de carne in natura Destino das Exportações Brasileiras - 9M08
No acumulado do exercício de 2008, Rússia, Venezuela, Irã e Egito representaram os principais blocos importadores da carne in natura brasileira.
Mercado Interno
Boi Gordo – Preço Médio (R$) (Arroba – 15kg) 49,88 49,26 55,07 56,83 54,86 56,23 62,51 69,84 75,20 83,14 91,25 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 Preço da Carne (R$) 75% 95% 115% 135% 155% 175% 195%
set-07 out-07 dez-07 jan-08 mar-08 abr-08 mai-08 jul-08 ago-08 out-08
Dianteiro Ponta de Agulha Traseiro
61%
67%
42%
No terceiro trimestre de 2008, o preço médio do boi gordo aumentou 46,0% e 9,8% em relação ao 3T07 e 2T08, respectivamente, por conseqüência de diversos fatores como, aumento da demanda de carne devido ao crescimento do poder aquisitivo da população, abate de matrizes nos últimos 5 anos e maior capacidade produtiva da indústria frigorífica. No acumulado do ano de 2008 em relação a 2007 observamos uma elevação na arroba do boi de 43,8% para R$83,2. O preço da carne no atacado do mercado doméstico também se valorizou no mesmo período.
PANORAMA DO MERCADO
847,3 895,5 882,8 891,6 1.261,8 293,1 269,5 252,7 280,5 306,6 349,4 349,3 1.018,1 860,1 2.426 2.563 2.805 3.147 3.528 3.778 4.305 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08Milhares Toneladas Milhões de US$ Preço Médio - USD
Rússia 41,1 % Libia 2,9 % Hong Kong Egito 6,1 % Países Baixos (Holanda) 1,3 % Venezuela 7,8 % Reino Unido 0,5 % Israel 3,5 % Arábia Saudita 3,9 % Irã 6,6 % Argélia 4,4 % 5,3 % Outros 16,6 %
6 Receita Bruta de Vendas
R$ Milhões 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Receita Bruta 678,7 436,9 55,3% 1.799,5 1.132,3 58,9% 2.287,3 1.538,0 48,7% Mercado Interno 238,9 126,9 88,2% 642,2 300,6 113,6% 818,0 393,9 107,6% % Receita Bruta 35,2% 29,0% 6,1 p.p 35,7% 26,6% 9,1 p.p 35,8% 25,6% 10,1 p.p Divisão Carnes 211,5 103,7 103,9% 547,5 238,1 130,0% 691,1 311,3 122,0% Divisão Couros 11,3 14,1 -20,4% 51,1 36,8 38,8% 71,3 43,1 65,4% Divisão Revenda 14,3 9,0 59,5% 40,3 25,0 61,4% 51,9 36,2 43,5% Outros 1,9 0,1 1833,8% 3,3 0,8 315,9% 3,7 3,4 9,0% Mercado Externo 439,8 310,0 41,9% 1.157,4 831,7 39,2% 1.469,3 1.144,0 28,4% % Receita Bruta 64,8% 71,0% -6,1 p.p 64,3% 73,4% -9,1 p.p 64,2% 74,4% -10,1 p.p Divisão Carnes 326,1 204,4 59,5% 877,7 650,0 35,0% 1.097,8 925,1 18,7% Divisão Couros 14,9 11,9 24,8% 36,6 45,5 -19,6% 45,6 66,6 -31,4% Divisão Gado Vivo 96,6 91,9 5,1% 237,9 134,5 76,9% 319,0 150,6 111,8% Outros 2,3 1,8 29,6% 5,3 1,8 200,5% 6,8 1,7 290,4%
A receita bruta de vendas apresentou crescimento orgânico de 55,3% no 3T08 em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pelas vendas no mercado interno que tiveram um acréscimo de 88,2%. O forte crescimento das vendas no mercado interno é reflexo do aumento
nas vendas da divisão carnes em 103,9%, oriundo do crescimento de volumes de 42,0% e do preço médio de 43,6%.
O faturamento do mercado interno representa 35,2% das vendas totais, acréscimo de 6,1 p.p., fruto da flexibilidade comercial e forte canais de distribuição focados no mercado rentável do pequeno e médio varejo, além do segmento de Food Services. A Companhia vem se posicionando estrategicamente para capturar o esperado contínuo crescimento desse mercado hoje impulsionado pela maior distribuição de renda e aumento da massa salarial no país. No 4T08, a Companhia inaugura dois novos centros de distribuições em Santa Catarina e Espírito Santo, em linha com a estratégia de expansão geográfica estruturada.
Composição da Receita Bruta – (%)
2,1% 3,3% 2,7% 21,1% 47,0% 23,8% 2,1% 1,7% 2,2% 14,3% 31,4% 48,3%
Carnes MI Couros MI Revenda MI Carnes ME Couros ME Boi Vivo ME
3T07 3T08
7 No mercado externo, a receita de vendas apresentou crescimento de 41,9% no 3T08 comparado com o mesmo período do ano anterior, com destaque para o crescimento da divisão carnes, que apresentou um crescimento de 59,5%, saindo de R$ 204,4 milhões para R$ 326,1 milhões. No acumulado do ano, as vendas externas cresceram 39,2% impulsionadas pela
divisão carnes que apresentou crescimento de receita de 35,0%, com volumes maiores em 4% e preço médio maior de 29,8% (+54,0% em dólar) em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta forte performance da divisão carnes no mercado externo, apesar das menores vendas nos mercados da UE, é resultado do sólido posicionamento, marca e pioneirismo em consolidar novos mercados e estratégia comercial da empresa de atuação em grande número de mercados, especialmente Oriente Médio, Norte da África e Eurásia.
Breakdown Exportações – 3T07 Europa 12% Eurásia 27% Oriente Médio 29% Ásia 5% Américas 25% África 2% Breakdown Exportações – 3T08 Europa 5% Eurásia 44% Oriente Médio 24% Asia 3% Américas 16% África 8%
Os gráficos acima ilustram os principais destinos das exportações do 3T08 comparados com o mesmo período de 2007, em reais. Podemos observar uma significativa redução nas exportações para a Europa, devido às restrições na exportação de carne in natura brasileira a partir de fevereiro e um elevado aumento das exportações para a Eurásia em relação ao mesmo período do ano anterior. Lembrando que em 2007 sofremos redução das exportações para a Rússia, entre maio e agosto, com o fechamento das exportações de 3 unidades industriais do grupo. Durante os meses de julho e agosto, 2 unidades industriais localizadas em Goiás estavam restritas para exportar para aquele país. Visto o agravamento da crise financeira de crédito no mercado russo, além de estoques altos de carne bovina naquele país, prevemos a retomada de negócios ao mercado russo somente a partir de janeiro de 2009. No 3T08, a Rússia representou 27% das exportações ou 17% da receita bruta da companhia.
