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REVISTA ARGUMENTOS. Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

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RESERVA DE VAGAS PARA AFRO-DESCENDENTES NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES: UMA ANÁLISE PRELIMINAR

Maria Railma Alves1 Alessandra de Melo Franco Amorim2

Introdução

O Sistema de Reserva de Vagas na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) foi estabelecido com base na Lei Estadual nº 15.259, de 27/07/2004, bem como pelo inciso X do artigo 7º do Decreto Estadual nº 43.586, de 15/09/2003 e instituído em 28 de Setembro de 2004, através da Resolução nº 104, regulamentada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) da universidade, sendo que a sua efetiva aplicabilidade ocorreu a partir do ano de 2005, persistindo até a atualidade.

A referida orientação, adotada pela UNIMONTES, instituiu um percentual, por categorias, no Processo Seletivo, reservando 45% do total das vagas existentes para o acesso ao ensino superior. Entre as vagas reservadas, ficou instituído que 20% são destinadas aos candidatos afro-descendentes (carentes), 20%

aos alunos egressos de escolas públicas (carentes) e 5% aos portadores de deficiência e indígenas.

Os critérios utilizados, para selecionar os beneficiários ao Sistema de Reservas de Vagas para a modalidade afro-descendentes, são: a) auto-declaração, sendo considerado afro-descendente aquele que assim se declarar; b) se encontrar na condição de carência financeira, ou seja, possuir renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo, além de participar de Programa Socioeconômico, realizado pela Comissão Técnica de Concursos (COTEC). (UNIMONTES-COTEC, 2008).

O principal objetivo deste trabalho está em avaliar a situação dos afro-descendentes no âmbito da UNIMONTES e, também, conhecer a opinião dos sujeitos acerca do Sistema de Reserva de Vagas e suas percepções no decorrer do curso. Tal propósito foi efetuado a partir da realização de um levantamento que se organizou em duas vertentes: uma vertente quantitativa e outra qualitativa.

O artigo foi divido em dois momentos. No primeiro faz-se uma referência as Ações Afirmativas, a Lei nº 10639/2003 e a Lei n° 12.288, de 20 de julho de 2010 que institui o Estatuto da Igualdade Racial. No segundo momento apresentamos alguns dados quantitativos e qualitativos sobre o Sistema de Reserva

1 Mestre em Educação pela UFMG e Profa. do Departamento de Ciências Sociais e da Universidade Aberta do Bra- sil 2 Mestre em Política Social pela Universidade Federal Fluminense.

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de Vagas para Afro-descendentes na UNIMONTES. Nas considerações finais reafirmamos a importância da Lei apesar da ausência de um debate permanente sobre seus efeitos e de programas de apoio aos universitários afro-descendentes no âmbito da Universidade.

Ações Afirmativas, a Lei 10630 – 2003 e a Lei nº 12.288 de 2010: Possibilidades e Estratégias no enfrentamento das desigualdades sociais e raciais

A Lei Áurea (1888) não alterou o cenário de discriminação e racismo no Brasil, ao contrário, gerou formas precárias e desiguais de tratamento, uma vez que, a partir da libertação do negro o estado não adotou medidas de inclusão desta população. Assim, o acesso ao trabalho, a educação, a moradia, a saúde não se concretizaram após a libertação.

Todavia, a questão ligada à população negra brasileira vem ganhando notoriedade ao longo da história.

A III Conferência Mundial Contra o Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Conexas, no ano de 2001, em Durban, na África do Sul, é um dos exemplos que podemos citar. A partir da Conferência e da ampla repercussão na mídia, às pressões do movimento negro e de alguns intelectuais, a questão racial tornou- se tema de intensos debates.

Um dos aspectos fundamentais no combate a descriminação racial é a existência de mecanismos legais.

Nesse sentido, a Constituição de 1988 aponta para a criminalização do racismo.

Assim, a Constituição de 1988, avança ao tornar o racismo um crime. No art.

?????????XXXXXXXXX

Na mesma direção, a Lei n.10639/2003, resultado da luta do Movimento Negro no Brasil, altera a Lei n. 9394/96 tornando obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares; devendo esse ensino abranger todo o currículo escolar, especialmente as áreas de Educação Artística, Literatura e História. Em função da inclusão da temática indígena a Lei n.10639/2003 foi recentemente alterada pela Lei n.11.645/2008. Segundo Malachias (2008, p.58) a Lei 10639/03 consiste em importante política pública educacional sendo considerada uma “política pública afirmativa e reparatória”.

