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Reformador publica mensagem do Espírito de Verdade

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Academic year: 2021

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Verdade

Isso foi para nós uma novidade que muito nos alegrou, pois no artigo em que a mensagem é citada deixa bem claro que o Espírito de Verdade é Jesus, o que há tempos vimos defendendo.

Transcreveremos o que encontramos na revista Reformador, ano XXXVIII, números 6 e 7, de março e abril de 1920, respectivamente. Como teremos que digitar tudo, achamos melhor utilizar o português atual.

A notícia do evento veio pela coluna “Ecos e Fatos”, diz lá: Uma sessão memorável

De fato o foi a sessão pública da Federação, realizada a 9 do corrente. Viva e profunda se conservará a lembrança dela em todos quantos tiveram a felicidade de achar-se imersos naquele ambiente espiritual de inigualável suavidade e de luminosa paz a refletir-se no íntimo de todas as almas.

É que Jesus, o amor dos amores, quis dar aos pobres coxos, estropiados e leprosos do espírito que ali se reuniam para estudar o seu Evangelho um testemunho inexcedível de misericórdia e, assim, de esplendor da sua glória lhes falou.

Efetivamente, a comunicação inicial foi dada pelo “Espírito da Verdade”.

Embora os seus termos e a emoção extraordinária que a sua leitra produziu bastassem para atestar a procedência da amorosa mensagem, como que para afastar toda dúvida, o espírito bondoso de Bittencourt Sampaio, ao dar, por outro médium, a comunicação final, confirmou que ela proviera realmente de Jesus (grifo nosso), transmitida pelo seu mensageiro Ismael, o mais alto guia da Federação e o encarregado de presidir à marcha do Espiritismo no Brasil.

Perdoem-nos os nossos leitores não inserimos neste número do Reformador essas duas comunicações. Foi-nos de todo impossível.

Fá-lo-emos no dia 1 de Abril. Será o pão que, num impulso de sincera fraternidade, lhes ofereceremos para a ceia pascoal, que nessa data se comemorará. (Reformador, ano XXXVII, nº. 6, 16 de março de 1920, p. 137)

A mensagem e a confirmação de sua veracidade, aparecem na coluna “Ditados”, vejamos:

Uma comunicação do “Espírito da Verdade”

Com o título “Uma sessão memorável!, demos em o passado número do Reformador, breve notícia do que fora a sessão pública de 9 de Março, na Federação, destinada, como as de todas as terças-feiras, ao estudo dos Evangelhos em espírito e verdade, segundo a Revelação da Revelação, de J. B.

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Roustaing, e prometemos inserir neste número a Comunicação, que tornara memorável aquela sessão, dada do esplendor da sua glória por Jesus, o Espírito da Verdade (grifo nosso), aos pobres coxos e estropiados ali então reunidos. Vamos cumprir a nossa promessa.

Quando alguém haja que duvidar possa da autenticidade dessa Comunicação, vazada, aliás em termos de que jamais conseguem servir-se os mistificadores, quando haja, repetimos, alguém que duvide da procedência dela, e estamos certos de que não faltará quem o faça, esse alguém não será nenhum dos que, habituados a frequentar sessões verdadeiramente espíritas, onde o que só se procura é estudar o Espiritismo na sua fonte pura e lídima – o Evangelho, já se tornaram bastante sensíveis à atmosfera espiritual de tais reuniões e se achavam presentes à de que tratamos.

Esses, apenas feita a prece de abertura da sessão, sentiram que alguma coisa fora do comum havia ali ou se ia passar, tal a suavidade extrema do ambiente em que se viram imersos, tais a doçura e profundeza da paz que os envolveu, gerando um desses estados d’alma em que a criatura, moralmente aliviada, experimenta o desejo ou a necessidade de banhar-se em lágrimas, que não exprimem aflição, antes traduzem um arroubo de inexplicável alegria.

Foi dentro dessa aura de paz luminosa e santa que o médium escreveu de um jato, sem um instante de pausa, a Comunicação que abaixo transcrevemos e ao le-la, em seguida, impossível se tornou para muitos, para um grande número dos assistentes, resistir mais à satisfação daquele desejo ou necessidade e de inúmeras faces correu o pranto, testemunhando terem sido tocados os corações pelos eflúvios do amor puríssimo de que vinham impregnadas tão dulçorosas palavras.

Aos que, lendo-as agora, não puderem obter a contraprova do que afirmamos e daí queiram tirar argumento para infirmar a veracidade do que relatamos, diremos que do estado de espírito em que nos achamos ou nos colocamos depende a natureza das percepções e sensações que tenhamos disto ou daquilo.

Certo que, lidas com o coração frio, com o espírito dominado pelo egoísmo e pelo orgulho, enredado na trama das preocupações materiais e mesquinhas, fechado às benfazejas influências do Alto, elas nos deixarão impassíveis e se nos afigurarão banais, como banais as consideravam, na impassibilidade de seus espíritos endurecidos, tandos dos que, na Palestina, as ouviram dos próprios lábios do divino Mestre.

