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Administração de Empresas: administrando que empresa? 1

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Academic year: 2021

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Administração de Empresas: administrando que empresa?

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Roberto M. Tomaoka

1. Introdução

O curso de Administração de Empresas é o terceiro que mais forma profissionais no Brasil (depois dos cursos de Direito e Pedagogia), e por ano, aproximadamente 35 mil novos administradores de cerca de 2 mil cursos entram no mercado de trabalho. Entram?

Respondendo à pergunta sobre o que farão os portadores de um bacharelado em administração, Bertero (2003) responde: “quase tudo, menos administrar”. A maioria não ocupa cargos administrativos, que são ocupados por outros profissionais, principalmente engenheiros no caso da indústria, mas muitos outros são utilizados, como químicos, físicos, economistas.

Pode-se então indagar: o que acontece?

Uma das hipóteses diz respeito à visão da empresa: qual empresa deve ser administrada? A típica empresa do século XX, burocrática, weberiana ou alguma das inúmeras "tendências" que são tão exploradas pelos gurus gerenciais, “desesperadamente procurando novidades” (Nohria & Eccles, 1992)?

Uma breve leitura dos livros-textos sugeridos para o curso de Administração de Empresas pelo Conselho Federal de Administração (CFA) em seu site ( www.cfa.org.br ). indica uma significativa distância entre teoria e realidade A empresa geralmente aparece como algo abstrato, muitas vezes idealizada ou simplificada. E embora tentem dar uma conotação de modernidade, a maioria dos autores fica só na intenção e no título, oferecendo um retrato muito pobre do objeto a ser administrado.

E partindo dessa premissa falha, o que se pode esperar (e cobrar) desses profissionais? Considerando a situação descrita acima, este trabalho tem por objetivo analisar o ensino de Administração de Empresas a partir das diretrizes dos órgãos responsáveis (Ministério da Educação, Conselho Federal de Administração) e dos livros-textos, verificando se existe correlação com uma visão mais abrangente das empresas, como abordada pela atual Teoria das Organizações. A partir daí, sugerir possíveis caminhos para um aprimoramento do ensino.

1 Trabalho para a Disciplina Teoria das Organizações, do programa de pós-graduação – Engenharia de Produção –

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2. O curso de Administração

De acordo com a legislação em vigor, a Resolução no. 2, de 4 de outubro de 1993, do Ministério da Educação, que fixa os conteúdos mínimos do curso de graduação em Administração (www.cfa.org.br), aproximadamente um terço do curso deve ser constituído pela formação profissional.

Esquematicamente, temos:

O retângulo tracejado representa a formação profissional, específica da administração. As disciplinas listadas do lado esquerdo definem a formação básica e instrumental, que dão suporte a atuação do profissional. E considerando a Direção e o Ambiente, podemos visualizar sem dificuldades a estrutura de uma empresa!

E a atuação do administrador dependerá significativamente do que ele enxerga como empresa, visão que deve ser oferecida pela disciplina Teorias Administrativas ou Teorias da Administração. FINANÇAS RECURSOS PRODUÇÃO RECURSOS MAT./PATRIM. HUMANOS MARKETING DIREÇÃO OSM SISTEMA DE INFORMAÇÕES ECONOMIA DIREITO MATEMÁTICA ESTATÍSTICA CONTABLIDADE FILOSOFIA PSICOLOGIA SOCIOLOGIA INFORMÁTICA TEORIAS ADMINISTRATIVAS AMBIENTE

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2.1. Ementário básico da disciplina Teorias da Administração

Essa disciplina acaba recebendo diversas denominações: Teoria Geral da Administração, Teorias Administrativas, Teorias da Administração, Teoria das Organizações (Skora & Mendes, 2001).

