Art Nouveau
Modern Style
Liberty
Arte Jovem
Jugend Stil
Velde Style
Secession Stil
“Interessante intermezzo entre os séculos XIX e XX”
Sigfried Giedion
Virada de século:
cronologicamente, ocupa a última década do século XIX e a primeira
do XX
Princípios....
Movimento para reforma das artes aplicadas;
Impulso por sinceridade:
“artista é aquele que deve fazer e ensinar a fazer coisas que sejam ao mesmo tempo
belas,naturais, espirituais e úteis”
- essa é a crítica que sugere o surgimento da Art Nouveau
Ferro e vidro novo vocabulário estético
Com a arquitetura do ferro, possibilidade de superar os estilos anteriores através de novos meios de construção estrutural, e havia também novas possibilidades sociais de produção em
massa de elementos construtivos, dada pela Revolução Industrial.
Mas isso não foi levado, prontamente, a sério
pelos arquitetos que continuavam a evitar novos materiais, e a se satisfazer com efeitos
góticos...historicistas
JONH RUSKIN : primeiro professor da Escola de Belas Artes de OXFORD
discute relação entre artesanato e obra de
arte, comparando o artesanato tradicional com o trabalho mecânico da produção em massa:
“Para dizer a verdade, não é o trabalho
que está dividido, mas os homens (...) de modo que os minúsculos fragmentos de inteligência que são deixados num
homem não são suficientes para fazer um alfinete ou um prego, mas se esgotam
fazendo a ponta de um alfinete ou a cabeça de um prego”
Ruskin abominava o Palácio de Cristal:
“não queremos um novo estilo de arquitetura, não nos interessa se temos uma arquitetura nova ou velha.... as formas de arquitetura já conhecidas são suficiente boas para nós”
O ornamento tem duas belezas: abstrata (formas) e o senso do trabalho humano
Desenvolve estudos científicos formais sobre determinados elementos da natureza (rocha,
arvores, nuvens)
Buscava com eles individuar sua estrutura intima que na sua opinião
se encontrava na base dos efeitos
artísticos
O grande impulso de superação estética e social veio da Inglaterra com WILLIAM MORRIS
Foi poeta,panfletista, reformador, designer, arquiteto pintor
Morris refutava o historicismo, mas acreditava que os arquitetos deveriam estudar os trabalhos dos antigos diretamente e aprender a entendê-lo.
Não era revolucionário, amava a Idade Media, a
natureza, o campo, odiava as grandes cidades. Sua aversão visual tornou-se social: para ele Londres, não era apenas um condado inteiro cheio de casebres
horríveis, mas também uma congregação bestial de vigaristas e escravos.
Idade Média não havia divisão do trabalho na arte, não havia grandes artistas, as coisas do cotidiano eram arte
Definição de arte vem daí: arte é a expressão pelo homem de seu prazer no trabalho.
Arte deve ser uma alegria para quem faz e para quem dela desfruta.
“Eu não quero arte para poucos, da mesma forma que não quero educação para poucos ou liberdade para poucos”
Para ele na Idade Media tudo que era feito pela mão do homem era mais ou menos bonito. Hoje quase todos os utensílios feitos pelo homem civilizado são sórdida e pretensiosamente feios.
“Tudo que há nas casas de hoje são toneladas de lixo indescritível, só na cozinha há coisas aceitáveis, porque só elas são honestas e simples”. As duas qualidades mais necessárias na vida moderna para Morris são honestidade e simplicidade. Devia se fazer uma fogueira com tudo que havia na casa das pessoas ricas.
Negava a produção através da máquina, valoriza o artesanato.
Papel de Parede: Pimpernel (1876)
Red House, 1859, Philip Webb
Red House - ousadia, tijolos vermelhos sem revestimentos,planejada de dentro para fora,
considerando
secundariamente as fachadas, e mostrando abertamente a
construção interior.
• Arquitetos só projetavam naquele tempo para
ricos e suas casas de campo e mansões, igrejas, edifícios públicos, longe dos problemas do homem comum.
Integrar construções ao entorno e a cultura local – métodos tradicionais de construção.
Morris lidera o movimento Arts and Crafts Adota o método de trabalho de guilda ou
Werkbund:
Oficina associada, uma espécie de corporação de pessoas que realizam o
mesmo trabalho
Expoentes da Art Nouveau
Victor Horta:
Renovação das artes
aplicadas teria começado na Bélgica....
