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Trabalhadoras domésticas nas cidades de Pelotas e Rio Grande (fim do século XIX) 1

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Trabalhadoras domésticas nas cidades de Pelotas e Rio Grande (fim do século XIX)

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Ana Paula do Amaral Costa

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Cozinheiras, engomadeiras, lavadeiras, copeiras, amas de leite e amas secas, funções inseridas na grande categoria denominada trabalho doméstico. Nas últimas décadas do século XIX, as ocupações exercidas pelos chamados criados de servir despertaram a atenção da policia e de legisladores, visto que acentuava-se a substituição da mão de obra escrava pela mão de obra liberta e livre nos afazeres domésticos. Neste contexto, as regulamentações sobre o trabalho doméstico foram formas de controle estipuladas para manter a ordem nos lares dos patrões e a vigilância sobre os membros que circulavam pelas casas e pelas ruas de diversas cidades brasileiras.

As expressivas quantidades de escravizados, libertos e seus descendentes nas cidades de Pelotas e Rio Grande contribuíram para as discussões e elaborações das regulamentações.

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As câmaras municipais de Pelotas e Rio Grande foram as primeiras a enviar regulamentos para a aprovação provincial, qualificando-as como as primeiras cidades do Rio Grande do Sul a possuir este tipo de controle sobre os trabalhadores domésticos. Mesmo servindo como reguladores da inserção dos trabalhadores domésticos nas relações de trabalho assalariado, as regulamentações não apresentavam garantias para os domésticos, alguns artigos, inclusive, previam multas para o descumprimento da lei. Os principais trabalhadores afetados por essa política de controle eram as mulheres, pois realizavam grande parte das funções relacionadas ao trabalho doméstico. Os próprios anúncios publicados nos jornais expressavam a requisição pela trabalhadora doméstica.

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NÃO TENHO INTERESSE EM PUBLICAR ESTE TEXTO NOS ANAIS DO EVENTO. O presente texto aponta, sem aprofundamento, algumas questões que estão sendo analisadas em minha tese.

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Doutoranda em História – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS).

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Durante o século XIX, Pelotas e Rio Grande foram importantes cidades do Rio Grande do Sul, suas produções e

exportações atraiam consideráveis números populacionais, resultando em um crescimento do meio urbano.

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Os anúncios de jornais eram repletos de oferta e procura pelo trabalhador doméstico, alguns buscando preferência por brancas(os), outros sem especificação e aqueles que deixavam claro que não importava se eram livres ou escravas(os)/brancas(os) ou negras(os). As exigências dos anúncios direcionadas as criadas e aos criados eram povoadas por uma linguagem de atributos morais, disseminada na sociedade brasileira oitocentista. Estudos direcionados a formação do mercado de trabalho doméstico, as exigências de boas referências, aos bons costumes e a honra dos criados de servir apontam, dentre outros fatores, um universo doméstico riquíssimo em representações sobre o trabalhador doméstico ideal.

Sobre a formação do mercado de trabalho doméstico, o aumento populacional nos meios urbanos das cidades brasileiras impulsionou a elevação do número de criados de servir. A historiografia sobre o tema apresenta a cidade do Rio de Janeiro como um grande celeiro de convivências entre patrões e criados, observando as aproximações e conflitos que envolviam as relações entre as duas partes. Ao analisar as publicações de anúncios sobre as atividades domésticas nos jornais da capital do Império, Flávia Souza discorre que “a partir dos anos 1870, as demandas relativas à prestação desse serviço, encontradas em conhecidos diários – como o Jornal do Comércio -, chegaram a constituir cerca de 70% do total de anúncios ligados ao mundo do trabalho que eram publicados”. Entretanto, “(...) mesmo antes da segunda metade do Oitocentos, as ofertas e as procuras referentes aos escravos domésticos – principalmente às cativas – já compreendiam a maior parte dos anúncios da escravidão”.