Em contrapartida, com o aumento acelerado das fazendas aptas a exportar para a União Européia, que hoje está em 560, contra 159 em agosto, esperamos um crescimento das receitas para este continente. O Minerva trabalha intensivamente em parceira com pecuaristas nos trabalhos de pré-auditoria, assim agilizando as certificações no campo. A previsão é que o número de fazendas habilitadas chegue a 800 até o final do ano, logo as vendas se normalizando para a UE a partir de 2009.
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Divisão Carne Bovina
Faturamento (R$ Milhões) 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Carne In Natura – ME 314,5 196,9 59,7% 842,9 623,5 35,2% 1.053,5 890,5 18,3% Carne Processada – ME 2,1 1,3 64,5% 7,7 3,2 136,0% 8,9 3,3 172,4% Outros – ME 9,5 6,2 52,2% 27,1 23,2 17,0% 35,3 31,3 12,8% Sub-Total – ME 326,1 204,4 59,5% 877,7 650,0 35,0% 1.097,8 925,1 18,7% Carne In Natura – MI 186,3 90,5 105,8% 470,0 202,8 131,8% 596,6 265,3 124,9% Carne Processada – MI 4,9 2,1 134,4% 10,4 7,1 45,4% 13,2 9,6 37,1% Outros – MI 20,4 11,1 82,7% 67,1 28,1 138,6% 81,3 36,4 123,4% Sub-Total – MI 211,5 103,7 103,9% 547,5 238,1 130,0% 691,1 311,3 122,0% Total 537,6 308,1 74,5% 1.425,2 888,0 60,5% 1.788,9 1.236,4 44,7% Volume (Milhares de toneladas) 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Carne In Natura - ME 39,1 35,7 9,5% 118,1 113,9 3,7% 152,8 160,8 -5,0% Carne Processada - ME 0,3 0,2 47,9% 1,1 0,4 133,7% 1,2 0,5 172,8% Outros - ME 2,0 1,7 16,6% 6,5 6,4 1,2% 8,9 8,6 4,2% Sub-Total - ME 41,3 37,6 10,0% 125,6 120,8 4,0% 163,0 169,8 -4,0% Carne In Natura - MI 27,4 18,8 46,1% 74,1 43,2 71,4% 96,9 55,7 74,1% Carne Processada - MI 0,6 0,4 65,6% 1,5 1,2 22,0% 1,9 1,7 15,4% Outros – MI* 1,7 1,8 -5,5% 5,4 3,9 38,2% 7,1 4,8 46,4% Sub-Total - MI 29,8 21,0 42,0% 81,0 48,3 67,5% 105,9 62,2 70,4% Total 71,1 58,5 21,5% 206,6 169,1 22,2% 268,9 232,0 15,9%
Preço Médio – ME (US$/Kg) 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Carne In Natura - ME 4,82 2,88 67,7% 4,23 2,73 54,7% 4,03 2,71 48,3% Carne Processada - ME 4,62 3,61 27,9% 4,32 3,60 19,8% 4,21 3,54 19,0% Outros – ME 2,89 1,93 50,0% 2,48 1,80 37,2% 2,31 1,79 29,0%
Total 4,73 2,84 66,7% 4,14 2,69 54,0% 3,93 2,67 47,3%
Média Dólar (fonte:BACEN) 1,67 1,92 -13,0% 1,69 2,00 -15,7% 1,71 2,04 -16,1%
Preço Médio – ME ( R$/Kg) 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Carne In Natura - ME 8,04 5,51 45,9% 7,14 5,47 30,4% 6,89 5,54 24,5% Carne Processada - ME 7,71 6,93 11,3% 7,28 7,21 1,0% 7,21 7,22 -0,2% Outros – ME 4,82 3,69 30,5% 4,18 3,61 15,6% 3,96 3,66 8,3%
Total 7,89 5,44 45,0% 6,99 5,38 29,8% 6,74 5,45 23,6%
Preço Médio – MI ( R$/Kg) 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Carne In Natura - MI 6,79 4,82 40,8% 6,35 4,69 35,2% 6,16 4,77 29,2% Carne Processada - MI 7,79 5,50 41,5% 7,00 5,87 19,1% 6,89 5,80 18,7% Outros – MI 11,88 6,15 93,3% 12,39 7,18 72,7% 11,49 7,53 52,6%
Total 7,11 4,95 43,6% 6,76 4,93 37,3% 6,53 5,01 30,3%
* Acumulado de 12 meses
** Não incluso volume de subprodutos
A receita bruta de vendas de produtos e subprodutos da divisão carnes aumentou 74,5% e 60,5% em relação ao 3T07 e 9M07, respectivamente, totalizando R$ 537,6 milhões, impulsionada pelas vendas no mercado interno que tiveram um acréscimo de 103,9% e 130,0% nos mesmos períodos. A receita de vendas para o mercado externo também apresentou forte
crescimento de 59,5% e 35,0%, em relação ao 3T07 e 9M07, respectivamente, apesar do acesso restrito à UE, desvalorização do dólar (taxa média -15,7% 9M08) e maior representatividade do mercado interno.
O forte desempenho da divisão carnes, principal impulsionador das vendas nos períodos é fruto de ambos ganhos de market share como também forte força no repasse de preços. O
preço médio da carne in natura avançou no 3T08 45,9% (67,7% em dólar) e 40,8% no mercado externo e interno, respectivamente, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No 9M08, o preço médio também cresceu a altas taxas de 30,4% (54,7% em dólar) e 35,2% no mercado externo e interno, respectivamente. O sucesso no repasse de preços reflete a eficiente política comercial de
9
distribuição pulverizada, atingindo o pequeno e médio varejo no mercado interno, e sólido posicionamento nos mercados crescentes e rentáveis como o Oriente Médio e Eurásia.
Carne in natura – Mercado Interno
Carne in natura – Mercado Externo
A participação do Minerva nas exportações brasileiras de carne in natura avançou para 16% no 9M08, contra 9% no mesmo período do ano anterior, fruto da estratégia da Companhia de
consolidar novos mercados. O importante ganho de market share foi reflexo de crescimentos maiores que a média brasileira em volumes e preço médio.
