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Delimitação do Tema: Ressonância Magnética 4

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

ERIC CESAR MILANI SOARES

ESTUDO SOBRE APLICAÇÕES DO ELETROMAGNETISMO NA MEDICINA: REVISÃO SOBRE RESSÎNANCIA MAGNÉTICA

UNEMAT – Campus de Sinop 2016/2º semestre

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

ERIC CESAR MILANI SOARES

ESTUDO SOBRE APLICAÇÕES DO ELETROMAGNETISMO NA MEDICINA: REVISÃO SOBRE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop – MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica.

Prof. Orientador: Eng. Lucas Rocha Bariani

UNEMAT – Campus de Sinop 2016/2º semestre

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema do experimento de Röntgen. ... ...1Erro! Indicador não definido.

Figura 2 – Exemplo de tube de Crookes...13

Figura 3 - Wilhelm Conrad Röntgen...13

Figura 4 – Primeiro raio x registrado por Wilhelm Conrad Röntgen...14

Figura 5 – Radiografia Cervical Atual...15

Figura 6 – Desenho esquemático do processo de obtenção de imagens por TC ….16 Figura 7 – Composição de um sistema de RM...20

Figura 8 – Visão em corte de um aparelho de ressonância magnética ...20

Figura 9 – Imagens obtidas através de RM...20

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LISTA DE ABREVIATURAS

TC – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA RM – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

RF – RADIOFREQUÊNCIA

RMf – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FUNCIONAL

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Estudo sobre aplicações do eletromagnetismo na medicina.

2. Tema: 30403049 - Circuitos Magnéticos, Magnetismo, Eletromagnetismo.

3. Delimitação do Tema: Ressonância Magnética 4. Proponente(s): Eric Cesar Milani Soares

5. Orientador(a): Lucas Rocha Bariani

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado do Mato Grosso 7. Público Alvo: Especificação dos sujeitos da Pesquisa

8. Localização: Av. Ingás nº 3001 – Jardim Imperial - Sinop - MT CEP:

78555-000

9. Duração: Previsão da execução do Projeto (da aprovação até o término)

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ... I LISTA DE ABREVIATURAS ... II DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... III

1 INTRODUÇÃO ... 5

2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 7

3 JUSTIFICATIVA... 8

4 HIPÓTESES ... 9

5 OBJETIVOS ... 10

5.1 OBJETIVO GERAL ... 10

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 10

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 11

6.1 RAIO X ... 11

6.2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ... 14

6.2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TOMÓGRAFOS ... 15

6.3 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ... 17

6.4 INFRAVERMELHO ... 20

7 METODOLOGIA ... 21

8 CRONOGRAMA ... 22

9 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ... 23

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1 INTRODUÇÃO

Há muito acreditava-se que a eletricidade e o magnetismo eram coisas distintas e que andavam totalmente separadas, hoje sabe-se que, na realidade, são princípios entrelaçados que geram a grande área da física conhecida como eletromagnetismo. Segundo o Dicionário brasileiro da língua portuguesa Michaelis (2017) o magnetismo é a parte da física que trata da propriedade que alguns corpos metálicos têm de atrair e reter outros metais, bem como, o conjunto de fenômenos resultantes da propriedade magnética do imã. Ainda de acordo com o Dicionário brasileiro da língua portuguesa Michaelis (2017) a eletricidade é a forma de energia natural, ligada aos elétrons, que se manifesta por atrações e repulsões, fenômenos luminosos, químicos e mecânicos.

Portanto, eletromagnetismo é a junção destes conceitos expostos acima, ou seja, é o estudo dos fenômenos relacionados a inter-relação e a interação entre os campos elétricos e magnéticos.

O eletromagnetismo desempenha um papel importante quando se trata de aplicações tanto na engenharia quanto na medicina, ele está presente no projeto e na operação de todo dispositivo eletrônico concebível, incluindo diodos, transistores, circuitos integrados, lasers, displays, leitores de código de barra, cápsulas de telefones e fornos de micro-ondas.

No âmbito da medicina, quando se trata de aplicações para o eletromagnetismo é fácil notar a importância desta área de conhecimentos na busca por diagnóstico de doenças, na cura e prevenção de doenças, como também na possível causa de determinadas doenças.

Partindo para as aplicações do eletromagnetismo na medicina são encontradas 4 participações de suma importância, são elas: Os raios X, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o infravermelho.