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Partindo da análise de Souza, é possível destacar dois pontos de discussão dos estudos sobre o mundo do trabalho doméstico: a grande quantidade de

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SOUZA, Flávia. Escravas do lar: as mulheres negras e o trabalho doméstico na Corte Imperial. In: XAVIER, Giovana, FARIAS, Juliana e GOMES, Flávio (orgs.). Mulheres negras no Brasil escravista e no pós-emancipação. São Paulo:

Selo Negro, 2012, p. 244-260. Para uma maior aprofundamento ver: SOUZA, Flávia Fernandes. Para casa de família e mais serviços: o trabalho doméstico na cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX. Rio de Janeiro, Dissertação (Mestrado em História Social), UERJ, 2009. No século XX, também houve uma expressiva presença de anúncios direcionados ao trabalho doméstico, mas que tomava novas formas na nomenclatura, como mostra o trabalho de Caetana Damasceno. Ao analisar a cor e a boa aparência no mundo do trabalho doméstico carioca, entre as décadas de 1930 a 1950, a autora observa também a substituição das expressões criada e ama por empregada doméstica e babá.

DAMASCENO, Caetana. “Cor” e “boa aparência” no mundo do trabalho doméstico: problemas de pesquisa da curta à

longa duração. In: FORTES, Alexandre [et al]. Cruzando fronteiras: novos olhares sobre a história do trabalho. São

Paulo, Eidtora Fundação Perseu Abramo, 2013.

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trabalhadores

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, refletida nos anúncios, e a presença majoritária de mulheres no exercício de ocupações domésticas.

Muitos anúncios apresentavam representações do trabalhador doméstico desejável para o exercício no interior das residências dos empregadores. Regiões populosas como Rio de Janeiro e São Paulo

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permitem uma observação mais abrangente sobre os afazeres e as exigências direcionadas aos criados, mesmo assim cidades interioranas também possuem referências quanto ao trabalho doméstico. No caso do Rio Grande do Sul, as cidades de Rio Grande e Pelotas apresentam consideráveis dados que permitem análises sobre o mundo do trabalho doméstico.

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No momento, vamos nos deter apenas às observações dos anúncios retirados de jornais das duas cidades citadas.

Precisa-se de uma criada branca ou negra de bons costumes, e que saiba cozinhar bem, e para o mais serviço doméstico de uma casa de família, na rua Pedro II, n.

121.

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Criada – Na rua 20 de fevereiro, n. I, canto da Praça 7 de Setembro, precisa-se de uma criada de conduta garantida para cozinhar e engomar.

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Criada – na casa a rua General Osório n. 100 há para alugar uma criada, apta para todo o serviço de uma casa de família.

10

Ama de leite – aluga-se uma ama de leite para informações a rua dos Príncipes n.

212.

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5

Este mercado de trabalho doméstico possuía diferenças quanto ao número de criados que trabalhavam nas residências e as atividades realizadas. Para a primeira metade do século XIX, Luiz Carlos Soares observou os ciclos de maior e menor ocupação dos criados ligados ao contexto histórico do país por meio dos escritos de viajantes. Neste período, o grande número de criados nas casas abastadas, cerca de “20 a 30 trabalhadores”, caracterizava uma ociosidade por não ter afazeres para todos. Esse ócio dos servidores domésticos levava os senhores a alugarem muitos dos seus escravos, assim, desafogavam a casa e lucravam com o aluguel. Quanto mais modestas as famílias, menor o número de escravos domésticos, sendo que as famílias pobres que “viviam mais folgadamente podiam reservar 1 ou 2 de seus escravos para estas tarefas, enquanto que os possuidores de apenas 1 ou 2 escravos eram obrigados a não só explorá-los como fonte de rendimentos, como também na execução de todos os serviços da casa”. SOARES, O “Povo de Cam” na capital do Brasil: a escravidão urbana no Rio de Janeiro do século XIX. Rio de Janeiro: FAPERJ-7Letras, 2007, p. 107-108.

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Para uma análise de anúncios referentes a São Paulo ver: MATOS, Maria Izilda. Cotidiano e cultura: história, cidade e trabalho. São Paulo: EDUSC, 2002. Para os anúnicios de fuga, venda, aluguel e oferta de trabalhor domésticos ver:

TELLES, Lorena. Libertas entre sobrados: contratos de trabalho doméstico em São Paulo na derrocada da escravidão.

