Paulo Gonçalves
pgoncalves@concorrencia.pt
MICROECONOMIA
Modelo de Procura e Oferta
Modelo de Procura e Oferta – importância de perceber os
factores que determinam os preços
Análise de preços na operação de concentração Sonaecom/PT:
Operação implica, de certa forma, a reversão à estrutura de mercado duopolista existente até à entrada da Optimus no mercado (1998);
Como Advogado, como argumentaria no sentido de defender que os preços não voltariam a subir para os níveis verificados antes da entrada da Optimus no mercado?
Relevância do Modelo de Procura e Oferta para compreender a forma como alterações nos custos da tecnologia se reflectem no preço de mercado.
Modelo de Procura e Oferta – conceitos de Preços de
Reserva, Preços de Mercado e Ganhos de Troca
XP XC Q* P* Preço de Reserva do Vendedor Preço de Reserva do Comprador Excedente Total Excedente do Comprador Excedente do Vendedor Preço de Reserva do
Exercício 9 – Estática Comparada
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 SAumento da população na sequência de um fluxo migratório P P1 P2 Q Q1 Q2 D S2 S1
Diminuição do preço da energia utilizada pelo produtor
Exercício 9 – Estática Comparada
P P1 P2 Q Q1 Q2 D2 D1 S Diminuição do rendimento disponível dos consumidoresP P1 P2 Q Q1 Q2 D S1 S2
Mau ano agrícola devido a condições climatéricas
Exercício 9 – Estática Comparada
P P1 P2 Q Q1 Q2 D S2 S1Melhorias nos processos produtivos devido a progresso tecnológico
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 S
Aumento do preço de um bem substituto
Exercício 9 – Estática Comparada
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 SDiminuição do preço de um bem complementar P P1 P2 Q Q1 Q2 D2 D1 S
Criação de expectativas de crise económica
Exercício 10 – Efeitos de uma Extensão de Garantia
Q2 D2 P P2 P1 Q Q1 D1 S1 S2 Q2 D2 P P2 P1 Q Q1 D1 S1 S2 D2 P P2 P1 Q Q D1 S1 S2Exercício 10 – Quantificação dos Efeitos de uma Extensão
de Garantia
Q
2D
2P
P
2P
1Q
Q
1D
1S
1S
2 Probabilidade de avaria ocorrer no 2º ano x custo doarranjo = 0,2 x 100 = 20
Probabilidade de avaria ocorrer no 2º ano x custo do arranjo
= 0,2 x 50 = 10
O preço de equilíbrio aumentará num valor compreendido entre 10 e 20.
Bem-Estar dos Consumidores aumenta [↑ Q e ↑ (v
C-P)].
Exercício 11 – preços de reserva dos consumidores
marginais vs consumidores infra-marginais
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 S P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 S
Serão os preços de reserva dos consumidores marginais, assim como a forma como estes reagem a alterações na qualidade do bem, a determinar os preços de equilíbrio do mercado. O bem-estar dos produtores aumenta nos dois cenários alternativos.
No 2º cenário, o bem-estar dos consumidores poderá diminuir, dado que o acréscimo do preço de reserva de alguns dos consumidores infra-marginais é inferior ao acréscimo de preço de equilíbrio. No 1º cenário, o bem-estar dos consumidores aumenta.
Exercício 13 – Mercado de Computadores
P P1 P2 Q Q1 Q2 D S2 S1Descida do preço dos microchips
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 S
Aumento da cobertura do acesso à internet em locais públicos
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 S Aumento da disponibilidade de software livre de custos na internet
P P1 P2 Q Q1 Q2 D S2 S1
Redução das contribuições das empresas para a Segurança Social
Exercício 13 – Mercado de Computadores
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 S
Aumento das verbas para programas de formação
Exercício 13 – Mercado de Computadores
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2
Redução generalizada das campanhas de marketing
S1
Exercício 14 – Mercado de Máquinas de Café
Q2 D2 P P2 P1 Q Q1 D1 SRedução da quantidade de café por bica, sem alterar a qualidade da mesma
Q2 D2 P P2 P1 Q Q1 D1 S1 S2
Diminuição dos custos marginais de produção das máquinas de café
O aumento do preço de reserva do consumidor é igual ao valor monetário da poupança de café permitido pelo novo modelo de máquina, face ao modelo antigo, durante a sua vida útil (i.e., preço do café x poupança de café por bica x número de bicas produzidas por uma máquina de café ao longo da sua vida útil). O bem-estar dos consumidores e dos produtores aumenta.
Exercício 15 – Mercado de Computadores
P P1 P2 Q Q1 Q2 D S2 S1Diminuição de preços terá resultado do progresso tecnológico P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 S
Impacto do crescimento de utilização da internet
Exercício 16 – Mercado das ligações aéreas
P P2 P1 Q Q2 Q1 D2 D1 SDiminuição do preço de um bem substituto do Avião P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 S
Voos inter-continentais “alimentam” os voos entre as duas cidades europeias
Exercício 16 – Mercado das ligações aéreas
∆XP >0* ∆XC >0 e ∆XP <0 ∆XC >0 CMg P P2 P1 Q Q2 Q1 S2 S1 D* No caso de se criar o mercado de slots, parte deste ganho será transferido para as companhias que vendem os slots (i.e., será o preço dos slots).