Os volumes de carne in natura exportados pela Companhia cresceram 9,5% e 3,7% na comparação com o 3T07 e 9M07, respectivamente, enquanto que os volumes das exportações brasileiras de carne in natura apresentaram retração de 4,4% versus o 3T07e 18,9% no 9M08 em relação ao mesmo período do ano anterior.
A análise da variação de preço médio mostra performance semelhante. O preço médio das exportações de carne in natura atingiu recorde de US$4.82/kg no 3T08 com crescimento de 67,7% em relação do 3T07 e US$ 4.23/Kg com avanço de 54,7% na comparação com o 9M07, enquanto que o preço médio no Brasil alcançou US$4.30/kg para um crescimento de 53,4% na comparação com 3T07e atingiu média de US$ 3.89/kg, aumento de 50,2% em relação ao 9M07.
219,4 302,0 314,5 150,0 210,3 211,0 267,0 207,2 196,9 210,7 226,4 31,6 35,5 36,9 46,9 40,5 37,7 35,7 34,7 36,0 43,0 39,1 4,7 5,9 5,7 5,7 5,4 5,5 5,5 6,1 6,3 7,0 8,0 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08
Faturamento Volume R$/Volume
219,4 302,0 314,5 150,0 210,3 211,0 267,0 207,2 196,9 210,7 226,4 31,6 35,5 36,9 46,9 40,5 37,7 35,7 34,7 36,0 43,0 39,1 4,7 5,9 5,7 5,7 5,4 5,5 5,5 6,1 6,3 7,0 8,0 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08
Faturamento Volume R$/Volume
52,2 164,7 186,3 48,5 44,6 59,0 62,5 60,1 90,5 126,6 119,1 10,8 10,6 14,3 12,5 10,9 13,5 18,8 22,9 21,0 25,7 27,4 4,5 4,2 4,1 5,0 4,8 4,5 4,8 5,6 5,7 6,4 6,8 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08
Faturamento Volume R$/Volume
52,2 164,7 186,3 48,5 44,6 59,0 62,5 60,1 90,5 126,6 119,1 10,8 10,6 14,3 12,5 10,9 13,5 18,8 22,9 21,0 25,7 27,4 4,5 4,2 4,1 5,0 4,8 4,5 4,8 5,6 5,7 6,4 6,8 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08
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Divisão Gado Vivo
Gado Vivo (R$ Milhões) 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Faturamento 96,6 91,9 5,1% 237,9 134,5 76,9% 319,0 150,6 111,8% % Receita Bruta 14,3% 21,1% -6,8 p.p 13,3% 11,9% 1,4 p.p 14,0% 9,8% 4,2 p.p Volume (Milhares de Tons) 22,5 29,6 -24,1% 58,7 50,7 15,7% 84,4 58,6 44,0% US$/Kg 2,58 1,62 59,0% 2,40 1,32 81,5% 2,21 1,26 75,3% R$/Kg 4,30 3,11 38,4% 4,05 2,65 52,9% 3,78 2,57 47,1% Média Dólar (BACEN) 1,67 1,92 -13,0% 1,69 2,00 -15,7% 1,71 2,04 -16,1%
* Acumulado de 12 meses
A receita de exportações da divisão gado vivo cresceu 5,1% para R$ 96,6 milhões, com retração do volume de 24,1% e apresentando alta no preço médio de 38,4% (+59,0% em dólar) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No acumulado do ano, as vendas cresceram 76,9% fechando o ano com R$ 237,9 milhões, representando 13,3% da receita bruta de vendas. A participação do Minerva nas exportações brasileiras de gado vivo alcançou 38,7% em volumes no 9M08, contra 36,8% no 9M07, reflexo da solidificação da Companhia na conquista e consolidação do mercado de gado vivo. Divisão Couros
A divisão couros apresentou faturamento bruto de R$ 26,2 milhões no 3T08, apresentando um pequeno acréscimo de 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido à retração das vendas de couro verde que apresentaram decréscimo de 56,8%, em função da desvalorização do preço, que sai de R$ 3,29/Kg para R$ 1,58/Kg. No acumulado do ano, a receita de vendas da divisão couros cresceu 6,5% para R$ 87,7 milhões, e representando 4,9% do faturamento bruto da Companhia, contra 7,3% no mesmo período do ano anterior. O setor couros passa por uma crise com retração de demanda mundial nos EUA e Europa.
Couros – Faturamento 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Couro Industrializado – ME 14,9 11,3 31,5% 36,6 44,9 -18,5% 45,6 65,5 -30,3% Subprodutos – ME - 0,6 NA - 0,6 NA - 1,1 NA Sub-Total – ME 14,9 11,9 24,8% 36,6 45,5 -19,6% 45,6 66,6 -31,4% Couro Industrializado – MI 5,1 0,9 487,6% 10,2 2,3 339,6% 12,6 3,1 312,0% Couro Verde – MI 5,6 12,8 -56,8% 38,6 34,0 13,5% 55,5 39,3 41,3% Subprodutos – MI 0,6 0,4 40,1% 2,3 0,5 361,5% 3,1 0,7 330,0% Sub-Total – MI 11,3 14,1 -20,4% 51,1 36,8 38,8% 71,3 43,1 65,4% Total 26,2 26,1 0,3% 87,7 82,3 6,5% 116,9 109,7 6,6%
Volume (Milhões de pés quadrados) 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Couro Industrializado – ME 7,5 4,6 61,9% 17,6 17,8 -1,3% 21,9 26,0 -15,6% Subprodutos – ME - 0,3 NA - 0,3 NA - 0,6 NA Couro Industrializado – MI 2,4 0,3 748,9% 4,2 0,8 435,9% 5,0 1,1 356,5% Couro Verde** - MI 3,5 3,9 -10,1% 20,0 12,9 56,0% 30,2 15,9 89,8% Subprodutos** - MI 0,6 0,3 84,7% 2,5 0,4 514,4% 3,2 0,5 482,1%
Preço Médio – ME 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Couro Industrializado - (US$) 1,20 1,29 -6,6% 1,23 1,26 -2,1% 1,22 1,24 -1,5% Subprodutos – (US$) - 0,94 NA - 0,90 NA - 0,88 NA Couro Industrializado – (R$) 2,00 2,46 -18,7% 2,08 2,52 -17,5% 2,08 2,52 -17,4% Subprodutos – (R$) - 1,80 NA - 1,80 NA - 1,79 NA
Média Dólar (fonte:BACEN) 1,67 1,92 -13,0% 1,69 2,00 -15,7% 1,71 2,04 -16,1%
Preço Médio – MI 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Couro Industrializado – (R$) 2,16 3,12 -30,8% 2,40 2,92 -18,0% 2,51 2,78 -9,7% Couro Verde** - (R$) 1,58 3,29 -52,0% 1,93 2,65 -27,2% 1,84 2,47 -25,6% Subprodutos** - (R$) 0,93 - NA - - - 0,99 1,33 -26,1% * Acumulado de 12 meses
** em kg. ME- Mercado Externo, MI – Mercado Interno
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Revenda de Produtos de Terceiros
No 3T08, a receita de vendas da divisão revenda apresentou um crescimento de 59,5% para R$ 14,3 milhões, representando 2,1% do faturamento total da Companhia. No mesmo período os volumes cresceram 31,9%, e o preço médio aumentou 20,9% para R$ 5,39/kg através de alterações no mix de produtos, buscando introdução de produtos com maior valor agregado.
