A DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (SIG), SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (SE) & RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE),
NOS WEBSITES DAS EMPRESAS PORTUGUESAS CERTIFICADAS
«Uma Análise Exploratória»
Filipe José da Fonseca Carvalho
Professor Doutor Manuel Gilberto Freitas dos Santos Professor Doutor Joaquim José de Almeida Soares Gonçalves
Dissertação apresentada ao Instituto Politécnico do Cávado e do Ave para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas Integrados de Gestão QAS
(Qualidade, Ambiente e Segurança)
Outubro, 2013
(Folha em Branco)
A DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (SIG), SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (SE) & RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE),
NOS WEBSITES DAS EMPRESAS PORTUGUESAS CERTIFICADAS
«Uma Análise Exploratória»
Filipe José da Fonseca Carvalho
Professor Doutor Manuel Gilberto Freitas dos Santos Professor Doutor Joaquim José de Almeida Soares Gonçalves
Outubro, 2013
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
A DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (SIG), SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (SE) & RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE),
NOS WEBSITES DAS EMPRESAS PORTUGUESAS CERTIFICADAS
«Uma Análise Exploratória»
● ● ●
RESUMO
A Internet é um meio privilegiado de comunicação, no qual a informação não conhece fronteiras, e a sua divulgação toma uma dimensão universal. No mundo empresarial a comunicação é hoje tida, como o elemento fulcral dos processos de negócio, em que interação com as partes interessadas, pode ser traduzida em termos do seu expoente máximo pelo website da empresa.
Muita da informação hoje divulgada à sociedade pela empresa, visa o seu próprio escrutínio público, nas três dimensões (económica, ambiental e social) do Desenvolvimento Sustentável (DS). A presente investigação visou uma análise exploratória dos websites de 523 empresas que se encontravam certificadas, no final do ano de 2011, no âmbito dos sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001), ambiente (ISO 14001), segurança e saúde do trabalho (OHSAS 18001). O objeto de estudo proposto visou conhecer quais os conteúdos que são frequentemente mais divulgados, e que perfil tem a empresa portuguesa que com maior proeminência divulga no seu website informação, sobre o Sistema Integrado de Gestão (SIG), Sustentabilidade Empresarial (SE) e Responsabilidade Social Empresarial (RSE). O método de investigação baseou-se na técnica da Análise de Conteúdo, a qual permitiu quantificar por categoria de análise (indicador) e subcategorias de análise (itens), os conteúdos da informação divulgada no website da empresa. A visão holística sobre a dimensão dos conteúdos disponibilizados no website da empresa, foi determinada (medida) com auxílio do Índice de Divulgação de Informação (IDI
SIG/SE/RSE). Os conteúdos com maior frequência de divulgação no website das empresas, são: a Missão, a Política da Qualidade, Ambiente e Segurança, o Código de Ética & Conduta Empresarial, o Relatório de Sustentabilidade, o Relatório e Contas, os Indicadores & Índices Financeiros, os certificados e marcas do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), e do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SGSST) e, por fim, os Projetos de Envolvimento com a Comunidade no âmbito da RSE. Em termos de perfil, as empresas portuguesas de maior dimensão (volume de vendas), e as sociedades anónimas (S.A.), divulgam mais informação no website, que as outras. Não tendo sido porém, encontrada evidência estatística significativa no estudo da relação das empresas localizadas no distrito de Lisboa &
Setúbal, das empresas do setor de atividade secundário (2.º), e das empresas com exposição aos media (rankings nacionais), com a maior divulgação de informação no website da empresa.
Palavras-Chave: Sistema Integrado de Gestão (SIG), Desenvolvimento Sustentável (DS), Sustentabilidade
Empresarial (SE), Responsabilidade Social Empresarial (RSE), Website Empresarial e Análise de Conteúdo.
MASTER DISSERTATION
THE DISCLOSURE OF INFORMATION ABOUT
INTEGRATED MANAGEMENT SYSTEMS (IMS), CORPORATE
SUSTAINABILITY (CS) & CORPORATE SOCIAL RESPONSIBILITY (CSR), ON THE PORTUGUESE CERTIFIED FIRMS’ WEBSITES
«An Exploratory Analysis»
● ● ●
ABSTRACT
Internet is a privileged mean of communication where information knows no borders, and its disclosure takes a universal dimension. In the business world, communication is regarded as the core element of business processes, where interaction with stakeholders, can be translated in terms of its peak at the company's website. A lot of the information released today by the company to society, seeks its own public scrutiny, in three dimensions (economic, environmental and social) of the Sustainable Development (SD). The present investigation aimed at an exploratory analysis of the websites of 523 firms that were certified at year-end of 2011, under the quality management systems (ISO 9001), environment (ISO 14001) and occupational health and safety (OHSAS 18001). The object of the proposed study aimed to know what content are often disseminated and what profile does a Portuguese company with greater prominence disseminates information on its website, about its Integrated Management Systems (IMS), Corporate Sustainability (CS) and Corporate Social Responsibility (CSR). The research method was based on the technique of Content Analysis, which allowed quantifying by category analysis (indicator) and subcategories of analysis (items), the contents of the information disclosed on the company website. A holistic view on the size of the content available on the firm’s website was determined (measure) using the Index of Information Disclosure (IID
IMS/CS/CSR). The contents that are more often disclosed on the firm’s website are: Mission, Quality, Environment and Safety Policy, Code of Ethics & Business Conduct, Sustainability Report, Report and Accounts, Financial Indicators & Indexes (ratios), certificates and brands of the Quality Management Systems (QMS), of the Environmental Management System (EMS), of the Occupational Health and Safety Management Systems (OHSMS) and finally the Projects of Community Involvement in the CSR domain. In terms of profile, the largest Portuguese companies (sales volume) and the corporations, disclose more information on the website, than others. There have been however, found statistically significant evidence in the study of the relationship of the firms located on the district of Lisbon & Setubal, the firms of the sector of the secondary activity and the firms with media exposure (national rankings), with the wider dissemination of information on the firm’s website.
Keywords: Integrated Management Systems (IMS), Sustainable Development (SD), Corporate Sustainability
(CS), Corporate Social Responsibility (CSR), Corporate Website and Content Analysis.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
DEDICATÓRIA
eu filipe, dedico a dissertação a todos aqueles que têm acreditado, no(s) meu(s) valor(es):
à rosa, pais, irmãos, amigos, professores, colegas,...
obrigado, pela vossa ajuda, em mais este (de)grau, marcante da minha vida!!!