São Paulo, Dissertação (Mestrado em História Social), USP, 2011.

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Como testamentos, processos crime, contratos de trabalho e, os já mencionados, regulamentos.

8

Echo do Sul, 28 de janeiro de 1888. Jornal publicado na cidade do Rio Grande.

9

Echo do Sul, 14 de janeiro de 1888.

10

Echo do Sul, 29 de janeiro de 1888.

11

Echo do Sul, 22 de fevereiro de 1888.

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Aluga-se um escravo cozinheiro e perfeito copeiro, de conduta garantida. Quem dele precisar pode dirigir-se à rua Andrade Neves, n. 49.

12

Ama de leite – aluga-se uma ama de leite sem filho na rua do Santo Antônio n.

07.

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Selecionamos alguns anúncios dos jornais Echo do Sul (Rio Grande), Onze de Junho (Pelotas) e Correio Mercantil (Pelotas) para mostrar as variadas ofertas e procuras por emprego nas duas cidades e as preocupações relacionadas à conduta dos trabalhadores. Dentre os elementos presentes nos anúncios estão as variadas ocupações que englobavam a ampla categoria de trabalho denominada criados de servir. Alguns procuravam e ofertavam uma criada ou criado para exercer apenas uma atividade enquanto outros estavam em busca de trabalhadores para inúmeras tarefas.

Os afazeres ligados ao trabalho doméstico foram considerados pelos contemporâneos e absorvidos pela historiografia como atividades de “portas adentro” e de “portas a fora”. O estudo de Sandra Graham, Proteção e obediência, procurou compreender as experiências das criadas de servir no Rio de Janeiro, entre 1860 e 1910, relacionando a proteção e a obediência entre patrões e criadas e a dicotomia entre a casa e a rua enquanto espaços que “marcavam todos os contextos da vida doméstica”.

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Segundo Graham,

(...) as criadas enviadas às ruas e praças, expostas aos grosseiros lugares públicos, eram mais velhas, resistentes, traquejadas e, sobretudo, sexualmente experientes;

por isso, seriam menos vulneráveis, enquanto as que se mantinham “portas adentro” eram as favoritas e, em consequência, as mais protegidas. Para as criadas, porém, o trabalho e os locais de trabalho podiam assumir sentidos opostos, revertendo ou neutralizando as designações tradicionais de seguro ou perigoso, limpo ou sujo, valorizado ou depreciado.

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Para a autora, os espaços da casa e da rua poderiam ser interpretados de diferentes formas por criados e senhores. Para os criados a casa poderia significar um local inseguro e de trabalho excessivo enquanto a rua era um local de maior liberdade. “Já os senhores enfrentavam os riscos

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Onze de Junho, 24 de março de 1882. Jornal publicado na cidade de Pelotas.

13

Correio Mercantil, 22 de junho de 1882. Jornal publicado na cidade de Pelotas.

14

GRAHAM, Sandra. Proteção e obediência: criadas de servir e seus patrões no Rio de Janeiro 1860-1910. São Paulo:

Companhia das Letras, 1992, p. 16.

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Ibid., p. 16

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inescapáveis de trazer criados desordeiros para os espaços ordenados da casa”.

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Segundo o estudo de Graham, os senhores e patrões classificavam as criadas e os espaços internos e externos que as ocupações deveriam ser realizadas. As cozinheiras, copeiras, amas de leite, amas secas, mucamas pertenciam ao mundo privado das tarefas da casa, em contrapartida, lavadeiras, carregadoras de água e criadas que compravam no mercado ou de vendedores locais exerciam ocupações de “portas a fora”. Essas divisões não eram rígidas, uma criada poderia cumprir atividades no ambiente da casa e no ambiente da rua, pois apenas as famílias mais abastadas possuíam muitos criados.