A alteração da regra administrativa de atribuição de slots ou a criação de um mercado secundário de slots aumenta o número de slots efectivamente utilizados (em aeroportos anteriormente congestionados), traduzindo-se, assim, na expansão da oferta de voos e no aumento da eficiência de economia.
A alteração proposta elimina dois tipos de ineficiência que resultavam da regra anterior: (i) Slots que não eram totalmente utilizados (sem que a companhia aérea em causa o perdesse a favor de uma outra companhia que o pretendesse utilizar); (ii) slot poderá ter sido utilizado em voos pouco valorizados, quando, ao mesmo tempo, outras companhias deixaram de realizar voos muito valorizados, por falta de slots disponíveis.
Exercício 17 – Mercado de Electricidade
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 SInverno rigoroso ao nível das temperaturas P P1 P2 Q Q1 Q2 D S1 S2
Diminuição dos níveis de pluviosidade
Exercício 17 – Mercado de Electricidade
P P2 P1 Q Q2 Q1 D S2 S1Acordo com Espanha para a gestão do caudal do rio Douro
P P1 P2 Q Q1 Q2 D S1 S2
Aumento das taxas de utilização da Rede Eléctrica Nacional
Exercício 17 – Mercado de Electricidade
Q2 D1 P P2 P1 Q Q1 D2 S2 S1Diminuição do preço do gás natural
Q2 D1 P P2 P1 Q Q1 D2 S2 S1
Diminuição do preço do gás natural
O gás natural tem dois tipos de utilização:
(i) é um produto substituto da electricidade, para o consumidor final, e, nestes termos, está-se perante uma diminuição do preço de um bem substituto da electricidade, o que se reflecte no deslocamento da curva de procura de electricidade;
(ii) é transformado em electricidade nas centrais de ciclo combinado, e, nestes termos, está-se perante uma diminuição dos custos marginais de produção de electricidade, o que se reflecte no deslocamento da curva de oferta de electricidade.
Exercício 18 – Mercado de Electricidade
P P1 P2 Q Q1 Q2 D S1 S2Instabilidade política em país
produtor de gás natural P Incentivo à compra de paineis solares
P1 P2 Q Q1 Q2 D2 D1 S P P1 P2 Q Q1 Q2 D S2 S1
Aumento do preço da água para consumo humano e agrícola
Exercício 18 – Mercado de Electricidade
1550 1350 1150 1000 900 25 22 P*=20 15 10 12 600 P S DExercício 18 – Mercado de Electricidade
28 1550 1400 1200 1000 900 25 P*=22 15 10 12 600 P S D O aumento do preço do carvão faz aumentar o custo marginal da Central a carvão e, consequentemente, altera a ordenação das Centrais em função do respectivos custos marginais.
Exercício 18 – Mercado de Electricidade
PHP PHV QHP QHV P Q S DHP DHV A flutuação da procura de energia eléctrica entre horas de ponta (horas de procura elevada) e horas de vazio (horas de procura reduzida) traduz-se em preços de equilíbrio mais elevados nas horas de ponta do que nas horas de vazio;
O turbinamento reversível de água da barragem de contra-embalse para a barragem principal justifica-se, em termos económicos, se a diferença de preços for significativa (in casu, se o preço das horas de ponta for superior ao preço das horas de vazio).
O Preço de Reserva da Maria, ao negociar a venda do carro com o António, corresponde ao valor da “melhor alternativa sacrificada” ou custo de oportunidade associado a esta opção.
Exercício 19 – Quantificação dos Preços de Reserva
A “melhor alternativa sacrificada” pela Maria, ao vender o carro ao António, corresponde à proposta do stand que propôs a aquisição do carro por 6.900 euros.
Assim, o preço mínimo que a Maria exige para vender o seu carro ao António corresponde a, pelo menos, 6.900 euros.
Já no caso do António, este tem várias alternativas à aquisição do carro da Maria, que não são directamente comparáveis, sem antes exigirem a avaliação de trade-offs entre os vários critérios de escolha relevantes para o António.
Para resolver este problema de escolha do António, e os respectivos trade-offs que resultam de se estar na presença de um problema de escolha com múltiplos critérios, iremos recorrer à metodologia que foi apresentada no exercício 9 do Caderno de Exercícios.
Aconselharia à Maria a revelar informações sobre o seu preço de reserva? Qual o preço que o António ofereceria se conhecesse o preço de reserva da Maria (e sabendo que esta terá de vender o carro em 5 dias)? Gestão de informação / percepções e trade-off criação
Em alternativa a adquirir o carro à Maria, o António pode adquirir um dos automóveis que encontrou em 3 stands distintos.