Na radiologia convencional e na tomografia computadorizada as imagens resultam das diferenças entre raios X absorvidos e não absorvidos pelos elétrons por efeito fotoelétrico, a radiação ionizante interage como os elétrons da região estudada e o contraste final vai depender dos diferentes coeficientes de atenuação dos tecidos, ou seja, quanto mais branca a imagem, maior a densidade do tecido, e quanto mais escura (tons de cinza) a imagem, menor a densidade do tecido.

(DAMAS, 2011, p.591).

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Como supracitado, estão presentes aplicadas à medicina radiações ionizantes, que possuem a capacidade de ionizar os átomos da matéria com o qual interagem, como também estão presentes as tecnologias que se utilizam de radiação não ionizante, radiações que não possuem energia capaz de produzir emissão de elétrons de átomos ou moléculas com as quais interagem.

Os princípios básicos da ressonância magnética dependem do fato de que o núcleo de certos elementos alinha-se com a força magnética quando colocado em um campo magnético forte. Com as forças de um campo utilizada, normalmente na imagenologia médica, os núcleos de hidrogênio (prótons) em moléculas de água e gordura são responsáveis pela produção de imagens anatômicas. Se um pulso de radiofrequência é aplicado ao hidrogênio em um campo magnético, uma proporção dos prótons altera o seu alinhamento, lança-se através de um ângulo pré- selecionado e roda em fase com outros. Depois do pulso de radiofrequência, os prótons retornam (realinham-se) em suas posições originais. Quando os prótons se realinham (relaxam), produzem um sinal de rádio que, apesar de muito fraco, pode ser detectado e localizado por sensores de antena colocados ao redor do paciente.

(ARMSTRONG, WASTIE, ROCKALL, 2006, p. 11).

Por fim, quanto ao infravermelho, tem-se que sua aplicação é mais difundida para o diagnóstico da dor, pois através da captação da radiação infravermelha emitida pelo corpo, por câmeras especializadas, é possível se definir pontos onde existem a presença de pequenas mudanças de temperatura em específicos tipos de tecidos, a qual podem refletir doenças e mudanças de função fisiológicas.

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2 PROBLEMATIZAÇÃO

Quais princípios do eletromagnetismo são pertinentes à medicina?

Atualmente, quais são os equipamentos que se utilizam destes princípios eletromagnéticos? De maneira geral, quais são os benefícios gerados, por estes equipamentos e princípios, para o diagnóstico, prevenção e/ou tratamento de doenças? Em contrapartida, quais efeitos adversos podem vir a serem gerados devido a exposição a estas práticas? Levando em consideração o contexto histórico da aplicação do eletromagnetismo na medicina, onde estariam os pontos de desenvolvimento notório das práticas e equipamentos utilizados, bem como, quais seriam os pontos passíveis ou promissores de avanços?

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3 JUSTIFICATIVA

O interesse para a realização deste trabalho surgiu para compreender os princípios eletromagnéticos que são aplicados as tecnologias em prol da medicina, como também os seus efeitos adversos, apresentando conceitos, princípios, técnicas e tecnologias já existentes, procurando, também, colaborar com a existência de material de análise técnica nesta área de pesquisa. Buscando ajudar ou motivar possíveis aprimoramentos destes equipamentos e técnicas já utilizados.

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4 HIPÓTESES

Quanto seria favorável aos estudos e possíveis avanços dos equipamentos e das técnicas utilizadas hoje, caso todo o misticismo existente sobre os efeitos maléficos do eletromagnetismo pudessem ser sanados e descartados ou mesmo conhecidos por completo e controlados?

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5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Estudo detalhado acerca da aplicação do eletromagnetismo na medicina através da revisão sobre ressonância magnética.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Compreender a fundo os princípios eletromagnéticos envolvidos na ressonância magnética

- Investigar, no âmbito biológico, os efeitos, benéficos ou não, causados devido a exposição á campos eletromagnéticos.

- Correlacionar as informações obtidas voltando os dados para aprimorar as tecnologias já aplicadas a equipamentos.

- Detalhar a interação dos fenômenos eletromagnéticos da ressonância magnética para o exercício da medicina.

