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PARECER N ü (b. QPttò

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PARECER N° ü ( b . QPttò /1&

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL ASSISTENCIAL EM FAVOR DE SINDICATO PROFISSIONAL. INVIABILIDADE DE COBRANÇA DE EMPREGADOS NÃO ASSOCIADOS, MESMO

QUANDO PRESENTE CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DO DIREITO DE OPOSIÇÃO.

ADEMAIS, CLÁUSULAS DE CONVENÇÃO COLETIVA NÃO SÃO OPONÍVEIS A EMPREGADOR QUE DELA NÃO PARTICIPOU, POR SI OU POR SEU SINDICATO PATRONAL REPRESENTATIVO.

A Fundação de Proteção Especial, por intermédio da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social, encaminha o presente expediente a esta Procuradoria-Geral do Estado para manifestação acerca da obrigatoriedade do pagamento de contribuição assistencial pelos empregados enfermeiros da FPE em favor do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul - SERGS, na medida em que tal desconto assistencial já é realizado na folha de pagamento dos empregados da Fundação, por força de convenção coletiva firmada entre o SEMAPI e o SESCON.

Conforme consta das fls. 02-3, instado pela Fundação consulente o Setor Financeiro do SERGS informa que, a despeito da contribuição assistencial repassada em favor do SEMAPI, todo e qualquer funcionário celetista enfermeiro

-deve fazer suas contribuições e pagamentos ao Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul.

Diante dessa informação, acatando sugestão da Coordenação de Administração de Recursos Humanos - CARH, o Diretor de Qualificação Profissional e Cidadania encaminhou o expediente à Assessoria Jurídica da FPE que inicialmente solicitou diligências e, depois, com base no Parecer 11.909/97, manifestou entendimento

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no sentido de não poder a Fundação ser compelida a proceder ao desconto dos seus empregados enfermeiros em face da natureza convencional da contribuição, ficando a cargo daqueles que são associados a esse Sindicato, em tendo interesse, proceder com tal contribuição voluntariamente.

Todavia, em razão do Parecer n° 11.909 ser datado de 1997, solicitou remessa do expediente à PGE para análise e manifestação, o que foi acolhido pelo Presidente da Fundação.

Por conseguinte, com a anuência do titular da Pasta do Trabalho e do Desenvolvimento Social, veio o expediente a esta Casa, sendo a mim regularmente distribuído.

É o relatório.

Trata-se de examinar a viabilidade de que a FPE desconte de seus empregados enfermeiros contribuição assistencial a ser recolhida em favor do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul, ajustada em convenção coletiva de trabalho firmada entre o mencionado sindicato e o SINDIHOSPA - Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre nos seguintes termos:

Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2017

Cláusula Sexagésima Oitava - Contribuição sindical em favor do sindicato profissional

Os empregadores descontarão de todos os integrantes da categoria profissional convenente a importância equivalente a 6% (seis por cento) do salário básico resultante do reajuste ora previsto, a ser descontado em duas parcelas, sendo a primeira de 3% (três por cento) sobre o salário de agosto/2015 e de 3% sobre o salário de setembro/15.

Parágrafo primeiro: O não recolhimento da contribuição assistencial no prazo estabelecido implicará num acréscimo de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês e multa de 10% (dez por cento), sem prejuízo da atualização do débito.

Parágrafo segundo: Em relação aos associados da entidade sindical em dia com o pagamento da anuidade de 2015, até o mês de julho de 2015,

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será garantida uma redução de 50% (cinqüenta por cento) do percentual previsto no "caput", restringindo-se, portanto, a contribuição ora prevista a 1 (uma) parcela.

Parágrafo terceiro: Fica garantido o direito de oposição ao desconto assistencial relativo a CCT/ACT, desde que cumpridos os requisitos abaixo indicados:

a) O direito de oposição poderá ser exercido pelo(a)s enfermeiro(a)s nos 10 (dez) dias posteriores ao protocolo de registro da CCT junto ao Ministério do Trabalho;

b) A oposição deverá ser realizada por ofício ao sindicato, até a data limite indicada no item anterior, via postal com aviso de recebimento, de forma individual, sendo que o oficio com o respectivo aviso de recebimento com indicação de recepção pelo sindicato profissional deverá ser entregue ao empregador, em prazo suficiente a fim de que o desconto não seja realizado pelos empregadores;

c) Não sendo observados os itens descritos acima, não aufere ao enfermeiro(a)s qualquer reembolso por parte do sindicato profissional.