Exercício 19 – Quantificação dos Preços de Reserva
Critérios Automóvel do 1º Stand Automóvel do 2º Stand Automóvel do 3º Stand Idade do Automóvel 6 7 6 Quilometragem do Automóvel 40.000 kms 70.000 kms 70.000 kms Preço do Automóvel € 11.500 € 6.750 € 6.500
O automóvel do 2º Stand é estritamente dominado pelo automóvel do 3º stand; o problema do António poderá ser simplificado eliminando a alternativa estritamente dominada.
Critérios Automóvel do 1º Stand Automóvel do 3º Stand Quilometragem do Automóvel 40.000 kms 70.000 kms Preço do Automóvel € 11.500 € 6.500
Atendendo a que os dois automóveis “restantes” apresentam a mesma idade, o problema de escolha do António poderá ser simplificado, em resultado da eliminação do critério da idade.
Nesta fase do problema, terá de se proceder a trade-offs entre os dois objectivos restantes, os quais apenas poderão ser feitos pelo António por envolverem uma avaliação subjectiva. Nestes termos, não se consegue determinar qual a “melhor alternativa sacrificada” pelo António, quanto este decide adquirir o automóvel da Maria e, consequentemente, também não se consegue determinar o seu preço de reserva.
Exercício 19 – Quantificação dos Preços de Reserva
Critérios Automóvel do 1º Stand Hipotético automóvel alternativo ao do 3º Stand Quilometragem do Automóvel 40.000 kms 40.000 kms Preço do Automóvel € 11.500 € 12.000
Conclui-se que o António prefere o automóvel proposto pelo 1º Stand. Ou seja, a “melhor alternativa sacrificada” pelo António, se este adquirir o carro da Maria, é o automóvel proposto pelo 1º Stand.
Para podermos concluir o exercício, iremos fazer algumas hipóteses adicionais. Suponha que, na perspectiva do António, ele estaria indiferente entre adquirir o automóvel proposto pelo 3º Stand, ou adquirir um automóvel alternativo, com menos 30.000 kms e com um preço de 12.000 euros. Nestes termos, o problema do António passaria a ser o seguinte:
Tendo-se determinado a “melhor alternativa sacrificada”, importa agora determinar o preço máximo que o António está disposto a pagar pelo automóvel da Maria (isto é, o seu preço de reserva). Ora, o problema do António passa por comparar as características (em termos de preço, idade e quilometragem) do carro da Maria, com as características do automóvel que corresponde à “melhor alternativa sacrificada”.
Exercício 19 – Quantificação dos Preços de Reserva
Critérios Automóvel da Maria Automóvel do 1º Stand Idade do Automóvel 6 6 Quilometragem do Automóvel 60.000 kms 40.000 kms
Preço do Automóvel Preço? € 11.500
O critério “idade do automóvel” pode ser eliminado do problema, uma vez que a carro da Maria e o carro correspondente à “melhor alternativa sacrificada” apresentam a mesma idade.
Critérios Automóvel
da Maria
Automóvel do 1º Stand
Quilometragem do Automóvel 60.000 kms 40.000 kms
Para determinar o preço de reserva que o António atribui ao automóvel da Maria, este teria de determinar o preço que o deixaria indiferente entre a aquisição do automóvel da Maria e a aquisição do automóvel correspondente à “melhor alternativa sacrificada”.
Exercício 19 – Quantificação dos Preços de Reserva
Tal preço apresentará um valor subjectivo, que apenas o António poderia determinar. Naturalmente, teria de ser um preço inferior a 11.500 euros, uma vez que a “melhor alternativa sacrificada” tem menor quilometragem do que o automóvel da Maria.
Assuma-se, por exemplo, que o António estaria indiferente entre adquirir o Automóvel da Maria e o automóvel correspondente à “melhor alternativa sacrificada”, se o carro da Maria apresentasse um preço de 8.000 euros. Nesse caso, o preço de reserva do António seria igual a 8.000 euros, sendo este o preço máximo que ele estaria disposto a pagar pelo automóvel da Maria.
Sendo os preços de reserva da Maria e do António iguais a 6.900 euros e 8.000 euros, respectivamente, então os ganhos de troca que resultariam da compra, pelo António, do carro da Maria, seriam iguais a 1.100 euros, ou seja, a diferença entre o preço de reserva do comprador e o preço de reserva do vendedor.
Exercício 19 – Quantificação dos Preços de Reserva
Excedente Total Excedente do Comprador Excedente do Vendedor Preço de Reserva do
Vendedor (€ 6900) Preço de Mercado Preço de Reserva do Comprador (€ 8000)
A forma como estes ganhos de troca seriam divididos entre o António e a Maria, dependeria do preço de mercado que fosse fixado para o carro, não sendo possível, no presente cenário, determinar este preço (dependeria da maior ou menor capacidade negocial e poder de persuasão de cada uma das partes, bem como da informação e percepções que cada um dos agentes teria sobre o preço de reserva do outro agente). Apenas se poderá concluir que seria um preço entre 6.900 euros e 8.000 euros, isto é, entre o preço de reserva do vendedor e o preço de reserva do comprador.
As trocas entre agentes económicos são a principal fonte de criação de valor, numa economia de mercado. De facto, sendo as trocas entre agentes económicos realizadas de forma voluntária, as mesmas apenas ocorrem na exacta medida em que são mutuamente vantajosas para todas as partes envolvidas na transacção, e, consequentemente, são criadoras de valor.
