Publicação Trimestral – Ano IV - Nº 13 - Agosto de 2016
REMESP Informa
18 anos de REMESP
Nesta Edição:
A Rede Metrológica do Estado de São Paulo completou 18anos no dia 14 de Agosto de 2016, criada em 1998 por em-presários, entidades de ensino, de ciência e tecnologia, com a incumbência de congregar pessoas físicas e jurídicas para a promoção e o desenvolvimento da Metrologia no âmbito do Estado de São Paulo, a REMESP é uma associação sem fins lucrativos, cujo a missão é promover a cultura metroló-gica, o desenvolvimento da competência dos laboratórios, a demanda de serviços metrológicos e o relacionamento dos associados junto as instituições com interface em metrolo-gia.
Muitos anos se passaram desde o início, foram muitos obs-táculos superados e mais ainda os objetivos alcançados. O seu surgimento deveu-se à necessidade de se criar uma enti-dade que pudesse reunir e integrar os laboratórios de Cali-bração e Ensaios do Estado de São Paulo para de forma organizada poder representá-los junto aos organismos pú-blicos e privados. Além disso, foi vista como a solução para o desenvolvimento da competência técnica e de gestão para a melhoria da qualidade dos serviços prestados.
O trabalho da REMESP ao longo desses anos tem sido de-senvolver programas de treinamentos e capacitação para profissionais da metrologia, disponibilizar banco de dados sobre laboratórios e serviços metrológicos, cadastrar con-sultores em metrologia para assessoria técnica aos laborató-rios, instalar comitês técnicos para discussão de temas espe-cíficos e a realização de programas de ensaios de proficiên-cia, representar os interesses dos laboratórios e da comuni-dade metrológica, e contribuir para o desenvolvimento das Redes Brasileiras de Laboratórios de Ensaios e Calibração - RBLE e RBC.
O caminho trilhado nestes longos anos de atuação em prol do fortalecimento e disseminação da metrologia no Estado de São Paulo mostra um futuro promissor e, por isso, digno de ser lembrado!
Palavra do Presidente
Pág. 2 Programas de ensaio de proficiência e seus benefícios
Pág. 3 Momentos REMESP
Pág. 5 Serviços
REMESP Informa
Associados e amigos da REMESP, A REMESP está vivendo um momento especial. Os nossos serviços estão sen-do demandasen-dos, e graças ao apoio de todos, estamos retomando o nosso cres-cimento neste final do ano de 2016. O nosso desafio para os próximos me-ses é o processo de avaliação do nosso Provedor de Ensaios de Proficiência. A proposta é nos próximos meses disponi-bilizarmos para a comunidade de labo-ratórios de calibração e ensaios, um escopo acreditado pela Cgcre, para atender as demandas dos Laboratórios Acreditados ou em processo.
A REMESP vem, cada vez mais, se instrumentalizando para atender as ne-cessidades de ensaios de proficiência e para isso estará realizando no dia 19 de outubro próximo, o Workshop “Requisitos e Questões Importantes para Planejar Atividades em Programas de Ensaios de Proficiência” com a parti-cipação do Sr. Paulo Roberto da
Fonseca Santos, MSc , do Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Diretoria de Me-trologia Científica e Tecnologia (Dimci). Na oportunidade os represen-tantes de laboratórios poderão tirar dú-vidas sobre a melhor forma de se orga-nizarem para a participação nos progra-mas.
Felizmente nestes três últimos meses, com a reação do mercado a nossa REMESP está se reposicionando. Com a colaboração da comunidade metroló-gica voltando a participar de nossas programações poderemos fazer muito mais para a metrologia do Estado de São Paulo. O trabalho em Rede é funda-mental por isso peço a todos que indi-quem pessoas para que sejam capacita-das em nossos programas de treinamen-tos. A REMESP conta com uma equipe de instrutores competentes, o que tor-nam os certificados reconhecidos em todo o Brasil, pelas indústrias, laborató-rios e pelas organizações públicas e privadas.
Aproveito a oportunidade para convidar a todos a visitarem o nosso site para os novos workshops cujo foco é atender necessidades especificas do setor de autopeças, de saúde e fármacos. Estes encontros são importantes para que os gerentes de laboratórios e técnicos pos-sam conhecer o status das tecnologias disponíveis, os novos regulamentos e normas. É um momento importante para a troca de experiências entre labo-ratórios e a manifestação das necessida-des de cada laboratório, principalmente
nas questões relacionadas aos processos de acreditação e do reconhecimento da competência laboratorial.
Convido a todos também a conhecerem o Código de Ética e Conduta da REMESP, a leitura é obrigatória para os associados, e um instrumento poderoso de combate as práticas indevidas no comércio de serviços de calibração e ensaios.
