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A PERCEPÇÃO DA DOCÊNCIA SOBRE A RELEVÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE GESTÃO AMBIENTAL E RESPOPNSABILIDADE SOCIAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

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A PERCEPÇÃO DA DOCÊNCIA SOBRE A RELEVÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE GESTÃO AMBIENTAL E RESPOPNSABILIDADE SOCIAL EM UMA INSTITUIÇÃO

DE ENSINO SUPERIOR

Danielle Rabelo Costa*, Marcos James Chaves Bessa, Ana Paula Vasconcelos de Oliveira Tahim, Sergio Horta Mattos, Raquel Alves Pereira Viana

*

Mestranda em Educação (FCU), docente do curso de Engenharia de Produção e Biomedicina do Centro Universitário de Quixadá; E-mail: daniellerabelo@unicatolicaquixada.edu.br

RESUMO

As Disciplinas de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social mostram e trazem a importância de inserir a dimensão ambiental no cotidiano profissional, fazendo com que seja incorporado nos projetos, gerenciamento e controle da poluição ambiental das empresas, alertando para uma análise crítica dos problemas que a humanidade e o meio ambiente atravessam, e buscando estratégias que possam garantir melhoria da qualidade de vida e um planeta mais sustentável. As disciplinas pesquisadas podem ser uma área de atuação para o profissional de extrema relevância, tendo seus estudos demonstrados que os conteúdos ministrados nas disciplinas são temas que estão em ênfase nos dias atuais.

O objetivo da pesquisa foi identificar como o docente do curso de graduação tem percebido importância das disciplinas ministradas para o seu cotidiano profissional e seus efeitos dentro e fora dos cursos. Trata-se de uma pesquisa quantitativa aplicada aos professores de uma IES do sertão central do Ceará cujos dados foram obtidos mediante a aplicação de um questionário. Os resultados mostraram que os docentes são conscientes quanto à importância dos temas adotados nas duas disciplinas e que estas podem ser um instrumento eficiente e eficaz para a mudança de valores, conceitos e comportamentos na área ambiental. Portanto as disciplinas Gestão Ambiental e Responsabilidade Social devem ser cada vez mais implementadas na vida acadêmica e vivenciadas nos projetos de extensão e pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Graduação. Percepção Ambiental. Sustentabilidade.

INTRODUÇÃO

Diversas mudanças aconteceram mundialmente em relação à preservação do meio ambiente. Novas legislações, desenvolvimento de sistemas de gestão mais eficazes, certificações e preocupação com a preservação ambiental, tornaram-se realidade e atualizações são realizadas a cada instante.

No Brasil a Lei 9.795 de 27 de abril de 1999 dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Entende-se por educação ambiental os processos que o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências direcionadas a conservação do meio ambiente, fundamental a qualidade de vida e sua sustentabilidade. Em nosso País apenas em 2004, o Governo Federal cria o Programa Nacional de Educação Ambiental como forma de incentivar as ações que visem um planejamento para melhoria socioambiental através da educação. Esta lei estabelece em suas linhas de ação que a educação ambiental por meio do ensino formal que haja uma reestruturação da educação em direção à sustentabilidade; inclusive inserindo disciplinas sobre meio ambiente na formação universitária, tornando esse tema transversal ao ensino, à pesquisa e à extensão.

A missão das IES (Instituição de Ensino Superior) são o ensino e a formação para a tomada de decisão do futuro – ou dos cidadãos mais capacitados para a tomada de decisão. Essas instituições possuem experiência na investigação interdisciplinar e, por serem promotores do conhecimento, acabam assumindo um papel essencial na construção de um projeto de sustentabilidade.

As disciplinas no geral mostram e trazem a importância de inserir a dimensão ambiental no cotidiano profissional.

Fazendo com que seja incorporado nos projetos, gerenciamento e controle da poluição ambiental das empresas, alertando para uma análise crítica dos problemas que a humanidade e o meio ambiente atravessam, e buscando estratégias que possam garantir melhoria da qualidade de vida e um Planeta mais sustentável.

Essas disciplinas têm muito a contribuir para os cursos de Graduação, pois suas ementas dessas disciplinas abordam vários pontos importantes que podem ser aplicados no seu mundo profissional cabendo ao docente evidenciar esse processo de uma forma que os discentes possam colocar em sua futura rotina profissional.