Utilizarei neste trabalho a denominação utilizada pelo Conselho Federal de Administração: Teorias da Administração (www.cfa.org.br)

Colocando em tópicos, tem-se:

 Bases históricas;

 Abordagens clássica, humanista e organizacional;

 Novas configurações organizacionais;

 Organização;

 Planejamento;

 Direção: comunicação, tomada de decisão, poder e autoridade;

 Controle e coordenação;

 As funções administrativas frente às novas tendências;

 Sistemas organizacionais;

 Organizações de aprendizagem;

 Processos organizacionais;

 Desempenho organizacional;

 Estratégias organizacionais;

 Relações interorganizacionais e ambiente;

 Gestão organizacional frente aos novos paradigmas.

Esse ementário servirá de referência para as análises e comentários subseqüentes.

3. Análise dos livros-texto

Não se pretendia aqui esgotar o assunto. Foram utilizados apenas alguns dos autores mais presentes na bibliografia básica de boa parte dos cursos de Administração do país:

Chiavenato, Idalberto. Administração nos novos tempos. Ed. Campus, 1999.

Certo, Samuel C. Administração moderna. Prentice Hall, 2003.

Daft, Richard L. Administração. LTC, 1999.

Maximiano, Antonio C.A. Introdução à administração. Atlas, 2000.

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Silva, Reinaldo O. da. Teorias da administração. Pioneira-Thomson Learning, 2001.

Stoner, James A.F.; Freeman, R. Edward. Administração. LTC, 1999.

De uma maneira geral, as obras acima citadas satisfazem ao proposto pelo ementário básico. Entretanto, aparentam resultar de colagens diversas, com assuntos sendo acrescentados de acordo com a conveniência, sem uma efetiva reformulação geral. Assim, conceitos antigos misturam-se com emergentes e estes últimos ainda aparecem com uma superficialidade preocupante. Mantém-se no papel a atualidade requerida, mas se o principal não é alterado, também não o é o ensino em si, principalmente por se distanciarem da realidade do país: a maioria das empresas é micro ou de pequeno porte – segundo o IBGE, no ano de 2000, 99,3% das empresas ocupam até 99 pessoas (IBGE, 2002) – e seriam potencialmente os grandes absorvedores dos profissionais de administração.

Para facilitar a análise, o conteúdo das obras foi divido em cinco áreas ou segmentos:

I) A administração e o administrador

II) A evolução do pensamento administrativo III) As organizações

IV) O processo administrativo V) Tendências

3.1. A administração e o administrador

A idéia é apresentar e realçar a importância da área de conhecimento e do papel do profissional. Para tanto, destacam a complexidade da função, seus inter-relacionamentos, os níveis administrativos e as habilidades necessárias para desempenhar a função (Silva, 2001; Chiavenato, 1999; Daft, 1999; Certo, 2003; Stoner, 1999; Maximiano, 2000). Mas este é o ponto central: quantas empresas no Brasil podem apresentar tal configuração? Na mesma estatística do IBGE citada acima, 96,6% das empresas ocupam até 9 pessoas! Somente Maximiano, dos livros pesquisados, faz menção, embora sucinta, da complexidade administrativa em função dos recursos empregados (Maximiano, 2002).

Aparentemente todos os autores buscam as mesmas fontes, mas os autores nacionais deveriam observar melhor essa situação e abordar também as micro e pequenas empresas e suas peculiaridades.

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3.2. A evolução do pensamento administrativo

A abordagem é praticamente a mesma para os autores, o que é de se esperar, já que são fatos históricos e muito documentados, principalmente a partir do século 20, considerado como o marco da Administração como disciplina específica (Maximiano, 2000; Chiavenato, 1999; Stoner, 1999; Certo, 2003; Daft, 1999). Mas parece-me interessante retroceder mais no tempo, até as grandes civilizações milenares, sem esquecer as contribuições dos militares, da igreja católica e das organizações medievais, pois certamente não teriam florescido sem uma eficiente administração. Silva (2001) e Maximiano (2002) abordam esses períodos.