Regra: Ora & Labora São Bento __________________________________________
Encontra na contracapa o perfil do Autor, Orientadores & Júri.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
AGRADECIMENTOS
Embora o Dissertação de Mestrado seja um trabalho académico de caráter individual, a sua realização só foi possível com os contributos dados por várias pessoas e entidades, a quem gostaria de expressar publicamente os meus sinceros agradecimentos:
ao Professor Doutor Manuel Gilberto Freitas dos Santos, docente da Escola Superior de Tecnologia (EST) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), responsável pela Coordenação do Curso de Mestrado em Sistemas Integrados de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança (MSIGQAS), e Orientador da presente Dissertação de Mestrado, pela sua visão, orientação, sabedoria, conhecimento, incentivo, motivação, apoio, disponibilidade, proximidade, companheirismo, amizade, simpatia, paciência, dedicação e por todas as sugestões, oportunamente feitas durante a orientação;
ao Professor Doutor Joaquim José de Almeida Soares Gonçalves, docente da Escola Superior de Tecnologia (EST) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), e Coorientador da Dissertação de Mestrado, pela sua sabedoria, conhecimento, incentivo, motivação, apoio, disponibilidade, companheirismo, amizade, dedicação e por todas as sugestões, oportunamente feitas durante a supervisão do trabalho, aquando do acompanhamento ao tratamento estatístico dos dados;
à Doutora Isabel Catarina Rodrigues, Diretora Regional da Direção Regional do Comércio, Industria e Energia do Governo da Madeira, pela sua prontidão e delicadeza, aquando da disponibilização da informação referente à caraterização das empresas sediadas na Região Autónoma da Madeira;
ao Doutor Luís Paulo Morais, Diretor Geral da empresa CEMPALAVRAS – Comunicação Empresarial, Lda., pela informação facultada (GEC – Guia de Empresas Certificadas em Portugal);
às Direções Técnicas das seguintes entidades: BIORUMO – Promoção e Educação Ambiental, Lda.
(Anuário de Sustentabilidade); Diário Económico (1000 – Maiores Empresas); Diário de Notícias (1000 – Maiores Empresas) e Revista Exame (500 Maiores & Melhores Empresas | 100 Melhores Empresas para Trabalhar), pelas publicações técnicas disponibilizadas (antigas publicações);
às Direções Técnicas dos Organismos de Certificação: APCER – Associação Portuguesa de Certificação; BVC – Bureau Veritas Certification Portugal, Unipessoal, Lda.; CERTIF – Associação para a Certificação; DNV – Det Norske Veritas - Classificação, Certificação Serviços, Lda.; DQS – Sercert - Serviços de Certificação, Lda.; EIC – Empresa Internacional de Certificação, S.A.; LRQA – Lloyd’s Register Quality Assurance; LUSAENOR – Lusaenor, Lda. e SGS ICS – Serviços Internacionais de Certificação, Lda., por toda a informação atempadamente disponibilizada;
à Professora Doutora Teresa Cristina Pereira Eugénio, docente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), ao Professor Doutor Luís Miguel Ciravegna Martins da Fonseca, docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e ao Professor Doutor Paulo Alexandre da Costa Araújo Sampaio, docente da Universidade do Minho (UM), pela bibliografia recomendada e pelos esclarecimentos;
a todos os Docentes que lecionaram e a todos os Colegas que participaram no Curso de Mestrado, pelos conhecimentos e amizade partilhada, com especial atenção aos(às) Professores(as): Estela Mesquita, Gabriela Ramos, Martinha Pereira, Rita Mesquita, Carla Simões, Nuno Lourinho e Nuno Lopes, bem como aos Colegas: Hernâni Fernandes, Sónia Oliveira, António Mendes e Inês Ferreira;
à minha Esposa
(filho), pelo amor, força, incentivo e compreensão, sem o qual, isto, não era possível!!
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
ABREVIATURAS & SIGLAS
AA AccountAbility
AENOR Asociación Española de Normalización y Certificación APA American Psychological Association
APCER Associação Portuguesa de Certificação APEE Associação Portuguesa de Ética Empresarial APS Accountability Principles Standard
AS Assurance Standard
AS/NZS Australian Standard/New Zealand Standard ASPX Active Server Page Extended
BCSD Business Council for Sustainable Development BM TRADA BM Trada Certification
BM&FBOVESPA Bolsa de Mercadorias & Futuros e Bolsa de Valores de São Paulo
BS British Standards
BSI British Standards Institution
BVC Bureau Veritas Certification Portugal, Unipessoal, Lda.
C.R.L. Cooperativa
CAE Classificação Portuguesa das Atividades Económicas CDS Comunicação do Desenvolvimento Sustentável CEMDS Conselho Mundial para o Desenvolvimento Sustentável CERES Coalition for Environmentally Responsible Economies CERTIF Associação para a Certificação
CNUAD Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento
CR Corporate Register
CS Corporate Sustainability CSR Corporate Social Responsibility
DE Dimensão da Empresa
DE Diário Económico
DJSI Dow Jones Sustainability Indexes
DN Diário de Notícias
DNV Det Norske Veritas – Classificação, Certificação e Serviços, Lda.
DQS Sercert – Serviços de Certificação, Lda.
DS Desenvolvimento Sustentável
DS Danish Standards Association – Dansk Standard E.M. Empresa Municipal
EAC Economic Activity Code ECPI E. Capital Partners Indices
EEDS Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável EEM Exposição da Empresa aos Media
EFQM European Foundation for Quality Management EIC Empresa Internacional de Certificação, S.A.
EMAS Eco-Management and Audit Scheme EMS Environmental Management System
ENDS Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável EQA European Quality Award
ESG Environmental, Social e Governance ESI Ethibel Sustainability Indexes EST Escola Superior de Tecnologia
ETHOS Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
EUA Estados Unidos da América
EURONATURA Centro para o Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentado
FJE Forma Jurídica da Empresa
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
FORÉTICA Foro para la Evaluación de la Gestión Ética GEC Guia de Empresas Certificadas em Portugal
GPV Gestão por Valores
GRI Global Reporting Initiative
H Ficheiro Informático do Tipo HTML
HB HandBook
HP Ficheiro Informático do Tipo HTML & PDF HTML Hyper Text Markup Language
IBM International Business Machines IDI Índice de Divulgação de Informação IID Index of Information Disclosure
IISD International Institute for Sustainable Development IMS Integrated Management Systems
IPAC Instituto Português de Acreditação IPCA Instituto Politécnico do Cávado e do Ave IPL Instituto Politécnico de Leiria
IPQ Instituto Português da Qualidade IRS Índice de Responsabilidade Social ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial ISEA Institute of Social and Ethical Accountability ISEP Instituto Superior de Engenharia do Porto ISO International Organization for Standardization JPEG Joint Photographic Experts Group
JSE Johannesburg Stock Exchange
JSP Java Server Pages
KPMG Klynveld Peat Marwick Goerdeler LDA. Sociedade por Quotas
LGE Localização Geográfica da Empresa LRQA Lloyd’s Register Quality Assurance LUSAENOR Lusaenor, Lda.
