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Título do trabalho: DEPRESSÃO EM MULHERES NA METANÓIA COMO CAMINHO PARA INDIVIDUAÇÃO

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Academic year: 2021

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Título do trabalho: DEPRESSÃO EM MULHERES NA METANÓIA COMO CAMINHO PARA INDIVIDUAÇÃO

Autores : Ivone Farias e Eugenia Cordeiro Curvelo RESUMO

O estudo deste trabalho é sobre depressão em mulheres na meia idade, em um país que esta envelhecendo e onde há um investimento nas personas jovens. Os sintomas psicológicos apresentados pela mulher de meia idade, após a menopausa podem trazer sérias consequências para sua saúde, hoje há uma maior necessidade de um olhar mais cuidadoso uma atenção especial para o envelhecimento, visto que a expectativa de vida esta aumentando, para que possam ter uma qualidade de vida melhor com uma boa saúde mental e física, uma condição de vida melhor para que possam viver com decência.

Objetivo

O objetivo deste trabalho é propor uma nova alternativa de tratamento por meio da Psicologia Analítica, pelo processo de individuação.

Justificativa

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografias e Estatística (IBGE, 2012). Em dez anos o número de idosos com 60 anos ou mais passou de 15,5 milhões (2001) para 23,5 milhões (2011). Com estas informações as pessoas estão vivendo mais e, portanto é preciso ter um planejamento para a velhice, proporcionando aos idosos, saúde com qualidade, hábitos alimentares mais saudável, atividades físicas, para que possam viver com melhor qualidade de vida, podendo ser evitado assim um aumento do quadro de depressão.

Desenvolvimento do tema

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também a angustia e pensamentos de morte. Neste momento percebe-se o verdadeiro “EU” em confronto com a “SOMBRA”.

A depressão pertence ao grupo de doenças do nosso tempo segundo OMS (Organização Mundial da Saúde, em Genebra), ela esta entre as três doenças que agrava cada vez mais a qualidade de vida das pessoas (NIEVAS, 2006).

É difícil de se reconhecer a depressão, pois pode ser confundida com uma tristeza passageira, que em geral duram alguns dias, o depressivo tem distúrbio de humor e uma aceleração de suas ações físicas e psíquicas, podendo sentir-se inútil, incapaz e nos piores ter vontade de suicidar (PAULO, 2005).

Em uma tomografia ou raios-X, nos exames de líquor ou de fezes a depressão não aparece. Revela-se através de um conjunto de sintomas diversos, tanto físicos como psicológicos e exigem uma interpretação, não é identificada de modo mensurável (ABREU, 2003).

Quando uma pessoa tenta ver sua própria sombra ela fica consciente das tendências e impulsos que nega existirem em si mesmas, mas que consegue perfeitamente ver em outras pessoas, coisas como o egoísmo, a preguiça mental, a negligência, as fantasias irreais, as intrigas e as tramas, a covardia, o amor excessivo ao dinheiro e aos bens, em resumo todos aqueles pequenos pecados que já terá confessado dizendo “Não tem importância; ninguém vai perceber; de qualquer modo as pessoas são assim” ( FRANZ, 2008).

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Metanóia fase de transição entre a meia idade e a velhice. Nesta fase o rosto e o corpo jovem sofrem mudanças, as antigas máscaras da persona não são satisfatórias para esta importante jornada interior iniciada na meia idade (SCHWARZ, 2013).

A chegada da meia idade é um período de muitos questionamentos e ressignificações, período de trevas e luz. Mas como envelhecer em uma sociedade que privilegia de forma acentuada os valores da juventude? Um dia chega-se a meia idade, normalmente com estranheza ou até constrangimento. Portanto, cabe-nos a inserção da passagem do tempo e saber saborear cada estação da vida, pois todas têm suas riquezas e suas privações. Talvez o maior perigo seja nos iludirmos com as máscaras de juventude e negarmos a beleza de sermos eternos aprendizes do viver (MONTEIRO, 2008).

Do adulto para o envelhecer, passamos lentamente pela fase da vida muito bem desenhada por Nietzsche como o “ocaso do sol”, mencionada por Jung como “entardecer da vida”. “Essa ideia não tem nada a ver com algo parecido com a perda da energia ou vitalidade”. Ela quer trazer à luz que passamos da extroversão para introversão, da remissão às exterioridades, aos apelos cada vez mais prementes da interioridade, a que Jung se refere de vários modos, entre eles, a “a voz do íntimo”. No envelhecer estamos diante das mais radicais experiências. Nossa existência depara com a totalidade de nosso ser, quando as convenções, organogramas e formulas de nossa vida não mais são suficientes para fazer todo o sentido. Cada vez mais o exterior torna-se mais relativo e o interior remete a voz do íntimo

(VERÍSSIMO, 2008).