Entretanto, as teorias administrativas são apresentadas em uma Linha do Tempo, e a despeito de algumas advertências, levam a pensar na existência de uma descontinuidade, ou seja, as teorias são substituídas à medida que surgem novas situações e mudanças de paradigmas, o que não se consegue visualizar nas empresas: a estrutura burocrática, a divisão do trabalho, a comunicação vertical e outras práticas ainda estão presentes nas organizações e convivem lado a lado com as “modernidades”. Fala-se também em “Foco Digital” (Certo, 2003), “Revolução Digital” (Maximiano, 2002), “Era da Informação”, “Administração no século XXI” (Chiavenato, 1999), mas ignora-se os excluídos digitais (84,8% da população brasileira, segundo dados de março de 2003 da FGV/IBGE ( www.fgv.br )). O profissional da Administração vai se deparar com uma realidade bastante diferente da apresentada nos livros.

3.3. As organizações

Novamente observa-se nos textos um descompasso com a realidade. Alguns dos aspectos abordados são Cultura, Mudanças Organizacionais, Diversificação, Responsabilidade Social, quando para grande parte das organizações, o principal é sobreviver. No Brasil, de cada 10 novas empresas criadas, 6,45 são fechadas (IBGE, 2002), e a maioria dessas empresas não são devidamente retratadas.

A idéia não é ignorar os aspectos acima, mas também explorar o “outro lado”, o que possibilitaria uma atuação mais adequada e ampla do profissional. Ele estaria preparado para encontrar organizações centradas na figura do fundador, sem infra-estrutura, sem sistema de informações, sem procedimentos estabelecidos ou qualquer documentação. Ou seja, para enfrentar esse caos, precisa-se fornecer ferramentas que possibilitem uma atuação com recursos limitados.

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3.4. O processo administrativo

Este parece ser uma das grandes contribuições do pensamento clássico. Desde o trabalho de Fayol, praticamente nada mudou. A despeito de algumas rotulagens diferentes, como Direção tornando-se Liderança (Maximiano, 2000; Daft, 1999; Stoner, 1999) ou Influência (Certo, 2003), basicamente são colocados os mesmos conceitos. Este é um dos pontos que podem levar a enganos. Coloca-se Fayol exclusivamente na Escola Clássica, ou seja, algo que ficou no passado, mas pelos textos, ele permanece presente em todas as teorias. A única exceção entre os livros consultados foi encontrada em Maximiano (2002). Em sua obra, ele aborda a questão sob o título Evolução da escola do processo administrativo2, mas de uma maneira tão sumária que não possibilita uma melhor compreensão, e ainda agravado por estar no capítulo destinado à Escola Clássica. Chiavenato (1999) apresenta uma comparação entre as visões do processo administrativo de autores clássicos e neoclássicos3, mas citando somente os rótulos, sem explorar o seu significado.

3.5. Tendências

Este talvez seja o ponto mais crítico das obras. Necessita-se citar as palavras-chave adequadas, que evidenciem modernidade, atualização, mesmo que se percam no vazio. Globalização, Responsabilidade Social, Administração Participativa, Realidade Virtual, Organização que Aprende, etc.

O problema é que esses tópicos são colocados no final do texto, como novidades ou tendências que devem nortear o profissional, mas sem mostrar como, pois o processo administrativo, baseado nos antigos paradigmas, já foi explorado nos capítulos anteriores. E na maioria dos casos não são tendências. São realidades presentes para as empresas mais desenvolvidas e estruturadas mas distantes para as pequenas e iniciantes. Os conceitos precisam conviver lado a lado, porque têm aplicações específicas para cada estágio atingido pelas empresas.

3.6. Uma outra abordagem

É inegável a influência da escola americana sobre o pensamento administrativo no Brasil. Também é inegável a qualidade de sua produção científica. Mas corre-se o risco de absorver resultados distantes de nossa realidade, derivados de pressões e situações muitas

2

Maximiano, A. C. A. Teoria Geral da Administração. Ed. Atlas, São Paulo, 2002, pág. 102.

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vezes não encontradas por aqui. A ascensão do modelo japonês, a reação dos países da Zona do Euro e mesmo a idéia de revolução e mudança inserida na entrada de um novo século (e no caso, milênio também) provocaram, nos Estados Unidos, uma procura desesperada por soluções rápidas para os desafios administrativos e que combinado com o oportunismo dos gurus gerenciais, resultou em uma grande proliferação de técnicas, filosofias e prescrições (Noriah e Eccles, 1992). E DiMaggio (2001) ainda observa que para alguns autores, as organizações estão mudando tão drasticamente que até a invenção de novas palavras se torna necessária. Mas também observa que as soluções mostram-se muito diversas e contraditórias. Voltamos ao ponto: que empresa administrar?