- Mostrar os riscos existentes e cuidados necessários envolvidos nesse procedimento

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6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6.1 RAIO X

Os raios x foram descobertos em 8 de novembro de 1895 pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen, que viveu de 1845 a 1923. Sua descoberta consistiu em um tubo de vácuo próximo a uma tela coberta com platinocianeto de bário, onde era possível se observar uma determinada luminosidade, resultante da fluorescência do material. Röntgen então organizou estes itens de forma que face da tela sem o material fluorescente ficasse de frente para o tubo de Crookes e ainda assim foi possível se observar certa fluorescência. A partir disso Röntgen decidiu colocar sua mão de frente ao tubo, vendo, então, seus ossos projetados na tela; E então foi observado pela primeira vez o que viria a ser chamado de raio x. Com a descoberta Röntgen foi galardoado, no ano de 1901, com o primeiro prêmio Nobel atribuído no mundo, sendo que, esta descoberta representou o único método prático de imagem médica até o ano de 1950.

Figura 1 – Esquema do experimento de Röntgen.

Fonte: (Radioinmama, 2010)

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Figura 2 – Exmeplo de tubo de Crookes.

Fonte: (UFRGS, 2017) Figura 3 - Wilhelm Conrad Röntgen

Fonte: (Encyclopedia Brytannica, 2011)

Os raios x são produzidos através da aplicação de uma alta tensão, na faixa de 50-150kV, entre os dois terminais de tungstênio presentes no interior de um tubo à vácuo. O primeiro, cátodo (polo negativo), é aquecido até a sua incandescência de forma a liberar elétrons livres, o segundo, ânodo (polo positivo), passa a atrair esses elétrons livres em alta velocidade, quando os elétrons atingem o ânodo-alvo são então produzidos os raios x. Deste processo, apenas 1% dos elétrons produziram raios x, os outros 99% são transformados em calor.

Quanto a absorção dos raios x pelo corpo, temos que, os raios x são

absorvidos em uma extensão variável tanto na imagem radiográfica comum quanto na Tomografia Computadorizada – TC; E devido a isto é possível a observação de estruturas normais e patológicas.

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Na radiografia convencional existem 4 densidades básicas – gás, gordura, todos os demais tecidos moles e estruturas calcificadas. Os raios X que passam através do ar são menos absorvidos e, consequentemente, provocam as áreas mais escuras da radiografia, enquanto o cálcio absorve a maior parte dos raios X, ou seja, os ossos e outras estruturas calcificadas aparecem virtualmente brancas. Os tecidos moles, com exceção da gordura, por exemplo, as vísceras sólidas, musculo, sangue, uma variedade de fluidos, parede intestinal, etc; todos possuem capacidade absortiva similar e aparecem com a mesma tonalidade nas radiografias convencionais. A gordura absorve ligeiramente menos raios x e, consequentemente, apresentam-se um pouco mais escura que os demais tecidos moles. (ARMSTRONG; ROCKALL; WASTIE, 2006, p2).

Os avanços tecnológicos trouxeram o raio x a era digital, onde a captação dos raios é feita por meios de uma tela especial de fósforo e sua leitura é feita a laser, proporcionando a transcrição da imagem para um filme ou apresentação da imagem em um monitor; diferentemente do que acontecia há 100 anos atrás, onde uma emulsão fotográfica baseada na prata era utilizada para a produção das imagens.

(ARMSTRONG; ROCKALL; WASTIE, 2006, p2).

Figura 4 – Primeiro raio x registrado por Wilhelm Conrad Röntgen.

Fonte: (Papaiz, 2015)

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Figura 5 – Radiografia Cervical Atual

Fonte: (Acupuntura e Osteopatía, 2016)

6.2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Os inventores do scanner tomográfico foram Allan McLeord Comark e Godfrey N. Hounsfield, Físico e Engenheiro eletrônico, respectivamente. No ano de 1972, no Congresso Britânico do Instituto de Radiologia, a TC foi oficialmente apresentado e rendeu aos seus criadores o prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina do ano de 1979, devido a notoriedade da criação quando comparado a descoberta do raio X.

Em 1973, a Electrical and Musical Instruments - EMI (primeira empresa a fabricar o scanner), instalou os primeiros “scanners” de crânio nos Estados Unidos da América – EU [...] Em 1974, os primeiros TC’s para exame de corpo já estavam em funcionamento. (FLOR, 2012, p.2).

