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Academic year: 2021

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Outros Portos --- Elaine Arruda

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Outros Portos --- Elaine Arruda

Projeto artístico equivalente a Tese de Doutorado, apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Artes, Área de Concentração Artes Visuais, Linha de Pesquisa Poéticas Visuais, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do Título de Doutora em Artes, sob a orientação do Prof. Dr. Marco Francesco Buti

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Outros Portos é um livro sobre o período que realizei o doutorado sanduíche em Paris, na Université Paris8, motivo pelo qual o meu contexto de vida e produção mudou radicalmente. Aproveitei esse momento para experimentar outras linguagens. Experienciar a arte de novas formas, uma vez que a condição de estrangeira implica em

repensar processos indentitários, lugares de poder, ou simplesmente o anonimato e a solidão.

Nesse período, estabeleci relações com paisagens estrangeiras, as quais me contaminaram subjetivamente através da fala (idioma), visualidade, temporalidade, efemeridade.

Foi necessário me reinventar, desenvolver outra subjetividade. Olhar o mundo a partir do contexto

latino-americano ao me deparar com a diferença provocada pelo deslocamento. Diversidade de cores, sonoridades e perspectivas.

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Desenhos realizados durante o Seminário

Intensivo A performance Artística e o Teatro no Museu, ministrado pelo Prof. Dr. Éric Bonnet e os doutorandos Kyoo-Seok, Marie-Luce Liberge, Parya Vathankan e Silvia Neri, em maio de 2017.

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12 13 A Porta do Inferno, Rodin.

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da janela, de dentro de um espaço privado e seguro. Por outro lado, os corpos do inferno devoravam-se, formando uma massa humana a partir de ângulos que atribuiam aos mesmos formas abstratas que me capturavam.

Participei ainda de uma performance coletiva na exposição Os Jardins, proposta pelo artista coreano Kyoo. Fizemos uma paisagem sonora no espaço expositivo, na qual cada integrante – éramos todos de nacionalidades distintas – falava no seu idioma palavras relacionadas aos jardins. Em seguida, repetíamos as mesmas palavras em francês, preservando nossos sotaques sobre a língua.

Imprimindo nossas sonoridades sobre uma paisagem sonora compartilhada.

Essa experiência, vivenciada logo no primeiro mês, ganhou força com o passar do tempo, quando os meses se acumularam, elucidando a consciência da minha diferença. Matéria da paisagem que experienciei em terra estrangeira.

Os temas abordados no seminário foram a paisagem e o inferno, a partir da exposição Os Jardins, que na ocasião acontecia no Grand Palais; e da escultura A Porta do Inferno, em exposição permanente no Museu Rodin. As aulas ocorreram parcialmente nos referidos museus e na Université Paris8. No decorrer do Seminário, deveríamos escolher uma das exposições para desenvolver o trabalho final.

Apesar da paisagem ser a base da minha pesquisa de doutorado, optei por desenvolver meu projeto sobre o inferno. O mesmo consistiu em uma série de desenhos sobre a escultura e também auto-retratos, trabalhando principalmente com lápis 6B e pesquisando os volumes a partir da luz e sombra.

A antropofagia do inferno dizia muito mais sobre a natureza do meu trabalho que os seguros e arquiteturais jardins franceses. Compreendi profundamente os textos de Anne Cauquelin, sobre uma paisagem para ser vista

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A minha condição de passante – ao caminhar por uma

cidade nova e desbobrir meios de estabelecer vínculo com a mesma – me fez mergulhar na aquarela. Técnica que me exige apenas um bolso onde caibam as tintas e o caderno.

Foi muito envolvente descobrir um novo tipo de imagem, tão distinto das rígidas e densas pontas secas, enquanto descobria também uma nova versão de mim.

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28 29 O caderno de desenho foi o meu grande terreno de

experimentação, pois esteve comigo cotidianamente. Explorei bastante a aquarela e o desenho em grafite e carvão.

Desenho à nanquim.

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31 Canal Saint Martin, Paris.

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A aquarela é uma linguagem completamente diferente de tudo que eu havia experimentado até então. Me fascinei pelas aguadas, transparência e sobreposição de cores.