Talvez a resposta possa ser dada pela Teoria das Organizações.

4. A teoria das organizações

Apesar de contestada por muitos, colocada como impraticável, essencialmente acadêmica ou ainda extremamente difícil para aqueles que não estudaram Ciências Sociais (Hatch, 1997), a Teoria das Organizações poderia minimizar os problemas encontrados nas obras analisadas.

Uma melhor compreensão das organizações em seus diversos estágios permitiria elaborar abordagens mais adequadas a cada situação, sem rotular práticas usuais como retrógradas ou anacrônicas.

Hatch, em seu livro Organization Theory (Hatch, 1997), cita a conhecida parábola do Elefante Gerencial, na qual cegos são incapazes de identificar um elefante devido à falta do conhecimento do todo. Ela coloca a parábola para justificar a existência das perspectivas que ela aborda: moderna, simbólico-interpretativa e pós-moderna. Mas poderíamos estender a idéia, pois existem também diversos tipos de “elefantes”: africano, asiático, pigmeu da Malásia, que seriam equivalentes aos diversos tipos de organizações.

Muitas vezes nos comportamos como os cegos da parábola e simplesmente deixamos de enxergar muitas coisas. Em Imagens da organização, Morgan nos oferece uma ferramenta para “questionar e transformar seu modo de pensar sobre a organização e a administração” (Morgan, 2000) – as imagens ou metáforas – que permitem “... ler as organizações de diferentes perspectivas e desenvolver estratégias de ações consistentes com as visões ...”.

Assim, as organizações poderiam ser vistas como máquinas, organismos, cérebros, cultura, política, prisões psíquicas, fluxo e transformação; instrumentos de dominação. Essas oito metáforas representam diferentes visões parciais, que se complementam e também se contradizem, a fim de oferecer uma visão mais abrangente da situação. É como o jardim do mosteiro Zen de Ryoanji, do século XV, nas imediações de Kyoto, no Japão. Quinze pedras erguem-se num mar de cascalho, aparentemente simples e sem atrativos, mas as pedras são

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arranjadas de maneira que não importa a posição do observador, uma delas sempre fica escondida. Não se permite a visão total, forçando a adoção de outros posicionamentos e que levam a novas descobertas ou imagens (Hall, 1981). Para Morgan, com as organizações acontece o mesmo. Ao ignorar outras vistas, ignora-se também aspectos fundamentais (a pedra escondida). É interessante observar aqui que dos livros-texto analisados, somente Maximiano (2002) faz referência a Morgan, mas simplesmente apresentando as imagens, sem discussões ou comentários adicionais. A essência das idéias de Morgan não é apresentada, resultando em uma informação superficial, sem muita utilidade para o leitor, ou ainda pior, podendo levar a crer que são estanques, dissociadas umas das outras.

É essa visão abrangente proporcionada pela Teoria das Organizações que deveria ser abordada no ensino de Administração. Assim, os modelos de organizações estariam relacionados à problemática principal e não ao “modelo atual” ou à “última tendência”.

5. Uma proposta

Propor uma abordagem para a disciplina Teorias da Administração é um grande desafio. Ementas e conteúdos programáticos são definidos baseados nos materiais existentes e consagrados, mas a idéia não é uma revolução ou ruptura total. Pretende-se apenas oferecer melhores condições para os novos profissionais da administração, complementando a visão das organizações e das teorias administrativas, sem a visão “compartimentada” e “estanque” e também considerando as especificidades do caso brasileiro.

5.1. Além da linha do tempo.

O pensamento administrativo na maioria das obras consultadas aparece como uma sucessão de teorias. Essa colocação pode dar a entender que as teorias foram substituídas, quando na verdade elas permanecem presentes.