Utilizando-se do conceito “one-stop shop,” as redes de distribuição do Minerva, que são muitas vezes mais abrangentes e fornecem produtos com maior periodicidade que os grandes fornecedores, vendem também, além dos produtos Minerva, mais de 400 diferentes produtos alimentícios de terceiros como pratos prontos, vegetais congelados e pizzas de marcas variadas, além também de importados de cordeiros do Uruguai e peixes congelados do Chile e Argentina. A cobertura das redes de distribuição do Minerva já atinge 850 cidades com cerca de 15.000 clientes ativos fornecendo produtos no pequeno e médio varejo, lojas de conveniência, entre outros estabelecimentos.
Revenda (R$ Milhões) 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Faturamento 14,3 9,0 59,5% 40,3 25,0 61,4% 51,9 36,2 43,5% % Receita Bruta 2,1% 2,1% 0,0 p.p 2,2% 2,2% 0,0 p.p 2,3% 2,4% -0,1 p.p Volume (Milhares de Tons) 2,6 2,0 31,9% 8,1 6,1 33,2% 10,8 8,6 24,6% R$/Kg 5,39 4,46 20,9% 4,94 4,08 21,2% 4,82 4,19 15,1%
Receita Líquida
R$ Milhões 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Receita Bruta 678,7 436,9 55,3% 1799,5 1132,3 58,9% 2287,3 1538,0 48,7% Deduções e Abatimentos (54,2) (31,1) 74,5% (144,2) (116,2) 24,1% (185,4) (159,7) 16,1%
Receita Líquida 624,5 405,8 53,9% 1.655,3 1.016,0 62,9% 2.101,9 1.378,3 52,5%
Mesmo com o período turbulento nos mercados financeiros mundiais e um trimestre sazonalmente mais fraco o Minerva atingiu um novo recorde de faturamento líquido de R$ 624,5 milhões no 3T08, um aumento orgânico de 53,9% em relação ao 3T07. No 9M08, a receita
líquida avançou 62,9% para R$ 1.655,3 milhões.
Receita Líquida de Vendas (R$ milhões)
305,7 304,5 405,8 446,6 461,7 569,1 624,5 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08
12 Custo das Mercadorias Vendidas
Os custos das mercadorias vendidas aumentaram 62,3% em relação ao 3T07, reflexo das altas constantes da arroba do boi de 46,0% no trimestre, além do crescimento de 22,0% na quantidade abatida de animais nos mesmos períodos. No 3T08, a principal matéria prima da Companhia, o boi gordo e a carcaça de carne, representaram 82,3% do CMV, contra 77,7% no mesmo trimestre do ano anterior. Os investimentos de melhorias nas plantas, além de cortes de adequação de pessoal resultará em menores custos fixos durante o 4T08.
O CMV é composto também por custos de embalagens (3-4%), mão de obra (5-6%), além dos custos de mercadorias de revenda e custos gerais de fabricação.
R$ Milhões 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Receita Líquida 624,5 405,8 53,9% 1.655,3 1.016,0 62,9% 2.101,9 1.378,3 52,5% CMV (531,5) (327,5) 62,3% (1.357,8) (798,8) 70,0% (1.721,3) (1.081,7) 59,1%
Lucro Bruto 93,0 78,3 18,8% 297,6 217,2 37,0% 380,6 296,6 28,4%
Margem Bruta 14,9% 19,3% -4,4 p.p 18,0% 21,4% -3,4 p.p 18,1% 21,5% -3,4 p.p
Lucro Bruto
O lucro bruto avançou 18,8% em comparação com o 3T07, atingindo R$ 93,0 milhões. No 9M08,
o lucro bruto totalizou R$ 297,6 milhões, acréscimo de 37,0% e representando margem bruta de 18,0% apresentando uma contração de -3,4 p.p. versus o 9M07, devido à alta do boi gordo de 43,8%
no 9M08 em comparação com o 9M07, desvalorização do dólar no período (taxa média 9M08 -15,7%), e menores vendas à UE.
Despesas SG&A
R$ Milhões 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Despesas com Vendas (47,3) (42,5) 11,3% (157,2) (121,2) 29,7% (198,2) (162,8) 21,7%
% Receita Líquida 7,6% 10,5% -2,9 p.p 9,5% 11,9% -2,4 p.p 9,4% 11,8% -2,4 p.p
Despesas G&A (10,9) (11,3) -3,3% (32,2) (24,1) 33,6% (41,5) (32,1) 29,3%
% Receita Líquida 1,8% 2,8% -1,0 p.p 1,9% 2,4% -0,4 p.p 2,0% 2,3% -0,3 p.p
Despesas Operacionais (58,3) (53,8) 8,2% (189,4) (145,3) 30,4% (239,6) (194,8) 23,0%
% Receita Líquida 9,3% 13,2% -3,9 p.p 11,4% 14,3% -2,9 p.p 11,4% 14,1% -2,7 p.p
Despesas SG&A s/ Receita Líquida
145,3 189,4 9M07 9M08 14,3% 11,4% 11,9% 9,5% 2,4% 1,9% 53,8 58,3 3T07 3T08 13,2% 9,3% 10,5% 7,6% 2,8% 1,8%
SG&A % RL Vendas % RL G&A % RL
145,3 189,4 9M07 9M08 14,3% 11,4% 11,9% 9,5% 2,4% 1,9% 53,8 58,3 3T07 3T08 13,2% 9,3% 10,5% 7,6% 2,8% 1,8%
13
Despesas Com Vendas
As despesas com vendas totalizaram R$ 47,3 milhões no 3T08, ou 7,6% da receita líquida, uma significativa melhora quando comparado aos 10,5% no 3T07 e 9,4% no 2T08, reflexo de renegociações de contratos e menores despesas de transporte marítimo e armazenagem. Em contrapartida, as despesas com PDD representaram R$3,1 milhões no período. Excluindo o impacto não recorrente do PDD, as despesas com vendas totalizariam R$ 44,2 milhões, ou 7,1% das vendas líquidas. No 9M08, as despesas com vendas totalizaram R$ 157,2 milhões, representando 9,5% da receita líquida, uma redução de 2,4 p.p. na comparação com o mesmo período do ano anterior, reflexo das negociações da área de logística.