Em meio à efervescência de ideais, ao reconhecimento da dívida histórica e à busca pela efetivação dos direitos, iniciou-se o debate sobre a possibilidade de se instituir, no Brasil, políticas de ações afirmativas, através da redistribuição das oportunidades de acesso a educação, ao trabalho, à saúde, etc.

Nessa direção, é importante destacar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, em que a escola tem importante papel a cumprir:

Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, empreender a re- educação das relações étnico-raciais não são tarefas exclusivas da escola. As formas de

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as desigualdades e discriminações correntes na sociedade perpassam por ali. Para que as instituições de ensino desempenhem a contento o papel de educar, é necessário que se constituam em espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visam a uma sociedade justa. (BRASIL, MEC, 2004, p.14).

Outra conquista é a Lei n° 12.288, de 20 de julho de 2010 que institui o Estatuto da Igualdade Racial;

alterando as Leis n° 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003. A importância do Estatuto da Igualdade Racial pode ser destacada a partir do seguinte ponto:

Art. 1º - Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.

(BRASIL, 2010).

Assim, os direitos fundamentais como o direito à saúde, à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer foram aspectos garantidos no Estatuto. Outros avanços garantidos foram: o direito à liberdade de consciência e de crença ao livre exercício dos cultos religiosos, o acesso à terra e à moradia adequada, ao trabalho, aos meios de comunicação.

Nessa perspectiva, o Estatuto da Igualdade Racial é um mecanismo fundamental no combate a discriminação racial e na busca da garantia de ações ou políticas afirmativas para a população negra do Brasil

Dessa maneira, a Ação Afirmativa é um tema que vem sendo discutido com grande intensidade no seio da sociedade Brasileira. Sobre este assunto é de grande importância ressaltar a abordagem utilizada no RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (PNUD, 2005, p.15):

As políticas de ação afirmativa justificam-se no Brasil porque as diferenças raciais persistem ao longo das décadas (...) Em vários casos, mesmo quando negros e brancos melhoram em algum indicador, os brancos melhoram mais e as desigualdades entre ambos persistem ou aumentam.

O PNUD (2005) ressalta que existem três tipos principais de ação afirmativa que atualmente têm sido implementados no Brasil: “bolsas de estudos para preparação ao ingresso de concursos públicos, cursos pré-vestibulares exclusivos para estudantes negros e indígenas e cotas para ingresso no serviço público e em universidades”. (PNUD, 2005, p.15-16). E segundo essas análises, é apontado que:

Essas três formas não são excludentes e devem ser vistas de modo complementar, uma contribuindo para a eficácia da outra. Mas é preciso ir além (...) corrigir a desigualdade dos investimentos sociais, para atingir a igualdade de oportunidades; reconhecer o direito a terra e modos de subsistência, o caso dos quilombolas, sobretudo; e agir afirmativamente em favor dos grupos prejudicados. É Fundamental que sejam elaboradas e implementadas políticas públicas envolvendo Estado e sociedade. (PNUD, 2005, p.15-16).

Diante do exposto, ressalta-se que o debate sobre Políticas Afirmativas no Brasil vem propiciando um

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maior questionamento da história das minorias discriminadas. Nesse sentido, Bernadino (2004, p.35) afirma que as políticas de ação afirmativa “constituem-se numa demanda para que todo cidadão negro seja reconhecido na sua condição de igualdade universal, e por isso tenha acesso aos bens econômicos, políticos e acadêmicos da sociedade brasileira.”

O SISTEMA DE RESERVA DE VAGAS PARA

AFRO-DESCENDENTES NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES

O Sistema de Reserva de Vagas, na UNIMONTES, é bastante criticado, por ter sido considerada uma imposição vertical, ou seja, a medida foi adotada, mas na prática sem a instauração de mecanismos democráticos de consulta à comunidade acadêmica ou de qualquer outra estratégia acerca da sua importância ou mesmo dos dispositivos que a regulamentam.

Diante do exposto é que procuramos tecer alguns comentários acerca dos dados coletados entre os períodos de 2005 a 2009 junto a COTEC - UNIMONTES.

A amostra da análise foi realizada através da divisão do universo de acadêmicos em quatro setores, selecionados de acordo com o Centro de Ensino ao qual pertenciam. Dessa forma, o Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), Centro de Ciências Humanas (CCH), Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET) e Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) formam o universo que apresentamos a seguir. Nessa direção, ressaltamos a importância da análise dos dados distribuídos nos gráficos e tabelas que se seguem.