A partir da assinatura do Código de Ética e Conduta todos os laboratórios associados já terão a sua disposição um espaço no site da REMESP para divul-gar os seus serviços e fotos dos labora-tórios e para isso já estão disponíveis as senhas de acesso. Estes serviços pode-rão ser consultados pelos interessados no mercado, por meio de uma ferramen-ta de busca construída para este fim. Amigos, felizmente as turbulências estão terminando e um novo Brasil está sendo construído, os serviços metroló-gicos são essenciais para a prosperidade dos processos industriais, da saúde, da segurança patrimonial e das pessoas e das boas relações comerciais. Venham participar da REMESP, precisamos das pessoas de bem e das suas redes de rela-cionamento para que sejamos cada vez mais úteis e desta forma construirmos uma sociedade mais justa e perfeita.
Celso Scaranello Presidente.
Expediente
O REMESP informa é uma publicação trimestral editada pela REMESP, dirigida aos associados, e de distribuição gratuita.
Colaboradores: Ana Carolina Calderoni, Celso Scaranello, Jean Albert Bodinaud, Newton Ferrerez Bastos, Oswaldo Rossi Junior e
Rafa-el Morales.
Sugestões ou críticas: remesp@remesp.org.br Impressão: Gráfica Success Ltda—ME.
Patrocinadores desta edição
PALAVRA DO PRESIDENTE
REMESP Informa
Programas de ensaio de proficiência e seus benefícios
ARTIGO TÉCNICO
No esquema sequencial, o programa de EP contribui com a melhoria dos resultados obtidos pelo laboratório, no monito-ramento da consistência e comparabilidade dos resultados. Richardson et al (1996)
A análise dos dados em um EP segue quatro passos básicos comuns em todos os tipos de programa, que são: 1. Determinação do valor de referência;
2. Realizar a comparação dos resultados; 3. Determinação do método estatístico;
4. Determinação preliminar de proficiência (estabilidade e homogeneidade).
Os resultados dos participantes obtidos em uma rodada de ensaio de proficiência devem ser comparados com os valores ou respostas que demonstram a competência com o método. Valores de referencia podem ser escolhidos para avaliar os participantes com justiça e ainda para estimular o acordo entre os laboratórios. Existem diversos métodos comuns para se determinar o valor de referência, uma das formas é determinar a referencia pelo valor de consenso dos participantes (média das medições), ou pelo resultado da medição de um laboratório com experiência internacional (via calibração). Existem outras formas para determinação do valor de referencia descritos na ABNT NBR ISO/IEC 17043, porém estes citados são os mais comuns usados em EP’s de rotina.
Para valores de consenso, uma análise dos valores extremos se faz necessária (exemplo: Teste de Grubbs e Cochran), pois a presença destes pode prejudicar a análise. Uma observação considera que um valor discrepante não pode ser utili-zado, pois pode sub ou superestimar a média dos resultados, que são obtidos via valor de consenso.
Após a determinação do valor de referência, o próximo passo consiste em transformar as medições de cada participante em estatísticas de desempenho. O objetivo é medir a diferença entre as medições dos laboratórios com o valor de referên-cia, de modo, a permitir a comparação em um critério definido. Um dos modos de comparação realizado de forma direta é o erro normalizado (En) expresso por:
Onde:
y é a medição do laboratório participante; µx é a média do valor de referência;
Ulab é a incerteza do laboratório participante e;
Uref é a incerteza de referência.
Os métodos para determinação de Ensaios de Proficiência (EP) dependem da natureza do item ou material sob teste, do método de ensaio em uso e do número de laboratórios participantes. Existem seis tipos distintos de EP, discutidos na ABNT NBR ISO/IEC 17043, dentre eles os quatro mais usu-ais são:
Esquema sequencial: quando um ou mais itens de testes de profici-ência são distribuídos sequencialmente para testes ou medição e devolvidos ao provedor do ensaio a intervalos regulares;
Regime simultâneo: quando os itens de testes de proficiência são distribuídos para teste simultâneo ou medição dentro de um período de tempo definido;
Regime contínuo: quando os itens de teste de proficiência são for-necidos em intervalos regulares, por exemplo, programas externos de avaliação da qualidade (EQA).
REMESP Informa ARTIGO TÉCNICO
As notações Uref e Ulab correspondem à metade do valor da amplitude do intervalo de 95% para µx e y, respectivamente.
