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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM GERAL E ESPECIALIZADA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM GERAL E ESPECIALIZADA

ERG 0308 Cuidado Integral ao Adulto e Idoso no Perioperatório ERG 0339 Cuidado Integral ao Adulto e Idoso no Perioperatório

Roteiro

Procedimento: Troca do equipamento coletor (base protetora adesiva e bolsa coletora) do estoma intestinal

Objetivo(s): A troca do equipamento coletor tem como objetivos:  Realizar a higienização do estoma e da pele periestomal;

 Avaliar as características das fezes, aparência e condição do estoma (coloração, perfil em relação ao nível da pele) e condição da pele periestomal;

 Avaliar a eficácia do equipamento coletor e permitir a detecção precoce de problemas potenciais (irritação e lesão de pele periestomal, descolamento do da base e vazamento de efluente).

Profissional(s) de enfermagem habilitado(s) a realizar o procedimento: Enfermeiro

Materiais: Bandeja contendo:

 01 equipamento coletor (formado por uma base protetora adesiva e uma bolsa coletora, que podem ser apresentados separadamente – duas peças, ou em peça única) adequado ao tamanho do estoma;

 01 presilha para fechamento da bolsa (há bolsas drenáveis com sistema de fechamento acoplado, por exemplo, velcro, e também bolsas fechadas, sem nenhuma abertura e de uso único);

 01 medidor de estomas;  01 pacote de gazes estéreis;

 Ampolas de SF 0,9% (quantidade necessária para a limpeza dependerá das condições do estoma);

 01 tesoura (preferencialmente curva e sem ponta),  03 pares de luvas de procedimento não estéreis,  01 par de óculos de proteção;

 01 máscara cirúrgica simples;

 01 cálice graduado, no caso de ileostomia; ou 01 comadre, no caso de colostomia.

Descrição do procedimento: 1. Higienizar as mãos;

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2. Reunir o material;

3. Identificar o cliente e explicar o procedimento; 4. Garantir a privacidade do cliente;

5. Colocar o cliente em posição confortável; 6. Calçar as luvas de procedimento;

7. Observar a quantidade de efluente na bolsa coletora, abrir a presilha de fechamento e esvaziar no cálice graduado ou comadre (a bolsa deve ser esvaziada sempre antes da troca do equipamento coletor ou quando atingir um terço de sua capacidade). Posteriormente registrar as características e volume de efluente;

8. Retirar as luvas de procedimento, higienizar novamente as mãos e calçar novo par de luvas de procedimentos;

9. Retirar a base delicadamente com auxílio da gaze embebida em SF 0,9%, sabonete líquido ou removedor de adesivo, começando pela parte superior e mantendo a pele estirada. Caso o paciente apresente condições, essa etapa também pode ser realizada no banho, com a ajuda de uma gaze ou compressa úmida;

10. Limpar a pele ao redor do estoma com água e sabonete. Também pode ser utilizado SF 0,9% no caso do cliente acamado;

11. Secar a pele ao redor do estoma com toalha limpa ou gaze;

12. Avaliar as características do estoma (integridade, coloração, perfil do estoma) e da pele periestomal (integridade, coloração);

13. Colocar uma gaze sobre o estoma;

14. Retirar as luvas de procedimento, descartá-las e calçar um novo par;

15. Com auxílio do medidor de estoma, verificar o tamanho exato do estoma (a abertura da base protetora adesiva deve ajustar-se ao redor do estoma e cobrir a pele periestomal para evitar contato com o efluente) e traçar um molde. No caso da base moldável, moldar o formato do estoma na base protetora adesiva com o calor dos dedos;

16. Transferir o molde feito para o papel protetor do adesivo da base recortável; 17. Recortar a base;

18. Retirar o papel protetor do adesivo da base;

19. Colar a base protetora adesiva sobre a pele, realizando movimentos circulares por cerca de 40 segundos para auxiliar na aderência à pele;

20. Conectar a bolsa coletora à base, no caso dos equipamentos de duas peças. Se o cliente estiver acamado, a bolsa deverá ser acoplada de forma que sua abertura fique lateralizada, a fim de facilitar seu esvaziamento;

21. Dobrar a abertura inferior da bolsa ao redor da presilha de fechamento e travá-la (ou fechar a presilha acoplada à bolsa);

22. Reposicionar o cliente em posição confortável; 23. Recompor a unidade;

24. Desprezar o material; 25. Higienizar as mãos;

26. Registrar o procedimento no prontuário do cliente.

Observações:

 A troca do equipamento coletor deve ser realizada preferencialmente pela manhã, logo após o banho e antes da primeira refeição, momento em que a estoma estará menos funcionante;

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 O equipamento coletor deve ser trocado no máximo a cada 7 dias no caso das colostomias, e a cada 5 dias quando se tratar de ileostomia. No entanto, a troca precisa ser feita sempre que houver descolamento, vazamento de efluente ou o cliente apresentar qualquer queixa no local.

 Caso o medidor de estoma não esteja disponível, pode ser utilizado um plástico limpo dobrado ao meio – colocar o plástico sobre o estoma, desenhar o contorno do mesmo no plástico (preferencialmente com caneta permanente) e separar as duas faces do plástico, de forma que a face que teve contato com o estoma seja descartada, ficando apenas a face com o desenho (molde).

