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1ª série EM - Lista de Questões para a EXAME FINAL - FILOSOFIA

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Academic year: 2021

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1ª série EM - Lista de Questões para a EXAME FINAL - FILOSOFIA

01. Mesmo os nossos conceitos mais básicos não nos são evidentes; nós os utilizamos com bastante comodidade,

mas não temos qualquer compreensão articulada sobre o que eles envolvem. É nesse ponto que entra a Filosofia. E isso revela que é errado pensar que todas as questões genuínas são científicas ou empíricas. Na verdade, a própria ciência inevitavelmente levanta problemas filosóficos. O mesmo se aplica à Literatura, História, Economia, Cibernética, Matemática e assim por diante. Na Matemática, por exemplo, existe a questão sobre de onde os números derivam: seriam apenas inscrições no papel, ou ideias na mente dos matemáticos, ou seriam, como Platão pensava, entidades objetivas independentes da mente que existem fora do espaço e do tempo? Nada do que você aprende nas aulas comuns de Matemática o capacitará para responder a essas questões (embora o seu professor de Matemática possa ter sua própria visão filosófica sobre essas questões). Nas ciências empíricas, as teorias são formuladas para explicar os dados que foram observados, e frequentemente supõe-se que essas teorias fornecem descrições verdadeiras da realidade. Mas perceba que essa caracterização banal da ciência utiliza um número de conceitos que clamam por elucidação: o que é uma teoria? O que é uma explicação? O que distingue uma observação da teoria empregada para explicá-la? O que é verdade? O que é realidade? A ciência opera com esses conceitos, mas não tem condições de prover uma explicação para eles. (...) Nenhuma disciplina científica pode lhe informar o que esses conceitos envolvem, porque são pressupostos por quaisquer dessas disciplinas; precisamos da Filosofia para compreendê-los. (...)

Todas essas são questões que os seres humanos naturalmente se perguntam e sobre as quais têm refletido desde que o pensamento articulado foi registrado pela primeira vez. As crianças indagam espontaneamente sobre questões filosóficas, para grande frustração de seus pais – já que frequentemente os pais são tão filosoficamente ignorantes quanto os filhos. O filósofo é apenas alguém com um interesse particularmente intenso por essas antigas questões universais; ele é a incorporação de um tipo de curiosidade humana – o tipo que busca o geral, não o específico, o abstrato, não o concreto. Obviamente é fácil ficar impaciente com tais questões, já que não admitem solução científica. Mas essa resposta não passa realmente de filistinismo (= amadorismo) combinado com fetichismo (= admiração exagerada) científico. A ciência é sem dúvida um empreendimento requintado e nobre, mas não a única forma válida de investigação intelectual. Não deveríamos nos ater à ideia de que uma questão é científca ou não é nada. Colin McGinn. A construção de um filósofo.

Explique o contraste proposto pelo autor entre perguntas científicas e perguntas filosóficas.

02. Pensadores como Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes introduzem um novo modo de reflexão em

relação à natureza, da origem do mundo, de sua composição, de sua ordem, dos fenômenos meteorológicos, sugerem explicações livres das teogonias e cosmogonias antigas. É com essa discussão que nasce a filosofia na Grécia, sinalizando o declínio do pensamento mítico. É em Mileto na Jônia o palco do advento desse novo saber, um saber racional. Jean Pierre Vernant. As origens do pensamento grego.

Podemos dizer que os mitos e os primeiros filósofos explicam de maneira diferentes o surgimento do mundo? Justifique sua resposta.

03. Um conceito inerente a filosofia pré-socrática é o de princípio, em grego arché. Explique-o, dando exemplo de pelo menos três filósofos.

04. Para os que entram nos mesmos rios, correm outras e novas águas. (...) Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio. Heráclito. “Pré-Socráticos”. Abril Cultural, 1978. Coleçã0 Os Pensadores.

A partir desse fragmento, estabeleça as principais características do pensamento de Heráclito.

05. “Necessário é dizer e pensar que só o ser é, e o nada, ao contrário, nada é: afirmação que bem deves

considerar.” Parmênides “Pré-Socráticos”.

A partir desse fragmento, estabeleça as principais características do pensamento de Parmênides. 06. Em que consiste a sabedoria socrática?

07. Quais são os dois momentos do método socrático? Explique-os justificando a importância da dialética para Sócrates.

08. Segundo Platão, por que a alma ao encarnar, esquece-se das ideias contempladas no mundo inteligível? 09. De acordo com o dualismo platônico, o mundo sensível é o mundo real? Justifique sua resposta.

10. O que é dialética platônica e como ela opera?

11. Descartes afirmou no Discurso do método que a boa condução da razão na pesquisa da verdade das coisas deve ser feita em poucas regras. Sendo assim, o primeiro dos quatro preceitos básicos do seu método diz o seguinte: jamais acolha alguma coisa como verdadeira que não conheça evidentemente como tal. A aplicação desta primeira regra evita dois graves defeitos.