Criação e Distribuição de Valor
Exemplificando, suponha que a Maria tem um automóvel para vender, ao qual atribui uma valorização ou preço de reserva igual a 10.000€. Já o António pretende adquirir um automóvel com as características do automóvel da Maria, sendo o seu preço de reserva igual a 12.000€.
Neste cenário, a venda do automóvel da Maria ao António resultaria na criação de um valor igual a 2.000€, correspondendo à diferença entre as valorizações ou preços de reserva que cada um daqueles agentes económicos atribui ao bem em causa.
A forma como o valor criado seria distribuído entre os dois agentes económicos envolvidos na transacção dependeria do preço de venda do automóvel, devendo este preço ser inferior ao preço de reserva do comprador e superior ao preço de reserva do vendedor.
Ou seja, uma determinada transacção apenas ocorrerá se o bem em causa for mais valorizado pelo comprador do que pelo vendedor.
Criação e Distribuição de Valor
A diferença entre o preço de reserva do comprador e o preço de reserva do vendedor será o Excedente Total, correspondendo ao valor criado com a transacção.
A forma como o valor criado é distribuído pelas partes envolvidas na transacção é determinado pelo preço a que o bem será transaccionado.
O Excedente do Comprador corresponde à parcela do valor criado que é apropriada por este agente económico, sendo medida pela diferença entre o respectivo preço de reserva e o preço de mercado.
O Excedente do Vendedor corresponde à parcela do valor criado que é apropriada por este agente económico, sendo medida pela diferença entre o preço de mercado e o respectivo preço de reserva.
Ilustrando, de forma genérica, a criação e distribuição de valor que resulta de uma transacção entre agentes económicos: Excedente Total Excedente do Comprador Excedente do Vendedor Preço de Reserva do
Criação e Distribuição de Valor
XP XC Q* P* Preço de Reserva do Vendedor Preço de Reserva do Comprador Estes conceitos de Excedente do Consumidor e de Excedente do Produtor podem ser identificados a partir do Modelo de Procura e Oferta.
Em determinadas circunstâncias, a transacção poderá não se realizar, ainda que o preço de reserva do comprador seja superior ao preço de reserva do vendedor, estando-se, nestes casos, na presença de uma falha de mercado;
Informação assimétrica e selecção adversa; Monopólios e Poder de Mercado;
Gestão estratégica da informação / percepções e trade-off criação de valor / distribuição de
Diferenças ao nível das dotações de recursos, tecnologias e preferências dos agentes económicos (vd. Modelo Ricardiano de Troca);
Fontes de Criação de Valor
Diferenças ao nível das valorizações relativas ou preços de reserva dos agentes económicos (vd. Modelo de Procura e Oferta);
Diferentes expectativas dos agentes económicos relativamente a determinados eventos;
Diferentes comportamentos ou preferências dos agentes económicos perante o risco (vd. Modelo de Escolha em contexto de Incerteza e Aversão ao Risco);
Diferentes taxas de desconto inter-temporal ou preferências dos agentes económicos perante o tempo (vd. capitalização e actualização de fluxos monetários);
A Criação de Valor é potenciada pelas diferenças entre os agentes económicos envolvidos. Ou seja, numa determinada negociação, aquilo que frequentemente leva os agentes envolvidos a chegar a um acordo são precisamente as diferenças entre estes agentes (ao nível dos recursos, tecnologias, preços de reserva, etc).
Aproveitamento das Economias de Escala e Economias de Gama (vd. Teoria do Produtor);
Exercício 20 – Mercado de Produtos Agrícolas
Produtos necessários e com poucos substitutos tendem a ter uma procura rígida (o consumidor não pode diminuir “significativamente” o consumo destes produtos, em resposta a um aumento de preços – ex. procura de combustíveis, tabaco, produtos agrícolas, medicamentos, viagens de transporte público, etc.) Nestes casos, uma contracção da oferta traduz-se no aumento da receita dos produtores.
Perda de Receita Ganho de Receita P P1 P2 Q Q1 Q2 S1 S2 D Perda de Receita Ganho de Receita P P1 P2 Q Q1 Q2 S1 S2 D
A necessidade de compensar os agricultores, em anos de más condições meteorológicas, depende da elasticidade da procura de produtos agrícolas. Depende igualmente de estarmos num cenário de trocas comerciais entre diferentes regiões, sendo estas afectadas por condições meteorológicas distintas.
Exercício 21 – Elasticidade da Procura
Neste caso, deve-se distinguir entre a procura de tabaco (em geral) e a procura dirigida à marca de tabaco em causa / empresa XPTO.
Procura de Tabaco da marca XPTO P Q Procura de Tabaco
A procura de tabaco tenda a ser uma procura rígida – alterações no preço do tabaco não tem um impacto significativo sobre a quantidade procurada de tabaco, na medida em que estamos na presença de um produto que se torna necessário (após criar habituação) e que tem poucos/nenhuns
substitutos.
A procura de tabaco da marca XPTO é menos inclinada do que a procura de tabaco (na medida em que os tabacos das outras marcas são produtos substitutos do tabaco da marca XPTO.
Ou seja, se o preço de tabaco da marca XPTO aumentar, sem que aumente o preço das outras marcas de tabaco, há uma diminuição “significativa” do consumo do tabaco da marca XPTO, em resultado do desvio de consumidores que passam a consumir tabaco de outras marcas.
Exercício 22 – Elasticidade da Procura e Receita dos Produtores
A procura de transportes públicos tende a ser uma procura rígida (procura muito inclinada), por se tratar de um bem necessário e com poucos substitutos relevantes. A procura de teatro tende a ser elástica (procura pouco inclinada), por se tratar de um bem não necessário e com muitos substitutos (ex. cinema, televisão, jogos de futebol, leitura, etc).
Perda de Receita Ganho de Receita P P2 P1 Q Q1 Q2 Procura de Teatro Perda de Receita Ganho de Receita P P1 P2 Q Q1 Q2 Procura de Transportes Públicos
No caso de mercados com procura rígida, a receita do produtor aumenta em resultado do aumento do preço. No caso de mercados com procura elástica, a receita do produtor aumenta em resultado da diminuição de preço.
Nestes termos, sugere-se o aumento do preço dos transportes públicos (bem com procura rígida ou muito inclinada), e a diminuição do preço do teatro (bem com procura elástica ou pouco inclinada).
A elasticidade da procura relaciona a variação percentual na quantidade consumida com a variação percentual do preço, ao longo da curva de procura (i.e., ∆%Q/∆%P).
Uma elasticidade da procura (de teatro) igual a 1,5 é interpretada da seguinte forma: ∆%Q/∆%P=1,5↔∆%Q=1,5∆%P.
Ou seja, face a um aumento do preço do teatro em 10%, a quantidade procurada diminui 15% (i.e., 1,5 vezes o aumento percentual de preços).
Mercado de Transp. Públicos Preço Quantidade Receita
Situação Inicial € 1 10.000 € 10.000 Situação Final € 1,1 9.500 € 10.450
Mercado de Teatro Preço Quantidade Receita
Situação Inicial € 20 200 € 4.000
Situação Final € 22 170 € 3.740
Uma elasticidade da procura (de transportes públicos) igual a 0,5 é interpretada da seguinte forma: ∆%Q/∆%P=0,5↔∆%Q=0,5∆%P.
Ou seja, face a um aumento do preço dos transportes públicos em 10%, a quantidade procurada diminui 5% (i.e., 0,5 vezes o aumento percentual de preços).
Exercício 23 – Elasticidade directa vs Elasticidade Cruzada
A redução de portagens na A8 resulta em 3 efeitos: (i) efeito de desvio de tráfego da A1 para a A8; (ii)efeito de desvio de tráfego de outras vias para a A8; (iii) efeito de geração de novas viagens.
O exercício apresenta o conceito de elasticidade cruzada entre as auto-estradas A1 e A8, que permite quantificar o primeiro daqueles efeitos.
Ou seja, face a uma diminuição do preço da A8 em cerca de 10%, assistir-se-ia a uma redução do tráfego da A1 em cerca de 7%, o qual seria desviado para a auto-estrada cujo preço diminuiu;
Ora, 7% do actual tráfego da A1 corresponde a 140 mil veículos/km (i.e., 7% de 2 milhões de veículos/km que actualmente circulam na A1). Estes 140 mil veículos/km adicionais que se transfeririam da A1 para a A8 corresponderiam a 10% do actual tráfego da A8.
Para além do tráfego que se transfere da A1 para a A8, em resultado da diminuição das portagens da A8, deverá ainda somar-se o efeito de desvio de tráfego de outras vias (que não a A1) para a A8 e o efeito de geração de novas viagens;
Somando os três efeitos, conclui-se que uma diminuição das portagens da A8 em 10% resultaria num crescimento de tráfego nesta auto-estrada superior a 10%, pelo que a elasticidade da
procura dirigida à A8 seria superior a 1 (ou seja, estaríamos perante uma procura elástica);
Estando-se perante uma procura elástica, conclui-se que a diminuição da portagem da A8 resultaria no aumento da receita total da concessionária desta auto-estrada. Nestes termos, propor-se-ia a diminuição da portagem da auto-estrada A8.
Exercício 24 – Mercado de Viagens Aéreas entre Lisboa e o
Rio de Janeiro
Igualando a procura à oferta, obtêm-se a
quantidade de equilíbrio:
100 – Q = 20 + Q ↔ 2 Q = 80
↔
Q* = 40
P 60 Q 40 D SPor substituição daquela quantidade na curva
de procura ou na curva de oferta,
determina-se o preço de equilíbrio:
P* = 100 – Q* = 100 – 40 = 60
P* = 20 + Q* = 20 + 40 = 60
Exercício 24 – Mercado de Viagens Aéreas entre Lisboa e o
Rio de Janeiro
P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2 SPrograma de Passageiro Frequente sem impacto nos custos marginais da
Companhia Aérea S2 S1 P P1 P2 Q Q1 Q2 D1 D2
Programa de Passageiro Frequente com impacto nos custos marginais da
Exercício 24 – Mercado de Viagens Aéreas
P P1 Q Q2 Q1 D2 D1 S P2Voos de longo curso (Lisboa / Rio de Janeiro) S2 S1 P P1 P2 Q Q1 Q2 D
Voos de curto curso (Lisboa / Porto)
As restrições à capacidade do aeroporto de Lisboa, ao restringirem a oferta de voos entre Lisboa e Porto, aumentam os preços deste tipo de ligações e restringem a respectiva quantidade de equilíbrio.
