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Subversões do pecado: prostituição e concubinato nas Minas Gerais do século XVIII Lisa Batista de Oliveira

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Subversões do pecado: prostituição e concubinato nas Minas Gerais do século XVIII

Lisa Batista de Oliveira No século XVIII, as Minas Gerais foram submetidas ao controle das devassas eclesiásticas, que puniam desvios morais em relação aos preceitos da Igreja Católica. Visitas diocesanas que recebiam denúncias dos moradores sobre crimes contra a fé e delitos sexuais, as devassas incentivavam a maledicência de compadres, vizinhos e amigos, alterando as relações comunitárias e rompendo seus vínculos de solidariedade. As devassas desfaziam amizades, rompiam laços de vizinhança (VAINFAS,1989:222-226), separavam amantes. Pretendia-se impor vigilância sobre a vida íntima dos moradores (FURTADO,2003:51) e combater as transgressões nas Minas, marcadas pela recorrência de “crimes” contra o sacramento cristão do matrimônio.

Nas Minas setecentistas, uma rede inquisitorial funcionava sob a alçada do bispado mediante visitas pastorais que exerciam disciplina sobre os “desvios” em suas comunidades de fiéis. A Igreja buscava punir condutas desviantes, afirmando-se como instituição de poder através do principal mecanismo de controle das comunidades cristãs: as devassas eclesiásticas. A difusão do sacramento do matrimônio era elemento essencial para disseminar o cristianismo e impor o casamento cristão como espaço legítimo do desejo (FIGUEIREDO;SOUSA,1987).

As devassas integravam um processo de aculturação cristã pautado na repressão violenta das uniões ilícitas, que transgrediam o sacramento do matrimônio. Uma das principais metas da Contra-Reforma foi a difusão do sacramento matrimonial efetivada através da criminalização das sexualidades desviantes e das religiosidades heterodoxas, visando à destruição das solidariedades comunitárias (VAINFAS,1989). Com o Concílio de Trento (1545-1563), o concubinato foi condenado. A imposição do casamento católico como única forma de acesso a relações eróticas ocorreu através da afirmação do concubinato como transgressão. As devassas procuravam ordenar as uniões sexuais tendo como base o caráter lícito do ato de conjunção carnal e tinham como objetivo dividir a comunidade, submetendo-a ao poder eclesiástico através do distanciamento dos “pecadores”, condenados a penas pecuniárias, prisões, excomunhões e separados da vivência social. Pretendia-se intimidar os

Mestre em História Social pela UFF

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transgressores e afirmar o poder eclesiástico através da submissão às normas da Igreja (LONDOÑO,1988). Contudo, as devassas revelam a instabilidade das uniões sacramentadas nas Minas, espaço histórico onde práticas sexuais marginalizadas, excluídas pelo discurso cristão, subsistiram. Nas Minas setecentistas predominaram formas heterodoxas de organização familiar e de uniões sexuais como o concubinato e as relações efêmeras (FURTADO,2003:267). Estáveis ou passageiras, as relações ilícitas distanciavam-se da união sacralizada pelos laços do matrimônio (LOPES,1996:1).

Denunciava-se às devassas principalmente mulheres de origem africana que viviam em uniões consensuais ou esporádicas com seus filhos ilegítimos. Eram rotuladas de “mal-procedidas” tanto mulheres que se entregavam a relações conjugais não ortodoxas, auferindo benefícios ou rendimentos dos relacionamentos amorosos ilícitos, quanto aquelas que aderiam efetivamente ao comércio sexual, o que revela os tênues limites entre práticas desviantes e prostituição. Algumas mulheres possuíam mais de um concubino e meretrizes despertavam amores, estabelecendo relações de mancebia com vários homens. O “mau uso de si” estava vinculado aos fogos chefiados por mulheres sós, dispostas, eventualmente, a sobreviver com o ganho de seus corpos. Libertas utilizavam os “tratos ilícitos” como alternativas improvisadas de sobrevivência e consentiam que suas filhas “fizessem mal de si”, criando laços de auxílio mútuo através do “mau-procedimento”. Mães solteiras, cúmplices da vida “dissoluta” de suas meninas, subverteram as relações familiares de dependência pessoal ao viverem “formas não sacramentadas de convívio sexual”. O “viver meretrizmente” designava a vida fora dos padrões convencionais de mulheres solteiras ou de maridos “ausentes”, com todo comportamento “desregrado” confundindo-as com prostitutas (PRIORE,2009).

As vivências intensas de amores efêmeros pautavam-se na constituição de laços comunitários e de áreas de resistência, caracterizados pela contestação ao comportamento social ditado pela Igreja Católica. A natureza explícita das relações amorosas ilícitas de negras e mulatas, sua prole ilegítima e sua capacidade de congregação em casas de alcouce fizeram com que o discurso cristão dominante problematizasse as transgressões sexuais colocando-as como as principais responsáveis pelos “tratos ilícitos”. A prática da prostituição exerceu função social importante, refletindo as relações de dependência que uniam entre si, nas fímbrias da escravidão urbana, brancas pobres, cativas e libertas (DIAS,1985). Buscava-se

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uma identidade cultural fundamentada em uma forma própria de conjugalidade e na organização de um ganha-pão, que dependiam de densos laços de solidariedade e vizinhança que se improvisavam (DIAS,1995) continuamente:

Josefa Maria de Souza concorre para que sua filha Jacinta de São José se desoneste com hóspedes que ela recolhe e não tem outra coisa de que viva e também vive de dar pousada para o mesmo fim a mulheres meretrizes, como é uma bastarda [...] por nome Rosa Maria [...] como foi algumas vezes Joana Xavier mulher branca e uma crioula por nome Ana [...] preta forra e Gertrudes de Oliveira mulher branca que adentro em casa da mesma hoje sendo casada. [...] E quando os hóspedes eram muitos e eram necessárias mais mulheres, as convocava deste arraial e também de outras partes vinham assistir à sua casa.

Além de “dar alcouce”, Josefa de Souza era uma prostituta que se dava aos homens em sua pousada em Ouro Branco, no ano de 1764. No entanto, era concubinada com João da Costa Barbosa, oficial de ferreiro e ferrador. Assim como a mãe, Jacinta de São José era conhecida como “pública meretriz”, apesar de seu amancebamento com o português Manoel Gomes Chaves. Josefa abrigava “toda a casta de passageiros”, cozinhando para eles e lhes prestando outros serviços, sendo infamada de servi-los com “atos lascivos” (MELLO E SOUZA,1986:184-185; Devassas,1762-69:65v a 71). As uniões conjugais informais com homens que com elas não se casariam não diminui a ação social dessas mulheres. Josefa de Souza proporcionava oportunidades de convívio entre mulheres brancas e negras, solteiras e casadas, criando vínculos de solidariedade femininos.

Moradas se transformavam em pousadas e vendas de molhados, que serviam também como “casas de alcouce”, que à noite eram pontos de encontro para cativos e libertos. Forras ou escravas eram líderes da vida comunitária de cativos e libertos. Viviam à sombra da lei devido à prática da prostituição ou do comércio clandestino de alimentos e eram acusadas de contrabando de ouro e diamantes, de levar informações aos quilombolas, de auxiliar a fuga de cativos (DIAS,1985), o que demonstra o medo diante de mulheres negras e suas relações ilícitas. A liberta Eugênia “recolhe em sua casa negras de tabuleiro que andam ganhando dinheiro com suas velhacarias e da mesma sorte recolhe os negros da faisqueira e a uns e outros consente em sua casa de noite para todas as [...] maganagens” (Devassas,1734:102v).

As “mal-procedidas” possuíam uma ética própria para constituir vínculos familiares e afetivos, cercando-se de comadres e vizinhas, e estabelecendo relações ilícitas estáveis ou

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esporádicas com eventuais companheiros. A alcovitice fundamentava uma profunda solidariedade feminina e era um laço que unia mães e filhas (PRIORE,1992;2009). Em 1777, o forro Manoel Borges denunciou a sogra por alcovitar homens para sua mulher, que não queria com ele “fazer vida”, talvez por estar na sua liberdade para “usar mal de si” (Devassas,1767-77:21). A inserção em relações de mancebia ou redes de alcovitagem correspondiam a uma escolha social ditada por uma cultura feminina de resistência fundamentada na sedução que rejeitava o controle da Igreja sobre as interações culturais comunitárias. A parda Inácia da Costa consentia nos “pecados” de sua filha Rosana, “sempre a mãe morou com ela na mesma casa, vendo entrar homens para tratarem [...] com [...] sua filha sem que lhe proibisse, antes permitindo-lhe [...] para que se sustentasse”. Além de saber dos amásios de Rosana e de consentir seus “tratos ilícitos”, Inácia era uma afamada alcoviteira de Mariana, que costumava “ter em sua casa algumas mulheres para se darem a homens, sendo medianeira para que os homens lhes dêem algumas coisas” (Devassas,1753:139-155v).