Por exemplo, as “linhas de desmontagem” dos frigoríficos, que segundo a lenda, foi a fonte de inspiração de Ford para a criação de suas linhas de montagem, é um exemplo de divisão do trabalho; uma típica Universidade Pública, serve de estudo de caso da burocracia weberiana; já uma softwarehouse, incorpora muitos aspectos tidos como inovadores, como trabalho à distância, learning organization, gestão participativa, etc., e todas convivem no presente.

Reed (1999), apresenta (ver tabela abaixo) um interessante agrupamento das perspectivas teóricas relacionando-as

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“... acopladas a esquemas interpretativos distintos, e às problemáticas trabalhadas dentro dos respectivos contextos. Assim, em vez de equacionar a história da teorização organizacional numa visão histórica linear – designativo de escolas que surgem em seqüência e são tão presentes na maioria dos livros utilizados em nosso meio –, Reed os classifica em perspectivas cujo esquema de análise acentua racionalidade, integração, mercado, poder, conhecimento ou justiça e com problemáticas cujo foco concentrava-se, respectivamente, em questões de ordem, consenso, liberdade, dominação, controle e participação

(Fachin e Rodrigues, 1999).

Narrativas analíticas em análise organizacional

Modelo de metanarrativa

interpretativa

Problemática principal

Perspectivas ilustrativas / exemplos Transições contextuais

racionalidade Ordem Teoria das Organizações clássica,

administração científica, teoria da decisão, Taylor, Fayol, Simon

de Estado guarda-noturno a Estado industrial

Integração Consenso Relações Humanas, neo-RH, funcionalismo, teoria da contingência/sistêmica, cultura corporativa, Durkheim, Barnard, Mayo, Parsons

de capitalismo empresarial a capitalismo do bem-estar

Mercado Liberdade Teoria da firma, economia institucional, custos de transação, teoria da atuação, dependência de recursos, ecologia

populacional, Teoria Organizacional liberal

de capitalismo gerencial a capitalismo neoliberal

Poder Dominação Weberianos neo-radicais, marxismo crítico-estrutural, processo de trabalho, teoria institucional, Weber, Marx

de coletivismo liberal a corporativismo negociado

Conhecimento Controle Etnométodo, símbolo/cultura organizacional, estruturalista, industrialista, pós-fordista/moderno, Foucault, Garfinkel, teoria do ator-rede

de

industrialismo/modernidade a pós-industrialismo/pós-modernidade

Justiça Participação Ética de negócios, moralidade e OB, democracia industrial, teoria participativa, teoria crítica, Habermas

de democracia repressiva a democracia participativa

Fonte: Reed, 19994

Outra abordagem interessante é apresentada por Hatch (1997), que coloca as múltiplas perspectivas da Teoria das Organizações em quatro campos: Clássico, Moderno, Simbólico-Interpretativo e Pós-moderno. Essas perspectivas e suas fontes de inspiração são mostradas na figura abaixo, e apesar de colocadas cronologicamente, não representam sucessões, mas a evolução cumulativa do pensamento organizacional e favorece a identificação das organizações segundo seu foco central.

4

Reed, M. Teorização organizacional: um campo historicamente contestado. In: Handbook de estudos

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Fonte: Hatch (1997)5

A tabela abaixo relaciona cada perspectiva com o seu foco central, métodos e resultados esperados:

Perspectiva Foco central Método Resultado

Clássica  Os efeitos da organização na sociedade  Gerenciamento da organização  Observação e análise histórica  Reflexão pessoal baseada na experiência  Tipologias e “frameworks" teóricos  Prescrições de práticas administrativas

Moderna  A organização através medidas “objetivas”  Medições descritivas  Correlação entre medições padronizadas  Estudos comparativos  Análises estatísticas multivariáveis Simbólico-interpretativa  Organização através de percepções “subjetivas”  Observação participativa  Intervenção etnográfica

 Textos narrativos tais como estudos de caso e etnografias

organizacionais Pós-moderno  Teoria das

organizações e práticas de teorização  Desconstrução crítica de práticas de teorização  Reflexivity e reflexivity accounts 5