Como salientado, a oferta e a procura por escravos, libertos e livres que exerciam atividades domésticas eram anunciadas nos jornais. Para a primeira metade do século XIX, Maciel Silva

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, assim como Graham, analisou os anúncios de acordo com a divisão entre trabalhos de “portas a fora” e de “portas adentro”. O autor coletou 2.289 anúncios do periódico Diário de Pernambuco no

“mês de março de cada ano entre 1840 e 1869”, classificando os anúncios como: portas adentro, portas a fora, portas adentro e a fora ao mesmo tempo e não especificado

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. Ao analisar esta quantidade de material coletado, os dados apontaram que

(...) os serviços domésticos são o mercado por excelência onde escravas são alugadas, e mulheres livres e libertas poderiam se engajar. Em todo o período, os casos PD e PDF juntos perfazem 1.537 anúncios ou 67,14% de toda a amostra.

Apenas algo em torno de 30% dos anunciantes não especificou o local do ofício.

Grande parte dos casos NE, todavia, deixam claro que se referem a criadas, ou seja.

Só não [foram classificados] como PD porque os anúncios eram inexatos ou silenciavam o tipo de atividade.

Verifica-se ainda o aumento substancial em cada período, dos casos PDF (66,99 e 261). Percentualmente, o índice de serviços PDF foi na década de 1840 de apenas 11,09%, enquanto nas décadas seguintes saltou para 15,68% e 24,55%. Logo, seja em termos absolutos ou relativos, houve um considerável aumento no número de anúncios PDF. Uma explicação possível para esse incremento está no gradual declínio da escravidão doméstica urbana. Embora ainda seja grande a lacuna sobre o tema, os dados fazem crer que estava cada vez mais difícil ostentar, como antes, uma vasta escravaria doméstica no sobrado patriarcal recifense, ou manter um número razoável de criadas não-escravas divididas por diversas funções.

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16

Ibid., p. 16

17

SILVA, Maciel Carneiro. Pretas de honra: vida e trabalho de domésticas e vendedoras no Recife do século XIX (1840-1870). Recife/Salvador: Ed. Universitária da UFPE/EDUFBA, 2011a.

18

Para facilitar a leitura, o autor utiliza as siglas PD (Portas Dentro), PF (Portas a Fora), PDF (Portas a Dentro e a Fora) e NE (Não Especificado).

19

Ibid., p. 183.

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Uma das observações de Silva aponta uma mudança ao longo do século XIX: diminuição do número de criados nas casas do Recife. Essa diminuição acarretava sobrecarga de funções para as criadas e, consequentemente, um aumento de criadas e criados exercendo atividades internas e externas para seus senhores ou patrões. Uma situação que também se apresentava em outros locais do Brasil.

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Outra preocupação de Silva, que também pode ser observada nos anúncios, citados anteriormente, de Rio Grande e Pelotas, diz respeito à conduta dos criados. Não era apenas uma apreensão para aqueles que desejavam alugar os seus escravos e para os que estavam à procura de criados para o exercício de tarefas em suas casas, os libertos e livres que ofertavam trabalho nas páginas dos jornais também tinham a preocupação com a honra e a conduta. Citamos apenas alguns anúncios de Pelotas e Rio Grande, mas as expressões bons costumes e conduta garantida apareciam constantemente nos anúncios.

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A vivência cotidiana que, com a aproximação do fim do século XIX, colocava mais criados de servir, principalmente mulheres, na circulação entre os espaços da casa e da rua despertavam maiores preocupações para senhores e patrões, pois, em suas concepções, precisavam de uma vigilância mais rígida sobre a criadagem. As boas referências, trocadas entre os empregadores e anunciadas nos jornais, não eram suficientes para controlar os trabalhadores domésticos, principalmente durante a última década da escravidão.

