Lean Manufacturing
Menos desperdício,
mais produtividade.
TEMA:
DESING THINKING UM GRANDE ALIADO
NA JORNADA LEAN
Segundo Albert Einstein "Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou. É preciso ir mais longe”.
Portanto, toda a sociedade se beneficia a partir de um pensamento inovador. Saber entender quais são as características, elementos e processos criativos de um profissional inovador é imprescindível para quem queira se destacar no mercado.
A inovação é geralmente associada a negócios disruptivos, a empreendimentos realmente revolucionários para o mercado. É o caso de empresas como a Apple ou a
Amazon, que trouxeram novos paradigmas. No entanto, não são só de inovações únicas que o profissional inovador surge. Em um mercado cada vez mais competitivo, ter um pensamento fora da caixa pode auxiliar não somente seus processos, mas garantir a sustentabilidade dos negócios.
Profissionais inovadores são peças chave numa empresa que vive a Jornada Lean, pois são atuantes na solução de problemas e na busca por melhorias constantes.
Mas o que é Ser um Profissional Inovador?
Segundo Jeff Dyer, Hal Gregersen e Clayton M. Christensen, autores do livro O DNA do Inovado, dois terços de nossa capacidade criativa tem origem em um roteiro básico. Portanto, é possível desenvolver a capacidade inovativa ao trabalhar algumas competên-cias essenciais. Assim seguem algumas dicas uteis:
COMPETÊNCIA O QUE É BENEFÍCIOS DICAS
Fazer Associações
Dar lógica e coerência às informações recebidas, é
conectar recursos e sintetizá-los em uma solução
inovadora que garanta uma vantagem valiosa para a empresa. É poder enxergar duas questões de uma forma
totalmente nova e gerar novas descobertas.
- Gerar novas ideias partindo dos mesmos recursos disponíveis, bem como soluções para questões complexas que envolvem o cotidiano das empresas.
- Descobrir novos caminhos para a resolu-ção de problemas e anteciparesolu-ção de opor-tunidades.
- Encontrar um equilíbrio entre o imaginar e o executar; dando, assim, vasão e con-cretude para os projetos empresariais.
Promover a intersecção de diferentes campos do conhecimento. Afinal, quanto maior o repertório criativo, mais capacidade do pensa-mento associativo poderá ser desenvolvida.
Questionador Questionar aquilo que já é estabelecido.
- Promover a experimentação e o trabalho com novas hipóteses.
- Gerar novos insights. A partir do questio-namento, diferentes inputs e ideias podem ser incentivadas
- Perceber um gargalo ou uma oportunida-de, e criar alternativas viáveis e executá-veis dentro dos contextos das organiza-ções, gerando melhoria contínua em seus processos.
A Síndrome de Gabriela (“sempre foi feito
assim, vou fazer assim…”) não faz parte do
comportamento do profissional inovador
Observar precisa de todo o ambiente Ter uma visão analítica e em seu entorno
- Observar produtos, serviços, tecnologias e processos é o ponto de partida para que novas ideias surjam
Estar sempre em busca de atualização e de dados e informações que gerem inteligência e um repertório que auxilie nos processos deci-sórios e criativos.
Desenvolver
Networking
Desafiar-se socialmente e criar conexões continuamente
- A busca por mentes e conceitos diversos incentivam novas perspectivas e a criação de uma bagagem cultural ampla e diferen-ciada.
O networking de uma mente inovadora vai além da esfera convencional e busca pensa-mentos opostos e conflitantes.
Experimentar realizar algo da melhor forma. Buscar por novas formas de
- Novos lugares, ideias e aprendizados tornam-se pontos de contato para que a inovação surja
Evitar o status quo e ter coragem de inovar e aprender com os erros.
.
Profissionais inovadores quebram ditos populares como “em time que está ganhando
não se mexe”. Armadilhas como essas impedem que práticas inovadoras surjam. Por isso,
as competências que formam a descoberta (questionar, observar, experimentar, conversar) são 50% mais exercitadas por mentes inovadoras.
Além das competências apresentadas, é importante compreender o profissional inovador como o resultado de boas e contínuas práticas. Ao trabalhar esses elementos, vale
sempre considerar quais processos permitem que competências como essas se desenvolvam. Uma boa alternativa é a Metodologia do Design Thinking que pode ser
Afinal O que é o Desing Thinking?