Sendo as ligações entre Lisboa e o Rio de Janeiro complementares das ligações entre Lisboa e o Porto, o aumento do preço das ligações entre Lisboa e o Porto terá, como efeito no mercado das ligações entre Lisboa e o Rio de Janeiro, uma contracção da curva de procura e, consequentemente, uma
diminuição do preço e da quantidade de equilíbrio neste mercado dos voos de longo curso entre Lisboa e o Rio de Janeiro.
Exercício 24 – Mercado de Viagens Aéreas
P P1 Q Q2 Q1 D2 D1 S P2Voos de longo curso (Lisboa / Rio de Janeiro)
Os voos Porto / Rio de Janeiro são substitutos dos voos Lisboa / Rio de Janeiro, pelo que a
criação de voos directos Porto / Rio de Janeiro resultam na contracção da procura de voos Lisboa / Rio de Janeiro e, consequentemente, na redução dos preços e quantidades de equilíbrio no mercado dos voos directos Lisboa / Rio de Janeiro.
P P1 Q Q2 Q1 D2 D1 S P2
Voos de curto curso (Lisboa / Porto)
A criação de voos directos Porto / Rio de Janeiro resultam na contracção da procura de voos Lisboa / Porto, nomeadamente em resultado dos passageiros que, anteriormente, recorriam às ligações Lisboa / Porto nas suas viagens entre Portugal e o Rio de Janeiro. A contracção da procura de voos Lisboa / Porto resulta na redução dos preços e quantidades de equilíbrio no mercado dos voos directos Lisboa / Porto.
Exercício 25 – Efeitos de um Imposto
Para determinar o equilíbrio de mercado antes da criação do imposto, iguale a procura à oferta (determinando, assim, a quantidade de equilíbrio; para determinar o preço, substitua esta quantidade na procura ou na oferta):
120 – Q = 20 + Q ↔ 120 – 20 = Q + Q ↔ 2Q = 100 ↔ Q* = 50
(imposto sobre o consumidor)
Pc=P 2+T P P1 Q Q2 Q1 D2 D1 S Pp=P 2 Mercado de Combustíveis
(imposto sobre o produtor)
PP=P 2-T S1 P P1 Q Q2 Q1 S2 D Pc=P 2 Mercado de Combustíveis
No equilíbrio de mercado depois da criação do imposto (com incidência legal sobre o consumidor), note que o
preço pago pelo consumidor (PC = 120 – Q) é igual ao preço de mercado acrescido do valor do imposto, ou seja: PC = P + T ↔ 120 – Q = (20 + Q) + 10 ↔ 120 – 20 – 10 = Q + Q ↔ 2Q = 90 ↔ Q* = 45
P* = 20 + Q* = 20 + 45 = 65
Se a incidência legal do imposto fosse sobre o produtor, então o preço efectivamente recebido pelo produtor (PP = 20 + Q) seria igual ao preço de mercado menos o valor do imposto, ou seja:
PP = P – T ↔ 20 + Q = (120 – Q) – 10 ↔ Q* = 45 e P* = 120 – Q* = 75 P P1 Q Q1 D1 S Mercado de Combustíveis P* = 120 – Q* = 120 – 50 = 70 ou P* = 20 + Q* = 20 + 50 = 70
Exercício 25 – Efeitos de um Imposto
f e d c b a Pc=P 2+T P P1 Q Q2 Q1 D1 S Pp=P 2Mercado de Combustíveis A variação nos excedentes resulta de dois efeitos: (i) efeito preço; (ii) efeito
quantidade. Antes do Imposto Depois do Imposto Variação Excedente do Consumidor a + b + c a - b – c Excedente do Produtor d + e + f f - d – e Receita do Estado --- b + d + b + d Excedente Total - c - e
O efeito preço resulta numa
redistribuição de excedente (neste
caso, dos consumidores e dos produtores para o Estado).
O efeito quantidade resulta numa
perda de excedente total (i.e., a carga
excedente do imposto);
As unidades entre Q2 e Q1 são mais valorizadas pelo
consumidor do que custam ao produtor, pelo que a transacção destas unidades resultaria em
Exercício 25 – Análise custo-benefício na avaliação de um
investimento público
f e d c b a Pc=P 2+T P P1 Q Q2 Q1 D1 S Pp=P 2 Mercado de CombustíveisXT
scut Consumo de serviços de auto-estrada P Q 50Procura dirigida à auto-estrada
50
Em termos de análise custo-benefício, conclui-se que:
Custos associados à construção da auto-estrada – áreas (b + d + c + e), ou seja, a receita do imposto que vai financiar a construção da auto-estrada e a respectiva carga excedente;
Benefícios associados à SCUT – área identificada por XTSCUT;
A construção da auto-estrada justifica-se se e só se os benefícios superarem os custos, i.e., se a área XTSCUT for superior ás áreas (b + d + c + e).