TAbELA 1- Quantidade de Vagas Ofertadas por Categoria e Processo Seletivo

PROCESSOS

SELETIVOS AFRO

–DESCENDENTES UNIVERSAL TOTAL DE VAGAS OFERECIDAS

% % %

2005 300 19,9% 803 53,2% 1508 100%

2006 413 26,1% 692 43,7% 1583 100%

2007 382 25,8% 646 43,6% 1480 100%

TOTAL 1095 23,9% 2141 46,8% 4571 100%

Fonte: Coleta Direta/ UNIMONTES/2009

Destacamos na Tabela 1, que de um total de 4.571 vagas, ofertadas nos três anos (2005, 2006 e 2007) analisados, 23,9% foram destinadas aos afro-descendentes, 46,8% destinadas ao sistema universal e as demais 30,7% foram distribuídas entre os candidatos: egressos de escola pública, indígenas e portadores de deficiência.

O Gráfico n.1, que disponibiliza uma amostragem por ano, o destaque é o ano de 2006 em que houve um maior número de vagas disponibilizadas aos afro-descendentes, totalizando 26,1% das vagas ofertadas e em 2005 com um percentual menor, ou seja, 19,9%.

GRÁFICO 1- Número Total de Ingressos Afro - descendentes por Ano

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Fonte: Coleta Direta/COTEC (2006/2007)

Considerando os dados apresentados, chamamos a atenção que em 2005 foram ofertadas 300 vagas para os afro-descendentes, sendo preenchidas 241. Em 2006 das 413 vagas, foram preenchidas somente 310 e em 2007 das 382, foram ocupadas 305. O que nos leva a pensar sobre a necessidade da Universidade adotar estratégias mais amplas para divulgação dos critérios para o acesso a partir de tal modalidade.

A Tabela n. 2 representa a quantidade de vagas x curso, destinadas aos candidatos afro-descendentes, cujo critério estabelecido foi o levantamento de dados de dois cursos de cada um dos quatro Centros de Ensino da UNIMONTES, sendo, um curso de maior concorrência e o outro de menor concorrência.

TAbELA 2 - Quantidade de Vagas Ofertadas para Afro-Descendentes por Curso e por Ano

CURSO 2005 2006 2007 TOTAL

DIREITO 4 6 6 16

CIÊNCIAS SOCIAIS 5 7 7 19

HISTÓRIA 5 7 7 19

ARTES (TEATRO) 7 4 4 15

SISTEMAS

INFORMAÇÃO 4 6 6 16

MATEMÁTICA 5 7 7 19

bIOLOGIA

(LICENCIATURA) 5 7 7 19

MEDICINA 4 6 6 16

TOTAL 39 50 50 139

Fonte: Coleta Direta/ COTEC/ UNIMONTES/2009

Ao analisarmos os cursos selecionados em nossa amostra, nos períodos considerados, foram disponibilizadas 139 vagas para os candidatos afro-descendentes, dentre as quais: 39 foram ofertadas em 2005, 50 em 2006 e 50 em 2007. Entretanto, verificamos na Tabela 4 que nem todas as vagas ofertadas foram preenchidas pelos afro-descendentes. Assim, das 139 vagas ofertadas, apenas 123 foram preenchidas, ficando um residual de 16 vagas.

TAbELA 4 - Quantidade de Aprovados pelos Afro-descendentes, por Curso e por Ano

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CURSO 2005 2006 2007 TOTAL

DIREITO 4 6 6 16

CIÊNCIAS SOCIAIS 5 7 7 19

HISTÓRIA 5 7 7 19

ARTES (TEATRO) 5 2 4 11

SISTEMAS

INFORMAÇÃO 4 3 6 13

MATEMÁTICA 3 5 3 11

bIOLOGIA

(LICENCIATURA) 5 7 6 18

MEDICINA 4 6 6 16

TOTAL 35 43 45 123

Fonte: Coleta Direta COTEC/ UNIMONTES/2009

Dos cursos analisados, quatro deles não tiveram suas vagas totalmente preenchidas pelos afro- descendentes: Artes (teatro), Sistemas de Informação, Matemática e Biologia (licenciatura), sendo o curso de Matemática o maior responsável por essa defasagem, seguido pelo curso de Artes (teatro).