O conceito de Design Thinking, assim como o do próprio design, pode parecer, a princípio, algo abstrato para quem não o conhece e nunca o viu em funcionamento. Mas na realidade, trata-se de um processo que pode ser altamente benéfico para o desenvolvimento da inovação.
A ideia por trás do Design Thinking é de que os profissionais
deveriam pensar como um designer, com foco na experiência humana de interação com o serviço ou produto a
ser desenvolvido ou melhorado. Essa abordagem se mostra muito relevante para gerar inovações úteis e relevantes para os clientes.
Para tornar isso possível e produtivo, há técnicas e formas de pensar comuns ao design para a criação de projetos de maior qualidade.
O grande objetivo do Design Thinking está em criar soluções inovadoras para os clientes com foco em suas necessidades. Para isso, o trabalho é realizado por meio de interações junto com o cliente, identificando os problemas, testando soluções e aprendendo continuamente com os erros gerados no processo.
No Design Thinking, tem-se como ponto de partida o valor da empatia, da invenção e da interação com o cliente, ou seja, a compreensão e o estabelecimento de uma relação com o público para o qual desenvolve-se um projeto ou produto. Ao contrário da visão linear da administração clássica, o Design Thinking busca uma abordagem mais humana, partindo do levantamento das necessidades do consumidor, o que gera soluções muito mais precisas para sanar as chamadas “dores” do cliente.
O Design Thinking busca trazer um equilíbrio entre o lado científico e exato de uma gestão e contribuir para que a parte de criação, do elemento artístico, possa ser concreto, fazendo com que o projeto passe por um processo de raciocínio para que se desenvolvam novas oportunidades e se diminuam os riscos envolvidos.
O Design Thinking está baseado no chamado pensamento abdutivo, isto é, na busca por formulação de questionamentos por meio da apreensão e compreensão de fenômenos e comportamentos.
Assim, em sua aplicação, são feitas perguntas que devem ser respondidas a partir de informações reais coletadas durante a observação do que tangencia o problema a ser resolvido. Isso faz com que a solução criada não seja derivada do problema, mas sim que ela
se encaixe organicamente nele, desafiando padrões, desfazendo conjecturas e transformando-as em oportunidades para gerar inovação.
De acordo com o livro A Magia do Design Thinking, dos autores Jeanne Liedtka & Tim Ogilvie, deve-se responder 4 perguntas para realizar o processo de Design Thinking. São quatro etapas que apesar de apresentadas sequencialmente, possuem uma natureza não linear. Ou seja, tais fases podem ser moldadas e configuradas de modo que se adequem à natureza do projeto e do problema em questão.
ETAPA PERGUNTA FINALIDADE FERRAMENTAS
Imersão O que é
Observar a realidade do cliente para poder iden-tificar uma oportunida-de oportunida-de inovação, é preci-so entender a rotina e as necessidades reais de seu público.
1. Mapeamento da jornada - É a avaliação e
representação da experiência do cliente ao interagir com um produto ou serviço. O mape-amento da jornada pressupõe que o avaliador vivencie a interação sob ponto de vista da pes-soa do cliente e, por si só, já ajuda a manter um foco mais humanizado.
2. Análise da cadeia de valor
Análise da cadeia de valor do cliente, contem-plando a interação com os parceiros para pro-duzir, vender e distribuir as suas ofertas. É es-pecialmente útil para que o novo produto ou negócio crie valor para o cliente e seus parcei-ros.
3. Mapeamento mental
A ideia é organizar os dados coletados nas fer-ramentas anteriores de exploração e buscar entender os padrões e insights que aparecem e irão proporcionar o embasamento para a fase de geração de ideias ou ideação.
ETAPA PERGUNTA FINALIDADE FERRAMENTAS
Ideação E se?
Identificar quais são as hipóteses pensadas por seus funcionários e gestores. Com base na realidade observa-da do cliente, é o mo-mento de responder as perguntas do tipo “e se?” realizando um processo
de brainstorming, lan-çando as ideias e hipó-teses do que pode ser feito para gerar valor para o cliente.
1. Brainstorming
Sessão coletiva de geração e compartilha-mento de ideias de oportunidades para no-vas possibilidades e hipóteses a serem testa-das e aperfeiçoatesta-das.
2. Desenvolvimento de conceitos
A formação de conceitos envolve selecionar e detalhar as melhores ideias e avaliá-las usando critérios do cliente ou da empresa. Nesse momento, pode-se utilizar uma plata-forma de gestão de ideias para estruturar o processo de aprovação e priorização.
ETAPA PERGUNTA FINALIDADE FERRAMENTAS
Prototipação
O que
surpreen-de?
Identificar quais são as ameaças às ideias ge-radas. Nesse momen-to, a metodologia in-centiva a
prototipa-gem para que seja possível colocar-se no lugar do cliente. Nessa etapa, visa-se o
apren-dizado sem a necessi-dade de investir
mui-to.
1. Teste de premissas
Esta ferramenta contempla a identificação das premissas básicas que sustentam a atra-tividade do conceito do novo negócio ou produto, ou seja, quais foram as principais suposições consideradas verdadeiras para a ideia selecionada. Uma vez definidas, deve-se focar em testar deve-se essas premissas-chave são de fato verdadeiras.
O objetivo é encontrar, com o máximo de velocidade e o mínimo de investimento, os aspectos que podem levar a empresa a des-cobrir o sucesso ou fracasso de um conceito.
2. Prototipagem acelerada
Com essa ferramenta, concretiza-se um con-ceito mais aprimorado para que possa ser explorado e testado. Enquanto o teste de premissas é feito geralmente por experimen-tos mentais, o protótipo já cria um modelo real, mesmo que ainda de forma rudimentar e inacabado na aparência.
O ideal é que a prototipagem seja realizada em atividades rápidas e iterativas,
ETAPA PERGUNTA FINALIDADE FERRAMENTAS Desenvolvimento O que funciona? Desenvolver o protóti-po mais adequado ao mercado e lançá-lo quando ele puder ser considerado um pro-duto funcional com o mínimo das funcionali-dades pretendidas (ou MVP – Minimum Via-ble Product).
A partir do feedback dos clientes e do mer-cado, itera-se no pro-duto para que ele pos-sa ser lançado de for-ma aprimorada e for-mais ágil no mercado. A vantagem dessa ite-ração e rápida otimiza-ção dos pontos fracos do produto ideal é a de permitir a
promo-1. Cocriação com o cliente
O objetivo aqui é envolver um ou mais clien-tes em potencial no desenvolvimento do no-vo produto ou serviço, colocando-os, por exemplo, em contato com alguns protótipos para observar as suas reações.
Buscando um produto adequado às necessi-dades dos clientes, eles se tornam parte im-portante no aspecto criativo da melhor solu-ção possível, acompanhando sua evolusolu-ção e funcionalidades.
2. Lançamento de aprendizagem
É o lançamento de uma versão do produto que permita que os clientes vivenciem a no-va solução enquanto a empresa pode confir-mar se as premissas-chave com base nos dados de feedback do cliente e do mercado foram cumpridas. Nesta fase, os clientes já devem arriscar alguma quantia no jogo e, portanto, os riscos são maiores.
Ou Seja....
O Design Thinking ajuda a gerar uma visão mais holística sobre o cliente, desafiando a visão clássica cartesiana que o reduz a mero consumidor e fazendo com que a empresa o entenda de modo mais profundo e possa gerar inovações que terão aderência em seu mercado.
No cenário de competição global atual, apenas atender ao que o cliente já espera de sua
empresa e oferecer soluções comoditizadas já não é suficiente para garantir a sustentabilidade dos negócios. É preciso ir além.
Por tudo isso, fazendo uso de uma metodologia multidisciplinar, colaborativa e focada em tangibilizar pensamentos e ideias, o Design Thinking torna-se um grande aliado da cultura da inovação nas organizações. Ele ajuda na criação de soluções inovadoras e na transformação necessária na Jornada Lean que foca sempre em negócios tangíveis e lucrativos para as empresas.
Esperamos verdadeiramente ter contribuído com seu desenvolvimento!
Liana Figueiredo
SOMAR PERFORMANCE
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