Hatch, M. J. Organization Theory: modern, symbolic and postmodern perspectives, 1997. MODERNA

CLÁSSICA INTERPRETATIVASIMBÓLICO- PÓS-MODERNA

Adam Smith (1776) Karl Marx (1867) Emile Durkheim (1893) F.W.Taylor (1911) Henri Fayol (1919) Max Weber (1924) Chester Barnard (1938)

Ludwig von Bertalanffy (1968) Melville Dalton (1959) James March (1958) Alfred Gouldner (1954) Talcott Parsons (1951) Herbert Simon (1945-1958) Paul Ricoeur (1981) William Foote Whyte (1943) Erving Goffman (1971) Clifford Geertz (1973) Thomas Luckmann (1966) Phillip Selznick (1948) Alfred Schutz (1932) Kenneth Burke (1954) Ferdinand de Saussure (1959) Roland Barthes (1972) Vladimir Propp (1828) Jean Baudrillard (1988) Richard Rorty (1989) Jean-François Lyotard (1984) Mikhail Bakhtin (1981) Jacques Derrida (1978/80) Charles Jencks (1977) Michel Foucault (1972/73) Estudos Culturais Teoria Literária Teoria Pós-estruturalista Arquitetura Pós-moderna Linguística Semiótica Antropologia Cultural Antropologia Social Sociologia Industrial Biologia-Ecologia Ciência Política Sociologia Engenharia Economia 1990's 1950's 1900's 1980's Folclore

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5.2. Identificação das características ainda presentes nas organizações

Complementando o item anterior, seria interessante que fosse ressaltada a permanência de muitas das prescrições estabelecidas pelas teorias ao longo do tempo. É essencial que se fale de Weber, Taylor, Fayol e outros teóricos do passado, mas facilmente podemos reconhecer suas idéias nos procedimentos atuais.

Além dos já citados frigoríficos e universidades, não podemos esquecer as instituições financeiras, a indústria automobilística (em essência, ainda fordista!), e um sem número de organizações nas quais muitas das idéias tidas como ultrapassadas ainda permanecem. As perspectivas se acumulam e influenciam uma às outras (Hatch, 1997).

5.3. Trabalhar com a perspectiva contemporânea da Teoria das Organizações

Como colocado no título, a perspectiva é contemporânea e não uma “tendência”. A transferência dos resultados das pesquisas acadêmicas deve ser mais rápida e consistente do que se pôde verificar no material disponível.

Não é objeto deste trabalho elaborar uma revisão bibliográfica sobre o assunto. As perspectivas teóricas são apresentadas sucintamente a seguir, mas são indicadas algumas referências para um aprofundamento do tema.

5.3.1. Ecologia populacional

Os ecólogos organizacionais buscam explicações para a diversidade organizacional, focalizando as motivações para as taxas de fundação e fracasso, criação e morte de populações organizacionais, enfatizando processos de seleção ambiental (Baum, 1999).

A premissa básica é que as organizações não conseguem definir previamente se alguma mudança será bem sucedida e/ou rápida o suficiente para lidar com um ambiente instável e dinâmico. O foco então não é a capacidade de adaptação, que se torna uma loteria, mas a criação de novas organizações, o desaparecimento de outras e a permanência daquelas cujas estruturas já se mostravam mais adequadas ao ambiente (Baum, 1999).

Leituras complementares:

Baum, J. A. C. Ecologia organizacional. In: Clegg, S. R. et al. (org.). Handbook de estudos organizacionais, vol 1. São Paulo: Atlas, 1999.

Hatch, M.J. Organization theory: modern, symbolic and postmodern perspectives. Oxford University Press, 1997.

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5.3.2. Teoria da dependência de recursos

A teoria parte do princípio que as organizações dependem de recursos escassos, fornecidos e controlados pelo ambiente em que estão inseridas.

Essa dependência externa cria condições para que o ambiente restrinja as ações das organizações.

E compreender o mecanismo de ação permite que os administradores identifiquem as fontes de influência e descubram meios para combate-las ou evita-las (Hatch, 1997).