Gestão Ambiental e Responsabilidade Social

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A Gestão Ambiental discute a importância de inserir a dimensão ambiental no cotidiano profissional, fazendo com que esta seja incluída nos projetos, gerenciamento e controle da poluição ambiental das empresas. Alertando, assim, para uma análise crítica dos problemas que a humanidade e o meio ambiente atravessam, e buscando estratégias que possam garantir melhoria da qualidade de vida e um Planeta mais sustentável. (NICOLELLA, 2004).

A responsabilidade social é a forma de gerir as organizações com transparência e ética com todos os stakeholders com os quais a empresa possui relação e ainda buscar o desenvolvimento sustentável da sociedade, cuidando dos recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade e com objetivo de reduzir as desigualdades sociais (ETHOS, 2011).

Segundo Nilsson (1998), “gestão ambiental envolve planejamento, organização, e orienta a empresa a alcançar metas [ambientais] especificas, em uma analogia, por exemplo, com o que ocorre com a gestão de qualidade”.

Elkington (1999) ressalta que o momento atual de revolução cultural exige que as empresas, muito mais que as organizações governamentais e não governamentais, estejam preparadas para se sentarem no “banco do motorista”, guiando em direção ao desenvolvimento sustentável.

Acredita-se que para que isto aconteça é importante que a empresa esteja disposta a preservar o meio ambiente, assim como atingir suas metas de redução de custos e competitividade de mercado.

D’Avignon (1996) define gestão ambiental como a parte da função gerencial que trata, determina e implementa a política de meio ambiente estabelecida para a empresa.

De acordo com Barbieri (2007), o atual estágio da gestão ambiental se constitui em um processo evolutivo composto por um conjunto de fases, o qual é passível de implantação gradual mediante práticas apropriadas. Assim, é necessário que a empresa se posicione quanto ao êxito obtido até determinado momento, bem como o quanto, ainda falta para atender a um estágio considerado ideal pelo poder público e pela sociedade.

Com o passar do tempo à preocupação ambiental, juntamente com a intensificação das problemáticas a ela atreladas, acarreta em modificações no posicionamento das empresas, rumo à incorporação e gestão da dimensão ambiental em seus negócios (HOFFMAN, 1999). As empresas, são historicamente consideradas principais responsáveis pela degradação ambiental, necessitam se transformar em agentes de alteração desse quadro (STEAD e STEAD, 1996).

Donaire (1999, p. 56) ressalta que organizações que possuem na área de P&D equipes flexíveis e criativas; que se caracterizam por ciclos curtos de desenvolvimento de processos produtos e que estão atualizadas com as informações sobre novas tecnologias, podem não só viabilizar a causa ambiental internamente, mas também transformar esteknow- howem atividades de consultoria para outras empresas.

Educação Para a Sustentabilidade no Ensino Superior Brasileiro

Barth e Rieckmann (2012) ressaltam que a Educação para a Sustentabilidade no Ensino Superior representa um novo desafio para o sistema acadêmico uma vez que muita Universidade tem realizado atividades para a sua implementação, e vários estudos de caso, bem como estudos sobre as barreiras dos processos, documentos, diretrizes, com objetivo da busca de novos desafios e novas metodologias para a inserção da sustentabilidade nos currículos.

Nobre, Menezes e Frega (2012) questionam com base nas resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) e conceitos da teoria construtivista de Jean Piaget (1896-1980) que para caracterizar o processo de Educação para a Sustentabilidade (EpS) no Ensino, de maneira transversal, é necessário desenvolver o discente em cinco dimensões: a consciência; conhecimento; atitude, capacidade e participação. Esses pilares são fundamentais para o desenvolvimento da EpS, já que a educação para uma sociedade sustentável deve estar centrada nos estudantes e no desenvolvimento de sua autonomia, juntamente com a produção de conhecimento e cultural, para a formação de discentes com pensamento coletivo.