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12. Qual é a diferença entre a dúvida dos céticos e a dúvida de Descartes? 13. Leia o texto a seguir.

Segundo Descartes, o bom método é aquele que nos permite conhecer o maior número possível de coisas, com o menor número de regras. Deste modo, ele pretende estabelecer um método universal inspirado no rigor da matemática e no encadeamento racional. Para ele, pautado no ideal matemático, o método deve converter-se em uma mathesis universalis: conhecimento completo e inteiramente dominado pela razão.

(Adaptado de: JAPIASSU, H. O racionalismo cartesiano. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Discurso do Método, de Descartes, enumere e descreva as quatro regras apresentadas pelo filósofo para o método.

14.Qual é o sentido da famosa expressão formulada por Descartes, “ Penso, logo existo”. 15. Explique o argumento do erro dos sentidos.

16. Indique as três principais teses do empirismo de Locke.

17. Qual é o argumento central que Locke utiliza para criticar as ideias inatas? 18. Como, segundo Locke, o ceticismo pode ser refutado?

19. Qual é o problema epistemológico que a metáfora da tábula rasa ilustra? Qual é a resposta de Locke para tal problema?

20. . Em que consiste a diferença entre qualidades primárias e qualidades secundárias? 21. Texto 1

A verdade é esta: a cidade onde os que devem mandar são os menos apressados pela busca do poder é a mais bem governada e menos sujeita a revoltas, e aquela onde os chefes revelam disposições contrárias está ela mesma numa situação contrária. Certamente, no Estado bem governado só mandarão os que são verdadeiramente ricos, não de ouro, mas dessa riqueza de que o homem tem necessidade para ser feliz: uma vida virtuosa e sábia.

(Platão. A República, 2000. Adaptado.)

Texto 2

Um príncipe prudente não pode e nem deve manter a palavra dada quando isso lhe é nocivo e quando aquilo que a determinou não mais exista. Fossem os homens todos bons, esse preceito seria mau. Mas, uma vez que são pérfidos e que não a manteriam a teu respeito, também não te vejas obrigado a cumpri-la para com eles. Nunca, aos príncipes, faltaram motivos para dissimular quebra da fé jurada.

(Maquiavel. O Príncipe, 2000. Adaptado.)

Comente as diferenças entre os dois textos no que se refere à necessidade de virtudes pessoais para o governante de um Estado.

22. Do lado oposto da caverna, Platão situa uma fogueira – fonte da luz de onde se projetam as sombras – e alguns

homens que carregam objetos por cima de um muro, como num teatro de fantoches, e são desses objetos as sombras que se projetam no fundo da caverna e as vozes desses homens que os prisioneiros atribuem às sombras. Temos um efeito como num cinema em que olhamos para a tela e não prestamos atenção ao projetor nem às caixas de som, mas percebemos o som como proveniente das figuras na tela.

(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2001.)

Explique o significado filosófico da Alegoria da Caverna de Platão, comentando sua importância para a distinção entre aparência e essência.

23. Leia os textos abaixo, extraídos da obra A República de Platão.

— Acaso não seria uma defesa adequada dizermos que aquele que verdadeiramente gosta de saber tem uma disposição natural para lutar pelo Ser, e não se detém em cada um dos muitos aspectos particulares que existem na aparência, mas prossegue sem desfalecer nem desistir da sua paixão, antes de atingir a natureza de cada Ser em si, pela parte da alma à qual é dado atingi-lo – pois a sua origem é a mesma –; depois de se aproximar e de se unir ao Verdadeiro, poderá alcançar o saber e viver e alimentar-se de verdade, e assim cessar o seu

sofrimento; antes disso, não? (República, 490b)

— Da mesma maneira, quando alguém tenta, por meio da dialética, sem se servir dos sentidos e só pela razão, alcançar a essência de cada coisa, e não desiste antes de ter apreendido só pela inteligência a essência do bem, chega aos limites do inteligível, tal como aquele chega então aos do visível. (República, 532 a-b)

Com base nos textos e na doutrina de Platão, responda:

a) Qual método pode levar o homem a atingir a essência de cada coisa – a natureza de cada Ser em si – para além da realidade visível, que se atinge pelos sentidos?

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b) O filósofo se refere a uma realidade à qual se chega apenas pela inteligência. Que realidade é essa? Cite ao menos três características compositivas desta realidade, de acordo com a filosofia de Platão.

24. A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste

comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia.

(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.) A partir do texto, é correto afirmar que: (JUSTIFIQUE)

a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes.

b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor metodológico. c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são coincidentes. d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento filosófico moderno. (JUSTIFIQUE)

25. Ao analisar o cogito ergo sum – penso, logo existo, de René Descartes, conclui-se que: a) o pensamento é algo mais certo que a própria matéria corporal.

b) a subjetividade científica só pode ser pensada a partir da aceitação de uma relação empírica fundada em valores concretos.

c) o eu cartesiano é uma ideia emblemática e representativa da ética que insurgia já no século XVI.

d) Descartes consegue infirmar todos os sistemas científicos e filosóficos ao lançar a dúvida sistemático-indutiva respaldada pelas ideias iluministas e métodos incipientes da revolução científica.