Os anúncios procurando e ofertando o trabalhador doméstico mostram as preocupações relacionadas à conduta dos criados, a pequena amostra dos anúncios de Pelotas e Rio Grande possibilita observar as exigências dos bons costumes e da conduta afiançada como requisitos para empregar os trabalhadores. As representações do trabalhador ideal ultrapassavam os limites das reivindicações dos senhores e patrões, pois a aproximação do fim da escravidão carregava novas

20

Sobre o assunto ver: TELLES, Lorena. Libertas entre sobrados: contratos de trabalho doméstico em São Paulo na derrocada da escravidão. São Paulo, Dissertação (Mestrado em História Social), USP, 2011. GRAHAM, Sandra.

Proteção e obediência: criadas de servir e seus patrões no Rio de Janeiro 1860-1910. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. SOUZA, Flávia Fernandes. Para casa de família e mais serviços: o trabalho doméstico na cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX. Rio de Janeiro, Dissertação (Mestrado em História Social), UERJ, 2009. COSTA, Ana Paula do Amaral. Criados de servir. Pelotas: Ed. UFPel, 2013.

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As mulheres eram os principais alvos das apreensões relacionadas à conduta. De acordo com as observações de Sueann Caulfield, “a honra sexual era frequentemente usada para consolidar relações hierárquicas baseadas não somente nas relações de gênero, como também nas de raça e classe”. CAULFIELD, Sueann. Em defesa da honra:

moralidade, modernidade e nação no Rio de Janeiro (1918-1940). Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2000. P. 26.

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formas de conceber o trabalho e o trabalhador, vivenciadas tanto por patrões quanto pelos trabalhadores, principalmente pelas trabalhadoras domésticas.

Fontes

Echo do Sul, 28 de janeiro de 1888. Jornal publicado na cidade do Rio Grande.

Echo do Sul, 14 de janeiro de 1888.

Echo do Sul, 29 de janeiro de 1888.

Echo do Sul, 22 de fevereiro de 1888.

Onze de Junho, 24 de março de 1882. Jornal publicado na cidade de Pelotas.

Correio Mercantil, 22 de junho de 1882. Jornal publicado na cidade de Pelotas.

Bibliografia

CAULFIELD, Sueann. Em defesa da honra: moralidade, modernidade e nação no Rio de Janeiro (1918-1940). Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2000.

COSTA, Ana Paula do Amaral. Criados de servir. Pelotas: Ed. UFPel, 2013.

DAMASCENO, Caetana. “Cor” e “boa aparência” no mundo do trabalho doméstico: problemas de pesquisa da curta à longa duração. In: FORTES, Alexandre [et al]. Cruzando fronteiras: novos olhares sobre a história do trabalho. São Paulo, Eidtora Fundação Perseu Abramo, 2013.

GRAHAM, Sandra. Proteção e obediência: criadas de servir e seus patrões no Rio de Janeiro 1860- 1910. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

MATOS, Maria Izilda. Cotidiano e cultura: história, cidade e trabalho. São Paulo: EDUSC, 2002.

p. 173.

SILVA, Maciel Carneiro. Pretas de honra: vida e trabalho de domésticas e vendedoras no Recife do século XIX (1840-1870). Recife/Salvador: Ed. Universitária da UFPE/EDUFBA, 2011a.

____________________. Domésticas criadas entre textos e práticas sociais: Recife e Salvador

(1870-1910). Salvador, Tese (Doutorado em História), UFBA, 2011b.

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SOARES, O “Povo de Cam” na capital do Brasil: a escravidão urbana no Rio de Janeiro do século XIX. Rio de Janeiro: FAPERJ-7Letras, 2007.

SOUZA, Flávia. Escravas do lar: as mulheres negras e o trabalho doméstico na Corte Imperial. In:

XAVIER, Giovana, FARIAS, Juliana e GOMES, Flávio (orgs.). Mulheres negras no Brasil escravista e no pós-emancipação. São Paulo: Selo Negro, 2012, p. 244-260.

_____________. Para casa de família e mais serviços: o trabalho doméstico na cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX. Rio de Janeiro, Dissertação (Mestrado em História Social), UERJ, 2009.

TELLES, Lorena. Libertas entre sobrados: contratos de trabalho doméstico em São Paulo na

derrocada da escravidão. São Paulo, Dissertação (Mestrado em História Social), USP, 2011.

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