Em relação à porcentagem de candidatos que se inscreveram no Processo Seletivo (1/2005), percebemos enormes discrepâncias entre o quantitativo de candidatos inscritos para a categoria afro-descendente e o quantitativo de inscritos para o sistema universal. Discrepância, essa que parece configurar-se como unânime em todos os cursos e, principalmente, nos cursos de Medicina e Direito, cujas diferenças são, notadamente, mais acirradas.

TAbELA 5 - Quantidade de Candidatos/Vaga, por curso e categoria (1/2005)

CURSO AFRO -DESCENDENTE UNIVERSAL

Direito 10 50,1

Ciências Sociais 5,4 17,9

História 4,6 17,5

Artes 1,1 9,2

Sistemas Informação 4,3 21,5

Matemática 2 11,7

Medicina 10,25 128,27

biologia 4 22,92

Fonte: Coleta Direta/ UNIMONTES/2009

Nos anos subseqüentes (2006 e 2007) destacados nas tabelas n.6 e n.7 ocorreram os mesmos problemas relativos à implementação do sistema de reservas de vagas, ou seja, percebemos que a procura pela reserva de vagas para afro-descendentes permanece inferior, se comparada ao sistema universal.

TAbELA 6 - Quantidade de Candidatos/Vaga, por curso e categoria (1/2006)

CURSO COTAS/AFRO UNIVERSAL

Direito 8,3 72

Ciências Sociais 4,6 13,6

História 5,1 16

Artes 2 10,8

Sistemas Informação 11,8 25,1

Matemática 2 9

Medicina 15,2 178,4

biologia 5,3 22,4

Fone: Coleta Direta/ UNIMONTES/2009

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TAbELA 7 - Quantidade de Candidatos/Vaga, por curso e categoria (1/2007)

CURSO COTAS/AFRO UNIVERSAL

Direito 10 58,86

Ciências Sociais 6,1 10,2

História 7 11,9

Artes 4,2 8

Sistemas Informação 2,83 23,4

Matemática 3 5,4

Medicina 20,2 132,6

biologia 7,7 13,6

Fone: Coleta Direta/ UNIMONTES/2009

Tais informações nos levam a seguinte indagação: Será que o critério de definição racial utilizado pela UNIMONTES, baseado na auto-declaração, não está conseguindo cumprir o papel de beneficiar as pessoas corretas? Aquelas que segundo Oracy Nogueira (1998) carrega a marca como diferenciação. Acreditamos que deveria haver uma discussão mais democrática, que propiciasse à comunidade acadêmica um maior conhecimento acerca das condições de acesso dos afro-descendentes à universidade.

Em relação às notas de acesso dos acadêmicos, se compararmos o sistema de reserva de vagas/afro- descendentes (Tabela 8) com o sistema universal (Tabela 9), no Processo Seletivo (1/2005), verificamos que no curso de Direito, por exemplo, a nota máxima, atingida pelos afro-descendentes foi 164,57 e pelo sistema universal foi 180, 57, perfazendo uma diferença de 16 pontos. No mesmo curso, a nota mínima dos afro-descendentes foi 140,36 e a nota mínima do sistema universal foi 156,14, perfazendo uma diferença de 15, 78 pontos.

No curso de Ciências Sociais, verificamos que a nota máxima dos afro-descentes foi 145,86 e do sistema universal foi 167,8, perfazendo uma diferença de 21,94 pontos. As notas mínimas atingidas pelos afro-descendentes foi 116,16 e pelo sistema universal foi 142,28, perfazendo uma diferença de 26,12 pontos.

No curso de História, a pontuação máxima atingida pelos afro-descendentes foi 157,14 e do sistema universal foi 160,36, perfazendo um total de 3,22 pontos. No mesmo curso, a nota mínima dos afro- descendentes foi 104,71 pontos e pelo sistema universal foi 143,36, perfazendo um total de 38,65 pontos.

No curso de Artes, os pontos máximos atingidos foram: 122,9 afro-descendentes e 156,14 (sistema universal), demonstrando uma diferença de 33,24 pontos. Já as notas mínimas atingidas foram: 57,86 (afro-descendentes) e 119,9 (sistema universal), demonstrando uma diferença ainda maior: 62,04 pontos.

Ou seja, aqui percebemos uma enorme discrepância entre as notas de acesso referentes ao sistema para afro-descendentes e o sistema universal.