MSIGQAS Mestrado em Sistemas Integrados de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança NACE European Classification of Economic Activities
NP Norma Portuguesa
NTS Norwegian Technology Standards Institution NUT Nomenclaturas de Unidades Territoriais
OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
OGs Organizações Governamentais
OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Services OHSMS Occupational Health and Safety Management Systems OIT Organização Internacional do Trabalho
ONGs Organizações Não-Governamentais P Ficheiro Informático do Tipo PDF PAS Publicly Available Specification PDCA Plan – Do – Check – Act PDF Portable Document Format PHP Hypertext Preprocessor
PIENDS Plano de Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável
PME Pequena Média Empresa
PNG Portable Network Graphics
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PRE Probabilidade Prevista
QAS Qualidade, Ambiente e Segurança
QASST Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
QEC Quality and Environmental Certification, Ltd.
QMS Quality Management Systems RE Responsabilidade Empresarial
RE Revista Exame
RRS Relatório de Responsabilidade Social RS Relatório de Sustentabilidade
RS Responsabilidade Social
RSE Responsabilidade Social Empresarial
S Sustentabilidade
S.A. Sociedade Anónima SA Social Accountability
SAE Setor de Atividade da Empresa SAI Social Accountability International SAM Sustainable Asset Management
SD Sustainable Development
SDC Sair da Casca
SE Sustentabilidade Empresarial SES Stakeholders Engagement Standard
SG Sistema de Gestão
SGA Sistema de Gestão Ambiental SGE Sistema de Gestión Ética SGE Sistema de Gestão da Energia SGI Sistema de Gestão Integrado
SGIDI Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação SGQ Sistema de Gestão da Qualidade
SGQASST Sistema de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho SGRH Sistema de Gestão de Recursos Humanos
SGRS Sistema de Gestão da Responsabilidade Social SGS ICS Serviços Internacionais de Certificação, Lda.
SGSA Sistema de Gestão da Segurança Alimentar SGSI Sistema de Gestão da Segurança da Informação SGSST Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho
SI Sistema Integrado
SIG Sistema Integrado de Gestão
SIGASST Sistema Integrado de Gestão do Ambiente e Segurança e Saúde do Trabalho SIGQA Sistema Integrado de Gestão da Qualidade e Ambiente
SIGQAS Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança
SIGQASST Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho SIGQSST Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Segurança e Saúde do Trabalho
SPSS Statistical Package for the Social Sciences SRE Sistema de Responsabilidade Empresarial SRI Sustainable and Responsible Investment
SWF Shockwave Flash
TBL Triple Bottom Line
TQM Total Quality Management
TÜV Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, Lda.
UE União Europeia
UM Universidade do Minho
UNE Una Norma Española
VIH Vírus da Imunodeficiência Humana
WBCSD World Business Council for Sustainable Development WCED World Commission on Environment and Development
WWW World Wide Web
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
ÍNDICE GERAL
RESUMO i
ABSTRACT ii
DEDICATÓRIA iii
AGRADECIMENTOS iv
ABREVIATURAS & SIGLAS v
ÍNDICE GERAL viii
ÍNDICE DE FIGURAS x
ÍNDICE DE TABELAS xii
1. INTRODUÇÃO 1
1.1. ENQUADRAMENTO GERAL 1
1.2. MOTIVAÇÕES 5
1.3. OBJETIVOS 7
1.4. METODOLOGIA 7
1.5. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO 8
2. REVISÃO DA LITERATURA 9
2.1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 9
2.1.1. Enquadramento do Conceito 9
2.1.2. Dimensões do Desenvolvimento Sustentável 13
2.1.3. Comunicação do Desenvolvimento Sustentável 15
2.2. SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 17
2.2.1. Enquadramento do Conceito 17
2.2.2. Princípios da Sustentabilidade 19
2.2.3. Índices de Sustentabilidade 21
2.2.4. Indicadores de Sustentabilidade 23
2.2.5. Relatórios de Sustentabilidade 24
2.2.6. Comunicação da Sustentabilidade 26
2.3. RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL 30
2.3.1. Enquadramento do Conceito 30
2.3.2. Dimensões da Responsabilidade Social 34
2.3.3. Índices de Responsabilidade Social 36
2.3.4. Indicadores de Responsabilidade Social 37
2.3.5. Relatórios de Responsabilidade Social 38
2.3.6. Comunicação da Responsabilidade Social 41
2.4. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO 45
2.4.1. Enquadramento do Conceito 45
2.4.2. Referenciais e Guias de Apoio à Integração dos Sistemas de Gestão 50
2.4.3. Estratégias, Metodologias e Níveis de Integração dos Sistemas de Gestão 51
2.4.4. Motivações, Benefícios e Barreias à Integração dos Sistemas de Gestão 54
2.4.5. Comunicação com as Partes Interessadas nos Sistemas de Gestão 57
2.4.6. Sistemas Integrados de Gestão & Desenvolvimento Sustentável 64
2.4.7. Sistemas Integrados de Gestão & Sustentabilidade Empresarial 67
2.4.8. Sistemas Integrados de Gestão & Responsabilidade Social Empresarial 70
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
3. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO 74
3.1. QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO 74
3.2. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO 74
3.2.1. Filosofia de Investigação 74
3.2.2. Abordagem de Investigação 74
3.2.3. Estratégia de Investigação 75
3.3. BASE DE DADOS DE INVESTIGAÇÃO 78
3.4. DEFINIÇÃO DA AMOSTRA 79
3.5. ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE WEBSITES 84
3.5.1. Categorias e Subcategorias de Análise 84
3.5.2. Unidades de Análise 89
3.5.3. Estrutura da Lista de Verificação 90
3.5.4. Teste da Lista de Verificação 90
3.5.5. Recolha de Dados 90
3.6. TRATAMENTO DOS DADOS 91
3.6.1. Hipóteses de Investigação 91
3.6.2. Variáveis de Investigação 93
3.6.3. Tratamento Estatístico 97
4. RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO 101
4.1. ANÁLISE DE RESULTADOS 101
4.1.1. Análise Descritiva Univariada 101
4.1.2. Análise Bivariada 117
4.1.3. Análise Multivariada 119
4.2. DISCUSSÃO DE RESULTADOS 122
5. CONCLUSÕES 125
5.1. CONCLUSÕES FINAIS 125
5.2. LIMITAÇÕES & CONSTRANGIMENTOS 128
5.3. RECOMENDAÇÕES FUTURAS 128
6. APÊNDICES 129
6.1. LISTA DE VERIFICAÇÃO 129
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 131
8. ANEXOS 155
I. LISTA DE EMPRESAS ANALISADAS 155
II. LISTA DE EMPRESAS NÃO ANALISADAS 163
III. RESULTADOS DA VERIFICAÇÃO DOS WEBSITES 165
IV. RELATÓRIOS DO TRATAMENTO ESTATÍSTICO 169
V. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DAS CATEGORIAS & SUBCATEGORIAS DE ANÁLISE 173 VI. CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS, INDICADORES & ITENS ANALISADOS 177
____________________________________
i) O texto foi redigido segundo as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Na sequência da Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, do Diário da República, 1.ª série, n.º 17, de 25 de janeiro de 2011, que determinou a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a partir de 1 de janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na sua dependência (Fonte: https://www.incm.pt/actos/acordo_ortografico.html);
ii) O texto apresenta as fontes de informação referenciadas de acordo com o estilo da American Psychological Association
(APA), isto é, Publication Manual of the American Psychological Association, 6
thEdition (Fonte: http://www.apastyle.org/).