Casa Tassel, Bruxelas, 1893 A inserção urbana repete a
tipologia
Diferenças: PEDRA REVESTIMENTO,
CONTORNOS DE FERRO E DE MADEIRA NAS JANELAS, FORMAM COMPOSIÇAO
EXTREMAMENTE
CALCULADA e COMPACTA
Estrutura metálica aparente
Motivos presentes na ondulação do ferro também presentes nas paredes, desenhadas a grafite
Victor Horta é muitas vezes considerado o primeiro
artista/arquiteto a reparar nas possibilidades
decorativas do ferro
Ferro é tanto estrutura como decoração
Ornamentos inspiram-se no reino vegetal
Henry Van de Velde
Inicia na pintura, depois parte para o desenho de artes decorativas e móveis
Casa em Uccle, 1895: síntese definitiva das artes – moveis, cortinas, candelabros, até o vestido de sua esposa.
Segue fortemente as propostas de Morris: “a
casa familiar é o veículo social básico a partir do qual os valores da sociedade poderiam ser
gradualmente transformados” Frampton
“feiúra corrompe não apenas os olhos , mas também o coração e a mente” – Van de Velde
Cadeira de Balanço, 1903
Teoria do Einfühlung, surge nesta época e influencia o trabalho de Van de Velde
Empatia: projeção do ego do criador no objeto de arte
Teatro da Exposição Werkbund,
Colônia, 1914
Marca uma fase posterior de sua carreira
Já representa uma quebra com a Art Nouveua: após uma viagem a Grécia e ao Oriente Médio, fica impressionado com a pureza da forma micênica e assíria. Passa então a trabalhar com a forma orgânica pura
É que se observa no teatro: massas salientes = domínio sobre a forma
Para Mendelsohn: “Somente Van de Velde , com seu teatro, está realmente em busca de uma nova forma. Concreto armado usado em estilo Art Nouveau, mas forte em concepção e expressão”.
Hector Guimard
Similaridade a
Horta no tratamento do ferro.
Cria as entradas de metro em Paris
Processo de
padronizaçao de alguns elementos, que passam a ser produzidos em
série Entrada em ferro e vidro para o metro, Paris, 1899-1904
Ainda prevalece grande preocupação, trazida pelos
ensinamentos de Viollet-le-Duc, em desenvolver os elementos
constitutivos de um estilo nacional (não deixa de ser uma
preocupação Romântica)
“Para ser verdadeiro, um estilo arquitetônico deve ser o produto do solo onde existe e do período que dele necessita (...)
Guimard, 1903
Esta mesma preocupaçao ocupa a mente de Gaudí....
Retomar a arquitetura tradicional, ao mesmo tempo que cria formas totalmente novas.
Impressionante capacidade de Gaudí para conciliar dois objetivos consideradas tão
dispares, é o que gera a especificidade de sua obra.
Há em sua obra:
Casa Vicens, 1878: Estilo mourisco, Gótico estrutural e abobada catalã
Formas orgânicas da natureza, estilo árabe,
gótico, construções orientais
Sagrada Familia, começa como uma estrutura gótica, que vai ao longo do tempo se transformando no sentido de se livrar das referências
históricas imediatas 1915- 1926
Gaudí Construtor:
Não trabalha como engenheiros do período (construção em ferro e cálculos)
Trabalha como o construtor medieval:
experimental e prático
Mais do arquiteto, foi construtor, artesão: não
somente elaborava um projeto, mas continuava definindo, especificando ao longo da execução da obra.
Otto Wagner (arquiteto austríaco)
Busca incorporar o ferro, explorando as possibilidades do material, harmonizando com a arte e as novas necessidades humanas
Projeto de 1899, Estação Karlsplatz
Escola austríaca: compromisso entre classicismo e modernismo: arcos lisos e alongados, colunas sem
capitéis, volumetrias simétricas e simplificadas, abuso de revestimentos com lajes.
Wagner mantém elementos clássicos.
Essa é a marca da escola e permitirá que o movimento não se cristalize como uma simples moda decorativa.
Para Benévolo, esta escola preparou o terreno para o
movimento moderno de modo mais direto do que qualquer outro movimento contemporâneo.