No curso de Sistemas de Informação, ao compararmos as tabelas n. 08 e 09, no quesito nota máxima,

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percebemos uma superioridade de 40,9 pontos dos candidatos ingressantes pelo sistema universal em relação aos candidatos da categoria afro-descendente. No mesmo curso, em relação às notas mínimas atingidas, verificamos uma diferença de 36,29 pontos, confirmando uma vantagem de pontuação de acesso dos candidatos da categoria sistema universal sobre os candidatos inscritos no sistema de reservas para afro-descendentes.

No curso de Matemática, a nota máxima dos afro-descendentes foi 174,7 e do sistema universal foi 165,8, demonstrando uma situação inversa à dos outros cursos já analisados, uma vez que, a diferença de pontuação aponta uma vantagem de 8,9 pontos para os afro-descendentes sobre o sistema universal. Já nas notas mínimas alcançadas no acesso ao curso de Matemática, percebemos que os afro-descendentes estão bem aquém do sistema universal.

No curso de Medicina, a nota máxima dos afro-descendentes foi 175 pontos e do sistema universal foi 186 pontos, perfazendo uma pequena diferença, de 11 pontos a mais, obtidos pelos candidatos inscritos na categoria afro-descendente. Essa constatação evidencia que não existem grandes distâncias entre os níveis dos candidatos que concorrem pelo sistema de reserva de vagas para afro-descendentes e aqueles que optam pelo Sistema Universal.

No curso de Biologia (licenciatura), verificamos que a nota máxima atingida pelos afro-descendentes foi 174,98 pontos e pelo sistema universal 179,4 pontos, perfazendo uma diferença de 4,42 pontos e a nota mínima perfaz uma diferença de 52,7 pontos, sendo que essa pontuação representa vantagem para o sistema universal.

TAbELA - 8 - Notas de Acesso pelo Sistema de Reserva de Vagas/Afro (1/2005)

CCSA CCH

CURSO MÁX MIN CURSO MÁX MIN

Direito 164,57 140,36 História 157,14 104,72

Ciências

Sociais 145,86 116,16 Artes 122,9 57,86

CCET CCBS

CURSO MÁX MIN CURSO MÁX MIN

Sist. Info 124,8 90,91 Medicina 175 165

Matemática 174,7 42,97 Biologia 174,98 101,59

Fonte: Coleta Direta/ UNIMONTES/2009

TAbELA - 9 - Notas de Acesso pelo Sistema Universal (1/2005)

CCSA CCH

CURSO MÁX MIN CURSO MÁX MIN

Direito 180,57 156,14 História 143,54

Ciências

Sociais 167,8 142,28 Artes 156,14 119,9

(9)

CCET CCBS

CURSO MÁX MIN CURSO MÁX MIN

Sist. Info 165,7 127,2 Medicina 186 167

Matemática 165,8 121,9 Biologia 179,4 154,3

Fonte: Coleta Direta/ UNIMONTES/2009

As Tabelas 10 e 11 verificamos que no processo seletivo 1/2006 ocorreram as seguintes oscilações nas pontuações atingidas pelos afro-descendentes e pelo sistema universal nos seguintes cursos:

Direito a diferença entre a pontuação máxima é de 16,1 e da pontuação mínima também é de 1.

16,1 representando vantagem para o sistema universal;

Ciências Sociais, a diferença na pontuação máxima é de 2,7 pontos e na pontuação mínima é de 2.

33,4 pontos de vantagem para o sistema universal;

História, a diferença na pontuação máxima é de 13,5 pontos e na pontuação mínima é de 37,1 3.

pontos, que representam vantagem para o sistema universal;

Artes, a pontuação máxima atingida revela uma diferença de 41,2 pontos e a mínima de 48 4.

pontos, também de vantagem para o sistema universal;

Sistemas de Informação, a pontuação máxima atinge uma diferença de 20 pontos e a mínima se 5.

apresenta bem mais alta, com 99,5 pontos, revelando uma grande vantagem do sistema universal sobre os afro-descendentes;

Matemática, as diferenças entre pontos máximos e mínimos se encontram respectivamente em:

6.

22,1 pontos e 54,7 pontos de desvantagem para os afro-descendentes;

Medicina, curiosamente, as desvantagens de pontuação dos afro-descendentes diminuem, sendo 7.

que, entre as notas máximas a diferença é de 10,5 pontos e entre as notas mínimas atingidas, a diferença entre o sistema universal e o sistema de cotas/afro é apenas de 6 pontos;

Biologia (licenciatura) constatou, mais uma vez, uma situação inversa à lógica predominante, 8.

uma vez que, a nota máxima no processo seletivo foi obtida por um afro-descendente: 184 pontos, revelando uma vantagem de 19 pontos sobre o sistema universal. Já a nota mínima não apresenta a mesma constatação, pois o sistema universal obteve 30,3 pontos de vantagem sobre os cotistas/afro.