Leituras complementares:

Pfeffer, J.; Salancik, G. The external control of organizations. Harper & Raw, 1982.

Fligstein, N. The transformation of corporate control. Harvard University Press, 1990.

Hatch, M.J. Organization theory: modern, symbolic and postmodern perspectives. Oxford University Press, 1997.

5.3.3. Contingência estrutural

Essa linha de pesquisa estuda como as estruturas organizacionais respondem aos fatores contingenciais, tais como estratégia, tamanho, incerteza com relação às tarefas e tecnologia (Donaldson, 1999).

Assim, espera-se identificar o fator ou fatores aos quais a estrutura organizacional precisa se adequar ou adaptar, a fim de tornar-se efetiva (Donaldson, 1999).

Leituras complementares:

 Donaldson, Lex. Teoria da contingência estrutural. In: Clegg, S. R. et al (org.), Handbook de estudos organizacionais, vol 1. São Paulo: Atlas, 1999.

Sobre a tecnologia como fator contingencial:

Hatch, M.J. Organization theory: modern, symbolic and postmodern perspectives. Oxford University Press, 1997.

 Thomas, R. J. What machines can’t do: politics and technology in the industrial

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5.3.4. Nova economia industrial

A perspectiva econômica tem sido bastante valorizada nas análises organizacionais, principalmente na escola americana, contrapondo-se à posição dos gerentes. Assim, as pesquisas centram-se não nos custos de produção, mas nos custos de transação bem como nas formas que governam essas transações.

É um campo fértil que tem ampliado sua influência e importância no meio acadêmico, através dos conceitos de “valorização dos shareholders” e “governança corporativa”, entre outros.

Leituras complementares:

 Grün, R. Modelos de empresa, modelos de mundo: sobre algumas características culturais da nova ordem econômica e da resistência a ela. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, v14, n41, out 1999.

 Guillén, M. F. Corporate governance and globalization: is there convergence across countries? Advances in international comparative management, 2000.

 Williamson, O. E. Transaction cost economics and organization theory. In: Smelser, N. J. & Swedberg, R. The handbook of economic sociology. Princeton University Press, 1995.

 Perrow, C. Economic theories of organization. In S. Zukin & P. Dimaggio (eds.). Structures of Capital. Cambridge University Press, 1990.

5.3.5. Novo institucionalismo

A teoria institucional procura responder a questões como: “por que diferentes organizações, operando em diferentes ambientes, são freqüentemente tão similares em suas estruturas?” (Tolbert & Zucker, 1994), ou “por que as organizações surgem, tornam-se estáveis ou são transformadas?” (Fliegstein apud Sacomano Neto & Truzzi, 2002).

Para seus estudiosos, a resposta está em considerar as organizações como instituições, que segundo Scott (1995) “... consistem de estruturas cognitivas, normativas e regulativas e atividades que forneçam estabilidade e sentido para o comportamento social”

Leituras complementares:

Hatch, M.J. Organization theory: modern, symbolic and postmodern perspectives. Oxford University Press, 1997.

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 Meyer, J. W. & Rowan, B. Institutionalized organizations: formal structure as myth and ceremony. In: Powell, W. W. & DiMaggio, P. The new institutionalism in organizational analysis. University of Chicago Press, 1991.

Scott, W. R. Institutions and organizations. SAGE Publications, 1995.

 Tolbert, P. S. & Zucker, L. G. A institucionalização da teoria institucional. In: Clegg et al (org.). Handbook de estudos organizacionais, vol. 1, Atlas, 1999.

 Zucker, L. G. Where do institutional patterns come from? Organizations as actors in social systems. In: Zucker, L. G. Institutional patterns and organizations: culture and environment, Ballinger Pub Co., 1988.