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preparamos para o retorno ao lar, nessa visão processual e de individuação (CREMA, 2008).

A meta da individuação não é outra senão a de despojar o Si-mesmo dos invólucros falsos da persona, assim como o poder sugestivo das imagens primordiais. Do que foi dito despreende-se claramente o significado psicológico da persona. Entretanto quando se volta para outro lado, isto é para as influências do inconsciente coletivo, encontramo-nos num obscuro mundo interior muito mais difícil que a psicologia da persona (JUNG, 2011).

O processo de individuação não é um movimento linear e sim circunvolução que condiz a um centro psíquico. Que Jung denominou centro Self (Si-mesmo). Quando consciente e inconsciente vem ordenar-se em torno do Self, a personalidade se completa. O Self será o centro da personalidade total, como o ego é o centro do campo do consciente. Aquele que busca individuar-se, não tem a pretensão de tornar-se perfeito, ele visa a completar-se (SILVEIRA, 1997).

O verdadeiro processo de individuação, isto é de harmonização consciente com o nosso próprio centro interior (núcleo psíquico) ou Self, em geral começa infligindo uma lesão à personalidade, acompanhada do consequente sofrimento. Esse choque inicial é uma espécie de “apelo”, apesar de nem sempre ser reconhecido como tal. Ao contrário o ego sente-se tolhido nas suas vontades ou desejos e geralmente projeta essa frustração sobre qualquer objeto exterior ( FRANZ, 2008).

A individuação retira a pessoa da conformidade pessoal e, com isso da coletividade. Esta é a culpa que o individualizado deixa para o mundo e que precisa tentar resgatar. Só na medida em que alguém produz valores objetivos pode ele individualizar-se. Todo passo para a individuação gera nova culpa que precisa de nova expiação. A individuação é exclusivamente adaptação interna e por isso um processo “místico”. A expiação é adaptação ao mundo externo (JUNG, 2011).

Discussão

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curando, é preciso olhar além do ser humano, para poder ir de encontro as suas necessidades e obter um resultado satisfatório, para tanto se faz necessário um acompanhamento psicológico, para a obtenção de um bom resultado.

Conclusão

Nascemos com todos os meios para conquistar a nossa felicidade e quando não conseguimos adoecemos, mas se ao invés de nos revoltarmos usarmos a doença como caminho para que seja transmutada, poderemos sair com a nossa alma mais enriquecida, com a certeza que poderemos sair do problema com mais sabedoria e Jung nos mostra que pelo processo da Individuação isto torna-se possível.

Referências Bibliográficas

ABREU, Maria Célia de. Depressão & Maturidade. Brasília: Plano Editora Ltda.,2003.

CHOPRA, Deepak, (Ed.) O Efeito Sombra- Encontre o Poder Escondido na sua Verdade. 4. ed. (Tradução: Alice Klesck), São Paulo: Lua de Papel, 2010. p. 108-188.

CREMA, Roberto, Saber chegar, saber passar, saber partir. In: MONTEIRO, Dulcinéia da Mata Ribeiro, (Org.) Metanóia e Meia Idade – Treva e Luz. São Paulo: Paulus, 2008.p. 29-34.

FRANZ, Marie Louise von, Processo de Individuação. In: JUNG, Carl Gustav, (Org.) O Homem e seus Símbolos. 2. ed. especial,(Tradução: Maria Lúcia Pinho),Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. p.207-216.

JUNG, Carl Gustav. O eu e o inconsciente. 23. ed., (Tradução: Dora Ferreira da Silva),Petrópolis: Vozes, 2011.

MONTEIRO, Dulcinéia da Mata Ribeiro, Metanóia e Meia Idade -Treva e Luz. São Paulo: Paulus, 2008.

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PAULO, Maria Salete Lopes Legname de. Depressão e Psicodiagnóstico Interventivo, 1. ed. São Paulo: Vetor, 2005.

SCHWARZ, Lidia Rodrigues. Envelhecer- A Busca do Sentido da Vida na terceira idade, 2008. Tese(Doutorado em Psicologia). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em:

www.teses.usp.br/teses/disponíveis/47/47133/tde.../Schwarz_do1.pdf. Acesso em: 03 nov. 2012.

SILVEIRA, Nise da. Vida e Obra de Jung. 16. ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

Referências

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