Shrivastava (2010) salienta que nossas práticas atuais de ensino na gestão sustentável estão repletas de fatos científicos,

ferramentas analíticas, modelos de otimização e técnicas de gestão destacando que um dos pilares para a aprendizagem

da sustentabilidade na educação é a pedagogia da paixão com o objetivo de auxiliar os estudantes a compreenderem e

resolverem problemas, a paixão para a sustentabilidade pode ser ensinada utilizando uma pedagogia holística que

integra a aprendizagem física e emocional ou espiritual com cognitivo (intelectual) de aprendizagem tradicional sobre o

manejo sustentável.

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No Brasil, o Ministério da Educação – MEC, nas últimas décadas vem realizando uma série de mudanças no sistema de ensino. Como parte integrante e articulador desse processo, está o Conselho Nacional de Educação – CNE, que criou um conjunto de diretrizes e políticas com o propósito de promover a melhoria contínua da qualidade da educação superior brasileira. Em 14 de abril de 2004 foi criada pelo CNE a Lei N. 10.861 que estabelece o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES. O PDI é o instrumento de planejamento que subsidia os seguintes subsistemas de avaliação do SINAES: avaliação institucional – composta pelo auto avaliação e avaliação externa;

avaliação do desempenho de estudantes (ENADE) e avaliação de cursos de graduação.

A sustentabilidade no ensino está presente na Constituição Federal Brasileira - CFB de 1988, no texto relativo ao artigo 214, que visa articular o Sistema Nacional de Educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: I erradicação do analfabetismo; II universalização do atendimento escolar; III melhoria da qualidade do ensino; IV formação para o trabalho; V promoção humanística, científica e tecnológica do País; e, VI 621estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.

(CFB, 1988, p. 127-128).

O CNE retoma esta questão no artigo 15 da Lei Federal 9.795 (27 de abril de 1999), que dispõe sobre a educação ambiental; instituindo a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências, no capítulo I, artigo 01° e 03° - a educação ambiental é enfatizada como componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.

Ao poder Público, nos termos dos artigos 205 e 225 da Constituição Federal, cabe a responsabilidade de: definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental; promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação e promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente (CNE, 1999).

Recentemente, com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - CNDUS conhecida como RIO + 20, a Sustentabilidade voltou à pauta, com a participação de chefes de estados de cento e noventa nações, na qual analisaram e propuseram mudanças sobre os recursos naturais do Planeta. Por meio deste movimento, à educação Brasileira, foi proposta a inserção da sustentabilidade na formação do discente. O Presidente do CNE em conformidade com o disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no parecer CNE/CP nº 14/2012, publicado no DOU de 15 de junho de 2012, aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental (MEC, 2012, p. 01).

De acordo com o MEC (2012, p.02), a presente resolução estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental a serem observadas pelos sistemas de ensino e suas instituições de Educação Básica e de Educação Superior, com os seguintes objetivos.

A Instituição deve observar e levar em conta o compromisso, o papel socioeducativo, ambiental, artístico, cultural e as questões de gênero, etnia, raça e diversidade que compõem as ações educativas. A organização e a gestão curricular são componentes integrantes dos projetos institucionais e pedagógicos, bem como o planejamento dos currículos deve considerar os níveis dos cursos, as idades e especificidades das fases, etapas, modalidades e da diversidade sociocultural dos estudantes (MEC, 2012, p.03). Além das normativas da CFB e do CNE o Plano Nacional de Educação –PNE, para o decênio de 2011/2020 estabelece diretrizes no projeto de Lei n°. 8.035/2010 (com vistas ao artigo 214 da CFB), inciso VI –promoção da sustentabilidade socioambiental (PNE, 2011, p. 01). Por meio destas iniciativas o Governo Brasileiro visa ampliar e fomentar o ensino para educação com vistas para a sustentabilidade.

Diante do exposto, a EpS tem sido amplamente discutida em documentos do CFB, CNE e recentemente pelo MEC. O tema está em processo evolutivo e as ações tendem a fortalecer as diretrizes e regulamentações para os próximos anos.

Diante do exposto objetivou-se com esta pesquisa desenvolvida em uma IES do município de Quixadá no interior do Ceará, estudar sobre a percepção do docente dos quanto à importância das disciplinas de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social na formação profissional dos alunos dos cursos de graduação.