O Prof. Éric Bonnet dizia que eu faço aquarela como se fosse guache, por deixar camadas expessas de tinta ao invés de trabalhar com a transparência. Nunca fiz guache, aquela era a minha primeira experiência com a aquarela e a pintura, então ele deve ter razão.

Pretendo continuar experimentando a pintura,

principalmente as técnicas à base d’água, pois existe um dado de imprevisibilidade que me fascina, assim como na gravura.

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39 Aquarelas.

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45 Aquarelas.

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49 Aquarelas.

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58 59 Inverno.

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A música sempre esteve presente no meu trabalho, desde as gravuras. No Aparelho, me aproximei do Choro em função das rodas que acontecem nos dias de ocupação. Gênero originalmente instrumental, cuja complexidade musical me encanta, o Choro surgiu no Rio de Janeiro em meados do séc. XIX. Popularmente chamado de chorinho, não se configura por um ritmo específico, mas pela maneira de se tocar, repleta de ornamentos e improvisações.

Marcado pela mistura de influências, como o samba, o fado português, o lundu de inspiração africana, o jazz e gêneros musicais da europa do leste; o Choro

possui variações de ritmos, intensidades e melodias que compõem uma harmonia muito visual para mim. Passei então a frequentar as rodas com meu caderno de aquarela, perseguindo as notas com minhas aguadas, capturada pela energia dos instrumentos e dos músicos. Estar na roda me permitia sentir as vibrações das notas, das cordas, da madeira, da percussão e dos improvisos. Sem pretensão de resultado, mas pela sinergia e liberdade de gestos, fiz desse universo particularmente brasileiro, um pedaço das minhas imagens. Um pouco de casa em meio à tanto estranhamento.

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66 67 Aquarela feita para

música Traíra na linha, composição do clarinetista Tiago Amaral, durante roda de choro em Amsterdã.

Projeto Mercado do Choro, no Centro Cultural de São Paulo, integrando a exposição Porto do Sal: Uma Experiência Estética e Política.

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Encontros

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Muitos encontros ocorreram nos meses que morei em Paris.

Alguns deles foram fundamentais para a minha produção durante o doutorado sanduíche: Jean Pierre Chellet, Rafael Kalil e Naby. Um francês, um brasileiro e um senegalês.

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Jean Pierre

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80 81 Acrílica sobre algodão cru (3m x 2m).

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82 83 Fragmento da pintura.

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Jean Pierre Chellet, grande amigo que acompanhou a minha trajetória em Paris. Além de me ajudar na tradução dos textos, sem falar português, foi a pessoa que me apresentou a cultura e o interior da França. Incentivador do meu trabalho, disponibilizou sua casa de campo em Berry para que eu experimentasse a pintura em grandes formatos, visto que em Paris eu habitava em um pequeno studio. Trabalhei em lona de algodão crú, utilizando tinta acrílica e materiais encontrados em casas de bricolagem, muito comuns na cultura francesa.

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Rafa Kalil

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94 95 Rijksmuseum, Amsterdã. Outubro de 2017.

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Desenho no Rijksmuseum. Cartaz em pub.

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“Amsterdã, caminhada sobre a ponte do rio Amstel. Registro de um período visceral de produção, marcado pelo encontro com o artista Rafa Kalil. Parceiro de noites de música e pintura, vivemos longas jornadas nas ruas dessa cidade. Enfrentávamos o frio e caminhávamos por horas, impulsionados pelo desejo de viver, produzir, fazer nossa arte da forma mais

honesta possível.

Na foto, ele com o violoncelo nas costas, arrastando a caixa de som no carrinho. Estou logo atrás, carregando várias pinturas ainda molhadas, que sujaram todo o meu casaco de tinta, evidenciando que eu era parte daquelas sensações que as imagens contavam. Mesmo com um Open Studio marcado para a manhã seguinte, sabíamos o quanto era precioso aquele encontro e não dava para perder nada, pois eram momentos ímpares de aprendizado e descoberta.”

– Escrito do caderno de bordo, janeiro de 2018.

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A pintura foi uma linguagem que experimentei, em

diversos contextos. Rua, casa, atelier, café, bar.