E para que se possa equacionar o objeto da consulta, impende lembrar que o ordenamento jurídico trabalhista brasileiro contempla quatro espécies de contribuições dos empregados para sua respectiva entidade sindical.

Assim, a contribuição sindical, prevista nos arts. 578 a 610 da CLT e autorizada pelo art. 8o, IV, da CF, será descontada em folha de pagamento de uma só

vez no mês de março de cada ano e corresponderá à remuneração de um dia de trabalho; por decorrer de lei, incide inclusive sobre os trabalhadores não sindicalizados.

Já a contribuição confederativa se destina ao custeio do sistema confederativo da representação sindical do trabalhador, podendo ser fixada em assembléia geral, como autoriza o artigo 8o, inciso IV, da CF/88.

Por sua vez, a contribuição assistencial (CLT, art. 513, "e") diz respeito, regra geral, a recolhimento aprovado por convenção ou acordo coletivo, normalmente para desconto em folha de pagamento em uma ou mais parcelas ao longo do ano, com objetivo de custear gastos do sindicato.

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Por fim, a mensalidade sindical é uma contribuição que o sócio sindicalizado faz, facultativamente (conforme art. 5o, inciso XX da CF), a partir do momento que opta em filiar-se ao sindicato representativo. Esta contribuição normalmente é feita através do desconto mensal em folha de pagamento, no valor estipulado em convenção coletiva de trabalho.

Desse modo, como a contribuição assistencial de que se cogita no expediente não decorre diretamente de imposição legal e tampouco da qualidade de associado da entidade sindical, o Tribunal Superior do Trabalho rechaça a possibilidade de que ela, assim como a contribuição confederativa, seja imposta ao trabalhador não sindicalizado, como se vê do Precedente Normativo 119, da Seção de Dissídio Coletivo do TST:

N° 119 CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - (mantido) - DEJT divulgado em 25.08.2014

A Constituição da República, em seus arts. 5o, XX e 8o, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados, (nova redação dada pela SDC em sessão de 02.06.1998 - homologação Res. 82/1998, DJ 20.08.1998)

E em idêntico sentido a Orientação Jurisprudencial n° 17, da Seção de Dissídios Coletivos do TST:

17. CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS. INCONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS, (mantida) -DEJTdivulgado em 25.08.2014

As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a qualquer título, obrigando trabalhadores não

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sindicalizados, são ofensivas ao direito de livre associação e sindicalização, constitucionalmente assegurado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os respectivos valores eventualmente descontados.

E o entendimento jurisprudencial consolidado no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho não se afasta dessa orientação:

RECURSO DE REVISTA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL. EXTENSÃO A EMPREGADOS NÃO ASSOCIADOS. IMPOSSIBILIDADE. Nos termos da jurisprudência atual, iterativa e notória desta Corte, a imposição de contribuição assistencial aos empregados não associados à determinada entidade sindical ofende o princípio da liberdade de associação e sindicalização consagrado nos artigos 5o, XX, e 8o, V, da Constituição Federal. Nesse sentido foram editados o Precedente Normativo 119 e a Orientação Jurisprudencial 17, ambos da SDC do TST. Recurso de Revista conhecido e provido." (RR - 26500-66.2008.5.04.0332 Data de Julgamento: 21/03/2012, Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, 8a Turma, Data de Publicação: DEJT 23/03/2012).

AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CONVENÇÃO COLETIVA. CLÁUSULA DE INSTRUMENTO COLETIVO QUE PREVÊ A OBRIGATORIEDADE DA COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL. EMPREGADOS NÃO FILIADOS AO SINDICATO. DIREITO DE OPOSIÇÃO AOS DESCONTOS. INVALIDADE. Segundo entendimento consolidado desta Corte Superior, a instituição obrigatória da contribuição assistencial aos empregados não sindicalizados fere o princípio da liberdade sindical (Orientação Jurisprudencial n° 17 da SDC e Precedente Normativo n° 119). Assim, é patente a invalidade de cláusula normativa que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a qualquer título, obrigando trabalhadores não sindicalizados, bem como que preveja o direito de oposição de empregado não sindicalizado ao desconto obrigatório de contribuição assistencial. Por consectário, não há falar em violação do artigo 7o, inciso XXVI, da Constituição Federal, tampouco em incidência da cláusula penal, porquanto o cumprimento das disposições normativas pressupõe a validade do quanto avençado. Recurso de revista não conhecido. 3. (...) Recurso de revista não conhecido (Processo: RR -

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04.2007.5.01.0049 Data de Julgamento: 31/10/2012, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, 2a Turma, Data de Publicação: DEJT 16/11/2012).