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – O edifício normativo dos sistemas de gestão. ... 4
Figura 2 – Modelo conceptual de comunicação da empresa com as partes interessadas. ... 6
Figura 3 – Os pilares do desenvolvimento sustentável. ... 10
Figura 4 – A relação entre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade. ... 12
Figura 5 – Os princípios do desenvolvimento sustentável. ... 13
Figura 6 – Relação do «Triple Bottom Line» com a SE & RSE. ... 14
Figura 7 – Relação do «Triple P» com a SE & RSE. ... 15
Figura 8 – Benefícios da comunicação do desenvolvimento sustentável. ... 16
Figura 9 – A evolução do conceito de sustentabilidade empresarial. ... 17
Figura 10 – O conceito de sustentabilidade empresarial. ... 18
Figura 11 – Arquitetura do observatório de sustentabilidade empresarial. ... 22
Figura 12 – Visão geral do conteúdo do relatório da GRI. ... 25
Figura 13 – Formato dos relatórios (G250 e N100). ... 28
Figura 14 – Relatórios de responsabilidade empresarial, por setor (N100) em Portugal. ... 29
Figura 15 – Cronologia dos conceitos relacionados com RSE... 30
Figura 16 – A pirâmide da responsabilidade social empresarial. ... 31
Figura 17 – O modelo dos três domínios da responsabilidade social empresarial... 32
Figura 18 – Dimensões da responsabilidade social empresarial. ... 34
Figura 19 – Representação esquemática do sistema integrado de gestão QASST... 46
Figura 20 – Ciclo de Deming. ... 46
Figura 21 – Esquema geral de integração dos sistemas de gestão. ... 48
Figura 22 – Número de certificados por sistema de gestão, em vigor em Portugal em 2010. ... 49
Figura 23 – Número de certificados de SIGQASST, em vigor em Portugal em 2010, por NUT II. ... 49
Figura 24 – Modelo de implementação do SIG. ... 52
Figura 25 – Níveis de integração na perspetiva de vários autores... 53
Figura 26 – Modelo da teoria das partes interessadas. ... 57
Figura 27 – Abordagem às partes interessadas na integração dos sistemas de gestão. ... 60
Figura 28 – Modelo triaxial da gestão por valores (GPV). ... 61
Figura 29 – Os valores comuns da organização como a base da norma SGE 21. ... 62
Figura 30 – Pirâmide da gestão sustentável. ... 63
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Figura 31 – O enquadramento do desenvolvimento sustentável na abordagem ao SIG. ... 64
Figura 32 – Programas e ferramentas para o sucesso sustentável. ... 66
Figura 33 – O enquadramento da sustentabilidade empresarial na abordagem ao SIG. ... 69
Figura 34 – Um caminho de transição em direção à excelência RSE. ... 70
Figura 35 – O enquadramento da responsabilidade social empresarial na abordagem ao SIG. ... 72
Figura 36 – Modelo de excelência nos negócios. ... 73
Figura 37 – Pirâmide de avaliação da comunicação do desempenho da sustentabilidade. ... 73
Figura 38 – Número de empresas certificadas QASST, por setor de atividade económica (31-12-2011). ... 79
Figura 39 – Número de empresas certificadas QASST, por setor de atividade (31-12-2011). ... 80
Figura 40 – Número de empresas certificadas QASST, por distrito ou região (31-12-2011). ... 81
Figura 41 – Número de empresas certificadas QASST, por NUT II (31-12-2011). ... 81
Figura 42 – Número de empresas certificadas QASST, com outros sistemas de gestão (31-12-2011). ... 82
Figura 43 – Número de empresas certificadas QASST, por organismo certificador (31-12-2011)... 82
Figura 44 – Número de empresas certificadas QASST, com distinções empresariais. ... 83
Figura 45 – Número de empresas certificadas QASST, por tipo de website. ... 83
Figura 46 – Fluxograma representativo do método de investigação. ... 97
Figura 47 – Forma da relação logística entre as variáveis dependente e independente. ... 99
Figura 48 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 1). ... 101
Figura 49 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 2). ... 101
Figura 50 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 3). ... 102
Figura 51 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 4). ... 103
Figura 52 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 5). ... 104
Figura 53 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgaram relatórios (Categoria 5)... 104
Figura 54 – Membros-associados do BCSD Portugal, que divulgaram o RS. ... 105
Figura 55 – Gestão do conhecimento na génese do relatório de sustentabilidade. ... 106
Figura 56 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 6). ... 106
Figura 57 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 7). ... 107
Figura 58 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 8). ... 107
Figura 59 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Categoria 9). ... 108
Figura 60 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Indicadores). ... 108
Figura 61 – Número de empresas certificadas QASST, que divulgam informação (Itens). ... 110
Figura 62 – Relação da dimensão das categorias das variáveis independentes. ... 117
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Estrutura gráfica da dissertação de mestrado. ... 8
Tabela 2 – Principais marcos do percurso histórico do desenvolvimento sustentável. ... 11
Tabela 3 – O conceito de sustentabilidade empresarial na perspetiva de vários autores. ... 19
Tabela 4 – Os nove princípios da gestão empresarial sustentável... 20
Tabela 5 – Benefícios da comunicação da sustentabilidade empresarial. ... 27
Tabela 6 – O conceito de responsabilidade social empresarial na perspetiva de vários autores. ... 33
Tabela 7 – Estádios de responsabilidade social empresarial. ... 34
Tabela 8 – A dimensão interna e externa da responsabilidade social empresarial. ... 35
Tabela 9 – Indicadores Ethos de responsabilidade social empresarial. ... 37
Tabela 10 – Princípios fundamentais dos relatórios de responsabilidade social. ... 38
Tabela 11 – Princípios e orientações de suporte à responsabilidade social empresarial. ... 40
Tabela 12 – Motivações para a divulgação de informação relacionada com a RSE. ... 41
Tabela 13 – Comparação da divulgação de relatórios em formato “papel” vs “web”. ... 43
Tabela 14 – O conceito de sistema integrado de gestão na perspetiva de vários autores. ... 47
Tabela 15 – Referenciais de apoio à integração dos sistemas de gestão. ... 50
Tabela 16 – Resumo das estratégias de integração referidas na literatura. ... 51
Tabela 17 – Resumo das metodologias e modelos de integração referidos na literatura. ... 52