Adjuvantes de segurança e proteção de pele: atualmente existe uma gama de adjuvantes que podem ser utilizados para garantir uma melhor fixação da base protetora adesiva, proteção e tratamento da pele periestoma, e também proporcionar uma melhora na qualidade de vida do cliente. Alguns exemplos são:

 Lenço removedor de adesivo: auxilia na remoção da base protetora adesiva e resíduos de resina sintética, deixando a pele ao redor do estoma limpa;

 Lenço barreira protetora: lenço impregnado com uma solução que, ao ser aplicada na pele periestoma, forma uma película, protegendo-a do efluente do estoma;

 Barreira protetora em pasta: trata-se de uma resina sintética em pasta, utilizada para corrigir irregularidades no relevo da pele periestoma, a fim de conseguir uma perfeita adaptação da base protetora adesiva;

 Barreira protetora em pó: trata-se de uma resina sintética em pó, indicada para absorver possível excesso de umidade na pele periestoma, auxiliando na perfeita adaptação da base protetora adesiva;

 Barreira protetora líquida em spray: trata-se de uma solução protetora cutânea em spray, que quando aplicada forma uma película protetora em locais com esfoliação, atrito, aplicação de curativos ou barreiras adesivas;

 Cinto elástico: cinto confeccionado em algodão e nylon, possui encaixes que se adaptam nas hastes existentes nas laterais do aro de alguns modelos de equipamentos coletores. São utilizados para manter a bolsa fixa, proporcionando maior segurança ao paciente quando há dificuldade de adaptação da base protetora adesiva à pele periestomal;

 Sistema de irrigação para colostomia: a utilização do sistema de irrigação permite realizar a limpeza do intestino grosso quando a colostomia é localizada no cólon descendente ou sigmoide, podendo ser realizada de uma vez ao dia até a cada 72 horas, sem a necessidade de utilização de bolsa coletora pelo cliente. O sistema é formado por uma bolsa irrigadora acoplada a um tubo conector com regulador de velocidade de fluxo, um cone de silicone para ser adaptado ao estoma, uma manga coletora para permitir a drenagem do efluente e da água utilizada na irrigação, um cinto elástico, um suporte para o cinto e um protetor de colostomia. A realização da irrigação requer avaliação e seguimento por uma enfermeira estomaterapeuta;

 Sistema oclusor de colostomia: composto por uma haste de espuma de poliuretano envolta por uma película, fixada no centro de uma base adesiva, podendo também ser apresentado em duas peças. Ao introduzir a haste no estoma, a película se desfaz e a espuma expande, ocluindo o mesmo. É utilizado após realizar a irrigação da colostomia, para assegurar a continência, com trocas

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a cada 12h. Pode também ser utilizado por períodos de até 2h em clientes ileostomizados que desejam ter maior independência;

 Filtro de carvão ativado: são incorporados a um pequeno orifício da bolsa coletora, permitem a saída dos gases eliminados pelo estoma e neutralizam seu odor, evitando que a bolsa fique inflada, bem como o incômodo e constrangimento do cliente. Este filtro não deve ser molhado, pois perde sua eficácia;

 Polímeros de acrílico: são apresentados na forma de cápsulas que, quando colocadas dentro da bolsa dos clientes ileostomizados, transformam o efluente líquido em gel semissólido, facilitando o esvaziamento e reduzindo o risco de infiltração e consequente descolamento da base protetora adesiva;

Anotação de enfermagem:

15/04/2020 – 08 horas: Cliente no leito, em decúbito dorsal, apresenta colostomia funcionante em quadrante inferior E. Desprezados da bolsa coletora média quantidade de efluente pastoso, de coloração marrom e odor característico. Em seguida realizada troca do equipamento coletor, estoma com cerca de 1 cm de protrusão (baixo perfil) e 60 mm de diâmetro, mucosa rósea, úmida e brilhante, ausência de lesões. Pele periestoma íntegra, porém com discreta hiperemia cerca de 0,5 cm ao redor do estoma, cliente nega queixas álgicas ou qualquer outro tipo de desconforto no local. Aplicada barreira protetora em spray na área hiperemiada, adaptadas a base protetora adesiva e a bolsa coletora (equipamento coletor de duas peças) sem intercorrências. Nome e COREN.

Bibliografia consultada:

Associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO). Disponível em: https://www.abraso.org.br/#

Borges EL, Ribeiro MS. Linha de cuidados da pessoa estomizada. Belo Horizonte, 2015. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais; Belo Horizonte: SES-MG, 2015. 136 p.

Potter PA, Perry AG, Stochert PA, Hall AM. Fundamentos de Enfermagem. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2018.

Elaboração: Profa. Dra. Helena Megumi Sonobe, Profa. Dra. Karina Dal Sasso Mendes.

Revisão/data: Profa. Dra. Helena Megumi Sonobe, Enfa. Livia Maria Garbin, Enfa. Rosicler Xelegati de Pádua. Maio de 2020.

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Referências

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