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL. A jurisprudência pacífica e reiterada do TST, consubstanciada no Precedente Normativo n° 119 e na Orientação Jurisprudencial n° 17, ambos da SDC, segue no sentido de que a Constituição da República, nos arts. 5o, XX, e 8o, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização, sendo ofensiva a essa modalidade de liberdade a instituição de cláusula em acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados, restando efetivamente nulas as estipulações que não observem tal restrição e passíveis de devolução os valores irregularmente descontados. Esse também é o posicionamento do Supremo Tribunal Federal, consubstanciado na Súmula n° 666, segundo a qual a contribuição confederativa de que trata o art. 8o, IV, da Constituição Federal só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Observe-se, ademais, que, mesmo quando facultado o direito de oposição, não se verifica a convalidação de cláusulas desta natureza. Isso porque, ao impor ao empregado não sindicalizado o ônus de refutar o desconto que não autorizou previamente, a norma coletiva desrespeita previsão legal expressa no sentido de que os descontos devem ser prévia e expressamente autorizados (art. 545 da CLT). Assim, o direito de oposição assegurado na norma coletiva, de acordo com a jurisprudência desta Corte, não afasta a ilicitude do desconto em relação aos não associados. Precedentes. Agravo desprovido. (TST - Ag-AIRR: 26211820115020029, Relator: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Data de Julgamento: 10/06/2015,7a Turma, Data de Publicação: DEJT 12/06/2015)

RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO PELO MINISTÉRIO PUBLICO DO TRABALHO. ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL. ASSOCIADOS E NÃO ASSOCIADOS. INVALIDADE PARCIAL DA CLÁUSULA. A jurisprudência desta Corte Superior

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é pacífica no sentido de que é ofensiva ao direito constitucional de livre associação e sindicalização cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo contribuição assistencial em favor de entidade sindical obrigando trabalhadores não sindicalizados, sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição (Orientação Jurisprudencial n° 17 da SDC e no Precedente Normativo n° 119). A previsão de oposição ao desconto não convalida a cláusula, uma vez que o art. 545 da CLT condiciona os descontos em favor do sindicato à expressa autorização do empregado. Recurso ordinário a que se dá provimento. (TST - RO: 205892620135040000, Relator: Walmir Oliveira da Costa, Data de Julgamento: 13/04/2015,Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de Publicação: DEJT 17/04/2015)

Por conseguinte, deve a FPE abster-se de realizar o desconto da contribuição assistencial de seus empregados enfermeiros em favor do SERGS, uma vez ausente qualquer prova de que sejam os mesmos associados da referida entidade sindical.

Também importa consignar que o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande Sul (SESCON/RS), Sindicato Patronal que representa a FPE, sequer participou da negociação coletiva que culminou na convenção coletiva que ajustou a contribuição assistencial, razão pela qual suas disposições não podem ser impostas à Fundação consulente. Nesse sentido:

"ENQUADRAMENTO SINDICAL. AUXILIAR DE ENFERMAGEM. CATEGORIA DIFERENCIADA (§ 3o, DO ART. 511 DA CLT).A despeito de pertencer a autora à categoria diferenciada, a reclamada só estaria adstrita ao cumprimento das convenções coletivas trazidas à colação se tivesse participado, por si ou pelo seu sindicato patronal correspectivo, da pactuação destas normas, o que não ocorreu. In casu, prevalecem as disposições normativas destinadas à categoria profissional correlata à atividade preponderante desenvolvida pela reclamada. Recurso Ordinário a que se nega provimento." (RO 0033300-41.1998.5.15.0046, TRT 15a Região, Relator: CARLOS ALBERTO MOREIRA XAVIER, Data de Publicação: 03/09/2001)

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RECURSO DE REVISTA. NORMA COLETIVA. CATEGORIA DIFERENCIADA. ABRANGÊNCIA. "Empregado integrante de categoria diferenciada não tem direito de haver de seu empregador vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada por órgão de classe de sua categoria" (Súmula n° 374 do TST). Recurso de revista conhecido e provido. (RR - 249-57.2011.5.04.0121, Relator Ministro: Walmir Oliveira da Costa,Data de Julgamento: 25/02/2015, 1a Turma do TST, Data de Publicação: DEJT 27/02/2015)

