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Carla Sofia de Melo Morais. Leishmaniose Felina: Revisão de Literatura

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Carla Sofia de Melo Morais

Leishmaniose Felina:

Revisão de Literatura

São Paulo/SP 2014

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Carla Sofia de Melo Morais

Leishmaniose Felina:

Revisão de Literatura

Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de Pós-Graduação, Especialização em Clínica médica de Felinos, do Centro de Estudos Superiores de Maceió da Fundação Educacional Jayme de Altavila, orientada pelo Prof. Dr. Diogo Ribeiro Câmara.

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DEDICATÓRIA À Deus, pela vida! E ao meu gato Xano (in memoriam).

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Agradecimentos

Agradeço à Deus por ter me presenteado com a oportunidade de existir e desfrutar a vida ao lado da minha família, amigos e animais.

Agradeço aos meus pais e meu marido por me ajudarem a realizar meus sonhos e me incentivarem profissionalmente.

Ao João Batista e família por me ajudarem a aumentar a minha fé em Deus. Agradeço a todos aqueles que foram meus professores ao longo desses 29 anos, em especial ao Prof. Dr. Diogo Ribeiro Câmara e Dr. Archivaldo Reche Jr. pelo conhecimento passado (isso não tem preço).

Às minhas amigas Karina Costa, Renata Cavalcate e Manuella Barbosa por dedicarem tanto tempo a nossa amizade.

Meu muito obrigada à minha amiga Daniela Carneiro pela atenção. Agradeço às minhas colegas de quarto que me ajudaram e me incentivaram ao longo de todo o curso, obrigada meninas.

Agradeço aos meus irmãos por sempre me trazerem de volta a realidade. A minha avó Aidil, por ter cuidado de mim com carinho. Ao meu avô Ivaniso, pelo exemplo de determinação.

Agradeço a minha psicanalista Taciana Mafra, sem ela eu não teria conseguido. A todos os animais e principalmente aos que foram e são meus companheiros de vida. Em especial ao meu gato Xano, o qual foi a principal motivação da minha especialização e do início da minha paixão por felinos.

Agradeço a todas as pessoas que me ajudaram direta ou indiretamente, assim como todos os meus amigos e familiares. Muito obrigada pessoal!!!

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“Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.”

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Resumo

O Médico Veterinário é um profissional que participa direta ou indiretamente do controle de zoonoses, devendo manter-se sempre atualizado a respeito de novos aspectos envolvidos nessas enfermidades. A leishmaniose felina, ao contrário da canina, ainda não é muito divulgada. Assim, esse trabalho foi realizado com o intuito de ajudar o clínico veterinário a diagnosticar a leishmaniose em gatos. A literatura reconhece a importância desta doença para a população humana e animal devido sua alta morbidade e mortalidade em regiões endêmicas; constatando através de relatos de casos em vários países, que o gato (Felis catus) é um possível hospedeiro desta infecção pelo parasito Leishmania sp., e as técnicas de diagnóstico mais utilizadas foram PCR, ELISA e RIFI. Apesar de aparentar maior resistência à doença que os caninos, os sinais clínicos em felinos, quando encontrados, são semelhantes aos relatados em leishmaniose canina, apresentando linfadenopatia, perda de peso, alopecia, secreção ocular e nasal mucopurulenta bilateral, desidratação, mudanças no estado de consciência, hepatomegalia, úlceras com crostas hemorrágicas e opacidade da córnea. Entretanto, por não serem patognomônicos é possível a ocorrência de uma subestimação desta enfermidade na população felina.