A condição de viajante me fez reorganizar

intuitivamente meu processo produtivo. Nas fotos, estou fazendo live painting com dois músicos que tocam improvisando. O som deles influenciava as minhas imagens e vice-versa.

A parceria com o

violoncelista me levou à contextos desafiadores, como a rua e a total improvisação diante de pessoas que

paravam para ouvir/ver nosso trabalho.

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Naby

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Naby é um senegalês de 27 anos que mora em Paris e que eu conheci na rua, andando com meu caderno de desenho. Ele me abordou e começamos a conversar. Tournou-se um amigo que me acompanhou praticamente todo o período que morei em Paris.

Muçulmano e sem papel, Naby mora nas chamadas squats,

ocupações de prédios que estavam sem uso e que são invadidos para tornar-se habitação. Diferente das ocupações temporárias que eu vivenciara no Aparelho, as squats são organizações de pessoas completamente alheias ao sistema. Trabalham no black por muito menos que o estabelecido para a hora de trabalho e vivem de forma colaborativa em quase tudo: recebem doações de mantimentos, roupas, sapatos e mantas de inverno.

Os moradores das squats também recuperam mantimentos dos supermercados que estão fora da validade e seriam jogados no lixo. Dividem entre si o cuidado com o prédio da squat, estabelecendo regras para limpeza e segurança do lugar. Cada ocupação tem regras próprias, estabelecidas a partir de reuniões regulares entre os moradores.

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Durante o ano que convivi com o Naby, ele morou em duas squats diferentes. A primeira delas foi virada pela polícia e os moradores perderam tudo. Depois disso, abrigaram-se em squats de amigos e se fortaleceram para invadir outro prédio. Existe um movimento de cooperação também entre as diferentes ocupações, que formam uma rede de colaboração extra-sistema. Pensam estratégias e mapeiam prédios desocupados, que tornam-se seus alvos.

Normalmente as squats duram 1 ano, pois existe um forte movimento de repressão da polícia e dos conservadores franceses contra os imigrantes e refugiados, principais residentes desses locais. Eles chegam a garantir esse período de moradia porque é ilegal desabrigar as pessoas no inverno, ou seja, a polícia não tem o direito de expulsá-los, o que garante 6 meses de trégua para os ocupantes.

Foi em Ivry a squat que eu mais frequentei. Ia normalmente aos domingos, nos jantares colaborativos abertos ao

público. A comida era oferecida pela ocupação – com mantimentos recuperados dos supermercados ou fruto de doações – e o convidado contribuía com quanto pudesse.

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No meu aniversário, convidei o Naby e fiz um jantar. Ele

perguntou o nome do prato e eu disse que não sabia, então ele o batizou de Aruda, sua forma de pronunciar meu sobrenome.

Combinamos que eu faria um Aruda em algum jantar de domingo em Ivry, mas infelizmente depois disso a ocupação passou por momentos difíceis por conflitos entre os ocupantes e os jantares de domindo foram suspensos.

Os ocupantes imigrantes e sem papel se desentenderam com os ocupantes franceses, que não moravam no local mas faziam parte dos movimentos sociais que davam suporte à squat.

O motivo do conflito foi a agressão física de uma mulher, moradora da ocupação, por um senegalês que era seu ex-

companheiro. Ele conseguiu apoio dos demais moradores, em sua maioria africanos, por considerarem que o comportamento dela havia provocado a agressão.

Na última visita que fiz à Naby, em novembro de 2018, a situação estava tensa, pois com a saída dos movimentos sociais os desentendimentos entre os ocupantes tornaram-se cada vez mais violentos. Por ser um território onde a polícia não tem ingerência, as leis são definidas internamente, o que se torna um problema em situações de conflito.

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Naby começou a desenhar depois que nos conhecemos.

Segundo ele o contato com o meu caderno de artista o influenciou a produzir. Ele trabalha fazendo bicos em montagens de exposições empresariais no Louvre, em eventos organizados para apresentar as marcas ao

público. Um deles foi de cosméticos – ocasião em que Naby recuperou diversos produtos que seriam descartados após o evento – como sombras, gliter, rímel, baton, entre outros. Começamos então a desenhar juntos, na minha casa ou na squat, usando as maquiagens para pintar, desenhar, interferir nos desenhos feitos com lápis ou tinta.