Tabela 18 – Motivações para a integração dos sistemas de gestão. ... 54
Tabela 19 – Benefícios (vantagens) da integração dos sistemas de gestão. ... 55
Tabela 20 – Barreiras (dificuldades) à integração dos sistemas de gestão. ... 56
Tabela 21 – Exemplos de partes interessadas, e das suas necessidades e expectativas. ... 58
Tabela 22 – Abrangência (interna e/ou externa) do requisito da comunicação por referencial. ... 58
Tabela 23 – Princípios da AA10000APS (2008). ... 59
Tabela 24 – Incorporando o desenvolvimento sustentável em cada elemento do SIG. ... 65
Tabela 25 – Resumo da literatura sobre sustentabilidade empresarial pela integração no SIG. ... 68
Tabela 26 – Etapas da técnica de investigação designada por análise de conteúdo. ... 75
Tabela 27 – Classificação utilizada na análise de conteúdo da informação divulgada no website. ... 77
Tabela 28 – Organismos de certificação que operam em Portugal. ... 78
Tabela 29 – Caraterização dos setores de atividade: primário, secundário e terciário. ... 80
Tabela 30 – Categorias de análise para investigação da sustentabilidade e responsabilidade social. ... 84
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Tabela 31 – Relação das categorias, subcategorias e unidades de análise estudadas. ... 89
Tabela 32 – Relação dos pesos e itens da informação divulgada por indicador (categoria). ... 95
Tabela 33 – Caraterização das variáveis (dependente e independentes) de investigação. ... 98
Tabela 34 – Relação do número (N) e percentagem (%) de empresas que divulgam itens. ... 109
Tabela 35 – Análise estatística descritiva da variável dependente... 112
Tabela 36 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por distrito ou região. ... 112
Tabela 37 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por NUT II. ... 113
Tabela 38 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por dimensão da empresa. ... 113
Tabela 39 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por forma jurídica... 113
Tabela 40 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por setor de atividade económica. ... 114
Tabela 41 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por setor de atividade. ... 115
Tabela 42 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por número de rankings. ... 115
Tabela 43 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por tipo de sistemas de gestão. ... 116
Tabela 44 – Valor do Índice de Divulgação de Informação (IDI), por organismo de certificação. ... 116
Tabela 45 – Análise descritiva da relação entre variáveis dependente e independentes. ... 117
Tabela 46 – Resultados estatísticos do Teste Mann-Whitney – U. ... 118
Tabela 47 – Caraterização da variável dependente transformada IDI (logit). ... 119
Tabela 48 – Resultados do modelo da regressão logística binária. ... 120
Tabela 49 – Parâmetros estatísticos da regressão logística binária. ... 121
Tabela 50 – Resultados das hipóteses de investigação. ... 124
INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
1.1. ENQUADRAMENTO GERAL
Na atualidade, conceitos como “Sustentabilidade das Organizações”, “Responsabilidade Social” e
“Responsabilidade Corporativa”, entre outros, têm estado na moda, sendo estes vistos como as
«palavras-chave», na abordagem holística à gestão empresarial (Matias
1, 2012). No entanto, conceitos como Sustentabilidade Empresarial (SE) e Responsabilidade Social Empresarial (RSE), ainda têm contornos mal definidos e são utilizados, pelos estudiosos e profissionais, com pouco rigor e muitas vezes de forma contraditória (Leal, Caetano, Brandão, Duarte, & Gouveia, 2011). No âmbito de investigações recentemente desenvolvidas foram propostos para o universo empresarial, modelos conceptuais de integração no Sistema Integrado de Gestão (SIG) da qualidade (ISO 9001), ambiente (ISO 14001), segurança e saúde do trabalho (OHSAS 18001), os conceitos da Sustentabilidade Empresarial (Asif, Searcy, Zutshi, & Ahmad, 2011) e da Responsabilidade Social Empresarial (Asif, Searcy, Zutshi, & Fisscher, 2013), seguindo uma estrutura de implementação baseada no ciclo da melhoria contínua (Plan – Do – Check – Act), e na focalização nos requisitos e pressões das partes interessadas. Na perspetiva da Sustentabilidade Empresarial e da Responsabilidade Social Empresarial as organizações além de adotarem práticas adequadas na vertente económica, integram também as preocupações ambientais e sociais nas suas operações e na sua interação com as partes interessadas, com o objetivo de melhorar a empresa, a comunidade local e a sociedade em geral (Zwetsloot &
Marrewijk, 2004). Segundo esta abordagem, as empresas visam alcançar os pressupostos da boa gestão económica, ambiental e social das organizações, tendo como linha orientadora as três dimensões do Desenvolvimento Sustentável (DS). Kleine & Hauff (2009) consideram que atualmente o conceito “Responsabilidade Social Empresarial” aproxima-se da tentativa de implementar a visão do Desenvolvimento Sustentável a um nível empresarial. Mas na verdade, o termo “Sustentabilidade Empresarial”, pode ser visto como sendo o conceito mais adequado. O crescente interesse da sociedade em assuntos sociais, ambientais e éticos tem obrigado as empresas a divulgar mais informação relativa à sua atividade empresarial, em termos sociais, ambientais e éticos (Tagesson, Blank, Broberg, & Collin, 2009). As questões ligadas ao tema da sustentabilidade estão adquirir uma importância crescente em termos mundiais, pela relação das empresas com as suas partes interessadas (Roca & Searcy, 2012). O que fundamentou nos últimos anos, o rápido crescimento da divulgação de informação por parte das empresas, sobre as suas iniciativas no âmbito da sustentabilidade (Roca & Searcy, 2012). As designações atribuídas aos relatórios que são disponibilizados publicamente pelas empresas, variam muito, podendo estes assumir diferentes nomes, tais como: "sustentabilidade", "desenvolvimento sustentável",
"responsabilidade social empresarial", "responsabilidade empresarial", "triple bottom line
2", e
"responsabilidade
3", entre outros (Roca & Searcy, 2012; Archel, Fernández, & Larrinaga, 2008).
1
Sandra Matias, Diretora da SGS ICS Portugal - Sociedade Geral de Superintendência, S.A.
2
Triple Bottom Line, expressão anglo-saxónica para a tridimensionalidade do conceito de Desenvolvimento Sustentável.
3
Tradução da expressão anglo-saxónica «accountability».