A TC pode ser definida como um instrumento que utiliza um aparelho de raios X o qual circunda o objeto de estudo desejado, emitindo feixes de raios X extremamente colimados e em forma de leque, obtendo radiografias transversais e

“fatias” finas do objeto estudado. A TC é constituída de 3 partes básicas, que são:

gantry (Sistema constituído pelo tubo de raio X e pelos detectores, onde os dados são recolhidos para serem processados e transformados em imagens pelo computador), Mesa segundo DAMAS (2011, p.557) é responsável por “determinar o posicionamento dos pacientes; seu movimento interfere no nível de corte e na sincronização perfeita com o gantry”, e a estação de aquisição e processamento de imagem (Também conhecida como WorkStation, onde será realizado o

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planejamento, aquisição, exibição, processamento, documentação e armazenamento das imagens). Assim como nas radiografias convencionais, as características das imagens na TC dependem dos feixes de fótons que não chegam no anteparo ou no detector de fótons, ou seja, dependem dos raios que são absorvidos pelo objeto de estudo. Segundo DAMAS (2011, p. 556) “Os fótons emitidos dependem da espessura do objeto e da sua capacidade de absorver os raios X. Os detectores de fótons da TC transformam os fótons emitidos em sinal analógico e, depois, digital. ”

Esses sinais (analógicos e digitais) são então convertidos por um computador nos chamados cortes tomográficos. Isso quer dizer que a TC constrói imagens das estruturas internas do objeto por meio de cortes transversais, de uma série de secções fatiadas que são posteriormente montadas pelo computador para formar um quadro completo. Portanto, com a TC, o interior de um corpo pode ser retratado com precisão e confiança para ser, depois, examinado. (DAMAS, 2011, p. 556).

Figura 6 – Desenho esquemático do processo de obtenção de imagens por TC.

Fonte: (Radioinmama, 2010)

Fazendo um comparativo entre a radiografia convencional e a TC, a diferença entre as densidades observadas aumenta em aproximadamente 10 vezes, fazendo com que até mesmo gradações no interior dos tecidos moles sejam reconhecidas e também torna possível a diferenciação de um tumor circundado por tecidos normais.

6.2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TOMÓGRAFOS

No início dos experimentos que antecederam a criação da TC, foi-se utilizada uma fonte de raios gama, que resultou em aproximadamente 9 dias para a obtenção

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de alguns dados, além de, aproximadamente, mais 2,5 horas para a reconstrução da imagem via computador, observou-se, então, que com a troca da fonte de raios gama por um tubo de raios x, este tempo de varredura foi reduzido a aproximadamente 9 horas.

De acordo com o movimento de varredura as TC’s podem ser classificados, de acordo com a sua evolução, em quatro tipos: primeira geração, segunda geração, terceira geração e quarta geração.

As TC’s da primeira geração apresentavam feixes em forma de lápis, apenas um detector, realizavam movimento de translação do sistema tubo/detector e seu tempo de varredura ficava em torno de 5 minutos. As TC’s de segunda geração apresentavam feixes em forma de leque, possuíam múltiplos detectores (cerca de 30), apresentavam movimento linear do sistema tubo/detectores com rotações maiores e seu tempo de varredura ficava em torno de 20 a 60 segundos. Para as TC’s de terceira geração o número de detectores subiu para a faixa de 280 a 700 e o seu tempo de varredura ficava em torno de 1 a 2 segundos. Já nas TC’s de quarta geração os detectores podem chegar a 2000, tem-se a presença de detectores fixos e o movimento de rotação é somente realizado pelo tubo de raio X, seu tempo de varredura fica em torno de 1 a 2 segundos.

Após as TC’s de quarta geração, foi desenvolvida uma nova prática que tornava possível a aquisição volumétrica de dados, onde, enquanto a mesa era movimentada para o interior do gantry em velocidade constante a radiação ionizante percorria uma trajetória em espiral, este tipo de tomógrafo foi denominado TC helicoidal. Por fim, surgiu o tomógrafo chamado TC multslice, o qual tinha como diferencial a multi captação durante os giros, a cada revolução de 360º realizado pelo conjunto tubo/detector os feixes emitidos são captados por mais de um receptor, gerando, assim, cortes diferentes.

A tomografia vem sofrendo grandes transformações, sendo objeto de constantes pesquisas, voltadas, principalmente, para a redução dos tempos de exames através do aumento da velocidade de obtenção dos cortes tomográficos e do desenvolvimento de softwares para processamento das imagens. (DAMAS, 2011, p.551).