5.3.5. Sumário das perspectivas teóricas

A tabela abaixo, sumariza as perspectivas teóricas abordadas neste item (Sacomano Neto & Truzzi, 2002):

Caracterização de alguns elementos acerca das novas perspectivas teóricas

Nível de análise Principais variáveis Principais críticas Principais autores

Ecologia das Populações População de organizações Nichos ecológicos Variação, seleção e retenção de populações de organizações Dificuldade de especificar a fonte de variação ambiental Ignoram os processos gerenciais

HANNAN & FREEMAN (1977)

ALDRICH & PFEFFER (1976) Dependência de Recursos Interações ambientais Controles interorganizacionais Fluxo de recursos Ação organizacional no ambiente Limitação da ação organizacional O que dirige a ação gerencial

PFEFFER & SALANCIK (1978) PFEFFER (1972) Contingência Estrutural Fatores ambientais que condicionam a forma organizacional Decisões estratégicas contingentes às pressões ambientais Demasiada crença na capacidade adaptativa das organizações Dificuldade de apresentar respostas racionais às pressões internas e externas WOODWARD (1965) THOMPSON (1967) BURNS & STALKER (1961) Nova Economia Institucional Custos de transação e formas de governança Intercâmbio de bens e serviços em um mercado livre Negligentes quanto a estruturas e lutas de poder Interesses individuais e grupais derivados de uma estrutura de interesses WILIAMSON (1996) NORTH (1994) WILIAMSON (1985) Novo Institucionalismo Como as organizações surgem, tornam-se estáveis e são transformadas Estruturação da ação e ordem de significado Aspectos coercitivos, normativos e cognitivos Determinismo institucional para a difusão das formas organizacionais

Dificuldades de

mensuração das variáveis

FLIEGSTEIN (1999) POWELL & DIMAGGIO (1991)

SCOTT (1995)

Fonte: Sacomano Neto & Truzzi (2002)6

6

Sacomano Neto & Truzzi. Perspectivas contemporâneas em análise organizacional. In: Gestão & Produção, v9, n1, p.32-44, abr 2002.

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5.4. Consideração da situação das empresas brasileiras

É preocupante que se tenha uma visão “mainstream”, esquecendo-se da maioria das empresas estabelecidas no país.

Não se está sugerindo alterar o foco, mas considerar essa situação, apresentando-a ao futuro profissional. Ele precisa ter consciência que o trabalho em grandes empresas, estruturadas, com grande oferta de recursos pode nunca acontecer em sua vida como administrador.

Portanto, um conhecimento adequado das empresas micro, pequenas e até mesmo informais pode oferecer uma diferenciação que melhore sua empregabilidade.

5.5. Implicações para o ensino

A ampliação do enfoque (no caso, as típicas empresas brasileiras) e a utilização das Teorias Organizacionais não devem trazer grandes preocupações, tanto para os que ministram a disciplina quanto para os autores dos livros. É um campo do conhecimento com inúmeros pesquisadores conceituados, tanto nacional como internacionalmente, como indicam as referências utilizadas.

E as sugestões apresentadas neste trabalho são compatíveis com as diretrizes estabelecidas pelos órgãos federais competentes. Apenas a noção de “tendência” não deveria ser utilizada. É a visão de Nohria & Eccles (1992):

“Words may come and go, but action is always the managerial imperative”.7

Ou seja, minimizar a importância dos neologismos, dos modismos e trabalhar o momento, o verdadeiro estado-da-arte, a realidade.

6. Conclusão

A partir dos livros-texto disponíveis no mercado e das diretrizes programáticas, procurou-se analisar o ensino da administração, estabelecendo um fator-chave: uma caracterização mais precisa da organização, que afinal é o objeto-fim do profissional a ser formado.

7

Palavras podem vir e ir, mas ação sempre é o imperativo gerencial”. In: Nohria, N. & Eccles, R.G. Beyond

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Tanto as obras quanto as diretrizes apresentam restrições, que poderiam ser ao menos minimizadas adotando-se uma abordagem um pouco mais local, preocupando-se com algumas particularidades das empresas no Brasil e também focando ação e contemporaneidade e não nomenclatura e futuro (incerto).

Finalmente, foram apresentadas algumas sugestões para o aprimoramento do ensino, baseada na presente Teoria das Organizações, que respeitando as diretrizes curriculares procuram oferecer uma formação mais completa e realista ao futuro profissional de Administração de Empresas.

Referências bibliográficas

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