Despesas Gerais e Administrativas
As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 10,9 milhões no 3T08, ou 1,8% da receita líquida, comparado com os 2,8% no 3T07 devido aos programas de corte de custos. No trimestre, a Companhia alcançou a meta de 12% de redução do quadro de pessoal. No 9M08, as despesas G&A representaram 1,9% da receita líquida de vendas, apresentando diluição de 0,4 p.p. quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
EBITDA
O EBITDA apresentou forte crescimento orgânico de 42,9%, para R$ 40,7 milhões, representando uma margem de 6,5% no trimestre, decréscimo de 0,5 p.p. em comparação ao
mesmo período do ano anterior, refletindo a contração no lucro bruto devido à pressão significativa dos custos de produção (matéria prima), menores vendas para a Europa, valorização do real (taxa média 13,0%) e despesas de PDD. Excluindo o impacto não recorrente do PDD, o EBITDA ficaria em R$ 43,8 milhões, ou 7,0% de margem EBITDA. Em relação ao acumulado do ano, o EBITDA avançou 48,1%, representando margem de 7,5% e uma retração de 0,7 p.p. comparados com o 9M07.
R$ Milhões 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Lucro (Prejuízo) Líquido (55,2) (11,5) 381,1% (35,8) 20,0 -279,4% (21,1) 44,9 -147,0% (+) IR e CS do Exercício/Diferidos (12,4) (5,5) 124,4% (2,1) 13,4 -115,7% 6,6 25,1 -73,8% (+) Despesas com IPO - 39,3 NA - 39,3 NA 0,9 39,3 -97,8% (+) Resultado Equiv. Patrimonial - - - - - - - - - (+) Resultado Não Operacional 0,0 (0,2) NA (0,1) 7,7 NA 0,8 7,7 -89,4% (+) Resultado Financeiro Líquido 102,4 2,4 4214% 146,2 (8,4) NA 153,9 (15,2) NA (+) Depreciação e Amortização 5,9 4,0 47,9% 15,7 11,7 34,3% 19,8 15,5 27,8%
EBITDA Ajustado** 40,7 28,5 42,9% 123,9 83,6 48,1% 160,9 117,3 37,2% Margem EBITDA 6,5% 7,0% -0,5 p.p 7,5% 8,2% -0,7 p.p 7,7% 8,5% -0,9 p.p ** Excluídas as despesas com IPO no 3T07
EBITDA (R$ milhões) e Margem EBITDA (%)
28,5 40,7 3T07 3T08 7,0% 6,5% 42,9% 9M07 9M08 83,6 123,9 8,2% 7,5% 48,1%
Ebitda Margem Ebitda Ebitda Margem Ebitda
28,5 40,7 3T07 3T08 7,0% 6,5% 42,9% 9M07 9M08 83,6 123,9 8,2% 7,5% 83,6 123,9 8,2% 7,5% 48,1%
14 EBIT (Resultado Operacional)
R$ Milhões 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
EBITDA 40,7 28,5 42,9% 123,9 83,6 48,1% 160,9 117,3 37,2%
Depreciação (5,9) (4,0) 47,9% (15,7) (11,7) 34,3% (19,8) (15,5) 27,8%
EBIT 34,8 24,5 42,0% 108,2 71,9 50,4% 141,1 101,8 38,6%
Margem EBIT 5,6% 6,0% -0,5 p.p 6,5% 7,1% -0,6 p.p 6,7% 7,4% -0,7 p.p
O EBIT, resultado operacional antes de despesas financeiras, foi de R$ 34,8 milhões no trimestre, crescimento de 42,0% em relação ao 3T07, e registrando 5,6% de margem operacional. No 9M08, o EBIT cresceu 50,4% em relação mesmo período do ano anterior, apresentando uma margem EBIT de 6,5%.
Resultado Financeiro
No trimestre, as despesas financeiras líquidas totalizaram R$ 102,4 milhões, contra uma despesa financeira líquida de R$ 2,4 milhões no mesmo trimestre do ano anterior, impactada pela variação cambial negativa de R$ 80,7 milhões (efeito contábil não caixa) sobre a dívida denominada em dólar, decorrente da desvalorização do real no final de setembro (taxa fim: 3T08 -20,3%). A Companhia não tem hedge na dívida de Longo Prazo visto os custos elevados em proteger o BOND com vencimento em 2017, além do fato de que existe o hedge natural das exportações.
R$ Milhões 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Despesas Financeiras (30,4) (21,4) 41,6% (99,1) (66,4) 49,4% (125,7) (82,5) 52,5% Receita Financeira 8,6 12,5 -31,1% 24,1 24,7 -2,7% 34,9 43,7 -20,0% Variação Cambial (80,7) 6,5 NA (71,1) 50,1 NA (63,1) 54,0 NA Resultado Líquido (102,4) (2,4) 4213,6% (146,2) 8,4 NA (153,9) 15,2 NA Juros Líquido -13,2 -4,0 230,0% -33,1 -25,0 32,5% -45,1 -19,0 139,1% Derivativos
A Companhia não faz operações alavancadas de derivativos que exponham a empresa a riscos financeiros e perdas de caixa que possam comprometer sua estabilidade financeira. Dessa maneira, o Minerva não registrou nenhuma perda em operações financeiras com derivativos alavancados durante o trimestre. O fato de ter um perfil predominantemente exportador também lhe proporciona um hedge natural para fazer frente aos vencimentos de suas obrigações em dólares dos Estados Unidos.