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Listas de Ilustrações

Figura 1. Fêmea de Flebotomíneo adulta, engurgitada ...10 Figura 2. Gato portador de anticorporpos anti-Leishamania chagasi e anti-Toxoplasma gondii. Perda tecidual da maxila e dos dentes incisivos superiores e deposição de crostas hemorrágicas no bordo da ferida...14

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Lista de Abreviaturas

CFMV Conselho Federal de Medicina Veterinária ELISA

EIE FIV FelV HIV

Enzyme-Linked Immunosorbent Assay Ensaio Imunoenzimático

Vírus da Imunodeficiência Felina Vírus da Leucemia Felina

Vírus da Imunodeficiência Humana IMIQ Imunohistoquímica

OMS Organização Mundial da Saúde PCR

PEP PIF

Reação em Cadeia da Polimerase Processo Ético Profissional Peritonite Infecciosa Felina

RIFI Reação de Imunofluorescência Indireta UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

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Sumário

INTRODUÇÃO... 9

1. REVISÃO DE LITERATURA... 10

1.1. Aspectos parasitológicos... 10

1.2. Métodos de diagnóstico... 11

1.3. Legislação brasileira sobre a comunicação e tratamento da doença... 12

1.4. A doença em felinos... 13

CONSIDERAÇÕES FINAIS... 18

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INTRODUÇÃO

Induzida pelo protozoário parasita do gênero Leishmania, a Leishmaniose é uma zoonose que necessita de um hospedeiro vertebrado e um invertebrado para completar seu ciclo biológico, quando este protozoário pode se apresentar de duas formas: uma amastigota e outra promastigota. Nos hospedeiros vertebrados (homem, animais selvagens e domésticos) a forma amastigota parasita o fagossoma das células do Sistema Fagocítico Mononuclear (SFM). Já a forma promastigota habita o aparelho digestivo do vetor, insetos da família Psychodidae, subfamília Phlebotominae (CASTRO et al., 2002).

A forma visceral da doença já foi identificada em 12 países na América Latina, sendo que 90% dos casos foram diagnosticados no Brasil. Nas Américas o parasito é transmitido por fêmeas do gênero Lutzomyia, que infectam-se com Leishmania chagasi durante o repasto sanguíneo. Em 1912 foi descrito o primeiro relato de infecção natural em felinos na Argélia, quando formas amastigotas de Leishmania spp. foram identificadas na medula óssea de um gato doméstico que convivia com um cão e uma criança acometidos com leishmaniose visceral (BRASIL, 2006; SERGENT et al., 1912; SOBRINHO, 2010).

Com distribuição mundial, estima-se que 350 milhões de pessoas vivam em regiões endêmicas e correm o risco de contrair a infecção. Cerca de 12 milhões de pessoas estão infectadas no mundo inteiro e por volta de dois milhões se infectam por ano. Contudo a maioria dos casos não são declarados, principalmente devido ao fato de que a comunicação é obrigatória em apenas 33 países; permanecendo como uma das doenças mais negligenciadas do planeta (WHO, 2003).

Objetivou-se com este trabalho fazer uma revisão sobre leishmaniose felina e levar para o clínico veterinário a importância e o conhecimento da doença em felinos domésticos, assim como seu diagnóstico e posterior declaração.

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REVISÃO DE LITERATURA

1.1 Aspectos parasitológicos

Os flebotomíneos processam quatro fases do seu ciclo biológico no ambiente terrestre: ovo, larva (com quatro estádios), pupa e adulto. Os ambientes favoráveis ao seu desenvolvimento são úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica. Do ovo à fase adulta o ciclo tem uma duração média de 30 dias. Os adultos abrigam-se nos mesmos locais dos criadouros e em anexos peridomiciliares, principalmente em abrigos de animais domésticos. As fêmeas são hematófagas obrigatórias, necessitando de sangue para o desenvolvimento dos ovos, sugando um grande leque de animais vertebrados de sangue quente (MORRISON et al., 1993; MORRISON et al., 2005).

Figura 1. Fêmea de Flebotomíneo adulta, en- gurgitada (BRASIL, p. 15, 2006).