Esses parâmetros são determinados antes da análise e são considerados valores conhecidos. O En descreve a diferença entre as medições dos laboratórios e a média do valor de referencia relativo à variabilidade envolvida na diferença. Os programas de ensaio de proficiência de participação simultânea geralmente envolvem amostras selecionadas aleatori-amente de uma fonte de material, distribuídas simultanealeatori-amente aos participantes para ensaios concomitantes. Em alguns programas, os participantes são requisitados a retirar as amostras, que assim são consideradas itens de ensaio de profici-ência para análise. Após a conclusão do ensaio, os resultados retornam ao provedor de ensaio de proficiprofici-ência e são com-parados com o(s) valor (es) designado(s) para fornecer uma indicação do desempenho dos participantes individuais e do grupo como um todo. Exemplos de itens de ensaio de proficiência utilizados neste tipo de programa incluem alimentos, fluidos corporais, produtos agrícolas, água, solos, minerais e outros materiais ambientais. Em alguns casos, porções sepa-radas de materiais de referência previamente estabelecidos são distribuídas. Orientações ou comentários educacionais são comumente incluídos no relatório disponibilizado aos participantes pelo provedor do ensaio de proficiência, com o obje-tivo de promover melhoria do desempenho.
Benefícios da participação em Programas de Ensaio de Proficiência
Os Ensaios de Proficiência caracterizam-se como uma eficiente ferramenta de gerenciamento do nível de confiança de um laboratório e uma medida do desempenho do mesmo em relação aos demais participantes, aplicável tanto para labo-ratórios de ensaios presentes nas indústrias, quanto para labolabo-ratórios independentes, de institutos e de centros de pesqui-sa. Fornecem também outras informações úteis para a detecção de prováveis fontes de desvios, subsidiando a implemen-tação de ações corretivas e preventivas.
Os desvios cometidos são usualmente devidos a erros aleatórios e sistemáticos. Erros aleatórios são erros cometidos nas transcrições dos resultados, pela instabilidade do equipamento utilizado, pelo conhecimento / habilidade do técnico, pe-las condições ambientais, pela desatenção dos procedimentos ou pela troca de amostras. Nos erros sistemáticos destacam -se a falta de calibração dos equipamentos, o uso de fórmulas e conversões inadequadas, parâmetros errados e a contami-nação.
A participação em EP’s proporciona o aprimoramento de técnicas operacionais de medição e orienta os laboratórios par-ticipantes a seguirem a metodologia proposta, verificando o status das calibrações dos equipamentos e identificando as necessidades de treinamento dos colaboradores envolvidos.
Os benefícios advindos da participação em Ensaios de Proficiência podem ser:
Avaliação externa regular e independente da qualidade dos resultados produzidos pelo laboratório;
Verificação intermediária das calibrações: favorece uma identificação precisa da necessidade de manutenção e/ou calibração dos equipamentos;
Identificação das necessidades de treinamento: podem ser revelado se os envolvidos estão utilizando técnicas ina-dequadas para a operação, manuseio dos equipamentos e amostras ou transcrição errada de resultados.
Fornecimento de confiança adicional ao cliente; Demonstração da competência técnica do laboratório; Comparação do desempenho com outros laboratórios;
Acesso junto ao provedor para obtenção de orientações e assessoria técnica; Demonstração da rastreabilidade metrológicas das medições.
Por: Pablo Tassi Tomaz
Figura 1: Etapas envolvidas na organização de uma rodada de ensaios de proficiência. Onde: (1) preparo da amostra ou artefato, (2) análise
técni-ca do artefato/amostra e envio aos participantes inscritos, (3) utilização de métodos e/ou calibrações de rotina para determinação dos resultados, (4) tratamento estatístico pelo provedor e (5) divulgação do relatório. Fonte: Adaptado de http://www.resag.org.br/servicos-tecnologicos/programas-interlaboratoriais
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REMESP Informa MOMENTOS REMESP
A REMESP, considera de extrema importância a proximidade com seus associados, parceiros e empresas envolvidas com a metrologia. Pensando nisso, a Remesp realiza encontros frequentes, por meio de workshops, treinamentos, reuniões, visitas e etc., para expor e buscar novas necessidades para o mercado metrológico, além de ficar a disposição para dar suporte em questões envolvendo a metrologia.
Workshop de Homologação de fornecedores de serviços de Calibração
na área da saúde - Boas práticas de contratação Treinamento de Calibração de Balanças Eletrônicas Analíticas ministrado pelo Inmetro
Treinamento de Cálculo de Incerteza de Medições Workshop de Dúvidas frequentes e as melhores soluções para agilizar o processo de acreditação
REMESP Informa Associados REMESP 2013
CURSOS
Técnicas para Determinação da Periodicidade e
Interpretação de Certificados e Relatórios de
Calibração
Cálculo de Incerteza de Medições
Auditoria Interna da Qualidade em Laboratórios
segundo Norma ABNT NBR ISO/IEC
17025:2005
Interpretação da NORMA NBR ISO/IEC
17025:2005 - Requisitos Gerais para a
Competên-cia de Laboratórios de Ensaio e Calibração
Segurança em Laboratório Químico
Av. Paulista, 2200, Cj. 91- Bela Vista- 01310-300- São Paulo/SP