A Companhia com vistas a proteger o fluxo de caixa de suas exportações apresentou uma posição vendida líquida de dólares na BM&F de US$ 90,0 milhões, que representa cerca de 1.5 meses de exportações. Além disto, com o mesmo objetivo, a Companhia possuía posição vendida de NDF – Non Deliverable Forward de US$ 12,2 milhões e EUR 7,1 milhões.
Com relação à compra de gado, a Companhia, tinha um total de Compras a Termo junto a pecuaristas da ordem de R$ 38,1 milhões entre os meses de outubro e dezembro de 2008. Para proteger tal posição, a Companhia, assumiu uma posição vendida na BM&F de R$ 43,2 milhões, abrangendo o período de outubro de 2008 a janeiro de 2009. Segue abaixo a posição de derivativos em aberto em 30 de setembro (mais detalhes vide nota explicativa 19 do ITR):
15
Proteção Patrimonial
Descrição
Valor de referência Valor justo R$ mil Efeito acumulado (3o. Trim. 08) R$ mil)
30/9/2008 30/6/2008 30/9/2008 30/6/2008 Valor a receber / (recebido) Valor a pagar / (pago) 1. Contratos Futuros Compromissos de compra DOL (US$) 3.000 32.750 5.745 52.735 742 - BGI (@ de boi) 112 185 10.579 17.526 - 158 Compromissos de venda DOL (US$) 93.000 42.250 178.092 68.032 - 23.007 BGI (@ de boi) 571 987 53.799 92.334 809 - 2. Contratos de Opções Posição titular - Compra
BGI (@ de boi) 33 - 74 - - 43
Posição titular - Venda
DOL (US$) 15.000 15.000 0 871 - 379 BGI (@ de boi) 149 99 28 11 - 142
Posição lançadora - Compra
BGI (@ de boi) 490 239 1.236 874 518 -
Posição lançadora - Venda
DOL (US$) 15.000 15.000 0 158 2.068 - BGI (@ de boi) 150 36 127 0 232 -
3. Contratos de Swap Posição ativa
Dólar + Juros (US$) 67.500 67.500 128.725 106.258 143 -
Posição passiva
Dólar + Libor (US$) 30.000 30.000 57.395 48.441 - - Dólar + CDI (US$) 37.500 37.500 71.786 59.696 - 599
4. Contratos a termo NDF
Euro (EUR) 7.097 3.724 8.627 14.445 4 283 Dólar (US$) 12.254 14.339 23.430 22.855 264 9
Em função do endividamento ter um perfil de longo prazo, a Companhia optou por proteger apenas parcialmente o seu balanço e o seu passivo em moeda estrangeira, através da contratação de operações de Swap com nocional de US$ 67,5 milhões indexados parte a moeda americana versus CDI e parte a taxa Libor mais taxa fixa.
Além das operações de proteção do fluxo de exportações e do balanço, a Companhia, conforme demonstrado no quadro “Outras Finalidades” (Nota Explicativa 19 do ITR), também contratou junto a BM&F Contratos Futuros e Contratos de Opções de Juros/DI, bem como contratos futuros de Índice Bovespa e outras commodities, os quais apresentam pequena exposição e risco de perda bastante limitada. Estas operações permitem a Companhia manter a aderência com as oscilações de mercado, e principalmente testar modelos estatísticos que levam em conta correlações entre os fatores de risco que a empresa está exposta.
A análise de sensibilidade (mais detalhes na Nota Explicativa 19 do ITR) demonstra que a Companhia apresenta uma posição conservadora com relação as suas operações com derivativos, que apresentam riscos de perdas bastante limitados.
16
Análise de Sensibilidade - Proteção Patrimonial
Operação Movimento Risco Cenário Provável Cenário Possível Cenário Remoto
R$ mil R$ mil R$ mil
FUTUROS Alta BOI (4.040) (10.523) (21.328) FUTUROS Alta DOLAR (11.350) (37.202) (80.289) SWAP Alta Dólar 157 178 214 SWAP Alta Juros (773) (1.033) (1.467) NDF Alta Dólar (1.029) (4.364) (9.923) NDF Alta Euro (863) (2.157) (4.314) OPÇÕES Baixa BOI (750) (774) (813)
Análise de Sensibilidade -Outras Finalidades
Operação Movimento Risco Cenário Provável Cenário Possível Cenário Remoto
R$ mil R$ mil R$ mil
FUTUROS Baixa JUROS (3.864) (8.502) (14.170) FUTUROS Baixa ÍNDICE (47) (154) (285) FUTUROS Baixa SOJA (61) (107) (164) FUTUROS Alta MILHO (78) (193) (384) FUTUROS Alta ICF (522) (1.229) (2.406) OPÇÕES Alta JUROS (75) (75) (75)
Lucro Líquido
O efeito da variação monetária e cambial da Companhia em moeda estrangeira, decorrente da desvalorização do real, resultou numa despesa de R$80,7 milhões, um efeito contábil (não caixa), que fez com que o resultado líquido ficasse negativo em R$ 55,2 milhões ante um lucro
líquido ajustado de R$ 14,6 milhões registrado no 3T07.
R$ Milhões 3T08 3T07 Var. % 9M08 9M07 Var. % Set08* Set07* Var. %
Lucro (Prejuízo) Líquido (55,2) (11,5) 381,1% (35,8) 20,0 -279,4% (21,1) 44,9 -147,0% (+) Despesas com IPO - 39,3 NA - 39,3 NA 0,9 39,3 -97,8% (+) Despesas com BOND - - NA - 1,8 NA - 1,8 NA IR e CS s/ despesas IPO e BOND - (13,4) NA - (14,0) NA (0,3) (14,0) -97,8%
Lucro Líquido Ajustado (55,2) 14,6 NA (35,8) 47,1 NA (20,5) 72,1 NA
% Receita Líquida -8,8% 3,6% -12,3 p.p. -2,2% 4,6% -6,8 p.p. -1,0% 5,2% -6,2 p.p. *exclui despesas com IPO e BOND.