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6.3 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

A ressonância magnética – RM foi descoberta por Eduard Mills Purcell, que viveu entre 1912-1997, e por Felix Bloch, que viveu entre 1905-1983, e se tem conhecimento de sua existência desde o ano de 1940, devido a esta descoberta, Purcell e Bloch receberam o prêmio Nobel de física do ano de 1952.

De forma contrária aos Raios X e a TC a RM não emite radiação, segundo DAMAS (2011, p.591) “ a ressonância magnética consiste no uso de campos magnéticos e ondas de rádio para a obtenção de uma imagem. Trata-se de um método diagnóstico que permite a avaliação dos diversos sistemas do organismo humano...”. Quando comparada ao raio X e a TC a RM é considerada uma tecnologia que tem uma difícil compreensão das imagens, pelo fato de a RM não depender somente da densidade dos tecidos observados, mas depender também de aspectos técnicos relativos ao momento exato da aquisição das imagens como também da sequência de pulsos.

Para que haja o efeito de ressonância magnética é necessário que a frequência periódica das ondas eletromagnéticas seja igual a frequência de movimento dos corpos, ou seja, por definição, RM é um fenômeno físico de troca de energia entre forças periódicas e corpos em movimento, baseia-se na troca de energia entre núcleos e átomos de hidrogênio com ondas eletromagnéticas originadas de campos magnéticos oscilatórios.

A obtenção da RM a partir do hidrogênio deve-se ao fato desse elemento apresentar resposta a campos magnéticos externos e também por ser um dos principais constituintes da matéria orgânica, chegando a representar 70% do corpo humano. A obtenção de imagens a partir de outros elementos como sódio, flúor e fósforo, por exemplo, também é possível, no entanto, a baixa concentração desses elementos químicos inviabiliza o seu uso.

(DAMAS, 2011, p.591).

Quanto aos principais componentes de um sistema de RM tem-se o Magneto, parte responsável por fornecer um campo magnético de força estática com potência que varia de 0,1 a 3 tesla (Os magnetos são classificados em 3 tipos diferentes de acordo com os seus aspectos construtivos, são eles: Resistivo, onde o campo magnético é criado de forma análoga ao eletroímã, Permanentes, onde o próprio material possui propriedades magnéticas semelhantes a ímãs e os Supercondutores, onde devido as propriedades supercondutoras do material de não oferecer resistência a passagem de corrente elétrica, as correntes podem ser

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mantidas em seu interior sem a necessidade de energia elétrica.), bobinas de gradiente, de acordo com DAMAS (2011, p.596) “ Causam precessão em diferentes partes do corpo do paciente, possuem apenas uma fração do campo magnético principal. Têm como função mapear o sinal de RM, codificando o sinal emitido pelo paciente ao longo das 3 direções perpendiculares (X, Y e Z) ”, suporte eletrônico, segundo DAMAS (2011, p.596) “ Responsável pelo suprimento de energia e recepção da Radiofrequência – RF, fornece tensão e corrente para o magneto, bobina de gradiente, sistema de resfriamento e computador. Também envia os pulsos de RF e recebe os sinais emitidos pelo paciente. ” e também o computador que é o responsável por processar todas as informações de todo o sistema de RM, como também realizar a aquisição e reconstrução da imagem.

Quanto as bobinas de radiofrequência:

São antenas que produzem e detectam radiofrequência – RF. São utilizadas para excitar uma determinada região com pulsos de RF e medir o sinal emitido pelos tecidos; influenciam decisivamente na qualidade das imagens.

Quanto menor a bobina e quanto mais próxima da região de interesse, melhor será a qualidade da imagem. Podem ser:

Bobina Corporal: De grandes dimensões, é utilizada nos exames que requerem grandes campos de exploração; fica localizada no corpo do magneto principal e é empregada em exames da região abdominal e tórax.

Bobinas de Superfície: São receptoras de sinal e adaptam-se as regiões estudadas. Exemplo: Bobina para joelho, ombro, coluna etc.

Bobinas de Quadratura: São bobinas de superfícies plana, duas ou mais, que são conjugadas e posicionadas em contato com a região anatômica estudada.