Negras e mulatas tinham como passado cultural o hábito de africanas que se mantinham economicamente independentes, sustentando a si próprias e aos filhos (DIAS,1995:158). Gertrudes de Oliveira vivia “separada de seu marido Manoel Francisco”, “que querendo por várias vezes chamá-la para sua companhia ela nunca quis”. Gertrudes não “fazia vida” com o marido por preferir “viver na sua liberdade”, “dada à sensualidade” (Devassas,1753:70v-71). Tinha-se uma liberdade na escolha dos parceiros e a negação da estrita submissão ao marido existente no matrimônio eclesiástico. A forra Paula Perpétua “supondo seja casada vive como se não o fora, porque se ausenta de seu marido todas as vezes e quando quer”. A posição passiva do marido de Paula em relação ao adultério de sua esposa justificava-se pelo fato deste temer “que a mesma lhe maquine a morte” (Devassas,1756-57:7-7v-8). Apesar de concubinada com outro homem, Paula relacionava-se com o marido, “a qual vive separada dele no morro”, não obstante, algumas vezes, o seu marido ia à casa dela e ela à casa dele (Devassas,1750-53:58).

As africanas e suas descendentes crioulas e mulatas constituíam a maioria do contingente feminino que vivia fora das uniões sacramentadas. As libertas tinham um modo peculiar de se relacionar com companheiros e parentes, vivenciando relações de gênero

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endogâmicas, poligâmicas ou monogâmicas e transformando-se no centro da estrutura familiar. Para as forras viver em concubinato representava uma valorização de tradições familiares matrifocais com origens africanas matrilineares (NETTO,2008). Em várias sociedades africanas, “a descendência é traçada de uma ancestral original ou de uma série de ancestrais femininas conhecidas como as ‘mães’ da linhagem ou do clã” (RICHARDS,1950:207), prática que pode ser considerada o passado histórico dos lares matrifocais nas Minas, formados por negras e mulatas com suas mães, filhas e filhos, irmãs, madrinhas, comadres, afilhados e “crias” (OLIVEIRA,1988:70). Mulheres chefes de família mantinham laços de dependência mútua no meio em que viviam e mesmo com filhos homens eram reconhecidas como líderes de seus (CUNHA,2010:46) domicílios:

Antônia Nunes tem umas filhas [...] mal-procedidas, admitindo homens em casa para fins torpes e desonestos, estando a mãe em casa, não lhes proíbe estes desaforos, [...] tendo dois filhos [...], um chamado José e o outro Manuel, estes são amancebados, o José com uma parda forra e o Manuel com uma bastarda Margarida, as quais estão na mesma casa morando com a dona Antônia Nunes (Devassas,1753:71).

Em muitas sociedades africanas, não havia uma estigmatização social da “promiscuidade”, um conceito cristão e ocidental. Mesmo em casos de uniões informais estáveis, semelhantes a “casamentos”, a existência de laços duradouros não impedia a procura de novos parceiros. A “honra” de uma mulher não era ofuscada pela variedade de seus amores, desde que reconhecesse o marido ou concubino como amante principal. Nas Minas setecentistas, a monogamia sexual nem sempre era praticada e o significado cristão do casamento foi transformado por uma variedade de acordos que revelam concepções mais flexíveis sobre sexualidade, parentesco e família (SWEET,2007). Parecem ser essas tradições que marcaram a vida da negra forra Maria da Costa, que possuía vários amásios e “vivia escandalosamente usando mal de seu corpo com todo homem que se lhe oferece, especialmente com Sebastião, oficial de ferrador, que vivia meio apartado dela”. Maria da Costa envolvia-se constantemente em brigas com o seu concubino preferido por exercer o meretrício, sendo que em certa ocasião “se descompuseram de palavras e pancadas por ciúmes e que do modo de viver da dita têm resultado várias ruínas e mortes” (Devassas,1747-48:31 a 32v).

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cultural marcadamente africana. Estabeleciam relações de parentesco sancionadas por suas comunidades e não pela Igreja Católica. Devido ao desequilíbrio numérico entre os sexos, com certa ausência de mulheres, era comum que essas atraíssem a atenção de mais de um homem, estabelecendo relações poligâmicas que eram um desafio às normas ocidentais (SWEET,2007). Antônio Gonçalves foi denunciado devido à relação amorosa com Teodósia bastarda, meretriz que também era concubinada com o pardo forro Francisco (Devassas,1753:71). As meretrizes das Minas do século XVIII tinham vários amásios, situação que gerava brigas sérias. Bernarda “se dá aos homens que a procuram, motivando discórdia” entre eles (Idem:139v). A cabra Antônia era “dada a todo o gênero de vícios por razão da qual têm sucedido grandes distúrbios” no arraial (Devassas,1756-57:82). Os ciúmes e a “desordem” resultantes da infidelidade feminina sugerem a resistência das mulheres de origem africana em adotar a monogamia cristã, pois as redes de parentesco decorrentes das relações concubinárias e ilícitas eram a essência da vida comunitária, revelando estruturas familiares extensivas que transmitiam tradições culturais africanas. Parceiros únicos ou múltiplos, relações temporárias ou estáveis, eram destinados a formar amplas unidades de parentesco (SWEET,2007). A mulata forra Rosa Pereira da Costa dava casa de alcouce, “em forma que nela se ajuntam todas as noites quase todas as mulheres-damas que há neste arraial e quantidade de homens de toda qualidade, e na dita casa estão todas as noites até fora de horas conversando [...], fazendo saraus e galhofas” (Devassas,1734:73v-74v-75).