17
No terceiro trimestre deste exercício os investimentos realizados totalizaram R$ 184 milhões, sendo R$ 54 milhões referentes à aquisição da Lord Meat. Os recursos foram empregados para a aceleração das obras na planta de industrializados da Minerva Dawn Farms, expansões de capacidade nas unidades de Palmeiras de Goiás, Araguaína e Jose Bonifácio, nas unidades em construção de Rolim de Moura e Redenção, além de diversos outros investimentos em melhorias. Abaixo discutimos alguns detalhes das obras realizadas:
Detalhes dos investimentos
No terceiro trimestre, a Minerva Dawn Farms acumulou investimentos da ordem de R$ 45 milhões, devido à finalização das obras civis, recebimento de toda a infra estrutura de serviços (compressores, evaporadores, caldeiras, etc), e cerca de 75% dos equipamentos importados. Este fluxo de atividades garantirá o start up da fábrica no quarto trimestre de 2008, com a chegada dos equipamentos faltantes. Deve-se ressaltar também a obtenção do número do S.I.F. para a unidade, após auditoria realizada com total sucesso. Nosso número do SIF é 745 – com este número, foi dado início ao processo de registro dos produtos, tanto para o mercado brasileiro como para a exportação. Os equipamentos já instalados foram testados e já se encontram em condições operacionais.
A expansão da Unidade de Araguaína, com previsão de término em 30/11/2008, apresenta praticamente finalizada onde o realizado juntamente com as compras perfaz 100% do orçado. A expansão permitirá aumento da capacidade de abate de 700 cabeças/dia atual para 800 cabeças/dia, além do início das atividades de desossa que processará toda a carne proveniente do abate. Os investimentos foram empregados na instalação da desossa e na ampliação da sala de máquinas, subestação de energia, adequação do sistema do meio ambiente e graxaria, câmaras de resfriamento/congelamento de produtos, câmaras de estocagem de produtos finais, túnel de congelamento contínuo.
A Unidade de José Bonifácio recebeu investimentos para ampliação da capacidade de abate de 900 cabeças/dia para 1.000 cabeças/dia, além de adequação do sistema do meio ambiente e graxaria. E, além disto, foi instalado na unidade um túnel de congelamento contínuo que atenderá inclusive a expansão, reduzindo custos com armazenamento externo. Também tivemos investimentos em energia na unidade para suportar a expansão. A previsão de termino das ampliações é de 30/12/2008.
A Unidade de Palmeiras de Goiás foi contemplada com investimentos também na área ambiental com modernização e ampliação da graxaria que passará a processar 100% da rabutaia produzida na unidade, ampliações no sistema de captação de água, ampliação dos currais, ampliação de prédios auxiliares acompanhando o aumento da capacidade de abate da planta para 2.000 cabeças/dia, além do início dos investimentos para produção de biodiesel, com início previsto em 30/11/2008.
A Unidade de Rolim de Moura com início previsto para 02/01/2009, encontra-se com 40% dos
investimentos orçados realizados e também apresenta aproximadamente 90% das compras de equipamentos efetuadas para entrega e montagem imediata. A unidade iniciará suas atividades com abate de 750 cabeças/dia em sua primeira fase e desossa equivalente.
A Unidade de Redenção apresenta-se com aquisições de equipamentos que perfaz o percentual de aproximadamente 90% dos equipamentos comprados. A unidade apresentará capacidade de abate de 750 cabeças/dia em sua primeira fase e tem previsão de início para junho de 2009.
Unidade de Assunção - Em 06 de agosto de 2008, o Minerva adquiriu o controle da sociedade
paraguaia Friasa S.A., que opera uma planta industrial frigorífica localizada na cidade de Assunção, no Paraguai, com capacidade de abate de 700 cabeças/dia. O valor pago foi de US$ 4 milhões referente à compra de ações representando 70% do capital social da Friasa. Todos os atos necessários á conversão dos 70% do capital da Friasa para o Minerva já foram adotados pela companhia, estando o procedimento em fase final de registro perante os órgãos públicos paraguaios, devendo ser concluído durante o 4T08 quando será consolidado nos resultados da Companhia.
18 Recompra de Ações
Em março de 2008, o Conselho de Administração da Companhia autorizou a aquisição de até 2.400.000 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal da Companhia, representativas de 10,0% das 24.000.000 (vinte quatro milhões) ações da Companhia em circulação no mercado.O prazo máximo para a realização da operação é de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias a contar de 14 de março de 2008.
Em outubro de 2008, a Companhia recomprou 180.000 ações, a um custo médio de R$ 2,47 sendo que os preços mínimos e máximos de aquisição foram de R$ 2,37 e R$2,63 respectivamente, não tendo ocorrido alienação das ações adquiridas.
Essa iniciativa tem como objetivo realizar a aplicação eficiente dos recursos disponíveis em caixa, visando capturar um potencial importante de geração de valor para o acionista em razão do desconto atual das ações da Companhia no mercado.
O Minerva S.A. é um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne bovina, couro e exportação de boi vivo, e está entre os três maiores exportadores brasileiros do setor em termos de receita bruta de vendas, comercializando seus produtos para cerca de 80 países. A Companhia tem uma capacidade de abate de 6.200 cabeças, processamento de 1.300 toneladas e produção de 5.000 couros por dia. Presente nos estados de São Paulo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul e no Paraguai, o Minerva opera sete plantas de abate e desossa, dois curtumes, e centros de distribuição em Olímpia (SP), São Paulo (SP), Itajaí (SC) e Serra (ES). Nos doze meses findos em setembro de 2008, a Companhia apresentou uma receita líquida de vendas de R$ 2,1 bilhões.
Este comunicado contém considerações futuras referentes às perspectivas do negócio, estimativas de resultados operacionais e financeiros, e às perspectivas de crescimento do Minerva. Essas considerações são apenas projeções e, como tal, baseiam-se exclusivamente nas expectativas da administração da Companhia em relação ao futuro do negócio e baseiam-seu contínuo acesso a capitais para financiar o plano de negócios do Minerva Tais considerações futuras dependem, substancialmente, de mudanças nas condições de mercado, regras governamentais, pressões da concorrência, do desempenho do setor e da economia brasileira, entre outros fatores, além dos riscos apresentados nos documentos de divulgação arquivados pela Companhia e estão, portanto, sujeitas a mudanças sem aviso prévio.