METODOLOGIA

A Instituição participante da pesquisa possui 12 anos de atuação e foi uma das pioneiras no ensino superior da região do

Sertão central do Estado do Ceará. Nesta Instituição há 19 cursos de graduação com cerca 3.500 alunos, cursos de pós-

graduação, 216 docentes e 281 colaboradores com uma presença destacada na comunidade local e regional por meio de

cursos, pesquisas e serviços educacionais.

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A presente pesquisa caracteriza-se como exploratória, pois conforme HAIRET, et al. (2005) esse tipo de pesquisa é utilizada para que seja desenvolvida uma melhor compreensão do problema de pesquisa.

Visando atingir os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido a partir de uma abordagem qualitativa, ancorado em um instrumento de pesquisa, sendo composta por seis questões sobre perfil e enquadramento docente na instituição, o qual foi aplicado aos professores que cursaram a pós-graduação em Docência do Ensino Superior e aos gestores e coordenadores da IES. A pesquisa é de cunho qualitativa podendo ser caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados (RICHARDSON, et al, 1999, p. 90).

A pesquisa foi realizada com professores dos cursos de graduação, totalizando 28 questionários enviados no qual somente 10 foram devolvidos. Vale destacar que o que o projeto de pesquisa foi submetido junto ao comitê de ética com número CAAE: 56772216.1.0000.5046.

A coleta de dados foi realizada entre os dias 01 e 15 de junho de 2016, via e-mail. As respostas foram estudadas individualmente, sendo categorizadas em cada caso as principais evidências e selecionadas as principais informações para compor a análise dos resultados.

Os Docentes entrevistados responderam um questionário com perguntas relacionadas como afirmativas teóricas do trabalho. Foi utilizada a escala de Likert, que consiste de uma série de afirmações a respeito de um determinado objeto.

Para cada afirmação há uma escala de cinco pontos, correspondendo nos extremos a "concordo totalmente" e "discordo totalmente". Uma aplicação típica apresenta um número de afirmações em torno de 20, com escala de resposta de 1 a 5.

Também se utiliza a inversão de parte das afirmações para que não ocorra o efeito de halo, isto é, que o respondente marque uma alternativa em função unicamente da sua marcação para a afirmação anterior. O valor da medida é obtido através da soma dos valores das respostas às afirmações (tomando-se o cuidado de re-inverter os valores dos itens previamente invertidos).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com relação ao tempo que os professores estão na Instituição, 10 estão há 05 anos ou mais; 06 deles de 02 há 05 anos;

03 há mais de 10 anos e 01 contratação feita recentemente. O levantamento realizado sobre o perfil dos professores revelou que 12 deles possuem idade superior a 30 anos, 05 professores com idade de 30-35 anos e outros 02 deles não revelaram a idade. Vale salientar, que embora os professores da Instituição possam ser considerados jovens, a sua totalidade possuem experiência em docência por alguns anos a totalidade possui experiência em docência por alguns anos, o que é refletido na análise das questões trabalhadas.

Como principais resultados do perfil dos professores, verificou-se que os entrevistados são de várias áreas de atuação e que na sua maioria possuem Mestrado, alguns são Doutorandos e outros doutores e grande maioria possui e experiência em docência há mais de três anos.

Gestão Ambiental como Função Gerencial

Como mostra a figura 01 os entrevistados na sua maioria concordam que a Gestão Ambiental é parte da função gerencial de uma empresa.

Figura 01: Percentagem das respostas dos entrevistados quando ao conhecimento sobre gestão ambiental como função

gerencial. Quixadá-CE

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Fonte: Autor. 2016

Isto está de acordo com D’Avigon (1996) em que gestão ambiental é a parte da função gerencial que trata, determina e implementa a política de meio ambiente estabelecida para a empresa.

Conscientização Ecológica

De acordo com Daroit e Nascimento (2000) a conscientização ecológica, resulta em maiores exigências quanto ao desempenho ambiental dos produtos além da legislação ambiental que pressiona ações nos processos e produtos.

Figura02: Percentagem das respostas dos entrevistados quando a conscientização ecológica. Quixadá-CE, Fonte,

Autor. 2016

Pelo exame na figura 02 mais de 50% acreditam totalmente que as conscientizações ambientais podem dar resultado no processo das empresas e que as mesmas podem ser melhoradas com uma mudança de habito, ou seja, de rotina.