Crescia na retaguarda do povoamento, em vilas de homens “ausentes”, uma população feminina ao mesmo tempo perseguida e protegida pelos poderosos, que integrava relações de dominação e laços de vizinhança, constituindo uma intensa rede de relações pessoais, proteção e compadrio (DIAS,1995). A portuguesa Bárbara da Costa, quarenta anos, foi denunciada em 1738 por entregar sua filha Joana ao ouvidor geral da Comarca do Rio das Velhas, José Telles da Silva. De acordo com o boato que corria em Sabará, o mercador Gregório Freyre montara um complicado esquema para conduzir uma misteriosa mulher de madrugada para assistir a “festas em que se correram touros”, donde se recolhia para a casa do ouvidor acompanhada de negros. Várias pessoas na vila comentaram a passagem da mulher a cavalo envolta em um manto. Dizia-se que era a filha de Bárbara da Costa. Chamada à mesa da devassa, Bárbara negou a acusação, dizendo que “sua filha era menina e honrada” e que a

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concubina do ouvidor era Joana Vitória, “meretriz pública” que pela sua dissolução foi expulsa da vila pelo vigário da Vara Eclesiástica, mas que há tempos vivia com o ouvidor “de portas adentro” (Devassas,1737-38:42 a 46).

As “formosas sem dotes”, brancas pobres que viviam em uniões consensuais tiveram uma significativa atuação na inversão estratégica das relações de força ao criarem alternativas para um discurso social que excluía aquelas que não tinham função definida no que se refere à transmissão de poderes, privilégios e à reprodução da cultura patriarcal misógina. Por não se enquadrarem em padrões inatingíveis de status, viviam em discretas uniões consensuais e eram mais valorizadas do que negras e mulatas por se enquadrarem no machismo lusitano com seus ideais de pureza feminina. Brancas pobres, que não se vestiam tão ricamente quanto algumas escravas, “mal podiam aparecer à luz do dia”. A “pobreza recolhida” de mulheres que andavam às escondidas após as “ave-marias” representava papéis sociais difíceis de serem mantidos por moças pobres, sem dotes, que não se casavam. Esse excedente de brancas sem dotes, em um contexto onde a principal função do casamento era a manutenção do poder e do patrimônio de ricos senhores de escravos, tornava-se objeto de desejo daqueles que sucumbiam diante das idealizações produzidas pelo discurso patriarcal. Daí as denúncias ambíguas do “mal viver” daquelas que se envolviam em andanças noturnas clandestinas e furtivas (DIAS,1995). Entretanto, não cabe aqui desvendar se a donzela Joana era a misteriosa mulher a cavalo. Mas a irreverência de Bárbara não ficaria impune, pois ela foi pronunciada pelo concubinato com Manuel da Costa Vianna, um mercador de vinte e oito anos, que talvez por acaso fosse amigo de Gregório Freyre, alcoviteiro do ouvidor (Devassas,1737-38:46v-47).

Referências Bibliográficas

CUNHA, Jorge Rodrigo da. Domicílio: lócus de ação e participação feminina (Vila de São José – 1795-1831). Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de São João del Rei, São João del Rei, 2010.

DIAS, Maria Odila da Silva. Quotidiano e Poder: em São Paulo no século XIX. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

______. Nas Fímbrias da Escravidão Urbana: negras de tabuleiro e de ganho. Estudos

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FURTADO, Júnia Ferreira. Chica da Silva e o contratador dos diamantes: o outro lado do mito. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

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LOPES, Eliane Cristina. “Tratar-se como casados e procriar”: concubinato, campo fértil da bastardia. Série Seminários Internos, São Paulo, CEDHAL/USP, n. 1, 1996.

MELLO E SOUZA, Laura de. Desclassificados do Ouro: a pobreza mineira no século XVIII. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1986.

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NETTO, Rangel Cerceau. A família ao avesso: “o viver de portas adentro” na Comarca do Rio das Velhas no século XVIII. Fênix-Revista de História e Estudos Culturais, ano V, v. 5, n. 3, jul./ago./set. 2008. Disponível em: <http://www.revistafenix.pro.br/vol16rangelnetto. php>. Acesso em: 28 mar. 2013.

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Fontes Primárias

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