A Leishmania sp. é introduzida no tubo intestinal dos insetos vetores quando os mesmos alimentam-se de um hospedeiro vertebrado infectado. As fêmeas dos flebotomíneos não fazem solenofagia ou “vessel-feeding” (sugar o sangue canulando diretamente um vaso sanguineo). Esses insetos obtém sangue através da telmatofagia ou “pool-feeding”, que consiste em posicionar a abertura do canal alimentar dentro de uma pequena poça de sangue formada pelo rompimento dos vasos pela ação das peças bucais adaptadas para rasgar, dilacerar ou cortar a pele do hospedeiro. É valido destacar que a infecção dos flebotomíneos com Leishmania sp. é muito beneficiada por este modo de alimentação telmatofágico do inseto, que permite que os protozoários presentes nos

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macrófagos da pele do hospedeiro sejam ingeridos pelo vetor juntamente com os restos celulares (SANTOS, 2006).

Os mamíferos, principalmente canídeos, ressaltando-se ainda a raposa e o cão, são os principais reservatórios do parasito. O papel do cão como reservatório da Leishmania foi descrito pela primeira vez em 1908, por Nicolle, na Tunísia, quando experimentalmente foi comprovada a infecção deste animal e transmissão natural em cães e registrando-se assim o primeiro foco de Leishmaniose Visceral (LV) canina no mundo (SÃO PAULO, 2006).

A transmissão transplacentária tem sido documentada em cães e roedores, e a transmissão venérea foi vista em cães experimentalmente infectados. Leishmania spp. pode também ser adquirida nas transfusões de sangue. Relatos de casos sugerem que é rara a transmissão do parasito durante as brigas de cães, mas podem acontecer durante outras formas de contato, possivelmente quando um cachorro lambeu feridas de outro cão ou sangue ingerido durante hemorragias. Todavia o risco de transmissão horizontal entre cães e homens é desconhecido. Outros artrópodes, incluindo carrapatos (Dermacentor variabilis e Rhipicephalus sanguineus) e pulgas caninas podem também atuar como vetores mecânicos. Onde os flebotomíneos podem transmitir Leishmania spp. pulgas e carrapatos provavelmente não tem importância na epidemiologia da doença; porém, eles podem estar envolvidos em casos raros de transmissão de cão para cão em outras regiões (SPICKLER, 2009).

1.2 Métodos de diagnóstico

A leishmaniose pode ser confirmada por vários métodos diagnósticos como: citologia, histologia, cultura, xenodiagnóstico, Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), ELISA, Western blot e/ou Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR), Histoquímica e Imunohistoquímica (IMIQ) em diferentes tecidos (CRAIG et al., 1986; ASSIS et al., 2010; PENNISI et al., 2013).

Os índices de positividade dos métodos PCR, ELISA ou EIE, IMIQ, RIFI e Histoquímica encontrados por Assis et al. (2010), em uma população de 34 cães oriundos de Ilha Solteira-SP, foram de 97, 65, 62, 56 e 56%, respectivamente. Contudo, os resultados do estudo retratou que nenhuma prova diagnóstica, isoladamente, identificou adequadamente os cães com LVC, sendo a PCR o método que apresentou

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maior número de positivos para o diagnóstico definitivo, quando os testes sorológicos e parasitológicos não foram capazes de detectar cães positivos para LVC.

Houve discordância nos resultados encontrados nos exames parasitológicos e nos testes sorológicos dos animais revelados por Sobrinho (2010), onde 302 gatos foram testados para Leishmania spp. por meio de exame parasitológico direto, ELISA e RIFI, em Araçatuba-SP. Esses achados suportam a hipótese de que os gatos não desenvolvem resposta imune humoral importante quando da infecção por Leishmania spp., pois dos 30 animais parasitologicamente positivos, 21 (70%) eram soronegativos.