EVENTOS SUBSEQUENTES
19 ANEXO 1 -DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO - CONSOLIDADO
1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08
Receita de vendas para o exterior 271.811 249.847 310.002 311.914 325.172 392.349 439.829 Receita de vendas internas 75.613 98.089 126.920 175.831 175.113 228.172 238.897
Receita bruta de vendas 347.424 347.936 436.922 487.745 500.285 620.521 678.726
Deduções e abatimentos -41.740 -43.410 -31.083 -41.158 -38.565 -51.397 -54.230
Receita líquida de vendas 305.684 304.526 405.839 446.587 461.720 569.124 624.496
Custo das mercadorias vendidas -235.326 -235.977 -327.511 -363.535 -364.227 -462.073 -531.451
Lucro bruto 70.358 68.549 78.328 83.052 97.493 107.051 93.045
Com vendas -39.368 -39.271 -42.533 -40.966 -56.366 -53.504 -47.325 Administrativas e gerais -7.596 -5.216 -11.314 -9.239 -9.634 -11.646 -10.946 Resultado Financeiro Líquido 2.678 8.141 -2.374 -7.671 -31.378 -12.388 -102.418 Resultado de equivalência patrimonial - - - - - - - Despesas com IPO - - -39.349 -852 - - -
Receitas (despesas) operacionais -44.286 -36.346 -95.570 -58.728 -97.683 -77.538 -160.689
Lucro operacional 26.072 32.203 -17.242 24.324 115 29.513 -67.644
Resultado não operacional -6.134 -1.742 221 -876 66 - -1
Lucro antes dos impostos diretos 19.938 30.461 -17.021 23.448 181 29.513 -67.645
IR e contribuição social - corrente -7.888 -10.378 3.531 -4.137 -444 -10.811 10.638 IR e contribuição social - diferido -1.109 427 2.016 -4.547 261 650 1.809
Lucro líquido do período 10.941 20.510 -11.474 14.764 -2 19.352 -55.198
EBITDA 27,1 28,0 28,5 36,9 36,2 47,0 40,7
Margem EBITDA 8,9% 9,2% 7,0% 8,3% 7,8% 8,3% 6,5%
Lucro Líquido Ajustado 14,7 21,8 14,5 15,3 -0,0 19,4 -55,2
20 ANEXO 2 - BALANÇO PATRIMONIAL - CONSOLIDADO
ATIVO 30/9/2008 30/6/2008 30/9/2007
Ativo circulante
Caixa e bancos 565.522 251.320 462.602 Contas a receber de clientes 274.788 342.450 216.646 Estoques 296.567 266.738 165.756 Outros créditos 18.179 15.209 3.285 Impostos a recuperar 207.244 214.561 197.290
Total do ativo circulante 1.362.300 1.090.278 1.045.579
Ativo não circulante
Impostos a recuperar 104.296 48.118 - Depósitos judiciais 3.273 4.393 4.895 Partes relacionadas 21.726 6.152 1.958 Despesas a apropriar 8.784 9.501 8.821 Outros créditos 11.285 7.955 -
Realizável a longo prazo 149.364 76.119 15.674
Investimentos - - -
Imobilizado 547.707 389.626 301.106
Diferido 10.319 5.440 1.769
Intangível 17.657 - -
Permanente 575.683 395.066 302.875
Total do ativo não circulante 725.047 471.185 318.549
Total do ativo 2.087.347 1.561.463 1.364.128
PASSIVO 30/9/2008 30/6/2008 30/9/2007
Passivo circulante
Fornecedores 185.748 166.170 126.116 Empréstimos e financiamentos 185.756 165.337 61.351 Obrigações fiscais e trabalhistas 35.313 32.161 19.670 Partes Relacionadas 99.500 - - Outras contas a pagar 78.143 5.345 19.916 Provisões tributárias 619 11258 14.735
Total do passivo circulante 585.079 380.271 241.788
Passivo não circulante Exigível a longo prazo
Empréstimos e financiamentos 905.322 535.099 500.264 Obrigações fiscais e trabalhistas 18.869 19.873 25.691 Tributos diferidos 59.344 54.048 50.411 Provisão para contingências 23.751 21.991 21.414
Partes relacionadas - 0 -
Outras contas a pagar 489 490 200
Total do passivo não circulante 1.007.775 631.501 597.980
Participações minoritárias 303 0 - Capital social 88.729 88.728 88.729 Reserva de capital 300.253 300.253 300.253 Reserva de reavaliação 99.277 100.393 103.748 Reserva de lucros 38.429 38.429 9.133 Lucros acumulados -32.498 21585 22.497 Patrimônio líquido 494.190 549.388 524.360
21 ANEXO 3 - FLUXO DE CAIXA - CONSOLIDADO
30/9/2008 30/6/2008 30/9/2007 Fluxo de caixa das atividades operacionais
Lucro líquido (prejuízo) do exercício -55.198 19.352 -11.474
Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas atividades operacionais:
Atualização dos tributos a recuperar - - - Baixa do ativo permanente - - 801
Equivalência patrimonial - - -
Atualização/Complemento da provisão para contingências - - 832 Realização dos tributos diferidos - diferenças temporárias -1.436 -275 -1.639 Realização dos tributos diferidos - reavaliação de ativos -373 -375 -376 Depreciações e amortizações 5.908 5.110 3.994 Encargos financeiros sobre financiamentos 126.656 -35.308 -33.257
Outros - - -
Dos acionistas
Aumento de capital social - - 70.000 Mútuo com Partes Relacionadas 99.500
Aumento de reserva de capital social - - 300.000
Variações nos ativos e passivos
Aumento (redução) em contas a receber de clientes 67.662 -116.635 -28.443 Aumento dos estoques -29.829 -26.881 -17.338 Aumento dos impostos a recuperar -48.861 -39.988 -25.734 Aumento em outros ativos circulantes e de longo prazo -16.707 -5.740 838 Aumento (redução) dos fornecedores 19.578 38.458 53.268 Aumento em outros passivos circulantes e de longo prazo 73.171 1.544 8.934
Distribuição de lucros - - -
Total utilizado nas atividades operacionais 140.571 -160.738 320.185
Fluxo de caixa das atividades de investimentos
Aquisição de investimentos - quotas de controlada - - - Adições no imobilizado e diferido -166.132 -47.355 -18.257 Adições de Investimento -17.657 - -
Total aplicado nas atividades de investimento -183.789 -47.355 -18.257
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos
ACC, empréstimos e financiamentos captados 303.946 120.286 - Pagamentos de ACCs, empréstimos e financiamentos -46.026 20.832 -29.107
Total gerado nas atividades de financiamento 357.420 99.454 -29.107
Variação líquida no exercício 314.202 -108.639 272.821 Disponibilidades no início do exercício 251.320 359.959 189.791