INTRODUÇÃO
A maioria dos estudos empíricos realizados no âmbito da divulgação de informação sobre responsabilidade social, utiliza o relatório e contas anual, por ser considerado uma ferramenta importante no processo de comunicação da empresa com as partes interessadas (Gray, Kouhy, &
Lavers, 1995b; Zeghal & Ahmed, 1990), o qual também é utilizado em estudos de divulgação de informação de caráter ambiental (Burritt & Welch, 1997). O relatório de sustentabilidade é também outro documento muito utilizado em estudos de divulgação de informação no âmbito da sustentabilidade (Christofi, Christofi, & Sisaye, 2012; Dias, 2009a; Kolk, 2004; Nossa, 2002), o qual pode ser divulgado em “diferentes formatos, incluindo digital ou impresso, isolado ou associado a relatórios anuais ou financeiros” (GRI, 2006, p. 6). Contudo Pollach (2003), defende que a Internet e as páginas web (website
4) estão cada vez mais, a substituir as formas tradicionais de comunicação empresarial (prospetos e brochuras impressas), visto permitir divulgar informação direcionada às partes interessadas (Branco & Rodrigues, 2006). Nos nossos dias, a Internet é vista como um meio de comunicação privilegiado e muito importante, ao qual as empresas recorrem frequentemente para divulgar informação de natureza diversa, neste sentido têm sido vários os estudos de investigação realizados nas últimas duas décadas, que abordam a questão da divulgação de informação no website das empresas, no âmbito do relato da sustentabilidade (Martins, 2011; Morhardt, 2010), do relato da responsabilidade social (Vilar, 2012; Correia, 2010;
Felisberto, 2010; Monteiro, 2010; Dincer & Dincer, 2010; Tagesson, Blank, Broberg, & Collin, 2009;
Barros, 2008; Wanderley, Lucian, Farache, & Filho, 2008; Capriotti & Moreno, 2007; Chaudhri &
Wang, 2007; Filho & Wanderley, 2007; Pollach, 2005, 2003; Patten, 2002), do relato ambiental (Bolívar, 2009; Jose & Lee, 2007) e do relato financeiro (Alves, 2005; Gassen, 2001). No entanto, outros estudos no âmbito do relato da sustentabilidade (Sobhani, Amran, & Zainuddin, 2012; Dias, 2009a; Frost, Jones, Loftus, & Van Der Laan, 2005), do relato da responsabilidade social (Branco
& Rodrigues, 2008, 2006; Williams & Pei, 1999) e do relato ambiental (Duarte, 2011), comparam a divulgação de informação disponibilizada no website da empresa, com a divulgada no relatório de sustentabilidade, e no relatório e contas tradicional. São vários os fatores (explicativos), possíveis de influenciar o tipo de informação divulgada pela empresa, tais como: a dimensão da empresa (Tagesson, Blank, Broberg, & Collin, 2009; Barros, 2008; Branco & Rodrigues, 2008; Archel, Fernández, & Larrinaga, 2008; Brammer & Pavelim, 2008; Adams, Hill, & Roberts, 1998; Hackston
& Milne, 1996; Gray, Kouhy, & Lavers, 1995b), o setor de atividade da empresa (Amorim, 2010;
Correia, 2010; Tagesson, Blank, Broberg, & Collin, 2009; Wanderley, Lucian, Farache, & Filho, 2008; Barros, 2008; Branco & Rodrigues, 2008; Brammer & Pavelim, 2008; Alves, 2005), a localização geográfica da empresa (Monteiro, 2010; Correia, 2010; Barros, 2008; Alves, 2005;
Kolk, 2004; Deegan, Rankin, & Tobin, 2002; Hackston & Milne, 1996; Gray, Kouhy, & Lavers, 1995b), a forma jurídica da empresa (Barros, 2008; Alves, 2005) e a exposição da empresa aos media (Brammer & Pavelim, 2008; Branco & Rodrigues, 2008; Ayuso & Larrinaga, 2003).
4
Website, define-se como sendo uma ou mais páginas da Internet ou do inglês World Wide We (WWW), isto é, documentos individuais escritos no formato Hypertext Markup Language (HTML). O material meramente disponibilizado para descarga (download), ou seja, documentos em formato Portable Document Format (PDF), não são qualificados como uma página da Internet. A página inicial (homepage) é a página de abertura de um sítio (site) da Internet, ou seja é a primeira página que o visitante acede quando digita o endereço eletrónico da empresa na Internet (Pollach, 2003).
INTRODUÇÃO
O objeto de estudo proposto visa a investigação da divulgação de informação sobre Sistemas Integrados de Gestão (SIG), Sustentabilidade Empresarial (SE) e Responsabilidade Social Empresarial (RSE), que é comunicada no website das empresas portuguesas certificadas em Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho (QASST). Na génese da fundamentação do objeto de estudo esteve a «Teoria da Legitimidade» e a «Teoria dos Stakeholders
5». Segundo a Teoria da Legitimidade, existe um «contrato social
6» entre a empresa e a sociedade, perante o qual a empresa de forma voluntária, deve informar a sociedade em que atua, relativamente às atividades e operações que desenvolve (Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004). Esta teoria considera que a sociedade permite as empresas existirem e terem direitos, esperando em troca que elas correspondam às suas expectativas (Barros, 2008). A Teoria da Legitimidade está intimamente ligada à Teoria dos Stakeholders (Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004). Assim sendo, a Teoria dos Stakeholders é baseada na noção de que as empresas têm várias partes interessadas, definidas como “grupos e indivíduos que são beneficiados ou prejudicados por ações da empresa, e cujos direitos são violados ou respeitados por estas mesmas ações”
(Freeman, 1998, p. 174). Esta teoria sugere que todas as partes interessadas têm o direito de receber informações, sobre as atividades como a organização gere os seus impactes (ambientais, sociais, segurança, etc.), mesmo que as partes interessadas optem por não utilizar tal informação, em seu proveito (Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004). Segundo Barros (2008) a teoria da legitimidade atribui grande importância à sociedade, enquanto a teoria dos stakeholders considera todas as partes que, direta ou indiretamente, podem ser afetadas pelas ações da empresa nomeadamente, acionistas, trabalhadores, clientes, fornecedores, investidores, credores, governo e o público em geral. O pressuposto da utilização da Internet, como sendo a principal fonte de informação para a análise exploratória da investigação, foi motivada pela verificação de que os websites estão a ser cada vez mais utilizados no estudo da divulgação desta informação (Branco
& Rodrigues, 2006; Patten, 2002). O método de investigação assentou na «Análise de Conteúdo», a qual é uma técnica de recolha de dados que envolve a codificação de informação qualitativa e quantitativa em categorias predefinidas de forma a identificar tendências na apresentação e na divulgação da informação (Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004; Krippendorff, 2004; Milne &
Adler, 1999). Esta técnica é muito frequente em estudos para análise da divulgação de informação sobre ambiente, sustentabilidade e responsabilidade social nos websites das empresas (Vilar, 2012; Martins, 2011; Amorim, 2010; Correia, 2010; Felisberto, 2010; Monteiro, 2010; Tagesson, Blank, Broberg, & Collin, 2009; Barros, 2008; Wanderley, Lucian, Farache, & Filho, 2008; Branco &
Rodrigues, 2006; Patten, 2002; Williams & Pei,1999). A informação divulgada pelas empresas na Internet (website), pode ser classificada em diversas categorias de análise, tais como: (1) estrutura do website da empresa, (2) estratégia empresarial «quem somos», (3) políticas empresariais, (4) manuais, códigos & outros documentos empresariais, (5) relatórios & declarações empresariais, (6) indicadores & índices empresariais, (7) certificados & registos empresariais, (8) referenciais, símbolos & marcas empresariais e (9) projetos de envolvimento com a comunidade, entre outras.