1.3 Legislação brasileira sobre comunicação e tratamento da doença

Quanto ao tratamento da leishmaniose em gatos, alguns autores estão de acordo com a administração prolongada de alopurinol (10-20 mg/kg a cada 12 ou 24 horas) havendo uma melhora rápida, com recuperação do apetite e vitalidade dentro das primeiras duas semanas e melhora hematológica após três semanas de uso, sendo em geral clinicamente eficaz. As vacinas são licenciadas apenas para cães (PENNISI, 2004; PENNISI, 2013; RUFENACH et al., 2005).

No tocante à legislação relacionada a Leishmaniose, a Portaria no 1.426/2008 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento proíbe a utilização de medicamentos humanos no tratamento da leishmaniose visceral nos cães (BRASIL, 2008). Entretanto, a ONG Abrigo dos Bichos, sediada em Campo Grande-MS, não satisfeita com as normas fixadas na Portaria Ministerial e considerando ainda a situação do cão de nome Scooby que possuía leishmaniose e foi alvo de uma campanha na internet para não consumação da eutanásia, sensibilizou-se e propôs ação judicial própria na justiça objetivando a suspensão dos efeitos da Portaria Ministerial que proíbe o tratamento da Leishmaniose. Desta feita, em 16 de janeiro de 2013, o Tribunal Regional Federal da 3a Região, atendendo ao pedido realizado pela ONG referida, publicou decisão que autorizou o tratamento da leishmaniose visceral em cães em todo o país (BRASIL, 2013b). Por se tratar de tema bastante discutido e por ser de saúde pública, há disputa judicial intensa, de modo que a própria justiça – atendendo a recurso proposto pela União – reestabeleceu a utilização da Portaria Ministerial nº 1.426/2008, outrora suspensa, ressalvando que eventual eutanásia canina a ser praticada, seja precedida da realização de dois exames (RIFI e EIE), e também antecedida de criteriosa avaliação pelo Médico-Veterinário pertencente aos quadros públicos (BRASIL, 2013a).

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“Diante da decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3) que declarou a nulidade da Portaria interministerial dos ministérios da Saúde e Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Portaria n° 1.426/2008, que proíbe o tratamento de cães com Leishmaniose Visceral Canina por meio de produtos de uso humano ou de medicamentos não registrados pelo Mapa, o Conselho Federal de Medicina Veterinária esclarece:

 O tratamento da Leishmaniose Visceral em animais oferece risco à saúde da população;

 O tratamento não promove a cura da doença e o animal contaminado continua sendo hospedeiro e fonte de contaminação por meio do mosquito transmissor;

 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), somente a adoção de medidas integradas, como o uso de inseticidas e a eutanásia dos cães contaminados, é que poderá garantir a segurança da população e da saúde humana.

Portanto, até que a cura para a doença seja cientificamente comprovada, o posicionamento institucional do CFMV e dos Conselhos Regionais é pelo não tratamento da doença, garantindo assim a segurança e proteção à saúde pública, em conformidade com a legislação federal, Decreto n° 51.838/1963, código penal e recomendações sanitárias (CFMV, 2013).”

Caso os profissionais de Medicina Veterinária executem o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina para o animal infectado, o profissional poderá ser denunciado junto ao Conselho Regional de seu estado, o qual tem o dever de apurar e fiscalizar as acusações. Em caso de confirmação da denúncia, o profissional poderá responder a Processo Ético Profissional (PEP) e, ainda, à representação junto ao Ministério Público Federal e Estadual (CFMV, 2013).

A Leishmaniose Visceral Canina causou mais mortes que a dengue em nove estados brasileiros nos últimos 11 anos. Antes a doença era limitada a áreas rurais e à Região Nordeste, hoje encontra-se em todo o território nacional. Entre 2000 e 2011, foi realizado um levantamento com base em números do Ministério da Saúde o qual aponta que a Leishmaniose provocou 2.609 mortes em todo o país (CFMV, 2013).

A avaliação clínica de três cães pelo Hospital Veterinário da Unesp Araçatuba registrou a primeira ocorrência de leishmaniose visceral (LV) no Estado de São Paulo, em Maio de 1998. Hoje, após 11 anos, a doença está instalada de forma endêmica com 302 casos humanos e 44 óbitos no município (NUNES, 2010).

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Em gatos, a Leishmania infantum chagasi teve seu primeiro diagnóstico confirmado nas Américas no município de Cotia-SP no ano de 2001 (SAVANI et al., 2004). Vale ressaltar que os períodos de maior atividade das fêmeas do hospedeiro intermediário do parasito são o crepuscular e noturno, coincidindo com os hábitos noturnos dos felinos domésticos. No entanto, nos flebotomíneos, a preferência alimentar parece possuir maior correlação com a disponibilidade de hospedeiro que com a particular atratividade por determinada espécie (SÃO PAULO, 2006; SOBRINHO, 2010).

Os casos clínicos são raros em gatos, assim como lesões e sinais viscerais. Em gatos, casos sistêmicos têm envolvido o baço, fígado, rins e linfonodos. Icterícia, febre, vômitos, linfadenopatia, lesões oculares e bucais, leucopenia e anemia foram relatadas. Pancitopenia grave foi a principal alteração de um gato infectado apresentado depressão e perda de apetite (MARCOS et al., 2009; SPICKLER, 2009).

Os principais sinais clínicos da leishmaniose observados em um estudo empreendido em Araçatuba-SP sobre coinfecção de Leishmania chagasi, Toxoplasma gondii, FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina) e FeLV (Vírus da Leucemia Felina) em gatos foram: linfadenopatia, perda de peso, alopecia, secreção ocular mucopurulenta bilateral, desidratação, mudanças no estado de consciência, hepatomegalia, descarga nasal mucopurulenta, úlceras com crostas hemorrágicas e opacidade da córnea (SOBRINHO, 2010) corroborando com outro estudo realizado na mesma região em gatos infectados por Leishmania chagasi, o qual acrescentou diarreia e dispneia a esses sinais e também encontrou formas amastigotas de Leishmania sp. em órgãos linfoides (VIDES et al., 2011).

Figura 2. Gato portador de anticorpos anti-Leishamania chagasi e anti-Toxoplasma gondii. Perda tecidual da maxila e dos

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dentes incisivos superiores e deposição de crostas hemor- rágicas no bordo da ferida (SOBRINHO, p. 59, 2010).

Contudo, as características clínicas dos gatos domésticos associadas à infecção por Leishmania não são patognomônicas e podem ser confundidas com muitas outras doenças, o que pode levar a uma subestimação considerável desta enfermidade. O diagnóstico histopatológico e imunohistoquímico podem ser realizados através das lesões cutâneas e oculares (NAVARRO et al., 2010). Por outro lado, os gatos podem sofrer diferentes condições imunossupressoras causadas por infecções por FIV e FeLV, o que poderia favorecer a multiplicação do parasito, como observado em humanos portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), e facilitar a transmissão do agente. Apesar de Martín-Sánchez et al. (2007) não terem encontrado associação de leishmaniose com o Vírus da Imunodeficiência Felina em um trabalho realizado na Espanha, é possível que dentro de uma área endêmica para leishmaniose haja um alto percentual de indivíduos infectados, porém sem sinais clínicos, constituindo um reservatório para o parasito, assim como encontrado por Sobrinho (2010), onde houve uma correlação estatisticamente significativa com 5,3% (17/302) FIV positivos, dos quais 70,59% (12) apresentavam também leishmaniose visceral.

As manifestações cutâneas podem ser imprecisas na leishmaniose felina, podendo levar à prescrição de antimicóticos (imidazólicos), o que poderia melhorar a condição clínica, não abordando a verdadeira etiologia subjacente (HÉRVAS et al., 1999).

Em um dos dois casos documentado por Hérvas et al. (1999) na Espanha, um felino com apresentação visceral de leishmaniose e achados histopatológicos compatíveis com a doença nos linfonodos e no baço podia apresentar de maneira associada uma disfunção imunológica que permitiu a multiplicação ativa e disseminação do parasito em vísceras imunossuprimidas. Alguns agentes, tais como FIV, FelV e estresse, podem induzir disfunção imunológica, permitindo multiplicação ativa do parasito e generalizada disseminação visceral dos protozoários. Porém, não foram realizados testes de FIV/FelV em qualquer dos dois casos apresentados.

Chatzis et al. (2014), publicaram uma pesquisa sobre detecção citológica e molecular de Leishmania infantum em diferentes tecidos clinicamente normais e doentes de gatos e concluíram que é necessário examinar vários tecidos (sangue, pele, medula óssea e conjuntiva) para que não se obtenha um falso negativo.

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Rufenach et al. (2005), reportaram o caso de dois gatos, trazidos da Ilha de Mallorca na Espanha, sendo que um deles apresentava um único nódulo ulcerado na região tarsal esquerda persistente há um ano, e havia sido tratado com antibiótico e medicação tópica, havendo uma ligeira melhora, sendo efetuada suposta excisão do tecido que foi encaminhado para histopatológico. Após ser realizada PCR para detectar espécies de Leishmania na pele obteve resultado positivo, recebeu alopurinol por via oral duas vezes por dia e quando reexaminado apresentou sorologia negativa para leishmaniose. Sugerindo que pode ter havido algum efeito com o uso desta medicação. Este gato era negativo para FIV/FelV.

Danhroug et al. (2011), descreveram o caso em um zoológico na Universidade Federal de Mato Grosso de um leão Panthera leo soropositivo para Leishmania chagasi, após exame de PCR, confirmando a infecção de felídeos selvagens como hospedeiros acidentais da leishmaniose.

Um experimento sucedido com gatos domésticos negativos para Leishmania, de várias idades, ambos os sexos e variadas raças que foram adquiridos da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Pensilvânia (Perkasie, PA, EUA), averiguou que estes felinos são menos susceptíveis à infecção viscerotrópica por Leishmania spp. mesmo quando formas amastigotas foram inoculadas por via intravenosa e formas promastigotas inoculadas por via intradérmica. Estes animais não desenvolveram nenhuma característica clínica, mas foram capazes de produzir significativa quantidade de anticorpos circulantes, demonstrando que gatos domésticos parecem não ser bons candidatos como hospedeiro reservatório para as espécies de Leishmania spp. (KIRKPATRICK et al., 1984).

Silva et al. (2010) reportaram o primeiro caso de leishmaniose em um gato infectado com Leishmania infantum no Brasil. Atendido pelo Departamento de Parasitologia (Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais-ICB/UFMG), este gato castrado, macho, oito anos de idade, com sintomas clínicos de linfadenopatia, onicogrifose, caquexia, fadiga, anorexia, fraqueza e uma ferida perto do pavilhão auricular esquerdo foi submetido ao xenodiagnóstico, confirmando a positividade pela presença de formas amastigotas no intestino de fêmeas de quatro dias de idade pertencentes a uma colônia de Lutzomyia longipalpis. Era negativo para FIV/FelV e tinha eritrograma normal, todavia o leucograma apresentava-se com leucocitose associada a neutrofilia. Os níveis séricos de ureia (47,7 mg/dL) e aspartato aminotransferase (274 U/L) estavam acima dos parâmetros fisiológicos. Este caso

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destaca a capacidade desse animal infectar o vetor em condições laboratoriais sugerindo a possível participação no ciclo de transmissão, porém mais estudos são necessários para analisar as condições a campo.

Silva et al. (2010), reforçaram o primeiro experimento produzido por Maroli et al. (2007), no qual conta o relato de um gato que viveu na Ilha de Lipari (Silícia, Itália) e teve seu diagnóstico de leishmaniose confirmado através do xenodiagnóstico usando fêmeas de quatro a seis dias, vindas de uma colônia de Phlebotomus perniciosus.

Na Europa foram diagnosticados felinos positivos para leishmaniose em Portugal por Maia et al., (2008) - 30,4%, Cardoso, (2010) - 2,8% de animais infectados e Maia et al., (2010) - 20,3%, na Grécia por Diakou et al., 2009 – 3.87% de animais positivos, bem como na França por Ozon et al., (1998), Itália por Poli et al., (2002) e Silva et al., (2010), Espanha por Miró et al., (2014) e Suíça por Rufenacht et al., (2005). Além desses países também há relatos em Israel por Nasereddin et al., (2008), México por Longoni et al., (2012) e Guiana Francesa por Rougeron et al., (2011).

No Brasil, encontrou-se casos de felinos domésticos infectados no Estado de São Paulo, em Andradina, por Coelho et al. (2011), que averiguaram 52 gatos através de exame parasitológico direto e PCR, quando a infecção foi detectada em 5,76 % dos animais; em Cotia, um caso de um gato macho de dois anos de idade, FIV/FeLV negativos e positivo para PIF, descrito por Savani et al. (2004) e em Araçatuba, foram feitos quatro levantamentos por Bresciani et al., (2010); Sobrinho, (2010); Neto, (2011); Vides et al., (2011), encontrando respectivamente 0,7 %, 21,85 %, 11,5 % e 49,1 % de animais positivos para a infecção. Souza et al. (2005), confirmaram a presença do parasito através de exame parasitológico de um esfregaço de uma das lesões nodulares do focinho de uma gata com dois anos de idade da cidade de Campo Grande em Mato Grosso do Sul. No Rio de Janeiro, a Leishamania (Viannia) braziliensis foi isolada de lesões faciais de duas gatas, de quatro e cinco anos de idade, por inoculação de pequenos fragmentos das lesões em meio bifásico com posterior cultura por Schubach et al. (2004). Além desses, Silva et al. (2010) relataram primeiro caso de Leishmania infantum em felinos no Brasil, no estado de Minas Gerais.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando as informações presentes neste trabalho, conclui-se que o gato (Felis catus) pode ser um hospedeiro acidental da leishmaniose (ou não desenvolvem resposta imune humoral importante), acarretando com isso sérios danos para a saúde pública e animal. Contudo, por ser uma zoonose com distribuição mundial, faz-se necessário uma triagem maior do clínico no consultório e dos governos mundiais frente a OMS, assim como o estudo dos casos e protocolos de tratamento e prevenção eficientes.

Apesar da possibilidade do uso de várias técnicas diagnósticas, o PCR aparenta ser o teste com maior sensibilidade para o diagnóstico de animais positivos quando da infecção por Leishmania.

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REFERÊNCIAS

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produtos de uso humano ou não resgistrados no MAPA. Questão de direito. Ilegalidade. Livre exercício da profissão de veterinário. Lei no 5.517/68. Artigos 1o, 5o, alíneas A, C e D, e 6o, alíneas B e H. Artigo 16 lei no 5.517/68. Código de ética do médico

veterinário. Artigo 10 da resolução no 722/2002. Decisão acerca da prescrição do tratamento aos animais e recursos humanos e materiais a serem empregados. Prerrogativa do veterinário. Afronta à legislação protetiva do meio ambiente. Lei no 9.605/98. Crimes contra a fauna. Declaração universal dos direitos dos animais. Inconstitucionalidade. Reflexa. Honorários. Apelação provida. Acórdão no 8.269/2013, 13 de setembro de 2012. Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3a Região, edição nº 11/2013 – São Paulo, quarta-feira, 16 de janeiro de 2013. Disponível em:

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BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Proibe o tratamento de leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano ou

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não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria Interministerial nº 1.426, de 11 de julho de 2008. Diário Oficial da União- DOU-133 p. 37, seção-1 de 14.7.08. Disponível em:

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