Exercício 25 – Análise custo-benefício na avaliação de um
investimento público
f e d c b a Pc=P 2+T P P1 Q Q2 Q1 D S Pp=P 2 Mercado de Combustíveis Consumo de serviços de auto-estrada SCUT P Q 50Procura dirigida à auto-estrada
50 Consumo de serviços de auto-estrada com portagens P* Q* g h i
A alteração da forma de financiamento da auto-estrada, de um regime de financiamento através de impostos para um regime de financiamento através de portagens, resulta em:
diminuição do número de viagens em auto-estrada, gerando uma ineficiência ou perda de excedente social medida pela área (i);
eliminação da carga excedente do imposto sobre o mercado de combustíveis, medido pelas áreas (c+ e); deverá optar-se por alterar o regime de financiamento da auto-estrada se e só se as áreas (c + e) forem
Exercício 26 – Impacto de um imposto e inclinação das
curvas de procura e oferta
Pc=P 2+T P P1 Q Q2 Q1 D S Pp=P 2 Pc=P 2+T P P1 Q Q2 Q1 D S Pp=P 2
Exercício 26 – Impacto de um subsídio e inclinação das
curvas de procura e oferta
Pc=P 2 P P1 Q Q2 Q1 D S Pp=P 2+S Pc=P 2 P P1 Q Q2 Q1 D S Pp=P 2+S
Exercício 27 – Impostos e inclinação da procura
P
c=P
2+T
P
P
1Q
Q
2Q
1D
S
P
p=P
2Exercício 27 – Impostos e inclinação da procura
P
c=P
2+T
P
P
1Q
Q
2Q
1D
S
P
p=P
2Imposto sobre os leites
enriquecidos
O imposto sobre os leites enriquecidos causa uma distorção maior do que o imposto sobre o leite, gerando uma maior carga excedente e uma menor receita, o que é explicado por:
a procura de leite enriquecido é menos inclinada do que a procura de leite; e
a taxa de imposto terá de ser maior, para compensar a menor base de incidência do imposto sobre os leites enriquecidos.
Exercício 28 – Análise custo-benefício na avaliação de um
investimento público
f e d c b a P 140 Q 25 30 D1 SMercado em que é lançado o imposto
150
120
g 94
Procura do bem de fornecimento público
Quantidade fornecida do bem P Q 100 100 6 h
Em termos de análise custo-benefício, conclui-se que:
Custos associados às seis unidades do bem de fornecimento público – áreas (b + d + c + e), ou seja, a receita do imposto que vai financiar a construção da auto-estrada e a respectiva carga excedente; Benefícios associados às seis unidades do bem de fornecimento público – áreas (g + h);
Apoiaria este projecto se e só se os benefícios superarem os custos, i.e., se as áreas (g + h) forem superiores ás áreas (b + d + c + e).
Exercício 30 – Preços máximos e subsídios à produção
(subsídio à produção) PP=P 2+S S2 P P1 Q Q1 Q2 S1 D Pc=P 2 Mercado de Electricidade Carga Excedente QD(fixação de preço máximo) P P1 Q Q1 QS S D PMax Mercado de Electricidade Carga Excedente
Exercício 31 – Preços máximos e subsídios à produção
60 P 85 Q 30 D PMax=70Impacto da fixação de rendas no curto prazo
Efeito de redistribuição do senhorio para o inquilino 40 S 60 P 80 Q 20 D PMax=70
Impacto da fixação de rendas no longo prazo
Carga Excedente
Exercício 31 – Preços máximos e subsídios à produção
40 S 60 P 80 Q 20 D PMax=70Impacto da fixação de rendas no longo prazo
Carga Excedente S2 S1 40 60 P 80 Q 20 D PMax=70
Impacto do subsidio aos senhorios
Carga Excedente
Exercício 32 – Intervenção do Estado no sistema de preços
As obras na auto-estrada reduzem a capacidade da mesma, o que se traduz numa contracção da oferta e, consequentemente, num aumento do preço de equilíbrio.
P3 Q2 P P1 P2 Q Q1 Q2 S1 S2 D Excesso de Procura
Mercado de viagens em auto-estrada
Ao obrigar as concessionárias a reduzir o preço em períodos de obras, através de descontos nas
portagens, a legislação em causa dá origem a um excesso de procura (i.e., congestionamento na auto-estrada). Quais as consequências ao nível do bem-estar?
Exercício 32 – Intervenção do Estado no sistema de preços
Face à expansão da procura de materiais de construção, em resposta à necessidade de reconstrução das habitações devastadas pelo furacão, o preço de equilíbrio tenderia a aumentar (o que seria acompanhado por um aumento da quantidade oferecida – movimento ao longo da curva de oferta –, em resultado,
nomeadamente, de um aumento da produção de materiais de construção e/ou aumento da “importação” de materiais de construção de outros Estados ou Países que não tenham sido afectados pelo furacão).