(JUSTIFIQUE)

26. Observe a tira e leia o texto a seguir:

Mas há um enganador, não sei quem, sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por indústria, sempre me engana. Não há dúvida, portanto, de que eu, eu sou, também, se me engana: que me engane o quanto possa, nunca poderá fazer, porém, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou algo. De sorte que, depois de ponderar e examinar cuidadosamente todas as coisas é preciso estabelecer, finalmente, que este enunciado eu, eu sou, eu, eu existo é necessariamente verdadeiro, todas as vezes que é por mim proferido ou concebido na mente.

(DESCARTES, R. Meditações sobre Filosofia Primeira..) Com base na tira e no texto, sobre o cogito cartesiano, é correto afirmar:

a) A existência decorre do ato de aparecer e se apresenta independente da essência constitutiva do ser.

b) A existência é manifesta pelo ato de pensar que, ao trazer à mente a imagem da coisa pensada, assegura a sua realidade.

c) A existência é concebida pelo ato originário e imaginativo do pensamento, o qual impede que a realidade seja mera ficção.

d) a existência é a plenitude do ato de exteriorização dos objetos, cuja integridade é dada pela manifestação da sua aparência.

e) A existência é a evidência revelada ao ser humano pelo ato próprio de pensar. (JUSTIFIQUE)

28. Sobre o pensamento político de Locke e o texto acima, seguem as seguintes afirmativas:

I. No estado de natureza, os homens usufruem plenamente, e com absoluta segurança, os direitos naturais. II. O objetivo principal da união dos homens em comunidade, colocando-se sob governo, é a preservação da “propriedade”.

III. No estado de natureza, falta uma lei estabelecida, firmada, conhecida, recebida e aceita mediante consentimento, como padrão do justo e injusto e medida comum para resolver quaisquer controvérsias entre os homens.

IV. Os homens entram em sociedade, abandonando a igualdade, a liberdade e o poder executivo que tinham no estado de natureza, apenas com a intenção de melhor preservar a propriedade.

V. No estado de natureza, há um juiz conhecido e imparcial para resolver quaisquer controvérsias entre os homens, de acordo com a lei estabelecida.

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Das afirmativas feitas acima a) somente a afirmação I está correta. b) as afirmações I e III estão corretas. c) as afirmações II e V estão corretas. d) as afirmações IV e V estão corretas. e) as afirmações II, III e IV estão corretas. (JUSTIFIQUE)

29. Para bem compreender o poder político e derivá-lo de sua origem, devemos considerar em que estado todos os

homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e as pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei de natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem.

LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Abril Cultural, 1978. A partir da leitura do texto acima e de acordo com o pensamento político do autor, assinale a alternativa correta.

a) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde com o estado de servidão.

b) Para Locke, o direito dos homens a todas as coisas independe da conveniência de cada um. c) Segundo Locke, a origem do poder político depende do estado de natureza.

d) Segundo Locke, a existência de permissão para agir é compatível com o estado de natureza. (JUSTIFIQUE)

30. Leia o texto a seguir.

Locke divide o poder do governo em três poderes, cada um dos quais origina um ramo de governo: o poder

legislativo (que é o fundamental), o executivo (no qual é incluído o judiciário) e o federativo (que é o poder de declarar a guerra, concertar a paz e estabelecer alianças com outras comunidades). Enquanto o governo continuar sendo expressão da vontade livre dos membros da sociedade, a rebelião não é permitida: é injusta a rebelião contra um governo legal. Mas a rebelião é aceita por Locke em caso de dissolução da sociedade e quando o governo deixa de cumprir sua função e se transforma em uma tirania.

(LOCKE, John. In: MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre John Locke, é correto afirmar:

I. O direito de rebelião é um direito natural e legítimo de todo cidadão sob a vigência da legalidade.

II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos cidadãos sem tomar partido em questões de matéria religiosa. III. O poder legislativo ocupa papel preponderante.

IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam cumpridas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. (JUSTIFIQUE)

(5)

Orientações:

1. A avaliação de EXAME FINAL será composta por 10 questões, retiradas desta

lista de 30 questões. Não haverá necessidade de realização de trabalho

complementar.

2. A média necessária para aprovação nas Avaliações de EXAME FINAL será 5,0

(cinco) pontos.

3. O aluno que NÃO atingir a média necessária nas Avaliações de EXAME FINAL

será encaminhado para PROGRESSÃO PARCIAL durante o ano de 2016.

4. Os resultados do EXAME FINAL serão divulgados no dia 27de janeiro, a partir

das 16h.

5. O calendário abaixo poderá sofrer alterações por razões técnicas ou

pedagógicas.

Calendário das Avaliações de EXAME FINAL

2016/2017

24 de janeiro de 2017 - 3ª feira

8h

Referências

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