No Processo Seletivo 1/2007, verificamos que as pontuações máximas e mínimas atingiram as respectivas oscilações:

Direito: 16 e 23 pontos, o que representa uma vantagem do sistema universal sobre os afro- 1.

descendentes;

Ciências Sociais: 15 e 21 pontos. Fator que também que representa uma vantagem do sistema 2.

universal sobre os afro-descendentes;

História: 23 e 7 pontos. Outro fator que representa uma vantagem do sistema universal sobre os 3.

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afro-descendentes;

Artes: Mais uma vez ocorre uma situação inversa à lógica predominante, em que os afro- 4.

descendentes apresentam uma nota de acesso maior do que o sistema universal, perfazendo uma vantagem de 4 pontos. Já a nota mínima foi inferior à do sistema universal, perfazendo uma diferença de 7 pontos;

Sistemas de Informação: 28,5 e 50 pontos. Vantagem do sistema universal sobre os afro- 5.

desendentes;

Matemática: 31,9 e 13,6 pontos. Também representa vantagem do sistema universal sobre os 6.

afro-descendentes;

Medicina: 15 e 9 pontos. Representa vantagem do sistema universal sobre os afro-descendentes, 7.

entretanto, o curso de Medicina, de acordo com os anos analisados, sempre vem apresentando pequenas diferenças de notas entre o sistema universal e os afro-descendentes;

Biologia (licenciatura): Outra vez inverteu a lógica. Assim, na pontuação máxima, os afro- 8.

descendentes obtiveram uma vantagem de 3,7 pontos sobre o sistema universal. Entretanto, a pontuação mínima foi 22,8 menor para os afro em relação ao sistema universal.

Registramos que, a quantidade de vagas que são ofertadas por categoria (afro-descendente e universal), no Processo Seletivo (2005/2006/2007), identificamos que 23,9% do total de vagas ofertadas foram destinadas aos auto-declarados afro-descendentes, 46,8% do total de vagas ofertadas foram destinadas ao sistema universal e 29,30% do total dessas vagas ofertadas foram destinadas às demais categorias:

egressos de escola pública, indígenas e portadores de deficiências.

Quanto ao número de ingressos “afro-descendentes” (aprovados), consideramos que ocorre uma maior discrepância entre a quantidade de vagas ofertadas e a quantidade de vagas que foram preenchidas pelos afro-descedentes. Deste modo, das 139 vagas ofertadas, nos cursos selecionados, apenas 123 foram preenchidas, ficando um residual de 16 vagas.

Em relação ao número de acadêmicos ingressos por curso e por categoria, pesquisando dois cursos de cada centro de ensino, ou seja, um curso mais concorrido e outro menos concorrido, verificamos que há uma discrepância entre os números de candidatos inscritos para o sistema de afro-descendentes e para o sistema universal. Essa discrepância pode ser visualizada em todos os cursos, em todos os processos seletivos analisados aqui (2005, 2006 e 2007) e principalmente nos cursos de Medicina e Direito, ou seja, percebemos que a inscrição pela categoria reserva de vagas para afro-descendentes permanece inferior, se comparada ao sistema universal.

Em relação às notas de acesso por categoria, obtidas pelos acadêmicos aprovados no processo seletivo, em dois cursos de cada centro de ensino, quando comparados ao sistema de reserva de vagas/afro com o sistema universal, nos processos seletivos (1/2005, 1/2006 e 1/2006), constatamos que existe realmente

(11)

um descompasso em relação as notas dos candidatos e aqueles que se inscreveram na categoria reserva de vagas.

Durante o processo de levantamento de dados da pesquisa e orientada pela metodologia qualitativa através do uso dos grupos focais3, alguns aspectos foram destacados, nos seguintes depoimentos em relação ao ingresso no Ensino Superior, por meio do Sistema de Reserva de Vagas, tais como:

Não é uma forma de racismo agressivo, é uma forma mais oculta, mais sutil, entendeu? Que te cutuca...você percebe. (Como que você percebe?) Por exemplo, na minha sala são sete negros e nós passamos pelo sistema de cotas, aí tem aqueles que perguntam: Você passou pelo sistema de cotas? Dão um tom meio pejorativo. Mas se você pegar o nível de quem passou por cotas, pelo menos do meu curso, a pontuação foi maior do que o do sistema universal, entendeu?