D2 D1 Q2 P P1 P2 Q Q3 Q1 S Excesso de Procura
Mercado de materiais de construção civil
A fixação de um preço máximo, com o intuito de evitar a especulação, resulta num excesso de procura e tem consequências ao nível do bem-estar. Quais as consequências ao nível do bem-estar?
Exercício 33 – Viagens de metro em Lisboa
P P1 P2 Q Q1 Q2 D S2 S1Redução do preço da energia
eléctrica P Aumento do conforto das carruagens
P2 P1 Q Q2 Q1 D1 D2 S
Reajustamento nas carreiras da Carris P P2 P1 Q Q2 Q1 D1 D2 S
Exercício 33 – Subsídio vs Preço Máximo
QD P P1 Q Q1 QS S D PMax Preço Máximo Carga Excedente PP=P 2+S S2 P P1 Q Q1 Q2 S1 D Pc=P 2 Subsídio à Produção Carga ExcedenteExercício 33 – Carga Excedente e Inclinação da Procura
P P1 Q Q2 Q1 D S1 S2 PC PP P Q Q2 Q1 S2 D S1 PC PP P1Exercício 34 – Efeitos do Imposto no Curto e no Longo Prazo
D1 D2 P P1 Q Q2 Q1 S PC PP D1 D2 P P1 Q Q2 Q1 S PC PPExercício 34 – Impacto no Mercado de Arrendamento
D1 D2 P P1 Q Q* S P2Impacto no curto prazo
P2 D1 D2 P P1 Q Q2 Q1 S Impacto no longo prazo
Exercício 34 – Preços máximos no curto e no longo prazo
P P* Q Q* D PMaxImpacto da fixação de rendas no curto prazo
QD Efeito de redistribuição do senhorio para o inquilino Q* S QD P P* Q Q** D PMax
Impacto da fixação de rendas no longo prazo
Carga Excedente
Exercício 35 – Preços não lineares (tarifas 2 partes)
220
15
P
1
Q
210
216
D
S
0,4
Número de minutos de chamadas a efectuar (caso adiraà Pessimus)
Adere à Pessimus se o excedente do consumidor for superior à parte fixa da tarifa, i.e., se a área vermelha do gráfico for superior a 12,5 (parte fixa da tarifa cobrada pela Pessimus.
Exercício 36 – Preços não lineares (tarifas 2 partes)
100 P 7,5 Q 200 Q* D S 5 a b c d O Excedente do Consumidr aumenta num montante equivalente às áreas (b + c + d) = 500 + 500 + d = = 1000 + d, valor que é claramente superior ao acréscimo da tarifa fixa, que passará de 5 euros para 15 euros, ou seja, aumentará 10 euros ou 1000 cêntimos.
A receita da empresa passará de 500 + 7,5 x 200 = 2000 cêntimos para 1500 + 0 x 100 + 5 x 100 + 5 x (Q* - 200) = 2000 + 5 x (Q* - 200), aumentando, assim, num montante correspondente a 5 x (Q* - 200).
Exercício 37 – Quotas e Tarifas sobre as Importações
d c e 600 P 300 Q 300 500 D S PInt.=200 Produção Doméstica Consumo Doméstico a b Sem comércio internacional Com comércio internacional Variação Excedente do Consumidor a a + b + c + d + b + c + dExc. do Produtor doméstico b + e e - b
Exercício 37 – Tarifas sobre as Importações
Comércio livre Com tarifa Variação
Excedente do Consumidor a + b + c + d + e + f a + e - b - c - d - f
Exc. do Produtor doméstico g b + g + b
Receita do Estado --- f + f Excedente Total - c - d d f e c g b 400 550 600 P Q 300 D S PInt.+T=250 Produção Doméstica Consumo Doméstico PInt.=200 a
Exercício 37 – Quotas sobre as Importações
f e 400 550 600 e c b d a P Q 300 D S PInt.+T=250 Produção Doméstica Consumo Doméstico PInt.=200Comércio livre Com quota Variação
Excedente do Consumidor a + b + c + d + e + f a + e - b - c - d - f
Exc. do Produtor doméstico e b + e + b
Receita dos importadores / Estado
--- f + f
Exercício 39 – Capacidade de interligação entre duas redes
eléctricas
Q
1DQ
2SQ
2DS
1Q
1SP
Q
D
S
2 PInt. P1 P2Exercício 40 – Tarifas sobre as Exportações
Comércio livre Com tarifa Variação
Excedente do Consumidor a a + b +c + b + c
Exc. do Produtor doméstico b + c + j + d + e + f+ g+ h + i f + g + h + i - b - c - j – d - e
Receita do Estado --- d + d Excedente Total - j - e 250 325 350 P Q 200 D S PInt.- T=750 PInt.=800 e j i h f 250 325 350 g c b d a P Q 200 D S PInt.- T=750 PInt.=800