5
Termo anglo-saxónico que designa o conjunto de todas as partes interessadas, que estão afetas à empresa.
6
O «contrato social», “é usado para representar a multiplicidade de expectativas que a sociedade tem, sobre a forma como a organização deve realizar as suas operações” (Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004, p. 284).
INTRODUÇÃO
Atualmente, as organizações podem ser questionadas a demonstrar como é que se relacionam com as comunidades locais, como é que gerem o capital humano, como asseguram a segurança e saúde dos seus colaboradores e, como é, que respeitam o ambiente (Fonseca & Sampaio, 2011).
Segundo Pires (2012) as atividades da organização devem enquadrar-se nas preocupações com a preservação do ambiente, com o impacte social e com o impacte económico. O que promove o desenvolvimento de metodologias para integrar os aspetos ambientais, de segurança e saúde do trabalho e de responsabilidade social no sistema global das organizações (Fonseca & Sampaio, 2011). Sendo que a metodologia de integração é um ponto muito importante, que depende da decisão tomada por cada organização, visto ainda não existir uma norma internacional (Bernardo, Casadesus, Karapetrovic, & Heras, 2009). Existem contudo referenciais normativos internacionais como a ISO 26000:2010
7e nacionais como a NP ISO 26000:2011
8e a NP 4469-1:2008
9, que definem de forma integrada o conceito de responsabilidade social, no âmbito dos sistemas de gestão empresarial, como representado na Figura 1, a ISO 26000 deve ser considerada a norma
“umbrela” de todos os sistemas de gestão, a qual visa alcançar uma maior responsabilidade (ética) e sustentabilidade da organização (Matias, 2012). As divulgações de informação no âmbito da responsabilidade social, podem ser definidas lato sensu como divulgações de âmbito e cariz ambiental, ético, humano e social (Hackston & Milne, 1996; Gray, Kouhy, & Lavers, 1995a, 1995b).
Figura 1 – O edifício normativo dos sistemas de gestão.
(Fonte: adaptado de Matias, 2012)
Um Sistema Integrado de Gestão (SIG), que seja genérico, flexível, integrador, evolutivo e simples, que integre os sistemas de gestão da Qualidade (ISO 9001), Ambiente (ISO 14001), Segurança e Saúde do Trabalho (OHSAS 18001), entre outros, tais como, Gestão do Risco (ISO 31000), Responsabilidade Social (SA 8000) e Segurança da Informação (ISO 27001), pode ser progressivamente mais integrado, o que permite que as empresas sejam ainda mais capazes, melhorando o desenvolvimento dos seus negócios e consequentemente, obtenham o sucesso sustentado (Santos, Rebelo, Barros, & Pereira, 2012). A implementação integrada dos sistemas, pode ser um contributo decisivo para uma abordagem também integrada do negócio (Pires, 2012).
7
Norma internacional ISO 26000:2010 – Guidance on social responsibility.
8
Norma nacional NP ISO 26000:2011 – Linhas de orientação da responsabilidade social.
9
Norma nacional NP 4469-1:2008 – Sistema de gestão da responsabilidade social. Parte 1: Requisitos e linhas de orientação para a sua utilização.
RESPONSABILIDADE & SUSTENTABILIDADE
GESTÃO DA QUALIDADE ISO 9001 GESTÃO DO RISCO ISO 31000
PESSOAS NP 4427
PESSOAS OHSAS 18001/NP 4397/SA 8000
INOVAÇÃO NP 4457
RECURSOS NP 4492/ISO 50001
NORMAS SETORIAIS GESTÃO/PRODUTO/SERVIÇO
AMBIENTE ISO 14001/EMAS
RECURSOS ISO 27001/ISO 22301/ISO 28000 ISO 26000
INTRODUÇÃO
1.2. MOTIVAÇÕES
Na génese da investigação esteve a motivação do autor em caracterizar as empresas portuguesas certificadas em Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho (QASST), bem como compreender e saber como os conceitos: Sistemas Integrados de Gestão (SIG), Sustentabilidade Empresarial (SE) e Responsabilidade Social Empresarial (RSE), são abordados no website da empresa, e comunicados às partes interessadas da organização, sob a forma dos princípios do Desenvolvimento Sustentável (DS). Nos nossos dias, a literatura científica relativa ao tema da integração da sustentabilidade empresarial nos processos de negócio, através dos sistemas integrados de gestão é limitada (Asif, Searcy, Zutshi, & Ahmad, 2011), o mesmo se constata quando se fala de responsabilidade social empresarial (Asif, Searcy, Zutshi, & Fisscher, 2013).
Encontrando-se o trabalho de investigação nesta área ainda num estágio embrionário, havendo a necessidade urgente de alargar a investigação, com mais pesquisas sobre a integração da SE e RSE nos processos de negócio da empresa (Asif, Searcy, Zutshi, & Fisscher, 2013). Em Portugal, destacam-se os estudos de investigação realizados no âmbito dos Sistemas Integrados de Gestão (Mendes, 2007), Sustentabilidade Empresarial (Silva, 2010; Dias, 2009b), Responsabilidade Social Empresarial (Fonseca, 2012a; Amorim, 2010; Barros, 2008; Branco & Rodrigues, 2008), Relato Ambiental (Duarte, 2011; Barros, 2011) e Relato Financeiro (Alves, 2005). No entanto, urge a necessidade de uma investigação holística (aglutinadora) que estude a divulgação da informação, que é comunicada no website das empresas certificadas QASST, no âmbito dos SIG, SE e RSE.