RECURSO DE REVISTA. (...) ENQUADRAMENTO SINDICAL. NORMA COLETIVA. CATEGORIA PROFISSIONAL DIFERENCIADA. PARTICIPAÇÃO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA. 1. O Tribunal Regional, por entender que o reclamante era integrante de categoria profissional diferenciada, determinou o pagamento de diferenças decorrentes da aplicação da norma coletiva correspondente, não obstante a empregadora não ter participado das negociações. 2. A jurisprudência pacífica desta Corte Superior é no sentido de que a norma coletiva de categoria profissional diferenciada não pode ser aplicada se o empregador não participou ou foi representado por seu órgão de classe. Inteligência da Súmula n° 374. Recurso de revista conhecido e provido, no tema. (...) (RR- 95200-19.2005.5.04.0003, Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 25/09/2013, 1a Turma do TST, Data de Publicação: DEJT 04/10/2013)

Desse modo, a pretensão do SERGS não reúne condições de ser atendida pela Fundação consulente.

Por fim, em que pese suficientes as razões retro expostas para evidenciar a impossibilidade de atendimento do pleito, não é demasiado referir que há controvérsia judicial acerca da própria condição de categoria diferenciada dos enfermeiros, como evidenciam os seguintes julgados:

SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. LEGITIMIDADE ATIVA DO SINDICATO AUTOR. ENQUADRAMENTO SINDICAL. ENFERMEIRO. A Turma, em sua maioria, vencido o Relator, entende que o sindicato-autor não

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detém legitimidade para representar os enfermeiros da reclamada. Recurso desprovido. (TRT da 04a Região, 4a. Turma, 0000520-86.2013.5.04.0512 RO, em 09/04/2015, Desembargador André Reverbel Fernandes - Relator. Participaram do julgamento: Desembargador George Achutti, Desembargador João Batista de Matos Danda)

EMENTA: RECURSO DA RECLAMANTE. ENQUADRAMENTO SINDICAL. Caso em que devem ser aplicadas as disposições constantes pelas normas coletivas colacionadas aos autos pela reclamada, firmadas entre o Sindicato dos Trabalhadores Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde da Caxias do Sul - Sindi saúde, e o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde da Região Nordeste do Rio Grande do Sul, vez que atividade desempenhada, de enfermeiro, não integra as categorias diferenciadas arroladas no anexo do artigo 577 da CLT. Recurso não provido. (TRT da 04a Região, 10a Turma, 0001042-53.2012.5.04.0511 RO, em 02/06/2014, Desembargador Luiz Alberto de Vargas - Relator)

RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. ENQUADRAMENTO SINDICAL. O enquadramento do empregado se faz pela correspondência com a atividade preponderante de seu empregador, exceto para aqueles empregados que integrem categoria profissional diferenciada. Exercendo, os substituídos, funções ligadas à saúde, integram categoria diferenciada (art. 511, § 3o, da CLT), por equiparação, ainda que não constem no rol do art. 577 da CLT, pois são profissionais liberais e, portanto, representados pelo sindicato autor, que integra a Confederação Nacional das Profissões Liberais, nos termos da Lei 7.316/1985. O sindicato autor é, portanto, parte legítima para propor a presente ação, já que representa os enfermeiros que fizeram a opção prevista no art. 585 da CLT. Entendimento prevalente na Turma, vencida a Relatora. (TRT da 4a Região, PROCESSO: 0000844-81.2010.5.04.0512 RO, 6a Turma, julgado em 23 de setembro de 2015)

PROFISSIONAL LIBERAL. CATEGORIA DIFERENCIADA. ENQUADRAMENTO SINDICAL. LEGITIMIDADE ATIVA. Sendo efetivamente diferenciada a atividade do profissional liberal em face da atividade-fim do

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empregador, é prevalente a regra da categoria profissional diferenciada, por assimilação, nos termos do art. 511, § 3o, da CLT, sendo parte legítima o sindicato correspondente, a teor do disposto no art. 8o, III, da CF, a agir em Juízo em nome da categoria ou na defesa de direitos e interesses individuais de seus integrantes. (TRT da 04a Região, 4A. TURMA, 0108400-75.2001.5.04.0022 RO, em 09/09/2004, Desembargador Milton Varela Dutra.)

Portanto, a existência de controvérsia acerca da própria condição de categoria diferenciada dos enfermeiros reforça a inviabilidade, no caso concreto, de acolhimento do pedido do SERGS.

É o parecer.

Portp Alegre, 28 de dezembro de 2015.

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ADRIANA MARIA NEUMANN, PROCURADORA DO ESTADO.

Processo n° 001271-2148/15-2

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Processo n° 001271-21.48/15-2

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conclusões do PARECER n° vJfe

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de Pessoal, de autoria da Procuradora do

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Restitua-í e o expediente^ à Secretari$/do Trabalho e do

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Referências

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