Bobinas de arranjo de fase (phased-array): são constituídas de múltiplas bobinas que são conjugadas e aumentam a qualidade da imagem gerada.

(DAMAS, 2011, p.596).

Quando se é tratado da evolução apresentada pelas técnicas e equipamentos de RM é nítida a notoriedade da Ressonância Magnética Funcional – RMf que é uma técnica estabelecida e amplamente utilizada para o mapeamento da função cerebral. “A obtenção de imagens do tecido cerebral que possibilitam localizar regiões que estão envolvidas com a realização de determinadas tarefas é tópico de interesse para a biologia molécula, neurofisiológica e neuroanatomica. ” (MAZZOLA, 2009, p.126).

Uma aplicação clinica importante da RMf é o de auxiliar no planejamento neurocirúrgico e radioterápico de tumores cerebrais e outras lesões. Os

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dados gerados pela RMf podem ser sobrepostos nas imagens anatômicas e correlacionados com a provável abordagem cirúrgica ou terapêutica a ser adotada, de forma a evita ou reduzir as complicações decorrentes da mesma. (MAZZOLA, 2009, p.126)

Figura 7 – Composição de um sistema de RM.

Fonte: (Rosa, 2003)

Figura 8 – Visão em corte de um aparelho de ressonância magnética.

Fonte: (OUTER SPACE, 2016)

Figura 9 – Imagens obtidas através de RM

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Fonte: (Programa Harvard Medical School Portugal, 2011)

6.4 INFRAVERMELHO

Diferente dos antigos aparelhos de teletermografia de baixa velocidade de escaneamento de imagem e que carecem de nitrogênio líquido para sensibilizar seus criostatos, a imagem infravermelha de alta resolução é um novo conceito em mensuração da termogênese em sistemas biológicos.

Utilizando a última tecnologia em sensores infravermelhos, originalmente desenvolvidos para permitir às Forças Aéreas da Coalizão visão noturna, assim como ataques de altíssima precisão com armas inteligentes guiadas pelo calor, em operações especiais dos EUA contra o Iraque, cientistas agora podem visualizar mudanças termogênicas em tempo real, estimar intraoperatoriamente o fluxo coronariano durante operações de revascularização do miocárdio e detectar câncer em fases mais precoces, isto é, salvar vidas. A nova capacidade de detecção de calor é baseada na sensibilidade às ondas eletromagnéticas emitidas na faixa entre 6 a 15 μm, isto é, infravermelho (IR) longo. Todos os objetos com temperatura acima do zero absoluto (-273°C) emitem radiação infravermelha proporcional a sua temperatura, e o corpo humano, em especial, no espectro do IR longo. O corpo humano brilha na faixa do infravermelho com intensidade cerca de 120W. Estes raios, invisíveis a olho nu, indicam o grau de agitação molecular. Quanto menor o comprimento de onda, maior sua energia.

(Brioschi, Yeng, & Teixeira, 2007)

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7 METODOLOGIA

Será um estudo de levantamento de informações bibliográfico de revisão, com o objetivo de entender e descrever as aplicações para o eletromagnetismo na medicina, com base em algumas fontes bibliográficas, como artigos, livros de radiologia, livros de diagnósticos por imagem, livros de eletromagnetismo para engenheiros, monografias e algumas teses. Encontraram-se 30 trabalhos, dos quais serão utilizados somente 25 fontes bibliográficas, os demais materiais serão excluídos por não estarem em completa concordância com a finalidade desde trabalho.

Palavras-Chaves: Eletromagnetismo, Medicina, Aplicações, Eletricidade, Magnetismo, Tomografia, Raio X, Ressonância Magnética, Infravermelho.

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8 CRONOGRAMA

ATIVIDADES

MÊS

1o e 2º 3o e 4º 5o e 6º 7o e 8º 9º e 10o

11º e 12o Escolha do tema e do

orientador Encontros com o orientador

Pesquisa bibliográfica preliminar

Leituras e elaboração de resumos

Elaboração do projeto Entrega do projeto de pesquisa

Revisão bibliográfica complementar Coleta de dados complementares Redação da monografia Revisão e entrega oficial do trabalho Apresentação do trabalho em banca

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9 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Acupuntura e Osteopatía. (14 de março de 2016). Acupuntura e Osteopatía. Fonte:

http://acupunturayosteopatia.com/la-necesidad-de-radiografias-cervicales/

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