Joseph Maria Olbrich
(seguidor de Wagner)
Edificio Secessao, Viena, 1898
Secessão:
separação, afastamento
Joseph Hoffmann
(Viena)Sanatório Purkesdorf, 1903
Simplifica o discurso
arquitetônico;
Edifício de
alvenaria rebocado em branco;
Coroado por simples laje;
Perfurado por
janelas de formas variadas;
Considerado como uma antecipação do racionalismo;
Cria a empresa de decoração, Wiena
Werkstätte, responsável pela grande expansão de sua obra
Retira o medievalismo do movimento Arts and Crafts e seus princípios
acabam se tornando regras seguidas por toda a Europa
Charles Rennie Mackintosh
Escola de Arte de Glasgow, 1898-1900
Apresenta menor critica a tradição do que o restante dos movimentos no
continente
Segue mais de perto programa de Ruskin
Adolf Loos
Casa Steiner,1910
Casa Steiner
Nesta casa elimina aquilo que não é
estrutura; nega ornamento e decoração na arquitetura
Arquitetura utilidade, não arte;
“Critica o movimento de Secessão.
Combate o culto a originalidade”
Para Loos, o que é conveniente e
necessário é mais importante que o novo
Casa Steiner será a grande influencia para todos os
arquitetos do racionalismo
europeu: Gropius, Le Corbusier
Os trabalhos de Hoffmann e Loos
promovem uma simplificaçao do repertório tradicional
Hendrik Petrus Berlage
Holanda
Bolsa de Amsterdã,1903 Inspiração no Romântico e gótico flamengo
A referência histórica ai é o ponto de partida para uma analise construtiva original
Materiais estão aparentes Ornamento: mais do que um incidente plástico – a decoração esculpida
aprofunda no plano da parede (entalhamento negativo, ao invés de relevo)
Libertação: Inspira-se no
passado como a possibilidade de seguir um princípio não
apenas uma imagem
Pesquisa de uma unidade formal para a obra
arquitetônica - coerência entre estrutura, decoração e mobiliário
Artistas desenham tudo, todos os detalhes;
Arquitetura e decoração não se separam: “obra de arte total”
Artes aplicadas: dignidade aos objetos que estavam sendo industrializados, oposição a vulgaridade
comercial
Características gerais Art Nouveau
Retoma conceitos do movimento Arts and Crafts, mas tirando partido das possibilidades técnicas e expressivas, que eram oferecidas pelos novos
materiais (ferro, vidro, concreto), pela Revolução Industrial como um todo.
Arte +
Indústria
Beleza e vida cotidiana – beleza ao alcance de todos
Temática naturalista (flores e animais) Inspiração na arte japonesa: estilo,
ícone, tipo
Morfologia: arabescos lineares e cromáticos (curvas e variantes)
Cor: tons frios, pálidos, transparentes Recusa proporção e equilíbrio
simétrico
Comunica: agilidade, elasticidade, leveza, juventude, otimismo
Ruskin
beleza da arquitetura está no ornamento
Somente para além do útil é que pode surgir um valor espiritual
Observando o desenvolvimento histórico do Art Nouveau:
Elemento ornamental perde progressivamente o caráter de acréscimo sobreposto a conformação funcional ou instrumental do objeto
(tectônica), inclinando-se a adequar o próprio objeto como ornamento e assim se transformando de superestrutura em
estrutura.
Arquitetura: Vila Penteado, São
Paulo, C. Eckman
Victor Dubugras, Casa Sabino, 1903, São Paulo
Modernismo (Argan)
Termo genérico
Correntes artísticas, que na última década do século XIX e na primeira metade do
século XX, propõem-se a interpretar, apoiar e acompanhar o esforço
progressista, econômico-tecnológico, da civilização industrial
Características do modernismo
Argan
Arte conforme época: renúncia à invocação de modelos clássicos (tema ou estilo clássicos);
Diminuir distancia entre artes consideradas “maiores”
(arquitetura, pintura e escultura) e as “aplicações” aos
diversos campos da produção econômica (construção civil, decoração, vestuário);
Funcionalidade decorativa;
Aspiração a um estilo ou linguagem internacional ou européia;
Esforço em interpretar a espiritualidade que poderia inspirar e redimir o industrialismo;
A partir de 1910, dentro do modernismo, surgem as VANGUARDAS: