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do dossel e desempenho de ovinos em capimtifton 85

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA

MORFOFISIOLOGIA DO DOSSEL E DESEMPENHO DE OVINOS EM CAPIM-TIFTON 85

ANA PATRÍCIA ALMEIDA BEZERRA

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA

MORFOFISIOLOGIA DO DOSSEL E DESEMPENHO DE OVINOS EM CAPIM-TIFTON 85

ANA PATRÍCIA ALMEIDA BEZERRA

Engenheira Agrônoma

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca de Ciências e Tecnologia

B469 Bezerra, Ana Patrícia Almeida.

Morfofisilogia do dossel e desempenho de ovinos em capim-tifton 85. /Ana Patrícia Almeida Bezerra. – 2011.

173 f. : il., color.

Tese (doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias,

Departamento de Zootecnia, Programa de Doutorado Integrado em Zootecnia, Fortaleza, 2011. Área de Concentração: Forragicultura e Pastagens.

Orientação: Prof. Dr. Magno José Duarte Cândido. Coorientação: Dr. Tadeu Vinhas Voltolini.

1. Morfogênese. 2. Pastagens. I. Título.

(4)

ANA PATRÍCIA ALMEIDA BEZERRA

MORFOFISIOLOGIA DO DOSSEL E DESEMPENHO DE OVINOS

EM CAPIM-TIFTON 85

Tese submetida à Coordenação do Curso de

Pós-Graduação em Zootecnia, da

Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutora em Zootecnia.

Área de Concentração: Forragicultura e Pastagens

Orientação

Prof. D. Sc. Magno José Duarte Cândido Coorientação

D. Sc. Tadeu Vinhas Voltolini

(5)

ANA PATRÍCIA ALMEIDA BEZERRA

MORFOFISIOLOGIA DO DOSSEL E DESEMPENHO DE OVINOS

EM CAPIM-TIFTON 85

Tese defendida e aprovada pela comissão examinadora em 14 de março de 2011.

Comissão Examinadora:

___________________________________________ Prof. D.Sc. Magno José Duarte Cândido (Orientador)

Universidade Federal do Ceará Departamento de Zootecnia-DZ/UFC

___________________________________________ D.Sc. Tadeu Vinhas Voltolini (Coorientador)

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido (CPATSA)

___________________________________________ Profª. D.Sc. Maria Socorro de Souza Carneiro (Membro)

Universidade Federal do Ceará Departamento de Zootecnia-DZ/UFC

___________________________________________ Profª. D.Sc. Maria Fernanda Soares Queiroz (Membro)

Universidade Federal da Paraíba Departamento de Agropecuária-DAP/UFPB

___________________________________________ Prof. D.Sc. Claudio Mistura (Membro)

Universidade Estadual da Bahia

(6)

DADOS CURRICULARES DA AUTORA

Ana Patrícia Almeida Bezerra, filha de Maria Zenir de Almeida Bezerra e Francisco Airton Bezerra, nasceu em 29 de junho de 1975, em Quixadá - Ceará.

Em janeiro de 2000, recebeu o título de Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

Em março de 2004, recebeu o título de Mestre em Agronomia, pelo Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará - UFC.

De 2005 e 2006 trabalhou como professora nos Cursos de Agronomia e Veterinária na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA e nos Cursos de Zootecnia e Farmácia na Faculdade de Imperatriz – FACIMP.

Em março de 2007, iniciou o curso de Doutorado em Zootecnia, área de concentração em Forragicultura e Pastagens, no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará - UFC.

Realizou o experimento de campo na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido (CPATSA).

(7)

DEDICO

Aos meus pais Maria Zenir de Almeida Bezerra (in memoriam) e Francisco Airton Bezerra

Ao meu esposo e amor Leonardo Augusto Fonseca Pascoal

A minha irmã Antônia Silvana Carla Almeida Bezerra

Que sempre estiveram comigo em todas as conquistas, que me apoiaram nos momentos difíceis, que me ajudaram a perseverar em meus anseios e a vencer a distância e

saudade...

OFEREÇO

A Maria Zenir de Almeida Bezerra (in memoriam), em reconhecimento de uma vida integra e repleta de sabedoria, que me serve de exemplo e orgulho, através de suas palavras: “o único legado e o mais importante, que os pais são capazes de deixar aos

(8)

“Os teus caminhos posso não entender Senhor, mas sei que tudo é visando o meu crescer, se lutas e tribulações eu tenho que passar te peço forças para continuar.”

(9)

AGRADECIMENTOS

À Deus, acima de tudo.

À Universidade Federal de Ceará – UFC e ao Departamento de Zootecnia, pela oportunidade de realização do curso.

À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP, pela concessão da bolsa.

À Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido (CPATSA), pelo o desenvolvimento do experimento de tese.

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão de Pernambuco (IF Sertão-PE) pela viabilização do abate dos animais.

Ao professor Magno José Duarte Cândido, pela orientação, pelos ensinamentos e por ter acreditado na realização desse trabalho.

Ao pesquisador Tadeu Vinhas Voltolini por viabilizar a execução do projeto na Embrapa Semiárido, por todo empenho, coorientação, confiança, amizade e por ter me engajado na carreira científica.

À professora Maria Socorro de Souza Carneiro pela amizade e ensinamentos, durante o curso.

À pesquisadora Salete Alves de Moraes pela amizade e valiosos comentários para a elaboração desse trabalho.

À professora Maria Fernanda pela amizade e correções dos capítulos.

Ao professor Claudio Mistura, pela participação na Banca Examinadora e valiosa contribuição.

Ao meu esposo, Leonardo, pela ajuda com a análise estatística.

À coordenação do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, nas pessoas do Coordenador Arlindo de Alencar Araripe e da Secretária Francisca.

(10)

Aos Funcionários do Laboratório de Nutrição Animal da Embrapa: Benedito e Alcides, pela atenção dedicada a mim, sempre que busquei ajuda e o café da manhã (ô, riqueza!).

Aos amigos, Kaio Victor, Ernandes, Fabrícia e Rafael, pela amizade, sem essas pessoas esse experimento jamais sairia do papel.

Aos estagiários: Iranildo (Bolinha), Elida, Samires, Elane, Isabelle, Camila, Getúlio, Moara e Daniel (Osama), inestimável contribuição para a realização desse experimento.

A galera do “Bode Assado”: Greicy, Genilson, Rafael e Kaio, nossa única fonte de energia nos finais de semana.

Aos colegas de orientação: Patrícia Lima, Marieta, Suely, Roberto, Cutrim, Gregório e Liandro, nunca serão esquecidos.

Aos novos amigos, Marcílio Costa, Marquinhos, Luiz Neto, Labib, Marieta, Igor, Carol, Guilherme, Rildson, Gilson, Mirlânda, Katiane, Paty e Liandro. E a todos os colegas de Pós-Graduação pela convivência.

Em fim a todos que contribuíram para a realização deste trabalho,

(11)

SUMÁRIO

Página

LISTA DE TABELAS ... xii

LISTA DE FIGURAS ... xv

RESUMO GERAL ... xvii

ABSTRACT ... xix

Considerações Iniciais ... 2

Capítulo 1. Referencial Teórico ... 5

1. As pastagens no Brasil e o gênero Cynodon sp ... 5

2. A dinâmica de produção de forragem ... 6

2.1. Características morfogênicas ... 7

2.2. Características estruturais ... 9

3. Estratégias de manejo: período de descanso e resíduo pós-pastejo ... 12

4. Ambiente de pastoril: planta–animal ... 15

REFERÊNCIAS ... 16

Capítulo 2. Crescimento e componentes da biomassa inicial do dossel do capim-tifton 85 ... 23

RESUMO ... 23

ABSTRACT ... 24

INTRODUÇÃO ... 25

MATERIAL E MÉTODOS ... 26

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 29

CONCLUSÕES ... 37

REFERÊNCIAS ... 38

Capítulo 3. Características morfogênicas do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 42

RESUMO ... 42

ABSTRACT ... 43

(12)

MATERIAL E MÉTODOS ... 45

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 49

CONCLUSÕES ... 58

REFERÊNCIAS ... 58

Capítulo 4. Componentes da biomassa e características estruturais do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 62

RESUMO ... 62

ABSTRACT ... 63

INTRODUÇÃO ... 64

MATERIAL E MÉTODOS ... 65

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 69

CONCLUSÕES ... 81

REFERÊNCIAS ... 81

Capítulo 5. Composição química e digestibilidade in vitro da matéria seca de lâminas foliares e colmos do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 86

RESUMO ... 86

ABSTRACT ... 87

INTRODUÇÃO ... 88

MATERIAL E MÉTODOS ... 89

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 92

CONCLUSÕES ... 103

REFERÊNCIAS ... 103

Capítulo 6. Comportamento e desempenho de ovinos terminados em capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 108

RESUMO ... 108

ABSTRACT ... 109

(13)

MATERIAL E MÉTODOS ... 111

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 116

CONCLUSÕES ... 129

REFERÊNCIAS ... 130

Capítulo 7. Características da carcaça, componentes não carcaça e composição centesimal do músculo Longíssimus dorsi de ovinos terminados em capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 134

RESUMO ... 134

ABSTRACT ... 135

INTRODUÇÃO ... 136

MATERIAL E MÉTODOS ... 137

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 142

CONCLUSÕES ... 149

REFERÊNCIAS ... 150

(14)

LISTA DE TABELAS

Capítulo 2

Páginas Tabela 1. Dados climáticos observados durante o período experimental ... 26

Capítulo 3

Tabela 1. Dados climáticos observados durante o período experimental ... 45 Tabela 2. Características químicas do solo da área experimental em duas

profundidades ... 46 Tabela 3. Características morfogênicas, taxa de produção e acúmulo de forragem

em pastagem de capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 51 Tabela 4. Efeito dos ciclos de pastejo sobre as características morfogênicas em

pastagem de capim-tifton 85 sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 55 Tabela 5. Efeito dos ciclos de pastejo sobre as características morfogênicas em

pastagem de capim-tifton 85 sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 56 Tabela 6. Efeito dos ciclos de pastejo sobre as características morfogênicas em

pastagem de capim-tifton 85 sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 57

Capítulo 4

Tabela 1. Dados climáticos observados durante o período experimental ... 65 Tabela 2. Características químicas do solo da área experimental em duas

profundidades ... 66 Tabela 3. Componentes da biomassa e características estruturais do capim-tifton

85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo 70 Tabela 4. Efeito dos ciclos de pastejo sobre os componentes da biomassa e as

(15)

Tabela 5. Componentes da biomassa e características estruturais do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo 78 Tabela 6. Efeito dos ciclos de pastejo sobre os componentes da biomassa e as

características estruturais em pastagem de capim-tifton 85 sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 80

Capítulo 5

Tabela 1. Dados climáticos observados durante o período experimental ... 89 Tabela 2. Características químicas do solo da área experimental em duas

profundidades ... 90 Tabela 3. Composição química e digestibilidade in vitro da matéria seca da

lâmina foliar do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 93 Tabela 4. Efeito dos ciclos de pastejo sobre a composição química e

digestibilidade in vitro da matéria seca da fração lâmina foliar do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduo pós-pastejo ... 97 Tabela 5. Composição química e digestibilidade in vitro da matéria seca da

fração colmo do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 99 Tabela 6. Efeito dos ciclos de pastejo sobre a composição química e

digestibilidade in vitro da fração colmo do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 101 Tabela 7. Efeito dos ciclos de pastejo sobre a composição química e

digestibilidade in vitro da fração colmo do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 102

Capítulo 6

Tabela 1. Dados climáticos observados durante o período experimental ... 112 Tabela 2. Características químicas do solo da área experimental em duas

(16)

Tabela 3. Atividades contínuas e pontuais de ovinos em capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 120 Tabela 4. Taxa de bocado, número diário de bocados e massa do bocado de

ovinos em capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 121 Tabela 5. Atividades contínuas e pontuais nas 24 horas do 1º e 4º dia de pastejo

de ovinos em capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 121 Tabela 6. Taxa de bocado, número diário de bocados e massa do bocado nas 24

horas do 1º e 4º dia de pastejo de ovinos em capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 124 Tabela 7. Composição químico-bromatologica e DIVMS das amostras obtidas

através da simulação de pastejo no 1º e 4º dia de ocupação do capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo... 127 Tabela 8. Desempenho produtivo e consumo de matéria seca de ovinos em

capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 128 Tabela 9. Taxa de lotação de ovinos em capim-tifton 85 manejado sob três

períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 129 Tabela 10. Consumo de matéria seca de ovinos no 1º e 4º dia de ocupação do

capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 131

Capítulo 7

Tabela 1. Características da carcaça, espessura de gordura e área de olho de lombo de ovinos em pastagem de capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 144 Tabela 2. Pesos (kg) dos não componentes da carcaça de ovinos em capim-tifton

85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo.... 146 Tabela 3. Pesos (kg) dos cortes comerciais de ovinos em capim-tifton 85 manejado

(17)

Tabela 4. Composição centesimal do músculo longíssimus dorsi de ovinos em capim-tifton 85 manejado sob três períodos de descanso e dois resíduos pós-pastejo ... 149

LISTA DE FIGURAS

Capítulo 2

Páginas Figura 1. Analisador LAI 2000 da LI COR Biocienses ... 27 Figura 2. Evolução do índice de área foliar (IAF) e interceptação da radiação

fotosinteticamente ativa (RFA) em dossel de capim-tifton 85(Cynodon sp), em diferentes idades de rebrotação ... 30 Figura 3. Componentes da biomassa inicial (g/m²): Massa seca de forragem total

(MSFT), massa seca de forragem verde (MSFV), massa seca de lâmina verde (MSLV), massa seca de colmo verde (MSCV) e massa seca de forragem morta (MSFM) em dossel de capim-tifton 85 (Cynodon sp), em diferentes idades de rebrotação ... 31 Figura 4. Taxa de crescimento relativo (TCR) em dossel de capim-tifton 85

(Cynodon sp), em diferentes idades de rebrotação... 32 Figura 5. Taxa de assimilação liquida (TAL) em dossel de capim-tifton 85

(Cynodon sp), em diferentes idades de rebrotação... 33 Figura 6. Razão de área foliar (RAF) em dossel de capim-tifton 85 (Cynodon

sp), durante a avaliação de crescimento, em diferentes idades de rebrotação... 34 Figura 7. Taxa de acúmulo de forragem (TAF) em dossel de capim-tifton 85

(Cynodon sp), em diferentes idades de rebrotação... 35 Figura 8. Densidade populacional de perfilhos (perfilhos/m2) em em dossel de

capim-tifton 85 (Cynodon sp), em diferentes idades de rebrotação... 36 Figura 9. Número de folhas vivas/perfilh em em dossel de capim-tifton 85

(18)

Capítulo 4

Figura 1. Condição de pré-pastejo no pasto manejado sob PD de 8,5 fol/perf ... 67

Figura 2. 2º dia de pastejo ... 67

Figura 3. 3º dia de pastejo ... 67

Figura 4. Condição residual de 10 cm ... 67

Capítulo 6 Figura 1. Animais no 1º dia de pastejo ... 113

Figura 2. Animais no 4º dia de pastejo ... 113

Figura 3. Preparo da balança no centro de manejo ... 114

Figura 4. Pesagem dos animais ... 114

Figura 5. Preparo dos animais para coleta de fezes ... 115

Figura 6. Animal com bolsa coletora de fezes e arreio ... 115

Capítulo 7 Figura 1. Carcaça de ovinos acondicionadas em sacos plásticos ... 139

Figura 2. Carcaças de ovinos na câmara fria a 5ºC ... 139

Figura 3. Meia carcaça foi dividida em seis cortes comerciais: pescoço, serrote, costilhar, paleta, lombo e pernil ... 140

Figura 4. Corte longitudinal da carcaça ... 141

Figura 5. Traçado da área de olho de lombo em película transparente ... 141

Figura 6. Medição da espessura de gordura, com o paquímetro digital ... 141

(19)

RESUMO GERAL

MORFOFISIOLOGIA DO DOSSEL E DESEMPENHO DE OVINOS EM CAPIM-TIFTON 85

(20)

manejados sob os três PDs e os dois RPPs foi de pequena magnitude. Os ciclos de pastejo afetaram a composição química e a DIVMS das duas frações. Os pastos manejados sob PD de 8,5 fol/perf e resíduo de 10 cm proporcionaram maior tempo de pastejo e ruminação. O 4º dia de pastejo proporcionou maior tempo em pastejo e ruminação. O consumo de sal e água foi bastante reduzido. A maior taxa de bocados foi verificada nos pastos sob PD de 4,5 fol/perf. O 4º dia de pastejo proporcionou aumento da taxa e número de bocados e redução da massa do bocado. Os PDs correspondentes a 4,5 e 6,5 fol/perf apresentaram melhores desempenho animal. A maior capacidade de suporte, em unidades animal, observada para os pastos manejados sob PD de 8,5 fol/perf. O maior consumo de matéria seca foi verificado 1º dia de pastejo. As estratégias de manejo afetaram as características da carcaça. O PD de 8,5 fol/perf foi responsável pelo maior peso da pele. O RPP mais elevado proporcionou maior rendimento biológico. Os cortes não foram afetados pelas estratégias de manejo. Os teores de umidade e extrato etéreo foram influenciados pelo PD.

(21)

ABSTRACT

MORPHOPHYSIOLOGY OF FORAGE AND SHEEP PERFORMANCE ON TIFTON 85 GRASS

(22)

time of grazing and ruminating. The salt and water intakes were reduced. The highest bite rate was found in pastures under PD of 4,5 leaves/tiller. The 4th day of grazing provided an increase int the rate and number of bites and reduction at mass bite. PR corresponding to 4.5 and 6.5 leaves/tiller provided better performance. The higher support capacity, in animal units, was observed to pastures grazed under PD of 8.5 leaves/tiller. The higher dry matter intake was recorded at the 1st day of grazing. The management strategies affect carcass characteristics. The PD of 8.5 leaves/tiller was responsible for the greater weight of skin. The PR showed higher biological yield. The cuts were not affected by management strategies. The levels of humidity and lipids were affected by PR.

(23)

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

(24)

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A pecuária é uma das principais atividades econômicas do Brasil e se baseia quase exclusivamente no uso de pastagens nativas ou cultivadas como suprimento alimentar dos animais domésticos, principalmente, os ruminantes. Dentre os métodos de utilização das culturas forrageiras, o pastejo é o mais econômico, uma vez que a colheita da forragem é feita pelo próprio animal, reduzindo os custos com mão-de-obra. Com base nisso, conclui-se que a planta forrageira é um componente chave do sistema de produção de ruminantes a pasto no Brasil.

Os sistemas de produção no Nordeste não diferem muito dos demais sistemas de produção no restante do país, que baseiam-se principalmente em pastagens. As pastagens constituem a base do sistema produtivo sustentável e econômico de ovinos, desde que manejada racionalmente, considerando os aspectos da escolha das plantas forrageiras, incremento da fertilidade do solo, ajuste da pressão de pastejo e controle parasitário, alcançando boas produções por animal e por área, aumentando a rentabilidade do empreendimento.

A produção de forragem é um processo contínuo, regulado por variáveis do ambiente e por características da pastagem. À medida que tecidos foliares crescem nas plantas, esses estão sujeitos ao envelhecimento e à senescência, responsáveis pela redução no acúmulo de massa seca e pelas perdas quantitativas e qualitativas da forragem produzida. Portanto o sucesso na produção de forragem em pastagens depende não só da disponibilidade de água, mas de um conjunto de fatores, como a compreensão dos mecanismos morfofisiológicos e de sua interação com o ambiente, ponto fundamental para suportar tanto o crescimento quanto a manutenção da capacidade produtiva do pasto.

(25)

em última análise, no desempenho individual do animal, na capacidade de suporte da pastagem e na produtividade do ecossistema pastoril.

O conhecimento das relações ambiente-planta-animal torna-se de suma importância, uma vez que, conhecidas as variáveis determinantes da otimização do uso da pastagem, se possa criar ambientes através do manejo que não venham a limitar o animal no emprego de suas estratégias de pastejo e também não prejudiquem a sustentabilidade da pastagem. As estratégias de manejo para as plantas forrageiras tropicais têm sido aplicados com bastante sucesso na região Sudeste do Brasil, contudo, para o Semiárido brasileiro, apesar de relevantes, são escassas essas informações, que podem se constituir em importantes indicativos ao manejo das pastagens.

(26)

CAPÍTULO 1

(27)

1. As pastagens no Brasil e o gênero Cynodon

As pastagens totalizam aproximadamente ¼ da superfície terrestre (MARCELINO et al., 2006). No Brasil a área de pastagens é de 25 %, o que representa mais de 172 milhões de hectares (ANUALPEC, 2008), realçando a grande contribuição desse recurso como base alimentar da produção pecuária nacional. A produção de ruminantes baseada em pastagens e a forma mais econômica de se obter produtos de alto valor biológico a baixo custo, uma vez que o próprio animal se encarrega de selecionar e colher o próprio alimento. As pastagens assumem dois aspectos fundamentais, o primeiro é que viabilizam a competitividade brasileira, e a segunda, é o fato de possibilitarem o atendimento da grande demanda mundial por alimento produzido de forma natural, com respeito ao ambiente e aos animais (EUCLIDES, 2005).

Nas duas últimas décadas, foram introduzidas no Brasil, gramíneas tropicais melhoradas e adaptadas, bastante produtivas quando utilizadas práticas de manejo adequadas. Dentre as forrageiras utilizadas no estabelecimento de pastagens no Brasil, destacam-se as do gênero Cynodon. As gramíneas deste gênero são capazes de produzir grandes quantidades de matéria seca e elevada relação lâmina foliar/colmo, resultando em um adequado valor nutritivo. Essas forrageiras são bastante flexíveis quanto à forma de utilização nos sistemas produtivos, pois se adaptam à colheita mecânica, bem como ao pastejo; podem ser utilizadas para a produção de feno ou silagem; em condições de pastejo, podem ser manejadas em lotação contínua ou em lotação intermitente.

(28)

O Tifton 85, uma das espécies do gênero Cynodon, possui boas características de produção e elevada capacidade de crescimento, apresentando grande potencial de uso como forrageira nas condições subtropicais e tropicais. Seu dossel atinge até um 1 m de altura e é resistente a cortes freqüentes. A matéria seca produzida, em boas condições de manejo e adubação, é de boa qualidade, permitindo bom desempenho animal na produção de leite e carne (MATOS et al., 2008). Essa planta destacou-se nos Estados Unidos e posteriormente no Brasil por sua alta produção de matéria seca e teor de proteína bruta elevado (14 t/ha/ano e 15,2%) respectivamente, em experimentos de corte, Alvim et al. (1997). Fagundes (1999) ressaltou as altas taxas de acúmulo de forragem e Carnevalli et al. (2001), o valor nutritivo, digestibilidade, desempenho animal e a capacidade de suporte dessa forrageira.

2. A dinâmica de produção de forragem

A utilização de variáveis arbitrárias tais como taxa de lotação, pressão de pastejo e duração do período de descanso não podem ser consideradas como determinantes primários da produção de forragem ou do desempenho animal, uma vez que seus efeitos são mediados por características estruturais do dossel, que determinam a condição e estrutura do pasto (HODGSON, 1985). Essas variáveis tornam-se, então, parte de uma estratégia de ação, cujo objetivo é a manutenção do pasto em condições de estrutura do dossel tidas como ideais para determinado sistema de produção (HODGSON & Da SILVA, 2002).

(29)

condições do pasto com metas de manejo definidas em termos de altura do dossel (HODGSON, 1990) ou massa de forragem (MATTHEWS et al., 1999).

2.1. Características morfogênicas

A produtividade de uma gramínea decorre da contínua emissão de folhas e perfilhos, processo importante após o corte ou pastejo para restaurar a área foliar da planta e permitir a perenidade do pasto. O entendimento de características morfogênicas permite ao técnico uma visualização da curva de produção, acúmulo de forragem e uma estimativa da qualidade do pasto (GOMIDE, 1997a), e uma possibilidade de recomendação de práticas de manejo diferenciadas (GOMIDE, 1998).

Segundo Lemaire e Chapman (1996), a morfogênese pode ser definida como a dinâmica de geração e expansão da forma da planta no espaço. Embora seja geneticamente programada essa dinâmica pode ser fortemente influenciada por variáveis ambientais tais como temperatura, disponibilidade hídrica e de nutrientes. Esta pode descrita por três características principais como: taxa de aparecimento de folhas (TApF), taxa de alongamento de folhas (TAlF) e duração de vida da folha (DVF). Em algumas espécies de plantas tropicais, particularmente aquelas de crescimento ereto, existe um outro componente importante do crescimento que interfere significativamente na estrutura do pasto e nos equilíbrios dos processos de competição por luz, a taxa de alongamento de colmos (SBRISSIA & Da SILVA, 2001; CÂNDIDO (2003).

(30)

De acordo com Skinner e Nelson (1994) o aumento do filocrono (dias/folha) com a idade na fase vegetativa ocorre em razão do aumento do tempo necessário para a folha percorrer a distância entre o meristema apical e a extremidade do pseudocolmo formado pelas bainhas das folhas mais velhas, enquanto na fase reprodutiva ocorre o oposto deste fenômeno. Valores de filocronos para o capim-tifton 85, foram relatados por Pinto et al. (2001) correspondendo a 3,0 a 5,0 dias/folha, sendo menores daqueles relatados por Carnevalli e Da Silva (1999), que variaram de 3,0 a 5,8 dias/folha. Há uma relação direta da TApF com a densidade populacional de perfilhos, o que determina o potencial de perfilhamento de dado genótipo, pois cada folha formada traz na sua axila uma gema, representando potencialmente o surgimento de um novo perfilho.

A TApF é ainda, passível de ser utilizada no processo de seleção de cultivares, tornando-o mais preciso no que se refere à descrição da adaptação da planta ao meio ambiente e ao potencial de perfilhamento, fatores que estão ligados de forma direta à estabilidade das plantas na área, permitindo informações a respeito da persistência e/ ou adaptação da planta forrageira ao corte ou ao pastejo.

Das características morfogênicas, a taxa de alongamento de folhas (TAlF) apresenta a maior correlação com a produção, no caso das gramíneas do tipo C3 durante toda sua fase vegetativa (HORST et al., 1978) e durante parte desta fase, no caso das gramíneas do tipo C4 (CÂNDIDO, 2003). A TAlF se correlaciona positivamente com a massa de forragem dos pastos (HORST et al., 1978) e com o crescimento por perfilho (NELSON et al., 1977), no entanto, negativamente com o número de perfilhos por planta (JONES et al., 1979). A TAlF é uma das características mais importantes no desenvolvimento de plantas forrageiras; entretanto, maiores taxas não significam, necessariamente, maior acúmulo de biomassa, pois, nesse caso, a planta pode estar comprometendo o surgimento de novas folhas, com aumentos na taxa de senescência e, ou, incrementando o tamanho das lâminas foliares, porém diminuindo o número dessas (FARIA, 2009).

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senescência. O conhecimento da duração de vida das folhas é fundamental no manejo da pastagem, pois, de um lado indica o teto potencial de rendimento da espécie (máxima quantidade de material vivo por área) e, por outro lado, é um indicador fundamental para a determinação da intensidade de pastejo com lotação contínua ou da freqüência do pastejo em lotação rotacionada que permita manter índices de área foliar próximos da maior eficiência de intercepção e máximas taxas de crescimento.

Em plantas tropicais e subtropicais cespitosas, o alongamento das hastes assume grande importância relativa como característica morfogênica e determina as características estruturais como relação lâmina foliar/colmo (SBRISSIA & DA SILVA, 2001). O sombreamento mútuo reduz a relação vermelho/vermelho extremo (V/Ve) da luz, transmitida ao longo do dossel, sendo percebida pelo aparato de fitocromos (TAIZ & ZEIGER, 2004), desencadeando processos de mudanças na estrutura do dossel por meio de alongamento das colmos (bainhas e colmos). Esse alongamento do colmo é fato de grande relevância na produção animal nos trópicos, por ser característica marcante em forrageiras de clima tropical, tanto que Sbrissia e Da Silva (2001) e Cândido (2003) propuseram a inclusão dessa característica ao esquema de Chapman e Lemaire (1993). Cândido (2005a), avaliando o capim-mombaça sob estratégias de pastejo rotativo, observaram um aumento crescente na proporção de colmos, ocasionando uma acentuada redução na relação lâmina foliar/colmo na forragem acumulada, com o prolongamento do período de descanso.

2.2. Características estruturais

A estrutura do dossel forrageiro é definida por um conjunto de características genéticas da espécie, denominadas morfogênicas, que são condicionadas por fatores de ambiente como luz, temperatura, umidade e outros (LEMAIRE & CHAPMAN, 1996). A combinação das características morfogênicas determina as três principais características estruturais do dossel forrageiro: comprimento final da folha (CFF); Densidade populacional de perfilhos (DPP); Número de folhas vivas por perfilhos (NFV) e relação lâmina foliar/colmo.

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constante no intervalo do aparecimento de folhas sucessivas (DALE, 1982). O comprimento da folha como foi relatado a pouco é determinado pela relação taxa de alongamento/taxa de aparecimento de folhas. A taxa de aparecimento de folhas é inversamente correlacionada com o tamanho final da folha (NABINGER & PONTES, 2001).

Dessa forma, variações na TAlF e TApF por meio de práticas de manejo (intensidade de pastejo, freqüência de desfolhação, fertilização) ou flutuações climáticas podem ocasionar variações no comprimento da folha. Enquanto a TAlF está diretamente correlacionada com o comprimento da folha, folhas de menor tamanho são associadas a valores elevados de TApF (NABINGER & PONTES, 2001). Outros fatores que apresentam influência no tamanho da folha são o comprimento da bainha – que é determinado pela altura de corte ou pastejo –, o nível de inserção da folha e o tipo de perfilho. Logo, o comprimento da lâmina foliar é uma característica vegetal plástica responsiva à intensidade de desfolhação, considerada por Lemaire e Chapman (1996) como um mecanismo de escape capaz de conferir à planta graus variáveis de tolerância ao pastejo. Assim, sua mensuração e análise podem auxiliar a identificação das diferentes respostas morfofisiológicas desencadeadas pelas plantas em resposta à forma como os fatores abióticos interagem entre si.

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Os perfilhos originados das gemas axilares (perfilhos aéreos) não alongam as colmos tão rapidamente como os perfilhos que se originam das gemas situadas na coroa das touceiras (perfilhos basais). Difante et al. (2008), avaliando a dinâmica do perfilhamento do capim-marandu submetido a duas alturas (15 e 30 cm) e três intervalos de corte (aparecimento de três, quatro e cinco folhas por perfilho), verificaram que a produção de perfilhos aéreos representou proporção elevada da população total de perfilhos (34 a 56%). Entretanto, esses perfilhos são pequenos e de vida curta, surgindo em época do ano não favorável ao crescimento e, apesar de sua alta participação na população, pouco contribuem para a produção de forragem.

O número de folhas vivas por perfilho (NFV) é geneticamente determinado, sofrendo pouca influência dos fatores externos. Nabinger e Pontes (2001) afirmaram que o número de folhas vivas por perfilho é uma constante genotípica bastante estável na ausência de deficiências hídricas ou nutricionais. Binnie e Chestnutt (1994) não observaram variação no número de folhas vivas em relvados de azevém e azevém/trevo ou mesmo entre as diferentes alturas avaliadas. Lemaire e Chapman (1996) citaram que longevidade das folhas, determina a produção teto de um pasto, mais que o número de folhas vivas por perfilho. Pinto (2000) mencionou um número de folhas vivas/perfilho para o Tifton 85 de 5,4, valor inferior ao encontrado por Oliveira (1999) que foi de 9,5.

A relação lâmina foliar/colmo está diretamente relacionada com a qualidade da forragem e apresenta grande relevância, uma vez que é responsável por expressar a quantidade de matéria seca das lâminas foliares em relação à quantidade de matéria seca das colmos. Da sua diminuição, depreende-se que, do total da matéria seca de forragem produzida, houve crescimento percentual da participação da massa seca de colmo verde na massa de forragem total. Com isso, há diminuição de qualidade na massa de forragem ofertada ao animal.

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quando na rebrotação, podendo elevar, mas comprometendo a taxa de ingestão por parte dos animais em pastejo. Cândido (2003) enfatizou que a relação lâmina foliar/colmo é a principal característica ligada à estrutura do pasto no referente ao desempenho animal para gramíneas do tipo C4. Neste mesmo estudo, verificou-se redução na relação lâmina foliar/colmo em pastos de capim-mombaça, com o prolongamento do período de descanso.

3. Estratégias de manejo: período de descanso e resíduo pós-pastejo

O homem exerce maior controle do ambiente pastoril, a partir do controle da densidade e, ou, tempo de permanência na área, do tamanho, das espécies e das categorias de animais utilizadas. Fundamentalmente, isto significa manejar o grau de desfolhação das plantas forrageiras. O conhecimento da reação da comunidade de plantas à desfolhação é básico para se conceber uma estratégia de manejo que propicie a maximização da produtividade de forragem com elevado valor nutritivo e que permita o ajuste de seu crescimento às necessidades dos animais sem comprometer a perenidade da pastagem (RODRIGUES & RODRIGUES, 1987). Informações nesse sentido só podem ser geradas se características estruturais do dossel forrageiro forem controladas com o objetivo de se manter um balanço entre altos valores de eficiência de utilização e de desempenho animal.

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A correta definição do período de descanso contribui para o sucesso desse sistema de manejo. Períodos de descanso de adequada duração propiciam à restauração da área foliar, a intercepção da luz, a produção de forragem, a restauração das reservas orgânicas, mas períodos de descanso muito longos comprometem o valor nutritivo da forragem, a estrutura do dossel forrageiro, assim como o consumo de forragem e o rendimento animal na pastagem. A literatura relata diversos experimentos sobre critérios pertinentes à definição do período de descanso, como restauração das reservas orgânicas (FULKERSON & DONAGHY, 2001), área foliar (BROUGHAM, 1956), intercepção da radiação luminosa (KORTE et al.,1982; PARSONS et al., 1983), taxa média de acúmulo de massa de forragem (ROBSON,1973; PARSONS & PENNING, 1988) e, número constante de folhas vivas por perfilho (GRANT et al.,1988; FULKERSON & DONAGHY, 2001). Este último critério, fundamentado na morfogênese da forrageira, visa prevenir as perdas de biomassa por senescência e morte de folhas e perfilhos, de modo a otimizar a eficiência de utilização da forragem produzida.

O número de folhas vivas por perfilho, constante a partir do momento em que a taxa de senescência foliar iguala a taxa de aparecimento, constitui critério objetivo e prático para definição da duração do período de descanso, ou seja, o momento da introdução dos animais no piquete (FULKERSON & SLACK, 1995; GRANT et al, 1988). Para uma pastagem com um filocrono de 10 dias, os animais voltariam ao piquete, quando o número de folhas/perfilho fosse de 3,5, o corresponderia a 35 dias. A partir deste ponto o prolongamento deste período de descanso, resultaria em perdas por senescência, redução da relação lâmina foliar/colmo e do valor nutritivo.

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dos animais do piquete. A altura do resíduo pós-pastejo é um dos fatores condicionantes das taxas de rebrotação de pastagens de gramíneas forrageiras tropicais (GOMIDE et al., 1979). De acordo com Brâncio et al. (2003) o resíduo após pastejo pode estar associado à camada de folhas ou, ainda, à barreira formada por material morto e às bainhas das folhas na parte basal da planta

Carvalho et al. (2005) verificaram que as duas alturas de resíduo pós-pastejo de 100 ou 50 cm, não influenciaram as variáveis morfogênicas e produtivas do capim-elefante. A altura de resíduo influencia com maior intensidade a produção de folhas, o comprimento internodal e o número de nós por perfilho do capim-elefante que o intervalo de desfolhação (BUTT et al.,1993). Contudo, estudos mais recentes desenvolvidos em pastagens de gramíneas forrageiras tropicais de crescimento cespitoso, avaliados sob pastejo, têm revelado pouca influência da altura do resíduo sobre as variáveis morfogenéticas e estruturais da pastagem (BARBOSA et al., 2002; GARCEZ NETO et al., 2002; CASAGRANDE et al., 2003; LAMBERTUCCI et al., 2003).

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4. Ambiente de pastoril: planta–animal

A produção animal obtida em pastagens é o resultado do processo fotossintético das plantas, que utilizam a energia solar para formação de biomassa que deverá ser consumida pelo pastejo e convertida em produto animal. A desfolhação, por meio do pastejo, necessita ser controlada, pois se de um lado as plantas crescem utilizando energia solar, água e nutrientes fornecidos pelo solo, de outro lado o animal influencia o seu crescimento pelo pastejo seletivo, além do pisoteio e das dejeções.

O animal exerce influência sobre a produção de forragem, principalmente devido à remoção de material fotossinteticamente ativo e por alterar a interceptação luminosa do dossel forrageiro, uma vez que pelo pastejo ocorre a desfolhação que condiciona as respostas fisiológicas e morfológicas por parte da planta, as quais resultam em alteração de sua forma e função, ou seja, a estrutura do dossel forrageiro (SBRISSIA & Da SILVA, 2001). E ao mesmo tempo a estrutura do dossel forrageiro é fundamental tanto para desempenho animal como de plantas (MAXWELL & TREACHER, 1987). A definição de estratégias de manejo do pastejo devem ser baseadas no controle e manipulação de características específicas do pasto num estado de equilíbrio dinâmico (HODGSON, 1985).

A estrutura do dossel é determinante do valor nutritivo da forragem ofertada e consumida pelos animais. A qualidade de uma planta forrageira é definida como sendo sua capacidade em gerar desempenho animal, compreendendo, portanto sua composição química, digestibilidade, consumo voluntário e interação de fatores hereditários e do ambiente (MOTT, 1970; MOORE, 1994). Em ecossistemas de pastoris o valor nutritivo da forragem está consistentemente associado à maturidade da planta forrageira. Quando períodos de descanso muito prolongados são utilizados, ocorrem tanto modificações nas proporções dos componentes da planta (incremento na proporção de colmos e material morto e redução na proporção de lâminas foliares) quanto modificações (redução) na digestibilidade desses componentes (TERRY & TILLEY, 1964).

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STOBBS, 1976), ou aumento no tempo de pastejo (CHACON & STOBBS, 1976), o consumo será afetado pela redução na taxa de bocado (FORBES & HODGSON, 1985).

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TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3ª Edição – Porto Alegre: Artmed, p. 719; 2004.

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CAPÍTULO 2

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Crescimento e componentes da biomassa inicial do dossel do

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Crescimento e componentes da biomassa inicial do dossel do capim-tifton 85

RESUMO: A avaliação de crescimento foi conduzida numa área de 0,82 ha, após o corte de uniformização. Avaliaram-se os índices de crescimento, componentes da biomassa inicial e as características estruturais do capim-tifton 85 (Cynodon sp) em sete idades de rebrotação (0; 5; 10; 15; 20; 25 e 30 dias). Os dados foram ajustados às equações que melhor estimassem as variáveis avaliadas, e apresentados de modo descritivo, através de curvas em função da idade de rebrotação da gramínea. Os gráficos foram plotados através do programa computacional Excel. O índice de área foliar (IAF) e a interceptação da radiação fotossinteticamente ativa aumentaram com o avanço da idade de rebrotação. A massa seca de forragem total (MSFT) elevou-se ao longo da idade de rebrotação, fato também observado para a massa seca de forragem verde (MSFV). O aumento da massa seca de forragem morta (MSFM), ao longo da avaliação de rebrotação não foi suficiente para comprometer o aumento da (MSFV). O aumento da massa seca de colmo verde (MSCV) pode estar relacionado com o aumento do IAF ao longo da avaliação e ter sido o responsável na redução da massa seca de lâmina verde (MSLV). Foram observadas reduções nos valores de taxa de crescimento relativo (TCR), assimilação liquida (TAL) e razão de área foliar (RAF) com o avanço da idade de rebrotação. A taxa de acúmulo de forragem (TAF) aumento ao longo da avaliação. Foram verificadas reduções na densidade populacional de perfilhos e no número de folhas vivas ao longo do período de avaliação.

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Growth and components of the initial biomass of the canopy of tifton 85 grass

ABSTRACT: The growth evaluation was lead in an area of 0,82 ha, after the uniformização cut. The indices of growth, the structural components of the initial biomass and characteristics of tifton 85 grass (Cynodon sp) in seven ages of regrowth had been evaluated (0; 5; 10; 15; 20; 25 and 30 days). The data had been adjusted to the equations that better esteem the 0 variable evaluated, and presented in descriptive way, through curves in function of the age of regrowth of the grassy one. The graphs had been located through the computational program Excel. The leaf area index (IAF) and the interception of the fotossinteticamente active radiation had increased with the advance of the age of regrowth. The dry mass of total fodder plant (MSFT) was raised throughout the age of regrowth, fact also observed for the dry mass of green fodder plant (MSFV). The increase of the dry mass of fodder plant deceased (MSFM), throughout the regrowth evaluation was not enough to compromise the increase of (MSFV). The increase of green the dry mass of stem (MSCV) can be related with the increase of the IAF throughout the evaluation and to have been the responsible one in the reduction of the dry mass of green blade (MSLV). Reductions in the values of rate of relative growth had been observed (TCR), net assimilation rate (TAL) and leaf area ratio (RAF) with the advance of the age of regrowth. The rate of accumulation forage (TAF) increase throughout the evaluation. Reductions in the population density of tiller and the number of alive leaves alive had been verified throughout the period of evaluation.

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INTRODUÇÃO

O crescimento das plantas segue uma curva sigmóide, com uma fase inicial lenta, seguida de uma de rápido crescimento ou fase logarítmica, e, posteriormente, outra em que o crescimento é lento ou ausente. Finalmente, a curva toma a direção decrescente, coincidindo com a senescência das plantas. O fundamento da análise de crescimento é a medida seqüencial da acumulação de matéria orgânica e sua determinação é realizada por meio da avaliação do acúmulo de massa seca da planta e do crescimento da área de folhas (SANTOS JR. et al., 2004). Permite obter informações dos efeitos do ambiente sobre as diferenças entre espécies (ANDRADE et al., 2004), avaliando o crescimento final da planta como um todo e a contribuição dos diferentes órgãos no crescimento total. A partir dos dados de crescimento pode-se inferir atividade fisiológica, isto é, estimar-se, de forma bastante precisa, as causas de variações de crescimento entre plantas geneticamente diferentes ou entre plantas crescendo em ambientes diferentes.

A avaliação do crescimento constitui uma parte da fisiologia vegetal em que se faz uso de fórmulas e modelos matemáticos para avaliar índices de crescimento das plantas, sendo muitos deles relacionados com a atividade fotossintética (BENINCASA, 2004). Como o crescimento é avaliado por meio de variações de tamanho de algum aspecto da planta, geralmente morfológico, em função do acúmulo de material resultante da fotossíntese líquida, esta passa a ser o aspecto fisiológico de maior importância para a avaliação de crescimento.

Segundo Radford (1967), as principais características de crescimento são as seguintes: taxa de crescimento da cultura; taxa de crescimento relativo; taxa assimilatória líquida; razão de área foliar, que se decompõe em área foliar específica e razão de peso foliar; índice de área foliar e duração da área foliar.

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MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi desenvolvida no Setor de Produção de Ovinos do Campo Experimental de Bebedouro, pertencente à Embrapa Semiárido, localizado no Município de Petrolina-Pernambuco. O período de avaliação teve início em agosto e se estendeu até de setembro do ano de 2008. O clima da região é classificado como quente e seco, sendo caracterizada por duas estações bem definidas, uma chuvosa, de janeiro a maio, e outra seca, de junho a dezembro. Os dados sobre as condições de temperaturas máxima e mínima do ar e precipitação pluvial durante o período de avaliação foram obtidos da Estação Agrometeorologia de Bebedouro, Petrolina-Pernambuco e são apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Dados climáticos observados durante o período experimental

Mês Precipitação (mm) Temperatura (ºC)

Máxima Mínima Média

agosto 1,2 31,5 19,5 24,9

setembro 0,0 34,4 20,7 26,7

Dados obtidos da Estação Agrometeorologia do Campo Experimental de Bebedouro, Embrapa Semiárido, Petrolina-Pernambuco.

A avaliação de crescimento foi conduzida na área de 0,82 ha, em pastagem cultivada de capim-tifton 85 (Cynodon sp), no crescimento em rebrotação após o corte de uniformização de 5 cm, sem influência de nenhuma estratégia de manejo. Foram sorteados três pontos para cada data de avaliação, a intervalos de cinco dias. Portanto, foram demarcados 21 pontos {[(30 dias de crescimento  5 dias de intervalo)+1] x 3 pontos por data de avaliação}.

As avaliações foram realizadas nas seguintes idades de rebrotação após o corte de uniformização (0; 5; 10; 15; 20; 25 e 30 dias). Em cada uma destas datas, foram realizadas as seguintes avaliações:

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Figura 1. Analisador LAI 2000 da LI-COR Biocienses.

b) Coleta da massa de forragem em cada um dos pontos, utilizando-se uma moldura em formato quadrado de 0,25 m², padronizando-se o corte a 5 cm do solo. Tais amostras foram levadas ao laboratório, sendo então separado o material vivo do material morto e em seguida as lâminas foliares dos colmos do material vivo, os quais foram secos em estufa de ventilação forçada a 55º C e pesados, para a quantificação dos componentes da biomassa: massas secas de forragem total (MSFT), de forragem verde (MSFV), de forragem morta (MSFM), de lâmina foliar verde (MSLV), de colmo verde (MSCV), além das relações material vivo/material morto e relação lâmina foliar/haste.

c) Determinação dos índices de crescimento, tomando-se os dados de MSFV e área foliar (AF), onde foram ajustados modelos polinomiais de segundo grau em função da idade do dossel, ao tempo das amostragens. Em seguida, a partir da derivada primeira do modelo quadrático da MSFV em função da idade, foram estimados os valores instantâneos para a taxa de crescimento relativo (TCR) e taxa de assimilação líquida (TAL), conforme Radford (1967), pelas fórmulas:

TCR = (1/W) x (dW/dt) TAL = (1/AF) x (dW/dt) onde,

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AF = valor instantâneo da área foliar estimado a partir da respectiva equação quadrática (m2fol/m2);

dW/dt = equação derivada primeira da respectiva equação quadrática da massa seca de forragem verde em função do tempo de rebrotação (g/m2 x dia).

O valor instantâneo da razão de área foliar (RAF) foi obtido pelo quociente entre os valores estimados de AF e MSFV para cada idade. De posse das estimativas de TCR, TAL e RAF, foram elaborados gráficos ligando-se os pontos obtidos para cada estimativa.

d) Acompanhamento da morfogênese do capim-tifton 85, registrando-se o aparecimento, comprimento de segmentos verde e/ou senescente de lâminas foliares, conforme Davies (1993) e o de alongamento das hastes, a fim de se estimar as respectivas taxas. Em cada um dos pontos anteriormente marcados, foram escolhidos ao acaso 5 perfilhos, identificados com anéis coloridos de fio telefônico, aos quais foram atadas fitas coloridas da mesma cor para facilitar a localização. Nos referidos perfilhos, registrou-se a cada cinco dias o comprimento total e também da porção verde de todas as lâminas foliares que não estivessem completamente mortas a partir da lígula da própria folha - quando já expandida, ou da lígula da folha mais recentemente expandida - em se tratando de folha emergente. O comprimento da porção senescente foi obtido pela diferença entre o comprimento total da lâmina foliar e da sua porção ainda verde. Estimou-se, ainda, o alongamento dos colmos, como a diferença de altura da lígula mais distante da base do colmo por ocasião da primeira e última leitura, durante o período de descanso.

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(TAlF) e senescência (TSF) de lâmina foliar, da taxa de alongamento das hastes (TAlH) e da densidade de perfilhos (DPP), conforme a equação:

TAF = {[(TAlF x α1) - (TSF x α2)] + (TAlH x β)} x DPP onde,

TAF = taxa de acúmulo de forragem durante o período de rebrotação (kg MS/ha); TAlF = taxa de alongamento de lâmina foliar (cm/dia x perfilho);

α1 = índice de peso por unidade de comprimento para lâmina foliar emergente (g/cm); TSF = taxa de senescência de lâmina foliar (cm/dia x perfilho);

α2 = índice de peso por unidade de comprimento para lâmina foliar adulta (g/cm); TAlH = taxa de alongamento da haste (cm/dia x perfilho);

β = índice de peso por unidade de comprimento para colmo (g/cm);

DPP = densidade populacional de perfilhos no período de rebrotação (perfilhos/ha). e) Algumas medidas estruturais do pasto também foram tomadas a cada idade de rebrotação, tais como: densidade populacional de perfilhos, contando-se o número de perfilhos vivos presentes na moldura de 0,5 x 0,5 m, antes de ser realizado o corte da biomassa.

Os dados foram ajustados às equações que melhor estimassem as variáveis avaliadas, e apresentados de modo descritivo, através de curvas de em função da idade de rebrotação da gramínea. Os gráficos foram plotados através do programa computacional Excel.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Imagem

Figura 2. Evolução do índice de área foliar (IAF) e interceptação da radiação fotosinteticamente  ativa  (RFA)  em  dossel  de  capim-tifton  85 (Cynodon  sp) ,  em  diferentes  idades  de  rebrotação
Figura  3.  Componentes  da  biomassa  inicial  (g/m²):  Massa  seca  de  forragem  total  (MSFT),  massa seca de forragem verde (MSFV), massa seca de lâmina verde (MSLV), massa  seca de colmo verde (MSCV) e massa seca de forragem morta (MSFM) em dossel  d
Figura 4. Taxa de crescimento relativo (TCR) em dossel de capim-tifton 85 (Cynodon sp), em  diferentes idades de rebrotação
Figura 5. Taxa de assimilação liquida (TAL) em dossel de capim-tifton 85 (Cynodon sp), em  diferentes idades de rebrotação
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