Gestões Ambientais no Planejamento e Organização das Empresas

Nilsson (1998) diz que a gestão ambiental envolve planejamento, organização, e orienta a empresa a alcançar metas [ambientais] especificas, em uma analogia, por exemplo, com o que ocorre com a gestão de qualidade.

Figura03: Percentagem das respostas dos entrevistados quando a gestão ambiental no planejamento e organizações das

empresas. Quixadá-CE.

Fonte: Autor. 2016

Como mostra a figura 03 os entrevistados na sua maioria concordam que a Gestão Ambiental é de fundamental importância para o planejamento e organizações das empresas.

Desenvolvimento Sustentável

Conforme definido por Elkington (1999) o momento atual de revolução cultural exige que as empresas, muito mais que

as organizações governamentais e não governamentais, estejam preparadas para se sentarem no “banco do motorista”,

guiando em direção ao desenvolvimento sustentável.

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Figura 04: Percentagem das respostas dos entrevistados quando ao Desenvolvimento Sustentável. Quixadá-CE. Fonte:

Autor. 2016

Os dados contidos na figura 04 revelam que a maioria dos professores (90%)concordam que as organizações empresariais devem rumar em direção ao desenvolvimento sustentável.

Gestão Ambiental nas Organizações

Para Donaire (1992) o modo de integração da gestão ambiental nas organizações segue três fases: percepção, compromisso e ação. Com isso, a cúpula administrativa (ou alta administração da empresa) é a instância responsável pela percepção da "variável ecológica" como importante para a política organizacional.

Figura 05: Percentagem das respostas dos entrevistados quando ao conhecimento da gestão ambiental nas empresas.

Quixadá-CE. Fonte: Autor. 2016

Percebe-se através da figura 05 que 100% dos entrevistados concordam que a alta cúpula das organizações é responsável pela percepção da variável ecológica.

Treinamento Ambiental

Marshall e Mayer (1992) afirmam que treinamento ambiental oferece oportunidade para as empresas aprimorarem suas práticas de gestão ambiental e obterem vantagens relacionadas à imagem corporativa e à redução de custos.

Figura 06: Percentagem das respostas dos entrevistados quando ao Conhecimento do treinamento ambiental. Quixadá- CE. Fonte: Autor. 2016

Como mostra à figura 06 a maioria dos entrevistados concordam com a afirmativa do treinamento ambiental.

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Verifica-se que, maioria dos entrevistados estão conscientes sobre a importância de estarem preparados para trabalhar com os temas abordados nas disciplinas de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social, pois é de suma importância para a formação dos alunos de graduação, uma vez que serão os futuros gestores das organizações, tomadores de decisões, e terão influência direta na condução das empresas.

Nessa concepção, Fazenda (2009) argumenta que uma das formas é recorrer às práticas interdisciplinares, pois elas passam a ser um imperativo em função das mudanças sociais vivenciadas pela sociedade, tornando-se evidente que disciplinas que trabalham isoladamente não podem dar respostas adequadas às problemáticas altamente complexas das atualidades.

CONCLUSÕES

Os resultados mostraram que a totalidade dos professores entrevistados está consciente no que se refere à importância dos temas abordados nas disciplinas Gestão Ambiental e Responsabilidade Social e que estas disciplinas relacionadas ao meio ambiente e sustentabilidade são básicas e devem participar da grade curricular de todos os cursos dado as suas interdisciplinaridades.

Também concordam que a gestão ambiental deve fazer partir do planejamento organizacional, para que a empresa tenha um desenvolvimento sustentável baseado no tripé social x econômico x ambiental.

Ficou evidenciado que as variáveis ecológicas quando bem gerenciadas tornam-se vantagens competitivas empresariais, portanto as disciplinas de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social devem ser cada vez mais implementadas na vida acadêmica e vivenciadas nos projetos de extensão e pesquisa.

Conclui-se que as disciplinas de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social podem ser um forte aliado na gestão ambiental institucional podendo se tornar um instrumento eficaz e eficiente, por meio da mudança de valores, conceitos e comportamentos, e aliada a outros instrumentos econômicos de controle, podem contribuir para a construção de uma sociedade autossustentável, priorizando o equilíbrio do meio ambiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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13. RICHARDSON, Roberto Jarry … (et al). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999 .

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