Isso é uma forma de provar que nós somos tão capacitados quanto eles, porque o nível foi bem maior do que o deles, entendeu? O primeiro da lista de espera como afro-descendente passaria com a pontuação tranqüilo pelo sistema universal. (COLABRADOR A)4

Desta forma, percebe-se que a partir do depoimento do Colaborador A, a existência de um racismo camuflado, em que as pessoas não agem de forma explícita, mas deixam subentendido que possuem um sentimento aversão que se torna perceptível em determinadas ocasiões. Sendo assim, fica nítido que essa situação gera certo incômodo no acadêmico entrevistado.

Nessa mesma direção, o Colaborador b aponta que: “A recepção foi aquilo que eu esperava...

estigmatização meio velada. Eles não falam abertamente, mas cochicham. Só por detrás dos bastidores é que se manifestam. O racismo brasileiro é velado”.

Entretanto, o Colaborador C afirma que o preconceito é algo nato da sociedade brasileira, que estigmatiza e diferencia. Mesmo quando a diferença não existe, as pessoas a criam e recorrem a uma forma de inferiorização para poder legitimar a sua superioridade. E ao contrário do que o colaborador A e b apontaram, o Colaborador C afirma que essa situação discriminatória não se dá de maneira diferente no contexto da UNIMONTES, no sentido em que o preconceito existe e não está escondido, não é velado. Isso pode ser percebido da seguinte maneira:

Mesmo não sendo diferente, as mentalidades são tacanhas, os pensamentos são tacanhos e o preconceito é uma coisa universal. Mas, porém, o meu curso tem um aspecto diferente, que historicamente é um curso elitizado e na minha sala não é muito diferente, embora com o sistema de cotas tem dado uma contra-balanceada nessa questão. Um fato interessante que na minha sala aconteceu, no primeiro dia de aula, foi que na minha sala tem pessoas muito ricas e uma pessoa dessa virou para um outro colega e perguntou assim: Você sabe quem são esses meninos de cotas? E meu colega falou assim: Sei. E ele falou: E você sabe se eu converso com esse tipo de pessoa? Aí meu colega falou assim: Você está conversando com um deles.

E a partir do momento do decurso do nosso curso, na minha sala, sem exceção nenhuma, os melhores alunos são os cotistas. E isso tem quebrado todo esse preconceito, toda essa imagem 3 De acordo com Hassen (2002, p.161) “Grupo focal é uma técnica de pesquisa, dentre as consideradas de abordagem rápida, que permite a obtenção de dados de natureza qualitativa a partir de sessões em grupo, nas quais 6 a 20 pessoas, que compartilham alguns traços comuns, discutem aspectos de um tema sugerido”.

4 Optamos por classificar os entrevistados nos Grupos Focais por números com o propósito de resguardar a identi- dade dos mesmos.

(12)

de que o negro é burro, de que o pobre não pode entrar na universidade. A gente tem mostrado que não é bem assim, que falta uma boa oportunidade, que falta uma política voltada para essas pessoas que estão certamente à margem.

Outra maneira de se compreender o preconceito que está presente e visível na UNIMONTES é através do depoimento do Colaborador E:

Já presenciei preconceito dentro da sala de aula e já ouvi também pela Universidade, nos próprios corredores, a gente andando, a gente escuta algumas pessoas discutindo: Ah, não adianta as cotas, porque o problema deles é que eles são pobres ou não adianta cota existir. Um dia minha colega me falou: Você entrou pelo sistema de cotas? Pra quê? Você é uma menina tão esforçada, tira notas boas aqui dentro da sala de aula. E aí me deixou super magoada, porque já foi comprovado que o problema não é essa parte cognitiva e que assim como eu mesmo passei no primeiro lugar pelo sistema de cotas e passaria pelo primeiro lugar também pelo sistema universal e nós também podemos.

Na descrição do Colaborador F, percebe-se um contraponto em relação aos depoimentos já citados, onde a acadêmica afirma não ter sofrido, nem percebido qualquer forma de preconceito dentro da UNIMONTES, o que pode ser apreendido da seguinte maneira:

Até hoje eu nunca tive problema em assumir que eu entrei pelas cotas. Minha turma em si, quando eu tava na busca de ir atrás do Afro-atitude e tudo, muito pelo contrário, eu tive muito apoio muita gente querendo me ajudar. E senti um pouco o peso desse preconceito, foi antes de entrar na universidade. Foram palavras que me marcaram muito, quando eu tava fazendo cursinho e o professor falou que quem entra na universidade pelo sistema de cotas tá se intitulando de preto, pobre e burro. Mas com relação à Universidade, até então eu nunca tive problema nenhum, com relação a colegas, com relação a professores tá tudo muito tranqüilo.