Esta necessidade é identificada pelo autor aquando da prestação de serviços de consultoria em
empresas certificadas, verificando que estas têm dificuldade de identificar quais os conteúdos a
divulgar no website, no âmbito dos sistemas de gestão. A investigação foi fundamentada no
modelo conceptual da Figura 2, onde o eixo central representa a empresa, como sendo uma
estrutura sólida, assente na sua visão, missão, valores, princípios e objetivos, aspetos estes que
suportam a estratégia e cultura da empresa, e promovem o movimento da empresa em direção ao
sucesso (excelência empresarial). A organização é vista em termos holísticos como um sistema
dinâmico sujeito a ajustes e reajustes de ordem interna e externa, como os que ocorrem numa
estrutura mecânica modular. As áreas temáticas (descritores) que envolvem e integram a
organização, tais como: a qualidade, ambiente, segurança, economia, sociedade, entre outras,
bem como as partes interessadas, são representadas no modelo como engrenagens mecânicas
que promovem e influenciam o movimento da empresa em direção ao DS. Estas áreas temáticas
incorporadas na empresa, são por sua vez orientadas e dirigidas segundo referenciais nacionais e
internacionais (requisitos legais e normativos), os quais promovem a implementação de sistemas
de gestão suportados nos princípios da metodologia: Plan – Do – Check – Act (PDCA). No modelo
proposto o ciclo da melhoria continua (PDCA), toma a posição central por ser muito relevante para
a estratégia e cultura da empresa, visto representar o fator chave (motor) que permite e promove a
integração dos vários sistemas de gestão. O SIG é apresentado no modelo como sendo o
elemento fulcral do processo de gestão da comunicação empresarial, uma vez que este incorpora
e integra os vários requisitos da comunicação (interna e externa), que estão na génese dos
referenciais dos sistemas de gestão (ver Tabela 22). No modelo o Website da Empresa (canal de
INTRODUÇÃO
comunicação privilegiado) é apresentado como uma porta aberta à comunidade mundial, o qual permite demonstrar a transparência da estratégia e cultura empresarial seguida pela Gestão de Topo em prol do DS, visto que através deste se consegue facilmente divulgar informação para todo o mundo, nas vertentes da SE e RSE. A informação que é comunicada pela organização às partes interessadas é alvo de análise e reflexão, a mensagem percecionada pelas partes interessadas vai ditar a sentença destas face à posição da empresa no mercado global, contribuindo assim para influenciar a continuidade e legitimidade da existência da estratégia e cultura da empresa. O feedback das partes interessadas é comunicado à empresa sob diferentes formas de informação, tais como: estudos de mercado, volume de vendas, reuniões de acionistas, reuniões da comissão de trabalhadores, reuniões de clientes e fornecedores, participação em debates e fóruns públicos, inquéritos de satisfação, reclamações, prémios empresariais, rankings empresariais, valor da marca e manifestações. A Figura 2, denominada «Infosfera
10da Empresa», retrata o modelo conceptual de comunicação da empresa com todas as partes interessadas.
Figura 2 – Modelo conceptual de comunicação da empresa com as partes interessadas.
(Fonte: Autor, 2013)
10
Infosfera, é um neologismo criado pelo filósofo Luciano Floridi, relativo ao complexo ambiente informacional, constituído por todas as entidades informacionais, suas propriedades, interações, processos e demais relações (WIKIPÉDIA, 2013).
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
NO ÂMBITO
DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
NO ÂMBITO
DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Economia
Plan
Do
Check Act SIG
Empresa
Ambiente
Qualidade Segurança Sociedade
SA 8000
EMAS
ISO 9001 AA 1000
GRI
ISO 14001 OHSAS 18001
ISO 26000 NP 4397 WEBSITE
SUSTENTABILIDADE
EMPRESARIAL RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMPRESARIAL SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO
SISTEMAS DE GESTÃO
SISTEMAS DE GESTÃO DIVULGAÇÃO
DE INFORMAÇÃO
PARTES INTERESSADAS
INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO
INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO
PLAN DO CHECK ACT
PLAN DO CHECK ACT
C O M U N I C A Ç Ã O C
O M U N I C A Ç Ã O
Excelência Empresarial Estratégia & Cultura
Descritores
Requisitos Legais & Normativos
Missão
Visão Valores
INTRODUÇÃO
1.3. OBJETIVOS
O objeto de estudo da presente dissertação de mestrado, fundamenta-se e centra-se na investigação da divulgação de informação, sobre o Sistema Integrado de Gestão (SIG), Sustentabilidade Empresarial (SE) e Responsabilidade Social Empresarial (RSE), que é comunicada através do website das empresas certificadas em Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho (QASST). Neste sentido, foram estabelecidos dois (2) objetivos específicos:
i) Conhecer a tipologia
11padrão que assumem os conteúdos comunicados no website das empresas portuguesas com Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho (SGQASST) certificados, no âmbito da divulgação de informação sobre o Sistema Integrado de Gestão (SIG), Sustentabilidade Empresarial (SE) e Responsabilidade Social Empresarial (RSE);
ii) Conhecer o perfil
12base da empresa portuguesa com Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho (SGQASST) certificados, que com maior proeminência recorre ao website da empresa para comunicar e divulgar informação sobre o Sistema Integrado de Gestão (SIG), Sustentabilidade Empresarial (SE) e Responsabilidade Social Empresarial (RSE).
1.4. METODOLOGIA
A investigação teve como suporte uma Base de Dados desenvolvida com recurso ao software Microsoft Office Excel
®2010, na qual foram integrados os dados de identificação de todas as empresas a operar em Portugal, que detivessem no final do ano de 2011 a certificação simultânea do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001), Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001) e Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (OHSAS 18001/NP 4397). A revisão da literatura foi a «pedra angular» que esteve na base da fundamentação e organização da Lista de Verificação, que permitiu a análise exploratória dos websites das empresas. O estudo é «Uma Análise Exploratória» na medida em que os temas da informação divulgada podem assumir diversas nomenclaturas e estar mais ou menos explícitos no website das empresas (Vilar, 2012).
A investigação recorreu à «Análise de Conteúdo», a qual se define como uma técnica utilizada para medir objetivamente, sistematicamente e qualitativamente o conteúdo da comunicação (Krippendorff, 2004; Gray, Kouhy, & Lavers, 1995a). A informação analisada foi caraterizada em categorias, subcategorias e unidades de análise, e medida com recurso ao Índice de Divulgação de Informação (IDI), o qual se denomina por variável dependente. O tratamento estatístico foi efetuado com os softwares IBM SPSS Statistics
®20 e Microsoft Office Excel
®2010. A abordagem aos resultados da investigação visou uma análise univariada, bivariada e multivariada dos dados.
11
Tipologia, define-se no âmbito da investigação, como o estudo dos traços caraterísticos de um conjunto de dados e determinação dos seus tipos (em termos da: designação, conteúdo, forma e formato da informação divulgada no website).
12