Por isso mesmo foi que seus mensageiros celestes, na sessão inolvidável em que as recebemos, começaram por dulcificar os corações dos que ali se congregavam, para que pudessem, recebendo-as, dar-lhes o justo valor e a significação real.

Os que souberem e quiserem, pela prece, aproximar de si os seus guias amorosos, poderão, lendo-as aqui, sentir o que sentiram os que então as ouviram ler e delas beneficiar quanto deseja que beneficie aquele que as ditou do esplendente céu da sua grandeza espiritual.

É esta a comunicação:

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Abri os seios doloridos de vossas almas acicatadas pela prova, abri o sacrário de vossos corações acrisolados na dor, para dar guarida às celestes emanações que pelos meus emissários constantemente vos envio, como refrigério ao sofrimento que de quando em vez vos vem despertar do letargo em que jazeis, para entreverdes as claridades espirituais da vossa regeneração.

Vinde, filhos meus muito amados, aprender comigo que sou manso e humilde a suportar o peso da vossa cruz; vinde, pelos ensinos que vos leguei, adquirir as virtudes que um dia formarão rico diadema para ornar as vossas frontes de espíritos redimidos. Vinde repousar no meu seio os vossos espíritos combalidos pelas provações, certos de que felizes sois, pois que o filho do homem não tinha onde reclinar a cabeça.

Imanei-vos pelo amor, compreendei que sois filhos de um mesmo Pai, chorai com os vossos semelhantes as suas desventuras, vesti os nus, confortai os aflitos e sereis dignos de seguir-me e sereis de fato meus discípulos.

Tudo passará, meus filhinhos muito amados, mas as minhas palavras jamais passarão, queira ou não o príncipe que impera no vosso mundo e aí tem por enquanto estabelecido o seu reino.

A árvore do Evangelho, semeada há dois mil anos na Palestina, eu a transplantei para o rincão de Santa Cruz, onde o meu olhar se fixa, nutrindo o meu espírito a esperança de que breve florescerá, estendendo a sua fronde por toda a parte e dando frutos sazonados de amor e perdão.

Lavai-vos nas águas lustrais, na pura linfa que dele jorra, e asseguro-vos que perdoados vos serão os vossos pecados.

Filhinhos meus muito amados, há longos séculos que procuro reunir-vos todos para que formeis um só rebanho sob minha direção, mas rebeldes vos tendes conservado às minhas injunções, procurando antes servir ao príncipe do vosso mundo.

Cumpridor fiel da vontade do Pai, toda a minha complacência se distribui por este pobre rebanho desgarrado. Eu, porém, prometi que todos seriam salvos e espero levar-vos um dia, limpos e puros, às suas sacratíssimas plantas, aureoladas as vossas frontes pela luz brilhante da purificação final.

Estudai, filhos meus, gravando os meus ensinos em vossos corações, para que eles iluminem as vossas consciências, fazendo-vos finalmente compreender a necessidade que se vos impõe de remodelardes os vossos espíritos, esmagando o orgulho e o egoísmo que os degradam e adquirindo as virtudes que os elevam no conceito do Senhor.

A minha paz vos dou, a minha paz vos deixo, pedindo-vos que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei e vos amo.

– O ESPÍRITO DA VERDADE.

Mas não será ousadia supormos que o espírito puríssimo de Jesus, espírito de pureza perfeita, se comunique diretamente conosco por um médium, ainda quando este reúna condições morais pouco vulgares? É essa uma dúvida que justificadamente assaltará os espíritos daqueles que imaginam serem sempre dadas diretamente todas as comunicações. Conhecendo a grosseria do meio em que nos movemos nós os que encarnamos na Terra, repugna-lhes admitir possa um espírito de extrema elevação baixar a esse meio para se comunicar com os humanos. Tratando-se de manifestação psicográfica, uma resposta poderia ser de pronto dada: para o pensamento, sobretudo quando parte de uma fonte pura, não há obstáculos intransponíveis. O pensamento de Deus penetra os mais mínimos e

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inferiores recônditos da criação a vitalizá-la.

A essa explicação, entretanto, não precisam recorrer os que hão aprendido na obra grandiosa e imortal de Roustaing, a Revelação da Revelação, que a transmissão do pensamento divino, como a do de Jesus, diretor e governador do nosso planeta, representante do Pai perante a sua humanidade, se faz através da escala espírita, chegando assim aos mais ínfimos degraus desta.

Desse modo, portanto, logo o viram os estudiosos daquela obra, é que nos havia de ter chegado a palavra do Divino Mestre.

Confirmando essa maneira de ver e como que obedecendo ao propósito de dissipar desde logo toda dúvida a tal respeito, o espírito de Bittencourt Sampaio, um dos que, tendo sido, quando na Terra, dos mais forte esteios da Federação, é hoje dos que mais perto e devotadamente assistem e amparam os que ao serviço dela se votaram, votando-se ao da causa santa que ela representa, o espírito Bittencourt Sampaio, dizíamos, por outro médium, a todos esclareceu, informando ter sido Ismael o portador da mensagem que Jesus, o dono da obra, dirigia àquele punhado de tardos obreiros e que tanto lhes alvoroçara os corações.