Mesmo assim, a colaboradora assume existir e já ter vivenciado uma forma de preconceito e discriminação contra as pessoas que ingressam na Universidade através do Sistema de Reserva de Vagas para Afro - descendente. Essa experiência relatada pela entrevistada foi vivenciada antes mesmo de ela ter ingressado na UNIMONTES. Dessa maneira, compreendemos que o acadêmico que vivencia esse tipo de situação, já ingressa na universidade repleto de temores e, de certa maneira, estigmatizado.

Conclusão

Ao analisarmos o Sistema de Reserva de Vagas na UNIMONTES, identificando a forma pela qual se dá a inserção dos afro-descendentes na universidade e ao mesmo tempo averiguar se existia algum tipo de preconceito contra os estudantes ingressos pelo referido sistema, ressaltamos que a partir dos dados coletados identificamos a partir dos depoimentos dos acadêmicos os seguintes aspectos:

De certa forma os mesmos foram bem recebidos na

1. UNIMONTES;

Os acadêmicos descreveram o preconceito como algo camuflado, oculto, que não é demonstrado 2.

de forma direta;

Os entrevistados destacaram situações onde tiveram a sua capacidade de inteligência subestimada 3.

pelos colegas;

Os acadêmicos revelaram o medo que os “cotistas” têm de se manifestarem enquanto tais;

4.

Os entrevistados também destacaram o bom desempenho que os alunos ingressos pelo Sistema 5.

de Reserva de Vagas da UNIMONTES estão tendo;

(13)

Ao avaliar O Sistema Cotas no nível nacional e o Sistema de Reserva de Vagas na UNIMONTES destacaram os seguintes aspectos:

É um regime democrático, que permite uma liberdade de escolha;

1.

Precisa ser mais rigoroso;

2.

Os negros estão conseguindo se destacar e mostrar que são capazes;

3.

A medida precisa ser reavaliada quando se trata de afro-descendência. Pois, as cotas devem ser 4.

para negros, pois eles são quem sofrem com o preconceito, por causa da cor da pele;

É preciso fazer avaliação Frente a frente (adoção de entrevista);

5.

Montar um comitê interno na universidade para um melhor acompanhamento das pessoas;

6.

A comprovação dos dados pela Assistente Social precisa ser observado com mais rigor.

7.

Contudo, consideramos relevante o Sistema de Reservas de Vagas, instituído na UNIMONTES. Cujo propósito, é contribuir para reparar as injustiças cometidas com a população negra, que ao longo da história vem enfrentando dificuldades no acesso e permanência na escola por exemplo.

Diante do exposto, concluímos que o Sistema de Reserva de vagas na UNIMONTES tem se mostrado inovador, uma vez que, tem proporcionado o acesso dos negros a universidade. No entanto, os entrevistados advertem que é necessária uma avaliação profunda do sistema, principalmente na forma de escolha dos beneficiados pela categoria reserva de vagas para afro-descendentes, para que as pessoas certas tenham acesso de forma justa e que as regras não sejam burladas ao longo do processo.

(14)

Referências

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BRASIL. Constituição da República Federativa do brasil. Brasília: editora do Congresso Nacional, 1988.

________. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Lei Federal Nº 10639/2003.

Brasília, 2003.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília, 2004.

________. Lei n° LEI Nº 12.288, de 20 de julho de 2010 que Institui o Estatuto da Igualdade Racial;

alterando as Leis n° 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003.

MALACHIAS, Antônio Carlos. Negros, educação e mercado de trabalho: paradoxos das progressistas e preconceituosas políticas sociais brasileiras. In: NUNES, Antônia Elisabeth da Silva Souza e OLIVEIRA, Elias Vieira (orgs.) Implementação das Diretrizes curriculares Nacionais para a educação das relações raciais e o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação profissional e tecnológica. Brasília: MEC, SETEC, 2008. p.54-60.

NOGUEIRA, O. Preconceito de Marca: as relações raciais em Itapetininga. São Paulo: EDUSP, 1998.

PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano. Racismo, Pobreza e Violência. Brasil, 2005.

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