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Em novembro de 2018, reunimos os nossos desenhos e colamos nas ruas de Paris, em locais que costumávamos passar. Na ocasião eu já havia retornado ao Brasil, mas estava na França para a exposição Brésil trois points, que fui convidada a participar.

Fiquei aproximadamente três semanas em Paris e aquela ação foi uma espécie de despedida do meu amigo Naby, com quem compartilhei muitas coisas, dentre elas a pintura, uma descoberta para nós dois. Foi também uma forma de

compartilhar com a cidade as pequenas imagens que ela me proprocionou. O caderno de bordo que me acompanhou por aquelas ruas, para as quais as imagens seriam devolvidas. Uma intimidade até então muito particular.

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Os cartazes dos metrôs de Paris me chamaram atenção pela materialidade da impressão, pelas texturas construídas com os pixels aparentes e sobreposição de cores. Essa visualidade tem

influenciado a minha produção. A

pintura acrílica que produzi em Berry já apresenta traços dessa pesquisa, cuja presença de linhas retas e matéria industrial compõe a imagem.

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Exposições

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Durante o ano que passei em Paris, fui convidada para participar da galeria Acton Art Paris. Ela realizou 3 exposições das quais participei nesse período.

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“Brésil Trois Points é uma exposição coletiva dos artistas Elaine Arruda, Tiago Fazito e Bruno Zorzal. Ela nos apresenta a cumplicidade, primeiro entre artistas, mostrando seus diferentes pontos de vista sobre o Brasil, e depois com o espectador,

propondo-lhe a descoberta das obras por um diálogo contínuo. Esse diálogo possibilita a vivência das intenções dos artistas, seja num contexto de introspecção, dúvida ou pulsação criativa.”

– Fragmento do texto curatorial de Beatriz Forti.

Fui convidada para participar da exposição Brésil Trois Points, que ocorreu no Bateau Lavoir, em Paris. A mesma foi organizada pelo Prof. Doutor François Jeune.

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Na despedida de Paris, imprimi as aquarelas do caderno de artista em cartões, no formato de postais, e presenteei os amigos. Essa imagem é da estante de livros de Anne Donatienne Hauet, a querida Choupy, que mora em Bruxelas.

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Durante as ‘férias de verão’ – que ocorrem nos meses de junho a setembro na Europa – visitei 3 grandes eventos de arte contemporânea: Skulpture Projekts (ocorre a cada 10 anos em Munster, na Alemanha); Documenta (ocorre a cada 05 anos em Kassel, na Alemanha) e Bienal de Veneza (ocorre a cada 02 anos na Itália). Posteriormente, no seminário ‘Imagem contemporânea e experiência artística’ – ministrado pelo Prof. Dr. Éric Bonnet na Université Paris8 – dei uma aula apresentando as minhas impressões sobre os referidos acontecimentos e um recorte dos trabalhos que considerei mais relevantes.

No período do Doutorado Sanduíche transitei por cinco

países – França, Holanda, Alemanha, Itália e Portugal – onde tive contato com exposições, lugares, pessoas e situações importantes para a minha formação pessoal e artística. Motivo pelo qual considero a experiência de mobilidade acadêmica extremamente relevante para o fomento à pesquisa brasileira.

Conheci artistas e coletivos que me mobilizaram a refletir sobre a minha produção a partir de novas perspectivas. O deslocamento social e cultural apontou questões que estavam latentes, mas ganharam voz. La Gonflée, Mains D’ouvres, 6B, e os squats são contrapontos à realidade que conheço no Brasil, sinalizando novas possibilidades. Não existem modelos a seguir e sim interlocuções possíveis.

Agradeço a oportunidade e desejo que o projeto de intercâmbio acadêmico para pesquisadores brasileiros tenha continuidade e vida longa.

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Outros Portos - Ficha Técnica

Fotografia:

Elaine Arruda Jean Pierre Chellet

Design Gráfico:

Raffael Regis

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Referências

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