Foram estas as palavras de Bittencourt, na Comunicação final da sessão: “Meus caros amigos e companheiros de jornada, paz em nome do manso Cordeiro de Deus.

Liberto o espírito das cadeias do egoísmo e do orgulho, poderá ascender da lama às claridades celestes. Amante da verdade, saberá seguir os passos d’Aquele que, sendo a própria Verdade, ao mundo veio mostrar-se.

À sombra de Jesus caminhará todo aquele que deixar o mundo do erro e da miséria moral, pautando sua vida pelos ensinos edificantes que Ele deixou.

Como vistes, meus amigos, as trombetas do céu ressoam pela atmosfera da Terra, chamando os homens à Verdade, porque os tempos são chegados. Vistes e eu me congratulo convosco porque sentistes a grandeza da misericórdia baixada até vós, por intermédio daquele anjo que preside aos destinos desta casa – ISMAEL.

Sedes unidos e amai, para que Jesus, por seus emissários, encontre um pouco em vossas almas.

Paz, meus amigos, e encerrai os vossos estudos” – BITTENCOURT.

Ainda com a alma a vibrar de emoção ao bafejo de tal misericórdia, que o foi e imensa o recebermos a palavra vivificante e amorosa do amorosíssimo Jesus, e escutando a consciência dizer que nada té então fizéramos por merecê-la tão grande, cada um dos que gozaram daqueles momentos de ventura extraterrena a si mesmo perguntou de certo a que poderia atribuir a generosa dádiva.

Ela, para nós, significa que Jesus, o amor dos amores, retribui, hoje, como o fez outrora, com as munificências do coração, a ingratidão dos homens, daqueles principalmente a quem, nos tempos atuais, constituiu depositários do tesouro preciosíssimo da sua doutrina. Esta devera ser a cadeia sólida que os ligasse indissoluvelmente e ele os vê desunidos, dispersos, cada um mais preocupado consigo do que com o rebanho de que todos são ovelhas. Seus emissários repetem a todas as horas o convite que ele nos dirige para que definitivamente nos sentemos à mesa do seu banquete, a fim de comermos o pão da vida que suas mãos distribuem e continuamos a repastar-nos de egoísmo e de orgulho, tendo o

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seu nome nos lábios, mas nos corações o fel desses sentimentos.

Confrange-se-lhe o espírito ante tanta ingratidão e tanto descuido, que representam acumulação das enormes responsabilidades que assumimos, assumindo o compromisso de pregoar a Verdade, que só nos seus ensinamentos se contém, e ele, condoído da nossa funesta inconsciência, faz ouvir a sua própria voz, na esperança de que, escutando-a, acordemos, afinal, e executemos a obra que nos comprometemos a realizar: a da remodelação dos nossos espíritos, tornando-os capazes de amar, de amando, praticar a fraternidade, arrancar a humanidade terrena ao jugo do príncipe que ainda no mundo impera.

Ninguém, pois, levado ainda pela inconsciência que a tantas quedas e desvios nos têm arrastado, se envaideça com o recebimento de tão ternas mensagens. Nelas não vejamos o que não encerram – consagração ou retribuição de quaisquer merecimentos, mas, apenas, aviso carinhoso dado aos nossos pobres espíritos, que, empunhando o facho da verdade, caminham como cegos, por entre as trevas do mundo, pegando o amor por palavras e obrando com desamor, fracos porque desunidos, quando devêramos ser força máxima, se pela fraternidade nos achássemos coesos.

A hora é chegada de, sob a fronde da árvore gigantesca do Cristianismo do Cristo, nos acolhermos todos os que encarnamos na terra de Santa Cruz, para onde ele a transplantou, segundo o seu próprio dizer. Tardamos em fazê-lo: ele nos chama com ternura, oferecendo-nos de novo o seu seio para que aí reclinemos as cabeças. Não desprezemos mais uma vez o chamamento. Façamo-nos dignos de ouvir de mais perto a sua voz meiga e suave, amando-nos como ele nos amou, imolando-nos a todos os instantes no altar da fraternidade, para com ele celebrarmos eternamente, na plenitude da sua glória, a páscoa bendita do amor.

Que o aviso encontre eco em todos os corações espíritas. Que todos compreendamos que a grandeza da misericórdia recebida corresponde grave acréscimo de responsabilidade. (Reformador, ano XXXVII, no. 7, 1 de abril de 1920, p. 149-151)

De nossa parte questionaríamos as referências elogiosas a Roustaing e à “Revelação da Revelação”, mas vinda do “ninho” de roustainguistas o quê esperar, senão isso.

Paulo da Silva Neto Sobrinho Ago/2017.

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